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Eleição na Venezuela: entenda os principais desafios econômicos da nova gestão — seja ela qual for


27/07/2024 08:00 - g1.globo.com


Quem assumir o cargo de chefe de Estado do país precisará enfrentar um cenário de inflação e dívida elevadas, sanções norte-americanas e alto nível de pobreza. Venezuelanos participam de comício no período pré-eleitoral. Isaac Urrutia/ Reuters As eleições presidenciais da Venezuela acontecem neste domingo (28), e trazem consigo uma longa lista de desafios econômicos ao novo chefe de Estado — seja ele quem for. Especialistas consultados pelo g1 dizem que aquele que assumir o posto de presidente venezuelano em 2025 terá muitos obstáculos na tentativa de arrumar os indicadores de atividade, reduzir a pobreza e colocar o país de volta no mapa econômico do mundo. Entre os principais problemas, estão: A inflação de dois dígitos; A dívida elevada; O nível elevado de extrema pobreza; Uma série de sanções ainda impostas pelos EUA. Inflação de dois dígitos De acordo com os indicadores oficiais, o governo de Nicolás Maduro, atual presidente venezuelano, conseguiu retomar algum controle de preços nos últimos meses. Mas os indicadores de inflação do país continuam elevados em comparação com países latino-americanos. O Índice de Preços ao Consumidor do Banco Central da Venezuela (BCV) encerrou o mês de junho em 1%, uma desaceleração após ter registrado 1,5% em maio. Em junho e maio de 2023, o indicador era de 6,2% e 5,1%, respectivamente. Mas o Observatório Venezuelano de Finanças (OVF) — considerado uma referência do setor privado no país na medição de indicadores econômicos em meio à escassez de estatísticas oficiais — traz resultados diferentes. De acordo com o OVF, o Índice de Preços ao Consumidor do país ficou em 4% na variação de maio deste ano, acumulando 13,9% no ano e 80% em 12 meses. O número representa uma aceleração em comparação ao mês anterior, quando havia registrado uma variação positiva de 2,7%. Já em maio de 2023, a variação havia sido de 7,6% no mês, com um acumulado de 84,9% nos cinco primeiros meses do ano, e de 458% em 12 meses. Ambos os resultados indicam uma desaceleração dos preços venezuelanos em relação a anos anteriores, quadro que se forma em meio às medidas do governo de restrição do crédito e da despesa pública, além do esforço em manter a taxa de câmbio estável. Segundo o professor do mestrado de economia e mercados da Universidade Presbiteriana Mackenzie Clayton Pegoraro, no entanto, o quadro socioeconômico do país não acompanhou a melhora inflacionária. “Para manter uma certa estabilidade interna, o governo venezuelano vem gastando muito dinheiro, com uma quantidade expressiva de auxílios. E não existe uma fórmula mágica que possa resolver. Temos um governo que, para agradar o eleitor de alguma forma, tem tentado controlar os preços. Mas a população ainda vive uma crise”, afirmou. Daniel Sousa: Caso oposição vença na Venezuela, desafio será fazer a economia crescer Dívida elevada Além de uma dívida externa de US$ 150 bilhões (aproximadamente R$ 846 bilhões) que a Venezuela tem tentado reestruturar desde abril, especialistas afirmam que o país também afundou os cofres públicos em gastos nos últimos anos. Isso porque o combo de inflação e juros elevados, o alto número de pessoas na extrema pobreza no país e a falta de reajustes salariais, exigiram que o governo tomasse medidas para dar o básico para a população. Isso resultou em uma série de estímulos e subsídios como forma de injetar dinheiro na economia e evitar que a crise piorasse no país. “Claro que existe quem tenha dinheiro na Venezuela, mas ainda temos um quadro grande de pobreza extrema no país. E em uma crise interna, é muito difícil tentar conciliar o corte do gasto público e a satisfação popular”, afirmou Pegoraro, do Mackenzie. Para o professor, o controle dos gastos públicos pode ser um dos maiores desafios a serem enfrentados pela nova gestão, principalmente se a oposição a Maduro for a vencedora da disputa. “Se o Maduro ficar, as coisas ficam do jeito que estão. Agora, se a oposição vencer, a principal questão a ser enfrentada é o gasto público”, disse. “Vai ser preciso cortar dinheiro de algum lugar e, se não conseguirem, podem precisar aumentar a tributação. Mas como você aumenta imposto em um cenário de pobreza? E se esse aumento de tributo afetar a alimentação, como fica? É complexo porque até mesmo a estabilização da inflação passa pelo controle do gasto público”, acrescentou Pegoraro. O clima na Venezuela a dois dias da eleição Níveis elevados de extrema pobreza A crise econômica enfrentada pela Venezuela nos últimos anos também deixa seus rastros na população. Dados da última Pesquisa de Qualidade de Vida, divulgada pela Universidade Católica Andrés Bello em março deste ano indicaram que mais da metade da população venezuelana (59,1%) vivia na extrema pobreza. Segundo o economista e sócio da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, o modelo econômico seguido pela Venezuela nos últimos 20 anos fez com que o país deixasse de ser uma economia de mercado. Um país considerado uma economia de mercado é aquele em que as decisões de investimento, produção e distribuição são guiadas pela lei de oferta e demanda e não por intervenção federal. “O governo venezuelano é, hoje, o maior provedor de bens e serviços. E isso causou uma ineficiência econômica e produtiva gigantesca, com todas as dificuldades que esse tipo de molde gera”, avaliou o especialista. “E com o passar do tempo, isso também piora o ambiente econômico, tornando o país mais pobre e incapaz de atender às demandas da população. Essa é uma das causas do empobrecimento visto no país”, completou Campos Neto. Além disso, os níveis elevados de alta pobreza no país também têm gerado uma forte onda emigratória na Venezuela nos últimos anos. Informações do Subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização de Imigrantes em Situação de Vulnerabilidade indicam que, apenas no Brasil, mais de 135 mil pessoas tiveram o deslocamento assistido vindo da Venezuela entre abril de 2018 e junho de 2024. Simpatizantes de Nicolás Maduro marcham por Caracas, em 25 de julho de 2024 Fernando Vergara/AP Sanções impostas pelos Estados Unidos Os Estados Unidos impuseram uma série de sanções à Venezuela ao longo dos anos, em resposta a ações consideradas antidemocráticas tomadas pelo regime de Nicolás Maduro. Em 2019, por exemplo, acusando o país de fraude eleitoral, os EUA já haviam imposto punições ao setor petroleiro da Venezuela, principal atividade econômica do país. As sanções se aliviaram em 2022, em meio à crise de combustíveis que atingiu o mundo após a deflagração da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Mas foram retomadas no começo deste ano, após a Justiça da Venezuela ter confirmado a desqualificação da candidata presidencial da oposição, María Corina Machado. Machado havia ganhado as eleições primárias do país em outubro do ano passado, foi impedida de ocupar cargos públicos por 15 anos pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, em uma decisão alinhada com o governo Maduro. “O país é um grande produtor de petróleo. Isso significa que, para o bem ou para o mal, eles ainda produzem algo que o mundo ainda é extremamente dependente, já que a nossa base energética ainda é amplamente baseada no combustível fóssil”, afirmou Pegoraro, do Mackenzie. Para os especialistas, no entanto, o fim das sanções impostas pelos EUA ao setor petrolífero da Venezuela depende do resultado das eleições. Candidata de oposição barrada, críticas de Lula e reação internacional: entenda a eleição da Venezuela Isso porque ainda há dúvidas sobre o quanto a eleição do país será calcada em princípios democráticos e justos – base principal do Acordo de Barbados, firmado em 2023 pelo regime de Maduro e a oposição. Caso esses princípios sejam cumpridos na eleição deste ano, eles permitiriam um relaxamento das sanções estadunidenses. As preocupações de um descumprimento do acordo cresceram nas últimas semanas, após o atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ter afirmado que o país pode enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso ele não seja reconduzido ao cargo. “É um discurso áspero e belicoso, com falas ameaçadoras e que colocam medo na população. E isso ainda aumenta as dúvidas sobre se, em uma eventual vitória da oposição, Maduro entregará o poder”, explicou Pegoraro. EXCLUSIVO: Edmundo González fala sobre disputa contra Maduro nas eleições da Venezuela Outros desafios da nova gestão Apesar de as pesquisas recentes de intenção ao voto conduzidas no país terem indicado que Maduro tem chances reais de ser derrotado, o histórico eleitoral da Venezuela ainda traz incertezas sobre qual pode ser o resultado da eleição. Para especialistas, uma mudança efetiva no cenário econômico do país só deve se concretizar caso a oposição consiga vencer a disputa. O principal adversário de Maduro é o ex-diplomata Edmundo González Urrutia. Em entrevista recente concedida ao g1, González afirmou que, entre os principais desafios econômicos de um eventual governo estava promover a valorização da moeda nacional, o bolívar. Nos últimos anos, houve um movimento de dolarização muito forte na economia venezuelana. "Temos uma economia que está no chão. Precisamos recuperar o poder aquisitivo da moeda e alcançar uma taxa de câmbio que esteja em sintonia com a nova realidade econômica do país. Enfim, há muitas coisas que precisam ser feitas nesse sentido", afirmou. Quem é Edmundo González, opositor de Maduro na eleição da Venezuela Mas não é só. Um eventual novo governo ainda precisará angariar capital político para conseguir ter sucesso em colocar a Venezuela de volta ao mapa econômico do mundo. “Economia e política andam juntos. A oposição precisa não apenas eleger um candidato, mas também eleger uma base política para conseguir implantar as medidas prometidas, que são medidas que transformam a Venezuela e mudam a rota do caminho que está sendo seguido”, completou Pegoraro, do Mackenzie. Segundo Campos Neto, uma vez com o apoio político necessário, uma série de medidas que “reconstruam as bases econômicas” da Venezuela, transformando-a de volta em uma economia de mercado. “Será um processo árduo e duro de trazer os incentivos corretos para que as companhias floresçam e consigam atender às demandas da população”, disse o economista, reiterando que um ponto de partida pode ser o estímulo ao setor petrolífero venezuelano. Dados do serviço de inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês), por exemplo, indicam que a Venezuela é o país com as maiores reservas de petróleo do mundo, com mais de 303 bilhões de barris, segundo registro de 2023. “O país precisa voltar a ser um grande produtor. Com o Estado saindo da posição de único provedor de serviços e produtos, haverá espaço para que a inovação, o empreendedorismo e a criação de companhias voltem a crescer, gerando um dinamismo econômico e de renda”, disse Campos Neto. “O ponto é desamarrar a economia venezuelana e deixá-la mais livre, para só então eles começarem a colher os bons frutos disso, que vão demorar. É um longo caminho”, concluiu.



Compras de US$ 50: varejistas começam a cobrar imposto de 20%; veja como ficam os preços


27/07/2024 03:00 - g1.globo.com


AliExpress e Shopee informaram que a 'taxa das blusinhas' passa a incidir nos preços dos produtos neste sábado. Amazon inicia a cobrança no dia 31. A Shein inicia no dia 1º. Calculadora do g1 mostra como preços aumentam com novo imposto de importação. Saiba o que pode mudar nas compras internacionais de até US$ 50 A cobrança do imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 começa, oficialmente, na próxima quinta-feira, 1° de agosto, seguindo as regras determinadas pelo Governo Federal. No entanto, para cumprir com o prazo necessário para os ajustes das declarações de importação, alguns e-commerces optaram por antecipar a cobrança dos impostos para este sábado (27). Esse é o caso do AliExpress e da Shopee, que já informaram que as compras de até US$ 50 efetuadas em suas plataformas a partir do dia 27 contarão com a taxa de importação de 20%. Além desse imposto, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 17% continuará incidindo sobre os preços dos produtos. Em nota, o AliExpress afirma que "tendo em vista o prazo necessário para ajuste das declarações de importação, de acordo com a nova regulamentação, todos os pedidos de compras efetuados na plataforma do AliExpress a partir do dia 27 de julho irão contemplar as novas regras tributárias". A empresa garante que clientes e parceiros serão comunicados nos canais oficiais da plataforma sobre as próximas etapas. A Shopee explica que a taxa será aplicada a partir do dia 27, "visto que os pedidos terão o DIR (Declaração de Importação de Remessas) emitidos a partir do dia 1º de agosto. Manteremos a transparência em nossas comunicações com os nossos consumidores, os valores serão calculados e detalhados na finalização da compra". A varejista ainda diz que, "para os usuários que comprarem dos mais de 3 milhões de vendedores brasileiros, não haverá mudanças." Segundo a Shopee, 9 a cada 10 vendas realizadas na plataforma são de vendedores brasileiros. A Shein informa que seguirá rigorosamente a aplicação da legislação e colocará em vigência a nova alíquota do imposto de importação a partir das 0h do dia 1º de agosto. "A situação prática é de que compras feitas até dois ou três dias antes dessa data poderão ser tributadas com o novo imposto de importação já que existe um intervalo entre o momento da compra e a declaração à Aduana". A Amazon informa que "os produtos vendidos na Loja de Compras Internacionais de valor até US$50 receberão a nova taxação de 20% a partir do dia 31 de julho de 2024". O projeto de lei que definiu a taxação das compras internacionais de até US$ 50 foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no fim de junho, após ser aprovado no Congresso Nacional. A medida, que ficou conhecida como "taxa das blusinhas" não incidirá sobre medicamentos. Calculadora do g1 mostra como ficarão os preços Os produtos com preços de até US$ 50 serão tributados com um imposto de importação de 20%, além do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que vai para os estados, de 17% — e que já existia. O g1 preparou uma calculadora para você conferir como fica o valor final a ser pago nas compras com as novas regras de tributação. Basta preencher os campos com o valor do produto e o valor do frete. Para o cálculo, a ferramenta considera a cotação do dólar do dia anterior. (entenda como funciona a calculadora abaixo) Como funciona o cálculo dos impostos? Seguindo as regras aduaneiras, os 20% do imposto de importação serão cobrados em cima do valor do produto (mais eventuais cobranças de frete ou seguro), enquanto os 17% do ICMS vão incidir sobre o valor da compra já somado ao imposto de importação, explica Fabio Florentino, sócio da área tributária do escritório Demarest. O g1 também consultou os advogados tributaristas Igor Souza e Francisco Leocádio Ribeiro Coutinho Neto, do escritório Souza Okawa Advogados, para elaborar estes cálculos. 👗POR EXEMPLO: Uma compra que, no total, custe US$ 50 terá a cobrança, primeiro, dos 20% do imposto de importação, passando a custar US$ 60 para o consumidor final. Depois, haverá a incidência dos 17% do ICMS sobre esses US$ 60, com o valor final para o consumidor chegando a US$ 72,29 — ou R$ 402,65, com a cotação do dólar nesta segunda-feira. Atualmente, com a isenção de imposto de importação para compras de até US$ 50, o ICMS seria cobrado apenas em cima do valor da compra, os US$ 50, custando para o consumidor US$ 60,24 (ou R$ 335,54), uma diferença de R$ 67,11. Além disso, o texto ainda tem um dispositivo que garante um desconto de US$ 20 em compras acima de US$ 50 e até US$ 3 mil. O dispositivo foi inserido pelo relator da proposta Átila Lira (PP-PI), ainda durante a primeira tramitação na Câmara dos Deputados. Esse desconto não constava na versão original do projeto. Nesse caso, a cobrança será feita da seguinte maneira: Uma alíquota de 20% sobre o valor de US$ 50. E a outra alíquota de 60% sobre o valor excedente. 👕 POR EXEMPLO: Pelo projeto, uma compra de US$ 70 deixa de ter a incidência do imposto de importação sobre o valor cheio, de US$ 42 (60% de US$ 70). Assim, a cobrança passa a ser: 20% sobre os primeiros US$ 50, o equivalente a US$ 10. 60% sobre os US$ 20 restantes, o equivalente a US$ 12. Assim, o total a pagar de imposto de importação é de US$ 22 Veja abaixo outros exemplos de quanto alguns produtos podem custar. Quanto custa o look Barbara Miranda/g1 *Colaborou Isabela Bolzani



Mega-Sena pode pagar R$ 72 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 10 milhões


27/07/2024 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (27), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.754 da Mega-Sena e 167 da +Milionária. A +Milionária tem prêmio estimado em R$ 10 milhões. No concurso da última quarta-feira (24), uma aposta de Manaus levou quase R$ 250 milhões. Foi a primeira vez que um jogador levou o prêmio máximo da loteria. As chances de vencer na +Milionária são ainda menores do que na Mega-Sena: para levar a bolada, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Veja os detalhes: +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 72 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (25), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Haddad diz que governo estuda proposta de tributação sobre lucro de multinacionais


26/07/2024 22:06 - g1.globo.com


Ministro deu a declaração após reuniões com ministros de finanças de países que participam do G20. Ideia em discussão afetaria principalmente grandes multinacionais, com volume de negócios global anual superior a 750 milhões de euros. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista nesta sexta-feira (26) Reprodução/Ministério da Fazenda O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (26) que o governo estuda encaminhar ao Congresso uma proposta de tributação sobre o lucro de empresas multinacionais que atuam no país. O ministro deu a declaração no Rio de Janeiro, depois de participar de uma série de reuniões com ministros de finanças de países que participam do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo. Até o fim de novembro, o Brasil preside o grupo. Haddad não deu detalhes da proposta, que também é debatida da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), onde ainda não tem consenso. "No Pilar 1, da OCDE, que trata da taxação das empresas multinacionais, um país, apenas um, é obstáculo ao consenso. Isso não impede os países de tomar, individualmente, providências domésticas, do ponto de vista da sua soberania tributária, pra ir corrigindo distorções", afirmou Haddad. "O Brasil está estudando essa matéria, a menos que haja uma reversão rápida do quadro [na OCDE] e nós possamos assinar essa convenção imediatamente. Mas, caso contrário, os países vão tomar decisões isoladamente [...] para proteger suas economias e garantir a sua justa participação nos tributos pagos por multinacionais", completou o ministro da Fazenda. O Pilar 1 da OCDE, citado por Haddad, propõe a redistribuição de direitos tributários para assegurar que multinacionais paguem impostos nos países em que os consumidores de seus produtos residem, em vez de recolher tributos somente no país onde estão fisicamente situadas. A medida, portanto, representaria uma mudança significativa na política tributária internacional. A ideia em discussão na OCDE atingiria principalmente grandes multinacionais, com volume de negócios global anual superior a 750 milhões de euros, entre as quais estão as gigantes empresas do setor digital. A tributação mínima em debate seria de 15%. Na entrevista que concedeu, Haddad mencionou que países como Espanha e Itália já aprovaram legislações sobre para um novo modelo de tributação de multinacionais. Reforma tributária O ministro também afirmou que as 20 nações mais ricas do mundo já consideram um "problema" a tributação progressiva sobre os pobres e não sobre os ricos. "Quanto mais pobre, mais paga imposto. Isso é quase uma regra. No Brasil, só a reforma tributária que está sendo encaminhada pelo governo Lula é capaz de mudar essa realidade".



Documento final do bloco econômico do G20 menciona taxação de super-ricos e aliança global contra a fome, diz Haddad


26/07/2024 20:52 - g1.globo.com

Aliança global contra a fome é uma proposta do Brasil e uma das principais bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cúpula do G20. O documento final da trilha (seção) econômica do G20, assinado em consenso pelos países integrantes, inclui menção a taxação de super-ricos e a estruturação de uma aliança global contra a fome. As informações são do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que falou com a imprensa após a última reunião dessa trilha. As trilhas do G20 são blocos temáticos realizados ao longo do ano, antes da reunião de cúpula, que contará com os chefes de Estado. O G20 reúne as 20 maiores economias do mundo. O Brasil é a sede do encontro da cúpula neste ano, que ocorrerá em novembro, no Rio de Janeiro. A aliança global contra a fome é uma proposta do Brasil e uma das principais bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cúpula do G20. A taxação de super-ricos, pessoas com mais de R$1 bilhão, é uma ideia defendida por Haddad junto a colegas ministros da Fazenda de outros países para combater desigualdades. "Serão emitidos dois documentos que são de consenso. Um deles é o próprio comunicado e o outro é a declaração ministerial sobre cooperação e tributação", afirmou Haddad. "Inclui [o documento] várias menções explícitas à tributação de super-ricos na agenda econômica internacional", completou o ministro. Brasil apresenta principal projeto da presidência do G20 Ainda de acordo com Haddad, os pontos principais do documento final são: Compromisso com a aliança global contra a fome e a pobreza, centrado no combate às desigualdades. Trabalho para um sistema tributário mundial mais transparente, justo e equitativo, inclusive no que se refere aos ultrarricos. Esforços para a mobilização global contra a mudança climática. Avanços em reformas para tornar os bancos multilaterais de desenvolvimento maiores, melhores e mais eficazes.



Flip acelera o alcance global de startups


26/07/2024 19:36 - g1.globo.com


Executivo da Drummond Advisors explica como funciona o processo de internacionalização Entenda como acelerar o processo de internacionalização da sua empresa Divulgação Uma startup começa com recursos próprios dos sócios fundadores ou nasce de projetos em empresas já existentes e, neste segundo caso, por vezes já conta com clientes, o que facilita muito a jornada do empreendedor. Porém a internacionalização da estrutura da empresa é fundamental para despertar o interesse de investidores estrangeiros no negócio e, para isso, existem alguns meios que facilitam essa manobra. Os tipos mais comuns de levar uma startup para fora do país são o Delaware FLIP, que envolve a incorporação de uma empresa no estado de Delaware nos EUA, ou o FLIP em uma jurisdição offshore, como Cayman. Esse processo facilita a captação de investimentos, uma vez que sua holding estará inserida em um ecossistema maduro. Fazer o “FLIP” é colocar a estrutura da empresa nos Estados Unidos, ou em uma offshore, acima da operação brasileira, elevando o negócio a uma posição global e expandindo seu poder de venda fora do país. Nesse contexto, os sócios também sobem para essa nova estrutura criada fora do país de origem da empresa. Pedro Drummond, advogado habilitado na Flórida e em Nova York e especialista em reorganizações societárias internacionais, sócio responsável pela área jurídica da Drummond Advisors, explica que a maioria dos investidores nos EUA, por exemplo, não desejam correr o chamado “risco Brasil”, já que não conhecem a legislação local e têm receio da burocracia. “Para atrair investimentos no exterior, a startup deve investir em um bom planejamento tributário e corporativo, identificar os objetivos de curto, médio e longo prazo, e iniciar o processo de reestruturação corporativa fora do país”, destaca. Quase 100% das internacionalizações por Flip acontecem em Delaware ou Cayman, por se tratarem de locais com legislação societária robusta e jurisprudência ampla em matéria de conflito societário, o que facilita a abertura de empresas e o processo de captação, além de apresentar alguns benefícios tributários que variam caso a caso. “Quando uma startup toma a decisão de ‘Flipar’, a regra é clara: quanto mais cedo for feito, melhor. Por gerar custos menores, são menos transações e isso acelera a conquista de resultados”, finaliza Drummond. Ele destaca que o suporte de uma consultoria jurídica e contábil, que entenda a legislação dos dois países, faz toda a diferença no planejamento e execução da internacionalização. A Drummond Advisors A Drummond Advisors possui mais de 200 colaboradores altamente qualificados e se destaca como a principal escolha para empreendedores e executivos C-Level que buscam serviços especializados de internacionalização. Reconhecida por sua expertise e abordagem personalizada, é parceira institucional de entidades governamentais renomadas como SelectUSA e Apex-Brasil, entre outras, o que reforça sua credibilidade e alcance global. Com o compromisso de facilitar a transição de talentos internacionais, oferece soluções integradas que incluem consultoria jurídica, tributária e contábil, garantindo um processo tranquilo e eficiente para os clientes. Descubra como a Drummond Advisors pode ser seu parceiro estratégico na jornada de expansão internacional e sucesso empresarial no site.



Imigração nos EUA pode aumentar a produtividade, melhorar o PIB e reduzir o déficit, diz estudo


26/07/2024 18:30 - g1.globo.com


Relatório do Gabinete de Orçamento do Congresso mostra que a chegada de mais imigrantes nos próximos 10 anos pode ser bem absorvida pela economia americana, e mesmo os nativos podem desfrutar de melhoras no longo prazo. O Capitólio dos Estados Unidos, prédio que abriga a Câmara dos Representantes do país. DREW ANGERER / AFP Um estudo do Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO, sigla em inglês para “Congressional Budget Office”) projetou efeitos majoritariamente positivos para a economia dos Estados Unidos com o aumento da imigração no país. O relatório “Efeitos do Aumento da Imigração no Orçamento Federal e na Economia” elencou as possíveis mudanças no Produto Interno Bruto (PIB), inflação, juros e Orçamento dos EUA, considerando que o fluxo de imigrantes extrapola antigas projeções feitas por economistas do país. O CBO montou dois cenários: No primeiro, a imigração mantém a tendência de anos passados, com chegada média de 200 mil estrangeiros ao ano. No segundo, projeta uma aceleração do fluxo imigratório, para cerca de 1,7 milhão de estrangeiros ao ano. A diferença entre os cenários resulta em um saldo final de 8,7 milhões de pessoas a mais entre 2021 e 2026. Para comparar os reflexos econômicos da imigração, o CBO estuda os efeitos dos dois fluxos de entrada de estrangeiros entre os anos de 2024 e 2034. São ajustadas as influências nas receitas federais, nos gastos obrigatórios e nos juros da dívida. ➡️ A primeira conclusão: o aumento na imigração eleva tanto as receitas federais, como os gastos obrigatórios e os juros da dívida. Entre efeitos diretos e indiretos, isso reduz os déficits em US$ 900 bilhões entre 2024 e 2034. “Alguns dos efeitos no orçamento resultam do aumento no número de pessoas pagando impostos e recebendo benefícios federais. Outros decorrem das mudanças na economia, incluindo o aumento nas taxas de juros e na produtividade dos demais trabalhadores que não fazem parte da amostra”, diz o relatório. Segundo o CBO, as receitas federais podem crescer em US$ 1,2 trilhão entre 2024 e 2034. O aumento se daria por impostos sobre a renda e as contribuições para a seguridade social pagos pelos imigrantes. Também se projeta um aumento da atividade econômica e, assim, das receitas tributárias. Já o aumento de despesa viria de gastos com programas federais de suporte e com juros da dívida. Ainda que boa parte dos imigrantes não seja elegível imediatamente para programas sociais, a tendência é que a proporção aumente ao longo do tempo. Na mesma janela de 10 anos, seriam adicionados US$ 300 bilhões em despesas. “Os gastos anuais com certos programas obrigatórios aumentam com o tempo à medida que mais imigrantes na população e seus filhos nascidos nos Estados Unidos recebem benefícios”, diz o CBO. Nas projeções, cerca de 2 milhões de crianças devem nascer de famílias de imigrantes nos EUA entre 2021 e 2034. Com isso, a população total do país em 2034 teria 10 milhões de pessoas a mais do que o visto no cenário sem a chegada de estrangeiros. “Os gastos com juros da dívida do governo aumentam, principalmente, devido às taxas de juros mais altas resultantes do aumento na imigração. No total, os gastos projetados em 2034 são elevados em US$ 50 bilhões devido ao aumento.” O CBO não projeta elevação nos gastos que não são obrigatórios (chamados discricionários), porque entende que o governo federal teria a opção de criar novos programas ou realocar verbas para o atendimento de imigrantes. Mas essas seriam decisões políticas dos governos que viriam. Por isso, o CBO reforça que há um grau de incerteza no estudo sobre os efeitos orçamentários. “Grande parte dessa incerteza [...] é inerente à previsão [correta] de resultados econômicos e orçamentários.” Trump, economia dos EUA e o efeito global Efeitos na economia O estudo estima que o aumento de imigração traria um ganho nominal de US$ 8,9 trilhões para o PIB americano durante o período de 2024 a 2034. Haveria também um ganho do total de salários pagos. A distribuição projetada para o PIB seria: Aumento de US$ 7,8 trilhões devido à população maior; Aumento de US$ 1,5 trilhão devido à maior participação da força de trabalho da população imigrante; Diminuição de US$ 1,1 trilhão devido à composição do emprego da população imigrante (como diferença de educação e experiência); Aumento de US$ 600 bilhões devido à maior produtividade relacionada à inovação; Aumento de US$ 100 bilhões devido a fatores transitórios (como uma maior demanda na construção e habitação). Segundo o CBO, o PIB real em 2024 — aquele que remove os efeitos da inflação — é 2,9% maior nas projeções devido ao aumento da imigração. Nos cinco primeiros anos, metade do avanço na atividade é puxada pelo consumo, e o restante se divide entre investimentos das empresas e residencial. Nos últimos anos da janela, o consumo passa a representar 70%, já que o investimento volta aos patamares normais. Após desistência de Biden, Kamala e Trump mostram as cartas que devem usar na corrida eleitotal Salários O estudo também afirma que os salários para trabalhadores americanos crescem um pouco mais lentamente apenas nos primeiros anos por conta do aumento de imigração. Nos anos posteriores, os nativos também desfrutam do ganho geral de produtividade da economia, e são preferidos para posições mais qualificadas conforme aumenta a oferta de trabalhadores com menos anos de estudo. Assim, a taxa geral de desemprego é pouco afetada, segundo o CBO, porque dois fatores se compensam. “Em 2024, [...] a taxa de desemprego dos recém-chegados é relativamente alta porque leva tempo para encontrarem trabalho, o que aumenta a taxa geral de desemprego. Esse efeito é contrabalanceado por uma maior demanda por bens e serviços após o aumento da imigração, que reduz a taxa de desemprego.” Os efeitos nos salários de cidadãos americanos variam para pessoas com diferentes níveis de escolaridade. Até 12 anos de educação: o crescimento dos salários desacelera até 2026, pelo aumento na oferta de trabalhadores menos qualificados. Mais de 12 anos de educação: há pouca mudança em seu crescimento salarial. A demanda por pessoas mais qualificadas cresce. Após 2026, o aumento geral na produtividade impulsiona o crescimento dos salários para todos os grupos de trabalhadores no longo prazo. Por essa mesma lógica de compensação — salários sobem, mas a produtividade também —, o CBO considera os efeitos sobre a inflação pouco importantes. “Esses salários adicionais são uma importante contribuição para o aumento nas receitas, pois estão sujeitos tanto a impostos sobre a folha de pagamento quanto a impostos sobre a renda”, diz o CBO. Por outro lado, o crescimento mais rápido da força de trabalho e a maior demanda por investimento residencial, por exemplo, elevam a taxa de retorno sobre o capital e colocam pressão de alta sobre as taxas de juros. “O aumento nas taxas de juros é uma importante contribuição para o aumento nos gastos federais.” Inicialmente, a população imigrante ganharia menos, em média. Mas a renda aumenta quanto mais tempo eles vivem nos EUA. É preciso considerar também, diz o CBO, que os imigrantes são mais jovens, e uma porção maior é do sexo masculino. Isso é importante porque as projeções de receitas e despesas vindas da população imigrante refletem a idade, sexo e estado civil esperados dessa parcela da população. Dependem também, é claro, de quantos receberiam autorização para trabalhar, já que isso implica em arrecadação de impostos e elegibilidade para programas sociais. “Na estimativa do CBO, as taxas de conformidade entre a população imigrante são 15% mais baixas para impostos sobre a renda e 10% mais baixas para impostos sobre a folha de pagamento, em média, do que aquelas da população total”, diz o texto. “O CBO espera que imigrantes que não recebam autorização para trabalhar, mas ainda encontrem trabalho, sejam menos conformes com o sistema tributário, mas, ainda assim, paguem alguns impostos sobre seus ganhos.” O efeito nas receitas vindas do trabalho adiciona, portanto, um total de US$ 387 bilhões em receitas ao longo do período de 2024 a 2034, sendo US$ 229 bilhões em impostos sobre a renda individual e a folha de pagamento, e US$157 bilhões em outros impostos, como sobre a renda corporativa. “As empresas que veem uma demanda maior por seus produtos devido ao aumento da imigração provavelmente contratarão mais trabalhadores e investirão em mais maquinário. Por sua vez, seus lucros podem aumentar.” “Além disso, espera-se que a produtividade relacionada à inovação seja maior, levando a uma maior renda tanto do trabalho quanto do capital.” Por outro lado, as mudanças na economia decorrentes do aumento da imigração adicionam US$ 101 bilhões aos custos líquidos com juros e gastos obrigatórios ao longo do período de 10 anos.



Doença de Newcastle: Ministério da Agricultura confirma fim de foco no RS


26/07/2024 17:36 - g1.globo.com


Brasil aguarda retirada da suspensão das exportações, para retomar venda de carnes de aves e seus produtos. Restrições ultrapassaram 40 países. Foco de doença foi identificado em aviário de Anta Gorda. Granja onde foi identificado caso da doença de Newcastle em Anta Gorda Reprodução/RBS TV O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) comunicou, nesta sexta-feira (26), o fim do foco da Doença de Newcastle, identificada em um aviário de Anta Gorda, no Vale do Taquari. A informação foi repassada para a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A pasta explica que, com o fim do foco, serão disponibilizadas todas as informações sobre o diagnóstico atual e as medidas adotadas aos países que compram a carne brasileira. O país espera retomar a exportação, que foi suspensa em mais de 40 países, variando o produto e a área, após a confirmação da doença. "Isso permitirá que eles analisem e confirmem que estamos livres de Newcastle, possibilitando a retomada das certificações para exportação", diz o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart. Parte dos países considerava carnes produzidas em todo o território nacional; alguns, somente no Rio Grande do Sul; e outros, em um raio de 50 km do foco da doença identificada. O aviário afetado segue sob monitoramento por 42 dias para verificar se há resquícios de circulação do vírus. Após esse período e com resultado negativo para a presença da doença, o aviário será liberado para funcionamento novamente. Entenda o que é a doença de Newcastle Doença de Newcastle: área de emergência zoossanitária é reduzida a cinco municípios do RS Emergência zoossanitária Na quarta (24), o Mapa reduziu para cinco municípios a área de emergência zoossanitária. Além de Anta Gorda, estão no limite Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado, em um raio de 10 km do foco da doença. A medida valia, inicialmente, para todo o território do Rio Grande do Sul. No aviário em Anta Gorda, 7 mil aves tiveram que ser sacrificadas. O status de emergência zoosanitária prevê ações de sacrifício ou abate de todas as aves onde o foco foi confirmado, limpeza e desinfecção do local, adoção de medidas de biosseguridade, demarcação de zonas de proteção e vigilância em todas propriedades existentes no raio de 10km, definição de barreiras sanitárias, entre outras. A medida tem duração de 90 dias, com o isolamento da área afetada e restrição de movimento de material de risco. Oito barreiras sanitárias foram instaladas na região, para impedir o avanço da doença de Newcastle. Os pontos de controle fazem a desinfecção de veículos de risco, de cargas de animais e aviários, além de varreduras em todas as propriedades rurais em dois raios, de 3 km e 10 km. Das 858 propriedades rurais da região, 78% já foram vistoriadas, segundo o governo do estado. A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres. Causada pelo vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), a doença apresenta sinais respiratórios, seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça dos frangos. Fiscalização em aviário no Vale do Taquari Julia Chagas/Secretaria da Agricultura Identificação após queda de granizo A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a doença de Newcastle foi identificada na propriedade em meio às ondas de frio no inverno. Uma chuva de granizo teria destelhado o aviário, matando 7 mil aves em razão das condições inadequadas, segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin. As outras 7 mil aves foram sacrificadas na quinta-feira (18), de acordo com a associação, conforme determina o protocolo, para evitar que a doença se alastre pela região. Consumo liberado O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), afirmou que a população pode continuar consumindo frango mesmo após o diagnóstico da doença de Newcastle. Uma ficha técnica publicada em 2022 pelo Mapa aponta que a doença pode causar conjuntivite transitória em humanos após contato direto com as aves, por meio de aerossóis e secreções respiratórias, além de secreções oculares e fezes de aves infectadas. Não há infecção através do consumo, afirmam especialistas. "Podem continuar tranquilos, consumindo carne de frango, inclusive da própria região, dessa própria criação na região", falou Fávaro. Doença de Newcastle identificada em aviário do RS g1 VÍDEOS: Tudo sobre o RS



Rui Costa diz que todos ministérios darão sua 'contribuição' para o congelamento de R$ 15 bilhões


26/07/2024 16:10 - g1.globo.com


Segundo o ministro da Casa Civil, as 39 pastas do governo serão atingidas por corte anunciado pela equipe econômica. Medida foi tomada para cumprimento do arcabouço fiscal. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, em imagem de abril de 2024 Wilton Junior/Estadão Conteúdo O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta sexta-feira (26) que 100% dos 39 ministérios do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serão afetados pelo congelamento de R$ 15 bilhões de gastos anunciado pela equipe econômica do governo na semana passada. Costa disse que é "sempre doloroso cortar", porque medidas como essa atingem "necessidades que já estavam previstas", mas que os cortes serão mantidos e todas as pastas darão "sua contribuição". O detalhamento dos bloqueios e contingenciamentos será divulgado na próxima semana. "Nós vamos fazer — seja o bloqueio, seja o contingenciamento — os dois juntos vão alcançar 100% dos ministérios. Todo mundo dará sua contribuição para alcançar esses R$ 15 bilhões. Tá fazendo ajuste fino nos números, para que, na semana que vem, seja publicado a relação dos bloqueios e contingenciamentos", disse o ministro da Casa Civil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que serão bloqueados R$ 11,2 bilhões e contingenciados R$ 3,8 bilhões no orçamento de 2024. As medidas serão adotadas para cumprir a regra de gastos do governo prevista no arcabouço fiscal. De maneira geral, o arcabouço determina que despesas só podem crescer em uma certa proporção das receitas. Bloqueio: se refere a valores no Orçamento que têm que ser bloqueados para o governo manter a meta de gastos do arcabouço fiscal. Contingenciamento: é uma contenção feita em razão de a receita do governo estar vindo abaixo do esperado. Ao contrário do bloqueio, o contingenciamento é mais fácil de ser revertido ao longo do ano, caso as receitas voltem para as previsões. Os bloqueios e congelamentos serão feitos em verbas dos ministérios usadas para investimentos (as chamadas verbas discricionárias, ou seja, que não são obrigatórias, como salários de servidores).



Governo deve ter espaço extra de R$ 54,9 bilhões para despesas no Orçamento de 2025, diz Tesouro


26/07/2024 15:23 - g1.globo.com

Aumento no limite de despesas está previsto no arcabouço fiscal e depende da arrecadação. Para gastar mais e cumprir metas fiscais, governo também precisa coletar mais impostos. O governo federal deve ter um espaço extra de R$ 54,9 bilhões para as despesas no Orçamento de 2025, segundo informações do Tesouro Nacional nesta sexta-feira (26). O aumento no limite de despesas está previsto no arcabouço fiscal. Publicada em 2023, a regra determina uma "banda" de crescimento real das despesas – ou seja, descontada a inflação. Segundo o arcabouço fiscal, a depender do resultado da arrecadação, o governo poderá aumentar as despesas primárias entre 0,6% a 2,5%. Para 2025, o governo considera o valor máximo da banda, os 2,5%. Dessa forma, o efeito real do crescimento das despesas no ano será de R$ 54,9 bilhões. A informação é do subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal, David Athayde. Governo dobra previsão de rombo das contas públicas até o limite da meta fiscal; Bruno Carazza comenta Teto de R$ 2,25 trilhões Neste ano, o limite para as despesas primárias (gastos com bens e serviços públicos, e manutenção da máquina pública) é de R$ 2,1 trilhões. A previsão é que o teto aumente para aproximadamente R$ 2,25 trilhões. A diferença entre os dois números, de R$ 144 bilhões, se dá por causa da inflação e do aumento real de 2,5%. De forma que, do teto em 2025, R$ 54,9 bilhões é o aumento real das despesas – um espaço extra que poderá ser usado pelo governo para arcar com investimentos e programas sociais, por exemplo. O restante é reflexo da inflação – ou seja, vai corrigir os valores dos gastos sem necessariamente implicar em despesas adicionais. Até o dia 31 de agosto, o governo deve enviar ao Congresso o Orçamento de 2025, que detalha a execução das contas públicas no próximo ano. A peça deve trazer informações como a previsão de aumento das despesas primárias e projeção de receitas.



Olimpíadas de Paris: quanto ganha um medalhista — e como os jogos ajudam o bolso dos atletas


26/07/2024 15:01 - g1.globo.com


A remuneração dos esportistas de alto nível tende a ser maior no período olímpico. Além do pagamento dos clubes e de programas como o Bolsa Atleta, a tendência é que os competidores melhorem seus contratos com patrocinadores e recebam mais convites para campanhas publicitárias. Jogos Olímpicos Tóquio 2020 - Finais da natação no centro aquático de Tóquio. Na foto, uma medalha de ouro. Jonne Roriz/COB A premiação em dinheiro para os atletas que conquistarem o pódio durante as Olimpíadas de Paris já foi definida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Os valores mais altos vão, claro, para os medalhistas de ouro: os atletas que vencerem disputas individuais vão levar R$ 350 mil para casa. Mas nem sempre o prêmio em dinheiro é a principal conquista do competidor: subir no pódio de uma Olimpíada também significa avançar alguns degraus em termos de reconhecimento e oportunidades — o que, consequentemente, pode se refletir na segurança financeira. O surfista Italo Ferreira, por exemplo, considera os Jogos de Tóquio, em 2021, um "divisor de águas" na vida dele. O surfista levou o ouro justamente na edição que marcou a estreia do esporte como modalidade olímpica. "Isso fica na memória de todos", diz. Além de falar sobre o que mudou após subir no topo do pódio, ele contou ao g1 que usou parte do dinheiro para tornar um antigo sonho realidade. (veja o relato mais abaixo) Segundo o COB, o chamado Programa Medalha, que define o pagamento em dinheiro para os vencedores olímpicos, divide os esportistas ganhadores em três categorias: 🚣‍♂️ Provas individuais (um atleta) 🏊‍♀️ Provas em grupo (dois a seis atletas) ⛹️ Provas coletivas (sete ou mais atletas) Cada uma das categorias tem um valor específico de premiação. No caso das categorias "grupo" e "coletiva", há um valor total definido a ser pago, que será dividido entre os medalhistas de forma igualitária, independentemente de serem titulares ou reservas. Outro ponto importante sobre os valores: os atletas que ganharem mais de uma medalha acumulam a premiação — ou seja, eles recebem por cada prova premiada. Veja abaixo: Valores pagos por medalha nas Olimpíadas de Paris. Juan Silva/Arte g1 "Os valores estão cerca de 40% mais altos com relação aos praticados no último ciclo olímpico" — que inclui os Jogos de Tóquio, em 2020 —, informou o COB em comunicado. Naquele ciclo, que envolve também os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022, o Comitê Olímpico do Brasil desembolsou R$ 5,2 milhões em premiações pelas medalhas conquistadas. O avanço na remuneração também está conectado ao desempenho esportivo. Segundo o COB, melhores resultados nas principais competições do calendário olímpico — que incluem os Jogos Sul-americanos, Pan-americanos e as próprias Olimpíadas — significam aumento nos investimentos. "Isso se reflete para atletas, confederações e o próprio COB", informou o Comitê. As medalhas das Olimpíadas de Paris vistas de frente. Divulgação/Comitê Organizador dos Jogos de Paris 2024 Ganhos com patrocinadores e publicidade A simples proximidade dos jogos também colabora com os rendimentos financeiros dos atletas. Esse costuma ser o período em que os competidores tendem a receber mais de seus patrocinadores, explica o especialista em marketing Idel Halfen. Esse é um dos efeitos do ciclo olímpico, que tem início no ano após uma olimpíada e termina no final da edição seguinte. O ciclo seguinte aos jogos de Paris, por exemplo, começa em 2025 e se encerra em 2028, nos jogos de Los Angeles, nos Estados Unidos. "Existem muitos contratos escalonados. Os atletas ganham menos no primeiro ano e vão aumentando a remuneração", diz. "Isso acontece porque não se sabe qual será o desempenho do atleta. Há também a questão da exposição [da marca]. Ela é muito menor no início do que no final do ciclo olímpico." Nesses casos, cabe ao atleta avaliar as condições do contrato. Do lado das empresas, é comum que haja um interesse menor quando os jogos não estão em evidência. "Normalmente, o marketing das companhias também investe em outras ações não relacionadas ao esporte", destaca Halfen. No caso de atletas olímpicos individuais, há contratos com cláusulas que podem definir bonificação para aqueles que ganharem medalhas de ouro, prata ou bronze — melhorando, assim, a remuneração. A exposição durante as Olimpíadas também pode abrir mais espaço para ações pontuais, como convites para campanhas publicitárias. "Além disso, logo após os jogos os atletas acabam sendo muito demandados para palestras e eventos. São presenças VIPs. Eles passam a ter uma história a contar", conclui Halfen. De acordo com o COB, além dos patrocinadores pessoais, alguns competidores também são contratados por patrocinadores do próprio Comitê "para fazer parte do squad [esquadrão] deles", informou a organização ao g1. Olimpíadas de Paris: quanto ganha um medalhista? 'Divisor de águas' Em 2021, o surfista Italo Ferreira estreou em uma Olimpíada junto com a própria modalidade. Para o atleta, levar o ouro na primeira edição do surfe olímpico teve um sabor especial. "Conquistei a primeira medalha de ouro da história. Então, isso fica marcado na memória de todos os brasileiros e dos fãs do surfe", diz. Perguntado pelo g1 sobre como a vitória se refletiu na abertura de novas oportunidades, o surfista destacou a Olimpíada como a maior vitrine do esporte. "Na minha vida, foi um divisor de águas. (...) Consequentemente, as marcas escolhem atletas com quem se identificam mais ou que têm mais chances de subir no pódio", diz. "Ganhar uma medalha aumenta a procura por marcas que querem estar com você. E quando elas entendem a importância de não ser algo pontual, mas que acompanhe mais um ciclo de quatro anos, dá ainda mais motivação pra gente performar e continuar no topo." Italo Ferreira levou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, realizados em 2021 devido à pandemia. Jonne Roriz/COB No caso especificamente do surfe, o principal objetivo dos atletas é entrar para a Liga Mundial de Surfe (WSL) — onde estão as grandes marcas. Italo relata, no entanto, que o caminho não é fácil: antes, é preciso disputar campeonatos em diferentes países, a custos muito altos. "Quando você consegue patrocinadores, dá um respiro para focar só na performance, enquanto a parte financeira e administrativa fica resolvida. E o surfe só depende de você. Então, também tem a pressão de performar e ganhar títulos para manter as marcas com você", relata. O surfista diz que usou os recursos conquistados nas Olimpíadas de Tóquio para tirar um velho sonho do papel. "Com a premiação, eu consegui construir o Instituto Italo Ferreira, lá em Baía Formosa [RN]", diz. "Queria mostrar para as crianças que é possível realizar os nossos sonhos. Para isso, precisava de um lugar para elas estudarem, praticarem esporte e terem a perspectiva de um futuro melhor." O projeto de Italo, que saiu do papel há dois anos, atende a cerca de 120 crianças. Italo Ferreira chora ao falar do ouro: 'Meu nome está escrito na história do surfe' Outros tipos de rendimentos ▶️ Bolsa Atleta Alguns esportistas de alto rendimento contam ainda com bolsas de incentivo, a níveis municipal, estadual ou federal. O Bolsa Atleta, do governo federal, é o principal programa para esse fim. Criado em 2005, o incentivo é destinado a atletas de alto rendimento e com bons resultados em competições nacionais e internacionais. Os pagamentos são feitos pela Caixa Econômica Federal. A ideia do programa é garantir que os esportistas tenham condições mínimas para se dedicarem ao treinamento e às competições, incluindo os jogos olímpicos e paralímpicos. Receber recursos do programa não impede que os atletas tenham outros patrocínios. São seis categorias do Bolsa Atleta, indo dos níveis "Base" e "Estudantil" — destinados a esportistas mais jovens — ao "Pódio", com bolsas a medalhistas olímpicos e atletas bem colocados em rankings mundiais. Nessa última categoria, o benefício pode chegar a R$ 15 mil. Veja as categorias abaixo: 🧒🏿 Atleta de Base: R$ 370 👩🏽‍🎓 Estudantil: R$ 370 🔰 Nacional: R$ 925 🌎 Internacional: R$ 1.850 🤽 Olímpico/Paralímpico: R$ 3.100 🥇 Pódio: R$ 5 mil a R$ 15 mil Segundo o governo federal, das 21 medalhas conquistadas nas Olimpíadas de Tóquio, 19 tiveram participação de atletas que recebem o apoio do programa: foram 8 bronzes, 5 pratas e 6 ouros relacionados ao Bolsa Atleta. O surfista Italo Ferreira, por exemplo, é um dos medalhistas do programa, na categoria Pódio. São os casos também do canoísta Isaquias Queiroz e da ginasta Rebeca Andrade, premiados com o ouro naquela edição dos jogos — e que buscam repetir o feito em Paris. ▶️ Programa Olímpico da Marinha (Prolim) De acordo com o COB, alguns atletas estão dentro do Programa Olímpico da Marinha (Prolim) e recebem soldo (a remuneração básica como militares). O Programa é supervisionado pelo Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais. Ao g1, a Marinha do Brasil informou que o Prolim terá 59 atletas nas Olimpíadas de Paris — quase 20% do total de competidores brasileiros nos jogos. Dentre os 59 atletas, 43 integram atualmente o programa, enquanto os outros 16 fizeram parte pelo tempo limite de 8 anos. Como militares da instituição, os atletas de alto rendimento recebem remuneração de acordo com a graduação, como previsto na Lei de Remuneração dos Militares. O atleta com o ensino fundamental concluído pode ser incorporado como cabo, com soldo de até R$ 2.627. Já o que tem ensino médio completo pode ser admitido como terceiro-sargento (R$ 3.825), informou a Marinha. Além da remuneração, os atletas recebem alimentação, uniforme, assistência médico-odontológica, psicológica, social e religiosa. Atualmente, o Prolim tem um total de 235 esportistas militares de alto rendimento. Na história, 716 atletas de alto nível já participaram do programa. "Nas últimas três Olimpíadas (2020, 2016 e 2012), das 57 medalhas conquistadas pelo Brasil, 26 foram ganhas por atletas das Forças Armadas brasileiras, sendo 14 delas graças ao desempenho dos atletas da Marinha", disse a instituição. ▶️ Confederações e clubes Ao g1, o Comitê Olímpico do Brasil informou que, de forma geral, a maioria dos atletas recebe também um salário dos clubes que defendem. Eles podem ainda ter remuneração de suas respectivas confederações esportivas — que são responsáveis, inclusive, pela convocação dos atletas às Olimpíadas e Paralimpíadas. De acordo com o COB, cada confederação tem liberdade para criar seus programas de benefícios, o que significa que os valores podem variar a depender da modalidade esportiva.



Contas do governo registram rombo de R$ 38,8 bilhões em junho


26/07/2024 13:35 - g1.globo.com

Déficit ocorre quando arrecadação de tributos e impostos fica abaixo do gasto do período. Resultado foi negativo mesmo com arrecadação recorde para o mês de junho. As contas do governo registraram déficit de R$ 38,8 bilhões em junho, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta sexta-feira (26). O resultado de junho de 2024 é o quarto pior para o mês desde o início da série histórica do Tesouro, que começa em 1997. É também o pior primeiro semestre desde junho de 2020. O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário. Segundo o Tesouro, a receita líquida em junho foi de R$ 160,5 bilhões, enquanto a despesa alcançou R$ 199,3 bilhões. No acumulado em 12 meses, o déficit até junho é de R$ 260,7 bilhões – o equivalente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado foi registrado apesar do recorde na arrecadação em junho. Na quinta-feira (25), o governo divulgou receitas de R$ 208,8 bilhões no mês – veja no vídeo: Arrecadação do governo bate recorde em junho e alcança R$ 208,8 bilhões "No ano passado, nós adotamos um conjunto de medidas pelo lado da receita para atingir esse objetivo e, como vocês estão vendo, a despeito do descrédito que elas tiveram no ano passado, elas estão mostrando sim resultados consistentes. Mas, de fato, nós temos aqui desafios agora que precisam ser endereçados pelo lado da despesa", disse o secretário do Tesouro, Rogério Ceron. Alta do déficit De acordo com o secretário, o resultado das contas públicas "deve convergir" ao longo do ano para um déficit dentro da meta fiscal – embora, na fotografia atual, o cenário seja mais grave. Ceron afirma que parte da alta nas despesas tem relação com o adiantamento de alguns gastos do governo, que não será sentido no restante do ano. "Quando você olha a perspectiva de 12 meses, o acumulado no ano, tem alguns fatores que geraram ali um resultado um pouco maior. Agora, a gente começa um processo de recuperação. E volto a dizer, considero crível, possível, ficar dentro do intervalo da banda do primário nesse exercício", afirmou. BPC e Previdência A alta dos gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e com a Previdência é um dos fatores que têm pressionado as contas do governo. O BPC é um benefício, no valor de um salário mínimo, pago a idosos com mais de 65 anos ou a pessoas de qualquer idade com deficiência. Para receber o auxílio, a família do beneficiário deve ter renda de até R$ 353 por pessoa –ou seja, 25% do salário mínimo vigente, que hoje é de R$ 1.412. Segundo dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), houve uma alta de 29% na concessão de novos benefícios no primeiro semestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023. O relatório do Tesouro aponta um custo de R$ 54,2 bilhões de janeiro a junho --alta de 17% em relação ao mesmo período de 2023. A Previdência, por sua vez, teve aumento de 8,7% no semestre, chegando a R$ 501,9 bilhões. De acordo com Ceron, o aumento dos custos com os benefícios previdenciários pode ser explicado pela regularização da folha do INSS. "O BPC, o diagnóstico [é que] está crescendo na casa de dois dígitos, um crescimento que chama a atenção. Não há uma motivação evidente do que poderia estar acontecendo para ter essa dinâmica", disse Ceron. Nesta sexta-feira (26), o governo publicou as regras para o pente-fino que será feito nos cadastros do BPC. Pente-fino no BPC: quem não atualizar cadastro pode ter cartão bloqueado Parcial do ano O déficit acumulado no ano, no período de janeiro a junho, é de aproximadamente R$ 68,7 bilhões. O valor está acima da previsão de R$ 61,4 bilhões de déficit no fechamento de 2024, divulgada pelo governo no início da semana. Para fins de cumprimento da meta fiscal, são excluídos do montante R$ 28,8 bilhões em créditos extraordinários. Esse montante foi reservado para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul, Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público. O governo também anunciou o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões para o cumprimento da meta fiscal em 2024, restando R$ 28,8 bilhões de déficit no ano – no limite da meta fiscal. A meta para 2024 é zerar o déficit fiscal. Isso significa que o governo pretende equilibrar receitas e despesas. No entanto, há um intervalo de 0,25 ponto percentual para cima ou para baixo, em que a meta pode ser considerada formalmente cumprida. Um déficit de 0,25% do PIB equivale a R$ 28,8 bilhões, portanto as projeções do governo estão no limite da meta. Governo dobra previsão de rombo das contas públicas até o limite da meta fiscal; Bruno Carazza comenta



Dólar fecha em alta, aos R$ 5,65, após dado de inflação dos EUA; Ibovespa também subiu


26/07/2024 12:01 - g1.globo.com


A moeda norte-americana subiu 0,18%, cotada em R$ 5,6578. Já o principal índice de ações da bolsa teve alta de 1,22%, aos 127.492 pontos. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik O dólar inverteu o sinal e fechou em alta nesta sexta-feira (26), refletindo novos dados de inflação nos Estados Unidos, em busca de sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Indicadores de emprego e os desdobramentos sobre a corrida eleitoral norte-americana também ficaram no radar. Nesta sexta-feira, o ex-presidente dos EUA Barack Obama manifestou publicamente seu apoio à pré-candidatura de Kamala Harris à Casa Branca. Por aqui, o quadro fiscal seguiu fazendo preço nos mercados. Novos dados de emprego também ficaram sob os holofotes. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em forte alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas Dólar O dólar teve alta de 0,18%, cotado em R$ 5,6578. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,6715. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 0,96% na semana; ganho de 1,24% no mês; alta de 16,60% no ano. Na véspera, a moeda caiu 0,16%, cotada em R$ 5,6478. Ibovespa O Ibovespa fechou em alta de 1,22%, aos 127.492 pontos. O resultado positivo contou com a ajuda da valorização de 1,49% das ações da Vale, empresa de maior peso para o índice. A empolgação do mercado é reflexo do balanço da mineradora, divulgado na noite de quinta-feira (25). A empresa reportou lucro líquido de US$ 2,77 bilhões entre abril e junho, o triplo do registrado no mesmo período do ano passado. Com o resultado de hoje, o Ibovespa acumulou: queda de 0,10% na semana; ganhos de 2,89% no mês; perdas de 4,99% no ano. Na véspera, o índice caiu 0,37%, aos 125.954 pontos. LEIA TAMBÉM 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Os investidores começaram o último dia de negociações desta semana de olho no noticiário dos Estados Unidos. Após a indicação, na véspera, de que a atividade norte-americana deve ter registrado uma aceleração no segundo trimestre deste ano, as atenções se voltaram para a divulgação do índice de preços do PCE, a medida de inflação preferida pelo Fed. Segundo o Departamento de Trabalho norte-americano, o índice PCE acelerou ligeiramente para uma alta de 0,1% em julho, após ter ficado estável em maio. O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado e aumenta a perspectiva de que o Fed dê início ao ciclo de cortes de juros nos EUA em setembro. Ainda por lá, os desdobramentos da corrida eleitoral também seguiram na mira dos investidores. Nesta sexta-feira (26), o ex-presidente dos EUA Barack Obama manifestou publicamente seu apoio à pré-candidatura de Kamala Harris à Casa Branca. Ela se tornou o provável novo nome do partido Democrata, após o atual presidente norte-americano, Joe Biden, desistir de concorrer. A eleição norte-americana está prevista para acontecer em 5 de novembro. Pelo lado do partido Republicano, o nome escolhido para a disputa foi o do ex-presidente Donald Trump. Diante desse cenário, investidores avaliaram as repercussões econômicas que cada um dos candidatos teria em uma eventual vitória. Ainda no exterior, o noticiário da China também seguiu no radar, após o anúncio de novos estímulos econômicos no país, em um pacote que deve ser positivo para a atividade manufatureira do gigante asiático. Por aqui, os mercados continuaram a avaliar o quadro fiscal e seus impactos na política monetária, principalmente após o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), divulgado ontem. Considerado a prévia da inflação oficial do país, o indicador registrou uma alta de 0,30% em julho, acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava um aumento de 0,23% no mês. "Houve um impacto grande na curva de juros [após o resultado do IPCA-15], apertando a situação e mostrando que, aqui, principalmente com a questão fiscal, não vai ter corte de juros tão cedo", afirmou o economista da MoneYou Jason Vieira. Hoje, o Tesouro Nacional divulgou dados que mostram que as contas do governo registraram déficit de R$ 38,8 bilhões em junho. O resultado de junho de 2024 é o quarto pior para o mês desde o início da série histórica do Tesouro, que começa em 1997. No acumulado em 12 meses, o déficit até junho é de R$ 260,7 bilhões – o equivalente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB). *Com informações da agência de notícias Reuters.



Pente-fino no BPC: governo publica regras mais rígidas para concessão e revisão do benefício


26/07/2024 10:22 - g1.globo.com


Quem recebe o benefício será notificado pelo INSS e terá até 90 dias para atualizar dados; caso contrário, cartão pode ser bloqueado. Cadastros vão usar biometria a partir de setembro. INSS divulga nomes de aprovados em concurso para técnico INSS/ Divulgação O governo federal publicou nesta sexta-feira (26) as regras para o pente-fino que será feito nos cadastros do Benefício de Prestação Continuada (BPC) em todo o país. Quem recebe o BPC, não está inscrito no CadÚnico e não atualizou o cadastro no INSS nos últimos quatro anos terá que atualizar os dados: em 45 dias, se morar em uma cidade de até 50 mil habitantes; em 90 dias, se morar em cidades maiores. Os beneficiários serão notificados pelo INSS. E se não fizerem a atualização dos cadastros em até 30 dias, terão os cartões bloqueados. 💲 O Benefício de Prestação Continuada (BPC) garante um salário mínimo por mês ao idoso ou à pessoa com deficiência de qualquer idade, mesmo que não tenha contribuído para a Previdência Social – desde que atendidos critérios de renda familiar. As regras foram publicadas no Diário Oficial da União desta sexta-feira (26), assinadas pelos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Carlos Lupi (Previdência). O governo não informou se há uma data específica para os avisos do INSS começarem a ser enviados a quem recebe o BPC. Presidente do INSS fala sobre pente-fino em benefícios Fraudes e gasto público Segundo o governo, o pagamento desse benefício vem crescendo de forma muito rápida e desordenada nos últimos anos. O BPC custa cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil – ou seja, 1% da soma de todos os bens e serviços produzidos no país em dado período. Segundo o chefe da Casa Civil, Rui Costa, em média, o INSS recebe 170 mil novos pedidos de BPC por mês. O ritmo é maior que o dos outros benefícios. Pressionado por pente-fino, governo discute medidas que podem ampliar BPC Na segunda-feira (22), o governo revisou as estimativas de gasto com o BPC e benefícios da Previdência, que passaram a custar R$ 11 bilhões a mais que o planejado para 2024. O BPC teve um aumento de R$ 6,4 bilhões, com custo total no ano passando para R$ 111,5 bilhões. Com o pente-fino, a área econômica espera identificar possíveis fraudes e irregularidades nesses cadastros. A "esperança" é de economizar alguns bilhões com a revisão – o que ajudaria no cumprimento das metas de redução de despesas para cumprir as normas do arcabouço fiscal. Concessão e fiscalização mais rígidas Além dos prazos para o pente-fino, o governo também publicou regras mais rígidas para a concessão e o monitoramento do BPC. Entre as mudanças, o governo definiu que: 💲os cadastros passarão a incluir a biometria do beneficiário a partir de 1º de setembro deste ano; 💲 o INSS terá que cruzar dados mensalmente para verificar se os beneficiários ainda estão dentro dos critérios de renda do programa – e interromper o pagamento de quem passou a ter renda acima do limite; 💲 o INSS deverá averiguar requerimentos do Benefício de Prestação Continuada (BPC) que, ao passarem por atualização, demonstrarem "indícios de inconsistência".



O que o arroto do boi tem a ver com o aquecimento global?


26/07/2024 08:30 - g1.globo.com

Entenda como os bovinos produzem o metano, um dos principais gases de efeito estufa. Série do g1 mostra que pecuaristas já aplicam técnicas para reduzir a emissão desse gás. O que o arroto do boi tem a ver com o aquecimento global? Quando o assunto é aquecimento global, a pecuária é uma das atividades econômicas mais cobradas, no Brasil, por medidas que reduzam a emissão de poluentes para a atmosfera. E um dos motivos tem a ver com o arroto do boi, que emite o metano (CH4), o segundo gás de efeito estufa mais produzido pelo país, depois do gás carbônico (CO2), segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima. O que faz o boi soltar menos gases que levam ao efeito estufa? 🌎Você sabe ou lembra o que é efeito estufa? Esse fenômeno natural funciona assim: a luz do sol atravessa a atmosfera e aquece a terra. A radiação infravermelha enviada pelo sol acaba sendo refletida de volta e boa parte escapa para fora do planeta, permitindo, assim o resfriamento do globo. Mas uma outra parte desse calor é absorvida pelos gases que ficam na atmosfera, como o gás carbônico e o metano. É um processo natural e importante para manter a vida no planeta e aquecer a Terra. O problema é quando se torna um superaquecimento, que pode causar ondas de calor, seca, inundações, derretimento de geleiras, entre muitos outros impactos para a natureza. 21 de julho de 2024 foi o dia mais quente na história da Terra Mudança climática aumentou chance de enchentes no RS 2023 'demoliu' recordes climáticos no mundo Quanto de metano o boi emite? Os dados mais recentes do Observatório do Clima mostram que, em 2022, o Brasil emitiu 20,5 milhões de toneladas de metano — 70% vieram do arroto do boi, ou seja, 14,2 milhões de toneladas. Por outro lado, a quantidade de metano que o Brasil solta é bem menor do que a emissão de gás carbônico (CO2), que chegou a 1,5 bilhão de toneladas em 2022. Além disso, o metano tem um tempo de vida de 10 a 12 anos na atmosfera, enquanto o CO2, de 100 anos, em média, diz o especialista em mudanças climáticas Eduardo Assad, professor da FGV AGRO. No entanto, o metano retém 28 vezes mais calor que o gás carbônico, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A agropecuária nas emissões do Brasil Hoje, no Brasil, as emissões de poluentes (dióxido de carbono, metano, óxido nitroso) são somadas e medidas em toneladas de equivalentes de dióxido de carbono (CO2eq). Por exemplo, se o potencial de aquecimento global do gás metano é 28 vezes maior do que o do gás carbônico (CO2), então o CO2 equivalente do metano é igual a 28. Tendo como base as emissões de CO2eq, a agropecuária desponta como a segunda maior fonte da produção de gases do efeito estufa (26%) no Brasil, de acordo com o SEEG, do Observatório do Clima. Mais da metade disso vem do arroto do boi. Outras atividades do agro, como o cultivo de arroz, também produzem gases poluentes, mas em menor volume. Carne bovina brasileira seria o 7º maior emissor de gases do mundo, se fosse um país, diz relatório O maior emissor de gases poluentes é o desmatamento (48%), que também tem, na abertura de pastagens, uma das suas principais causas (saiba mais aqui). Mas o Brasil já tem técnicas para reduzir a produção de metano no estômago do boi e formas de produzir que, em vez de emitir poluentes, capturam gás carbônico da atmosfera. Na série "PF, prato do futuro", o g1 foi até Mato Grosso para mostrar soluções aplicadas por pecuaristas da Liga do Araguaia. Assista abaixo. Como a pecuária pode reduzir a emissão de gases poluentes Mais vídeos da série 'PF, prato do futuro': PF, prato do futuro: o rastreamento de bois com chip na Amazônia O que a pecuária tem a ver com o desmatamento da Amazônia? Por que tem tanto boi na Amazônia?



O que faz o boi soltar menos gases que levam ao efeito estufa? Conheça as técnicas usadas em Mato Grosso


26/07/2024 08:30 - g1.globo.com

Na série 'PF: prato do futuro', g1 mostra como pecuaristas da Liga do Araguaia estão aumentando a sua produção preservando o meio ambiente. Como a pecuária pode reduzir a emissão de gases poluentes O Brasil é o maior exportador de carne do planeta e tem o segundo maior rebanho bovino do mundo, depois da Índia. São 234 milhões de cabeças de gado, mais boi do que gente (o Brasil tem 215 milhões de habitantes). Mas esses recordes também colocam o país no centro do debate sobre o aquecimento global 🔥. E um dos motivos tem a ver com o arroto do boi. Isso porque, no seu processo de digestão, o gado produz o metano (CH4), um dos principais gases que contribuem para o aquecimento da atmosfera. 'PF: prato do futuro': nova série do g1 mostra soluções para desafios da produção de alimentos Há pelo menos 50 anos, pesquisadores brasileiros estudam formas de produzir carne de forma mais sustentável. A série "PF, prato do futuro", do g1, foi até Mato Grosso, onde está o maior rebanho bovino do Brasil, para mostrar as soluções aplicadas pelos produtores da Liga do Araguaia. Essas técnicas fazem com que menos gases poluentes sejam liberados no ar e também combatem o desmatamento, outro causador do aquecimento global. Assista no vídeo acima. Nesta reportagem, você vai ler sobre: Do que a pecuária é cobrada Como a alimentação pode reduzir emissão de metano A técnica que produz mais carne em menos terra Plantação e pasto integrados Do que é pecuária é cobrada No Brasil, a agropecuária é a segunda maior fonte de emissão de gases de efeito estufa (26%). A primeira é o desmatamento (48%), que tem, como algumas de suas causas, a conversão de vegetação em áreas de pastagens (saiba mais aqui). Esses dados são do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima, e se referem a 2022, último período em que essas informações foram atualizadas. Naquele ano, o rebanho bovino brasileiro produziu 14,2 milhões de toneladas de metano, o que corresponde a 70% de todo o CH4 emitido pelo Brasil. Boi emite metano pelo arroto Alimentação do boi e o metano Por ter um grande território, o Brasil cria 95% do seu rebanho em pastos e, por isso, a base da alimentação dos bois do país é o capim, que é rico em fibras. "Tudo o que o animal come vai gerar metano. Mas, quanto mais fibrosa for a dieta, maior vai ser a produção de metano por quilo de alimento consumido", diz o especialista em nutrição bovina Sergio Raposo Medeiros, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na unidade Pecuária Sudeste. Existem formas de reduzir a formação de CH4 no processo de digestão. Na Fazenda Santa Rita, além de capim, os bois recebem uma suplementação alimentar, ou seja, uma ração na qual são acrescentados aditivos que diminuem a quantidade de bactérias metanogênicas no rúmen do boi. "Existe uma vasta gama de opções de aditivos com o potencial de reduzir a produção de metano [durante a digestão do boi]. A gente pode utilizar aditivos ionóforos, não ionóforos, óleos essenciais, algas, taninos", conta o pecuarista Braz Peres Neto, da Fazenda Santa Rita. Em sua propriedade, ele utiliza os ionóforos, que são substâncias usadas em doses muito pequenas na ração. O que o arroto do boi tem a ver com o aquecimento global? Segundo o pecuarista e o pesquisador da Embrapa, os aditivos têm uma dupla vantagem: além de reduzirem a produção de CH4 no rúmen, contribuem para o boi ganhar peso. Isso se explica pelo seguinte: quanto mais metano um boi produz, mais energia ele perde. Portanto, quando o pecuarista usa aditivos para reduzir a produção desse gás, o boi, consequentemente, vai ter menos perda energética. A suplementação alimentar na Fazenda Santa Rita conta com proteínas, como o farelo de soja, e carboidratos, como o milho moído, além de sais minerais. Segundo Braz, esse "plus" na alimentação é importante para fazer com que o boi chegue, em menos tempo, ao peso ideal de abate, que é de, no mínimo, 550 kg. Frase 1 - Ciclo de vida do boi - Braz Peres Neto No Brasil, o boi demora três anos, em média, para chegar ao peso ideal de abate. Mas, com uma suplementação alimentar aliada a técnicas de melhoramento genético, é possível ter um boi gordo em apenas dois anos, dois anos e meio, diz Braz. Produzir mais carne em menos terra Outra técnica que pode melhorar o desempenho animal e, ao mesmo tempo, preservar o solo e evitar o desmatamento é a intensificação de pastagem. Nesse sistema, o pasto é divido em vários piquetes, ou seja, áreas menores, e o pecuarista vai mudando o gado de lugar à medida que o capim vai acabando. Na Fazenda Água Preta, em Cocalinho (MT), eles fazem uma rotação a cada sete dias. O capim novo - e bem cuidado - possui menos fibra, o que também ajuda a reduzir a produção de metano durante a digestão bovina, destaca Medeiros, da Embrapa. Intensificação da pastagem “A intensificação de pastagens nada mais é do que ter o maior número de animais por hectare, produzindo a mesma quantidade ou mais de quilos [de carne] por dia do que uma área de pastejo convencional", diz João Paulo Massoneto, que administra a Fazenda Água Preta. "É um sistema que permite um uso mais eficiente do solo e das áreas que já estão consolidadas, evitando ou diminuindo a pressão de desmate", acrescenta. Além disso, na intensificação, o pecuarista não pode deixar o pasto degradar, já que os bois sempre vão voltar para a mesma área. É por isso que, nesse sistema, o solo e o capim recebem os mesmos cuidados que os de uma plantação, como adubos e técnicas de correção. Aliás, essa é uma tendência de um processo de profissionalização pelo qual a pecuária vem passando nos últimos 40 anos, ressalta o pesquisador Moacyr Bernardino Dias Filho, da Embrapa Amazônia Oriental. Para ele, se, a partir de meados dos anos de 1980, recuperar pastagem passou a ser uma preocupação dos pecuaristas, de 2000 em diante, aumentou o interesse deles em preservar os pastos. Segundo Dias Filho, além disso ser mais sustentável, custa menos. Frase 2 - Recuperação de pastagem Plantação e pasto integrados Uma pastagem bem conservada, onde há uma renovação constante de vegetação, também contribui para o sequestro de carbono da atmosfera. Sequestro de carbono É por isso que, quanto mais plantas, maior é a captura de carbono e, portanto, maior também é a qualidade do ar. Existem outras formas de produção de alimentos que têm potencial de sequestrar carbono, como a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e a Integração Lavoura-Pecuária Floresta (ILPF). Pecuária Integrada Na viagem por Mato Grosso, o g1 conheceu um sistema de ILP que alterna soja e pecuária na Fazenda Água Viva, que também fica em Cocalinho. O diretor da fazenda, Eduardo Pereira, explica que, nesse modelo de produção, a plantação leva benefícios para a pastagem e vice-versa. "A soja fixa nitrogênio, que é um importante nutriente para o sistema de produção, principalmente para a forragem, para a pastagem", diz Pereira. Além disso, ele explica que as raízes dos capins são, normalmente, mais longas que as da soja, o que faz com que a planta consiga obter água e nutrientes das partes mais profundas do solo. Outra vantagem é que, assim como na intensificação de pastagem, os sistemas integrados reduzem a pressão por desmatamento. Numa mesma área, o pecuarista vai conseguir produzir mais, com a vantagem de poder diversificar a sua fonte de renda. Créditos deste episódio da série 'PF: prato do futuro' Coordenação editorial: Luciana de Oliveira Edição e finalização de vídeos: Gustavo Wanderley e Marih Oliveira Narração: Marih Oliveira e Paula Salati Reportagem: Paula Salati Produção: Paula Salati e Giovana Toledo Roteiro: Paula Salati Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli Coordenação de arte: Guilherme Gomes Direção de arte e ilustrações: Ana Moscatelli, Barbara Miranda, Bruna Rocha, Luisa Rivas, Vitoria Coelho e Veronica Medeiros Fotografia: Gustavo Wanderley e Idelson Gomes da Silva Motion Design: Veronica Medeiros Mais vídeos da série: PF, prato do futuro: o rastreamento de bois com chip na Amazônia O que a pecuária tem a ver com o desmatamento da Amazônia? Por que tem tanto boi na Amazônia?



Voa Brasil: veja o passo a passo para comprar as passagens a R$ 200 para aposentados do INSS


26/07/2024 08:03 - g1.globo.com


No primeiro ano, devem ser colocados à venda 3 milhões de bilhetes por até R$ 200. Para ter direito à compra, o aposentado não pode ter viajado de avião nos últimos 12 meses. Voa Brasil: governo lança 1ª fase do programa com passagens de R$ 200 para aposentados O governo federal apresentou na quarta-feira (24) o programa Voa Brasil, que proporciona passagens aéreas de até R$ 200 para aposentados do INSS. Cerca de 23 milhões de pessoas podem ser beneficiadas, segundo o governo. São 3 milhões de passagens que já estão disponíveis para compra no site https://voabrasil.sistema.gov.br/login. O g1 montou um passo a passo de como você pode comprar as passagens. É necessário fazer o login na plataforma do Voa Brasil com a conta gov.br de nível prata ou ouro. 1. Autorizar o compartilhamento de dados O primeiro passo é autorizar o acesso aos dados vindos do gov.br para o programa Voa Brasil. É assim que a plataforma reconhece que o beneficiário é um aposentado e não viajou nos últimos 12 meses — duas das regras para desfrutar do programa. (veja as normas abaixo) Passo a passo do Voa Brasil Reprodução/Voa Brasil 2. Aceitar os termos A segunda tela do programa mostra as condições e regras principais do Voa Brasil. O beneficiário deve ler e concordar com os termos do contrato, além de ler o Aviso de Privacidade. Passo a passo do Voa Brasil Reprodução/Voa Brasil 3. Escolher o destino A terceira tela se assemelha à plataforma de compra de passagens das principais companhias aéreas. É necessário escolher a opção "Ida e volta" ou "Só ida"; Selecionar o aeroporto de partida; Selecionar o aeroporto de destino; Escolher as datas de ida e volta; Clicar em Buscar. Passo a passo do Voa Brasil Reprodução/Voa Brasil 4. Checar a disponibilidade A própria plataforma verifica a disponibilidade de voos nas companhias aéreas participantes, de acordo com o pedido do beneficiário. Se não houver voos disponíveis para a data escolhida, o próprio sistema acomoda o pedido em datas próximas. Segundo o ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, o programa aproveita a ociosidade das companhias aéreas. Ou seja, as passagens a R$ 200 são as sobras de lugares de voos já programados pelas companhias, e isso pode fazer com que voos mais concorridos não apareçam na plataforma. Passo a passo do Voa Brasil Reprodução/Voa Brasil 5. Selecionar o voo Após checar as opções, é só marcar o melhor horário disponível e avançar para a reserva. Além dos R$ 200 por trecho, é necessário pagar as taxas de embarque dos aeroportos de ida e de volta. Passo a passo do Voa Brasil Reprodução/Voa Brasil 6. Fornecer os dados e reservar Para terminar o processo, a plataforma pede que o viajante preencha o cadastro com seus dados pessoais. A seguir, o beneficiário tem 1 hora para efetuar o pagamento. Caso contrário, a passagem volta a ficar disponível na plataforma. Não é possível comprar passagem para terceiros. As regras do programa reforçam que o benefício é pessoal e intransferível. Passo a passo do Voa Brasil Reprodução/Voa Brasil Veja as regras do programa No primeiro ano do programa, serão colocados à venda 3 milhões de bilhetes Para ter direito à compra, o aposentado do INSS não pode ter viajado de avião nos últimos 12 meses Não há limite de renda, ou seja, o aposentado que recebe o teto do INSS (R$ 7.786,02) também está contemplado Foi criado um site para facilitar a busca pelos bilhetes oferecidos a até R$ 200 pelo trecho e, segundo integrantes do governo envolvidos nas discussões, o aposentado precisará acessar com o cadastro do gov.br. Com base nessas informações, o sistema já saberá se a pessoa viajou de avião ou não no último ano O site é https://voabrasil.sistema.gov.br/login Quando encontrar uma passagem que deseja, o aposentado será redirecionado pelo portal para o site da própria companhia aérea, já na parte para finalizar a compra. Essa foi uma forma encontrada para dar mais segurança e evitar que essas pessoas sejam vítimas de golpes Cada aposentado do INSS terá direito a adquirir duas passagens (dois trechos). Programa Voa Brasil tem histórico de adiamentos Acordo com companhias Será criado um site para facilitar a busca pelos bilhetes oferecidos a até R$ 200 pelo trecho Foto de Kelly / pexels Não haverá gasto de dinheiro do Orçamento federal para reduzir o custo das passagens para quem comprar pelo Voa Brasil. O trabalho do governo foi costurar com as companhias áreas um acordo para que ofereçam os bilhetes a esse preço para quem não viajou nos últimos 12 meses. O argumento do governo é que essas pessoas vão ocupar vagas ociosas nos aviões. O secretário nacional de Aviação Civil do Ministério dos Portos e Aeroportos, Tomé Franca, explicou que historicamente cerca 15% e 20% dos assentos não são ocupados no ano. "É uma cota (para os aposentados). São passagens dentro dessa ociosidade", disse. Segundo dados levantados por auxiliares do presidente Lula, a aviação civil movimentou aproximadamente 112 milhões de passageiros no ano passado. Desse total, cerca de 12% (mais de 13 milhões) das passagens foram vendidas por até R$ 200. A expectativa é que os 3 milhões de bilhetes do Voa Brasil façam essa fatia crescer, pois as empresas aéreas ocupariam os lugares vazios nos aviões com aposentados que não costumam viajar. "Dos 112 milhões, apenas 30 milhões de CPFs viajam. Apenas 30 milhões de CPFs viajam pelo brasil. Qual a essência do programa? Incluir mais gente", afirmou Costa Filho.



Governo prevê mudanças no Minha Casa, Minha Vida após contratação recorde no programa


26/07/2024 07:00 - g1.globo.com

Financiamento de imóveis usados tem pressionado o orçamento para habitação popular. Alvo deve ser Faixa 3, famílias com renda de R$ 4,4 mil até R$ 8 mil O governo estuda mudanças em regras do Minha Casa, Minha Vida para tentar frear o avanço dos financiamentos de imóveis usados. Isso porque, com contratação recorde de financiamentos, o fundo que banca o Minha Casa está pressionado. E o governo entende que imóveis novos geram mais empregos. O programa habitacional deve fechar o ano com quase 600 mil financiamentos, um recorde. Esse saldo inclui contratações de imóveis novos e também usados. O desempenho, porém, tem pressionado o orçamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que viabiliza as contratações do programa social. O Minha Casa, Minha Vida é bancado pelos recursos do fundo. O governo já havia começado a endurecer essas regras em abril. Mas agora vai precisar ajustar ainda mais. O objetivo é equilibrar os recursos do FGTS e garantir verba para contratos de imóveis novos, que geram mais empregos. Nos próximos dias, o governo deve dar mais um passo para controlar o aumento dos contratos de imóveis usados. A medida em avaliação é elevar o valor da entrada exigida nos financiamentos do Minha Casa, Minha Vida para a Faixa 3 do programa –famílias com renda de R$ 4,4 mil até R$ 8 mil– que queiram comprar imóvel usado. As famílias mais carentes, com renda menor que R$ 4 mil, não serão impactadas. "Nós fizemos algumas reduções em algumas faixas de renda no limite daquilo que pode ser financiado dos imóveis usados [aumentou o valor da entrada a ser paga] e nós devemos estudar algumas medidas para poder equilibrar isso. Esse processo está em discussão com a Casa Civil e nos próximos dias, na próxima semana, a gente já deve estar disponibilizando essas informações para a sociedade", disse o ministro das Cidades, Jader Filho, em entrevista à TV Globo. “A gente precisa atender tanto aos imóveis usados quanto a imóveis novos”, explicou. Governo avalia usar casas modulares no programa Minha Casa, Minha Vida Regras para compra No início do ano, as famílias do Faixa 3 precisavam dar de entrada pelo menos 20% do imóvel. O valor máximo da casa ou apartamento para esse público do programa é de R$ 350 mil. Leia também: Mudanças no Minha Casa, Minha Vida e juros mais baixos: vai ficar mais fácil comprar um imóvel em 2024? Em abril, o governo já enfrentava um aperto no orçamento do FGTS. Por isso, aumentou o valor da entrada para famílias do Faixa 3 nas regiões Sul e Sudeste. A fatia subiu para 25% ou 30% dependendo da renda familiar. Agora, o governo discute ampliar ainda mais essa exigência para a entrada e que ela passe a valer para todo o país. Mas ainda não há a decisão final de qual será o novo patamar. A avaliação é que imóveis usados tendem a ser mais baratos –o que beneficia a população mais carente. Só que imóveis novos acabam gerando mais emprego. “Eu acho que os dois têm vantagens, os dois precisam ter toda a atenção e é isso que o governo vai ter, dando equilíbrio para imóveis novos, porque obviamente gera emprego, mas também sabendo a importância dos imóveis usados, tanto na economia quanto no atendimento das famílias”, explicou o ministro. Crescimento dos usados Os imóveis usados devem representar mais de 30% dos 600 mil contratos do Minha Casa, Minha Vida desse ano. Só que essa fatia era de 14,3% em 2022 e de 6,25% em 2021. Portanto, houve um forte aumento desde o ano passado, quando ficou próximo de 25% dos financiamentos. Diante disso, o governo deve mexer nas regras para o Faixa 3, famílias de renda mais alta dentro do programa. E pretende preservar as regras para as faixas mais carentes, de renda menor que R$ 4 mil. Recorde no programa A meta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de 2 milhões de unidades habitacionais contratadas pelo programa nos 4 anos desse governo. No entanto, essa meta deve ser batida antes do prazo. Considerando 2023 e o primeiro semestre de 2024, foram mais de 860 mil novos contratos assinados, informou o ministro. “Isso aponta um crescimento substancial, são recordes que nós temos batido ano a ano”, concluiu. “Nos últimos quatro anos não teve nenhuma linha [habitacional] para atender as famílias das rendas mais baixas da população. Então você fica com uma demanda reprimida nos últimos quatro anos”, explicou Jader Filho sobre o desempenho do programa.



Mega-Sena, concurso 2.753: prêmio acumula e vai a R$ 72 milhões


25/07/2024 23:01 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 06 - 26 - 31 - 46 - 52 - 55. Quina teve 45 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 78.111,86. Bilhete volante loteria mega-sena mega sena versão 2018 Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.753 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (25), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 72 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 06 - 26 - 31 - 46 - 52 - 55 5 acertos - 45 apostas ganhadoras: R$ 78.111,86 4 acertos - 3.695 apostas ganhadoras: R$ 1.358,99 O próximo sorteio da Mega será no sábado (27). Mega-Sena, concurso 2.753 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal — acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Justiça homologa recuperação judicial da Coteminas


25/07/2024 22:27 - g1.globo.com


Em maio deste ano, a companhia, do empresário Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente do Brasil José Alencar, anunciou que passava por problemas financeiros e operacionais. O empresário Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas, no Senado, em imagem de julho de 2019 Geraldo Magela/Agência Senado A Justiça homologou, nesta quinta-feira (25), o processamento da recuperação judicial do grupo do setor têxtil Coteminas. Em maio deste ano, a companhia, do empresário Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente do Brasil José Alencar, anunciou que passava por problemas financeiros e operacionais. A decisão, da 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, estende-se às empresas do conglomerado, como a MMartan e a Santista, especializadas em produtos de cama, mesa e banho. O pedido indica uma dívida superior a R$ 2 bilhões e envolve milhares de credores, discussões sobre empréstimos, essencialidade de bens e alienação de ativos. A fim de confirmar que o grupo tem possibilidade de se reorganizar financeiramente, o juiz Adilon Cláver de Resende nomeou peritos para analisarem os documentos apresentados na ação. O magistrado destaca que há "indicação de ser aparentemente superável o estado de crise econômico-financeira" e também retrata a "perspectiva de [o grupo] que possa se soerguer". Na prática, com o processo de recuperação, as dívidas da companhia ficam congeladas por 180 dias, ao mesmo tempo em que sua operação é mantida (entenda mais abaixo). Segundo o advogado da Coteminas, Bernardo Bicalho, o objetivo é preservar o emprego dos trabalhadores e o interesse dos credores. "Garantir a manutenção das empresas, a sua função social e o estímulo à atividade econômica é benéfico a todas as partes", analisa Bicalho. A partir de agora, as empresas deverão apresentar as contas demonstrativas mensais. O plano de recuperação judicial deve ser lançado em 60 dias, sob pena de aplicação de falência. Também será publicado um edital para que os credores, no prazo de duas semanas, informem eventuais créditos com as devedoras. Como funciona a recuperação judicial O que é a recuperação judicial? A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça. As dívidas ficam congeladas por 180 dias e a operação é mantida. A recuperação judicial foi instituída no Brasil em 2005 pela lei 11.101, que substituiu a antiga Lei das Concordatas, de 1945. A diferença entre as duas é que, na recuperação judicial, é exigido que a empresa apresente um plano de reestruturação, que precisa ser aprovado pelos credores. Na concordata, era concedido alongamento de prazo ou perdão das dívidas sem a participação dos credores. Quem pode pedir recuperação judicial? Empresas privadas de qualquer porte e com mais de dois anos de operação podem recorrer à recuperação judicial. Porém, a lei não vale para estatais e empresas de capital misto, bem como para cooperativas de crédito e planos de saúde. Também não podem pedir recuperação judicial as empresas que já tenham feito outro pedido há menos de cinco anos e as comandadas por empresários que já foram condenados por crime falimentar (relacionados a processos de falência). Como é feito o pedido de recuperação judicial? O pedido é feito à Justiça por meio de uma petição inicial que contém, entre outras informações, o balanço financeiro dos últimos três anos, as razões pelas quais a empresa entrou em crise financeira e a lista de credores. Depois que o pedido é aceito, a companhia tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação, e as execuções (cobranças de dívida) contra ela são suspensas por 180 dias. A lei determina que a assembleia de credores aconteça em até 150 dias após o deferimento do processo pela Justiça, mas, na prática, esse prazo costuma ser ultrapassado. Os vídeos mais vistos do g1 Minas:



Doença de Newcastle: área de emergência zoossanitária é reduzida a cinco municípios do RS


25/07/2024 16:50 - g1.globo.com


Medida, que inicialmente valia para todo o estado, prevê ações como limpeza e desinfecção de locais afetados e vigilância em propriedades por um período de 90 dias. Mapa determinou restrição de 90 dias, com o isolamento da área afetada. Ministério da Agricultura reduz área de emergência da Newcastle no RS O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reduziu para cinco municípios a área de emergência zoossanitária em razão da Doença de Newcastle, identificada em um aviário de Anta Gorda. Além da cidade, estão no limite Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado, em um raio de 10 km do foco da doença. A medida valia, inicialmente, para todo o território do Rio Grande do Sul. No aviário em Anta Gorda, 7 mil aves tiveram que ser sacrificadas. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O status de emergência zoosanitária prevê ações de sacrifício ou abate de todas as aves onde o foco foi confirmado, limpeza e desinfecção do local, adoção de medidas de biosseguridade, demarcação de zonas de proteção e vigilância em todas propriedades existentes no raio de 10km, definição de barreiras sanitárias, entre outras. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (24). Nesta quinta (25), o governo do estado publicou um decreto que declara estado de emergência de saúde animal na mesma região. A medida tem duração de 90 dias, com o isolamento da área afetada e restrição de movimento de material de risco. Oito barreiras sanitárias foram instaladas na região, para impedir o avanço da doença de Newcastle. Os pontos de controle fazem a desinfecção de veículos de risco, de cargas de animais e aviários, além de varreduras em todas as propriedades rurais em dois raios, de 3 km e 10 km. Das 858 propriedades rurais da região, 78% já foram vistoriadas, segundo o governo do estado. A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres. Causada pelo vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), a doença apresenta sinais respiratórios, seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça dos frangos. Entenda o que é a doença de Newcastle Fiscalização em aviário no Vale do Taquari Julia Chagas/Secretaria da Agricultura Suspensão das exportações A suspensão de exportações foi confirmada pelo Mapa e considera o acordo bilateral entre países parceiros, a fim de garantir a transparência do serviço brasileiro com os importadores. As suspensões devem durar pelo menos 21 dias e variam o produto e a área, a partir do acordo comercial. Parte dos países considera carnes produzidas em todo o território nacional; alguns, somente no Rio Grande do Sul; e outros, em um raio de 50 km do foco da doença identificada. Suspensão de exportações: Veja a lista de países Barreiras sanitárias são montadas no Vale do Taquari por causa da Doença de Newcastle Identificação após queda de granizo A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a doença de Newcastle foi identificada na propriedade em meio às ondas de frio no inverno. Uma chuva de granizo teria destelhado o aviário, matando 7 mil aves em razão das condições inadequadas, segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin. As outras 7 mil aves foram sacrificadas na quinta-feira (18), de acordo com a associação, conforme determina o protocolo, para evitar que a doença se alastre pela região. Granja onde foi identificado caso da doença de Newcastle em Anta Gorda Reprodução/RBS TV Consumo liberado O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), afirmou que a população pode continuar consumindo frango mesmo após o diagnóstico da doença de Newcastle. Uma ficha técnica publicada em 2022 pelo Mapa aponta que a doença pode causar conjuntivite transitória em humanos após contato direto com as aves, por meio de aerossóis e secreções respiratórias, além de secreções oculares e fezes de aves infectadas. Não há infecção através do consumo, afirmam especialistas. "Podem continuar tranquilos, consumindo carne de frango, inclusive da própria região, dessa própria criação na região", falou Fávaro. Doença de Newcastle identificada em aviário do RS g1 VÍDEOS: Tudo sobre o RS



Arrecadação do governo bate recorde em junho e alcança R$ 208,8 bilhões


25/07/2024 13:30 - g1.globo.com


Valor é o maior da série histórica para o mês de junho, que teve início em 1995. Dados foram divulgados pela Receita Federal. Cédulas de real Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas A arrecadação do governo federal bateu recorde no mês de junho, alcançando R$ 208,8 bilhões, segundo dados divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira (25). O valor é o maior da série histórica para o mês de junho, que teve início em 1995. O total arrecadado representa uma alta real de 11% (acima da inflação) em relação ao mesmo período de 2023, e de 2,7% na comparação com maio deste ano (veja vídeo abaixo). Arrecadação federal chega a R$ 203 bilhões em maio, novo recorde para o mês De acordo com os dados da Receita, a arrecadação também é a maior da série histórica para o primeiro semestre. No período, foram arrecadados R$ 1,3 trilhão (corrigidos pela inflação).   Segundo a Receita Federal, os seguintes fatores influenciaram o resultado do mês: comportamento de variáveis macroeconômicas; retorno da tributação de PIS/Cofins sobre os combustíveis; tributação dos fundos exclusivos e atualização de bens e direitos no exterior; desastre no Rio Grande do Sul, entre abril e maio deste ano --que teve impacto dedutivo na arrecadação. Recordes consecutivos O governo tem batido recordes consecutivos na série histórica da arrecadação. Até o momento, de janeiro a junho de 2024 registraram os maiores valores para os seus respectivos meses na série histórica que começa em 1995. A arrecadação recorde acontece depois de o governo aprovar uma série de projetos no Congresso em 2023, como: a tributação de fundos exclusivos, os "offshores"; mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados; limitação no pagamento de precatórios (decisões judiciais), entre outros. Déficit zero A alta nas receitas vem em um momento em que o governo tenta cumprir a meta de zerar o déficit fiscal em 2024 --ou seja, equilibrar receitas e despesas. Na segunda-feira (22), a equipe econômica anunciou o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento para cumprir com o arcabouço fiscal e com a meta de déficit zero. O congelamento foi feito por causa do aumento das despesas. Até o momento, a estratégica do governo tem sido equilibrar as contas pelo lado das receitas, aumentando a arrecadação. O Ministério da Fazenda planeja um "pente-fino" em benefícios sociais que levaria a uma economia de R$ 25,9 bilhões. Contudo, novas medidas para aumentar receitas também estão no radar.



Brasil articula comunicado à parte no G20 sobre taxação de 'super-ricos' mundo afora


25/07/2024 12:44 - g1.globo.com

G20: Haddad diz que pode sair declaração sobre taxação de super-ricos O governo brasileiro vem articulando, ao longo da semana, um comunicado "à parte" da reunião oficial dos ministros de Finanças do G20, no Rio de Janeiro, para tratar de um tema espinhoso: a taxação dos super-ricos pelo mundo. 💰 A ideia é que taxar as cerca de 3,4 mil famílias mais ricas do mundo, em 1% ou 2% do patrimônio, geraria um fundo de mais de US$ 250 bilhões. Dinheiro para erradicar a fome, reduzir desigualdades e frear as mudanças climáticas, por exemplo. Esse formato, de comunicado à parte, foi negociado para evitar que países contrários à medida bloqueiem a inclusão do tema na declaração final dos ministros. A reunião oficial acontece na Cúpula do G20, nesta quinta (25) e sexta-feira (26), mas os acordos começam a ser negociados com antecedência. “A semente precisa ser lançada”, disse Haddad ao blog na quarta-feira (24). O governo brasileiro quer evitar que um avanço lento da discussão seja visto como a "derrocada" da proposta – uma das mais importantes do Brasil na presidência rotativa do G20. Fortuna dos mais ricos atinge o maior nível histórico, afirma estudo G7 resiste O blog apurou que há resistências, em especial, de países do G7 à proposta da taxação dos bilionários do planeta. 🌎 O G7 é formado pelas economias mais industrializadas: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, além de representante da União Europeia. Esses países também estão no G20. Em entrevista à Globonews, o ministro Fernando Haddad disse estar otimista sobre avanços nessa negociação. A equipe dele, anfitriã do encontro no Rio, considera normal que esses temas avancem lentamente.



Greve no INSS: presidente do STJ manda categorias garantirem serviços essenciais e mínimo de 85% das equipes


25/07/2024 12:28 - g1.globo.com


Ministra Maria Thereza de Assis Moura atendeu a pedido da AGU, que apontou dano a serviços essenciais. Há 400 agências fechadas ou operando parcialmente, dizem sindicatos. Com portas fechadas, agência do INSS em Campinas exibe aviso de greve Vanderlei Duarte/EPTV A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, determinou que a greve dos servidores do INSS não afete as "necessidades inadiáveis da população" – ou seja, não prejudique a prestação de serviços essenciais. A ministra definiu que pelo menos 85% das equipes de cada agência devem seguir trabalhando. O desrespeito à decisão está sujeito a multa diária de R$ 500 mil. Participe do canal do g1 no WhatsApp A greve dos servidores do INSS começou em 16 de julho e, segundo os sindicatos das categorias, o movimento tem adesão em mais de 23 estados e no DF. Cerca de 400 agências fecharam ou passaram a funcionar parcialmente, de acordo com as entidades. Recomposição de perdas salariais, valorização profissional e melhores condições de trabalho estão entre as reivindicações. Ao determinar a manutenção de serviços essenciais e de um percentual mínimo das equipes trabalhando, a ministra do STJ atendeu a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). Na decisão, ela citou que é inquestionável a essencialidade das atividades desempenhadas pelos servidores do INSS. Ela apontou que esses serviços envolvem o pagamento de benefícios previdenciários considerados indispensáveis por estarem relacionados a "casos de incapacidade [do beneficiário], desemprego involuntário, idade avançada, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente". A presidente do STJ ressaltou, ainda, que são de longa data os problemas enfrentados pelo poder público em relação aos prazos de análise dos processos administrativos de benefícios. Levantamento da PF mostra que fraudes no INSS poderiam ser evitadas com checagem por biometria O pedido da AGU Segundo a AGU, o movimento grevista foi iniciado sem que a categoria garantisse equipes de servidores para assegurar a prestação de serviços essenciais e indispensáveis ao atendimento da sociedade, como pagamentos, concessão de benefícios e perícias. "É dizer, a manutenção integral dos serviços previdenciários se faz imprescindível, sob pena de violação ao direito de sobrevivência a milhões de brasileiros”, afirmou a AGU.   Segundo a AGU, cada dia de paralisação trava a concessão de, em média: 13.116 benefícios por incapacidade, 2.733 salários-maternidade; 4.605 aposentadorias; 1.643 pensões por morte; 3.500 benefícios assistenciais para pessoas portadoras de deficiência, idosos e outros.



Governo deve fechar reforma tributária sobre a renda no 2º semestre, diz Haddad


25/07/2024 12:22 - g1.globo.com

Haddad: quem não paga imposto vai ter que pagar O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (24) que acredita que o governo vai conseguir fechar no próximo semestre o projeto de lei que vai reformular a tributação sobre a renda dos brasileiros. Essa reforma pode mexer, por exemplo, na tabela do Imposto de Renda de pessoas físicas, no Imposto de Renda das empresas (IRPJ), na tributação de lucros e dividendos e de fundos de investimento. Segundo Haddad, a área econômica prepara alguns "cenários" para entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que decidirá o modelo a ser enviado ao Congresso. "Alguns cenários de como vemos a oportunidade de fazer uma reforma para melhorar a distribuição de renda. E se possível promover, ou o aumento das faixas de isenção, ou a diminuição da alíquota do imposto. São possibilidades na mesa agora no segundo semestre", disse Haddad. Até o momento, o Congresso aprovou a reforma dos impostos sobre o consumo (PIS, Pasep, Cofins, IPI, ICMS e ISS). As regras principais já foram promulgadas e a regulamentação está tramitando – a transição para o novo modelo será gradual, entre 2026 e 2033. "Desde o começo dissemos que vamos resolver o problema sobre o consumo primeiro pra resolver o problema da renda depois. Por duas razões. Primeiro, o tema sobre o consumo é muito mais complexo do ponto de vista técnico", disse Haddad. "Em segundo lugar, porque o debate sobre a renda acontece com lei ordinária, não com emenda constitucional. Contudo, como tema político, é muito mais espinhoso. Porque no Brasil o imposto sobre a renda penaliza os mais pobres e favorece os mais ricos pela baixa progressividade do imposto", prosseguiu.



Dólar fecha em queda após surpresa do PIB dos EUA e IPCA-15; Ibovespa cai


25/07/2024 12:01 - g1.globo.com


A moeda norte-americana recuou 0,16%, cotada em R$ 5,6478. Já o principal índice de ações da bolsa caiu 0,37%, aos 125.954 pontos. Dólar impacta a inflação brasileira Pixabay O dólar fechou em queda nesta quinta-feira (25), com investidores avaliando novos dados sobre a atividade econômica dos Estados Unidos e ainda de olho nos desdobramentos fiscais por aqui. Na véspera, a decepção com os resultados observados na temporada de balanços corporativos castigou os ativos em Wall Street e, segundo analistas, o mau humor se estendeu pelos negócios nesta quinta. Além disso, dúvidas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução dos juros dos EUA ainda pairam sobre os mercados. Por aqui, investidores repercutiram o resultado da prévia da inflação oficial do país, que registrou uma alta de 0,30% em julho, além de seguirem de olho no quadro fiscal. O Ibovespa, principal índice acionário do país, também fechou em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas Dólar O dólar caiu 0,16%, cotado em R$ 5,6478. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 0,78% na semana; ganho de 1,06% no mês; alta de 16,39% no ano. Na véspera, a moeda fechou em alta de 1,27%, cotada em R$ 5,6566. Ibovespa O Ibovespa caiu 0,37%, aos 125.954 pontos. Com o resultado, acumulou: queda de 1,30% na semana; ganhos de 1,65% no mês; perdas de 6,13% no ano. Na véspera, o índice fechou em queda 0,13%, aos 126.423 pontos. LEIA TAMBÉM 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? O destaque desta quinta-feira (25) ficou por conta da divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos, com foco no Produto Interno Bruto (PIB) e nos novos dados do mercado de trabalho norte-americano. Segundo relatório do Departamento de Comércio dos EUA sobre o PIB do país, o crescimento da maior economia do mundo deve ter acelerado no segundo trimestre deste ano, estimulado por sólidos gastos dos consumidores e pela formação de estoques. O ritmo de expansão, no entanto, ainda deve manter intactas as expectativas de um corte na taxa de juros por parte do Fed em setembro. Ainda nos EUA, os desdobramentos da corrida eleitoral norte-americana também continuaram no radar. Nesta semana, a vice-presidente Kamala Harris participou do primeiro comício do processo eleitoral que vai escolher o ocupante da Casa Branca a partir de 2025. Ela participou na condição de pré-candidata à Presidência e afirmou já ter conseguido o apoio de delegados suficientes para assegurar a candidatura democrata. Para ser a candidata oficial do partido, Kamala precisa não do voto dos eleitores, mas sim do voto dos representantes do partido em cada estado — os delegados —, que oficializam o nome do candidato em agosto. Segundo a agência de notícias Associated Press, a vice-presidente tem mais de 3.090 delegados ao seu lado, cerca de mil delegados a mais do que o necessário. Além disso, ainda no mercado internacional, investidores também repercutem o cenário na China, em meio a preocupações com os problemas econômicos do país após o banco central ter realizado uma operação de empréstimo não programada com taxas mais baixas — sugerindo que as autoridades estão tentando fornecer um estímulo monetário mais pesado para sustentar a economia. A operação de empréstimo de médio prazo ocorre dias após o BC chinês ter cortado várias taxas de empréstimo de referência, na segunda-feira. Por fim, no noticiário corporativo, investidores seguem atentos à temporada de balanços. Na véspera, lucros decepcionantes da Tesla e da Alphabet minaram a confiança do mercado no segmento de tecnologia, provocando um forte desmonte de posições e trazendo um dia bastante negativo para os mercados em Wall Street. O movimento vem, ainda, após a pane global causada pela CrowdStrike. O S&P 500 perdeu 2,31%. O índice de tecnologia Nasdaq perdeu 3,64%. O Dow Jones caiu 1,24%. "Os mercados estão atentos à questão da inteligência artificial, ou seja, todo aquele 'hype' recente que observamos nas ações de companhias como Nvidia começaram agora a se desmontar por conta de cálculos que o mercado anda fazendo", afirmou o economista da MoneYou Jason Vieira. Segundo o especialista, ainda que algumas companhias mais robustas tenham apresentado resultados acima da expectativa, o segmento de tecnologia continua sendo penalizado e ainda deve sofrer a pressão das incertezas sobre o futuro dos juros nos Estados Unidos. Já no noticiário doméstico, as atenções ficaram voltadas para a divulgação da prévia da inflação oficial do país, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15). Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador subiu 0,30% em julho. O destaque do mês vem do grupo Transportes, que teve alta de 1,12% no mês, e contribuiu com 0,23 ponto percentual (p.p.) do índice geral. A passagem aérea subiu 19,21% em julho, e sozinha teve peso de 0,12 p.p. A gasolina também foi destaque, ao ter valorização de 1,43% e 0,07 p.p. no indicador. O índice geral teve uma desaceleração de 0,09 p.p. na comparação com o mês anterior, quando os preços medidos pelo indicador subiram 0,39%. Em julho de 2023, houve deflação de 0,07%. Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,45% na janela de 12 meses. No ano, a alta é de 2,82%. O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que eram de que a prévia da inflação registrasse uma alta de 0,23% em julho. *Com informações da agência de notícias Reuters.



IPCA-15: preços sobem 0,30% em julho, com altas de passagem aérea e combustíveis


25/07/2024 12:00 - g1.globo.com


Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,45% na janela de 12 meses. Grupo de Alimentação e bebidas teve a primeira queda em oito meses. IPCA-15: preços sobem 0,30% em julho O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,30% nos preços em julho, informou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O destaque do mês vem do grupo Transportes, que teve alta de 1,12% no mês, e contribuiu com 0,23 ponto percentual (p.p.) do índice geral. A passagem aérea subiu 19,21% em julho, e sozinha teve peso de 0,12 p.p. A gasolina também foi destaque, ao ter valorização de 1,43% e 0,07 p.p. no indicador. O índice geral teve uma desaceleração de 0,09 p.p. na comparação com o mês anterior, quando os preços medidos pelo indicador subiram 0,39%. Em julho de 2023, houve deflação de 0,07%. Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,45% na janela de 12 meses. No ano, a alta é de 2,82%. O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que eram de que a prévia da inflação registrasse uma alta de 0,23% em julho. Sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços em julho. Além dos Transportes, o grupo Habitação, que teve a maior alta percentual entre os grupamentos, com 0,49%, além de um impacto no índice de 0,07 p.p. Veja abaixo a variação dos grupos em julho Alimentação e bebidas: -0,44%; Habitação: 0,49%; Artigos de residência: 0,24%; Vestuário: -0,08%; Transportes: 1,12%; Saúde e cuidados pessoais: 0,33%; Despesas pessoais: 0,32%; Educação: 0,06%; Comunicação: 0,09%. Alimentação tem queda O grupo Alimentação e bebidas teve um recuo de 0,44% em julho, a primeira deflação do grupo em oito meses. Nesse período, a safra agrícola foi amplamente afetada pelos fenômeno climático El Niño. E, quando se esperava que a influência diminuísse, houve a tragédia das enchentes do Rio Grande do Sul, que prejudicou uma cesta de produtos locais, como o arroz. Em julho, o subgrupo de Alimentação no domicílio registrou deflação de 0,70%. Segundo o IBGE, contribuíram para esse resultado as quedas da cenoura (-21,60%), do tomate (-17,94%), da cebola (-7,89%) e das frutas (-2,88%). Ainda houve alta do leite longa vida (2,58%) e o café moído (2,54%). Já a Alimentação fora do domicílio teve alta de 0,25%, mas desacelerou em relação a junho (0,59%). Foram registradas das altas menos intensas do lanche (de 0,80% para 0,24%) e da refeição (0,51% para 0,23%). Alta da gasolina A gasolina foi o segundo item entre os que tiveram maior participação no resultado do IPCA-15 de julho. No início do mês, a Petrobras reajustou os preços da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras. O último reajuste da gasolina feito pela Petrobras havia sido em outubro de 2023. Como consequência, o preço médio do litro da gasolina na bomba, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), já subiu quase 5% nas últimas duas semanas. O combustível foi comercializado, em média, a R$ 6,13 — maior valor registrado no atual governo Lula (PT). O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,99, segundo a ANP. Movimentação no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, na manhã deste sábado, 26 de agosto de 2023. MARCO AMBROSIO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO



Vale a pena comprar um carro no Leilão da Receita? Veja dicas para não perder dinheiro


25/07/2024 07:30 - g1.globo.com


Leilões públicos e privados costumam ter preços bem abaixo da tabela e podem ser uma boa oportunidade para trocar de carro, mas há pontos de atenção para que o comprador faça uma boa escolha. Vale a pena comprar carro de leilão? Confira as dicas dos especialistas Receita Federal A Receita Federal abre nesta quinta-feira (25) a fase de propostas de valor para uma nova edição de seus leilões de mercadorias apreendidas ou abandonadas. E, desta vez, há mais de 120 veículos disponíveis entre os lotes. Há carros, caminhões e ônibus com preços bem abaixo da tabela, incluindo SUVs seminovos e utilitários bem rodados. Usualmente, esses carros despertam interesse em quem tem desmanches legalizados, ou de empresários de lojas de carros. Mas o consumidor final também pode tentar levar um deles para casa. Como em qualquer leilão, é preciso analisar minuciosamente cada item para saber qual faz sentido na sua garagem. Para te ajudar, o g1 reuniu as principais dicas e as opiniões de especialistas para que você tome a melhor decisão. LEIA MAIS Leilão da Receita tem nova edição com iPhones, notebooks, vinhos e veículos Com VW Amarok e T-Cross renovados, revendas passam a dar descontos de até R$ 60 mil Evite multas! Farol desregulado pode gerar infração grave IPVA à vista ou parcelado: veja como se organizar para a sua realidade financeira Origem dos produtos Existem dois tipos de leilões: os particulares e os públicos. No caso do Leilão da Receita, são enviadas propostas de valor, que são ordenadas para o dia do pregão. Quem dá a melhor oferta, fica na frente na fila e pode cobrir os lances dos demais. A primeira pergunta que o consumidor pode se fazer é: de onde vêm esses veículos? O leilão da Receita Federal oferta modelos que foram apreendidos ou abandonados. De acordo com Otávio Massa, advogado tributarista, esses veículos têm origem em operações de fiscalização aduaneira e foram retidos por questões legais, fiscais ou por abandono em recintos alfandegados. Existem também os carros inservíveis de órgãos públicos, como os que já não têm mais utilidade para o propósito governamental e são vendidos para reutilização ou como sucata. “Os veículos são vendidos no estado em que se encontram, sem garantias quanto ao seu funcionamento ou condições, e o arrematante assume todos os riscos”, explica o tributarista. Em meio aos riscos, há excelentes preços. Exemplo disso é o Jeep Compass Longitude 2018 branco desse atual pregão, que tem preço mínimo de R$ 21.815 e, a julgar pelas imagens e descritivo no site do fisco, está em plenas condições de uso. Jeep Compass Longitude do leilão da Receita Federal tem lance inicial de R$ 21 mil Receita Federal Para se ter ideia, o mesmo veículo poderia ser vendido por R$ 94.637, segundo preço da Tabela Fipe. O benefício parece grande, sobretudo com essa diferença de mais de R$ 70 mil. Porém, existe um passo a passo para verificar o estado do carro, que vamos falar adiante. Diferentemente das revendas oficiais ou multimarca, não é oferecida uma garantia para o produto. É nesse momento que o consumidor tem que ligar o alerta: produtos de leilões particulares podem ter garantia para apenas alguns itens. Os públicos, por sua vez, não têm garantia. Por isso, é importante checar se é possível fazer uma vistoria presencial no modelo antes de pensar no primeiro lance. Nesta edição do Leilão da Receita, as visitas são permitidas, mas demandam agendamento prévio. Luciana Félix, que é especialista em mecânica de automóveis e gestora da Na Oficina em Belo Horizonte, lembra ainda que a burocracia pode ser um grande empecilho para o uso do item leiloado. Um exemplo que ela cita é o de um carro aprendido, que pode ter problemas na documentação. “Esses carros já vêm com burocracias devido ao seu histórico. (...) Às vezes, são carros que necessitam de uma assistência jurídica. Você tem que contratar um advogado para fazer toda a baixa dessa papelada”, alega a especialista. Fiat Fiorino 2019 do leilão da Receita tem oferta mínima de R$ 13 mil. Na tabela Fipe, o modelo 2019 não sai por menos de R$ 66 mil Receita Federal Leilões particulares No caso de leilões privados, a origem dos carros pode ser bastante distinta do que os promovidos pela Receita Federal. De acordo com a especialista em mecânica automotiva Luciana Félix a maioria dos pregões particulares oferece carros de seguradoras (geralmente de sinistros, com perdas totais ou parciais), de locadoras, e de empresas com pequena frota, que colocam a antiga para leilão quando precisam fazer a substituição. Simplificando o conceito: 🔒Leilões particulares: frotas de empresas, devoluções de leasing, de seguradoras 🦁Leilões da Receita Federal: apreendidos, confiscados ou abandonados. Tipo de compra Segundo Ronaldo Fernandes, especialista em Leilões da SUIV, empresa que possui um banco de dados de peças automotivas, é fundamental entender que existem duas maneiras de adquirir automóveis ofertados em leilões: para restaurar ou utilização; e aqueles voltados exclusivamente para empresas de desmanche legal. “Não há um tipo específico de veículos que vai a leilão, mas é muito importante verificar qual o tipo de venda que está sendo oferecida para o veículo de interesse, pois alguns veículos poderão circular normalmente e outros servirão somente para desmonte ou reciclagem devido à sua origem”, afirma Fernandes. Nos casos em que os carros são vendidos para desmanches, a origem deles se dá por conta do tamanho do sinistro. “Dependendo do tamanho do sinistro, o automóvel só poderá ser vendido como sucata, ou seja, sem documentação para rodar novamente”, afirma Fernandes. Mercedes-Benz ML 270 destinada para empresas de desmanche Receita Federal Critérios para venda Segundo o advogado tributarista Otávio Massa, os critérios para que um carro vá a leilão incluem: Valor comercial: veículos com valor residual significativo que justifique a venda. Condição recuperável: mesmo que parcialmente danificados, se ainda tiverem peças reutilizáveis ou puderem ser reparados. Procedimento legal: veículos apreendidos ou abandonados que legalmente devem ser vendidos em leilão público. Resumindo, o que define se um veículo vai ser leiloado é o quanto ele ainda pode despertar o interesse financeiro de novos compradores. Thiago da Mata, CEO da plataforma Kwara, afirma que é feita uma avaliação prévia para determinar o valor a ser cobrado. “Normalmente, ativos que possuem débitos superiores ao seu valor de mercado são considerados sucata e vão para descarte. Da mesma forma, veículos cujo estado de conservação seja muito crítico podem ter o mesmo destino para que possam ser aproveitadas as peças”, argumenta. Otávio Massa corrobora com a visão de da Mata ao afirmar que “não há uma porcentagem mínima específica estabelecida por lei, mas o critério principal é se o veículo tem valor comercial residual. Veículos sem valor ou severamente danificados podem ser descartados”. Carros, caminhões, ônibus e outros modelos destinados a desmanche têm seus respectivos números de chassis cancelados. É como se o automóvel deixasse de existir. Prudência e dinheiro no bolso De acordo com Thiago da Mata, da Kwara, inspecionar o veículo é de suma importância. Afinal, os carros podem ter distintos estados de conservação, o que tem que entrar na lista de preocupações de quem participa de um pregão. “[Os veículos] podem tanto estar em bom estado de conservação, como também é possível que tenham ficado em pátio público durante um período de tempo importante”, afirma. A maior parte dos carros ofertados no atual leilão da Receita Federal possuem marcas provocadas pelo período em que ficaram expostos ao clima: pintura queimada, oxidação da lataria, manchas provocadas pela incidência solar. E esses reparos também precisam entrar no planejamento financeiro do comprador. Peugeot 207 SW de 2009, do lote 221, tem pintura danificada tem lance mínimo de R$ 3 mil. Carro não tem o banco traseiro Receita Federal Como dito antes, a situação legal do carro é outro fator decisório. Considerando o Smart Fortwo da imagem abaixo, repare no que está no descritivo do produto: “veículo sem registro no Renavam”. Por se tratar de um carro apreendido, de origem argentina. O Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) é um documento brasileiro. Portanto, é preciso ter conhecimento do tempo e dinheiro que deverão ser investidos para regularizar o produto, além de todos os custos que envolvem um automóvel, como IPVA, licenciamento e seguro. Smart ForTwo sem documentação brasileira tem lance inicial de R$ 4 mil Receita Federal Idealmente, a inspeção deve ser feita de forma presencial, segundo os especialistas consultados nesta reportagem. Ao verificar um carro, por exemplo, é preciso verificar tudo: bancos, painéis de porta, console central, volante, conferir os equipamentos, a quilometragem, ligar o carro, abrir o capô, checar a existência de bateria de 12V e, se possível, levar um especialista ou mecânico de confiança para checar as partes técnicas e prever possíveis custos extras com manutenção. No caso do Jeep Compass que mostramos no começo da reportagem, o painel de instrumentos indica que ele percorreu 46.513 quilômetros. Levando em conta que o brasileiro costuma rodar, em média, 15 mil km por ano, o SUV deveria ter aproximadamente 90 mil km, uma vez que já faz seis anos que ele foi fabricado. Jeep Compass Longitude, do lote 217, tem apenas 46 mil km rodados Receita Federal Luciana Félix, que é especialista em manutenção, diz que o consumidor precisa ver até o histórico de manutenção, se possível. E documentar tudo com fotos. “Comprar carros em leilão é tipo um investimento de risco, você pode se dar muito bem ou muito mal, pois você não poderá andar com o carro para saber como está o seu motor ou câmbio, pois todos os veículos estão lacrados”, argumenta a proprietária da Na Oficina. É importante ressaltar que essa é a mesma verificação que se faz ao comprar um automóvel usado, seja presencial ou via marketplace: deve ser feita uma avaliação técnica, além de checagem da quilometragem rodada e documentação do ativo. “Importante que seja feita a verificação de débitos ou algum tipo de bloqueio para venda, pois a responsabilidade por estes pagamentos pode ser diferente de leilão para leilão. Estas informações devem estar presentes no Edital, que deve ser lido com atenção antes que qualquer lance seja dado”, alerta Thiago da Mata, da Kwara. Em carros da Receita Federal, é comum encontrar a informação de algum defeito ou peça faltando no descritivo, como na imagem abaixo: o VW SpaceFox, que tem lance mínimo de R$ 4 mil, é oferecido sem os bancos do passageiro e traseiro. Quando a compra é feita pela internet e não existe a possibilidade de visitar o produto, é indicado solicitar uma vídeo-chamada para fazer essa inspeção. Não é o ideal, mas já ajuda a verificar o estado do carro, mesmo que seja à distância. O que verificar: Documentação: incongruências jurídicas; Custos para regularização; Estado de conservação do carro; Custos para restauro; Condições de compra; Inspeção mecânica e de equipamentos. Assim, se você vai participar de um leilão pela primeira vez, atente-se para os seguintes passos. Estude: leia o edital e entenda as regras do leilão; Verifique a procedência: se certifique que o veículo não tem pendências legais; Defina um orçamento: estabeleça um limite máximo de gastos; Inspecione: se possível, veja o veículo pessoalmente ou solicite um relatório detalhado; Experiência: participe de leilões menores para entender a lógica de funcionamento. ▶️ LEMBRE-SE: Utilize apenas canais oficiais para se comunicar com o leiloeiro e verifique sempre a autenticidade das mensagens. Evitar fraudes já é um bom começo. Receita Federal faz leilão de lotes com itens apreendidos armazenados em Poços de Caldas



Sem regras específicas, empresas oferecem empréstimo com celular como garantia e bloqueiam aparelhos de inadimplentes


25/07/2024 07:01 - g1.globo.com


Modalidade atende a brasileiros de baixa renda e com dificuldade de acesso a crédito junto a bancos tradicionais. Juros podem passar de 600% ao ano; clientes reclamam em redes sociais. Modalidade de empréstimo utiliza aparelho telefônico como garantia. Pongsawat Pasom/Unsplash Um tipo de empréstimo que está sendo oferecido no mercado e não tem regulação específica do Banco Central (BC) vem gerando reclamações de usuários. A modalidade de concessão de crédito pede o celular do cliente como garantia e, em caso de a dívida não ser paga, o celular é bloqueado. O mercado de crédito com garantia de celular é voltado para pessoas de classes mais baixas, com juros que podem chegar a mais de 600% ao ano. O celular do cliente é a única garantia do empréstimo. Em caso de não pagamento, o usuário fica sem acesso a aplicativos, e o aparelho, inutilizado. Para voltar a ter controle total do telefone, o usuário tem que quitar a dívida. Participe do canal do g1 no WhatsApp Ao g1, o BC disse que as instituições financeiras têm liberdade para oferecer crédito, mas que a regulamentação vigente estabelece que os clientes devem ter acesso a informações claras sobre penalidades e eventuais riscos ao obter empréstimos. (leia a resposta completa mais abaixo) A reportagem questionou se o Banco Central considera o bloqueio do celular como uma garantia válida em operações de concessão de crédito. O BC disse que as empresas têm liberdade para definir os seus perfis de risco, devendo gerenciá-lo. “Destacando-se, entre eles, o risco de crédito, inclusive no que diz respeito à avaliação periódica do grau de suficiência dos instrumentos mitigadores (dentre estes as garantias recebidas).” Banco Central, que regulamenta o setor, diz que clientes devem ter acesso a informações claras sobre penalidades e riscos. Raphael Ribeiro/BCB Reclamações Para receber o dinheiro na conta, o usuário precisa baixar um aplicativo no celular, que atua como “super administrador” do aparelho. Ou seja, tem permissões especiais para acessar qualquer aplicativo do telefone, por exemplo. O tema viralizou a partir de relatos em redes sociais. É o caso de Jonas S. Marques, que contou na rede X que recebeu um pedido de um amigo para deletar o aplicativo de uma dessas empresas, a SuperSim, do celular de sua tia. A mulher havia sido instruída pela empresa a baixar o aplicativo para fazer uma simulação de empréstimo. Após ter desistido, ela não conseguiu deletar o aplicativo de seu celular. Marques diz que o programa havia desabilitado o botão “desinstalar”, o que dificulta a remoção por alguém sem conhecimento técnico. “Dentre as coisas desabilitadas estavam o botão de desinstalar o app [aplicativo], o próprio menu de remover o acesso administrativo dele e o botão de forçar a parada do app”, conta. Nas redes sociais e em sites como o Reclame Aqui, empresas que oferecem essa modalidade de crédito acumulam reclamações de usuários. A principal delas é a dificuldade para deletar o aplicativo que bloqueia o celular, mesmo após pagamento da dívida ou desistência do empréstimo. Controle do celular Procurada, a SuperSim admitiu que o aplicativo atua como administrador do dispositivo. “Nosso aplicativo de restrição solicita apenas duas permissões: a permissão de administrador do dispositivo e a permissão para enviar notificações”, declarou. Página da empresa informa que 'em caso de inadimplência, o celular será travado para uso', com acesso somente a ligações de emergência. Reprodução A empresa continua: “A permissão de administrador do dispositivo concede ao aplicativo certos privilégios para implementar políticas de segurança no dispositivo, incluindo a restrição de acesso a funcionalidades não essenciais no caso de não pagamento das dívidas.” A SuperSim afirma que a permissão de administrador do dispositivo “não dá acesso a nenhuma informação sensível ou pessoal”. A empresa disse que não acessa, armazena ou compartilha informações pessoais. (Leia a íntegra da nota ao final desta reportagem) Emissão de cédula de crédito No site da SuperSim, antes mesmo de solicitar o empréstimo, o cliente deve autorizar a emissão de cédula de crédito bancário (CCB) junto ao Banco Central. Isso é feito na etapa de simulação de crédito. A cédula é um título emitido em nome do devedor em favor do banco ou instituição financeira, em que o cliente se compromete a quitar o empréstimo. Questionada pela reportagem, a SuperSim disse que “a princípio há apenas uma solicitação para o envio posterior da CCB, que será enviada após a aprovação final da concessão de crédito”. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) entende que há violação ao direito de informação do consumidor. “Por essa tela, não há informação clara se para simulação do crédito essa emissão de cédula de crédito bancária seria necessária nesse momento", diz a entidade. O Idec afirma que a emissão da cédula “deveria ficar adstrita ao momento de aceitação das condições do empréstimo pelo consumidor, porque até então o consumidor ainda está na fase de escolha se aceita ou não o empréstimo”. Marco legal das garantias: novas regras permitem que um único imóvel seja usado como garantia para mais de um empréstimo 'Prática abusiva' “A gente tem uma série de direitos sociais que são garantidos pela Constituição, como por exemplo o direito à saúde, ao transporte, que acabam sendo inviabilizados uma vez que a própria SuperSim, por exemplo, inviabiliza o acesso a esse telefone celular”, declarou o coordenador jurídico do Idec, Christian Printes. Para o Idec, a medida do bloqueio do telefone é ilegal. “Isso é de uma abusividade gigantesca (...). Esse tipo de oferta de crédito não deveria acontecer porque ela retira diversas possibilidades que os consumidores têm. Hoje em dia, todo mundo precisa do celular, ele é um bem essencial para que você consiga trabalhar, ter acesso a benefícios sociais de maneira geral”, afirmou. O g1 solicitou as condições de empréstimo à SuperSim. Em seu site, a empresa diz que não bloqueia: recebimento e efetivação de chamadas; recebimento e envio de SMS; utilização do aplicativo WhatsApp; aplicativos de “gig economy” (Uber, Rappi, 99, Loggi e outros); aplicativos de órgãos governamentais (como ConecteSUS, Carteira digital de trânsito); aplicativos das maiores instituições financeiras do país (Itaú, Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa econômica federal, Nubank, Inter, etc). Essa previsão foi atualizada no site da empresa entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, período em que a empresa passou a ser questionada judicialmente por seu modelo de negócios. Questionada sobre a mudança, a SuperSim disse que "a atualização dos nossos termos de uso, feita periodicamente, visa aprimorar a experiência do cliente, refletir os avanços tecnológicos e garantir a conformidade com as necessidades comerciais". Empresa diz que aplicativos de órgãos governamentais não ficam bloqueados. John Pacheco/G1 Bloqueio é questionado na Justiça Em novembro de 2022, o Ministério Público do Distrito Federal e o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) entraram com uma ação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) para impedir que a SuperSim exigisse instalação de aplicativo para bloqueio em novos celulares sob pena de R$ 10 mil por contrato assinado. A ação partiu de um contrato recebido pelo Idec, em que o consumidor havia adquirido um empréstimo no valor de R$ 500 com a garantia de celular e a instalação do aplicativo da SuperSim. Em julho do ano passado, os órgãos conseguiram uma sentença provisória favorável, que impediu a empresa de exigir a garantia do celular. Na decisão, a juíza responsável pelo caso afirmou que "o celular não é utilizado como garantia, mas como forma de coerção/constrição para forçar o consumidor a pagar a dívida". "Essa prática comercial se mostra abusiva, pois impede o acesso dos consumidores às funcionalidades do aparelho celular, e, consequentemente, a bens e serviços sem relação com o empréstimo financeiro, aproveitando-se da vulnerabilidade dos consumidores", diz a sentença. Em novembro, no entanto, a segunda instância do mesmo tribunal aceitou um recurso da SuperSim e suspendeu a aplicação da proibição até a análise definitiva sobre o caso, o que ainda não ocorreu. O que diz a Anatel Desabilitar a linha ou o aparelho de um cliente é uma prática conhecida como “kill switch”, considerada abusiva pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) se praticada pelas operadoras de telefonia em caso de inadimplência. A Anatel não regula aplicativos ou soluções financeiras, tendo sua atuação restrita às redes de telecomunicações e ao mercado de telefonia. Portanto, para a agência, não cabe a ela a fiscalização do bloqueio do aparelho. No mercado das linhas de telefonia móvel e fixa, contudo, essa prática é considerada abusiva. “Cabe esclarecer que o bloqueio de celulares nas redes das prestadoras, por motivo de inadimplência junto à prestadora, não é permitido pela regulamentação da Anatel”, disse a agência em manifestação assinada em 2022. Ao g1, a Anatel esclareceu que o bloqueio de celulares é possível por meio das linhas móveis, sendo feito em caso de roubo, extravio ou furto. “Destaca-se, no entanto, que o bloqueio derivado do CEMI [Cadastro de Estação Móveis Impedidas], realizado diretamente na rede das prestadoras, é distinto do relatado, que é feito diretamente no dispositivo por meio de aplicativo e impede o uso de determinadas funções do terminal, não havendo neste último qualquer envolvimento das prestadoras do SMP [Serviço Móvel Pessoal, telefonia móvel] ou da Anatel”, afirmou a agência. O que diz o Banco Central Questionado sobre a regulamentação dessa garantia de crédito, o Banco Central disse que não há norma específica e que as instituições financeiras têm liberdade para realizar as operações. Leia a íntegra: “Não há norma específica para crédito com garantia de celular, mas as instituições financeiras têm liberdade para realizar operações de crédito obedecidas as leis e normas aplicáveis bem como seu objeto social e as autorizações requeridas. “Cabe esclarecer, ainda, que a regulamentação vigente estabelece que as instituições financeiras, na contratação de operações e na prestação de serviços, devem assegurar, entre outros, a adequação dos produtos e serviços ofertados ou recomendados às necessidades, aos interesses e aos objetivos dos clientes e usuários, e a prestação, de forma clara e precisa, das informações necessárias à livre escolha e à tomada de decisões por parte de clientes e usuários, explicitando, inclusive, direitos e deveres, responsabilidades, custos ou ônus, penalidades e eventuais riscos existentes na execução de operações e na prestação de serviços.” O g1 também perguntou se o Banco Central considera o bloqueio do celular como uma garantia válida em operações de concessão de crédito. Leia a resposta da instituição: “Obedecidos os requisitos legais e regulamentares aplicáveis, as instituições financeiras têm liberdade para definir os seus perfis de riscos e, por força da normatização vigente, devem manter estrutura de gerenciamento de riscos contínuo e integrado, destacando-se, entre eles, o risco de crédito, inclusive no que diz respeito à avaliação periódica do grau de suficiência dos instrumentos mitigadores (dentre estes as garantias recebidas).” O que diz a SuperSim Leia a íntegra da resposta da Super Sim aos questionamentos da reportagem: "SuperSim é uma fintech inovadora que se dedica à inclusão financeira das pessoas sub-bancarizadas das classes C e D, oferecendo soluções acessíveis e rápidas. Nosso objetivo é democratizar o acesso ao crédito, proporcionando empréstimos personalizados com transparência e segurança. A SuperSim esclarece que opera, assim como seus parceiros bancários, sob autorização judicial concedida pelo TJDF e que continua confiante sobre seu modelo de negócio, que se mostra viável e aplicável no Brasil. Reitera ainda que sempre atuou dentro dos limites legais estabelecidos, respeitando integralmente o ordenamento jurídico vigente. Sobre o envio da Cédula de Crédito Bancário (CCB), a princípio há apenas uma solicitação para o envio posterior da CCB, que será enviada após a aprovação final da concessão de crédito. Os termos de uso podem ser consultados através do seguinte link: https://www.supersim.com.br/termos/condicoes/ Nosso aplicativo de restrição solicita apenas duas permissões: a permissão de administrador do dispositivo e a permissão para enviar notificações. A permissão de administrador do dispositivo concede ao aplicativo certos privilégios para implementar políticas de segurança no dispositivo, incluindo a restrição de acesso a funcionalidades não essenciais no caso de não pagamento das dívidas. É importante ressaltar que essa permissão não dá acesso a nenhuma informação sensível ou pessoal. A permissão para enviar notificações é necessária para que possamos enviar notificações relevantes aos clientes. Temos acesso e armazenamos apenas a marca e o modelo do celular utilizado. Não acessamos, armazenamos ou compartilhamos nenhuma informação pessoal do dispositivo ou do cliente por meio do aplicativo de restrição."



Por que tem tanto boi na Amazônia?


25/07/2024 05:00 - g1.globo.com


Derrubada da floresta para formação de pastagens começou nos anos 1960, na ditadura. A chamada Amazônia legal concentra 44% do rebanho bovino do Brasil atualmente. Por que tem tanto boi na Amazônia? O que se chama hoje de Amazônia legal abrange oito estados (todos os da Região Norte e o Mato Grosso), além de parte do Maranhão. Ali está a maior concentração (44%) de rebanho bovino do Brasil. Mas como eles foram parar lá? PF, prato do futuro: série do g1 aborda soluções para desafios do agro A pecuária na Amazônia tem 402 anos de história, mas se intensificou por volta dos anos de 1960, quando o governo da ditadura militar atraiu grandes investidores para a região através de incentivos fiscais e com slogans como "Toque sua boiada para o maior pasto do mundo". Na época, a maioria dos empresários que migraram para a região optou pela criação de gado, pois ela permitia uma ocupação mais rápida do território, ao demandar menos investimentos em mão de obra e tecnologia (saiba mais). Amazonia Legal. Bárbara Miranda A expansão da atividade deu início a um processo acelerado de desmatamento da região, que se seguiu nas décadas seguintes, apoiado também pela mineração e agricultura - principalmente pela soja, a partir de meados dos anos de 1990. A extração de madeira também devastou o bioma, mas ela não é classificada como desmatamento por não remover toda a vegetação. O que a pecuária tem a ver com o desmatamento da Amazônia? Apesar de outras atividades contribuírem para a derrubada de floresta, a pecuária sempre despontou como a principal causa de desmatamento da Amazônia. ➡️De 1985 a 2022, 88% das áreas desmatadas viraram pastagem, 11%, agricultura e 1%, silvicultura, destaca a porta-voz do Greenpeace Brasil Ana Clis Ferreira, que consolidou dados da plataforma MapBiomas, que reúne estatísticas de desmatamento dos últimos 39 anos. ➡️Um recorte temporal mais recente mostra uma dinâmica semelhante no que diz respeito à criação de gado: 96,4% das áreas desmatadas entre 2018 e 2022 foram convertidas em pastagens, enquanto 0,83% viraram mineração e 0,68%, agricultura. Quer saber mais? Veja nos tópicos abaixo: como se deu a especulação de terras na Amazônia; como a pecuária se estabeleceu na Amazônia; quando ela começou a provocar desmatamento; as pesquisas para aumentar a produção sem desmatar; o que explica as taxas de desmatamento entre 2000 e 2023. Especulação de terras Segundo o coordenador do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal da USP Ricardo Rodrigues, a abertura de pastagens, atualmente, está mais relacionada a um problema de especulação de terras do que com a necessidade de aumentar a produção. Isso porque, hoje, o Brasil já tem técnicas para expandir a criação de gado nos pastos que já existem. "Infelizmente, no mercado da terra no Brasil, principalmente na Amazônia, a área sem florestas vale muito mais que a área com florestas. No município de Paragominas, por exemplo, uma área sem floresta vale R$ 30 mil o hectare ou mais. E uma área com floresta vale R$ 3 mil o hectare", diz Rodrigues. "O único detalhe é que a pecuária é a atividade agrícola mais barata e mais fácil de ser tocada nessas condições. Então, por isso, ela entra como uma opção de uso daquela terra”, acrescenta. “O pecuarista [...] que está na frente do desmatamento, ele não está preocupado com a produtividade da sua pecuária, mas em manter aquela área aberta para, no futuro, conseguir vender", conclui Rodrigues. Segundo ele, esse tipo de situação é diferente do pecuarista da Amazônia que, realmente, tem na criação de gado a sua fonte de renda. "Esses estão focados na atividade e fazem tudo com nota, pagando imposto". Brasil tem 9 vezes mais gado e galinha do que gente Onde está o problema A diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) Ane Alencar diz que, de fato, o desmatamento na Amazônia é mais recorrente em terras públicas invadidas ilegalmente do que em propriedades privadas. Florestas Convertidas em Pastagens na Amazônia V2 - Mob Bárbara Miranda e Ighor Jesus | Arte g1 Mas o grande nó de tudo isso é que toda a cadeia de produção de carne, desde os produtores regulares até os frigoríficos, acaba contribuindo com o desmatamento quando compra animal de áreas desmatadas. E essa é uma situação recorrente. Tanto é que, em 2009, o Ministério Público Federal (MPF) fechou acordos com frigoríficos da Amazônia exigindo que eles parassem de comprar bois de áreas desmatadas. A iniciativa foi criada após a divulgação de um relatório do Greenpeace chamado "Farra do boi na Amazônia", que denunciava a situação. Esses acordos, contudo, são voluntários e o Brasil ainda não tem uma política pública de rastreabilidade da cadeia bovina para fins ambientais. De 2009 para cá, entretanto, o mercado de carne, principalmente os frigoríficos, tem tentado se adequar, diante de pressões grandes supermercados, restaurantes e importadores de carne, como a União Europeia, que irá proibir a entrada de produtos com desmatamento a partir de 2025. É por isso que nos últimos 15 anos, frigoríficos e ONGs brasileiras vêm criando formas de rastrear a origem da carne, mas, até o momento, só têm conseguem monitorar, com precisão, seus fornecedores diretos, ou seja, as fazendas que vendem boi diretamente a eles. "Às vezes, o animal passa por quatro, cinco fazendas antes de chegar na propriedade que vai vender para o frigorífico. Então a gente só está olhando para a última fazenda. A gente precisa olhar para as demais", conta o procurador do MPF Daniel Azeredo. Essas outras propriedades são conhecidas como fornecedores diretos. O g1 visitou um pecuarista da Amazônia que está implementando um sistema de rastreabilidade individual do seu rebanho com chips e brincos, uma forma que pode controlar melhor as compras das fazendas e frigorífico. Veja abaixo. PF, prato do futuro: o rastreamento de bois com chip na Amazônia Boi 'pé duro' e carne cara A pecuária na Amazônia começou no século 17, quando colonizadores portugueses levaram, para a região, cabeças de gado oriundas da Península Ibérica. Os animais entraram por Belém (PA) e foram se espalhando para outras regiões, como a Ilha do Marajó, que se tornou o maior centro pecuário da Amazônia até os anos de 1960. Na época, o gado criado na região era o crioulo, também conhecido como "pé-duro", justamente por sua carne não ser nada macia. Além disso, ele levava até 10 anos para ser engordado - hoje se engorda um boi em três anos. Por esses motivos, os estados da Amazônia tinham que comprar carne de outras regiões do país, conta Moacyr Bernardino Dias Filho, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na unidade Amazônia Oriental. "A carne bovina vinha de avião. Eles eram conhecidos como 'aviões carniceiros' e vinham do antigo Goiás [Tocantins]. Então, imagina o preço dessa carne", diz o pesquisador. Nesse período, as pastagens eram naturais, ou seja, não eram plantadas. >>>Volte ao topo<<< Pecuária cresceu na ditadura A partir dos anos de 1960, a pecuária começou a se desenvolver mais intensamente na Amazônia, com a inauguração da rodovia Belém-Brasília, em 1959, impulsionando a criação de gado em áreas próximas da nova estrada. Segundo Dias Filho, essas fazendas eram de pequena escala, pois muitas não tinham recursos para aumentar as pastagens, situação que começa a mudar em 1966, quando o governo militar implementou a Operação Amazônia, uma política pública para atrair investidores para a região. A diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) Ane Alencar pontua que, nesta época, a Amazônia foi vista pelo governo como um "inferno verde", uma terra "que tinha que ser ocupada e desmatada" sob o risco de ser "invadida" por estrangeiros. Publicidade do governo em que incentivava a migração para a Amazônia, de dezembro de 1971 Reprodução/ Acervo O Globo "A Operação Amazônia oferecia muitas benesses para os empreendedores: juros praticamente negativos nos empréstimos e diminuição de imposto de renda", pontua o pesquisador da Embrapa. Para ajudar a gerir a operação, os militares criaram, no mesmo ano, a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), além do Banco da Amazônia, para administrar os recursos dos empréstimos. Nesse contexto, a criação de gado se destacou. "Mais de 50% dos projetos que a Sudam recebia eram de pecuária. Os empreendedores que vieram para cá eram de São Paulo, Minas Gerais e outros estados com forte tradição pecuária", destaca Dias Filho. "Eles chegaram em uma região sem infraestrutura de estradas, de energia elétrica, de saúde ou de qualquer outro tipo. E optaram pela pecuária. Por quê? Porque a pecuária exige menos recursos humanos e menos tecnologia por área", conta. "Voce chega numa área, derruba floresta, queima, pega o avião e joga semente. Depois vem com o caminhão, coloca o gado e vai embora. Depois de um tempo, você volta e recolhe os animais que a onça não comeu e tu ganha dinheiro", detalha. Já o plantio de qualquer alimento exige uma preparação maior do solo, como adubação e uso de defensivos. "Plantar seringueira, plantar dendê, exige que você, pelo menos, esteja na área tomando conta", diz. Vale destacar que este período foi marcado também pela entrada, na Amazônia, do boi zebuíno, que tem uma carne de mais qualidade. Além disso, as pastagens passaram a ser plantadas. Pastos começaram a degradar A expansão da pecuária na Amazônia, portanto, deu início a um processo de desmatamento intenso do bioma que foi estimulado pela degradação das pastagens. Isso porque os pecuaristas começaram a perceber que os pastos perdiam qualidade depois de três anos de uso pelos bois. Ou seja, o capim não crescia tão bem e plantas daninhas avançavam sobre o local. "E, então, o que se fazia? Com a abundância de terras e dinheiro fácil, se abandonava aquelas áreas, se partia para uma nova área de floresta e começava tudo de novo. Então, criou-se um estigma – correto para a época – de que a pecuária era uma atividade danosa e improdutiva ao meio ambiente", afirma Dias Filho. >>>Volte ao topo<<< Programa Pró-pasto Foi nesse contexto que a Embrapa começou a estudar as causas da degradação do solo e a buscar soluções. Em 1976, a estatal lançou o programa Pró-pasto, com experimentos nos municípios paraenses de Paragominas e Marabá, além de cidades de Roraima, Rondônia, Amazonas e Acre. "Foi um projeto imenso", lembra Dias Filho, que fez parte da equipe. Por meio do Pró-Pasto, pesquisadores desenvolveram capins mais produtivos e técnicas de recuperação e adubação de pastagens, que começaram a ser aplicadas por alguns produtores rurais a partir da segunda metade dos anos de 1980. "Começou a haver uma mudança de mentalidade porque cerca já estava topando com cerca. Então, eu não podia mais abandonar uma área e partir para outra porque já tinha outro dono do lado", afirma o pesquisador. "Além disso, aumentou a pressão governamental e externa em termos de meio ambiente. Então, o produtor se sentiu compelido a aumentar a sua produtividade [ou seja, a produzir o mesmo ou mais em menos terra]". Produzir mais em menos terra Dias Filho considera que a pecuária começou a passar por uma "profissionalização", que vem se desenvolvendo gradativamente até hoje, mas com uma diferença. Se, a partir dos anos 1990, recuperar pastagem passou a ser uma preocupação, a partir dos anos 2000, aumentou o interesse dos produtores de impedir a degradação do solo. "E isso por quê? Porque custa caro errar. Veja: para recuperar uma pastagem em degradação, eu gasto 3 vezes mais do que para manter uma pastagem saudável. Já para recuperar uma pastagem totalmente degradada, eu gasto 5 vezes mais", diz. Para Dias Filho, a tendência da pecuária na Amazônia é produzir mais em menos terra. "Há uma pressão ambiental. Tem gente vigiando o produtor. O mercado está exigente, não só em qualidade do produto, mas também em origem, se não é oriundo de desmatamento recente". Segundo ele, o pecuarista da Amazônia tem produzido mais por área do que há 20 anos atrás. "Na Amazônia, o rebanho bovino cresceu 43% mais do que as áreas de pastagem", pontua, ao citar dados da Embrapa. >>>Volte ao topo<<< Taxas de desmatamento Ane Alencar, do Ipam, pontua que a implementação do Código Florestal, em 2012, foi um grande avanço no combate ao desmatamento. A legislação obrigou os produtores rurais da Amazônia a preservarem 80% da sua propriedade, enquanto os 20% restantes ficaram liberados para a produção. Mas ela ressalta que as mudanças começaram a acontecer antes, no início do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, quando Marina Silva assumiu o Ministério do Meio Ambiente. "O governo começou a olhar para a especulação e começou a tirar terras do mercado ilegal, a criar unidades de conservação, demarcar terras indígenas", conta. Segundo ela, esse contexto explica as quedas da taxa de desmatamento da Amazônia Legal a partir 2005 e, posteriormente, a sua estabilização, de 2012 a 2018. Evolução do desmatamento na Amazônia Arte/g1 O desmatamento, contudo, voltou a subir em 2019. "No primeiro ano do governo [de Jair] Bolsonaro, houve uma explosão de ocupação e desmatamento em terras públicas. E isso aconteceu por um enfraquecimento dos órgãos fiscalizadores", diz Ane. A trégua veio em 2023, quando a taxa de desmatamento da Amazônia caiu 36,7%. Segundo Ane, a isso ocorreu por causa de uma retomada dos esforços de fiscalização. "Como a vasta maioria do desmatamento na região tem evidências de ilegalidade, quando o risco de ser pego, penalizado ou mesmo de não conseguir se beneficiar do desmatamento, o desmatamento tende a cair", reforça Tasso Azevedo, Coordenador Geral do MapBiomas. >>>Volte ao topo<<<



Por que países pagam mais pelo mel mais claro?


25/07/2024 05:00 - g1.globo.com

O Brasil é o maior exportador do produto orgânico do mundo e a negociação é feita considerando a tonalidade. O alimento mais claro pode ter o preço até 10% maior do que o mais escuro. Globo Rural mostra a produção de mel orgânico do Piauí O mel mais claro é o favorito dos americanos e dos europeus, maiores compradores do produto brasileiro. Com isso, a coloração se tornou a mais cara e pode ter o preço até 10% maior do que o das demais, aponta Wellington Dantas, gerente da Cooperativa Casa Apis, do Piauí, mostrada na reportagem do Globo Rural do último domingo (confira no vídeo acima). Além da procura, o mel marmeleiro (o mais claro) é mais escasso no mercado. Isso porque ele só pode ser obtido no início do ano, nas primeiras floradas. Conforme a safra avança, vão surgindo novas flores, gerando novas colorações de mel. Com as novas fases, não é só a cor que muda, mas também o cheiro e o sabor. O mel marmeleiro, por exemplo, é mais suave e perfumado. Já o mel feito a partir do pólen das flores jitirana e bamburral é mais espesso e tem o sabor mais forte e ácido. O Brasil é o maior exportador de mel orgânico do mundo. O produto é enviado, principalmente, para Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Reino Unido. De todo o mel vendido para o exterior — orgânico ou não —, pouco mais de um terço é produzido no Piauí. Apesar da liderança, quando se trata do consumo interno, as estimativas ainda são baixas: cada brasileiro consome apenas 65 g de mel por ano, enquanto o consumo per capita do alemão é 3 kg e, do norte-americano é 1,5 kg. "O brasileiro não possui o hábito de consumir mel. Ele vê o mel como medicamento, quando está resfriado, consome o mel. Além disso, é um produto caro. Ou seja, a gente depende completamente do mercado internacional", afirma Dantas. Veja no vídeo abaixo como produtores de mel no Piauí mantêm as abelhas vivas na seca: Veja como produtores de mel no Piauí mantêm as abelhas vivas na seca Leia também: Mel começa com o 'vômito' das abelhas, pode durar alguns anos e tem tipos venenosos Mel, peixe, manteiga: os alimentos de origem animal mais fraudados no Brasil Confira os vídeos mais assistidos do Globo Rural:



Mega-Sena pode pagar R$ 65 milhões nesta quinta-feira


25/07/2024 03:05 - g1.globo.com


As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.753 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 65 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (25), em São Paulo. No concurso da última terça (23), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Debate sobre regras atuais que vinculam despesas do governo é legítimo, diz Haddad


25/07/2024 02:27 - g1.globo.com

Haddad: quem não paga imposto vai ter que pagar O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (24) em entrevista à GloboNews que considera "legítimo" o debate sobre mudanças nas vinculações de despesas do governo federal. Segundo Haddad, essas discussões acontecem inclusive dentro do governo. "Algumas pessoas têm dito que se as regras atuais de vinculação não forem alteradas, mesmo que se considere o teto de 2,5% do PIB, essas despesas vão acabar comprimindo as despesas discricionárias em função da obrigatoriedade dessas despesas. Esse é um debate legitimo, que está sendo feito também pelo governo federal", afirmou Haddad. 💲 As vinculações são regras, previstas na lei ou na Constituição, que colocam um patamar obrigatório de gastos para determinadas áreas. 💲 As despesas mínimas com Saúde e Educação, por exemplo, foram vinculadas pela Constituição à arrecadação de impostos. Se o governo arrecada mais, o gasto precisa acompanhar o ritmo. 💲 O salário mínimo, as aposentadorias e alguns benefícios sociais também são vinculados à inflação. Ou seja: se os preços dobrarem, esses pagamentos também têm que, pelo menos dobrar. 💲 Em entrevistas recentes, o presidente Lula vem reafirmando que é contrário à ideia de desvincular o salário mínimo e as aposentadorias do INSS. Nesta semana, o Ministério da Fazenda anunciou que prevê um déficit de R$ 28,8 bilhões para o país até o fim do ano – número que equivale ao limite permitido pelo arcabouço fiscal. O governo prometeu, e ainda busca alcançar, um déficit zero. Ou seja, gastar apenas o que arrecadar neste ano, sem aumentar a dívida do país. Mesmo com esse "aval" da legislação para estourar a promessa em quase R$ 30 bilhões, Haddad avalia que a obrigatoriedade e a vinculação de alguns gastos acabam pressionando o Orçamento. Na entrevista ao J10, da GloboNews, o ministro disse que continua considerando que Saúde e Educação são áreas fundamentais. Ele defendeu um modelo social e fiscal "sustentável". "Não mudei de ideia [sobre investir em Saúde e Educação]. Não é disso que se trata. Se trata de conformar a uma sustentabilidade de sistema fiscal e social", afirmou Haddad. Ana Flor: até o fim do ano as contas ficam apertadas Meta fiscal e congelamento As últimas semanas foram tensas para Haddad e a equipe da Fazenda. Setores do mercado e da política demonstraram temor em relação ao compromisso do governo brasileiro com a responsabilidade fiscal. Falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas quais ele deixava em aberto a possibilidade de não cumprir a meta fiscal para o ano, foram recebidas como uma intenção do governo de gastar mais do que arrecada. Depois, Lula passou a dizer de forma mais clara que o governo vai, sim, perseguir a meta fiscal e está comprometido com as contas públicas. No fim da semana passada, o presidente autorizou e Haddad anunciou um congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para não descumprir o arcabouço fiscal, a regra que impede despesas do governo crescerem além do crescimento das receitas. Além disso, a previsão de déficit para o ano passou para R$ 28 bilhões, no limite do que permite o arcabouço fiscal.



Aposta de Manaus leva prêmio de quase R$ 250 milhões da +Milionária


24/07/2024 23:02 - g1.globo.com


Veja as dezenas e os trevos sorteados. Essa foi a primeira vez em mais de dois anos que alguém levou a bolada da primeira faixa de premiação. Mais Milionária bilhete volante Rafael Leal /g1 Uma aposta de Manaus (AM) acertou as seis dezenas e os dois trevos do concurso 166 da +Milionária e levou o prêmio de R$ 249.094.227,14. O sorteio foi realizado na noite desta quarta-feira (24), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: Dezenas: 10 - 19 - 20 - 42 - 43 - 44 Trevos: 3 - 4 +Milionária, concurso 166 Reprodução/Caixa Essa foi a primeira vez, em mais de dois anos, que essa loteria teve uma aposta vencedora da bolada principal, da primeira faixa de premiação. A probabilidade de ganhar na +Milionária é só um pouco maior do que na Powerball, loteria norte-americana considerada uma das mais difíceis do mundo e que sorteia prêmios bilionários. A dificuldade de levar a bolada é explicada pelos cálculos de probabilidade divulgados pela própria Caixa Econômica Federal, responsável pela loteria. Veja abaixo: Cada aposta simples da +Milionária tem 1 chance em 238,3 milhões de acertar as seis dezenas e dois trevos, entre 50 dezenas e seis trevos; Cada aposta simples da Mega-Sena tem chance de 1 em 50 milhões de acertar as seis dezenas sorteadas, entre 60 dezenas; Isso significa que é quase cinco vezes mais difícil ganhar na +Milionária do que na Mega-Sena. Chances de ganhar na +Milionária vs. Mega-Sena. Arte/g1 No concurso dos EUA, a chance de faturar a bolada é de 1 em cada 292,2 milhões. Na Powerball, os apostadores precisam escolher cinco números de 1 a 69, representados por bolas brancas, além de mais uma dezena de 1 a 26, representada por uma bola vermelha. Um bilhete custa, em média, US$ 2 (R$ 10). Em nota enviada ao g1, a Caixa afirmou que a +Milionária é inspirada na Powerball e em outras experiências internacionais, como a Megamillion (EUA), a EuroMillions, a Euromilhões e a Eurojackpot, na Europa. A instituição também informou que quase metade do valor arrecadado é destinado a repasses sociais e que, quando os brasileiros realizam as apostas, eles "contribuem com áreas essenciais ao desenvolvimento do país, como esporte, educação, cultura, segurança e seguridade social". +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números entre 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Maiores prêmios De acordo com dados da Caixa Econômica Federal, o maior prêmio já pago pela +Milionária foi de R$ 578.580,90, no concurso de 27 de janeiro de 2024. Na ocasião, a aposta vencedora acertou cinco dezenas e dois trevos e ficou enquadrada na faixa 3 de premiação. O segundo maior valor pago foi de R$ 557.732,73, no concurso de 7 de fevereiro de 2024. O ganhador também se enquadrou na faixa 3, com cinco dezenas e dois trevos corretos. Os números também mostram que, entre as 10 maiores cifras já pagas pela loteria, a maioria se refere a concursos realizados no início de 2024. Sorteios de outubro, novembro e dezembro de 2023 também entram na lista. Veja abaixo: R$ 578.580,90 – 27 de janeiro de 2024 R$ 557.732,73 – 7 de fevereiro de 2024 R$ 542.539,47 – 13 de janeiro de 2024 R$ 528.586,79 – 2 de dezembro de 2023 R$ 521.902,62 – 23 de março de 2024 R$ 505.524,72 – 17 de janeiro de 2024 R$ 478.097,87 – 4 de maio de 2024 R$ 472.063,67 – 25 de novembro de 2023 R$ 445.024,19 – 9 de dezembro de 2023 R$ 430.826,48 – 21 de outubro de 2023



Preço médio da gasolina sobe mais 2,68% e passa de R$ 6,10 nos postos, mostra ANP


24/07/2024 21:38 - g1.globo.com


Este é o segundo aumento consecutivo após reajuste feito pela Petrobras no início do mês. Valor do combustível está no maior nível desde o início do governo Lula 3. Posto de gasolina combustível Marcello Casal Jr/Agência Brasil O preço médio do litro da gasolina subiu mais 2,68% nos postos de combustíveis do país na última semana. A nova alta veio após a Petrobras anunciar, no início do mês, um aumento do valor de venda do combustível para as distribuidoras. O dado consta no último levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado nesta quarta-feira (24). A pesquisa é referente à semana de 14 a 20 de julho. Veja a variação de preços no período: ▶️ Gasolina: O combustível foi comercializado, em média, a R$ 6,13 — maior valor registrado no atual governo Lula (PT). O valor representa uma alta de 2,68% em relação aos R$ 5,97 da semana anterior. O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,99, segundo a ANP. ▶️ Etanol: O preço médio do etanol, por sua vez, subiu para R$ 4,08. O valor representa um aumento de 3,03% frente aos R$ 3,86 da semana anterior. O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 5,99. ▶️ Diesel: O litro do diesel também aumentou, encontrado, em média, a R$ 5,95. O valor representa uma alta de 0,17% frente aos R$ 5,94 da semana anterior. O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 7,82. Veja mais abaixo, na calculadora do g1, qual a opção mais vantajosa na hora de abastecer. Calculadora do g1 Confira qual combustível vale mais a pena: Como funciona a calculadora? O cálculo médio é feito a partir do preço e do rendimento de cada combustível. Com a oscilação dos valores da gasolina e do etanol nos postos, a opção mais vantajosa pode variar. Segundo especialistas, o etanol vale mais a pena quando está custando até 70% do preço da gasolina. Entenda o cálculo. Reajuste pela Petrobras A Petrobras anunciou em 8 de julho um aumento de 7,11% no preço da gasolina para as distribuidoras. A alta foi de R$ 0,20, chegando a R$ 3,01 por litro. A medida passou a valer no dia seguinte. Na ocasião, especialistas passaram a estimar um aumento de 2,50% nas bombas ao consumidor, além de impactos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do país), em julho. O último reajuste da gasolina feito pela Petrobras havia sido em outubro de 2023, com uma redução de R$ 0,12 (para R$ 2,81 o litro). (veja o histórico no gráfico abaixo) Mudança na política de preços A petroleira anunciou em maio de 2023 mudanças em sua política de preços. Desde então, a estatal não segue mais a política de paridade internacional (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior. A companhia explicou que seus preços para as distribuidoras estariam no intervalo entre: o maior valor que um comprador pode pagar antes de querer procurar outro fornecedor; e o menor valor que a Petrobras pode praticar na venda mantendo o lucro. Vale lembrar que os valores praticados pela petroleira não são os mesmos dos postos de combustíveis. Os preços nas bombas também levam em conta os impostos e a margem de lucro das distribuidoras e revendedoras. Gasolina atinge R$ 5,97, valor mais alto em 9 meses Impostos Os preços dos combustíveis nas bombas também sentem os reflexos dos impostos. De março de 2021 até fevereiro de 2024, foram pelo menos 13 anúncios importantes de mudanças nos tributos sobre gasolina, diesel, etanol e gás natural veicular (GNV) — sendo sete só em 2023. Veja na linha do tempo abaixo: Trajetória dos impostos sobre combustíveis. Kayan Albertin/Editoria de Arte g1 VÍDEOS: últimas notícias de Economia



Elon Musk perde US$ 17 bilhões em um dia após Tesla registrar pior margem de lucro em 5 anos


24/07/2024 20:48 - g1.globo.com


A fortuna do bilionário, que continua sendo a pessoa mais rica do mundo, agora é estimada em US$ 231,6 bilhões (mais de R$ 1,3 trilhão). O bilionário Elon Musk atacou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e ameaçou descumprir ordens da Justiça brasileira Guglielmo Mangiapane/Reuters O homem mais rico do mundo, Elon Musk, perdeu US$ 17,1 bilhões nesta quarta-feira (24) — cerca de R$ 97 bilhões, na atual cotação do dólar —, acompanhando as ações da Tesla, que despencaram 12,33% neste pregão. A forte desvalorização dos papéis é um reflexo dos resultados corporativos apresentados pela montadora de carros elétricos de Musk. A companhia registrou, no segundo semestre deste ano, a pior margem de lucro em cinco anos. LEIA TAMBÉM Taylor Swift e Magic Johnson entram para a lista de bilionários da Forbes em 2024 De onde vem a fortuna dos Ambani, família de bilionários com festas luxuosas Boca Rosa quer faturar R$ 1 bilhão até 2030 e bater de frente com gigantes nacionais A receita da Tesla — ou seja, o montante que foi faturado — foi de US$ 25,5 bilhões entre abril e junho. O resultado veio 2% acima do que foi reportado um ano antes. Porém, o lucro da empresa frustrou todas as expectativas de mercado. No período, a montadora lucrou US$ 1,48 bilhão, valor 45% menor do que no segundo trimestre do ano passado, quando teve lucro líquido de R$ 2,7 bilhões. Com isso, a fortuna do bilionário agora é estimada em US$ 231,6 bilhões (mais de R$ 1,3 trilhão). Apesar da queda no patrimônio, Musk continua liderando o ranking dos mais ricos do mundo da Forbes com larga vantagem: o segundo lugar fica com Jeff Bezos, fundador da Amazon, com US$ 198,6 bilhões (R$ 1,1 trilhão). Veja a lista dos cinco mais ricos do mundo: Elon Musk: US$ 231,6 bilhões Jeff Bezos: US$ 198,6 bilhões Bernard Arnault: US$ 181,8 bilhões Larry Ellison: US$ 171,2 bilhões Mark Zuckerberg: US$ 161,9 bilhões g1 testou: a primeira Tesla Cybertruck que veio para o Brasil Resultado ruim é consequência de corte de preços e gastos com IA Segundo o balanço da Tesla, a queda expressiva no lucro no segundo trimestre é consequência da combinação de dois fatores: o corte nos preços dos carros elétricos da montadora numa tentativa de reaquecer a demanda pelos veículos; o aumento nos gastos da empresa com novos projetos de inteligência artificial. A empresa também informou que caminha para produzir novos veículos, inclusive modelos mais acessíveis, no primeiro semestre de 2025, embora eles resultem em uma redução de custos menor do que o esperado. "Provavelmente mais do que nunca na história recente da empresa os investidores da Tesla precisam de resultados; estes terão que chegar rápido -- tanto para o robô humanoide quanto para o rôbo-táxi", afirmouThomas Monteiro, analista sênior da Investing.com, em entrevista à agência de notícias Reuters. O segundo trimestre foi turbulento, com o CEO Elon Musk adiando o desenvolvimento de um carro totalmente novo e mais barato em favor de modelos menos ambiciosos e de baixo custo, trabalhando ainda na criação de táxis autônomos, o que ajudou a impulsionar as ações. A empresa também demitiu mais de 10% de seus funcionários para cortar custos. A Tesla disse ainda que o lucro foi pressionado por um aumento nas despesas operacionais, impulsionado em grande parte por projetos de IA e encargos de reestruturação. *Com informações da agência de notícias Reuters



Voa Brasil: governo lança programa com passagens a R$ 200 para aposentados do INSS; veja regras


24/07/2024 18:32 - g1.globo.com


No primeiro ano, devem ser colocados à venda 3 milhões de bilhetes por até R$ 200. Para ter direito à compra, o aposentado não pode ter viajado de avião nos últimos 12 meses. Voa Brasil: governo lança 1ª fase do programa com passagens de R$ 200 para aposentados O governo federal apresentou nesta quarta-feira (24) o programa Voa Brasil, que deverá proporcionar passagens aéreas de até R$ 200. A primeira fase será focada somente em aposentados do INSS. Cerca de 23 milhões de pessoas podem ser beneficiadas, segundo o governo. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que 3 milhões de passagens já estão disponíveis para compra no site https://voabrasil.sistema.gov.br/login. A medida, segundo o governo, visa "permitir que mais brasileiros, especialmente novos usuários, tenham acesso ao mercado aéreo do Brasil". Lula, que está no Rio de Janeiro, não participou do lançamento do programa em Brasília. O petista foi representado na cerimônia pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Vejas as principais regras: No primeiro ano do programa, serão colocados à venda 3 milhões de bilhetes Para ter direito à compra, o aposentado do INSS não pode ter viajado de avião nos últimos 12 meses Não há limite de renda, ou seja, o aposentado que recebe o teto do INSS (R$ 7.786,02) também está contemplado Foi criado um site para facilitar a busca pelos bilhetes oferecidos a até R$ 200 pelo trecho e, segundo integrantes do governo envolvidos nas discussões, o aposentado precisará acessar com o cadastro do gov.br. Com base nessas informações, o sistema já saberá se a pessoa viajou de avião ou não no último ano O site é https://voabrasil.sistema.gov.br/login Quando encontrar uma passagem que deseja, o aposentado será redirecionado pelo portal para o site da própria companhia aérea, já na parte para finalizar a compra. Essa foi uma forma encontrada para dar mais segurança e evitar que essas pessoas sejam vítimas de golpes Cada aposentado do INSS terá direito a adquirir duas passagens (dois trechos). O governo cogitou limitar o programa a quem recebe até dois salários-mínimos. Mas cerca de 85% dos aposentados já estão dentro desse critério. Inicialmente, o governo previa que o público do programa seria mais amplo e também incluiria alunos do Programa Universidade Para Todos (Prouni) – de bolsas universitárias para alunos de baixa renda. Porém, o governo federal quer, primeiro, avaliar o resultado da oferta de passagens. Por isso, desidratou o programa. "Na segunda fase do Voa Brasil, vamos incluir estudantes do Prouni, do Pronatec. Mas isso não é uma tarefa simples", afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Programa Voa Brasil tem histórico de adiamentos Leia também: Programa Voa Brasil é adiado mais uma vez; governo prevê lançamento para depois do Carnaval 'Voa Brasil', regras para trabalho por aplicativo, fila do INSS zerada: projetos do governo que não saíram do papel em 2023 Acordo com companhias Será criado um site para facilitar a busca pelos bilhetes oferecidos a até R$ 200 pelo trecho Foto de Kelly / pexels Não haverá gasto de dinheiro do Orçamento federal para reduzir o custo das passagens para quem comprar pelo Voa Brasil. O trabalho do governo foi costurar com as companhias áreas um acordo para que ofereçam os bilhetes a esse preço para quem não viajou nos últimos 12 meses. O argumento do governo é que essas pessoas vão ocupar vagas ociosas nos aviões. O secretário nacional de Aviação Civil do Ministério dos Portos e Aeroportos, Tomé Franca, explicou que historicamente cerca 15% e 20% dos assentos não são ocupados no ano. "É uma cota (para os aposentados). São passagens dentro dessa ociosidade", disse. Segundo dados levantados por auxiliares do presidente Lula, a aviação civil movimentou aproximadamente 112 milhões de passageiros no ano passado. Desse total, cerca de 12% (mais de 13 milhões) das passagens foram vendidas por até R$ 200. A expectativa é que os 3 milhões de bilhetes do Voa Brasil façam essa fatia crescer, pois as empresas aéreas ocupariam os lugares vazios nos aviões com aposentados que não costumam viajar. "Dos 112 milhões, apenas 30 milhões de CPFs viajam. Apenas 30 milhões de CPFs viajam pelo brasil. Qual a essência do programa? Incluir mais gente", afirmou Costa Filho. Atraso O Voa Brasil foi anunciado em março de 2023 pelo então ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, que deixou a pasta sem lançar o programa. Silvio Costa Filho assumiu o ministério em setembro e, em dezembro, disse que a iniciativa só sairia do papel em 2024. "Demorou um ano, demorou 9 meses, mas não é fácil fazer um programa para 23 milhões de brasileiros. A gente sabe o tempo que demorou o Bolsa Família, o Pronatec, o Prouni, outros programas importantes", afirmou Costa Filho. França assumiu, no início deste ano, o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. O Voa Brasil vem sendo discutido pelo governo desde o ano passado, mas ainda não saiu do papel. O assunto voltou a ser tratado entre o Ministério de Portos e Aeroportos e a Casa Civil nos últimos dias. A expectativa é que, após o aval de Lula, o programa seja lançado e comece a funcionar logo em seguida – talvez até no mesmo dia.



Oportunidade de ouro ou frustração? Olimpíada desafia brasileiros que trabalham em Paris


24/07/2024 14:30 - g1.globo.com


Meses de verão costumam ser a alta temporada para o turismo na capital francesa. Neste ano, entretanto, uma estranha calmaria tomou conta do setor. Montagem com fotos de Camilla Cepeda, Cláudia Silva, Karine Naves, Sarah Lima e Adriana Leal, brasileiras que trabalham em Paris Montagem/g1 A realização das Olimpíadas em Paris oferece oportunidades profissionais inéditas para brasileiros instalados na França – mas também impacta negativamente no trabalho daqueles que não atuarão diretamente no evento. Os meses de verão costumam ser a alta temporada para o turismo na capital francesa. Neste ano, entretanto, uma estranha calmaria tomou conta do setor. A fotógrafa e videomaker Camilla Cepeda trabalha há oito anos registrando a visita de estrangeiros de passagem pela cidade. Mas desta vez, o turista tradicional, que vai a Paris para conhecer ou voltar aos principais monumentos, preferiu antecipar a viagem para escapar do agito dos Jogos Olímpicos ou adiá-la para depois que os cartões-postais forem devolvidos à cidade, a partir de setembro. Camilla já se preparava para uma queda da demanda, já que vários dos principais pontos turísticos parisienses estão ocupados para as competições e os preços da viagem dispararam. "Muitas agências de turismo que são minhas parceiras no Brasil e mandam clientes para cá me disseram que não embarcaram o público esperado”, relata. Leia também Nicolas Prattes fala de preparação para Maratona Olímpica em meio à gravação da próxima novela Grindr, aplicativo de relacionamento gay, tem busca bloqueada na área da Vila Olímpica de Paris; usuários reclamam Camas 'antissexo' testadas e aprovadas em Paris: atletas olímpicos criam trend após polêmica A goiana tem em mente o impacto dos Jogos de Londres para a capital britânica, há 12 anos: o megaevento esportivo acabou assustando a clientela típica que vai à Europa aproveitar os meses de verão. "Tenho alguns trabalhos agendados de pessoas que já tinham feito o planejamento da viagem para a Olimpíada. Ou seja, é um outro perfil de cliente que eu vou atender neste período. Não é o perfil habitual do turista que vem e consome Paris em todos os quesitos, desde restaurantes, moda, shopping”, indica a fotógrafa. "O turista que virá a partir da semana que vem é o turista esportivo. Vai ter, mas será pontual: nada comparado ao movimento de julho turístico de Paris." Fotógrafa Camilla Cepeda constata que movimento turístico em Paris em julho 'não tem nada a ver' com o habitual para o mês Camilla Cepeda/Acervo pessoal Na falta de clientes, opção é mostrar a cidade na 'versão olímpica' A mineira Karine Naves organiza roteiros turísticos para brasileiros em Paris desde 2017 – e chega à mesma conclusão. "Em julho, costuma ser o momento em que eu mais trabalho, eu e outros colegas guias. Mas neste ano está sendo atípico, por causa das Olimpíadas”, constata. "Tudo está muito mais caro, as pessoas estão com dúvidas de como vai ser, sobre as dificuldades de locomoção em Paris, as estações de metrô fechadas. Eu vejo que os hotéis estão vazios, não só de brasileiros, mas de outras nacionalidades”, afirma. Atletas do Brasil e do mundo já ocupam a Vila Olímpica de Paris Ao perceber que a demanda estaria em queda, Karine não hesitou: decidiu curtir o período ao lado de clientes que se tornaram amigos e estarão na cidade. "Eu me dei esse tempo para eu poder aproveitar mais as Olimpíadas e não só estar trabalhando", afirma. De quebra, ela tem mostrado a preparação de Paris para os Jogos para os seus seguidores nas redes sociais. Na falta de clientes na cidade, a guia turística Karine Naves tem mostrado a preparação de Paris para as Olimpíadas Karine Naves/Acervo pessoal Virada à vista? Nessas horas, nada como a experiência para superar os altos e baixos do métier. Vivendo há quase 30 anos na França, a pernambucana Adriana Leal traz na bagagem da vida outros megaeventos sediados na cidade, como a Copa de 1998 e a Eurocopa de 2016. A aposta dela é que ainda ocorrerá uma virada na situação. "A gente tem que ter um pouco de calma, sangue frio. Talvez porque eu tenha jogado basquete, eu aguento a pressão e deixo que o jogo comece. Quando o juiz apita e o jogo começa, aí vai!”, compara. "Então estou esperando que, no sábado, depois da abertura, as coisas comecem a evoluir de uma forma mais positiva para o tamanho do evento que temos pela frente”, prevê. Adriana organiza e recepciona turistas estrangeiros e conta com uma rede de motoristas que, como ela, já têm “gingado" para atender a um volume de trabalho que poderá surgir de última hora. "O brasileiro gosta de decidir muitas coisas em cima da hora. E quando o show começa, eles ficam animados com o que veem e acabam vindo, até porque surgem promoções ou pacotes interessantes”, diz. "De repente, um dia antes eles me avisam: 'Tô chegando e quero isso e isso', e do nada surgem três ou quatro carros de uma vez só que eu tenho que disponibilizar para dali a três horas." A guia turística Adriana Leal aposta que o fluxo de turistas aumentará em Paris depois da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Adriana Leal/Acervo pessoal Trabalhar na organização do evento é oportunidade única Já para aqueles brasileiros envolvidos na realização das Olimpíadas, a "correria" já está intensa há meses. A delegação do Brasil ocupará três grandes espaços relacionados ao evento: os alojamentos da Vila Olímpica, para os atletas; a Casa Brasil – onde ocorrerão eventos abertos ao público, no Parque de La Villette –, e o Castelo de Saint-Ouen, a 600 metros da Vila Olímpica e que servirá de base de apoio para o Time Brasil. No castelo, monumento histórico da cidade ao norte de Paris, quem estará no comando dos fogões para o tradicional feijão com arroz de cada dia é a cozinheira e empreendedora Sarah Lima. Há 12 anos na capital francesa, a paulista foi selecionada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para coordenar o serviço de alimentação dos atletas brasileiros. "Para mim é um desafio muito grande porque é um dos projetos mais longos em que eu já trabalhei e tem toda uma logística específica para este projeto. Ele é mais cheio de detalhes, protocolos, mas está sendo uma experiência muito legal e gratificante para mim e a equipe”, salienta. A chef de cozinha Sarah Lima, radicada em Paris, é a responsável pela alimentação dos atletas brasileiros durante os Jogos Olímpicos Sarah Lima/Acervo pessoal Setor da alimentação brasileira no exterior Mais de 30 pessoas estão envolvidas ao seu lado nesta missão, entre elas 25 novos cozinheiros brasileiros que foram formados para trabalhar no castelo. Alguns deles, revela Sarah, já começavam a abandonar o sonho de viver na França. “Isso trouxe esperança para eles de um horizonte diferente, de sair de trabalhos como limpeza, construção civil. Isso está permitindo a eles terem outros objetivos e perspectivas profissionais aqui na França”, comemora. “Tem alguns que estão realmente abraçando a oportunidade com muita vontade de aprendizado e evolução. Para mim, o mais gratificante é isso, é ver que estou conseguindo dar oportunidade e uma visão de futuro para 25 imigrantes." Para manter a Casa Brasil abastecida com brigadeiros, a sul-matogrossense Claudia Silva também teve que triplicar o número de ajudantes para enrolar os docinhos. Ela estima que o volume da produção será sete vezes maior que o habitual da clientela na França, onde vive desde 2012 graças ao trabalho como confeiteira de especialidades brasileiras. "É surreal, um volume nunca antes feito. E a gente sempre pende para contratar brasileiros”, ressalta. "É um período bem bacana para a gente poder divulgar o nosso trabalho e ser mais conhecido, um período fantástico e com certeza nós colheremos mais frutos dele, a longo prazo.” Cláudia Silva vai abastecer a Casa Brasil com brigadeiros durante a Olimpíada de Paris Cláudia Silva/Acervo pessoal



Dólar sobe e fecha aos R$ 5,65, em dia de pressão contra emergentes; Ibovespa teve queda


24/07/2024 12:01 - g1.globo.com


A moeda norte-americana avançou 1,27%, cotado em R$ 5,6566. Já o principal índice de ações da bolsa fechou em queda 0,13%, aos 126.423 pontos. Dólar impacta a inflação brasileira Pixabay O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (24), em um dia de pressão para as moedas de países emergentes em função da piora no mercado dos Estados Unidos, da fraqueza das commodities e do avanço do iene no exterior. Por aqui, o quadro fiscal continua a fazer preço nos mercados, à medida que o mercado continua avaliando a capacidade do governo de cumprir a meta deste ano. Na agenda, uma série de balanços corporativos de empresas locais e internacionais também ficam no radar, bem como as repercussões sobre a privatização da Sabesp. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda. Mesmo amenizado pela alta de quase 1% em Petrobras, o indicador sofreu forte influência da queda das bolsas de Nova York. Veja abaixo o resumo dos mercados. ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas Dólar O dólar fechou em alta de 1,27%, cotado em R$ 5,6566. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,6617. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 0,94% na semana; ganho de 1,22% no mês; alta de 16,57% no ano. Na véspera, a moeda subiu 0,29%, cotado em R$ 5,5857. Ibovespa O Ibovespa fechou em queda 0,13%, aos 126.423 pontos. Com o resultado, acumulou: queda de 0,94% na semana; ganhos de 2,03% no mês; perdas de 5,78% no ano. Na véspera, o índice recuou 0,99%, aos 126.590 pontos. LEIA TAMBÉM 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? O pregão foi pressionado em especial pelos índices S&P 500 e Nasdaq, que fecharam nos menores níveis em semanas nesta quarta-feira, conforme lucros decepcionantes da Tesla e da Alphabet minaram a confiança de investidores. Houve também um agravamento da confiança de investidores com as ações de tecnologia depois da pane global causada pela CrowdStrike. O S&P 500 perdeu 2,31%. O índice de tecnologia Nasdaq perdeu 3,64%. O Dow Jones caiu 1,24%. A queda não foi maior no Brasil porque os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, apoiados por grandes quedas nos estoques da commodity e de combustíveis nos Estados Unidos. Isso ajudou os resultados de Petrobras e Prio. Os contratos futuros do petróleo Brent para setembro fecharam em alta de 0,9%, a US$ 81,71 por barril. O petróleo WTI para setembro subiu 0,8%, para US$ 77,59 por barril. Os preços ainda pairaram perto de seu nível mais baixo em seis semanas, devido a preocupações com a fraca demanda global. Além disso, os desdobramentos da corrida eleitoral norte-americana também continuam no radar, e aumentaram o clima de aversão a risco. Na véspera, a vice-presidente Kamala Harris participou do primeiro comício do processo eleitoral que vai escolher o ocupante da Casa Branca a partir de 2025. Ela participou na condição de pré-candidata à Presidência e afirmou já ter conseguido o apoio de delegados suficientes para assegurar a candidatura democrata. Para ser a candidata oficial do partido, Kamala precisa não do voto dos eleitores, mas sim do voto dos representantes do partido em cada estado — os delegados —, que oficializam o nome do candidato em agosto. Segundo a agência de notícias Associated Press, a vice-presidente tem mais de 3.090 delegados ao seu lado, cerca de mil delegados a mais do que o necessário. Já por aqui, o cenário fiscal continua a fazer preço nos mercados, conforme investidores avaliam a capacidade do governo de alcançar a meta fiscal estabelecida para este ano. Na segunda-feira, o relatório de receitas e despesas mostrou que a nova projeção do governo indica um déficit (despesas maiores do que receitas) de R$ 28,8 bilhões em 2024, exatamente no limite da meta de contas públicas previstas no arcabouço fiscal. O governo também revisou estimativas de gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) — pago a idosos carentes, deficientes e pessoas com doenças incapacitantes — e benefícios da Previdência. O relatório é publicado a cada dois meses com novas estimativas e projeções sobre as despesas e receitas do governo previstas para o ano. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões no Orçamento de 2024, além de um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. As medidas vieram como uma tentativa do governo de cumprir a regra de gastos prevista no arcabouço fiscal. A diferença entre bloqueio e contingenciamento é a seguinte: Bloqueio: se refere a valores no Orçamento que têm que ser bloqueados para o governo manter a meta de gastos do arcabouço fiscal. Contingenciamento: é uma contenção feita em razão de a receita do governo estar vindo abaixo do esperado. Balanços corporativos de empresas locais e internacionais também seguem no radar, bem como a variação de preços nos mercados de commodities. *Com informações da agência de notícias Reuters.



Imposto de Renda 2024: consulta ao 3º lote de restituição está disponível; veja como fazer


24/07/2024 03:00 - g1.globo.com


Ao todo, mais de 6 milhões de contribuintes serão contemplados, com um valor total de crédito de R$ 8,5 bilhões. Imposto de renda Marcos Serra/g1 A Receita Federal abriu nesta quarta-feira (24), às 10h, a consulta ao 3º lote de restituições do Imposto de Renda 2024. Ao todo, mais de 6,09 milhões de contribuintes serão contemplados, no valor total de R$ 8,5 bilhões. O lote também inclui restituições residuais de exercícios anteriores. Os pagamentos serão feitos a partir de 31 de julho. (veja abaixo como fazer a consulta) Segundo a Receita Federal, 54.241 contribuintes domiciliados no Rio Grande do Sul (RS) foram priorizados e receberão suas restituições neste lote, devido ao estado de calamidade decretado no estado. Do total, R$ 529,5 milhões referem-se ao quantitativo de contribuintes que têm prioridade no recebimento. Veja abaixo. 14.756 idosos acima de 80 anos 95.040 contribuintes entre 60 e 79 anos 9.672 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave 34.014 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério 5.711.130 contribuintes que receberam prioridade por utilizarem a declaração pré-preenchida ou optarem por receber a restituição via PIX; Outros 172.719 contribuintes que recebem a restituição neste lote não são prioritários. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Veja o calendário da restituição do IR 2024 Os pagamentos das restituições do IR 2024 serão feitos em cinco lotes, segundo informações da Receita. O prazo para entrega das declarações começou no dia 15 de março. Veja as datas dos pagamentos: 1º lote: 31 de maio 2º lote: 28 de junho 3º lote: 31 de julho 4º lote: 30 de agosto 5º lote: 30 de setembro Como fazer a consulta? Assim que a consulta estiver disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição". A página oferece orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Caso identifique alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações. A Receita Federal disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. Malha fina Ao realizar a consulta, o contribuinte também poderá saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina". Para saber se está na malha fina, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior.



Governo lança nesta quarta programa com passagens aéreas a R$ 200, inicialmente voltado para aposentados


24/07/2024 03:00 - g1.globo.com

Iniciativa vem sendo adiada desde o ano passado. Alunos do Prouni não devem mais ser incluídos na primeira fase do programa, que ofertará passagens aéreas por até R$ 200. O governo federal lança nesta quarta-feira (24) o programa Voa Brasil, que deverá proporcionar passagens aéreas de até R$ 200. A primeira fase deverá ser focada somente em aposentados. Cerca de 23 milhões de pessoas podem ser beneficiadas. A medida, segundo o governo, visa "permitir que mais brasileiros, especialmente novos usuários, tenham acesso ao mercado aéreo do Brasil". Inicialmente, o governo previa que o público do programa seria mais amplo e também incluiria alunos do Programa Universidade Para Todos (Prouni) – de bolsas universitárias para alunos de baixa renda. Porém, o governo federal quer, primeiro, avaliar o resultado da oferta de passagens. No primeiro ano do programa, devem ser colocados à venda 3 milhões de bilhetes. Para ter direito à compra, o aposentado não pode ter viajado de avião nos últimos 12 meses. Será criado um site para facilitar a busca pelos bilhetes oferecidos a até R$ 200 pelo trecho e, segundo integrantes do governo envolvidos nas discussões, o aposentado precisará acessar com o cadastro do gov.br. Com base nessas informações, o sistema já saberá se a pessoa viajou de avião ou não no último ano. Quando encontrar uma passagem que deseja, o aposentado será redirecionado pelo portal para o site da própria companhia aérea, já na parte para finalizar a compra. Essa foi uma forma encontrada para dar mais segurança e evitar que essas pessoas sejam vítimas de golpes. O governo chegou a pensar em limitar o programa a quem recebe até dois salários-mínimos. Mas cerca de 85% dos aposentados já estão dentro desse critério. Programa Voa Brasil tem histórico de adiamentos Leia também: Programa Voa Brasil é adiado mais uma vez; governo prevê lançamento para depois do Carnaval 'Voa Brasil', regras para trabalho por aplicativo, fila do INSS zerada: projetos do governo que não saíram do papel em 2023 Acordo com companhias Não haverá gasto de dinheiro do Orçamento federal para reduzir o custo das passagens para quem comprar pelo Voa Brasil. O trabalho do governo foi costurar com as companhias áreas um acordo para que ofereçam os bilhetes a esse preço para quem não viajou nos últimos 12 meses. O argumento do governo é que essas pessoas vão ocupar vagas ociosas nos aviões. Segundo dados levantados por auxiliares do presidente Lula, a aviação civil movimentou aproximadamente 112 milhões de passageiros no ano passado. Desse total, cerca de 12% (mais de 13 milhões) das passagens foram vendidas por até R$ 200. A expectativa é que os 3 milhões de bilhetes do Voa Brasil façam essa fatia crescer, pois as empresas aéreas ocupariam os lugares vazios nos aviões com aposentados que não costumam viajar. Atraso O Voa Brasil foi anunciado em março de 2023 pelo então ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, que deixou a pasta sem lançar o programa. Silvio Costa Filho assumiu o ministério em setembro e, em dezembro, disse que a iniciativa só sairia do papel em 2024. França assumiu, no início deste ano, o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. O Voa Brasil vem sendo discutido pelo governo desde o ano passado, mas ainda não saiu do papel. O assunto voltou a ser tratado entre o Ministério de Portos e Aeroportos e a Casa Civil nos últimos dias. A expectativa é que, após o aval de Lula, o programa seja lançado e comece a funcionar logo em seguida –talvez até no mesmo dia.



+Milionária pode pagar R$ 250 milhões nesta quarta-feira


24/07/2024 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes da +Milionária Rafael Leal /g1 O concurso 166 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 250 milhões para quem acertar seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (24), em São Paulo. No concurso do último sábado (20), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui.



Mega-Sena, concurso 2.752: prêmio acumula e vai a R$ 65 milhões


23/07/2024 23:02 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 04 - 15 - 24 - 40 - 44 - 47. Quina teve 65 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 51.676,02. Bilhete volante loteria mega-sena mega sena versão 2018 Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.752 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (23), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 65 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 04 - 15 - 24 - 40 - 44 - 47 5 acertos - 65 apostas ganhadoras: R$ 51.676,02 4 acertos - 4.346 apostas ganhadoras: R$ 1.104,11 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (25). Mega-Sena, concurso 2.752 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal — acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Entrega atrasada em sites de encomendas internacionais? Empresas alegam alta demanda, e consumidores se queixam nas redes


23/07/2024 21:34 - g1.globo.com


A partir de 1º de agosto, começa a valer a lei que cria taxação de 20% sobre compras internacionais abaixo de US$ 50. Antes da aprovação da norma, produtos com preços menores não eram tributados. Apps da Shopee, Shein e AliExpress Getty Images via BBC Sites de compras internacionais — os populares sites das "blusinhas" — estão sendo alvo de queixas de consumidores nas redes sociais nos últimos dias por atraso nas entregas. Um desses sites, a Shein, enviou e-mails a consumidores informando que o envio dos produtos adquiridos no site vai demorar "mais do que o normal" devido ao "aumento das encomendas". Na semana que vem, as empresas vão começar a pagar impostos de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50. A taxação deve ser repassada aos preços ao consumidor. A nova taxação foi sancionada pela Presidência da República em 27 de junho. Nas redes sociais, consumidores estão se queixando no atraso das entregas. Além de contatos por e-mail, as notificações de demora no envio da plataforma também são incorporadas ao aplicativo. Além disso, expressam preocupações com a possibilidade de serem taxados caso o produto não chegue antes da data prevista para o início da taxação. A norma para a tributação, no entanto, não funciona bem assim. A taxação não é aplicada para compras feitas antes do início da nova regra (entenda mais abaixo). No aviso por e-mail, a Shein empresa informa: "Estimado, obrigada por fazer compras com o SHEIN. Gostaríamos de te pedir desculpa; o nosso tempo de processamento está a demorar mais do que o normal devido ao aumento de encomendas. Exortamos o nosso armazém a processar e enviar a nossa encomenda com prioridade máxima. Um aviso de envio irá atualizá-lo assim que tudo estiver preparado. Obrigado pela sua compreensão". A empresa também menciona "capacidade de envio insuficiente na transportadora". Esse termo também está sendo bastante procurado nas redes. "Devido à capacidade de envio insuficiente da transportadora, há um atraso no seu pacote. Estamos agilizando o processo de envio no seu pacote. Pedimos desculpa pelo atraso e agradecemos a compreensão". Print aviso de atraso em entrega de compras internacionais Reprodução Outra empresa que vem sendo alvo de reclamação na demora dos itens é a Shopee, também popular entre os brasileiros. Nas redes sociais, consumidores se queixam dos atrasos nas remessas desde junho. Os comentários incluem relatos de atrasos de até 2 meses em função da suposta sobrecarga da demanda. Reclamações compras internacionais atrasadas Reprodução Reclamações atrasos em compras Reprodução Em nota, a Shein informou que atrasos nas entregas ocorrem em períodos de alta demanda, que são sazonais e não estão ligados à taxação. "A Shein informa que eventuais atrasos em entregas podem ocorrer devido às variações periódicas de demandas e não têm relação com o início da cobrança de imposto no dia 1º de agosto", informou a empresa em nota. A Shoppee disse que somente 10% de suas vendas são internacionais. A Amazon, outra empresa que faz esse tipo de entrega, informou que não divulga dados específicos sobre as encomendas. Em nota, disse que: "A Amazon Brasil informa que os produtos vendidos na Loja de Compras Internacionais de valor até US$ 50 receberão a nova taxação de 20% a partir do dia 31 de julho de 2024." A Ali Express não tinha informação sobre os atrasos até a última atualização desta reportagem, mas ficou de passar os dados. G1 em 1 Minuto: Compras internacionais de US$ 50: veja como ficam os preços Início da cobrança A cobrança do tributo de importação começa oficialmente na próxima quinta-feira, 1º de agosto, segundo as regras determinadas pelo governo federal. Porém, para cumprir com o prazo necessário para os ajustes das declarações de importação, alguns e-commerces optaram por antecipar a cobrança dos impostos para este sábado, 27. Esse é o caso do AliExpress e da Shopee, que já informaram que as compras de até US$ 50 efetuadas em suas plataformas a partir do dia 27 contarão com a taxa de importação de 20%. Além da taxa, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 17% continuará incidindo sobre os preços dos produtos. Varejistas passam a cobrar imposto de 20% neste sábado; veja como ficam os preços Taxa das 'blusinhas' O projeto de lei que definiu a taxação das compras internacionais de até US$ 50 foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no fim de junho, após ser aprovado no Congresso Nacional. Calculadora do g1 mostra como ficam os preços das compras internacionais de US$ 50 Pela regra anterior, essas compras estavam sujeitas apenas à incidência do ICMS, um imposto estadual. O novo texto inclui no preço, antes do ICMS, um imposto de importação de 20% sobre o valor da compra. A introdução dessa cobrança foi negociada entre o Congresso (que não queria aumentar a carga tributária) e a área econômica do governo (que tenta elevar a arrecadação). 🔎 Seguindo as regras aduaneiras, os 20% do imposto de importação serão cobrados em cima do valor do produto (mais eventuais cobranças de frete ou seguro) e incluídos no preço exposto ao consumidor. Outros 17% do ICMS vão incidir sobre o valor da compra já somado ao imposto de importação. Por exemplo, uma compra que, no total, custe US$ 50 terá a cobrança, primeiro, dos 20% do imposto de importação, passando a custar US$ 60 para o consumidor final. Depois, haverá a incidência dos 17% do ICMS sobre esses US$ 60, com o valor final para o consumidor chegando a US$ 72,29 — ou R$ 382,93, com a cotação do dólar nesta quarta-feira.



Imposto de Renda 2024: Receita abre nesta quarta a consulta ao 3º lote de restituições; veja como fazer


23/07/2024 19:35 - g1.globo.com


Ao todo, mais de 6 milhões de contribuintes serão contemplados, com um valor total de crédito de R$ 8,5 bilhões. Consulta estará disponível às 10h. Imposto de Renda LUIS LIMA JR/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO A Receita Federal abre nesta quarta-feira (24), às 10h, a consulta ao 3º lote de restituições do Imposto de Renda 2024. Ao todo, mais de 6,09 milhões de contribuintes serão contemplados, no valor total de R$ 8,5 bilhões. O lote também inclui restituições residuais de exercícios anteriores. Os pagamentos serão feitos a partir de 31 de junho. (veja abaixo como fazer a consulta) Segundo a Receita Federal, 54.241 contribuintes domiciliados no Rio Grande do Sul (RS) foram priorizados e receberão suas restituições neste lote, devido ao estado de calamidade decretado no estado. Do total, R$ 529,5 milhões referem-se ao quantitativo de contribuintes que têm prioridade no recebimento. Veja abaixo. 14.756 idosos acima de 80 anos 95.040 contribuintes entre 60 e 79 anos 9.672 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave 34.014 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério 5.711.130 contribuintes que receberam prioridade por utilizarem a declaração pré-preenchida ou optarem por receber a restituição via PIX; Outros 172.719 contribuintes que recebem a restituição neste lote não são prioritários. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Veja o calendário da restituição do IR 2024 Os pagamentos das restituições do IR 2024 serão feitos em cinco lotes, segundo informações da Receita. O prazo para entrega das declarações começou no dia 15 de março. Veja as datas dos pagamentos: 1º lote: 31 de maio 2º lote: 28 de junho 3º lote: 31 de julho 4º lote: 30 de agosto 5º lote: 30 de setembro Como fazer a consulta? Assim que a consulta estiver disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição". A página oferece orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Caso identifique alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações. A Receita Federal disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. Malha fina Ao realizar a consulta, o contribuinte também poderá saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina". Para saber se está na malha fina, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior.



Tim, Vivo e Oi são multadas em quase R$ 5 milhões por propaganda enganosa sobre 5G


23/07/2024 19:17 - g1.globo.com


Secretaria Nacional do Consumidor concluiu que empresas não informaram clientes da forma adequada quando ainda ofereciam versão limitada do 5G. Claro também foi multada pelo órgão em maio. Os desafios para a expansão da rede 5G no Brasil Reprodução/TV Globo As operadoras de telefonia Tim, Vivo e Oi foram multadas em R$ 4.797.156,33, ao todo, por veicularem propagandas enganosas sobre internet 5G. A decisão foi tomada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. O valor da multa varia para cada operadora, considerando a condição econômica de cada empresa e a gravidade das infrações, informou a Senacon nesta terça-feira (23). A Tim foi penalizada em R$ 2 milhões; a Vivo, em R$ 1,4 milhão; e a Oi, em R$ 1,33 milhão. Em maio, a Claro já tinha sido multada em R$ 922 mil. Segundo a secretaria, consumidores foram induzidos ao erro por acreditarem que poderiam usar o 5G completo, quando, na verdade, as operadoras ofereciam tecnologias mais limitadas, conhecidas como DSS (sigla em inglês para "compartilhamento dinâmico de espectro") e "refarming". Neste caso, o serviço aproveita a rede 4G para oferecer qualidade próxima à do 5G, mas sem todos os benefícios da versão conhecida como "standalone", que oferece mais velocidade e um baixo tempo de latência. 'Standalone', 'non-standalone', SA, NSA... qual a diferença entre os tipos do 5G Ao não explicarem corretamente sobre a versão do 5G que estava sendo usada, as empresas violaram normas do Código de Defesa do Consumidor que tratam sobre clareza e veracidade de informações veiculadas, avaliou a Senacon. A decisão prevê que as operadoras deverão depositar o valor de suas multas no Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD). As empresas podem recorrer em um prazo de até dez dias. Entenda o que muda com o 5G Kayan Albertin/g1 LEIA TAMBÉM: Governo avalia liberar Fortune Tiger no Brasil e bloquear acesso a sites do exterior Hacker coloca à venda suposta lista de quase 10 bilhões de senhas: você deve se preocupar? Por que o Brasil não foi tão afetado por pane global cibernética quanto EUA e Europa? Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15



Com medidas para reduzir filas e decisões judiciais, concessão do BPC salta mais de 20%, diz INSS


23/07/2024 17:27 - g1.globo.com


Concessão do Benefício de Prestação Continuada a pessoas com autismo, por exemplo, mais que dobrou na comparação do primeiro semestre de 2024 com o de 2023. Benefício deve custar R$ 111,5 bi em 2024. Alta na projeção de gastos forçou congelamento do Orçamento. Ana Flor: até o fim do ano as contas ficam apertadas A concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) saltou a partir de 2023, e tem pressionado as contas públicas. O BPC e a Previdência foram as principais causas do congelamento de recursos no Orçamento formalizado na segunda-feira (22). O BPC é um benefício, no valor de um salário mínimo, pago a idosos com mais de 65 anos ou a pessoas de qualquer idade com deficiência. Para receber o auxílio, a família do beneficiário deve ter renda de até R$ 353 por pessoa –ou seja, 25% do salário mínimo vigente, que hoje é de R$ 1.412. Segundo dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), a concessão de benefícios saltou 23% na comparação entre o primeiro semestre 2022 e de 2023. Nos seis primeiros meses de 2024, a alta foi de 29%. Para o INSS, a alta tem relação com o esforço para reduzir o tempo de espera para receber o benefício e o aumento no número de pedidos, que atingiram o pico de 190 mil em junho deste ano. O aumento da judicialização e a concessão de benefícios a pessoas com autismo também explicam o crescimento dos custos do benefício. Ao g1 e à TV Globo, o INSS informou que, no primeiro semestre de 2024, foram concedidos aproximadamente 44,5 mil benefícios a pessoas com autismo. É mais que o dobro do registro entre janeiro e junho de 2023, de 22,1 mil benefícios. A concessão de benefícios por decisão judicial também tem crescido exponencialmente. O número aumentou 46% entre o primeiro semestre de 2022 e o de 2023. Neste ano, a alta foi de 61%. O economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, atribui o aumento dos custos com o BPC à concessão de novos benefícios, possibilidade de fraudes e aumento do salário mínimo. "É uma conjunção de fatores. Cabe ao governo dar transparência a diagnósticos internos que já tenham produzido. Fundamental, sobretudo após a revisão de ontem nas previsões do BPC publicadas no relatório bimestral”, declarou. Valorização do mínimo Pessoas com deficiência têm direito ao BPC se comprovarem renda baixa Divulgação Em 2023, o governo publicou uma lei que determina que o salário mínimo seja reajustado pela inflação e pelo crescimento econômico no período, indicado pelo Produto Interno Bruto (PIB). Os benefícios sociais do governo estão atrelados ao mínimo e, dessa forma, também passaram a ter ganho real de acordo com o crescimento da economia –seguindo a política de reajuste do salário mínimo. Em junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou a desvinculação do BPC do salário mínimo. “Não é [possível desvincular] porque não considero isso gasto”, declarou em entrevista ao portal Uol. O governo planeja um “pente-fino” nos benefícios, que pode alcançar o valor de R$ 25,9 bilhões, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. De acordo com o blog da jornalista Ana Flor, no g1, o “pente-fino" deve começar pelo BPC, e pode incluir o recadastramento dos beneficiários. Segundo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, a fase inicial da revisão vai focar os benefícios concedidos a pessoas com deficiência. Orçamento congelado Na segunda-feira (22), o governo revisou as estimativas de gasto com o BPC e benefícios da Previdência, que passaram a custar R$ 11 bilhões a mais que o planejado para 2024. O BPC teve um aumento de R$ 6,4 bilhões, com custo total no ano passando para R$ 111,5 bilhões. A alta nos gastos forçou o congelamento de despesas no Orçamento em R$ 15 bilhões, para cumprir com as determinações do arcabouço fiscal e manter o rombo nas contas públicas dentro da meta para o ano. Esses cortes são feitos em verbas dos ministérios usadas para investimentos (as chamadas verbas discricionárias, ou seja, que não são obrigatórias, como salários de servidores).



Compras internacionais de US$ 50: varejistas passam a cobrar imposto de 20% neste sábado; veja como ficam os preços


23/07/2024 15:31 - g1.globo.com


AliExpress e da Shopee informaram que a 'taxa das blusinhas' passará a incidir nos preços dos produtos no dia 27 de julho. A Shein inicia a cobrança no dia 1º. A Amazon ainda não respondeu. Calculadora mostra o tamanho do reajuste. Saiba o que pode mudar nas compras internacionais de até US$ 50 A cobrança do imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 começa, oficialmente, na próxima quinta-feira, 1° de agosto, seguindo as regras determinadas pelo Governo Federal. No entanto, para cumprir com o prazo necessário para os ajustes das declarações de importação, alguns e-commerces optaram por antecipar a cobrança dos impostos para este sábado, 27. Esse é o caso do AliExpress e da Shopee, que já informaram que as compras de até US$ 50 efetuadas em suas plataformas a partir do dia 27 contarão com a taxa de importação de 20%. Além desse imposto, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 17% continuará incidindo sobre os preços dos produtos. Em nota, o AliExpress afirma que "tendo em vista o prazo necessário para ajuste das declarações de importação, de acordo com a nova regulamentação, todos os pedidos de compras efetuados na plataforma do AliExpress a partir do dia 27 de julho irão contemplar as novas regras tributárias". A empresa garante que clientes e parceiros serão comunicados nos canais oficiais da plataforma sobre as próximas etapas. A Shopee explica que a taxa será aplicada a partir do dia 27, "visto que os pedidos terão o DIR (Declaração de Importação de Remessas) emitidos a partir do dia 1º de agosto. Manteremos a transparência em nossas comunicações com os nossos consumidores, os valores serão calculados e detalhados na finalização da compra". A varejista ainda diz que, "para os usuários que comprarem dos mais de 3 milhões de vendedores brasileiros, não haverá mudanças." Segundo a Shopee, 9 a cada 10 vendas realizadas na plataforma são de vendedores brasileiros. A Shein informa que seguirá rigorosamente a aplicação da legislação e colocará em vigência a nova alíquota do imposto de importação a partir das 0h do dia 1º de agosto. "A situação prática é de que compras feitas até dois ou três dias antes dessa data poderão ser tributadas com o novo imposto de importação já que existe um intervalo entre o momento da compra e a declaração à Aduana". O g1 também procurou a Amazon, mas não teve retorno até a última atualização da reportagem. O projeto de lei que definiu a taxação das compras internacionais de até US$ 50 foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no fim de junho, após ser aprovado no Congresso Nacional. A medida, que ficou conhecida como "taxa das blusinhas" não incidirá sobre medicamentos. Calculadora do g1 mostra como ficarão os preços Os produtos com preços de até US$ 50 serão tributados com um imposto de importação de 20%, além do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que vai para os estados, de 17% — e que já existia. O g1 preparou uma calculadora para você conferir como fica o valor final a ser pago nas compras com as novas regras de tributação. Basta preencher os campos com o valor do produto e o valor do frete. Para o cálculo, a ferramenta considera a cotação do dólar do dia anterior. (entenda como funciona a calculadora abaixo) Como funciona o cálculo dos impostos? Seguindo as regras aduaneiras, os 20% do imposto de importação serão cobrados em cima do valor do produto (mais eventuais cobranças de frete ou seguro), enquanto os 17% do ICMS vão incidir sobre o valor da compra já somado ao imposto de importação, explica Fabio Florentino, sócio da área tributária do escritório Demarest. O g1 também consultou os advogados tributaristas Igor Souza e Francisco Leocádio Ribeiro Coutinho Neto, do escritório Souza Okawa Advogados, para elaborar estes cálculos. 👗POR EXEMPLO: Uma compra que, no total, custe US$ 50 terá a cobrança, primeiro, dos 20% do imposto de importação, passando a custar US$ 60 para o consumidor final. Depois, haverá a incidência dos 17% do ICMS sobre esses US$ 60, com o valor final para o consumidor chegando a US$ 72,29 — ou R$ 402,65, com a cotação do dólar nesta segunda-feira. Atualmente, com a isenção de imposto de importação para compras de até US$ 50, o ICMS seria cobrado apenas em cima do valor da compra, os US$ 50, custando para o consumidor US$ 60,24 (ou R$ 335,54), uma diferença de R$ 67,11. Além disso, o texto ainda tem um dispositivo que garante um desconto de US$ 20 em compras acima de US$ 50 e até US$ 3 mil. O dispositivo foi inserido pelo relator da proposta Átila Lira (PP-PI), ainda durante a primeira tramitação na Câmara dos Deputados. Esse desconto não constava na versão original do projeto. Nesse caso, a cobrança será feita da seguinte maneira: Uma alíquota de 20% sobre o valor de US$ 50. E a outra alíquota de 60% sobre o valor excedente. 👕 POR EXEMPLO: Pelo projeto, uma compra de US$ 70 deixa de ter a incidência do imposto de importação sobre o valor cheio, de US$ 42 (60% de US$ 70). Assim, a cobrança passa a ser: 20% sobre os primeiros US$ 50, o equivalente a US$ 10. 60% sobre os US$ 20 restantes, o equivalente a US$ 12. Assim, o total a pagar de imposto de importação é de US$ 22 Veja abaixo outros exemplos de quanto alguns produtos podem custar. Quanto custa o look Barbara Miranda/g1 *Colaborou Isabela Bolzani



Meta fiscal é 'mais possível do que se esperava há seis, sete meses', diz secretário do Tesouro


23/07/2024 13:39 - g1.globo.com

Rogério Ceron falou à GloboNews um dia após Fazenda anunciar déficit previsto de R$ 28,8 bilhões – no exato limite da meta do arcabouço fiscal. Governo ainda quer melhorar resultado. Meta fiscal é 'mais possível do que se esperava há seis, sete meses', diz secretário do Tesouro O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta terça-feira (23) em entrevista à GloboNews que o país tem mais condições de cumprir a meta fiscal para 2024 do que se esperava no início do ano. Nesta segunda (22), o governo confirmou o congelamento de R$ 15,5 bilhões em gastos públicos para cumprir a meta. E, mesmo com essa medida, anunciou que prevê um rombo de R$ 28,8 bilhões no orçamento deste ano – no limite da meta. A meta fiscal foi incluída no Orçamento de 2024 e está sujeita às regras do novo arcabouço fiscal. Para este ano, o governo previu déficit/superávit zero – ou seja, gastar exatamente o quanto arrecadar, sem aumentar nem reduzir a dívida pública federal. A meta, no entanto, tem um intervalo de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo. Ou seja, uma tolerância para déficit ou superávit de até R$ 28,8 bilhões. Se a meta for descumprida, o governo enfrentará um 2025 de regras ainda mais restritas: não poderá criar cargos nem dar reajustes acima da inflação em benefícios, por exemplo – e terá que fazer um esforço ainda maior para cortar gastos. Segundo Rogério Ceron, o relatório apresentado nesta segunda mostra que o governo tem "condições críveis" de cumprir a meta – ainda que próximo ao limite máximo. "De fato, nós mostramos a todos que nós adotamos as medidas necessárias quando elas são exigidas. E o bloqueio, o contingenciamento que será executado, mais o relatório que divulgamos, ele mostra que o cenário de cumprimento da meta fiscal – ao contrário do que a maioria acreditava no início do ano, que era praticamente impossível ser cumprido – hoje é uma meta possível", declarou. "Exige um esforço, tem desafios pela frente. Mas ele [o cumprimento da meta] é muito mais crível e possível de ser atingido do que se esperava há seis, sete meses", disse. Inflação, dívida pública, receitas: o cenário por trás da revisão de estimativas do governo Por que o governo pode precisar de novo congelamento nas contas — e como o cenário fiscal afeta o dólar 'Taxad'? Afinal, os brasileiros estão pagando mais ou menos impostos? Secretário do Tesouro fala sobre previsão de déficit de R$ 28,8 bi Estimativas atualizadas Além do contingenciamento e da nova previsão de rombo, o governo também revisou estimativas de gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) — pago a idosos carentes, deficientes e pessoas com doenças incapacitantes — e benefícios da Previdência. Ambos passam a custar R$ 11 bilhões a mais em 2024, em relação ao que estava previsto no Orçamento. Equipe econômica prevê rombo de R$ 28,8 bilhões Clayton Luiz Montes, secretário de Orçamento federal substituto, afirmou que o governo continuará buscando o centro da meta, que é déficit zero. Ou seja, despesas empatadas com receitas (déficit zero). Ele afirmou que a interpretação da legislação foi a de que o governo só precisava, neste momento, contingenciar aquilo que estourasse o limite da lei: ou seja, os R$ 28, 8 bilhões. "A interpretação legal [e] jurídica foi que o contingenciamento deveria ser realizado apenas no valor que supera o limite mínimo da banda [intervalo permitido para o déficit], no valor de R$ 3,8 bilhões. Mas gostaria de ressaltar que outras medidas de receita estão sendo tomadas e o centro da meta está sendo buscado, continua sim sendo nossa bússola aqui", afirmou. Governo dobra previsão de rombo das contas públicas até o limite da meta fiscal; Bruno Carazza comenta



Por que o governo pode precisar de novo congelamento nas contas — e como o cenário fiscal afeta o dólar


23/07/2024 13:08 - g1.globo.com


Especialistas ouvidos pelo g1 acreditam que o contingenciamento de R$ 15 bilhões formalizado na segunda-feira (22) não será suficiente para encerrar o ano dentro do limite da meta das contas públicas. Lula e Haddad durante o lançamento do Plano Safra 2024/2025 da Agricultura Familiar em 3 de julho de 2024 WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO As contas do governo deverão registrar um rombo de R$ 28,8 bilhões em 2024, segundo projeção divulgada na segunda-feira (22). O valor é o limite da meta das contas públicas, prevista no arcabouço fiscal — a regra de gastos aprovada em 2023. Para conseguir cumprir com a regra, a gestão do presidente Lula (PT) formalizou uma medida anunciada na última semana pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad: o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento. O aperto nas contas foi bem recebido pelo mercado, mas não o suficiente para acalmar os ânimos em relação às contas públicas. Especialistas ouvidos pelo g1 acreditam que o valor congelado não é o suficiente, o que irá exigir novos cortes pelo governo até o fim do ano. (entenda mais abaixo) A movimentação do governo em torno do controle de gastos vem na esteira de semanas turbulentas para a equipe econômica de Lula, que viu o dólar disparar no último mês a cada manifestação do presidente relacionada à política fiscal. A intepretação do mercado era de que o governo não estaria se comprometendo com o controle das contas. A situação também ajudou a empurrar o real para o grupo das cinco moedas que mais perderam valor frente ao dólar em 2024. VEJA AQUI A CRONOLOGIA DA DISPARADA DO DÓLAR Apesar de o avanço do dólar ocorrer em nível mundial — por fatores como a alta taxa de juros dos Estados Unidos e a corrida eleitoral norte-americana —, no caso do Brasil, a piora acentuada do real é reflexo, em especial, da preocupação do mercado com o compromisso fiscal do governo. A lógica é a seguinte: se os gastos do governo se descontrolam, investidores passam a duvidar da capacidade do país em honrar suas dívidas. Com isso, os investimentos diminuem e menos dinheiro entra no país. Portanto, contas descontroladas espantam investidores, que dão preferência para aplicações mais seguras — como os títulos públicos norte-americanos. Na prática, o resultado é a fuga de dólar do Brasil para o exterior, o que torna a moeda mais escassa por aqui — e, assim, mais cara. Governo formaliza corte no orçamento e divulga estimativa pior para contas públicas Projeção para o dólar Os reflexos do congelamento no Orçamento foram positivos para os mercados na segunda-feira: o dólar recuou 0,61%, cotado a R$ 5,5695, de olho na corrida eleitoral nos EUA e, principalmente, nos dados fiscais do governo brasileiro. O Ibovespa subiu. A expectativa do mercado, no entanto, é que o dólar não retome tão cedo os níveis próximos a R$ 5, valor em que permaneceu ao longo de boa parte de 2023. "O congelamento de gastos já tinha sido absorvido de forma positiva na semana passada. Mas não vai gerar impacto suficiente para o dólar voltar aos níveis do ano passado. A não ser que haja alteração no cenário internacional", diz economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Segundo o economista, mesmo que os juros caiam nos Estados Unidos — o que ajuda a fortalecer o real frete ao dólar —, é preciso uma medida "mais consistente" do governo brasileiro em relação aos gastos públicos para que o real tenha uma valorização mais significativa. No boletim Focus desta semana, relatório do Banco Central que ouve mais de 100 instituições financeiras, os economistas também elevaram a projeção de cotação do dólar ao fim de 2024 para R$ 5,30. No início do ano, esperava-se algo abaixo dos R$ 5. Novo corte no horizonte Para Agostini, o ideal seria um contingenciamento muito maior, de R$ 62 bilhões, para atingir o déficit (despesas superiores à arrecadação) de R$ 28,8 bilhões em 2024 — valor limite da meta de contas públicas. "Mas isso o governo não vai fazer. Historicamente, os governos congelam, em média, de R$ 25 a R$ 35 bilhões", diz. "Então, o governo está apostando muito em receitas extraordinárias, como pente-fino em programas sociais. Isso pode dar um alento, mas não chega nem perto dos R$ 62 bilhões." "Passado esse período mais crítico de eleições municipais, acredito que o governo vá contingenciar, em meados de outubro, mas uns R$ 15 bilhões", conclui. O cenário mostra que o governo tem outro desafio importante mesmo após o congelamento anunciado: mostrar compromisso com o corte de gastos — e não só com o aumento da arrecadação. O economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, destaca que o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) do 3º bimestre, divulgado pelo governo na segunda-feira, indica "importante revisão" nas projeções de receitas e despesas frente ao bimestre anterior. "As receitas líquidas estimadas para 2024 diminuíram em R$ 13,2 bilhões, passando a R$ 2.168,3 bilhões. Já as despesas primárias aumentaram em R$ 20,7 bilhões, totalizando R$ 2.229,6 bilhões", aponta o economista. Ele destaca que, do lado das receitas, houve, entre outros pontos, a revisão para cima em R$ 12,5 bilhões no Imposto de Renda, além do aumento do IPI projetado (R$ 3,9 bilhões). Em relação aos gastos, foi registrado um aumento de R$ 20,7 bilhões nas despesas primárias totais. O relatório também mostrou que houve uma elevação na estimativa de gastos com Benefício de Prestação Continuada (BPC) — pago a idosos carentes, deficientes e pessoas com doenças incapacitantes — e benefícios da Previdência. (leia mais abaixo) Em entrevista à GloboNews na última sexta-feira (19), Salto já havia apontado que o bloqueio de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano deve ser insuficiente para garantir um alívio no cenário fiscal do governo. Assista: Em Ponto entrevista: Felipe Salto De acordo com o especialista, o tamanho do próximo corte vai depender justamente dos níveis de arrecadação até o fim do ano. Centro ou limite da meta? O professor de Economia da FGV Joelson Sampaio acredita que o governo está na direção correta para cumprir com as regras do arcabouço fiscal. Ele pondera, no entanto, ser "sempre arriscado ficar no limite da meta" e que o cenário deve exigir novos cortes. "O que o mercado tem refletido no dólar e nas outras variáveis de mercado são justamente essas incertezas em relação ao futuro: dado que está próximo do limite, pode ser que haja um limite maior e isso traga um aumento das incertezas no mercado", explica. Nesse sentido, Clayton Luiz Montes, secretário de Orçamento federal substituto, afirmou que o governo continuará buscando o centro da meta, que é déficit zero — ou seja, despesas empatadas com receitas. Ele afirmou que a interpretação da legislação foi a de que o governo só precisava, neste momento, contingenciar aquilo que estourasse o limite da lei: os R$ 28,8 bilhões. "A interpretação legal [e] jurídica foi que o contingenciamento deveria ser realizado apenas no valor que supera o limite mínimo da banda [intervalo permitido para o déficit], no valor de R$ 3,8 bilhões", disse. "Mas gostaria de ressaltar que outras medidas de receita estão sendo tomadas e o centro da meta está sendo buscado, continua sim sendo nossa bússola aqui". Aumento de gastos com BPC e Previdência No relatório divulgado na segunda-feira — e que é divulgado a cada dois meses —, o governo também revisou as estimativas de gastos com o BPC e benefícios da Previdência. Ambos passaram a custar R$ 11 bilhões a mais em 2024 em relação ao que estava previsto no Orçamento, sendo R$ 6,4 bilhões com o BPC e R$ 4,9 bilhões com a Previdência. Esses benefícios são atrelados ao salário mínimo, que subiu acima da inflação e hoje está em R$ 1.412. Além disso, a quantidade de pessoas que passam a ser beneficiárias pode aumentar muito ao longo do ano, em razão de novos pedidos concedidos, novos doentes diagnosticados.



Privatização da Sabesp é concluída em cerimônia na B3; Governo de SP levanta R$ 14,8 bi


23/07/2024 12:40 - g1.globo.com


Evento ocorreu na manhã desta terça (23), na sede da Bolsa de Valores, no Centro da capital paulista. Venda resultou em R$ 14,8 bilhões para os cofres do governo paulista. Tarcísio de Freitas na B3 durante fase final da privatização da Sabesp Paola Patriarca/g1 O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) participou, na manhã desta segunda-feira (23), na B3, no Centro da capital paulista, da cerimônia que marcou a conclusão do processo de privatização da Sabesp. A venda de 32% da empresa resultou em R$ 14,8 bilhões aos cofres do governo paulista. "Hoje não tem martelo. Acho que ficaram com medo", disse o governador em uma tentativa de piada com o que ocorreu na sede da Bolsa em março do ano passado, quando ele quase quebrou o símbolo da B3 ao encerrar o leilão do Rodoanel Norte. Em discurso inflado, ele defendeu os trabalhos realizados pela gestão para viabilizar a desestatização do saneamento, prometeu redução da tarifa, limpeza de rios e universalização do saneamento até 2029. "Não faltou nesse processo uma série de atributos, não faltou ousadia, não faltou coragem, não faltou dialogo, não faltou respeito, não falta criatividade pra que a gente construísse um modelo que não é o modelo de Buenos Aires, não é o modelo de Berlim, não é o modelo do Reino Unido, não é o modelo do Chile, não é o modelo de Portugal, não é o modelo da Eletrobrás, é o modelo da Sabesp, é o nosso modelo, é o modelo de São Paulo e é o melhor modelo da história." Cerimônia de privatização da Sabesp na B3 O governador disse ainda ter "muito orgulho da PGE" e defendeu que o processo foi feito "para libertar a Sabesp". "Quantas ações judiciais, quanta guerra, confusão, que vinham daqueles que não entendem". Com a conclusão do processo, a nova gestão da Sabesp assume a empresa após a eleição do novo Conselho de Administração, em assembleia geral de acionistas. Antes, a aquisição de 15% das ações da Sabesp pela Equatorial precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Cerimônia de privatização da Sabesp na B3 Paola Patriarca/g1 Tarifa Com o novo modelo, o governo promete redução de até 10% nas tarifas social e vulnerável para famílias inscritas no Cadastro Único (CADÚnico) e para que tem renda familiar per capita entre R$ 218 e R$ 706 (meio salário mínimo). Leia também Governo de SP arrecada R$ 14,8 bi com venda de 32% da Sabesp; parte do valor irá para fundo e investimento em transporte, diz Tarcísio Além disso, haverá 1% de desconto para os demais clientes residenciais. E 0,5% de redução nas outras tarifas, como comercial e industrial. "A redução [da tarifa] começa a partir de hoje. Então, obviamente, tem uma questão que é proporcional, nós temos tarifas que estão, vamos dizer, que não têm o mês fechado, então nós temos os dias de tarifa cheia e a partir de hoje a gente passa a ter a redução proporcional de maneira que no próximo ciclo a gente vai ter aquele resultado da redução de tarifa que foi colocado, 10% de redução nas tarifas sociais dos vulneráveis, 1% pros consumidores residenciais e 0,5% pros consumidores comerciais e industriais", disse Tarcísio nesta terça. Proposta única Na semana passada, a gestão estadual confirmou que o fundo de investimentos Equatorial cumpriu com as exigências previstas na oferta pública inicial e, assim, adquiriu o bloco prioritário de 15% das ações da Sabesp. O grupo foi o único a apresentar proposta de compra e vai desembolsar R$ 6,9 bilhões pela fatia da companhia. “De nossa parte, trazemos experiência de ampla estrutura e eficiência no atendimento aos clientes. Nas nossas distribuidoras levamos energia a 34 milhões de clientes. Completamos em 2024 20 anos de existência. Uma história que nos levou a ser um dos maiores agentes de energia do país", disse Augusto Miranda, CEO da empresa durante o evento nesta manhã. A mudança na composição da Sabesp faz parte da decisão do governo paulista de diminuir sua participação acionária na empresa — ou seja, privatizar a companhia de saneamento. O Executivo paulista tinha 50,3% dos papéis e decidiu ficar com apenas 18%. A venda, portanto, foi de 32% das ações, sendo 15% para o grupo Equatorial e 17% para investidores, incluindo pessoas físicas. Os outros 49,7% dos papéis já eram listados em bolsa de valores. Sobre a Sabesp Atualmente, metade das ações da empresa está sob controle privado, sendo que parte é negociada na B3 e parte na Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos. Em 2022, a empresa registrou um lucro de R$ 3,1 bilhões. Desse montante, 25% foram revertidos como dividendos aos acionistas e R$ 2,4 bilhões destinados a investimentos. Atendendo 375 municípios com 28 milhões de clientes, o valor de mercado da empresa chegou, em 2022, a R$ 39,1 bilhões. Venda de ações Ao todo, a venda de 17% dos papéis da empresa rendeu R$ 7,9 bilhões ao governo de São Paulo. O preço definido por ação foi de R$ 67 — mesmo valor negociado com a Equatorial Participações e Investimentos, investidor estratégico da Sabesp, que já tinha adquirido 15% dos papéis por um total de R$ 6,9 bilhões. (leia mais abaixo). Os investidores interessados tiveram do dia 1º a 15 de julho para reservar 17% das ações da companhia. Pessoas físicas também puderam participar. Ao longo da pré-venda, as buscas totais pelos papéis mobilizaram R$ 187 bilhões de investidores interessados em concorrer a um pedaço da empresa. A soma das vendas também coloca a desestatização da Sabesp como a maior oferta pública de ações do ano no país. Conforme mostrou o g1, a principal forma de adquirir ações da Sabesp durante a privatização foi por meio da reserva de papéis — processo simples que pôde ser realizado por meio da conta do investidor em qualquer corretora de valores. No portal das corretoras, os interessados puderam procurar pela opção de "ofertas públicas" e escolher a Sabesp sob o código SBSP3. No momento da reserva, no entanto, ainda não havia a definição do preço da ação da empresa. Os valores foram divulgados dias após o encerramento do período de reservas. Constitucionalidade A privatização da empresa foi alvo de diversas ações da oposição, que aponta irregularidades do governo no processo. O PT questiona a constitucionalidade da lei de autoria do governo Tarcísio de Freitas e aprovada pela Assembleia Legislativa em dezembro de 2023. O partido pede a suspensão da eficácia de atos administrativos do Conselho de Administração da companhia e do Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED). A legenda defende que a lei fere os princípios da Administração Pública: legalidade, moralidade, impessoalidade, isonomia, publicidade e eficiência. Na quinta (18), a Advocacia-Geral da União defendeu a suspensão do processo. A AGU afirmou que os fatos narrados e os documentos mostram que esses princípios não foram observados no processo de desestatização da empresa, que é uma sociedade constituída por ações de mercado que integra a administração indireta do estado de São Paulo. Entretanto, no sábado (20), o pedido foi rejeitado por pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Segundo o ministro, "não compete ao STF arbitrar a conveniência política e os termos e condições do processo de desestatização da Sabesp". LEIA TAMBÉM Equatorial: conheça a empresa que comprou 15% das ações da Sabesp Governo de SP confirma Equatorial como investidora estratégica Sabesp: como comprar ações e o que dizem analistas sobre a companhia Privatização da Sabesp: gestão Tarcísio confirma Equatorial como investidora estratégica



Dólar fecha em alta após relatório de despesas do governo e com eleições dos EUA no foco; Ibovespa cai


23/07/2024 12:01 - g1.globo.com


A moeda norte-americana avançou 0,29%, cotada em R$ 5,5857. Já o principal índice de ações da bolsa recuou 0,99%, aos 126.590 pontos. Dólar Freepik O dólar fechou em alta nesta terça-feira (23), com investidores de olho nos desdobramentos da corrida eleitoral norte-americana e no quadro fiscal brasileiro. No cenário local, o mercado continuou a avaliar o relatório de receitas e despesas do governo, divulgado na segunda (22), que deu mais clareza sobre as contas públicas do país. Já no exterior, atenções voltadas para a evolução de Kamala Harris em direção à liderança da chapa democrata nas eleições dos Estados Unidos, após o presidente Joe Biden desistir de concorrer à reeleição. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas Dólar O dólar subiu 0,29%, cotado em R$ 5,5857. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,6071. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,32% na semana; recuo de 0,05% no mês; alta de 15,11% no ano. Na véspera, a moeda fechou em queda de 0,61%, cotada em R$ 5,5695. Ibovespa O Ibovespa recuou 0,99%, aos 126.590 pontos. Com o resultado, acumulou: queda de 0,80% na semana; ganhos de 2,17% no mês; perdas de 5,66% no ano. Na véspera, o índice teve alta de 0,19%, aos 127.860 pontos. LEIA TAMBÉM 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Sem grandes destaques no noticiário desta terça-feira, investidores continuaram a repercutir os desdobramentos das eleições norte-americanas e do quadro fiscal brasileiro. Por aqui, as atenções voltadas para o relatório de receitas e despesas, divulgado na véspera. A nova projeção do governo indica um déficit (despesas maiores do que receitas) de R$ 28,8 bilhões em 2024, exatamente no limite da meta de contas públicas previstas no arcabouço fiscal. O governo também revisou estimativas de gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) — pago a idosos carentes, deficientes e pessoas com doenças incapacitantes — e benefícios da Previdência. O relatório é publicado a cada dois meses com novas estimativas e projeções sobre as despesas e receitas do governo previstas para o ano. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões no Orçamento de 2024, além de um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. As medidas vieram como uma tentativa do governo de cumprir a regra de gastos prevista no arcabouço fiscal. A diferença entre bloqueio e contingenciamento é a seguinte: Bloqueio: se refere a valores no Orçamento que têm que ser bloqueados para o governo manter a meta de gastos do arcabouço fiscal. Contingenciamento: é uma contenção feita em razão de a receita do governo estar vindo abaixo do esperado. Segundo a estrategista de investimentos no research da XP Investimentos Rachel Borges de Sá, apesar de as estimativas de despesas terem vindo mais detalhadas e com projeções "mais realistas", os gastos com previdência ainda estão estimados abaixo do esperado pelo mercado. "Mas essa reestimativa já trouxe um reequilíbrio e certa melhora na percepção de risco", disse a especialista durante transmissão ao vivo nesta manhã, reiterando que, do lado das receitas, as projeções do governo também estão um pouco mais otimistas do que as previsões do mercado. "Investidores vão seguir de olho em tudo isso, principalmente na divulgação dos próximos relatórios bimestrais", completou. Na agenda, balanços corporativos seguem no radar. Já no exterior, o foco continua com a possibilidade de a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, seguir para a candidatura do partido democrata na corrida eleitoral. Ela ganhou espaço após o presidente norte-americano, Joe Biden, ter desistido de concorrer à reeleição nos Estados Unidos. Em um comunicado no X, Biden disse que cumprirá o seu mandato até janeiro de 2025. "Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato", escreveu Biden. Após a desistência de Biden, alguns analistas passaram a ver uma piora na campanha do ex-presidente Donald Trump, em meio à rápida aglutinação de democratas ao nome de Kamala Harris como candidata do partido à Casa Branca. Além disso, a leitura é que Harris já tem uma adesão suficiente para garantir sua nomeação e indicação democrata. Essa formalização, no entanto, só acontece nas convenções democratas, previstas para o próximo mês. *Com informações da agência de notícias Reuters.



'Taxad'? Afinal, os brasileiros estão pagando mais ou menos impostos?


23/07/2024 11:32 - g1.globo.com


Carga tributária brasileira teve ligeira queda em 2023 em comparação a 2022. Meme mostrando ministro Fernando Haddad como herói 'Taxa Humana' apareceu em telão em Times Square, em Nova York INTERNET/ REPRODUÇÃO "Taxad", "Taxador de Promessas", "Zé do Taxão", o profeta "Nostaxamus", o super-herói "Taxa Humana", o navegador "Pero Vaz de Taxinha". A internet foi inundada nos últimos dias com memes sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com piadas que o acusam de elevar impostos. Os memes fazem trocadilhos com filmes e personagens famosos, sempre retratando o ministro como um político com fúria arrecadatória, determinado a cobrar impostos de tudo. Alguns memes chegaram a aparecer no painel iluminado de Times Square, em Nova York — não se sabe quem pagou pelos anúncios. O ministro não reagiu publicamente aos memes, mas políticos ligados ao governo defenderam Haddad, dizendo que o ministro trabalha por justiça tributária (com maior taxação dos mais ricos e desoneração dos mais pobres) em medidas como aumento do salário mínimo, criação de um cashback para os mais pobres na reforma tributária e isenção de imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos. A BBC News Brasil pediu uma resposta do ministro aos memes, mas não recebeu resposta do Ministério da Fazenda até a publicação desta reportagem. Em sua conta no X, o Ministério da Fazenda publicou seu próprio meme sobre o tema. Uma foto do filme Divertida Mente 2 aparece com um elogio à reforma tributária aprovada pelo Congresso no ano passado e capitaneada por Haddad: "Um mix de emoções envolveu todos os brasileiros com a grande conquista da #ReformaTributária após 40 anos. O Brasil agora terá um sistema tributário simples e justo!". Brincadeiras e memes à parte, os brasileiros estão mesmo pagando mais impostos por causa das políticas de Haddad e do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)? A BBC News Brasil conversou com especialistas para entender o que está acontecendo com a carga tributária brasileira e por que essa onda de memes e críticas ao ministro surgiu neste momento. Dados mostram que a carga tributária brasileira teve uma ligeira queda no ano passado em comparação com 2022. Ou seja, no primeiro ano da gestão de Haddad no ministério, os brasileiros pagaram menos impostos em relação ao total da economia, se comparado com 2022, último ano de Paulo Guedes como ministro da Fazenda. Mas esses dados são de 2023 e ainda não é possível dizer qual será a carga tributária deste ano, segundo os especialistas. No entanto, desde que Haddad chegou ao ministério, houve mudanças significativas na forma como o governo federal cobra alguns dos impostos federais — ajustes que ele defende como justos e importantes para a economia. E esses ajustes se refletiram na arrecadação: de janeiro a maio, o governo federal arrecadou R$ 1,089 trilhão — um aumento real (acima da inflação) de 8% em relação a maio do ano passado. Parte disso aconteceu porque a economia está aquecendo e mais pessoas estão empregadas — ou seja, mais empresas e trabalhadores estão pagando mais impostos, apontam especialistas Mas parte também se explica pelas medidas do ministério, como a tributação de fundos offshore. Outro motivo que explicaria a popularidade dos memes contra o ministro é a insatisfação geral dos brasileiros com impostos. Um especialista ouvido pela BBC News Brasil citou que um estudo que mostra que o Brasil está em último lugar em um ranking que compara qualidade de vida e uso dos impostos (leia mais abaixo). Haddad anuncia congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento 2024 para cumprir a regra fiscal Carga tributária caiu em 2023. E neste ano? O indicador mais citado para se saber se a população está pagando mais ou menos impostos é a carga tributária — a soma de tudo que o governo (em todas as suas esferas — municipal, estadual e federal) arrecadou em relação ao tamanho da economia (o Produto Interno Bruto). Ou seja, a carga tributária mostra qual é o peso dos impostos na economia brasileira. No final do governo de Jair Bolsonaro (PL), a carga tributária estava em 33,1%. Em 2023, primeiro ano do governo Lula, caiu para 32,4%. "O que o governo tem dito em relação a essa polêmica toda e às brincadeiras com o ministro Haddad é que não houve aumento de carga tributária", diz a advogada tributarista Thais Veiga Shingai, professora do MBA em gestão tributária na Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), vinculada à Universidade de São Paulo (USP). "O que houve foi um aumento da arrecadação e que se justifica por diversos fatores e mudanças que aconteceram na legislação tributária federal e no próprio contexto macroeconômico." O que o governo federal fez para alterar a arrecadação — e que vem provocando alguns atritos? "O governo tem tomado uma série de iniciativas para corrigir pontos da tributação federal que o Ministério da Fazenda considera que estavam errados e que mereciam ajustes", afirma Shingai. "A questão é que alguns desses pontos são controversos. O Ministério da Fazenda entende que havia distorção, e a iniciativa privada entende que não." Especialistas citam seis mudanças tributárias promovidas pelo governo federal: Carga tributária caiu no primeiro ano de Haddad no ministério da Fazenda GETTY IMAGES via BBC Tributos em cima de isenções fiscais para empresas: No ano passado, o governo federal entendeu que empresas que recebem isenção fiscal de Estados e municípios (dentro da chamada guerra fiscal) ainda precisam pagar tributos federais em cima do valor que são isentados localmente. Créditos tributários: as empresas ganharam do governo no Supremo Tribunal Federal (STF) um embate conhecido como "tese do século" — sobre como é calculado os impostos PIS e Cofins pago pelas companhias. Isso significa que as empresas têm bilhões de reais a receber do governo em créditos — supostamente por impostos indevidamente cobrados. Neste ano, o governo criou limites mensais de quanto deve compensar cada empresa. Desoneração da folha de pagamentos: ainda nos governos de Dilma Rousseff (PT; 2010-2016), empresas que empregam muitos trabalhadores foram beneficiadas com uma redução nas contribuições previdenciárias. A ideia que baseou essa desoneração da folha é que isso geraria mais empregos – uma conclusão que se mostrou equivocada, segundo alguns estudos posteriores. Tanto o governo Lula como o governo Bolsonaro vinham tentando acabar com essas desonerações, que beneficiam 17 setores, mas sempre há briga no Congresso e na Justiça. Este ano, o governo usou uma medida provisória para acabar com as desonerações, mas o tema foi parar no STF. Essa medida está paralisada na Justiça e não teve impacto na arrecadação ainda. 'Taxa das blusinhas': daqui a duas semanas, em 1º de agosto, acaba a isenção do imposto de importação em plataformas de comércio online para compras abaixo de US$ 50 — o que ficou conhecido como "taxa das blusinhas", dada a popularidade de sites como Shein e Shopee. Haddad disse que a isenção prejudicava as varejistas nacionais com concorrência desleal. Juros sobre capital próprio: empresas podem pagar a seus sócios e acionistas com juros sobre capital próprio — que pode ser deduzido no imposto de renda. As regras de cálculo foram alteradas pelo governo para diminuir essa dedução. Tributação de offshores e fundos fechados: offshores são entidades localizadas em países estrangeiros para realizar investimentos financeiros. Os fundos fechados são modalidades de investimento para pessoas de alta renda. O governo mudou as regras, aumentando a tributação. Todas essas seis mudanças tiveram como objetivo aumentar a arrecadação do governo federal. 'Elite reclamando' A carga tributária caiu no primeiro ano do governo, mas a arrecadação de impostos está subindo. Afinal: isso explica a onda de memes na internet chamando Haddad de "Napoleão Bonataxa", "Bixo Taxão" e "Mike Taxon"? Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil se dividem sobre isso. Para Andre Roncaglia, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), os memes contra Haddad são parte de um protesto das elites brasileiras que estão descontentes com ajustes que o especialista considera importantes no sistema tributário. "Fica evidente que o meme 'Taxad' é um protesto das oligarquias brasileiras contra a correção de distorções históricas na tributação da renda dos mais ricos", escreveu Roncaglia em um artigo de jornal. "A campanha caluniosa tenta contaminar a população com insatisfações sentidas por grupos específicos." Para Roncaglia, a tentativa do governo não tem sido de aumentar impostos, mas sim de cobrar tributos de setores que deveriam estar pagando, mas se beneficiaram com desonerações. "O meu ponto é que o ministro não está aumentando impostos. Ele está restaurando a base de tributação, o que faz toda a diferença. Não está dizendo 'vamos agora subir a alíquota' ou 'vamos criar um imposto novo', como foi com a CPMF no passado", diz o pesquisador. "Mesmo no caso da taxa das blusinhas, essa era uma isenção concedida. Havia um limite de isenção para até US$ 50 em compras e, a partir daí, a tributação era de 60%. Ele não criou um imposto novo, ele só eliminou a isenção. E aí isso tem o efeito de ampliar a base tributável da renda ou das operações." Discussão sobre 'taxa das blusinhas' pode ter prejudicado imagem do governo e do ministro, dizem especialistas GETTY IMAGES via BBC Já Carlos Pinto, do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBTP), acredita que, mesmo que os memes sejam reforçados por grupos políticos que possam ter interesses em atingir o ministro, eles crescem na internet de maneira orgânica, porque a população brasileira sente que o governo está se esforçando para aumentar arrecadação, sem melhorar os serviços prestados. "É importante entender que, apesar de haver uma estabilidade da carga tributária, o governo aumentou de maneira notória o volume de arrecadação por estar atraindo agora recursos de fontes que antes não eram tributadas. Então, naturalmente, com a população ciente disso, tem uma aceitação desses memes", diz Pinto à BBC News Brasil. O especialista acredita que algumas decisões e declarações de Haddad — como no caso da taxa das blusinhas ou a promessa de tributar sites de apostas esportivas — têm grande repercussão entre a população, ajudando na proliferação dos memes. Muitos impostos, poucos serviços O especialista do IBPT acredita que um dos motivos que fazem com que os memes sobre Haddad tenham se popularizado é a percepção entre brasileiros — independente de orientações políticas de cada um — de que os impostos pagos não estão se traduzindo em melhoras na vida da população. O IBPT é formado por advogados, contadores, economistas e acadêmicos que discutem os problemas tributários do Brasil. Um estudo da entidade divulgado em abril comparou a carga tributária de 30 países com as maiores tributações no mundo com o nível de desenvolvimento do país, medido pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os dados usados no estudo são de 2022. O objetivo foi mostrar quanto os impostos pagos pela população se traduzem em qualidade de vida para a população. O Brasil apareceu em último nessa relação, atrás de outros países sul-americanos como Uruguai (9º) e Argentina (22º). O ranking foi liderado por Irlanda, Suíça, Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul. "Quem mora no Brasil não viu melhoria da segurança pública, não viu melhoria do sistema público de saúde, não viu melhoria de estradas e rodovias, não houve atração de grandes indústrias que possam promover ainda mais o desenvolvimento econômico", diz Pinto. "Há sim um aumento exacerbado de gastos públicos que não estão sendo transferidos para a população. Então, acho que o meme só ganhou volume porque a população enxerga que existe o interesse do governo em cobrar mais tributos." Outro ponto relevante, segundo Roncaglia, na discussão pública sobre impostos é que existe pouca transparência sobre os tributos pagos. Isso gera uma dificuldade de diferenciar no dia a dia os efeitos da redução de impostos em relação à variação dos preços, diz o pesquisador. "Vamos imaginar que uma foi ao supermercado comprar um produto que foi desonerado", explica Roncaglia. "Se, depois de uma desoneração de impostos, o preço do produto subiu, por exemplo, por causa de outro motivo, como uma entressafra, essa pessoa não vai se sentir beneficiada. Ela não sabe que a vida dela seria ainda pior se o tributo ainda incidisse ali. Tudo que ela vê é o preço." Consumidores têm dificuldades de entender o que é preço e o que é imposto no Brasil, dizem especialistas GETTY IMAGES via BBC Além disso, muitos tributos são cumulativos, o que também prejudica a transparência — e muitos deles não são óbvios para os consumidores, diz Thais Veiga Shingai, da FIPECAFI. "No Brasil, tem tributo sobre tributo, tem muito tributo. Um entra na base de cálculo do outro. Isso faz com que a tributação não fique transparente para o cidadão", diz Shingai. "É muito difícil a gente identificar qual é a carga tributária que a gente suporta no nosso dia a dia." Reforma tributária Os memes sobre o ministro da Fazenda tiveram repercussão no mundo político — sendo debatidos até mesmo no Congresso. Os especialistas acreditam que a imagem pública do ministro de "arrecadador voraz" projetada pelos memes pode ter impacto em discussões importantes no futuro, como na reforma tributária. O Congresso ainda tem pela frente a tarefa de aprovar a segunda parte da reforma — mas todos os especialistas com quem a BBC News Brasil conversou acreditam que esta segunda etapa está cada vez mais distante. A reforma tributária é vista por políticos, empresários, investidores, acadêmicos e pela população em geral como fundamental para os rumos do desenvolvimento do Brasil. O sistema tributário brasileiro é notório por ser complicado, oneroso, pouco transparente e muitas vezes injusto. Cidadãos reclamam que pagam impostos demais e recebem poucas contrapartidas do Estado. Algumas empresas reclamam que precisam empregar equipes enormes de advogados só para entender como devem pagar tributos no Brasil. Além das leis tributárias, existe um mar de regras e exceções que abrem caminho para desonerações e tratamentos especiais. Em alguns pontos, o sistema é regressivo — cobrando impostos demais dos mais pobres e de menos dos mais ricos. Especialistas indicam que existe a necessidade de um sistema que seja mais justo e transparente, que garanta ao Estado a capacidade de pagar pelos serviços básicos para a população e que mantenha em equilíbrio as contas públicas do governo — sem aumento do endividamento público. No ano passado, o governo conseguiu aprovar uma parte da reforma em que havia maior consenso da sociedade. Diminuiu-se a quantidade de impostos (que foram agregados em poucas contribuições) e se criou mecanismos para recompensar os mais pobres, como desoneração da cesta básica e cashbacks. Mas a parte mais controversa da reforma foi adiada: as mudanças no Imposto de Renda e uma discussão sobre lucros de dividendos, que no Brasil são isentos de taxação. Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil temem que esta parte crucial da reforma possa ser adiada indefinitivamente, porque Lula e Haddad já gastaram muito de seu capital político nos embates tributários feitos até agora. "Acho que a gente vai avançar na discussão, mas eu não sou otimista quanto a aprová-la, talvez na extensão que a gente precise, ainda no governo Lula. É possível que o debate de tributação da renda tome o restante do mandato do governo", diz Roncaglia.



Série 'PF: prato do futuro' mostra soluções para desafios da produção de alimentos no Brasil


23/07/2024 08:01 - g1.globo.com

g1 explica tecnologias, pesquisas e iniciativas do agro para atender às necessidades de produção eficiente e sustentável, e enfrentar as mudanças climáticas. "PF: prato do futuro" é a nova série de reportagens onde o g1 mostra como o agro está enfrentando as principais questões para que os alimentos continuem chegando à mesa do brasileiro (e de consumidores em todo o mundo). Esses desafios incluem as mudanças climáticas, uma produção sustentável e eficiente, a demanda por alimentos saudáveis e a sustentabilidade. A origem do boi PF, prato do futuro: o rastreamento de bois com chip na Amazônia No episódio de estreia, o tema é a carne bovina — o Brasil é o maior exportador do mundo desse produto. A maior concentração (44%) desse rebanho fica na Amazônia legal, o que gera pressões para que o país consiga demonstrar que a carne vinda de lá não seja originada de áreas de desmatamento. Uma das soluções para isso é o rastreamento individual do gado em todas as suas fases de vida: não apenas quando se torna um boi gordo, que é a última etapa antes de chegar ao frigorífico. As iniciativas que existem nesta área atualmente são privadas e o g1 acompanhou uma delas, no Pará, onde os bois recebem chips na orelha: veja no vídeo acima. O arroto do boi X aquecimento global Outro desafio para o futuro da pecuária é a emissão de gases que contribuem para o aquecimento global. O metano é um dos principais e quase toda a emissão dele no Brasil vem do arroto do boi. Como a pecuária pode reduzir a emissão de gases poluentes O g1 mostra as técnicas que buscam reduzir a produção desses gases pelos bois, e que também ajudam a combater o desmatamento, aplicadas no Mato Grosso, estado que concentra o maior número de bois no país. Assista no vídeo acima. De onde vem o que eu como: a série que mostra a origem dos alimentos



Como a Amazônia se tornou berço do maior rebanho de bois no Brasil


23/07/2024 08:01 - g1.globo.com


Derrubada da floresta para formação de pastagens começou nos anos 1960, na ditadura. Hoje, quem faz o desmatamento ilegal são especuladores de terras, dizem especialistas. O que a pecuária tem a ver com o desmatamento da Amazônia? A pecuária na Amazônia tem 402 anos de história, mas a sua relação com o desmatamento do bioma é mais recente. Começou por volta dos anos de 1960, quando o governo da ditadura militar atraiu grandes investidores para a região através de incentivos fiscais. Na época, a maioria dos empresários optou pela criação de gado, pois ela permitia uma ocupação mais rápida do território, ao demandar menos investimentos em mão de obra e tecnologia (saiba mais). Boi com chip na Amazônia: rastreamento mostra se a carne está livre de desmatamento Amazonia Legal. Bárbara Miranda A expansão da atividade deu início a um processo acelerado de desmatamento da região, que se seguiu nas décadas seguintes, apoiado também pela mineração e agricultura - principalmente pela soja, a partir de meados dos anos de 1990. A extração de madeira também devastou o bioma, mas ela não é classificada como desmatamento por não remover toda a vegetação. Apesar de outras atividades contribuírem para a derrubada de floresta, a pecuária sempre despontou como a principal causa de desmatamento da Amazônia. ➡️De 1985 a 2022, 88% das áreas desmatadas viraram pastagem, 11%, agricultura e 1%, silvicultura, destaca a porta-voz do Greenpeace Brasil Ana Clis Ferreira, que consolidou dados da plataforma MapBiomas, que reúne estatísticas de desmatamento dos últimos 39 anos. ➡️Um recorte temporal mais recente mostra uma dinâmica semelhante no que diz respeito à criação de gado: 96,4% das áreas desmatadas entre 2018 e 2022 foram convertidas em pastagens, enquanto 0,83% viraram mineração e 0,68%, agricultura. Nesta reportagem, você vai ler os seguintes tópicos: a especulação de terras na Amazônia; o problema dos fornecedores indiretos; como a pecuária se estabeleceu na Amazônia; quando ela começou a provocar desmatamento; as pesquisas para aumentar a produção sem desmatar; o que explica as taxas de desmatamento entre 2000 e 2023. Florestas Convertidas em Pastagens na Amazônia V2 - Mob Bárbara Miranda e Ighor Jesus | Arte g1 Especulação de terras Segundo o coordenador do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal da USP Ricardo Rodrigues, a abertura de pastagens, atualmente, está mais relacionada a um problema de especulação de terras do que com a necessidade de aumentar a produção. Isso porque, hoje, o Brasil já tem técnicas para expandir a criação de gado nos pastos que já existem. "Infelizmente, no mercado da terra no Brasil, principalmente na Amazônia, a área sem florestas vale muito mais que a área com florestas. No município de Paragominas, por exemplo, uma área sem floresta vale R$ 30 mil o hectare ou mais. E uma área com floresta vale R$ 3 mil o hectare", diz Rodrigues. "O único detalhe é que a pecuária é a atividade agrícola mais barata e mais fácil de ser tocada nessas condições. Então, por isso, ela entra como uma opção de uso daquela terra”, acrescenta. “O pecuarista [...] que está na frente do desmatamento, ele não está preocupado com a produtividade da sua pecuária, mas em manter aquela área aberta para, no futuro, conseguir vender", conclui Rodrigues. Segundo ele, esse tipo de situação é diferente do pecuarista da Amazônia que, realmente, tem na criação de gado a sua fonte de renda. "Esses estão focados na atividade e fazem tudo com nota, pagando imposto". Brasil tem 9 vezes mais gado e galinha do que gente Onde está o problema A diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) Ane Alencar diz que, de fato, o desmatamento na Amazônia é mais recorrente em terras públicas invadidas ilegalmente do que em propriedades privadas. Mas o grande nó de tudo isso é que toda a cadeia de produção de carne, desde os produtores regulares até os frigoríficos, acaba contribuindo com o desmatamento quando compra animal de áreas desmatadas. E essa é uma situação recorrente. Tanto é que, em 2009, o Ministério Público Federal (MPF) fechou acordos com frigoríficos da Amazônia exigindo que eles parassem de comprar bois de áreas desmatadas. A iniciativa foi criada após a divulgação de um relatório do Greenpeace chamado "Farra do boi na Amazônia", que denunciava a situação. Esses acordos, contudo, são voluntários e o Brasil ainda não tem uma política pública de rastreabilidade da cadeia bovina para fins ambientais. De 2009 para cá, entretanto, o mercado de carne, principalmente os frigoríficos, tem tentado se adequar, diante de pressões grandes supermercados, restaurantes e importadores de carne, como a União Europeia, que irá proibir a entrada de produtos com desmatamento a partir de 2025. É por isso que nos últimos 15 anos, frigoríficos e ONGs brasileiras vêm criando formas de rastrear a origem da carne, mas, até o momento, só têm conseguem monitorar, com precisão, seus fornecedores diretos, ou seja, as fazendas que vendem boi diretamente a eles. "Às vezes, o animal passa por quatro, cinco fazendas antes de chegar na propriedade que vai vender para o frigorífico. Então a gente só está olhando para a última fazenda. A gente precisa olhar para as demais", conta o procurador do MPF Daniel Azeredo. Essas outras propriedades são conhecidas como fornecedores diretos. O g1 visitou um pecuarista da Amazônia que está implementando um sistema de rastreabilidade individual do seu rebanho com chips e brincos, uma forma que pode controlar melhor as compras das fazendas e frigorífico (veja aqui). Boi 'pé duro' e carne cara A pecuária na Amazônia começou no século 17, quando colonizadores portugueses levaram, para a região, cabeças de gado oriundas da Península Ibérica. Os animais entraram por Belém (PA) e foram se espalhando para outras regiões, como a Ilha do Marajó, que se tornou o maior centro pecuário da Amazônia até os anos de 1960. Na época, o gado criado na região era o crioulo, também conhecido como "pé-duro", justamente por sua carne não ser nada macia. Além disso, ele levava até 10 anos para ser engordado - hoje se engorda um boi em três anos. Por esses motivos, os estados da Amazônia tinham que comprar carne de outras regiões do país, conta Moacyr Bernardino Dias Filho, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na unidade Amazônia Oriental. "A carne bovina vinha de avião. Eles eram conhecidos como 'aviões carniceiros' e vinham do antigo Goiás [Tocantins]. Então, imagina o preço dessa carne", diz o pesquisador. Nesse período, as pastagens eram naturais, ou seja, não eram plantadas. >>>Volte ao topo<<< PF, prato do futuro: o rastreamento de bois com chip na Amazônia Pecuária cresceu na ditadura A partir dos anos de 1960, a pecuária começou a se desenvolver mais intensamente na Amazônia, com a inauguração da rodovia Belém-Brasília, em 1959, impulsionando a criação de gado em áreas próximas da nova estrada. Segundo Dias Filho, essas fazendas eram de pequena escala, pois muitas não tinham recursos para aumentar as pastagens, situação que começa a mudar em 1966, quando o governo militar implementou a Operação Amazônia, uma política pública para atrair investidores para a região. A diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) Ane Alencar pontua que, nesta época, a Amazônia foi vista pelo governo como um "inferno verde", uma terra "que tinha que ser ocupada e desmatada" sob o risco de ser "invadida" por estrangeiros. Publicidade do governo em que incentivava a migração para a Amazônia, de dezembro de 1971 Reprodução/ Acervo O Globo "A Operação Amazônia oferecia muitas benesses para os empreendedores: juros praticamente negativos nos empréstimos e diminuição de imposto de renda", pontua o pesquisador da Embrapa. Para ajudar a gerir a operação, os militares criaram, no mesmo ano, a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), além do Banco da Amazônia, para administrar os recursos dos empréstimos. Nesse contexto, a criação de gado se destacou. "Mais de 50% dos projetos que a Sudam recebia eram de pecuária. Os empreendedores que vieram para cá eram de São Paulo, Minas Gerais e outros estados com forte tradição pecuária", destaca Dias Filho. "Eles chegaram em uma região sem infraestrutura de estradas, de energia elétrica, de saúde ou de qualquer outro tipo. E optaram pela pecuária. Por quê? Porque a pecuária exige menos recursos humanos e menos tecnologia por área", conta. "Voce chega numa área, derruba floresta, queima, pega o avião e joga semente. Depois vem com o caminhão, coloca o gado e vai embora. Depois de um tempo, você volta e recolhe os animais que a onça não comeu e tu ganha dinheiro", detalha. Já o plantio de qualquer alimento exige uma preparação maior do solo, como adubação e uso de defensivos. "Plantar seringueira, plantar dendê, exige que você, pelo menos, esteja na área tomando conta", diz. Vale destacar que este período foi marcado também pela entrada, na Amazônia, do boi zebuíno, que tem uma carne de mais qualidade. Além disso, as pastagens passaram a ser plantadas. Pastos começaram a degradar A expansão da pecuária na Amazônia, portanto, deu início a um processo de desmatamento intenso do bioma que foi estimulado pela degradação das pastagens. Isso porque os pecuaristas começaram a perceber que os pastos perdiam qualidade depois de três anos de uso pelos bois. Ou seja, o capim não crescia tão bem e plantas daninhas avançavam sobre o local. "E, então, o que se fazia? Com a abundância de terras e dinheiro fácil, se abandonava aquelas áreas, se partia para uma nova área de floresta e começava tudo de novo. Então, criou-se um estigma – correto para a época – de que a pecuária era uma atividade danosa e improdutiva ao meio ambiente", afirma Dias Filho. >>>Volte ao topo<<< Programa Pró-pasto Foi nesse contexto que a Embrapa começou a estudar as causas da degradação do solo e a buscar soluções. Em 1976, a estatal lançou o programa Pró-pasto, com experimentos nos municípios paraenses de Paragominas e Marabá, além de cidades de Roraima, Rondônia, Amazonas e Acre. "Foi um projeto imenso", lembra Dias Filho, que fez parte da equipe. Por meio do Pró-Pasto, pesquisadores desenvolveram capins mais produtivos e técnicas de recuperação e adubação de pastagens, que começaram a ser aplicadas por alguns produtores rurais a partir da segunda metade dos anos de 1980. "Começou a haver uma mudança de mentalidade porque cerca já estava topando com cerca. Então, eu não podia mais abandonar uma área e partir para outra porque já tinha outro dono do lado", afirma o pesquisador. "Além disso, aumentou a pressão governamental e externa em termos de meio ambiente. Então, o produtor se sentiu compelido a aumentar a sua produtividade [ou seja, a produzir o mesmo ou mais em menos terra]". Produzir mais em menos terra Dias Filho considera que a pecuária começou a passar por uma "profissionalização", que vem se desenvolvendo gradativamente até hoje, mas com uma diferença. Se, a partir da metade dos anos de 1980, recuperar pastagem passou a ser uma preocupação, a partir dos anos 2000, aumentou o interesse dos produtores de impedir a degradação do solo. "E isso por quê? Porque custa caro errar. Veja: para recuperar uma pastagem em degradação, eu gasto 3 vezes mais do que para manter uma pastagem saudável. Já para recuperar uma pastagem totalmente degradada, eu gasto 5 vezes mais", diz. Para Dias Filho, a tendência da pecuária na Amazônia é produzir mais em menos terra. "Há uma pressão ambiental. Tem gente vigiando o produtor. O mercado está exigente, não só em qualidade do produto, mas também em origem, se não é oriundo de desmatamento recente". Segundo ele, o pecuarista da Amazônia tem produzido mais por área do que há 20 anos atrás. "Na Amazônia, o rebanho bovino cresceu 43% mais do que as áreas de pastagem", pontua, ao citar dados da Embrapa. >>>Volte ao topo<<< Taxas de desmatamento Ane Alencar, do Ipam, pontua que a implementação do Código Florestal, em 2012, foi um grande avanço no combate ao desmatamento. A legislação obrigou os produtores rurais da Amazônia a preservarem 80% da sua propriedade, enquanto os 20% restantes ficaram liberados para a produção. Mas ela ressalta que as mudanças começaram a acontecer antes, no início do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, quando Marina Silva assumiu o Ministério do Meio Ambiente. "O governo começou a olhar para a especulação e começou a tirar terras do mercado ilegal, a criar unidades de conservação, demarcar terras indígenas", conta. Segundo ela, esse contexto explica as quedas da taxa de desmatamento da Amazônia Legal a partir 2005 e, posteriormente, a sua estabilização, de 2012 a 2018. Evolução do desmatamento na Amazônia Arte/g1 O desmatamento, contudo, voltou a subir em 2019. "No primeiro ano do governo [de Jair] Bolsonaro, houve uma explosão de ocupação e desmatamento em terras públicas. E isso aconteceu por um enfraquecimento dos órgãos fiscalizadores", diz Ane. A trégua veio em 2023, quando a taxa de desmatamento da Amazônia caiu 36,7%. Segundo Ane, a isso ocorreu por causa de uma retomada dos esforços de fiscalização. "Como a vasta maioria do desmatamento na região tem evidências de ilegalidade, quando o risco de ser pego, penalizado ou mesmo de não conseguir se beneficiar do desmatamento, o desmatamento tende a cair", reforça Tasso Azevedo, Coordenador Geral do MapBiomas. >>>Volte ao topo<<< Leia também: Por que o desmatamento cai na Amazônia e aumenta no Cerrado?



Boi com chip na Amazônia: como funciona o rastreamento para saber se a carne está livre de desmatamento


23/07/2024 08:00 - g1.globo.com

g1 estreia a série 'PF: prato do futuro', que mostra soluções para desafios da produção de alimentos no Brasil. No Pará, produtores recorrem à tecnologia para enfrentar um dos maiores problemas da pecuária na região. PF, prato do futuro: o rastreamento de bois com chip na Amazônia "Eu não quero construir um elefante branco. A minha vida está no Pará. Tudo o que eu investi está aqui. E eu comecei a pensar que, daqui a pouco, eu posso ficar excluído e ninguém mais querer comprar carne da Amazônia", conta o pecuarista e dono do Frigorífico Rio Maria, Roberto Paulinelli. O g1 visitou a fazenda dele, em Rio Maria, no Pará, o estado com o segundo maior rebanho bovino do país e o maior da Amazônia, para conhecer um sistema de identificação de bois com chips que tem o objetivo de garantir uma carne livre de desmatamento (veja como funciona no vídeo acima). ➡️ Este é o episódio de estreia da série "PF: prato do futuro", onde o g1 mostra soluções para desafios da produção de alimentos no Brasil. Nesta reportagem, você vai ler sobre os seguintes tópicos: O desafio do Brasil como maior exportador de carne Quando os frigoríficos começaram a monitorar fazendas O problema do fornecedor indireto Como é o 'CPF' do boi Quanto custa rastrear Soluções para pequenos produtores Brasil precisa de política pública O desafio do Brasil Como maior exportador de carne bovina no mundo, o Brasil sofre pressões para demonstrar que o produto, principalmente quando vindo da Amazônia, não esteja ligado a áreas de desmatamento ilegal. A região tem a maior concentração do rebanho bovino no país. Os principais desafios são: o Brasil não tem, hoje, uma política pública nacional para rastrear o gado — o governo federal diz que tem planos para criar uma; um acordo entre frigoríficos da Amazônia e o Ministério Público Federal prevê o monitoramento de fazendas, mas a adesão é voluntária; além disso, a maior parte das empresas só checa a situação dos seus fornecedores diretos, ou seja, das fazendas que engordam os bois; não existe a mesma verificação dos fornecedores indiretos, que são, geralmente, as fazendas que criam bezerros e bois magros. É este gargalo que o rastreamento com uso de chips pretende resolver. O uso dessa tecnologia é uma das possíveis soluções. Mas, por enquanto, o que existe nesse sentido são iniciativas privadas e recentes. O projeto-piloto de rastreamento adotado na fazenda de Paulinelli, no Pará, foi criado há um ano pela empresa de geotecnologia Niceplanet, em parceria com a certificadora SBcert. Até o momento, ele abrange 150 fazendas e frigoríficos do Pará, do Tocantins, de Goiás e de São Paulo – incluindo grandes empresas, como a Frigol e a Minerva. Paulinelli compra bois para recriar e engordar em sua fazenda e, portanto, lida com muitos fornecedores indiretos. Por isso, ele tem incentivado que esses produtores também rastreiem o gado. "A gente está sentindo que a restrição contra a Amazônia está apertando cada vez mais", conta o pecuarista que, além de vender carne para empresas brasileiras, exporta para outros países, principalmente para a China. A União Europeia tem sido mais dura em relação a essa questão. A partir de 2025, empresas que ficam na UE serão proibidas de comprar produtos de áreas com desmatamento. A China também começou a se movimentar. Em 2021, a Associação Chinesa da Carne (CMA), que inclui empresas, governo e pesquisadores, publicou regras para evitar a importação de produto associado ao desmatamento. As normas, porém, ainda não têm uma data para começar a valer. Por causa disso, Paulinelli começou a se adiantar. Leia também: Como a Amazônia se tornou berço do maior rebanho de bois no Brasil Brasil tem 9 vezes mais gado e galinha do que gente 'Carne Legal' Os frigoríficos começaram a fazer algum monitoramento de seus fornecedores em 2009, ano em que o Greenpeace publicou um relatório conhecido como "Farra do boi na Amazônia", denunciando empresas que compravam gado de terras desmatadas ilegalmente. A publicação mexeu bastante com o setor: na época, grandes redes de supermercados, restaurantes, marcas de roupas, calçados e carros boicotaram a compra de couro e carne da Amazônia. Veja quem faz parte da Amazônia legal Diante da forte pressão, grandes frigoríficos da Amazônia assinaram, no mesmo ano, Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) com o Ministério Público Federal (MPF), se comprometendo a não comprar bois de áreas desmatadas. A iniciativa ficou conhecida como Carne Legal. Os acordos são voluntários e abrangem somente os frigoríficos — os criadores de gado não participam. E, até o momento, o Carne Legal teve a adesão de 130 empresas de cinco estados que fazem parte da Amazônia Legal: Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia. "Hoje, o Carne Legal alcança 85% dos frigoríficos que têm uma atuação relevante no mercado", conta o procurador da República Daniel Azeredo, que atua no programa desde o início. 'Boi na linha' A implementação do Carne Legal durante esses 15 anos foi bastante complexa e esbarrou em muitas questões técnicas. "Cada frigorífico, por exemplo, tinha uma forma de olhar para o desmatamento, para a terra indígena. Então, na hora de fazer o monitoramento, tinha fazendeiro que era bloqueado por um frigorífico, mas não por outro", conta o engenheiro agrícola Lisandro Inakake, gerente de projetos de Cadeias Agropecuárias do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora). Por causa disso, em 2018, o Imaflora e o MPF começaram a unificar critérios de verificação das fazendas, o que resultou no lançamento do Protocolo Boi na Linha, em 2020. Esse conjunto de normas estabelece que as empresas chequem, além do desmatamento ilegal, se as fazendas têm trabalho escravo e sobreposição com terra indígena, quilombola e unidades de conservação. As informações são obtidas por meio do cruzamento de imagens de satélite com dados de diversos documentos, como os do Cadastro Ambiental Rural (CAR), da Guia de Trânsito Animal (GTA), de embargos ambientais do Ibama, da lista suja do trabalho escravo, entre outros. Os dados são verificados por empresas de auditoria independentes e analisados pelo MPF, que também realiza investigações junto ao Ibama, conta Azeredo. O que a pecuária tem a ver com o desmatamento da Amazônia? O problema do fornecedor indireto Frase - Daniel Azevedo Hoje, grande parte dos frigoríficos só desenvolveu ferramentas para checar a situação socioambiental dos seus fornecedores diretos, ou seja, das fazendas que engordam os bois e os vendem diretamente para eles. Mas não há uma verificação das propriedades que criam e recriam os bois, ou seja, dos fornecedores indiretos. "Às vezes, o animal passa em quatro, cinco fazendas antes de chegar na propriedade que vai vender para o frigorífico. Então, a gente só está olhando para a última. A gente precisa olhar para as demais", ressalta o procurador. Etapas da Pecuária de Corte Azeredo conta que, nos TACs firmados entre 2009 e 2010, ficou acordado que os frigoríficos também procurariam uma solução para monitorar as fazendas de cria e recria. "Mas, como não existe hoje uma ferramenta para isso, a obrigação fica só no [fornecedor] direto", explica o procurador. Inakake, do Imaflora, diz que 30% das 50 mil propriedades rurais da Amazônia têm alguma inconformidade com o protocolo Boi na Linha. "Majoritariamente, esses 30% são fornecedores indiretos ou fazendas que vendem para um frigorífico sem TAC", destaca. No Rastro do Boi Para Azeredo, o Brasil só vai conseguir monitorar, com precisão, toda cadeia de produção bovina com rastreabilidade individual dos animais, desde o nascimento. Como é o 'CPF' do boi Roberto Paulinelli, o produtor de Rio Maria, monitora os fornecedores indiretos desde 2010, quando assinou o TAC com o MPF, já que também é dono de um frigorífico. Mas o controle era feito apenas com documentos: só em julho de 2023, entraram os brincos e chips, que permitem saber de onde veio cada boi. A iniciativa é conhecida como Primi, sigla para Projeto de Rastreabilidade Individual e Monitoramento dos Indiretos, criado pela empresa de geotecnologia Niceplanet, em parceria com a certificadora SBcert. 🐂Qual é a importância da identificação individual? Hoje, o único controle de entrada e saída de bois das fazendas é feito pela Guia de Trânsito Animal (GTA). Porém esse documento só identifica de onde vieram os grupos de bois, mas não a origem de cada um deles. Quando os lotes chegam nas propriedades, eles são misturados, fazendo com que se perca o controle da origem. O Brasil até tem um sistema oficial de identificação individual, que é o Sistema Brasileiro de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos, o Sisbov. Mas esse sistema está ligado ao controle sanitário, e não ao combate do desmatamento. O Sisbov foi criado há 22 anos pelo Ministério da Agricultura para atender as regras de exportações para a União Europeia. Quem quer vender carne para UE, precisa de duas coisas: ter autorização do bloco e entrar no Sisbov, que dá um número para cada boi. Mas quem não vende para a União Europeia pode registrar bois no Sisbov. Foi por causa dessa facilidade que a Niceplanet decidiu adotar esse "CPF" do gado como ponto de partida para o rastreamento com chips. Jordan Carvalho, diretor da empresa, explica que não queria criar um sistema de identificação do nada, sem alguma validação nacional. Num sistema chamado SMGeo Indireto, a Niceplanet vincula as numerações do Sisbov de cada boi aos dados da situação ambiental, fundiária e trabalhista da fazenda, com base no Protocolo Boi na Linha. Quando um produtor entra no SMGeo Indireto, ele pode pesquisar os dados da fazenda de onde ele quer comprar gado. Se essa fazenda não tiver nenhum bloqueio socioambiental, ele segue com a comercialização. A partir daí, ele pede para o Ministério da Agricultura emitir as numerações do Sisbov e manda gravá-las em brincos e chips, que serão colocados nas orelhas dos bois. Na hora de registrar o gado, a fazenda vai incluindo, no mesmo sistema, os dados de cada boi: de qual fazenda veio, peso, data de nascimento, etc (veja no vídeo acima). Quanto custa rastrear Como não existe uma política pública ou um modelo nacional de rastreabilidade, também não há uma estimativa bem estabelecida de quanto custa esse processo. O que dá para saber são os valores das iniciativas individuais, como os do Primi. Para fabricar os brincos e os chips, o pecuarista Paulinelli teve um custo único de R$ 7 por boi. Já a certificação tem um valor de R$ 13 por animal. O bastão eletrônico que lê as informações do chip, é mais caro, custa R$ 5 mil. As fazendas também precisam ter bretes ou troncos, que são estruturas que seguram os animais enquanto eles recebem os acessórios. O custo varia muito: os mais simples podem sair por cerca de R$ 20 mil; já os mais estruturados, como o hidráulico, R$ 100 mil ou mais. A vantagem é que muitas fazendas de gado já têm bretes porque precisam desses equipamentos para vacinar os animais. Soluções para pequenos produtores Para os grandes pecuaristas, não sai caro implementar o sistema de rastreabilidade com chip, pois ele se dilui nos custos das empresas. Já para os pequenos, há alternativas de identificação individual mais em conta, afirma o pecuarista Mauro Lúcio Costa, que também é dono de fazendas no Pará. " [Pode fazer] a rastreabilidade com brinco e tatuagem. A tatuagem não tem custo, você compra um tatuador, que é uma ferramenta barata, e marca a orelha", diz Costa. "Pode colocar também o brinco e o que a gente chama de botton. O botton é igual o chip, do mesmo jeito, só não vai ter o eletrônico ali dentro", acrescenta o pecuarista, explicando que, qualquer rastreabilidade, precisa ter, necessariamente, dois identificadores, pois, caso algum se perca, tem outro para garantir. Costa tem andado pelo estado para ensinar pequenos criadores de gado a monitorar fornecedores. O que ele tem dito a esses produtores é que a rastreabilidade traz vantagens na gestão do negócio. Quando um criador de gado identifica o boi, ele consegue saber quanto tempo o animal demora para ganhar peso, qual animal costuma ficar mais doente, qual fornecedor tem a melhor genética, entre outros dados, diz Mauro Lúcio. Isso faz com que o pecuarista melhore a sua gestão. "O ideal mesmo é colocar o chip. Ele minimiza, zera a margem de erro. O bastão lê os dados e eles já saem no sistema. Quando você tem só o brinco, é comum ter erro na hora de escrever ou anotar o número", diz. "O chip encarece o processo por causa do bastão eletrônico, mas precisa pensar que ele dura muitos anos. Teria que dar um jeito de viabilizar o bastão para um grupo de produtores", destaca o pecuarista. Brasil precisa de política pública Para que a rastreabilidade se torne acessível a todos, o Estado vai precisar se mobilizar. É o que defendem pecuaristas e ambientalistas ouvidos pelo g1 nos últimos quatro meses. Segundo eles, será preciso criar uma política pública nacional que dê incentivos e estrutura para o produtor rural. Em maio, o g1 falou com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, sobre esse tema. Ele disse que o governo abriu um grupo de trabalho, naquele mês, para discutir o assunto. "Vamos ouvir os produtores, a indústria, os frigoríficos, os curtumes e também os compradores. Porque não adianta a gente falar 'esse é o meu modelo' e ele não atender os compradores. A gente precisa estar conectado ao mundo para garantir acesso do Brasil a mercados e rentabilidade para toda a cadeia", disse Fávaro. Durante a Conferência do Clima (COP) de 2023, em Dubai, o governador do Pará, Helder Barbalho, prometeu rastrear todos os 24 milhões de bois do estado até 2026, já de olho na COP 2030, que será sediada na capital Belém. O governo do estado do Pará disse ao g1 que, para atingir o seu objetivo, desenvolveu o programa de Rastreabilidade Bovídea, com previsão para começar neste mês. >>>Volte ao topo<<< 'PF: prato do futuro' é a nova série do g1 Créditos deste episódio da série 'PF: prato do futuro' Coordenação editorial: Luciana de Oliveira Edição e finalização de vídeos: Gustavo Wanderley e Marih Oliveira Narração: Marih Oliveira e Paula Salati Reportagem: Paula Salati Produção: Paula Salati e Giovana Toledo Roteiro: Paula Salati Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli Coordenação de arte: Guilherme Gomes Direção de arte e ilustrações: Ana Moscatelli, Barbara Miranda, Bruna Rocha, Luisa Rivas, Vitoria Coelho e Veronica Medeiros Fotografia: Gustavo Wanderley e Idelson Gomes da Silva Motion Design: Veronica Medeiros



Mega-Sena pode pagar R$ 61 milhões nesta terça-feira


23/07/2024 03:00 - g1.globo.com


As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.752 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 61 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (23), em São Paulo. No concurso do último sábado (20), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Inflação, dívida pública, receitas: o cenário por trás da revisão de estimativas do governo


22/07/2024 18:51 - g1.globo.com


Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justificou que o corte de R$ 15 bilhões é necessário para o governo se adequar às regras exigidas pelo arcabouço fiscal. País vive momento de atenção sobre o rumo das contas públicas. Haddad e Tebet WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO As contas do governo deverão registrar um déficit de R$ 28,8 bilhões em 2024, segundo nova projeção divulgada pelo governo nesta segunda-feira (22). O valor é o limite da meta de contas públicas, prevista no arcabouço fiscal, que limita o rombo a exatamente R$ 28,8 bilhões. Para evitar o descumprimento dessa regra, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) formalizou nesta segunda-feira (15) o bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no Orçamento, anunciados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última semana. A medida ajuda a cumprir o limite de despesas estipulado pelo arcabouço fiscal e a manter o déficit dentro da meta. A meta tem um intervalo de confiança e será considerada formalmente cumprida se o déficit for de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) ou se houver superávit de 0,25% do PIB. Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão de consultoria ligado ao Senado, as receitas do governo cresceram 8,5% acima da inflação de janeiro a junho. Mas as despesas cresceram mais: 10,5%, sinal de os rumos precisavam ser corrigidos. E por que as contas públicas às vezes precisam de uma readaptação? É que, quando o governo planeja o Orçamento do ano (e o Congresso aprova), são feitas previsões de receitas e de despesas. E essas previsões podem não se concretizar, por uma série de fatores. Entenda, abaixo, o cenário que obrigou o governo a congelar gastos: Haddad anuncia congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 Déficit orçamentário A previsão de déficit para o Orçamento deste ano, tirando o pagamento de juros da dívida, é de zero. Ou seja, receitas e despesas devem empatar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem dando declarações que têm sido interpretadas como dúbias em relação a essa meta. Ora ele diz que está compromissado com o déficit zero, ora diz que essa é uma necessidade do mercado. As declarações causam tensão no mercado, porque são vistas como um pouco compromisso de Lula com a responsabilidade fiscal. 💸 Se os gastos do governo se descontrolam em relação às receitas, os agentes econômicos começam a duvidar da capacidade do Brasil em honrar as suas dívidas. Os juros crescem, como uma forma de compensar os riscos dos papéis brasileiros. Os investimentos ficam mais escassos e menos dinheiro entra no país. A inflação sobe, o crescimento da economia desacelera. Diante dessa pressão, o governo anunciou o congelamento. Lula disse que teria que ser convencido pelos seus ministros sobre o valor do corte. E deu anuência ao montante de R$ 15 bilhões. Mas economistas entendem que esse congelamento ainda é tímido para zerar o déficit. "Na minha avaliação, se vier um limite de gastos, um bloqueio de gastos menor do que R$ 23 bilhões — esse é o limite mínimo necessário — ficará sinalizado que o governo continua com a mesma intenção de empurrar com a barriga. Foi o que ele fez no ano passado", afirmou o economista Marcos Mendes, "Ano passado, ele [o governo] prometeu no início do ano um déficit primário de 0,5% do PIB e entregou quase 2,5% do PIB", continuou. "Este ano, continua a mesma toada de empurrando a má notícia para o final do ano, mas o estresse está muito alto, e seria importante que o governo desse uma sinalização agora de que está efetivamente interessado em cumprir as metas fiscais", completou Mendes. Dívida pública Outro indicador que é afetado pela desorganização das contasé a dívida pública. Em maio, a dívida do setor público consolidado (que abrange governos federal, estaduais e municipais e empresas públicas), chegou a R$ 8,5 trilhões. Isso significa 76,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O patamar é considerado elevado para países emergentes do porte do Brasil. Quanto mais o governo se endivida (acumulando déficits em vez de superávits), maior é a pressão em cima da moeda (o real tende a se desvalorizar) e em cima da inflação (produtos vão ficando mais caro). Isso porque surge no mercado uma dúvida se o país conseguirá honrar seus compromissos. Leia também: Governo mantém em 2,5% estimativa de crescimento do PIB em 2024 Haddad anuncia congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano para cumprir o arcabouço fiscal Ex-diretor da IFI vê bloqueio de R$ 15 bilhões no Orçamento insuficiente e novos cortes 'em etapas' Qual o caminho para equilibrar as contas públicas? Inflação Um dos maiores traumas da sociedade brasileira quando se fala em economia é a hiperinflação. O fenômeno foi debelado na década de 1990, com o Plano Real. Mas ainda é uma preocupação das famílias e de especialistas. Um dos motivos para a taxa de juros básica no país estar em 10,5% é o controle da inflação. O Banco Central aponta que a falta de clareza do governo com o compromisso fiscal. No Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta (18), o Ministério da Fazenda elevou a previsão para a inflação deste ano de 3,7% para 3,9%. A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Ou seja, começa a ficar mais perto do teto do que do centro da meta. Qual é a alternativa? Durante o primeiro ano do mandato, o governo buscou melhorar as contas públicas pela via das receitas. Ou seja, melhorar a arrecadação de impostos, através de um aquecimento na economia. Mas, por mais que as receitas estejam melhorando, ainda não são suficientes. Especialistas alertam que é preciso cortar também gastos. E que o corte seja em gastos desnecessários. O governo anunciou um "pente-fino" em benefícios sociais, em busca de pagamentos irregulares que podem ser cortados. A estimativa é economizar bilhões. Como disse a ministra do Planejamento, Simone Tebet, ao longo da semana, programas fundamentais para a sociedade e benefícios pagos a quem realmente tem direito não serão bloqueados: “De forma objetiva, vamos ter de cortar gastos. Mas vamos cortar gastos naquilo que efetivamente está sobrando. Fraude, erros e irregularidades, ainda têm muito. Por isso, temos de fazer reformas estruturantes para poder ter [recursos] para aquilo que mais precisa. Onde mais precisa? Eu sou professora e sei. É na educação e na saúde”, disse Tebet.



Governo prevê rombo de R$ 28,8 bilhões, no limite da meta fiscal, após estimar alta de R$ 11 bilhões no BPC e Previdência


22/07/2024 18:30 - g1.globo.com


Ministérios explicaram o congelamento de R$ 15 bilhões anunciado na semana passada. Medida visa cumprir o limite de despesas estipulado pelo arcabouço fiscal. Equipe econômica prevê rombo de R$ 28,8 bilhões As contas do governo deverão registrar um déficit de R$ 28,8 bilhões em 2024, segundo nova projeção divulgada pela equipe econômica nesta segunda-feira (22). O valor é o limite da meta de contas públicas, prevista no arcabouço fiscal, que limita o rombo a exatamente R$ 28,8 bilhões. O governo revisou também estimativas de gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) — pago a idosos carentes, deficientes e pessoas com doenças incapacitantes — e benefícios da Previdência. Ambos passam a custar R$ 11 bilhões a mais em 2024, em relação ao que estava previsto no Orçamento (entenda mais abaixo). Essa alta nos gastos forçou um congelamento de despesas no Orçamento em R$ 15 bilhões, anunciado na semana passada. O congelamento busca evitar o descumprimento do arcabouço (e as sanções subsequentes). Nesta segunda-feira (15), o governo formalizou o bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no Orçamento. O detalhamento faz parte do relatório trimestral de despesas e receitas. Bloqueios são mais difíceis de reverter ao longo do ano do que contingenciamentos (entenda mais abaixo). Clayton Luiz Montes, secretário de Orçamento federal substituto, afirmou que o governo continuará buscando o centro da meta, que é déficit zero. Ou seja, despesas empatadas com receitas (déficit zero). Ele afirmou que a interpretação da legislação foi a de que o governo só precisava, neste momento, contingenciar aquilo que estourasse o limite da lei: ou seja, os R$ 28, 8 bilhões. "A interpretação legal [e] jurídica foi que o contingenciamento deveria ser realizado apenas no valor que supera o limite mínimo da banda [intervalo permitido para o déficit], no valor de R$ 3,8 bilhões. Mas gostaria de ressaltar que outras medidas de receita estão sendo tomadas e o centro da meta está sendo buscado, continua sim sendo nossa bússola aqui", afirmou. Na entrevista a jornalistas desta segunda, ainda não foram detalhados os ministérios que sofrerão os cortes. "Gostaria de reforçar algumas mensagens, era um relatório muito aguardado. Os ministros fizeram pronunciamento, reforçando o compromisso do governo com as regras fiscais existentes. Os limites de despesa são respeitados, como [o presidente] Lula declarou: se bloqueios foram necessários, serão feitos", completou. Leia também: Haddad anuncia congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano para cumprir o arcabouço fiscal Inflação, dívida pública, receitas: o cenário por trás da revisão de estimativas do governo Pente-fino no INSS começa em agosto; prorrogação de benefícios já passa por perícia presencial Valdo Cruz: congelamento de R$ 15 bi no Orçamento é insuficiente Aumento de gastos com BPC e Previdência A cada dois meses, o governo divulga um relatório de avaliação de receitas e despesas primárias. No documento divulgado nesta segunda-feira (22), os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento revisaram a estimativa de gasto com a Previdência e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, durante anúncio do congelamento no Orçamento Reprodução Segundo a nova estimativa, o governo agora deve gastar a mais R$ 6,4 bilhões com o BPC e R$ 4,9 bilhões com a Previdência. Esses benefícios são atrelados ao salário mínimo. E o salário mínimo subiu acima da inflação. Além disso, a quantidade de pessoas que passam a ser beneficiárias pode aumentar muito ao longo do ano, em razão de novos pedidos concedidos, novos doentes diagnosticados. Queda de receitas O governo também revisou a projeção de receitas para o ano, em menos 6,4 bilhões. Os ministérios do Planejamento e da Fazenda detalharam que a principal queda deverá ser na arrecadação do regime de previdência do setor público, com recuo de R$ 5,2 bilhões. A partir de agosto, o governo vai passar um pente-fino em gastos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a fim de cortar pagamentos irregulares e economizar verba pública. A equipe econômica afirma que o pente-fino deve surtir efeitos nas contas de 2024, mas sua dimensão ainda é incerta. Expectativa de novas receitas Para se aproximar do centro da meta, de déficit zero, o governo conta ainda com novas medidas de arrecadação, como as medidas de compensação da desoneração da folha de pagamentos. "Tem diversas medidas aqui, em especial finalização das medidas de compensação da desoneração [da folha de pagamento], vão gerar um resultado em termos de compensação de receitas que melhoram o cenário fiscal e aproximam esse resultado do resultado [de déficit] zero", disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. O governo também conta com o "empoçamento" de recursos nos ministérios --ou seja, recursos previstos no orçamento, mas que não são executados e acabam "sobrando". Segundo Ceron, esse valor costuma girar em torno de R$ 20 bilhões. Todos esses fatores reduziriam o rombo nas contas públicas, afirma o secretário. Ceron afirmou que, considerando que o cenário de receitas e despesas permaneça o mesmo que o apresentado nesta segunda (22), "o resultado no final do ano seria próximo de zero em função dos empoçamentos de limites financeiros". Diferença entre bloqueio e contingenciamento Bloqueio e contingenciamento são dois mecanismos previstos no novo marco fiscal para ajustar as contas públicas pelo lado das receitas ou das despesas. O governo bloqueia valores do Orçamento quando as despesas aumentam, de forma a manter a meta de gastos do arcabouço fiscal. O limite de crescimento dos gastos é de 2,5% ao ano, descontada a inflação. Já o contingenciamento é feito para cumprir a meta fiscal do governo. Esse é um ajuste feito quando o crescimento das receitas frustra as expectativas, sendo necessário congelar alguns gastos. O contingenciamento é mais fácil de ser desfeito, no caso de as receitas voltarem a estar de acordo com a previsões iniciais do orçamento. Esses cortes são feitos em verbas dos ministérios usadas para investimentos (as chamadas verbas discricionárias, ou seja, que não são obrigatórias, como salários de servidores). O governo ainda vai detalhar quais ministérios e projetos sofrerão os cortes, em decreto a ser publicado no Diário Oficial da União (DOU).



Lula diz que fará bloqueios no Orçamento 'sempre que precisar' e que traz responsabilidade fiscal 'nas entranhas'


22/07/2024 15:33 - g1.globo.com


Presidente também voltou a criticar a gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central. Segundo Lula, Campos Neto estaria incomodado 'com o fato do povo mais humilde estar ganhando aumento de salário'. 'Se a gente gastar mais do que a gente ganha, a gente vai quebrar', diz Lula O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (22) que fará bloqueios no Orçamento "sempre que precisar". E que traz a responsabilidade fiscal "nas entranhas". O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou congelamento do Orçamento para 2024, em meio às dificuldades que o governo está enfrentando para controlar as contas públicas. Nesta tarde, a equipe econômica detalha os motivos de corte de R$ 15 bilhões. "Sempre que precisar bloquear nós vamos bloquear", afirmou Lula em entrevista a agências internacionais, no Palácio da Alvorada. 'Eu digo para o Haddad todo dia: Não se preocupe, as coisas vão dar certo', afirma Lula O presidente destacou também que essa não é a primeira vez que o governo faz cortes como esse. "A gente só pode gastar aquilo que a gente ganha, se a gente gastar mais do que a gente ganha, a gente vai quebrar", afirmou. "O mesmo dinheiro que você precisa cortar agora, você pode não precisar cortar daqui a dois meses, depende da arrecadação", prosseguiu Lula. O governo vem sendo pressionado, por diversos setores, a rever os gastos para equilibrar as contas públicas e cumprir a meta de déficit zero. O presidente Lula, no entanto, tem dado declarações nas quais disse ser contra qualquer corte que afete os programas sociais. O Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Aloisio Mauricio/Fotoarena/Fotoarena/Estadão Conteúdo Presidente do BC Lula também voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. E disse que sempre foi contra a autonomia do Banco Central. "Como pode um rapaz que se diz autônomo, presidente do Banco Central, estar incomodado com o fato do povo mais humilde estar ganhando aumento de salário?", disse Lula. O presidente disse ainda duvidar que Campos Neto seja mais autônomo que Henrique Meirelles, que era presidente do BC nos seus dois primeiros mandatos. Lula tem feito reiteradas críticas ao BC e a Campos Netto. O argumento do presidente é que o BC está mantendo a Selic (taxa básica de juros) em patamares altos — atualmente 10,5% ao ano — sem necessidade. E que isso prejudica o crescimento do país, uma vez que fica mais caro captar dinheiro no sistema financeiro. Desde 2021, o Banco Central tem autonomia. Isso significa que Lula não pode tirar Campos Neto do cargo. O mandato do atual presidente do BC, indicado no governo Jair Bolsonaro, termina em 31 de dezembro. Lula poderá indicar o próximo. "Eu espero que a gente encontre uma pessoa que seja, do ponto de vista técnico, muito competente. Seja, do ponto de vista político, muito honesto e muito sério, e que seja uma pessoa que efetivamente ganhe autonomia pela sua respeitabilidade, pelo seu comportamento", completou. As declarações foram dadas a agências internacionais como Reuters, Bloomberg, France Presse e Associated Press. A entrevista durou mais de uma hora e meia. O governo ainda não divulgou a gravação oficial.



Equipe econômica detalha nesta 2ª motivos de corte de R$ 15 bi e não descarta novos bloqueios para atingir meta


22/07/2024 14:25 - g1.globo.com


Haddad e Tebet WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Em busca de um apoio do mercado à sua decisão da semana passada, a equipe econômica vai detalhar nesta segunda-feira (22) os dados embasaram a contenção de R$ 15 bilhões. O valor foi, inicialmente, visto como insuficiente por agentes econômicos, uma dose muito comedida, mas pelo menos na direção certa. As equipes de Fernando Haddad e Simone Tebet, por sinal, não descartam novos bloqueios e contingenciamentos para atingir a meta fiscal deste ano. Os assessores de Haddad e Tebet vão divulgar o motivo de o corte ter sido de R$ 15 bilhões, com as razões do bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões, deixando claro que o governo vai seguir tomando medidas para garantir que a meta fiscal seja atingida neste ano. Com esse detalhamento, a equipe econômica espera ganhar do mercado um voto de crédito, permitindo que o valor do dólar fique mais estável, mais próximo de R$ 5,20 até o final do ano. Haddad anuncia congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento 2024 para cumprir a regra fiscal A definição dos cortes por ministérios sai no dia 30 de julho. Algumas pastas são candidatas naturais a sofrerem os maiores cortes, como os ministérios dos Transportes, Portos e Aeroportos e Cidades. Até o fim do mês, ministros vão negociar para evitar uma tesourada maior em suas áreas na distribuição dos cortes de R$ 15 bilhões. Assessores da equipe econômica alertam que, praticamente, todos os ministérios terão de dar a sua cota de sacrifício em nome da credibilidade do arcabouço fiscal, inclusive as emendas parlamentares, o que deve gerar "chiadeira" no Congresso Nacional.



PIX terá limite menor em aparelhos novos até usuário atualizar cadastro no banco, decide BC


22/07/2024 12:49 - g1.globo.com


Medida vale a partir de 1º de novembro, só para aparelhos que nunca tiverem feito PIX. Limite de R$ 200 por transação e R$ 1 mil por dia valerá até cliente confirmar cadastro no banco. Celular exibe sistema do PIX Marcelo Camargo/Agência Brasil O Banco Central publicou nesta segunda-feira (22) novas regras para transações via PIX, que limitam os valores transferidos por celulares ou computadores não cadastrados. Ou seja, se o aparelho nunca realizou uma transação via PIX, as transferências serão limitadas a: R$ 200 por transação; R$ 1.000, somando todas as transações no dia. 🔹Os limites valem até que o usuário confirme, junto ao banco, que aquele novo aparelho pode ser liberado para transações maiores. 🔹 As regras valem a partir de 1º de novembro, e só para aparelhos novos. 🔹 Quem já usa o PIX em um celular ou computador atualmente não terá impacto, a menos que troque de aparelho ou queira usar uma outra chave. "Essa medida minimiza a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações Pix", explicou o Banco Central em nota. Com as novas regras, mesmo com login e senha, o fraudador não conseguirá realizar transferências maiores que R$ 1.000 ao dia a partir de um celular ou computador novo. Recebi um PIX por engano: e agora? Mais segurança A norma também determina algumas medidas de segurança para os bancos, que deverão: gerenciar riscos de fraude, identificando transações via PIX atípicas ou diferentes do perfil do cliente; disponibilizar em seus sites informações sobre como evitar fraudes; verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se os seus clientes têm marcação de fraude junto ao BC. O Banco Central espera que, em caso de cliente que tenha cometido fraudes anteriormente, os bancos: encerrem o relacionamento; ou usem limite diferenciado para autorizar transações iniciadas, além de bloqueio para transações recebidas.



Banco Central adia lançamento do 'PIX Automático' para junho de 2025


22/07/2024 12:23 - g1.globo.com


PIX Automático vai funcionar como o débito automático para contas de luz e telefone, por exemplo – em qualquer banco e sem tarifa. Motivo do adiamento não foi detalhado. Mão segurando celular Reprodução/Jornal Nacional O Banco Central anunciou nesta segunda-feira (22) que adiou a data de lançamento do "PIX Automático" para 16 de junho de 2025. A previsão inicial era outubro deste ano. Essa modalidade de PIX poderá ser usada em cobranças recorrentes, com: contas de água e luz escolas e faculdades academias, condomínios parcelamento de empréstimos A ideia é permitir que o cliente agende previamente pagamentos que ele já sabe que precisará fazer a empresas. Hoje, isso pode ser feito no débito automático – mas as empresas precisam fechar parceria com cada banco para que o serviço esteja disponível. O Banco Central avalia que o PIX Automático pode alcançar mais pessoas, porque não vai exigir esse acordo entre o banco e a empresa prestadora do serviço. O cliente vai autorizar o débito recorrente, de forma automática, por meio do seu celular ou computador. Não haverá a necessidade de confirmação com senha a cada débito, e nem cobrança de tarifa das pessoas físicas. PIX Agendado Recorrente em outubro O Banco Central manteve, para 28 de outubro deste ano, o lançamento de outra modalidade: o PIX Agendado Recorrente. Segundo o BC, essa modalidade será similar a uma transferência e válida para pagamento entre pessoas físicas -- diferente do Pix Automático, que só pode ser feito para pessoas jurídicas, com CNPJs ativos. Vai valer, por exemplo, para pagamentos de aluguel (entre pessoas físicas) e serviços como personal trainer, diarista e terapeuta. Entenda abaixo as novas modalidades previstas para o PIX – que, agora, devem ficar para 2025: Entenda a diferença entre PIX automático e PIX agendado recorrente



Dólar cai e Ibovespa sobe, com Biden fora da campanha nos EUA e R$ 15 bilhões congelados no Brasil


22/07/2024 12:01 - g1.globo.com


A moeda norte-americana fechou em queda de 0,61%, cotada em R$ 5,5695. Já o principal índice de ações da bolsa teve alta de 0,19%, aos 127.860 pontos. Notas de 1 dólar Rafael Holanda/g1 O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (22), à medida que investidores recalibram posições e adaptam cenários para as novas projeções sobre as eleições norte-americanas. Na véspera, o presidente Joe Biden desistiu de concorrer à reeleição, abrindo caminho para a vice-presidente, Kamala Harris, liderar a chapa democrata nos EUA. Além disso, o mercado também aguarda a divulgação do relatório de receitas e despesas do governo federal, em busca de mais clareza sobre as contas públicas do país. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões no Orçamento de 2024, além de um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. As medidas vieram como uma tentativa do governo de cumprir a regra de gastos prevista no arcabouço fiscal. As ações de tecnologias ao redor do planeta também ficam no radar, após o apagão cibernético que atingiu diversos lugares do mundo ter baqueado alguns papéis do setor na última sexta-feira. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas Dólar O dólar fechou em queda de 0,61%, cotado em R$ 5,5695. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,5355. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,61% na semana; recuo de 0,34% no mês; alta de 14,78% no ano. Na última sexta-feira, o dólar subiu 0,30%, cotado em R$ 5,6039. Ibovespa O Ibovespa teve alta de 0,19%, aos 127.860 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,19% na semana; ganhos de 3,19% no mês; perdas de 4,71% no ano. Na sexta-feira, o índice recuou 0,03%, aos 127.616 pontos. LEIA TAMBÉM 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? A notícia de que o presidente norte-americano, Joe Biden, desistiu de concorrer à reeleição nos Estados Unidos, é o principal destaque desta segunda-feira (22). Com a desistência, Biden declarou apoio à vice-presidente Kamala Harris para a candidatura do partido democrata nos Estados Unidos. Em um comunicado no X, Biden disse que cumprirá o seu mandato até janeiro de 2025. "Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato", escreveu Biden. Com a notícia, investidores começam a recalibrar suas posições no mercado para abarcar as novas projeções. Na semana passada, após o ex-presidente Donald Trump sofrer um atentado a tiros, uma onda de favoritismo ao republicano tomou conta do país e influenciou as negociações — muitas delas dando como certa a vitória de Trump. Com a desistência de Biden, no entanto, essas probabilidades começam a ser revistas pelo mercado. Já no cenário doméstico, o quadro fiscal do país segue na mira dos investidores, que ficam com as atenções voltadas para a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas do governo federal. As contas do governo deverão registrar um déficit de R$ 28,8 bilhões em 2024, segundo nova projeção divulgada pelo governo nesta segunda-feira (22). O valor é o limite da meta de contas públicas prevista no arcabouço fiscal, que limita o rombo a exatamente R$ 28,8 bilhões. A meta tem um intervalo de confiança e será considerada formalmente cumprida se o déficit for de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) ou se houver superávit de 0,25% do PIB. Se não for cumprida, o governo fica sujeito a sanções previstas no arcabouço. Para evitar o descumprimento dessa regra, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) formalizou nesta segunda-feira (15) o bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no Orçamento, anunciados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última semana. Agentes de mercado queriam R$ 30 bilhões contingenciados para que a meta de déficit zero fosse cumprida. A diferença entre bloqueio e contingenciamento é a seguinte: Bloqueio: se refere a valores no Orçamento que têm que ser bloqueados para o governo manter a meta de gastos do arcabouço fiscal. Contingenciamento: é uma contenção feita em razão de a receita do governo estar vindo abaixo do esperado. O mercado já vinha mal com a perspectiva de que os cortes não fossem suficientes. Na quinta-feira, Tebet, descartou interromper programas sociais e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já iniciadas, principalmente nas áreas de saúde e educação. Tebet admitiu que o governo deve cortar gastos, mas afirmou que isso deve ser feito com os gastos "desnecessários". "Não tem nenhuma, nenhuma sinalização, nenhuma, de que o PAC, especialmente na área da educação e da saúde, vai ter corte", disse Tebet ao programa "Bom Dia, Ministra" do CanalGov. "Ainda que a gente tenha que fazer cortes temporários, contingenciamento ou bloqueios em obras de infraestrutura a gente faz naquelas que não iniciaram ou que não iniciariam agora para que a gente possa depois de dois meses --porque a cada dois meses a gente faz essa revisão — repor de outra forma", declarou Tebet. A ministra destacou que o governo pretende reestruturar alguns programas sociais, com cortes de gastos "naquilo que estiver efetivamente sobrando", com fiscalização de fraudes e irregularidades. "Obviamente, na hora que tiver que cortar, nós vamos reestruturar alguns programas. Nós temos que fazer reformas estruturantes para poder ter [recursos] para aquilo que mais precisa. Onde mais precisa? E eu sou professora, então educação, saúde", declarou. Na agenda da semana, novos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos ficam sob os holofotes. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, previsto para quinta-feira, também fica no radar, bem como a divulgação de balanços corporativos ao longo da semana. *Com informações da agência de notícias Reuters.



Mercado financeiro aumenta expectativa de inflação para 2024, diz BC


22/07/2024 11:39 - g1.globo.com


Estimada está em 4,05%, dentro do intervalo da meta estabelecida para o ano. Na última semana, os analistas haviam freado a trajetória de alta na estimativa de inflação para o ano. Os economistas do mercado financeiro aumentaram a expectativa de inflação para 2024, estimada agora em 4,05%, segundo informações do Banco Central divulgadas nesta segunda-feira (22). Na última semana, os analistas haviam freado a trajetória de alta na estimativa de inflação para o ano, depois do resultado positivo para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho. A projeção do mercado financeiro, de inflação em 4,05%, está dentro do intervalo da meta estabelecida para o ano. A meta é de 3%, mas será considerada formalmente cumprida se ficar dentro do intervalo de 1,5% a 4,5%. Inflação do setor de Serviços desacelera, em 2024 Dólar Os economistas também elevaram a projeção de cotação do dólar ao fim de 2024, para R$ 5,30. Na última semana, a expectativa era que a moeda terminasse o ano em R$ 5,22. O dólar segue em alta desde meados de abril, mas atingiu o seu pico no ano no início de julho, ao alcançar R$ 5,70, em meio a incertezas sobre a situação das contas públicas e a responsabilidade fiscal do governo Lula. Dolar Reprodução: TV Globo Atividade econômica O relatório "Focus" do Banco Central, divulgado nesta segunda (22), também sinaliza para um aumento nas estimativas do Produto Interno Bruto (PIB ) em 2024, de 2,11% para 2,15%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Na última semana, o governo manteve, em suas estimativas oficiais, a expectativa de crescimento do PIB em 2,5%. O indicador foi mantido depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pedir "parcimônia" da equipe econômica. Antes, contudo, Haddad havia dito que o ministério poderia revisar para cima a projeção do PIB deste ano. “O que é provável que aconteça", declarou o ministro no Palácio do Planalto, após reunião com empresários, na última terça-feira (16). Apesar de aumentar suas expectativas para 2024, o mercado financeiro reduziu a projeção de crescimento do PIB para 2025, de 1,97% para 1,93%. A queda está em linha com a estimativa do governo, que também revisou a projeção para 2025, saindo de 2,8% para 2,6%. Juros A taxa básica de juros da economia, a Selic, manteve-se estável. Ela deve ficar em 10,5% até o final de 2024, segundo as estimativas do mercado A Selic é definida pelo Banco Central, e atualmente está no patamar de 10,5%, depois de sete reduções seguidas. A taxa de juros é a principal fonte de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O presidente defende uma redução na Selic para estimular o crescimento da atividade econômica. Outros indicadores Investimento estrangeiro: os economistas também reduziram a perspectiva de investimento estrangeiro no Brasil, de US$ 70 bilhões para US$ 69,59 bilhões em 2024. Balança comercial: Já a balança comercial apresentou estabilidade em relação à última semana, com expectativa de saldo de US$ 82 bilhões.



IPVA à vista ou parcelado: veja como se organizar para a sua realidade financeira


22/07/2024 08:03 - g1.globo.com


O g1 procurou especialistas para entender qual o melhor caminho a tomar: juntar o dinheiro desde já, ou usar um bom recurso de parcelamento para diluir o custo ao longo do tempo. IPVA pode ser quitado à vista ou parcelado Pedro Guerreiro / Ag. Pará O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) costuma bagunçar o bolso do motorista em todo início de ano. Os especialistas em finanças sempre reforçam que pagar à vista pode trazer uma série de benefícios, como descontos. Mas a dificuldade de fazer uma grana sobrar em meio ao pagamento de outros impostos (caso do IPTU) e gastos extraordinários (material escolar, reajustes de mensalidades, entre outros) tem aumentado a procura pelo pagamento parcelado. Um levantamento realizado pela Zapay, fintech especializada em pagamentos, e pelo Sem Parar mostra que 50,2% dos clientes de uma amostra mais de 600 mil pessoas da sua base quitaram o IPVA de forma parcelada no período de janeiro a junho deste ano. Trata-se de um aumento de 147% em relação ao ano anterior. (saiba mais abaixo) A pouco menos de seis meses do fim do ano, o g1 procurou especialistas para entender qual o melhor caminho a tomar: procurar juntar o dinheiro desde já, ou usar um bom recurso de parcelamento para diluir o custo ao longo do tempo. Veja a seguir. LEIA TAMBÉM As novas motos de 2024: veja 13 modelos que serão lançados no 2º semestre Reforma tributária: por que os carros entram no 'imposto do pecado', e o que muda nos preços Uno de 'luxo'? Influenciador mostra ao g1 como é a saga de deixar o clássico da Fiat superequipado Quando terei que pagar o IPVA? O IPVA é uma tributação anual e obrigatória. Normalmente, ele começa a ser cobrado já em janeiro. O imposto é calculado através de uma alíquota que é definida por cada estado. Em São Paulo, por exemplo, o valor é definido por meio do cálculo de 4% do valor venal estabelecido pela tabela Fipe. ▶️ EXEMPLO: Se o carro vale R$ 100 mil, o imposto será de R$ 4 mil. 💵 No Tocantins e em Santa Catarina, onde a alíquota é de 2%, o IPVA para o mesmo carro seria a metade do que é cobrado em São Paulo. Atualmente, o carro mais em conta do Brasil é o Fiat Mobi na versão Like, que custa R$ 72.990. Assim, o imposto para possuir este, que é o carro zero quilômetro mais barato do Brasil, seria de R$ 2.929,60 em São Paulo — ou R$ 1.464,80 em Tocantins ou Santa Catarina. Quando devo pagar o IPVA à vista? O principal benefício do pagamento à vista é o desconto no valor cheio do imposto. Em São Paulo, o desconto para quem paga o IPVA de uma única vez é de 15%. Voltando ao exemplo do carro de R$ 100 mil, o IPVA de R$ 4 mil cairia para R$ 3,4 mil. Mas quando aproveitar o desconto de R$ 600? O que especialistas em finanças costumam reforçar é que a pessoa não pode ficar descapitalizada para aproveitar o desconto. Ou seja, só é vantajoso aproveitar o valor menor se as reservas financeiras não ficarem comprometidas em troca do benefício. Em outras palavras: não é recomendável que a pessoa arrisque ficar sem dinheiro para emergências em troca do desconto. Outro ponto de atenção é o custo de oportunidade. O que compensa mais: ter o dinheiro agora para outro uso (ou para uma remuneração de um investimento) ou usar essa quantia disponível para pagar o IPVA à vista? “Se a pessoa decidiu pagar à vista, significa que ela tem o recurso total. Mas se o contribuinte não for organizado financeiramente, se não tiver disciplina para cuidar das contas ou não tem tempo para fazer esse microgerenciamento, é melhor pagar à vista", alerta a planejadora financeira Paula Bazzo. "Assim também elimina a chance de esquecer o pagamento e acabar pagando juros, o que pode trazer um efeito rebote”, explica. Uma boa opção para quem pretende pagar o IPVA à vista em 2025 é começar já. Em vez de jogar a conta parcelada para a frente, o ideal nesse caso é reservar um pouquinho a cada mês, até o fim do ano, para tentar fazer o pagamento de uma só vez, com valor menor. Como saber se um carro passou por enchente? Quando devo parcelar o IPVA? Tanto para a situação em que o contribuinte não tem todo o montante para quitar o IPVA, quanto para os momentos em que gastar a quantia de uma única vez não vale a pena, há o parcelamento. Paula Bazzo lembra que é importante fazer um bom manejo do dinheiro justamente nessa época de pagamento do imposto, pois há um acúmulo de contas que chegam ao mesmo tempo. “Nessa época do ano tem compra de material escolar, IPTU, matrículas escolares, gastos com compras de fim de ano e outras obrigações financeiras. É um momento em que as famílias têm um desembolso muito elevado sem uma contrapartida. Fracionar o IPVA pode ser mais saudável financeiramente, para manter o fluxo de caixa”, orienta. O segundo aspecto, afirma a especialista, é se só existirem descontos com porcentagem menor do que uma taxa de crescimento de um determinado investimento. "Hoje, a taxa Selic está em 10,5% ao ano. Para tirar o dinheiro de uma aplicação para pagar o IPVA com desconto, é preciso que esse desconto seja de 10,5% ou mais. Se a alíquota do desconto for menor, é aconselhado deixar o dinheiro investido e pagar parcelado”, aconselha a especialista. Paula Bazzo reforça, porém, que qualquer aplicação feita com esse propósito precisa ser do tipo mais conservador possível, que evite qualquer risco de perda. É o caso do Tesouro Direto ou títulos de renda fixa que pagam 100% do CDI. Com todo o cuidado no uso, um item que pode facilitar a vida de quem opta pelas parcelas é a utilização do cartão de crédito. O levantamento da Zapay mostra que 55,6% dos clientes utilizaram essa modalidade na hora de quitar o débito com o Detran. E 33% deles escolheram dividir as parcelas em 12 meses. “O parcelamento no cartão de crédito proporciona maior flexibilidade e uma chance de alívio no bolso dos brasileiros, permitindo que mantenham seus veículos em dia sem comprometer fortemente o orçamento mensal”, diz Adalberto Da Pieve, CMO da Zapay. A consideração a ser feita é ter atenção ao comprometimento da renda mensal com as parcelas do cartão de crédito, que é a modalidade com juros mais altos no mercado e fruto da maior parte do endividamento dos brasileiros. A recomendação é avaliar bem se as parcelas alongadas por tempo demais não comprometem o limite ou a capacidade de conciliar o pagamento do IPVA com as outras contas no cartão. Planejamento Independentemente da modalidade de pagamento do IPVA, o melhor a se fazer é se planejar. Para não ter surpresas, consulte sempre o valor do seu veículo na tabela Fipe e cheque a alíquota do seu estado na tabela abaixo: ▶️ LEMBRE-SE: IPVA e licenciamento são impostos diferentes. O IPVA deve ser pago por todos aqueles que possuem um veículo automotor, seja moto, carro, caminhão ou ônibus. O licenciamento só pode ser pago após a quitação do IPVA, e é cobrado pelo direito de ir e vir com esse bem. É como se fosse uma “autorização” que o estado te dá para rodar com a sua propriedade pelas ruas e rodovias. Em 2023, a arrecadação do IPVA resultou em mais de R$ 81 bilhões para os cofres públicos, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). De acordo com a Secretaria da Fazenda de São Paulo, o total arrecadado é destinado para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb, que fica com 20%); 40% vai para o Governo Estadual e outros 40% ficam com o município onde o veículo está registrado. Essa regra vale para qualquer estado brasileiro.



Evite multas! Farol desregulado pode gerar infração grave; veja como rodar dentro da lei


22/07/2024 08:03 - g1.globo.com


Não é somente nas estradas que as luzes precisam estar adequadas para trafegar sem tomar multas. Confira como deixar as luzes do seu carro em dia e fuja de infrações. Rodar com luzes queimadas, desreguladas ou simplesmente desligadas pode gerar multas, e até a remoção do veículo. Existem diversas resoluções e artigos do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) indicando a forma correta de utilização das luzes de um veículo para evitar infrações. Luzes de freio, faróis, lâmpadas auxiliares e até a luz de rodagem diurna (DRL, do inglês Daytime Running Light) parecem ser apenas elemento de design, mas a verdade é que elas precisam estar nos conformes para deixarem o veículo visível aos outros atores na via. A Resolução do Contran 993/2023, em seu Anexo I, estabelece e regulamenta todos os equipamentos obrigatórios que um veículo deve ter para trafegar com segurança. Dentre eles, o sistema de iluminação completo que cada veículo precisa ter, independentemente do porte e peculiaridades técnicas. Levando isso em conta, e que muitas vezes não é claro quando se se deve utilizar um ou outro equipamento de iluminação, separamos uma série de dicas para você ajustar as luzes do seu carro ou moto e escapar de infrações. Vamos a elas: Faróis desregulados ofuscam a visão de outros motoristas Vinicius Montoia | g1 LEIA MAIS As novas motos de 2024: veja 13 modelos que serão lançados no 2º semestre Uno de 'luxo'? Influenciador mostra ao g1 como é a saga de deixar o clássico da Fiat superequipado Reforma tributária: por que os carros entram no 'imposto do pecado', e o que muda nos preços Faróis desregulados Muitas pessoas já se depararam com uma situação como na foto acima, onde um facho fortíssimo de luz, refletido no retrovisor interno, ofusca a visão do motorista. Ou pior, quando um carro no sentido contrário dispara uma luz fora do padrão. Situações como essas podem causar acidentes graves. Por isso, a legislação é bastante detalhada sobre a iluminação dos automóveis. Segundo Artigo 223 do Código de Trânsito Brasileiro, "transitar com farol desregulado ou com facho de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor" gera infração. INFRAÇÃO: grave, cinco pontos; MULTA: R$ 195,23. Farol alto Essa ferramenta é uma das mais polêmicas e que gera muitas dúvidas. O farol alto é voltado para utilização de vias sem iluminação, para que o motorista possa visualizar o trajeto e objetos presentes a uma distância maior. De acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), do Ministério dos Transportes, "o farol alto deve ser desligado automaticamente quando um veículo se aproxima ou é detectado a frente, de modo a não causar distração, desconforto ou brilho para outros usuários da via". Em resumo: ▶️ Quando usar: Em vias públicas sem iluminação, mas sem prejudicar a visão dos demais usuários da via. ▶️ Quando não usar: Em vias públicas iluminadas. Caso o motorista insista na utilização desse equipamento, estará sujeito às penalidades previstas no CTB. Penalidade: INFRAÇÃO: leve, três pontos; MULTA: R$ 88,38. No caso de veículos que possuam a tecnologia do farol alto automático, de acordo com o Policial Federal Antoniel Lima, o item pode ficar sempre acionado, desde que o equipamento esteja funcionando corretamente: diminuindo o facho quando se tem um veículo à frente ou vindo em mão oposta. Se o farol alto automático não estiver regulado, o motorista também estará sujeito a multa. Farol baixo e auxiliares Os faróis baixos normalmente são ativados depois de ligar a luz da lanterna, no estágio do meio em um carro convencional. Assim, na chave onde se acionam as luzes do veículo, ele fica na posição intermediária entre a luz da lanterna (de posição) e a do farol alto. Confira na imagem abaixo a definição de cada símbolo e não erre mais: Luz de posição, baixa e alta. Todas elas possuem um momento específico de utilização g1 ▶️ Quando ligar a luz baixa: No Artigo 250, Inciso I do CTB, estipula-se que um veículo será autuado caso rode à noite ou de dia sob chuva, neblina ou cerração ou em túneis sem ligar a luz baixa. Assim, é preciso ligar o farol baixo em todas essas situações. ❗️LEMBRE-SE: motos, motonetas e transporte coletivo de passageiros (ônibus e vans) também devem manter os faróis acesos nos cenários citados. Além disso, também poderá ser multado o motorista que rodar com as luzes baixas do carro apagadas em rodovias simples (uma pista), exceto para aqueles que possuem DRL. O mesmo vale para ônibus e caminhões. "Se o veículo estiver rodando com farol de luz baixa apagado, a infração já foi cometida. Infelizmente, a norma não nos permite apenas fazer uma orientação para esse condutor, é preciso lavrar a multa”, orienta o agente rodoviário federal Antoniel Lima. "O agente pede para o motorista ligar o sistema e só depois que os faróis estiverem acesos é que o condutor poderá prosseguir com a viagem." INFRAÇÃO: média, quatro pontos; MULTA: R$ 130,16. Luz de rodagem diurna (DRL) Segundo o Anexo I da Resolução 993 do Contran, somente o veículo que tiver farol de rodagem diurna (DRL) de luz branca é que estará habilitado para rodar apenas com ela em rodovias, sem a necessidade de ligar o farol baixo. Como o próprio nome diz, a luz de rodagem diurna é para ser utilizada durante o dia. Desta forma, o motorista que trafegar apenas com ela durante a noite, sem ligar o farol baixo, também poderá ser multado. Sistema DRL traz iluminação automática de fábrica Reprodução/TV Gazeta Setas As luzes de seta são fundamentais para indicar a direção de um veículo, seja mudando de faixa ou migrando para outra via. Entretanto, ao rodar com as lâmpadas de indicação de direção queimadas, o infrator estará sujeito a duas multas, mas que não se acumulam: 1️⃣ Por defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou com lâmpadas queimadas (artigo 230 do CTB, Inciso XXII) INFRAÇÃO: média, quatro pontos; MULTA: R$ 130,16. 2️⃣ Por deixar de indicar com antecedência a mudança de direção ou de faixa de circulação (Artigo 196). INFRAÇÃO: grave, cinco pontos; MULTA: R$ 195,23. Segundo Lima, o policial de trânsito só consegue constatar que o equipamento de seta está defeituoso quando aborda o veículo. Portanto, por mais que seja apenas uma lâmpada queimada, a maioria das infrações são registradas por não dar seta. Vale a pena checar antes de sair com o carro para escapar de prejuízos. Como saber se a lâmpada de seta está queimada? Nos veículos mais modernos e, consequentemente, mais caros, o próprio computador de bordo já indica se há alguma lâmpada queimada. No caso da luz de seta, em carros mais simples, é possível verificar pela intermitência do pisca. Quando a velocidade da lâmpada fica "frenética", é indicativo que uma das duas daquele respectivo lado está queimada. Na primeira oportunidade — e em local seguro —, pare o carro e verifique. Luzes de lanterna e freios A mesma lógica da seta queimada se aplica às luzes de freios e lanternas traseiras. INFRAÇÃO: média, quatro pontos; MULTA: R$ 130,16. Como saber se um carro passou por enchente? Como é feita a fiscalização das luzes? Segundo o policial Rodoviário Federal Antoniel Lima, a fiscalização é realizada por meio dos comandos, embora também exista a abordagem de policiais, em viaturas, que escoltam o motorista até que ele encoste o carro. “A gente tem um padrão que é parar o veículo. Realizamos a abordagem para que o veículo possa encostar. Após essa etapa, solicitamos a habilitação do condutor, o documento do veículo e aí começamos as checagens dos equipamentos obrigatórios. Entre eles, todo o sistema de iluminação: faróis, lanternas, dispositivos auxiliares, iluminação das placas, setas”, explica o oficial. A partir daí é que o agente utiliza dos seus critérios para determinar se o carro está em conformidade com o que o CTB estabelece. "Nós não temos um gabarito para averiguar a intensidade de luzes, mas conseguimos determinar a direção dos fachos de luz", afirma. Em contrapartida, a Senatran diz que "a desregulagem do farol é feita somente em situações que há alguma avaria no conjunto óptico que evidencie problemas na fixação das lâmpadas, indicando um possível problema de regulagem". "Dito isso, em ações de fiscalização, os agentes de trânsito não dispõem de um regloscópio, dispositivo capaz de alinhar, ajustar e regular os faróis. Por tal razão, esclarecemos que apenas a desregulagem do facho de luz emitido pelo farol é uma condição difícil de ser verificada pelo agente de trânsito durante a fiscalização", prossegue ▶️ Regloscópio é um equipamento que se destina a realizar o processo de alinhamento, ajustes e regulagem de faróis automotivos. Em casos nos quais basta ligar ou desligar o farol para seguir viagem, a retenção do veículo é apenas momentânea. O agente de trânsito pode, no entanto, reter o documento do veículo (CRLV), seja ele físico ou digital, em situações nas quais há alguma lâmpada queimada. Nesses casos, o proprietário do veículo tem até 30 dias para consertar o equipamento e recuperar o CRLV. E isso está garantido no Código de Trânsito Brasileiro no Artigo 270, Incisos 1 e 2: “quando a irregularidade puder ser sanada no local da infração, o veículo será liberado tão logo seja sanada a situação. Quando não for possível sanar a falha no local da infração, o veículo, desde que ofereça condições de segurança para circulação, deverá ser liberado e entregue a condutor regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo, assinalando-se ao condutor prazo razoável, não superior a 30 (trinta) dias, para regularizar a situação, e será considerado notificado para essa finalidade na mesma ocasião”. De acordo com Lima, em casos nos quais a instalação de equipamentos extras não são permitidos por lei, como faróis auxiliares de motocicletas que piscam de forma intermitente e não são facilmente removíveis, o oficial de trânsito pode remover o veículo para um pátio até que o equipamento seja desinstalado. Segundo o Ministério dos Transportes, "os dispositivos utilizados para produzir flashes regulares de luz, mencionados como 'luzes piscantes', são vedados exceto para os veículos de emergência e para os veículos prestadores de utilidade pública". Assim, luzes estroboscópicas são proibidas e podem resultar no recolhimento do veículo. “A remoção é o último caso, em situações em que não seja possível regularizar o veículo e quando fica evidente que ele causa risco para os demais usuários”, diz Lima.



Com VW Amarok e T-Cross renovados, revendas passam a dar descontos; preço da picape cai até R$ 60 mil


22/07/2024 08:03 - g1.globo.com


Com poucas unidades nas concessionárias, picape e SUV são ofertados muito abaixo da tabela para renovar os estoques das lojas. Picape e SUV são ofertados abaixo da tabela para renovar os estoques das lojas Prestes a ter uma nova geração lançada no Brasil, a Volkswagen Amarok 2025 está com descontos de até R$ 60 mil, conforme apurado pelo g1. A produção da terceira geração da Amarok começou em 4 de julho, em General Pacheco, na Argentina. A modelo chegará ao mercado brasileiro até o fim do ano. Com isso, as unidades da segunda geração que restaram nas revendas estão com ótimas promoções. O mesmo acontece com o SUV T-Cross, que acabou de lançar o modelo 2025 com design renovado. Acontece que o T-Cross é um dos sucessos de venda da marca, e a procura mais alta faz com que os descontos sejam mais modestos. Nesta semana, o g1 consultou concessionários de cinco estados em busca de descontos nos modelos antigos. E também ouviu especialistas para saber quando a compra de um modelo defasado pode ser um bom negócio. Veja abaixo. VW Amarok 2024 tem mais de R$ 60 mil de desconto para zerar os estoques das concessionárias. Mas precisa procurar bastante Divulgação | Volkswagen LEIA TAMBÉM As novas motos de 2024: veja 13 modelos que serão lançados no 2º semestre Reforma tributária: por que os carros entram no 'imposto do pecado', e o que muda nos preços Ela voltou! Honda Tornado é relançada depois de 15 anos para incomodar a Yamaha Lander Amarok com descontos A Amarok já foi uma das picapes médias mais desejadas do segmento. Hoje, amarga uma 10ª posição entre as mais vendidas do segmento, com 2.397 unidades comercializadas no primeiro semestre deste ano. A Toyota Hilux, primeira colocada, vendeu 22.289 unidades. A Amarok é vendida atualmente em três versões: Comfortline, que parte de R$ 301.390; Highline, que custa R$ 319.290; Extreme, que sai por R$ 340.690. São preços de tabela, disponíveis no site da marca. Mas quase não existem mais unidades da versão de partida Comfortline e da intermediária Highline nas concessionárias. O g1 encontrou apenas a Extreme, que é a mais completa. E a maioria delas já com pacote de opcionais de protetor de caçamba e capota marítima (R$ 1.600); rodas e retrovisores escurecidos (R$ 2.540) e pintura metálica (1.750). O valor cheio, portanto, totaliza R$ 346.580. Em lojas em São Paulo (SP) e em Curitiba (PR), os descontos chegaram a R$ 60.680, quase o valor de um carro popular. A configuração Extreme com os opcionais foi ofertada por R$ 285.900. Nova VW Amarok 2025 começou a ser produzida na Argentina em 4/7 e chega ao Brasil até o final do ano Divulgação | Volkswagen A maioria das Amarok disponíveis em estoque eram do ano/modelo 2023, mas todas zero quilômetro. Em Belo Horizonte (MG), a diminuição de preço não foi tão generosa. O melhor desconto para a Amarok foi de R$ 15 mil para a versão Highline e R$ 12 mil para a Extreme. Segundo os concessionários, os descontos maiores só são possíveis com entrada de 50% do valor total e o saldo pode ser quitado em até 36 vezes sem juros. As parcelas ficariam abaixo de R$ 4 mil. O vendedor ressaltou, no entanto, que não há nenhuma unidade em estoque, e que seria preciso fazer um pedido para a fábrica. Também não foi oferecida taxa zero para a picape. Em Florianópolis (SC), não encontramos Amarok à venda. Para frotistas, foi encontrada uma boa oferta no Fortaleza (CE). Segundo o vendedor, a compra de quatro picapes ou mais gera um desconto de 24%. A versão Highline é vendida de R$ 317,9 mil por R$ 241 mil, uma economia de R$ 76,9 mil. O montante daria para comprar um Renault Kwid Intense (R$ 76.530), com sobras. T-Cross 2024 por R$ 23 mil a menos O T-Cross é o SUV mais vendido do Brasil. No primeiro semestre de 2024, foram emplacadas 31.519 unidades, segundo dados da Fenabrave. A nova versão 2025, reestilizada pela primeira vez desde o lançamento do modelo, chegou ao mercado em maio. São duas principais versões: Comfortline, que sai por R$ 160.990; Highline, vendido por R$ 175.990. Initial plugin text O melhor desconto foi encontrado em Florianópolis (SC). O T-Cross Highline 2024, cor prata, passa de R$ 177.740 para R$ 154.605, um desconto de R$ 23.135. Para chegar a este valor, o consumidor tem que dar 60% de entrada e quitar o restante em até 36 meses. Nessas condições, a parcela fica ligeiramente acima de R$ 1,7 mil. Em Fortaleza (CE), o T-Cross Highline 2024 era vendido por R$ 191.305 ao incorporar alguns opcionais como pintura bicolor (R$ 1.750); pacote com itens escurecidos (R$ 2.600); teto solar (R$ 7.360) e as tecnologias de assistência de direção (R$ 3.490). Completão, a concessionária deu R$ 14.605 de desconto pela unidade que saiu de linha, ofertado por R$ 176.700. Já a configuração Comfortline pode ser encontrada por R$ 149.900, diferença de R$ 12.840, considerando que o preço inicial cobrado pela mesmo concessionário é de R$ 162.740. Carro que sai de linha vale a pena? Segundo a planejadora financeira Paula Bazzo, escolher um veículo que está saindo de linha pode ser uma boa opção para quem pretende ficar com o modelo por bastante tempo. E é nesse momento que o cliente pode negociar para ter ainda mais vantagens. “Aproveite o momento para pedir adicionais, já que as montadoras estão propensas a queimar o estoque o quanto antes, e podem estar dispostas a fornecer complementos que normalmente não dariam, como película antivandalismo, IPVA pago e por aí vai”, afirma a especialista. Um carro que sai de linha costuma desvalorizar acima do usual. E se o carro não fizer mais parte do portfólio da marca, seria importante verificar se o modelo terá peças de reposição para futuras manutenções. Entretanto, no caso desses carros da Volkswagen, a desvalorização tende a não ser tão alta. “Se mecanicamente o veículo permanece o mesmo, a disponibilidade de peças de reposição e a confiabilidade do veículo não devem ser problema. Vale a pena avaliar a questão de reposição de peças e garantia, e até escutar opinião de pessoas que têm o veículo”, aconselha a planejadora financeira. Veja também: VÍDEO: como saber se um carro passou por enchente? Como saber se um carro passou por enchente?



Tarifa Social: saiba se você pode ter desconto na conta de luz


22/07/2024 08:02 - g1.globo.com


Primeiro passo para ter acesso ao benefício é se inscrever no Cadastro Único, principal porta de entrada para programas do governo federal. Conta de luz Reprodução/TV Globo A Tarifa Social de Energia Elétrica foi criada pelo governo federal em 2002. Por meio do programa, famílias de baixa renda conseguem descontos na conta de luz. Os benefícios podem chegar a 100% de desconto, a depender do consumo mensal, e valem apenas para consumidores residenciais — ou seja, para moradia. Veja abaixo perguntas e respostas sobre o programa. Quem tem direito? Quais as regras de consumo? Como solicitar? Quais os documentos necessários? LEIA MAIS Cadastro Único: veja como se cadastrar para ter acesso a benefícios sociais Bolsa Família: quem tem direito e quais são os critérios? Caixa Tem: esqueceu a senha? Veja como recuperar e acessar o aplicativo Seu CPF tem pendências? Veja como fazer consulta e deixá-lo em situação regular G1 em 1 Minuto: Registro no Cadastro Único é pré-requisito para receber benefícios do governo Quem tem direito? O primeiro passo para ter acesso ao benefício é se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico), principal porta de entrada para programas do governo federal. Em geral, o programa é destinado às famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.412. Para saber a renda mensal por pessoa, basta somar todos os rendimentos da casa e dividir pelo número de integrantes da família. Mas, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), há outras exceções. Também têm acesso ao benefício: famílias com renda mensal de até três salários mínimos (R$ 4.236) que tenham pessoa com deficiência (física, motora, auditiva, visual, intelectual ou múltipla), cujo tratamento necessite de aparelhos que consumam energia elétrica; idosos acima de 65 anos; pessoas com deficiência que recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC). e famílias indígenas e quilombolas inscritas no Cadastro Único. Quais as regras de consumo? De acordo com o MME, os descontos contemplam famílias com consumo de até 220 kilowatts/hora (kWh) por mês. Para as famílias de baixa renda, as faixas de desconto são as seguintes: consumo mensal de até 30 kWh/mês - desconto de 65% consumo mensal de 31 kWh a 100 kWh/mês - desconto de 40% consumo mensal de 101 kWh a 220 kWh/mês - desconto de 10% Para famílias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico, as condições são diferentes: consumo mensal de até 50 kWh/mês - desconto de 100% consumo mensal de 51 kWh a 100 kWh/mês - desconto de 40% consumo mensal de 101 kWh a 220 kWh/mês - desconto de 10% Quase oito milhões de famílias têm direito à tarifa social pra conta de luz mas não recebem benefício Como solicitar? A Tarifa Social é concedida automaticamente para as famílias que estão inscritas no CadÚnico, segundo o MME. Caso a família atenda aos requisitos e ainda não esteja no cadastro, basta ir a um dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) pelo Brasil, realizar o cadastro e fazer o requerimento do benefício. Veja como se inscrever no Cadastro Único para ter acesso a benefícios sociais. Quais os documentos necessários? Para família inscrita no CadÚnico com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional: CPF e RG ou documento de identificação com foto; Número de Identificação Social (NIS); Conta de luz/código da unidade consumidora. Para famílias indígenas e quilombolas: Caso não tenha RG ou CPF, pode ser apresentado o RANI (Registro Administrativo de Nascimento Indígena). Enquanto isso, as famílias com renda mensal de até três salários mínimos que tenham pessoa com deficiência (cujo tratamento necessite de aparelhos que consumam energia elétrica) precisam comprovar também as condições apresentadas. Por fim, para idosos com 65 anos ou mais e para beneficiários do BPC, é preciso apresentar documento com foto e, no caso do BPC, o número do benefício.



O Último Plano #4: A Realidade do Real


22/07/2024 03:30 - g1.globo.com

No quarto e último episódio do podcast sobre a criação do Plano Real, a moeda finalmente ganha as ruas, mudando a vida da população. E uma viagem pra Argentina vira quase uma viagem no tempo. Você pode os quatro episódios de O Último Plano no g1, no Spotify, no Castbox, no Youtube Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music ou na sua plataforma de áudio preferida. No episódio final, o real ganha as ruas com suas notas impressas na África e o exército organizando o troca-troca do dinheiro. Agora, com uma moeda de um real você conseguia comprar leite, quatro pães e manteiga e ainda sobrava troco - era uma nova realidade. E o real ainda por cima valia mais que o dólar - só que isso teve consequências para o país, tanto boas quanto ruins. Mas, se o Brasil conseguiu derrotar a hiperinflação há 30 anos, por que países como a Argentina ainda sofrem com a alta desenfreada de preços? Damos um pulo na nossa vizinha para tentar entender o que acontece lá hoje - uma viagem comum que pareceu uma viagem no tempo. Episódio 1: O reino do caos Episodio 2: A mágica fica pro final Episódio 3: O sacerdote do real O Último Plano foi criado e produzido por Renata Ribeiro, Lucas Paulino e Renato Ghelfi. O roteiro é assinado por Valentina Castello Branco e Mariana Pinheiro; edição: Thiago Kaczuroski; coordenação e supervisão: Cláudia Croitor; pesquisa no acervo: Jeferson Ferreira e Fábio Luci; trilha sonora: Marion Lemonnier O trauma público e as reviravoltas políticas Uma história real, de gente real, com um enredo repleto de reviravoltas e acontecimentos improváveis. Assim é O Último Plano, novo podcast do g1 lançado em 1º de julho, dia em que o Plano Real completa 30 anos. A série mergulha nos bastidores da criação da nossa moeda atual e mostra, em detalhes, as movimentações que antecederam o fim de uma era caótica em que a hiperinflação chegou a 2.000% ao ano, gerando graves consequências à vida dos brasileiros. Idealizado e apresentado pela jornalista Renata Ribeiro, o podcast traça uma linha do tempo com os principais marcos políticos e históricos que influenciaram o declínio econômico brasileiro e o plano que pôs fim a ele. Também ilumina a perspectiva de quem vivenciou esse turbilhão de acontecimentos entre cidadãos comuns, jornalistas e economistas que lideraram a criação do Real. “Esse não é um podcast de economia. A explicação econômica sobre como tudo isso aconteceu é muito interessante. Mas as histórias de quem fez isso acontecer são muito mais”, diz Renata. Batizado de ‘O Reino do Caos’, o episódio de estreia mostra as tentativas frustradas de conter o caos financeiro. “A inflação vem de antes de eu nascer e cresceu bem mais rápido do que eu nos anos1980. Nessa época, eu ficava atrás da porta ouvindo meus pais cogitarem a venda do carro, da casa ou me tirar da escola. A economia descontrolada era parte de uma realidade indiscutível e o Brasil tinha um problema sem solução. Talvez tenha sido para entender tudo isso que eu fui ser repórter de economia”, revela Renata. Com preços subindo três vezes ao dia, uma sucessão de planos econômicos fracassados, gente dormindo na fila do supermercado, racionamento de comida e salários-mínimos que não chegavam à metade do mês, a obra deixa claro ao ouvinte como era impossível viver em paz. Veja também:



Governo federal descarta três casos suspeitos da doença de Newcastle em propriedades no RS


21/07/2024 23:42 - g1.globo.com


Testes foram realizados na sexta-feira (19) em propriedades da zona de proteção contra a doença, que abarca um perímetro de até 10km. Único caso registrado ocorreu em granja do município de Anta Gorda. Barreiras sanitárias instaladas em Anta Gorda para impedir o avanço da Doença de Newcastle O governo federal descartou três casos suspeitos da doença de Newcastle neste domingo (21). Os testes foram realizados na sexta-feira (19) em propriedades da zona de proteção contra a doença, que abarca um perímetro de até 10km. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O único caso confirmado ocorreu em um aviário de Anta Gorda, no Vale do Taquari, em 17 de julho, após a morte de 7 mil aves. Com a detecção da doença, outros 7 mil animais da granja foram abatidos e enterrados, conforme determina o protocolo sanitário. Testes da doença de Newcastle tiveram resultado negativo Divulgação/Ministério da Agricultura e Pecuária "As amostras foram transportadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo, que processou em tempo recorde as análises de RT-PCR, descartando a possibilidade de novas ocorrências de foco neste momento", disse o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro. O governo afirma que controla a movimentação de pessoas e de aves na área onde o único caso da doença foi registrado. Para prevenir a proliferação da doença, oito barreiras sanitárias foram instaladas. O governo federal suspendeu temporariamente a exportação de carne de aves para 44 países (veja a lista completa). Apesar disso, o ministro afirma que a população pode continuar consumindo carne de frango e ovos da região. Desinfecção de veículos de risco, de cargas de animais e aviários Varreduras em todas as propriedades rurais em dois raios, de 3 km e 10 km Segundo Francisco Lopes, diretor de Vigilância e Defesa Sanitária, veterinários e técnicos agrícolas avaliam clinicamente as aves e conversam com produtores para verificar sinais da doença. Ele afirma que mais 870 propriedades rurais devem ser visitadas. As barreiras sanitárias devem funcionar por 21 dias e só serão encerradas se, nesse período, não houver nenhum foco da doença de Newcastle. Barreira sanitária para conter doença de Newcastle identificada em granja no RS Reprodução/RBS TV Suspensão das exportações A suspensão de exportações foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e considera o acordo bilateral entre países parceiros, a fim de garantir a transparência do serviço brasileiro com os importadores. As suspensões devem durar pelo menos 21 dias e variam o produto e a área, a partir do acordo comercial. Parte dos países considera carnes produzidas em todo o território nacional; alguns, somente no Rio Grande do Sul; e outros, em um raio de 50 km do foco da doença identificada. Suspensão válida para todo o Brasil: República Popular da China Argentina Peru México Suspensão válida para todo o RS: África do Sul Albânia Arábia Saudita Bolívia Cazaquistão Chile Cuba Egito Filipinas Geórgia Hong Kong Índia Jordânia Kosovo Macedônia Mianmar Montenegro Paraguai Polinésia Francesa Reino Unido República Dominicana Sri Lanka Tailândia Taiwan Ucrânia União Europeia União Econômica Euroasiática Uruguai Vanuatu Vietnã Suspensão válida para o raio de 50 km do caso identificado: Canadá Coreia do Sul Israel Japão Marrocos Maurício Namíbia Paquistão Tadjiquistão Timor Leste Barreiras sanitárias são montadas no Vale do Taquari por causa da Doença de Newcastle Identificação após queda de granizo A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a doença de Newcastle foi identificada na propriedade em meio às ondas de frio no inverno. Uma chuva de granizo teria destelhado o aviário, matando 7 mil aves em razão das condições inadequadas, segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin. "Entrou água, umedeceu a cama e essas aves pereceram exatamente porque, nesse contexto, o aquecimento da granja não conseguiu funcionar e parte delas morreram. Ao morrer nesse nível de 50% [7 mil aves], o proprietário chamou o serviço oficial que fez essas 12 amostras e numa delas se encontrou um vírus, que é do pombo, e foi sequenciado geneticamente", afirma. As outras 7 mil aves que sobreviveram foram mortas na quinta-feira (18), de acordo com a associação, conforme determina o protocolo, para evitar que a doença se alastre pela região. O presidente afirma, ainda, que o impacto na economia será mínimo, tanto para o país quanto para o Rio Grande do Sul. Ele detalha que o Brasil produz uma média de 1,2 milhão de toneladas de carne de frango todos os meses, exportando 430 mil toneladas. No pior cenário, o presidente diz que o país vai deixar de vender entre 50 a 60 mil toneladas por mês, que representa 5% da produção nacional. Granja onde foi identificado caso da doença de Newcastle em Anta Gorda Reprodução/RBS TV Especialista explica doença O g1 conversou com um especialista sobre o assunto, o professor de Medicina de Aves da Faculdade de Medicina Veterinária da UFRGS Hamilton Luiz de Souza Moraes, que esclareceu dúvidas sobre a doença. O que é A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres. Ela é causada pelo vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1). Com isso, as aves apresentam sinais respiratórios, seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça. Qual o impacto em humanos O especialista explica que a doença pode causar, no máximo, conjuntivite transitória em humanos, podendo durar cerca de uma semana. A transmissão ocorre pelo contato, e não pelo consumo. "Ela é o que a gente chama de uma zoonose classe 2. Ela não causa muitos problemas, no máximo conjuntivite, mas em uma semana, tá bom. Então não é um problema para a saúde pública, vamos dizer assim. O problema maior é para as aves mesmo", explica. Como ela é transmitida A doença é transmitida por aves migratórias infectadas que fazem rotas comuns através dos continentes. Por conta disso, elas podem ter ocorrência em qualquer lugar do mundo. "Em algum momento essas aves se cruzam, então algumas que estejam infectadas podem contaminar outras, e nos locais onde elas estavam podem sair e infectar aves domésticas", explica. Como a doença é extinta A eliminação de todas as aves do mesmo lote é a metodologia de controle da doença. Isso ocorre pois o vírus é transmitido pelo ar, podendo contaminar ração, água e o abrigo aviário. Caso o foco não seja extinto, o surto pode se espalhar para uma região mais ampla. A medida foi confirmada pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, em conjunto com a Secretaria da Agricultura do RS (Seapi), que irá seguir o seguinte protocolo: Eliminação e destruição de todas as aves do estabelecimento; Limpeza e desinfecção do local; Interdição imediata do estabelecimento avícola, suspendendo toda movimentação de aves desde o primeiro atendimento pela Seapi. Existe uma vacina contra a doença de Newcastle, que precisa ser aplicada, preventivamente, antes da transmissão da doença. Quão transmissível é a doença A difusão da DNC é rápida, pois ocorre por um vírus transmitido pelo ar. O especialista alerta que, se as aves contaminadas saem dos locais onde estão concentradas ou se são mortas e descartadas em lugares inadequados, podem se disseminar para toda uma região. A enfermidade também é letal, podendo matar quase 100% das aves infectadas. Por conta disso, os órgãos fiscalizadores têm uma preocupação com a dispersão. Para garantir a contenção do surto, o Mapa afirmou que irá realizar uma investigação epidemiológica complementar em um raio de 10 quilômetros ao redor da área de ocorrência do foco. No entanto, o especialista afirma que cada país tem um protocolo. Alguns países regionalizam em raio de 50km, podendo fechar um estado ou até o país, dependendo da disseminação da doença. "O Japão é mais inteligente. Para 50 quilômetros, porque esse vírus se conserva bem na carne congelada, então se a gente exportar a carne com vírus, a gente pode estar contaminando outros locais", explica. Qual a recorrência da doença No Brasil, o último registro da doença foi em 2006, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, segundo o Ministério. O especialista afirma que o foco da doença no estado se concentrou no município de Vale Real, a cerca de 90 km de Porto Alegre. "Algumas aves morreram e outras foram eliminadas", relembra. Qual o impacto financeiro O especialista explica que os animais sacrificados em 2006 foram um problema não apenas para as aves como também para os países que importavam o frango à época. Ele afirma que houve uma interdição do produto por cerca de três meses. "O Brasil é o primeiro exportador mundial de carne de frango, e os países que compram a nossa carne, quando tem surtos dessa doença, não querem exportar daquele local. Então naquela época, em 2006, houve a interdição da importação por mais ou menos 3 meses", revela. Doença de Newcastle identificada em aviário do RS g1 VÍDEOS: Tudo sobre o RS



Pente-fino no INSS começa em agosto; prorrogação de benefícios já passa por perícia presencial


21/07/2024 15:44 - g1.globo.com


Estimativa do INSS é revisar 680 mil benefícios ainda este ano. Foco é checar Benefícios por Incapacidade Temporária e Benefícios de Prestação Continuada. INSS começa a telefonar para segurados à espera do auxílio doença há mais de 45 dias Jornal Nacional/Reprodução O programa de revisão de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o chamado pente-fino dos benefícios, deve revisar cerca de 680 mil pagamentos, segundo o governo. A previsão é que esse processo comece nas próximas semanas. Segundo o governo, o objetivo do pente-fino é combater fraudes e irregularidades no pagamento de benefícios, mas também cortar gastos e abrir espaço no Orçamento da União. A meta fiscal deste e do próximo ano é zerar o déficit das contas públicas. Ou seja, gastar apenas o que arrecadar. Os pedidos de prorrogação do Benefício por Incapacidade Temporária, antigo Auxílio-doença, já estão sendo direcionados para a perícia médica presencial. Pressionado por pente-fino, governo discute medidas que podem ampliar BPC Em entrevista à TV Globo, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, explicou por que a autarquia está antecipando a revisão desses casos. “Antes, o segurado pedia prorrogação e era automática. Agora, aqueles que têm um afastamento com um CID (classificação internacional de doenças), que não comporte longos períodos, como, por exemplo, seis meses para uma fratura simples no dedo, esses segurados, ao ligarem para o 135 (central de atendimento do INSS), estão sendo encaminhados para a perícia presencial", disse Stefanutto. O foco, a partir de agosto, é checar dois tipos de benefícios que tenham sido concedidos há mais de dois anos: Benefício por incapacidade temporária: é pago ao segurado do INSS, que está incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos por causa de doença ou acidente; e Benefício de Prestação Continuada: é pago a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência, em qualquer idade. O benefício é dado a quem tem renda per capita familiar (por membro da família) igual ou inferior a ¼ do salário mínimo (equivalente hoje a R$ 353). A estimativa do INSS é que pelo menos 680 mil benefícios sejam revistos até o fim do ano. O governo calcula chegar a 800 mil até o fim do programa de revisão, que não tem prazo para acabar. Leia também: Tebet diz que governo tem que cortar gastos, mas aqueles 'desnecessários', e não em programas sociais Ana Flor: combate de fraudes em benefícios vai ajudar a fechar as contas Como vai funcionar? Segundo o INSS, a revisão dos benefícios se dará, num primeiro momento, por meio da checagem de dados: o instituto fará cruzamento de informações disponíveis para conferir se o cidadão tem ou não direito ao benefício. Se houver algum indício de irregularidade, a pessoa será notificada e terá que comparecer a uma agência do INSS. O presidente da autarquia aconselha aos beneficiários que tenham sempre os documentos em dia. "Não é preciso ter pânico, nem temer a suspensão do benefício de repente. Os casos serão analisados com base em cruzamento de dados e as pessoas que serão chamadas terão que comprovar a necessidade do benefício. Provou? O pagamento continua. É importante que os beneficiários tenham em mãos laudos e exames médicos atualizados para que haja comprovação mediante perícia médica sobre a necessidade de manter o benefício", diz Stefanutto. ‎ O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Divulgação/INSS Aumento dos pedidos de BPC Dados do órgão apontam que o número de requerimentos do Benefício de Prestação Continuada (BPC) saltou nos últimos dois anos. No primeiro semestre de 2022, foram 621 mil pedidos de BPC. No mesmo período em 2023, 866 mil. Já de janeiro a junho deste ano, o número superou um milhão (1,04 mihão). Questionado sobre o que explicaria esse aumento, o presidente do INSS disse que é necessária uma avaliação técnica, mas elencou uma soma de fatores. "A meu ver, as pessoas que estão em vulnerabilidade social, ou que perderam seus empregos, buscam benefícios no INSS – mesmo que não tenham direito – na esperança de garantir alguma renda. Isso é uma avaliação pessoal. Para termos certeza desse movimento é necessário fazer um estudo técnico", avaliou.



Demanda por hortaliças pode aumentar com inverno menos rigoroso


21/07/2024 10:30 - g1.globo.com


Agricultores do interior de São Paulo estão aproveitando o inverno mais quente para cultivar hortaliças. Há alguns anos, plantar hortaliças no inverno era praticamente impossível Reprodução/TV TEM Há alguns anos, plantar hortaliças no inverno era praticamente impossível. No entanto, com as temperaturas mais quentes em épocas tradicionalmente frias, o cultivo e consumo de vegetais tem trazido otimismo para os produtores. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Os agricultores têm aproveitado essa mudança climática para diversificar suas plantações. Além de cultivarem alface, que é a verdura mais vendida, também têm investido em couve, brócolis e rabanete, ampliando a variedade e atendendo a diferentes demandas do mercado. Para garantir o desenvolvimento de hortaliças de qualidade, é crucial que o solo esteja bem nutrido. Durante o período de menor demanda, os agricultores aproveitam para deixar a terra descansar e se enriquecer, preparando-se para uma futura produção. A explicação para os invernos mais quentes está relacionada à falta de chuva e à secura do clima, segundo meteorologistas. Essas condições têm impactado positivamente a agricultura, permitindo uma produção mais consistente de hortaliças durante o ano todo. Veja a reportagem exibida no programa em 21/07/2024: Demanda por hortaliças pode aumentar com inverno menos rigoroso VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Crianças passam férias em contato com cavalos


21/07/2024 10:30 - g1.globo.com


Universidade do Cavalo busca proporcionar às crianças uma nova maneira de aproveitar as férias, com brincadeiras que divertem e ensinam. O haras que abriga mais de 300 cavalos de diferentes raças Reprodução/TV TEM Um lugar cercado por árvores, onde o canto dos pássaros se mistura com o som do trote dos cavalos, oferece muito mais do que um cenário rural. Durante o período de férias, a Universidade do Cavalo abre suas portas para crianças que buscam uma experiência transformadora, aprendendo desde o manejo até curiosidades sobre os equinos. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Com a ajuda de monitores, as crianças exploram o haras que abriga mais de 300 cavalos de diferentes raças. Elas escovam a pelagem dos animais e acompanham o passo a passo de como selar um cavalo, vivenciando essa rotina ao longo de uma curta temporada. As crianças aprendem os modos de comunicação do cavalo com o humano, por exemplo, como identificar movimentos das orelhas, da cauda e das patas dos cavalos, entendendo suas emoções e necessidades. Além disso, elas são introduzidas a modalidades esportivas, como saltos, e compreendem a importância da relação de confiança e respeito entre cavalo e cavaleiro. Ao final do programa, as crianças voltam para casa cheias de histórias para contar. Para muitas, a experiência é uma alternativa enriquecedora, saindo um pouco da rotina habitual de jogos e celulares, proporcionando aprendizado em um ambiente diferente. Veja a reportagem exibida no programa em 21/07/2024: Crianças passam férias em contato com cavalos VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Pecuarista tem que fazer contas quando deixa a boiada no confinamento


21/07/2024 10:30 - g1.globo.com


Na propriedade rural localizada em Irapuã (SP), uma boa gestão é imprescindível para uma boa qualidade do gado. Nela, todos os gastos com dietas nutricionais são precisamente calculadas, garantindo um resultado financeiramente positivo. Um bom desenvolvimento da fazenda e do gado, tanto na qualidade como no financeiro e na gestão Reprodução/TV TEM Para um bom desenvolvimento da fazenda e do gado, tanto na qualidade como no financeiro, é necessária uma boa gestão, com planos de ação e contas para todos os lados. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Em uma propriedade rural de Irapuã (SP), tudo é decidido na conversa entre pai e filho no escritório. Nela, é importante ficar de olho no tempo em que o gado permanece no local antes de ir ao frigorífico, levando a genética como principal fator. "Se eu tenho animais de boa genética e que tem uma resposta para um maior tempo de confinamento, eu posso deixá-los por mais dias. Caso contrário, eu tenho que encurtar um pouco o período da sua permanência", explica Fernando Costa, líder da fazenda. Isso se deve ao ganho de peso dos animais com uma boa genética. Depois de um tempo médio de 120 dias, os animais não considerados puros param de engordar, aumentando somente o custo de manutenção. "Nós tentamos fazer a dieta mais barata para o melhor ganho, sempre. Isso impacta muito no final do confinamento. O custo nutricional no resultado final é muito grande", explica Maurício Lerro, zootecnista da propriedade. Veja a reportagem exibida no programa em 21/07/2024: Pecuarista tem que fazer contas quando deixa a boiada no confinamento VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Receita Nosso Campo: aprenda a fazer arroz com carne desfiada


21/07/2024 10:30 - g1.globo.com


Programa deste domingo (21) ensina a preparar um arroz especial. Nosso Campo ensina a preparar um delicioso arroz especial, com carne e queijo Reprodução/TV TEM O Nosso Campo deste domingo (21) ensina a preparar um delicioso arroz especial, com carne e queijo. Saiba como fazer: 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Ingredientes 3 xícaras de chá de arroz; 1 quilo de carne; 150 gramas de queijo coalho; 50 gramas de queijo parmesão; 2 tomates; 1 maço de salsinha picada; 1 colher de sopa de molho de soja; 1 cabeça de alho amassado; 1 colher de sopa de colorau; 1 colher de sopa de tempero caseiro; Sal; 1 porção de alho poró picado. Modo de preparo Em uma panela de pressão, sele a carne no óleo; Frite por alguns minutos; Em seguida, acrescente o colorau e o tempero caseiro; Inclua o molho de soja, o tomate e o sal; Em uma outra panela, frite a segunda parte do alho; Adicione a carne desfiada; Acrescente o arroz; Cubra com água e espere secar; Agora, coloque a salsinha; Toste o queijo coalho; Coloque-o por cima do arroz e sirva. Veja a reportagem exibida no programa em 21/07/2024: Receita Nosso Campo: aprenda a fazer arroz com carne desfiada VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Nova bolsa de valores do Rio é anunciada em tempos de ‘seca’ de IPOs no Brasil; entenda os desafios


21/07/2024 08:00 - g1.globo.com


País está há quase três anos sem ver novas empresas abrindo capital. Especialistas explicam os motivos da paralisia e por que a nova bolsa pode melhorar o acesso de empresas em fase de expansão ao mercado de capitais. Touro de Ouro instalado em frente à Bolsa de Valores de SP (B3), na rua XV de Novembro, no Centro de São Paulo. Divulgação/B3/TouroInc O anúncio de uma nova bolsa de valores no Rio de Janeiro (RJ) foi comemorado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) e por Claudio Pracownik, presidente da empresa responsável pela operação da bolsa carioca, a Americas Trading Group (ATG). A cidade volta a ter uma bolsa de valores depois de 20 anos. Mas a notícia vem em meio a um momento difícil para o mercado de IPOs (sigla em inglês para Ofertas Públicas de Ações) no Brasil: já são quase três anos de seca, em que nenhuma empresa brasileira se lançou na bolsa. O último IPO brasileiro foi do Nubank, que abriu capital na Bolsa de Valores de Nova York, a NYSE, em dezembro de 2021. Naquele ano, inclusive, houve recorde no número de registros de ofertas públicas primárias de ações: foram 46 empresas no ano. De lá para cá, o nível mais elevado de juros, mesmo em economias desenvolvidas como os Estados Unidos, diminuiu o apetite de investidores por ativos de renda variável. Esperando um momento mais propício para captar dinheiro no mercado, as empresas se retraíram. Um relatório da consultoria EY apontou que o número total de IPOs feitos pelo mundo encolheu 12% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2023, de 624 para 551 ofertas registradas. O volume financeiro movimentado neste mesmo intervalo registrou uma queda de 16%, indo de US$ 62,5 bilhões (R$ 340,8 bilhões) para US$ 52,2 bilhões (R$ 284,6 bilhões) na mesma base de comparação. Segundo especialistas ouvidos pelo g1, a inflação persistente que impede os Bancos Centrais de baixarem os juros ainda deve adiar a volta dos IPOs para o final deste ano — ou até para o começo de 2025. Mas o que está acontecendo com o mercado de capitais? Especialistas consultados pelo g1 destacam três principais fatores para a falta de IPOs no Brasil: A demora na queda de juros dos EUA; A retirada de recursos estrangeiros da bolsa brasileira; e A interrupção dos cortes na taxa básica de juros brasileira, a Selic. ▶️ Juros nos Estados Unidos Um dos principais motivos para a redução do interesse das empresas em abrir capital é a frustração com o adiamento do ciclo de cortes de juros nos EUA por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Em cenário de juros mais altos por lá, investidores preferem direcionar o dinheiro para os Treasuries (ativos do Tesouro norte-americano, considerados os mais seguros do mundo), do que colocar em aplicações de risco. Em outras palavras: se há boa rentabilidade na segurança, o interesse em bolsa de valores diminui. No final do ano passado, com a melhora dos indicadores de inflação e dos sinais de uma economia mais contida nos EUA, o mercado não apenas previa que o Fed faria o primeiro corte de juros entre março e maio, como também esperava de seis a sete reduções das taxas por parte da instituição ao longo do ano. Houve uma empolgação em todo o mercado financeiro. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, bateu seguidos recordes. Mas esse cenário não se concretizou, uma vez que os índices de preços norte-americanos não cederam e a atividade da maior economia do mundo continuou acelerando. “O mundo inteiro foi decepcionado com a expectativa de redução de juros nos Estados Unidos que ainda não veio. E como isso não aconteceu, temos dificuldade em ver fluxos [de recursos] gringos entrando no país”, explica o corresponsável pela área do banco de investimentos do Bank of America (BofA) no Brasil, Bruno Saraiva. ▶️ Fluxo estrangeiro no Brasil Conforme ficou claro que os juros demorariam a cair nos EUA, a maior atratividade dos títulos públicos norte-americanos se reforçou e reduziu ainda mais o interesse em investimentos de risco nos países emergentes, como o Brasil. Os investidores estrangeiros respondem por mais da metade do volume movimentado mensalmente na B3, a bolsa de valores brasileira. Em 2024 até 12 de julho, foram retirados mais de 30 bilhões em recursos estrangeiros do mercado nacional. “Assim como o mundo, a gente também vinha passando por questões de juros, inflação e atividade, com previsões mais otimistas no começo do ano que não vieram”, diz o sócio e especialista em IPOs da EY Brasil, Rafael Santos. A preocupação com o cumprimento das metas de controle dos cofres do país já vinha desde abril, quando o governo propôs reduzir as metas para as contas públicas dos próximos anos e passou a prever superávit (receitas maiores que despesas) apenas em 2026. Os últimos dados, inclusive, não são muito animadores. Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, as contas do governo federal registraram déficit primário de R$ 61 bilhões em maio deste ano. E esses temores cresceram em junho, quando novas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) refletiram nos mercados. Entre outras coisas, o presidente afirmou que seria necessário avaliar se a saída para as contas públicas seria via corte de gastos ou aumento na arrecadação, além de ter feito críticas à atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e ter dito que o real estaria sendo alvo de um ataque "especulativo". Mas mesmo diante da maior preocupação dos investidores — que contribuiu para que o câmbio atingisse os R$ 5,66 em junho, maior patamar em dois anos e meio — especialistas apontam que a má impressão foi maior do que a real mudança de cenário, e os números brasileiros seguem consistentes. “A verdade é que não houve uma piora significativa. O Brasil continua fazendo reformas, vai ter reforma tributária e várias outras melhorias. O desemprego também está baixo e a renda está crescendo. Mas o fato é que os ruídos não ajudam”, afirma o diretor do Bradesco BBI Felipe Thut. Economista avalia disparada do dólar em meio a falas de Lula ▶️ Interrupção de cortes na Selic Por fim, outro ponto que também tem afastado o interesse dos investidores por ativos de renda variável é a interrupção do ciclo de cortes de juros pelo Banco Central, desde a última reunião de política monetária feita pela instituição, em junho. Como o g1 já mostrou, o principal motivo para a pausa nos cortes da Selic foi um reajuste das expectativas de inflação pelos agentes econômicos, que passaram a projetar um aumento mais veloz dos preços, deixando-os mais longe da meta do BC. É o que o mercado chama de "desancoragem" das expectativas. Esse ambiente de mais incerteza sobre os preços deixa o BC mais receoso sobre o patamar em que precisa manter os juros para que se mantenha o controle da inflação. “Para que os investidores voltem a investir em bolsa de valores novamente, temos que ver queda da Selic e dos juros de longo prazo, para que o mercado de renda fixa ofereça uma rentabilidade menor e isso incentive os investidores a voltar para a renda variável”, disse Thut, do Bradesco BBI. E quando o cenário para IPOs deve melhorar? De acordo com os especialistas consultados pelo g1, é preciso ainda ver uma melhora concreta no cenário para que as empresas voltem a abrir capital na bolsa de valores. Assim, a previsão é que o mercado volte a se aquecer apenas no final deste ano — ou no começo de 2025. Segundo dados da ferramenta FedWatch do CME Group, o mercado acredita atualmente em uma chance de 85,6% de que o Fed dê início ao ciclo de cortes dos juros norte-americanos em setembro. Com a redução de juros nos Estados Unidos, abre-se um espaço não apenas para uma menor retirada de recursos da bolsa pelos estrangeiros, como também para que o BC brasileiro volte a cortar os juros por aqui eventualmente. O último relatório Focus, do Banco Central, no entanto, projetava uma Selic de 10,50% ao ano para o final de 2024 e de 9,5% ao ano para 2025. Isso significa que, pelas projeções do mercado, um novo corte da taxa básica brasileira só deve acontecer no próximo ano. Thut, do Bradesco BBI, diz ainda que o mercado também aguarda os resultados das eleições presidenciais norte-americanas para calibrar as apostas. As projeções sobre o pleito seguem envoltas em incertezas. “A eleição norte-americana tem impacto em qual vai ser a política dos candidatos e qual vai ser o impacto na inflação de lá, porque também há uma preocupação do investidor com a dívida dos Estados Unidos”, explica o diretor do Bradesco BBI. Ainda segundo especialistas, após tanto tempo sem novas ofertas públicas de ações, a expectativa é que a retomada desse mercado venha por meio de empresas mais robustas. “Toda retomada de mercado volta primeiro com operações grandes, porque são elas que geram liquidez no mercado secundário no dia seguinte. Assim, devemos ver uma retomada com companhias mais sólidas e com histórias provadas, governança de primeira e previsibilidade financeira”, explica Bruno Saraiva, do BofA. O executivo destaca setores como infraestrutura, energia, saneamento e logística como prováveis destaques na volta do mercado. Para Santos da EY, no entanto, a estimativa é que a volta dos IPOs de empresas brasileiras aconteça primeiro no mercado norte-americano, com mais companhias se preparando para abrir capital nas bolsas de Wall Street. Até agora neste ano, o índice S&P 500 acumula um avanço de mais de 15%. "As companhias competem por um capital que, hoje, é mais limitado no Brasil. O que as empresas buscam é liquidez e elas estão enxergando que há mais capital e disposição para ativos de risco no exterior", explica o especialista. Ele destaca, no entanto, que não são todas as empresas que devem conseguir ir para as bolsas dos Estados Unidos. "O mercado norte-americano é mais rigoroso, e não é todo mundo que está pronto", conclui. E a nova bolsa do Rio? Pode ajudar o mercado de IPOs? Para os analistas consultados pelo g1, a bolsa carioca deve ter pouco efeito no número de empresas que devem decidir abrir capital no Brasil, apesar de ser vista como alternativa positiva para trazer mais maturidade para o nosso mercado. Para Santos, da EY, a tendência é que a nova bolsa do Rio traga um acesso maior ao mercado de capitais, como forma de atender às companhias em fase menos madura, ou em fase de expansão. “Essas iniciativas de mercado de capitais são muito importantes, porque você coloca um nicho de listagem para companhias que ainda não têm espaço no mercado. Se a bolsa do Rio trouxer esse tipo de iniciativa, sem dúvida isso trará benefícios superimportantes”, acrescenta Santos. Segundo o secretário municipal de desenvolvimento urbano e econômico do Rio, Chicão Bulhões, a criação de uma bolsa no Rio de Janeiro deve trazer competitividade com a B3 e ser positiva para o mercado. "Concorrência significa normalmente melhor atendimento, produto e preço para quem contratar o serviço. O custo do mercado financeiro no Brasil ainda é muito alto, por isso esperamos, sim, que a abertura da nova bolsa melhore essa competitividade e torne o mercado de capitais mais acessível não só para as micro e pequenas empresas como para o cidadão comum", diz. Ele destaca, ainda, que há a estimativa de que a nova bolsa carioca também tenha reflexos na arrecadação da cidade. Como a nova bolsa deve funcionar? Segundo o presidente da ATG, Claudio Pracownik, o modelo proposto pela companhia nesse primeiro momento é a dupla negociação — ou seja, que os ativos que já são negociados na B3 também sejam negociados na nova bolsa do Rio de Janeiro, a ATS (American Trading Service). "Na primeira fase de operação, a ATS não fará listagem de novas empresas. No entanto, esse tipo de serviço está em nosso 'pipeline' [previsto em novas etapas] para o futuro, quando pretendemos lançar um produto que, obedecidos os dispositivos regulatórios, seja prático, ágil e com um preço justo", afirma Pracownik. Para que as empresas possam optar pela dupla negociação, elas precisarão aderir à ATS. Com isso, as ações das empresas negociadas na B3 já farão parte da nova plataforma. A primeira fase de atuação da ATS será composta por mercado de ações à vista, aluguel de ações e negociação de cotas de fundos. "Acredito que não teremos nenhum tipo de obstáculo ou dificuldade para conseguir essa aderência das empresas. Primeiro, temos a certeza de que temos um produto muito bom. Segundo, é de interesse das empresas de capital aberto ter maior liquidez para suas ações. Quanto maior liquidez, melhor para o acionista e também para o preço", diz o executivo. Por fim, sobre o maior acesso do mercado de capitais para empresas de médio porte, Pracownik afirma que será necessária a criação de um ecossistema próprio para este setor. "É necessário, a meu ver, [...] estímulos para os fundadores e os investidores, abrangendo a redução de custos de listagem, regras próprias de governança, educação financeira e um estímulo fiscal, reduzindo, por exemplo, o imposto sobre ganho de capital para as transações com os valores mobiliários dessas empresas", afirma. O processo de mudança de nome da nova bolsa ainda está em curso.



'BBB das galinhas': câmeras ajudam o ES a manter a liderança na produção de ovos no país


21/07/2024 07:01 - g1.globo.com


Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana do Espírito Santo, concentra mais de 90% de toda a produção de ovos no estado. E para ajudar na quantidade e qualidade do produto, donos de granjas apostam em máquinas modernas, elevadores e até monitoramento das aves. Modernização ajuda no aumento da produtividade e qualidade em granjas no estado Elevadores, esteiras, maquinários modernos e até câmeras para monitorar as aves e todas as etapas da produção de ovos: do recolhimento até a embalagem. A tecnologia é uma aliada em granjas na cidade de Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana do Espírito Santo, que se mantém líder no segmento não só no estado, mas também no país, com uma produção de 12 milhões e 700 mil ovos por dia em 2023, de acordo com a Associação dos Avicultores do Espírito Santo. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O estado ocupa a primeira posição como a maior produtora de ovos do país desde 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Toda a tecnologia empregada na produção, dentro e fora das granjas, facilita o trabalho dos funcionários, contribui para a qualidade dos produtos, dá rapidez ao recolhimento e embalagem dos ovos. Na prática, por exemplo, a mecanização das granjas faz com que, de hora em hora, chegue alimento fresco para as galinhas.Tudo automatizado. E tem até produtor que investiu em instalação de câmeras para vigiar os próprios equipamentos utilizados e também as aves, para evitar perdas. É o caso do dono de uma granja em Santa Maria, Carlos Berger, que segue com os investimentos tecnológicos e colocou até câmeras de monitoramento espalhados pela granja. "Instalamos para fazer o monitoramento na falha da máquina. Precisamos ter alguém para observar se entupiu um tratador. Então, a gente bota esse monitoramento para não ter perda na produção. Já vimos em outros países que já tem robô para fazer o encaixe do ovo e retirar as aves quando elas morrem. Então, acho que o futuro é cada vez mais modernidade" finalizou o dono da granja. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Carlos disse que começou o investimento em equipamentos mais modernos há 15 anos, e não se arrepende. A tecnologia tem avançado e ele tenta acompanhar o ritmo. "Na época, a gente começou devagar, começamos com um barracão. O investimento não é baixo, é realmente alto, e a gente foi fazendo com o passar dos anos. Fomos aumentando a granja de acordo com o que a gente foi crescendo no mercado também", relatou Carlos. Tecnologia é aliada das granjas e ajuda na produção no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Todas as máquinas são pré-programadas sem a ação humana. O que gera menos mão de obra. Sem o maquinário, a granja de Carlos precisaria de três vezes mais da quantidade de funcionários. "A gente até comenta que quem não está automatizado não fica no mercado, exatamente por causa dessa dificuldade de mão de obra. Então, a gente olha lá pra trás, em 2010, e conseguimos ver que realmente foi uma decisão acertada ter automatizado a granja", comentou Carlos. Dentro dos galpões da granja do Carlos são reproduzidos 300 mil ovos por dia. Segundo o médico veterinário que trabalha no local, são 320 mil galinhas que vivem engaioladas. Cada gaiola abriga de 12 a 13 aves. Donos de granja no Espírito Santo utilizam maquinário para ajudar no andamento do trabalho Reprodução/TV Gazeta O veterinário da granja, Leonardo Morelo, explicou que a nutrição interfere diretamente na quantidade e qualidade dos ovos. E para ajudar nisso, uma máquina é responsável por nunca deixar os cochos esvaziarem. "A gente programa nos relógios a passagem do tratados, colocamos o horário que a gente quer que ele passe durante o dia. Colocamos o intervalo de meia em meia hora e fazemos o tratamento das aves. Com isso, o cocho vai permanecendo sempre cheio. As aves consomem ração o dia inteiro e tem a necessidade da alimentação sempre renovada. Porque os tratadores passam, deixam o cocho sempre cheio e estimula a alimentação delas também", pontuou o veterinário. LEIA TAMBÉM: Produção de tangerina cai, mas tamanho e qualidade dos frutos aumentam no ES Colheita de café arábica começa no ES e produção deve superar em mais de 1,5 milhão de sacas a safra de 2023 Acidentes com mortes e amputações aumentam nas lavouras de café e período de colheita exige cuidado com máquinas Máquinas ajudam desde a retirada dos ovos até a embalagem final em granjas no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Com a automatização, a granja busca profissionais especializados que saibam mexer no maquinário. "Cada dia mais a gente está mais automatizado e estamos precisando de pessoas mais capacitadas. E por isso a gente conta com programas de treinamento, orientação. Capacitamos os funcionários na empresa com relação a todos os processos, todos os cuidados", explicou o veterinário. Apenas Santa Maria de Jetibá concentra mais de 90% de toda a produção do estado, com dezenas de granjas espalhadas pela cidade. E para muitos avicultores da região, a tecnologia é vista como uma grande aliada para se destacar no mercado. Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, é líder na produção de ovos Reprodução/TV Gazeta VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo



Doença de Newcastle: saiba como funcionam barreiras para impedir avanço de vírus que afeta frangos no RS


21/07/2024 06:00 - g1.globo.com


Barreira faz desinfecção de veículos de risco, de cargas de animais e aviários, enquanto equipes realizam varreduras em propriedades rurais a 3 km e 10 km de onde foi identificado foco da doença, em Anta Gorda. Barreiras sanitárias instaladas em Anta Gorda para impedir o avanço da Doença de Newcastle Oito barreiras sanitárias foram instaladas na região de Anta Gorda, no Vale do Taquari, para impedir o avanço da doença de Newcastle. O diagnóstico foi confirmado em um aviário no município, e outros 7 mil animais do aviário onde foi detectado o foco do vírus foram abatidos e enterrados. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O governo federal suspendeu temporariamente a exportação de carne de aves para 44 países (veja a lista completa). Apesar disso, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), afirma que a população pode continuar consumindo carne de frango e ovos da região. A Vigilância Sanitária afirma que não há focos da doença em um raio de 3 km da granja. Contudo, as barreiras sanitárias fiscalizam uma área maior. Desinfecção de veículos de risco, de cargas de animais e aviários Varreduras em todas as propriedades ruais em dois raios, de 3 km e 10 km Segundo Francisco Lopes, diretor de Vigilância e Defesa Sanitária, veterinários e técnicos agrícolas avaliam clinicamente as aves e conversam com produtores para verificar se há sinais da doença. "Vamos terminar o trabalho com mais de 870 propriedades rurais a serem visitadas", diz. As barreiras sanitárias devem funcionar por 21 dias e só serão encerradas se, nesse período, não houver nenhum foco da doença de Newcastle. A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres. Causada pelo vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), a doença apresenta sinais respiratórios, seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça dos frangos. Barreira sanitária para conter doença de Newcastle identificada em granja no RS Reprodução/RBS TV Suspensão das exportações A suspensão de exportações foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e considera o acordo bilateral entre países parceiros, a fim de garantir a transparência do serviço brasileiro com os importadores. As suspensões devem durar pelo menos 21 dias e variam o produto e a área, a partir do acordo comercial. Parte dos países considera carnes produzidas em todo o território nacional; alguns, somente no Rio Grande do Sul; e outros, em um raio de 50 km do foco da doença identificada. Suspensão válida para todo o Brasil: República Popular da China Argentina Peru México Suspensão válida para todo o RS: África do Sul Albânia Arábia Saudita Bolívia Cazaquistão Chile Cuba Egito Filipinas Geórgia Hong Kong Índia Jordânia Kosovo Macedônia Mianmar Montenegro Paraguai Polinésia Francesa Reino Unido República Dominicana Sri Lanka Tailândia Taiwan Ucrânia União Europeia União Econômica Euroasiática Uruguai Vanuatu Vietnã Suspensão válida para o raio de 50 km do caso identificado: Canadá Coreia do Sul Israel Japão Marrocos Maurício Namíbia Paquistão Tadjiquistão Timor Leste Barreiras sanitárias são montadas no Vale do Taquari por causa da Doença de Newcastle Identificação após queda de granizo A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a doença de Newcastle foi identificada na propriedade em meio às ondas de frio no inverno. Uma chuva de granizo teria destelhado o aviário, matando 7 mil aves em razão das condições inadequadas, segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin. "Entrou água, umedeceu a cama e essas aves pereceram exatamente porque, nesse contexto, o aquecimento da granja não conseguiu funcionar e parte delas morreram. Ao morrer nesse nível de 50% [7 mil aves], o proprietário chamou o serviço oficial que fez essas 12 amostras e numa delas se encontrou um vírus, que é do pombo, e foi sequenciado geneticamente", afirma. As outras 7 mil aves que sobreviveram foram mortas na quinta-feira (18), de acordo com a associação, conforme determina o protocolo, para evitar que a doença se alastre pela região. O presidente afirma, ainda, que o impacto na economia será mínimo, tanto para o país quanto para o Rio Grande do Sul. Ele detalha que o Brasil produz uma média de 1,2 milhão de toneladas de carne de frango todos os meses, exportando 430 mil toneladas. No pior cenário, o presidente diz que o país vai deixar de vender entre 50 a 60 mil toneladas por mês, que representa 5% da produção nacional. Granja onde foi identificado caso da doença de Newcastle em Anta Gorda Reprodução/RBS TV Especialista explica doença O g1 conversou com um especialista sobre o assunto, o professor de Medicina de Aves da Faculdade de Medicina Veterinária da UFRGS Hamilton Luiz de Souza Moraes, que esclareceu dúvidas sobre a doença. O que é A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres. Ela é causada pelo vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1). Com isso, as aves apresentam sinais respiratórios, seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça. Qual o impacto em humanos O especialista explica que a doença pode causar, no máximo, conjuntivite transitória em humanos, podendo durar cerca de uma semana. A transmissão ocorre pelo contato, e não pelo consumo. "Ela é o que a gente chama de uma zoonose classe 2. Ela não causa muitos problemas, no máximo conjuntivite, mas em uma semana, tá bom. Então não é um problema para a saúde pública, vamos dizer assim. O problema maior é para as aves mesmo", explica. Como ela é transmitida A doença é transmitida por aves migratórias infectadas que fazem rotas comuns através dos continentes. Por conta disso, elas podem ter ocorrência em qualquer lugar do mundo. "Em algum momento essas aves se cruzam, então algumas que estejam infectadas podem contaminar outras, e nos locais onde elas estavam podem sair e infectar aves domésticas", explica. Como a doença é extinta A eliminação de todas as aves do mesmo lote é a metodologia de controle da doença. Isso ocorre pois o vírus é transmitido pelo ar, podendo contaminar ração, água e o abrigo aviário. Caso o foco não seja extinto, o surto pode se espalhar para uma região mais ampla. A medida foi confirmada pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, em conjunto com a Secretaria da Agricultura do RS (Seapi), que irá seguir o seguinte protocolo: Eliminação e destruição de todas as aves do estabelecimento; Limpeza e desinfecção do local; Interdição imediata do estabelecimento avícola, suspendendo toda movimentação de aves desde o primeiro atendimento pela Seapi. Existe uma vacina contra a doença de Newcastle, que precisa ser aplicada, preventivamente, antes da transmissão da doença. Quão transmissível é a doença A difusão da DNC é rápida, pois ocorre por um vírus transmitido pelo ar. O especialista alerta que, se as aves contaminadas saem dos locais onde estão concentradas ou se são mortas e descartadas em lugares inadequados, podem se disseminar para toda uma região. A enfermidade também é letal, podendo matar quase 100% das aves infectadas. Por conta disso, os órgãos fiscalizadores têm uma preocupação com a dispersão. Para garantir a contenção do surto, o Mapa afirmou que irá realizar uma investigação epidemiológica complementar em um raio de 10 quilômetros ao redor da área de ocorrência do foco. No entanto, o especialista afirma que cada país tem um protocolo. Alguns países regionalizam em raio de 50km, podendo fechar um estado ou até o país, dependendo da disseminação da doença. "O Japão é mais inteligente. Para 50 quilômetros, porque esse vírus se conserva bem na carne congelada, então se a gente exportar a carne com vírus, a gente pode estar contaminando outros locais", explica. Qual a recorrência da doença No Brasil, o último registro da doença foi em 2006, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, segundo o Ministério. O especialista afirma que o foco da doença no estado se concentrou no município de Vale Real, a cerca de 90 km de Porto Alegre. "Algumas aves morreram e outras foram eliminadas", relembra. Qual o impacto financeiro O especialista explica que os animais sacrificados em 2006 foram um problema não apenas para as aves como também para os países que importavam o frango à época. Ele afirma que houve uma interdição do produto por cerca de três meses. "O Brasil é o primeiro exportador mundial de carne de frango, e os países que compram a nossa carne, quando tem surtos dessa doença, não querem exportar daquele local. Então naquela época, em 2006, houve a interdição da importação por mais ou menos 3 meses", revela. Doença de Newcastle identificada em aviário do RS g1 VÍDEOS: Tudo sobre o RS



Mega-Sena, concurso 2.751: prêmio acumula e vai a R$ 61 milhões


20/07/2024 23:12 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 42 - 18 - 53 - 13 - 52 - 04. Bilhete volante loteria mega-sena mega sena versão 2018 Marcelo Brandt/G1 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.751 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (20), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 61 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 42 - 18 - 53 - 13 - 52 - 04. 5 acertos - 60 apostas ganhadoras: R$ 60.964,39 4 acertos - 4.978 apostas ganhadoras: R$ 1.049,72 Concurso 2751 da Mega-sena g1 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (23). Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal — acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



+Milionária, concurso 165: prêmio acumula e vai a R$ 250 milhões


20/07/2024 23:03 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 37 - 48 - 07 - 38 - 41 - 03 ; e trevos: 5 - 1. Próximo sorteio será no quarta-feira (24). Mais Milionária bilhete volante Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 165 da +Milionária foi realizado na noite deste sábado (20), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 250 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp De acordo com a Caixa Econômica Federal, nove apostas acertaram cinco dezenas e dois trevos e vão levar R$ 75.775,70 cada. Veja os números sorteados: Dezenas: 37 - 48 - 07 - 38 - 41 - 03 Trevos: 5 -1 Os outros ganhadores são: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 37 apostas ganhadoras: R$ 8.191,96 4 acertos + 2 trevos - 154 apostas ganhadoras: R$ 2.108,78 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 2.219 apostas ganhadoras: R$ 146,35 3 acertos + 2 trevos - 2.911 apostas ganhadoras: R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 25.578 apostas ganhadoras: R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 24.613 apostas ganhadoras: R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 206.495 apostas ganhadoras: R$ 6,00 +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo



Inflação, dívida pública, receitas: o cenário por trás do congelamento de R$ 15 bilhões de gastos do governo


20/07/2024 16:10 - g1.globo.com


Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justificou que o corte é necessário para o governo se adequar às regras exigidas pelo arcabouço fiscal. País vive momento de atenção sobre o rumo das contas públicas. Haddad e Tebet WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Na quinta-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo decidiu congelar R$ 15 bilhões dos gastos previstos para o ano. De acordo com Haddad, o congelamento é necessário para que o governo mantenha o controle das despesas, como prevê o arcabouço fiscal — a regra que impõe as diretrizes para o gasto público, aprovada pelo Congresso em 2023. O arcabouço estabelece que as despesas só podem crescer em determinada proporção do aumento das receitas. E essa relação estava ficando desequilibrada. Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão de consultoria ligado ao Senado, as receitas do governo cresceram 8,5% acima da inflação de janeiro a junho. Mas as despesas cresceram mais: 10,5%, sinal de os rumos precisavam ser corrigidos. E por que as contas públicas às vezes precisam de uma readaptação? É que, quando o governo planeja o Orçamento do ano (e o Congresso aprova), são feitas previsões de receitas e de despesas. E essas previsões podem não se concretizar, por uma série de fatores. Entenda, abaixo, o cenário que obrigou o governo a congelar gastos: Haddad anuncia congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 Déficit orçamentário A previsão de déficit para o Orçamento deste ano, tirando o pagamento de juros da dívida, é de zero. Ou seja, receitas e despesas devem empatar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem dando declarações que têm sido interpretadas como dúbias em relação a essa meta. Ora ele diz que está compromissado com o déficit zero, ora diz que essa é uma necessidade do mercado. As declarações causam tensão no mercado, porque são vistas como um pouco compromisso de Lula com a responsabilidade fiscal. 💸 Se os gastos do governo se descontrolam em relação às receitas, os agentes econômicos começam a duvidar da capacidade do Brasil em honrar as suas dívidas. Os juros crescem, como uma forma de compensar os riscos dos papéis brasileiros. Os investimentos ficam mais escassos e menos dinheiro entra no país. A inflação sobe, o crescimento da economia desacelera. Diante dessa pressão, o governo anunciou o congelamento. Lula disse que teria que ser convencido pelos seus ministros sobre o valor do corte. E deu anuência ao montante de R$ 15 bilhões. Mas economistas entendem que esse congelamento ainda é tímido para zerar o déficit. "Na minha avaliação, se vier um limite de gastos, um bloqueio de gastos menor do que R$ 23 bilhões — esse é o limite mínimo necessário — ficará sinalizado que o governo continua com a mesma intenção de empurrar com a barriga. Foi o que ele fez no ano passado", afirmou o economista Marcos Mendes, "Ano passado, ele [o governo] prometeu no início do ano um déficit primário de 0,5% do PIB e entregou quase 2,5% do PIB", continuou. "Este ano, continua a mesma toada de empurrando a má notícia para o final do ano, mas o estresse está muito alto, e seria importante que o governo desse uma sinalização agora de que está efetivamente interessado em cumprir as metas fiscais", completou Mendes. Dívida pública Outro indicador que é afetado pela desorganização das contasé a dívida pública. Em maio, a dívida do setor público consolidado (que abrange governos federal, estaduais e municipais e empresas públicas), chegou a R$ 8,5 trilhões. Isso significa 76,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O patamar é considerado elevado para países emergentes do porte do Brasil. Quanto mais o governo se endivida (acumulando déficits em vez de superávits), maior é a pressão em cima da moeda (o real tende a se desvalorizar) e em cima da inflação (produtos vão ficando mais caro). Isso porque surge no mercado uma dúvida se o país conseguirá honrar seus compromissos. Leia também: Governo mantém em 2,5% estimativa de crescimento do PIB em 2024 Haddad anuncia congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano para cumprir o arcabouço fiscal Ex-diretor da IFI vê bloqueio de R$ 15 bilhões no Orçamento insuficiente e novos cortes 'em etapas' Qual o caminho para equilibrar as contas públicas? Inflação Um dos maiores traumas da sociedade brasileira quando se fala em economia é a hiperinflação. O fenômeno foi debelado na década de 1990, com o Plano Real. Mas ainda é uma preocupação das famílias e de especialistas. Um dos motivos para a taxa de juros básica no país estar em 10,5% é o controle da inflação. O Banco Central aponta que a falta de clareza do governo com o compromisso fiscal. No Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta (18), o Ministério da Fazenda elevou a previsão para a inflação deste ano de 3,7% para 3,9%. A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Ou seja, começa a ficar mais perto do teto do que do centro da meta. Qual é a alternativa? Durante o primeiro ano do mandato, o governo buscou melhorar as contas públicas pela via das receitas. Ou seja, melhorar a arrecadação de impostos, através de um aquecimento na economia. Mas, por mais que as receitas estejam melhorando, ainda não são suficientes. Especialistas alertam que é preciso cortar também gastos. E que o corte seja em gastos desnecessários. O governo anunciou um "pente-fino" em benefícios sociais, em busca de pagamentos irregulares que podem ser cortados. A estimativa é economizar bilhões. Como disse a ministra do Planejamento, Simone Tebet, ao longo da semana, programas fundamentais para a sociedade e benefícios pagos a quem realmente tem direito não serão bloqueados: “De forma objetiva, vamos ter de cortar gastos. Mas vamos cortar gastos naquilo que efetivamente está sobrando. Fraude, erros e irregularidades, ainda têm muito. Por isso, temos de fazer reformas estruturantes para poder ter [recursos] para aquilo que mais precisa. Onde mais precisa? Eu sou professora e sei. É na educação e na saúde”, disse Tebet.



Mega-Sena pode pagar R$ 53 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 247 milhões


20/07/2024 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (20), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.751 da Mega-Sena e 165 da +Milionária. A +Milionária tem prêmio estimado em R$ 247 milhões. Criada há mais de dois anos, a loteria nunca teve ganhador no prêmio principal. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega-Sena: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Veja os detalhes: +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 53 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (18), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Valor de mercado da CrowdStrike cai R$ 50 bilhões depois de apagão cibernético


19/07/2024 21:56 - g1.globo.com

Ações da empresa também caíram 11% nesta sexta-feira (19) na comparação com o dia anterior. Microsoft também foi impactada. 'Tela azul': entenda o que provocou o apagão global em computadores O valor de mercado da CrowdStrike caiu US$ 9 bilhões, equivalente a R$ 50 bilhões, no fechamento de mercado desta sexta-feira (19) na comparação com o dia anterior. Uma falha em um dos sistemas de segurança da empresa desencadeou um apagão tecnológico global. A companhia, que era avaliada em US$ 83 bilhões na quinta-feira, teve seu valor rebaixado para US$ 74 bilhões. A redução aconteceu porque as ações da empresa caíram 11% no fechamento da Bolsa de Valores de Nova York, passando a valer US$ 304,96. A Microsoft também sofreu prejuízos, uma vez que a atualização com a falha foi enviada para os sistemas operacionais Windows, gerando impacto no consumidor final. A empresa foi desvalorizada em 0,74%, com uma queda de US$ 24,2 bilhões (R$ 133,28 bilhões). Ainda assim, o valor de mercado da Microsoft é de mais de US$ 3,2 trilhões. (Correção: o g1 errou ao informar, na primeira publicação da reportagem, que a Microsoft perdeu US$ 24 milhões em seu valor de mercado. A informação foi corrigida às 20h30.) Os dados são de um levantamento feito por Einar Rivero, sócio fundador da Elos Ayta Consultoria. Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? Apagão cibernético global Uma falha em um dos sistemas de segurança da CrowdStrike causou um apagão global dos computadores nesta sexta-feira (19). A falha provocou atrasos em voos e prejudicou serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo. Muitos usuários se depararam com uma "tela azul" nos computadores – saiba mais aqui. A companhia informou que sua ferramenta, chamada Falcon, que serve para detectar possíveis invasões hacker, teve um problema na atualização (update) de software. Na rede social X, George Kurtz, cofundador e CEO da empresa, afirmou que os "clientes permanecem totalmente protegidos" e que a falha não se tratou de um incidente de segurança. "O problema foi identificado e uma correção foi implantada. Estamos trabalhando com todos os clientes afetados para garantir que os sistemas estejam funcionando e que possam fornecer os serviços com os quais seus clientes contam", declarou. Kurtz também orientou clientes a tomarem cuidado com possíveis tentativas de explorar o incidente. "Encorajo todos a permanecerem vigilantes e a garantirem o envolvimento com representantes oficiais da CrowdStrike". Veja vídeo: plataforma de controle de voos mostra impacto de apagão cibernético no setor aéreo dos EUA: Plataforma de controle de voos mostra impacto de apagão cibernético no setor aéreo dos EUA Saiba mais: Por que o Brasil não foi tão afetado por pane global cibernética quanto os EUA e Europa? Especialistas criticam atualização no sistema da CrowdStrike, que travou computadores pelo mundo: 'Recuperação é manual e lenta' Problemas causados pelo apagão global de tecnologia podem levar dias até serem corrigidos George Kurtz: quem é o cofundador e CEO da CrowdStrike que pediu desculpa por apagão cibernético global



Secretaria do Consumidor pede esclarecimento aos bancos sobre impacto do apagão cibernético


19/07/2024 20:14 - g1.globo.com

Senacon pediu também que sejam apresentadas medidas que podem ser tomadas para dirimir eventuais problemas. Falhas mundiais estão relacionadas a sistemas que utilizam o Windows na empresa CrowdStrike, uma fornecedora de serviços de segurança digital. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, pediu para os bancos prestarem esclarecimentos sobre o impacto do apagão cibernético para o serviço prestado aos clientes no Brasil. A Senacon pediu também que sejam apresentadas medidas que podem ser tomadas para dirimir eventuais problemas. "Pede-se que seja encaminhado à Senacon, informações sobre, em que medida, o referido apagão cibernético atingiu os consumidores do serviço bancário no país e, sendo pertinente, quais ações adotadas para minimizar prejuízos", solicita o ofício da secretaria enviado para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O problema está relacionado a sistemas que utilizam o Windows na empresa CrowdStrike, uma fornecedora de serviços de segurança digital. Isso causou atrasos em voos, além de ter prejudicado serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo. O apagão afetou alguns bancos e fintechs brasileiros, que, ao longo desta sexta-feira (19), apresentaram problemas em seus aplicativos. Apagão cibernético estraga viagem planejada por 1 ano de 20 pessoas de uma mesma família Impacto no Brasil é menor Até o início da tarde, a falha impactava no Brasil sistemas de alguns bancos e aeroportos, além de um hospital no Brasil. Em outros países, porém, o impacto foi ainda maior: as três maiores companhias aéreas americanas cancelaram centenas de voos partindo dos Estados Unidos, enquanto as emissoras Sky News, do Reino Unido, e a ABC, da Austrália, ficaram fora do ar. O problema foi causado por uma atualização numa versão da ferramenta de cibersegurança Falcon voltada para Windows. O programa é desenvolvido pela empresa CrowdStrike e funciona como uma espécie de antivírus para empresas. Dois fatores podem explicar por que a falha não impactou tanto as operações no Brasil, segundo o diretor de tecnologia da Sage Networks, Thiago Ayub: 🌎 A CrowdStrike tem uma base de clientes pequena no Brasil em comparação com os EUA, por exemplo; ⌚ A atualização que causou o incidente foi liberada de madrugada no Brasil – a Microsoft estima que os sistemas tenham sido impactados à 1h09, no horário de Brasília. Para uma empresa ter sido afetada pela pane, ela precisa usar o sistema Windows, ser cliente do sistema de segurança da CrowdStrikee ter permitido a atualização da ferramenta, segundo Ayub. "No Brasil, o impacto tem sido notavelmente menor do que em outros países devido a combinação desses fatores por aqui ser menor, até por um menor alcance comercial por aqui do produto que deu defeito", afirmou. O problema não afeta computadores pessoais. "Usuários domésticos que usam Windows estão ilesos pois a versão do produto da CrowdStrike que foi afetado é vendido apenas para empresas".



Brasil suspende exportação de carne de aves para 44 países após doença de Newcastle ser identificada no RS; veja lista


19/07/2024 20:04 - g1.globo.com


Suspensões devem durar pelo menos 21 dias e variam de área, a partir de cada acordo comercial. Enfermidade viral contamina aves silvestres e domésticas, de acordo com especialista. Granja onde foi identificado caso da doença de Newcastle em Anta Gorda Reprodução/RBS TV Granja onde foi detectado caso da doença de Newcastle em Anta Gorda (RS) Reprodução/RBS TV O governo federal suspendeu temporariamente, nesta sexta-feira (19), a exportação de carne de aves para 44 países após identificar o vírus da doença de Newcastle em um aviário de Anta Gorda, no Vale do Taquari (veja, abaixo, a lista completa de países). 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A medida foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e considera o acordo bilateral entre países parceiros, a fim de garantir a transparência do serviço brasileiro com os importadores. Entenda o que é a doença de Newcastle População pode consumir frango tranquilamente, diz ministro As suspensões devem durar pelo menos 21 dias e variam o produto e a área, a partir do acordo comercial. Parte dos países considera carnes produzidas em todo o território nacional; alguns, somente no Rio Grande do Sul; e outros, em um raio de 50 km do foco da doença identificada. O Mapa diz que as regras de suspensão são revisadas todos os dias com os países parceiros, mostrando todas as ações executadas para eliminar o foco da doença. Barreiras sanitárias começam a ser montadas neste sábado (20) em cidades produtoras de frango no Vale do Taquari. Ao todo, 70 servidores da Secretaria Estadual da Agricultura vão vistoriar 800 granjas. Lista de países: Suspensão válida para todo o Brasil: República Popular da China Argentina Peru México Considera carnes de aves, carnes frescas de aves e derivados, ovos; carne para alimentação animal; matéria-prima de aves para fins opoterápicos; preparados de carne e produtos não tratados derivados de sangue. Suspensão válida para todo o RS: África do Sul Albânia Arábia Saudita Bolívia Cazaquistão Chile Cuba Egito Filipinas Geórgia Hong Kong Índia Jordânia Kosovo Macedônia Mianmar Montenegro Paraguai Polinésia Francesa Reino Unido República Dominicana Sri Lanka Tailândia Taiwan Ucrânia União Europeia União Econômica Euroasiática Uruguai Vanuatu Vietnã Considera carne fresca, resfriada ou congelada de aves; ovos e ovoprodutos; carnes, produtos cárneos e miúdos de aves; farinha de aves, suínos e de ruminantes; cabeças e pés; gorduras de aves; embutidos cozidos, curados e salgados; produtos cárneos processados e termoprocessados; e matéria-prima e produtos para alimentação animal. Suspensão válida para o raio de 50 km do caso identificado: Canadá Coreia do Sul Israel Japão Marrocos Maurício Namíbia Paquistão Tadjiquistão Timor Leste Considera carnes de aves; farinha de aves, penas e peixes para uso na alimentação animal; e produtos cárneos cozidos, termicamente processados, não comestíveis derivados de aves. Neste último caso, os Certificados Sanitários Internacionais (CSI) emitidos até 8 de julho não entram nas restrições. Doença de Newcastle identificada em aviário do RS g1 Exportações em números O Rio Grande do Sul é o terceiro estado que mais exporta carne de frango no Brasil, ficando atrás, respectivamente, de Paraná e Santa Catarina. 354 mil toneladas foram exportadas pelo estado no primeiro semestre do ano, com uma receita de US$ 630 milhões. As exportações representaram 13,82% dos US$ 4,55 bilhões gerados pelo mercado em todo o país. Além disso, são 14,1% das 2,52 milhões de toneladas exportadas pelo país no mesmo período. Os principais destinos do frango produzido no Rio Grande do Sul nos primeiros seis meses de 2024 foram Emirados Árabes Unidos (48 mil toneladas – US$ 94 milhões), Arábia Saudita (39 mil toneladas – US$ 77 milhões), China (32 mil toneladas – US$ 52 milhões) e Japão (20 mil toneladas – US$ 43 milhões). Doença identificada após queda de granizo Em coletiva nesta sexta-feira (19), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a doença de Newcastle foi identificada na propriedade em meio às ondas de frio no inverno. Uma chuva de granizo teria destelhado o aviário, matando 7 mil aves em razão das condições inadequadas, segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin. "Entrou água, umedeceu a cama e essas aves pereceram exatamente porque, nesse contexto, o aquecimento da granja não conseguiu funcionar e parte delas morreram. Ao morrer nesse nível de 50% [7 mil aves], o proprietário chamou o serviço oficial que fez essas 12 amostras e numa delas se encontrou um vírus, que é do pombo, e foi sequenciado geneticamente", afirma. As outras 7 mil aves que sobreviveram foram mortas na quinta-feira (18), de acordo com a associação, conforme determina o protocolo, para evitar que a doença se alastre pela região. O presidente afirma, ainda, que o impacto na economia será mínimo, tanto para o país quanto para o Rio Grande do Sul. Ele detalha que o Brasil produz uma média de 1,2 milhão de toneladas de carne de frango todos os meses, exportando 430 mil toneladas. No pior cenário, o presidente diz que o país vai deixar de vender entre 50 a 60 mil toneladas por mês, que representa 5% da produção nacional. "Nós estamos projetando alguns cenários, mas o cenário que a gente tem – e se for o pior, de 50 mil toneladas – é inferior a 5% e não mexe com o mercado", pontua o presidente. O presidente afirma que o preço do produto não deve despencar no país, porque parte das mercadorias voltadas à exportação devem ser destinadas a outros países que não estão previstos nos acordos bilaterais de suspensão. Barreiras sanitárias são montadas no Vale do Taquari por causa da Doença de Newcastle Especialista explica doença A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres. Causada pelo vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), a doença apresenta sinais respiratórios, seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça dos frangos. O g1 conversou com um especialista sobre o assunto, o professor de Medicina de Aves da Faculdade de Medicina Veterinária da UFRGS Hamilton Luiz de Souza Moraes, que esclareceu dúvidas sobre a doença. O que é A DNC é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres. Ela é causada pelo vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1). Com isso, as aves apresentam sinais respiratórios, seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça. Qual o impacto em humanos O especialista explica que a doença pode causar, no máximo, conjuntivite transitória em humanos, podendo durar cerca de uma semana. A transmissão ocorre pelo contato, e não pelo consumo. "Ela é o que a gente chama de uma zoonose classe 2. Ela não causa muitos problemas, no máximo conjuntivite, mas em uma semana, tá bom. Então não é um problema para a saúde pública, vamos dizer assim. O problema maior é para as aves mesmo", explica. Como ela é transmitida A doença é transmitida por aves migratórias infectadas que fazem rotas comuns através dos continentes. Por conta disso, elas podem ter ocorrência em qualquer lugar do mundo. "Em algum momento essas aves se cruzam, então algumas que estejam infectadas podem contaminar outras, e nos locais onde elas estavam podem sair e infectar aves domésticas", explica. Como a doença é extinta A eliminação de todas as aves do mesmo lote é a metodologia de controle da doença. Isso ocorre pois o vírus é transmitido pelo ar, podendo contaminar ração, água e o abrigo aviário. Caso o foco não seja extinto, o surto pode se espalhar para uma região mais ampla. A medida foi confirmada pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, em conjunto com a Seapi, que irá seguir o seguinte protocolo: Eliminação e destruição de todas as aves do estabelecimento; Limpeza e desinfecção do local; Interdição imediata do estabelecimento avícola, suspendendo toda movimentação de aves desde o primeiro atendimento pela Seapi. Existe uma vacina contra a doença de Newcastle, que precisa ser aplicada, preventivamente, antes da transmissão da doença. Quão transmissível é a doença A difusão da DNC é rápida, pois ocorre por um vírus transmitido pelo ar. O especialista alerta que, se as aves contaminadas saem dos locais onde estão concentradas ou se são mortas e descartadas em lugares inadequados, podem se disseminar para toda uma região. A enfermidade também é letal, podendo matar quase 100% das aves infectadas. Por conta disso, os órgãos fiscalizadores têm uma preocupação com a dispersão. Para garantir a contenção do surto, o Mapa afirmou que irá realizar uma investigação epidemiológica complementar em um raio de 10 quilômetros ao redor da área de ocorrência do foco. No entanto, o especialista afirma que cada país tem um protocolo. Alguns países regionalizam em raio de 50km, podendo fechar um estado ou até o país, dependendo da disseminação da doença. "O Japão é mais inteligente. Para 50 quilômetros, porque esse vírus se conserva bem na carne congelada, então se a gente exportar a carne com vírus, a gente pode estar contaminando outros locais", explica. Qual a recorrência da doença No Brasil, o último registro da doença foi em 2006, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, segundo o Ministério. O especialista afirma que o foco da doença no estado se concentrou no município de Vale Real, a cerca de 90 km de Porto Alegre. "Algumas aves morreram e outras foram eliminadas", relembra. Qual o impacto financeiro O especialista explica que os animais sacrificados em 2006 foram um problema não apenas para as aves como também para os países que importavam o frango à época. Ele afirma que houve uma interdição do produto por cerca de três meses. "O Brasil é o primeiro exportador mundial de carne de frango, e os países que compram a nossa carne, quando tem surtos dessa doença, não querem exportar daquele local. Então naquela época, em 2006, houve a interdição da importação por mais ou menos 3 meses", revela. VÍDEOS: Tudo sobre o RS



Mercadante afirma que está com negociações avançadas para que companhias aéreas comprem aviões da Embraer em troca de acordo sobre dívidas; entenda


19/07/2024 19:33 - g1.globo.com


Fala ocorreu em São José dos Campos, no interior de São Paulo, durante um evento em que o presidente Lula (PT) anunciou financiamentos do BNDES para obras na Dutra e exportações de aviões da Embraer. Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, durante evento em São José dos Campos. Reprodução/TV Vanguarda Durante um evento em São José dos Campos, no interior de São Paulo, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, informou que três companhias aéreas estão em negociações avançadas para assumir o compromisso de comprar aviões da Embraer, como contrapartida por um acordo envolvendo dívidas que as empresas possuem com o governo federal. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp A fala de Mercadante ocorreu nesta sexta-feira (19), durante um evento com o presidente Lula (PT) e ministros, para anunciar o financiamento do BNDES para obras nas rodovias Presidente Dutra e Rio-Santos e para exportações da fabricante brasileira de aviões Embraer - leia mais abaixo. Em coletiva de imprensa com os jornalistas, Mercadante avaliou o cenário da aviação no país e falou sobre as tratativas estarem avançadas com ao menos três companhias aéreas, para que as empresas assumam o compromisso de comprar aviões nacionais, fabricados pela Embraer. “As três empresas mais importantes, Latam, Azul e Gol, já estão bem avançadas nesse diálogo. Evidente, temos sigilo comercial, não vou entrar em detalhes, mas as três empresas estão bem avançadas na perspectiva de voar embraer”, afirmou Mercadante. Na sequência, Mercadante contou que esse compromisso que está sendo negociado para comprar aviões brasileiros seria uma contrapartida por um acordo de renegociação de dívidas com a União. “Elas (as empresas) têm um passivo fiscal que está sendo renegociado com a Fazenda, mas tem que ter uma contrapartida, qual é a contrapartida: comprar aviões brasileiros da Embraer. Só 12% das frotas de aviões dessas empresas são da Embraer. Quando você compra Embraer, você está recolhendo impostos, realimentando o sistema econômico do Brasil, está mantendo o investimento, gerando emprego, gerando renda”, disse. "Precisamos apoiar essas empresas, mas elas precisam comprar aviões da Embraer. Essa é uma condição fundamental para todo o esforço que o governo está fazendo de passivo fiscal, de financiar, mas nós precisamos trazer aviões da Embraer. A contrapartida é gerar empregos, impostos e continuar fortalecendo as finanças públicas, que é um grande desafio", completou Mercadante. Ao g1, a Latam informou que não vai comentar o assunto. Por meio de nota, a Azul não comentou as falas de Mercadante, mas informou que “iniciou sua história apostando na indústria brasileira com a decisão de operar equipamentos Embraer, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, inclusive com o mapa do país estampado em suas aeronaves”. Ainda segundo a Azul, “hoje a companhia é a maior operadora dos jatos de última geração da Embraer, o modelo E195-E2, e detém também o maior pedido de compra dessa aeronave brasileira”, com a parceria “estratégica para o desenvolvimento do transporte aéreo nacional”. Por fim, a empresa disse que “para este ano, está prevista a entrega de 13 novas aeronaves Embraer 195-E2, que passarão a compor a frota da Azul, em investimento de mais de R$ 3 bilhões. Os equipamentos serão entregues ao longo dos próximos meses, até o final do ano”. A companhia aérea Gol enviou uma nota informando que "hoje opera uma frota de aeronaves Boeing 737 NG e MAX e sempre avalia as opções de outros modelos para crescimento das suas operações". Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas, diretor da CCR RioSP, com o presidente Lula e Aloisio Mercadante Ricardo Stuckert/PR Financiamento do BNDES O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (19) dois financiamentos bilionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras nas rodovias Presidente Dutra e Rio-Santos e para exportações da fabricante brasileira de aviões Embraer. A agenda oficial contou com dois eventos em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Para obras e intervenções na Dutra e Rio-Santos, o valor de crédito chega a R$ 10,75 bilhões. Já para a Embraer, o valor de financiamento será de R$ 4,5 bilhões, a serem usados para a exportação de 32 jatos comerciais encomendados pela companhia aérea American Airlines. Presidente do BNDES, fala sobre a importância de investimento de R$ 10,75 bi para rodovias Exportação de aviões No início da tarde, Lula se deslocou ao hangar da Embraer para um evento com o CEO da fabricante de aeronaves brasileira, Francisco Gomes Neto. Para a Embraer, o BNDES vai financiar a exportação de 32 jatos comerciais E175 encomendados pela aérea American Airlines. O valor de financiamento é de R$ 4,5 bilhões. Em março, a American Airlines anunciou encomenda de 90 jatos E175, com direitos de compra de outros 43 modelos do jato. Caso todos os direitos de compra sejam exercidos, o acordo vai superar o valor de US$ 7 bilhões, conforme preço de lista. "Vamos continuar financiando as exportações brasileiras, porque quando a gente financia, a gente está financiando emprego, salário, acúmulo de conhecimento tecnológico e estamos exportando conhecimento, coisa de muito valor agregado, com gente muito especializada", disse o presidente Lula. Nas cerimônias, Lula esteve acompanhado de uma comitiva de ministros, além do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Entre eles estavam presentes Laércio Portela (ministro da Comunicação), Luciana Santos (ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação), Renan Filho (ministro de Transportes), Fernando Haddad (ministro da Fazenda), Silvio Costa (ministro dos Portos e Aeroportos), Aloísio Mercadante (presidente do BNDES), Márcio Macedo (ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República) e Anderson Farias (prefeito de São José dos Campos). Lula (PT) discursa em evento em São José dos Campos Jefferson Santos/TV Vanguarda Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina



Família Safra chega a acordo e encerra disputa judicial por herança bilionária de Joseph


19/07/2024 18:51 - g1.globo.com


Alberto Safra, um dos filhos do banqueiro morto em 2020, acusava a mãe e irmãos de tentarem expulsá-lo do império familiar. Em nota, herdeiros afirmaram que chegaram a um acordo de forma 'amigável'. Fachada do Banco Safra Divulgação A família Safra anunciou nesta sexta-feira (19) que chegou a um acordo "amigável" para encerrar de vez as disputas judiciais entre os herdeiros do banqueiro Joseph Safra, morto em 2020. Em 2023, Alberto Safra, um dos filhos de Joseph, entrou com um processo contra sua mãe, Vicky Safra, e seus dois irmãos, Jacob e David, acusando-os de diluírem propositalmente a participação dele na holding Safra National Bank. O intuito seria expulsá-lo do império familiar, que tem fortuna estimada de US$ 19,1 bilhões (o equivalente a R$ 107 bilhões), segundo a revista Forbes. De acordo com o comunicado emitido pela família, as partes concordaram em "encerrar todos os processos judiciais e arbitrais pendentes em todas as jurisdições". Os termos financeiros e outras condições do acordo não foram divulgados. "Nos termos do acordo, Alberto se desinvestirá de seus interesses no Grupo J. Safra e perseguirá seus interesses empresariais através do ASA", diz a família em nota divulgada nesta sexta. Alberto Safra disse na nota que está feliz por "deixar esse assunto para trás". "Após esclarecimentos, entendi que não houve irregularidades, e que o patrimônio do Sr. José foi devidamente distribuído de acordo com seus desejos". Em declaração conjunta, a viúva Vicky Safra e todos os seus filhos afirmaram que estão "satisfeitos em deixar esse assunto para trás e reafirmar os laços familiares". "A resolução que alcançamos nos permitirá perseguir nossos respectivos interesses empresariais de maneiras que ajudem a garantir que o sucesso de cada membro da nossa família seja motivo de satisfação compartilhada.” Briga judicial No processo, Alberto afirmava que a mãe e os irmãos se envolveram em atos de improbidade corporativa para prejudicar os interesses dele na empresa. Mas o conflito era mais antigo. Alberto renunciou ao conselho de administração do Safra em novembro de 2019 para fundar a ASA Investments (hoje apenas ASA), após uma disputa com seu irmão mais novo, David. A saída teria desagradado inclusive o pai, Joseph, à época ainda vivo. Em 2021, Alberto e a família chegaram a se aproximar de um acordo sobre o testamento de seu pai, para evitar litígios sobre uma fortuna de quase US$ 15 bilhões, segundo a agência de notícias Reuters. À época, no entanto, a família Safra divulgou uma nota afirmando que, poucos meses após ter recebido a doação dos pais como antecipação de sua herança, Alberto deixou o banco Safra sem atender aos apelos feitos pelo seu pai e iniciou um negócio próprio. Quem foi Joseph Safra O empresário Joseph Safra, do Banco Safra, é visto durante jantar anual de Confraternização dos Dirigentes de Bancos, no Grand Hyatt Hotel, em São Paulo, em novembro de 2010 Renata Jubran/Estadão Conteúdo O banqueiro Joseph Safra morreu em dezembro de 2020, aos 82 anos. Ele era o homem mais rico do Brasil, com uma fortuna estimada, à época, em R$ 119,08 bilhões. Libanês naturalizado brasileiro, ele fez fortuna no banco Safra. Nascido em 1938, Joseph veio para o Brasil na década de 1960, para dar continuidade aos negócios do pai, Jacob. Ele e o irmão, Moise, foram os grandes responsáveis pela ascensão do grupo desde então. A dupla vem de uma tradicional família de banqueiros. Desde meados do século 19, familiares de Jacob Safra fundaram em Aleppo, na Síria, o Safra Frères & Cie, instituição financeira para empréstimos e operações de câmbio e ouro. Foi em 1920 que Jacob abriu o Jacob Safra Maison de Banque, em Beirute, no Líbano. A mudança da família para o Brasil começou após a Segunda Guerra Mundial, na década de 1950, quando iniciou com os filhos a criação do conglomerado financeiro. Jacob foi o primeiro a chegar a São Paulo, trazendo a expertise para o mercado latino. Morreu aos 82 anos em São Paulo Joseph Safra O filho mais velho de Jacob, Edmond, chegou a operar no Brasil, mas seguiu caminho com Nova York como base. Fundou o Republic National Bank, que foi vendido em 1999 para o HSBC por US$ 10,3 bilhões. Pouco tempo depois, Edmond foi morto em um incêndio provocado em sua casa, em Mônaco. Sua esposa, Lily Safra — que por muitos anos foi a brasileira mais rica — estava no apartamento, mas sobreviveu. O enfermeiro de Edmond Safra acabou condenado pelo incêndio. Em 2006, Joseph assumiu os negócios por completo ao comprar a parcela de 50% dos negócios de seu irmão. Moise morreu em 2014. Estimativa da Bloomberg dá conta de que, só em dividendos do banco, Joseph tenha embolsado R$ 6,4 bilhões no período solo. O momento mais difícil de sua gestão do Safra foi após a crise do subprime, em 2008. Sob a batuta de Joseph, o banco Safra se consagrou como um dos principais bancos na modalidade Private Banking, que administra grandes fortunas. Entre os íntimos, o homem mais rico do Brasil era conhecido apenas por "Seu José". Fazia questão de dizer que era orgulhoso de sua cidadania brasileira e de ser torcedor do Corinthians.



Bruce Springsteen entra para a lista de bilionários da Forbes


19/07/2024 17:40 - g1.globo.com


Cantor e compositor acumulou mais de US$ 1,1 bilhão ao longo de seis décadas de carreira. Artista é vencedor de vários prêmios e vendeu mais de 140 milhões de discos. Bruce Springsteen em cena de seu show na Broadway Divulgação/Rob DeMartin O cantor e compositor Bruce Springsteen, 74, entrou para a lista de bilionários da Forbes. Segundo a revista, o artista acumulou mais de US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 6,1 bilhões) em seis décadas de carreira. Autor de grandes sucessos como “Streets of Philadelphia” e “Dancing in the Dark”, Springsteen já vendeu mais de 140 milhões de discos. Ao longo de sua carreira, ele conseguiu ficar no topo das paradas com 21 álbuns de estúdio, sete álbuns ao vivo e cinco EPs. Springsteen já ganhou 20 Grammys, um Oscar, dois Globos de Ouro e um Tony Award especial, entre outras premiações. O cantor também está no Rock and Roll Hall of Fame e no Songwriters Hall of Fame. O artista contou suas histórias em um livro de memórias que ficou entre os mais vendidos do jornal "The New York Times" e em 236 apresentações esgotadas na Broadway. Em 2021, após o término da segunda temporada de Springsteen na Broadway, o artista vendeu seu catálogo de músicas para a Sony, por uma quantia fixa de US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões). Além disso, sua turnê mundial no ano passado atingiu a marca de 1,6 milhão de ingressos vendidos, gerando US$ 380 milhões (R$ 2,1 bilhões) em receitas, segundo a Pollstar, citada pela Forbes. A Forbes projetou a fortuna de Springsteen a partir dos dados da carreira do cantor, mas não conseguiu confirmar sua estimativa com os seus representantes. Atualmente, Springsteen está em turnê pela Europa – o próximo show do artista acontece em Bergen, na Noruega, no próximo domingo (21). Os shows continuam a turnê de Springsteen com sua banda, a E Street Band, iniciada no ano passado. À época, o cantor norte-americano precisou fazer uma pausa nas apresentações para tratar uma úlcera péptica. As úlceras pépticas são feridas abertas que se desenvolvem na parede interna do estômago e na parte superior do intestino delgado. LEIA MAIS Veja quem são os brasileiros na lista de bilionários da Forbes em 2024 Livia Voigt, brasileira e herdeira da WEG, é a bilionária mais jovem do mundo Taylor Swift e Magic Johnson entram para a lista de bilionários da Forbes em 2024 Clube dos 90+: veja quem são os bilionários mais velhos do mundo



'Eu digo para o Haddad todo dia: Não se preocupe, as coisas vão dar certo', afirma Lula


19/07/2024 17:33 - g1.globo.com


Nos últimos dias, Haddad teve que anunciar congelamento no Orçamento para ajustar as contas públicas e foi alvo de meme que o relaciona com um suposto aumento de impostos. Deputada presidente do PT também saiu em defesa dele. 'Eu digo para o Haddad todo dia: Não se preocupe, as coisas vão dar certo', afirma Lula O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (19), durante discurso em São José dos Campos (SP), que diz "todo dia" para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que "as coisas vão dar certo". Os últimos dias têm sido de intensa atividade para o ministro da Fazenda. Nesta quinta (18), Haddad anunciou congelamento do Orçamento para 2024, em meio às dificuldades que o governo está enfrentando para controlar as contas públicas. Na última semana, Haddad também viu sua figura envolvida em memes nas redes sociais que o chamam de "Taxad". Os memes satirizam o que seria uma prática comum do ministro: criar novos impostos, taxar empresas e consumidores. O governo rebate e diz que impostos não estão sendo criados (veja mais abaixo). O presidente Lula durante discurso em São José dos Campos (SP) nesta sexta-feira (19) Reprodução/Canal Gov Em meio a esse contexto, Lula fez um aceno a seu ministro. A equipe do governo inaugurou uma obra na Via Dutra e na Rio-Santos, e Lula discursou no evento. "Eu vivo um momento político muito especial. Mas, muito especial. Eu digo pra todo mundo, e digo para o Haddad todo dia. Não se preocupe, que as coisas vão dar certo", afirmou Lula, dirigindo-se ao ministro da Fazenda. Em reunião na terça, no Palácio do Planalto, Lula já havia usado um raciocínio parecido para confortar Haddad. "Eu falo para o Haddad: 'Haddad, você, de vez em quando, Haddad... Você fica trnaquilo. E se tudo der errado, vai dar certo. Isso não é economia, não. É que acredito em outras coisas", disse Lula. O presidente demonstrou otimismo com a economia também ao comentar o investimento privado feito na obra da Dutra. "Quando a gente vê uma empresa aceitar fazer o investimento, como a CCR está fazendo na Dutra, a gente é obrigado a dizer que, Haddad, cada vez menos, quem sabe, a gente vá precisar de dinheiro do orçamento público para fazer as obras de infraestrutura deste país", afirmou o presidente. Leia também: 'Taxad’: memes com Haddad tomam conta das redes, mas não preocupam governo 'Taxad': entenda críticas que fizeram memes sobre Haddad chegarem à Times Square, em NY Ministério da Fazenda entra na 'disputa dos memes' com Divertidamente e reforma tributária De onde vem 'Taxad' O apelido "Taxad" ganhou força após os desdobramentos da votação da reforma tributária, que pode aumentar as alíquotas cobradas sobre produtos e serviços (embora reduza e até zere para outros, como os alimentos da cesta básica). Na quarta (17), o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento e da Indústria, disse que a carga tributária do país não aumentou, como sugerem os memes, e que a taxação de compras internacionais ajuda a preservar empregos no Brasil. "Se pegarmos a carga tributária de 2022 para 2023, ela não aumentou, pode até dar uma conferida, acho até que caiu, afirmou. Presidente do PT sai em defesa de Haddad Haddad também foi tema de uma fala da presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), nas redes sociais. Gleisi saiu em defesa do ministro e atacou os memes contra ele. Para ela, se trata de um movimento de desinformação. "O que está compartilhando sobre o ministro Fernando Haddad não é meme, é material de desinformação. A verdade é que a carga tributária do governo Lula não aumentou", disse Gleisi. Ela repetiu o argumento de Alckmin. "Como explicou bem o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Em 2023, a carga tributária bruta foi de 32,4% do PIB. Até 2022, quando Bolsonaro governava, ela era de 33.7%. Ou seja, a carga tributária não só não aumentou, como também diminuiu", continuou a presidente do PT.



Globo Rural: informações adicionais das reportagens do dia 21/07/2024


19/07/2024 15:58 - g1.globo.com

Aprenda como plantar o capim capiaçu. Capim capiaçu Para quem cria gado de leite, um dos capins recomendados é o capiaçu, ou capim-elefante. Um folheto da Embrapa explica como plantar e colher depois. >>>Acesse aqui<<<



Ministério da Agricultura declara emergência zoossanitária no RS após caso da doença de Newcastle em aviário


19/07/2024 14:56 - g1.globo.com


Enfermidade viral contamina aves silvestres e domésticas, de acordo com especialista. Sete mil animais precisarão ser sacrificados em granja de Anta Gorda. Granja onde foi identificado caso da doença de Newcastle em Anta Gorda Reprodução/RBS TV O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, nesta sexta-feira (19), uma portaria que declara estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul. A medida vale por um prazo de 90 dias, em função da detecção de um caso doença de Newcastle em um aviário de Anta Gorda, no Vale do Taquari. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O estado de emergência zoossanitária é declarado sempre que há um risco de uma doença se propagar rapidamente entre os animais, como uma forma de o governo se antecipar a um surto. Segundo o Mapa, a declaração de emergência "prevê uma vigilância epidemiológica de forma mais ágil com a aplicação dos procedimentos de erradicação do foco". Entre as medidas, estão ações de sacrifício ou abate de todas as aves onde o foco foi confirmado, limpeza e desinfecção do local, adoção de medidas de biosseguridade, demarcação de zonas de proteção e vigilância em todas propriedades existentes no raio de 10km, definição de barreiras sanitárias, entre outras. O Ministério da Agricultura afirma que "a população não deve se preocupar e pode continuar consumindo carne de frango e ovos, inclusive da própria região afetada". Entenda o que é a doença de Newcastle População pode consumir frango tranquilamente, diz ministro RS registra caso de doença de Newcastle Caso aconteceu num estabelecimento de avicultura O Brasil negocia com países importadores medidas para evitar a suspensão das exportação de carne de frango. De acordo com o Mapa, o país tem um acordo com a China que prevê uma "autossuspensão" das exportações de forma imediata, medida que pode ser negociada para limitar a área afetada pela suspensão. "O acordo com a China se define neste aspecto: fecha imediato, provê a informação, e eles imediatamente dizem o que eles aprovam no segundo momento. Nós já suspendemos, eles não nos fecham. O Brasil autossuspende sua certificação, comunica o foco. A gente está fazendo comunicações país a país e, para cada país, eu peço: 'China, não fecha o Brasil todo, fecha 50 km ao redor'", explica Marcelo Mota, diretor-adjunto do Departamento de Saúde Animal do Mapa. O mercado brasileiro vende frango para 150 países. Os maiores compradores da carne do RS são Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, China, Japão e Iraque. "Para alguns países, vai haver um cenário mais extremo e que vai ser feito o fechamento de mercado. E é para isso que o Ministério da Agricultura tem trabalhado para prestar as comunicações de forma mais transparente possível e dizer: 'olha, o foco é circunscrito a uma situação muito localizada no município de Anta Gorda e a gente tentar limitar as restrições nessa exportação'", afirma Mota. Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) afirmaram que "as autoridades federais e do estado agiram rapidamente na identificação do caso com interdição da granja, garantindo que não houvesse saída de aves". As entidades ainda disseram que "os protocolos oficiais estabelecidos para a mitigação da situação pontual foram acionados e o entorno segue monitorado". Doença de Newcastle identificada em aviário do RS g1 Especialista explica doença A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres. Causada pelo vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), a doença apresenta sinais respiratórios, seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça dos frangos. O g1 conversou com um especialista sobre o assunto, o professor de Medicina de Aves da Faculdade de Medicina Veterinária da UFRGS Hamilton Luiz de Souza Moraes, que esclareceu dúvidas sobre a doença. O que é A DNC é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres. Ela é causada pelo vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1). Com isso, as aves apresentam sinais respiratórios, seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça. Qual o impacto em humanos O especialista explica que a doença pode causar, no máximo, conjuntivite transitória em humanos, podendo durar cerca de uma semana. A transmissão ocorre pelo contato, e não pelo consumo. "Ela é o que a gente chama de uma zoonose classe 2. Ela não causa muitos problemas, no máximo conjuntivite, mas em uma semana, tá bom. Então não é um problema para a saúde pública, vamos dizer assim. O problema maior é para as aves mesmo", explica. Como ela é transmitida A doença é transmitida por aves migratórias infectadas que fazem rotas comuns através dos continentes. Por conta disso, elas podem ter ocorrência em qualquer lugar do mundo. "Em algum momento essas aves se cruzam, então algumas que estejam infectadas podem contaminar outras, e nos locais onde elas estavam podem sair e infectar aves domésticas", explica. Como a doença é extinta A eliminação de todas as aves do mesmo lote é a metodologia de controle da doença. Isso ocorre pois o vírus é transmitido pelo ar, podendo contaminar ração, água e o abrigo aviário. Caso o foco não seja extinto, o surto pode se espalhar para uma região mais ampla. A medida foi confirmada pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, em conjunto com a Seapi, que irá seguir o seguinte protocolo: Eliminação e destruição de todas as aves do estabelecimento; Limpeza e desinfecção do local; Interdição imediata do estabelecimento avícola, suspendendo toda movimentação de aves desde o primeiro atendimento pela Seapi. Existe uma vacina contra a doença de Newcastle, que precisa ser aplicada, preventivamente, antes da transmissão da doença. Quão transmissível é a doença A difusão da DNC é rápida, pois ocorre por um vírus transmitido pelo ar. O especialista alerta que, se as aves contaminadas saem dos locais onde estão concentradas ou se são mortas e descartadas em lugares inadequados, podem se disseminar para toda uma região. A enfermidade também é letal, podendo matar quase 100% das aves infectadas. Por conta disso, os órgãos fiscalizadores têm uma preocupação com a dispersão. Para garantir a contenção do surto, o Mapa afirmou que irá realizar uma investigação epidemiológica complementar em um raio de 10 quilômetros ao redor da área de ocorrência do foco. No entanto, o especialista afirma que cada país tem um protocolo. Alguns países regionalizam em raio de 50km, podendo fechar um estado ou até o país, dependendo da disseminação da doença. "O Japão é mais inteligente. Para 50 quilômetros, porque esse vírus se conserva bem na carne congelada, então se a gente exportar a carne com vírus, a gente pode estar contaminando outros locais", explica. Qual a recorrência da doença No Brasil, o último registro da doença foi em 2006, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, segundo o Ministério. O especialista afirma que o foco da doença no estado se concentrou no município de Vale Real, a cerca de 90 km de Porto Alegre. "Algumas aves morreram e outras foram eliminadas", relembra. Qual o impacto financeiro O especialista explica que os animais sacrificados em 2006 foram um problema não apenas para as aves como também para os países que importavam o frango à época. Ele afirma que houve uma interdição do produto por cerca de três meses. "O Brasil é o primeiro exportador mundial de carne de frango, e os países que compram a nossa carne, quando tem surtos dessa doença, não querem exportar daquele local. Então naquela época, em 2006, houve a interdição da importação por mais ou menos 3 meses", revela. VÍDEOS: Tudo sobre o RS



Vendas de champanhe têm queda de 15% no semestre, e produtores vão limitar a colheita de 2024


19/07/2024 13:16 - g1.globo.com


Para associação de produtores, a situação geopolítica e econômica sombria, e uma inflação generalizada estão impactando o consumo familiar da bebida mais tradicional da França. Uvas são retratadas no vinhedo Brun de Neuville durante a tradicional colheita de Champagne em Bethon, França, em 2020. REUTERS/Charles Platiau/File Photo Os produtores de champanhe da França solicitaram nesta sexta-feira (19) uma redução na colheita de uvas deste ano, devido a uma queda de mais de 15% nas vendas do vinho durante o primeiro semestre. A redução de demanda acontece em meio a um cenário econômico mais incerto, que levou os consumidores a apertarem os gastos. De acordo com dados divulgados nesta sexta, as remessas de champanhe no primeiro semestre de 2024 totalizaram 106,7 milhões de garrafas, o que representa uma queda de 15,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando os números estavam mais próximos dos níveis vistos em 2019. David Chatillon, presidente da Union des Maisons de Champagne, declarou que "a situação geopolítica e econômica global sombria, além da inflação generalizada, estão impactando o consumo familiar". "O champanhe também está lidando com os efeitos do excesso de estoque que os varejistas acumularam em 2021 e 2022", conforme comunicado emitido pela associação que representa os produtores da região. Garrafas de champagne são vistas na adega da Bollinger durante a tradicional colheita de champagne em Ay, França, em 2016. REUTERS/Benoit Tessier/File Photo O comitê mencionou que a colheita deste ano em Champagne foi afetada por condições climáticas adversas desde o início do ano, incluindo geadas e chuvas que aumentaram os problemas com míldio nos vinhedos — uma das pragas mais importantes que afetam as plantas. Como resposta, foi estabelecido um limite máximo de 10 mil kg de uvas por hectare para a colheita deste ano, abaixo dos 11.400 kg/ha registrados em 2023. Ao contrário de outras vinícolas, a produção de champanhe geralmente envolve uma mistura de várias safras, utilizando estoques de anos anteriores. Essas reservas são acumuladas em anos de boas colheitas e podem compensar períodos de baixa produção. Apanhador de uvas colhe frutas de um vinhedo durante a tradicional colheita de Champagne em Bethon, França, em 2020. REUTERS/Charles Platiau/File Photo Esta não é a primeira vez que a região enfrenta perdas significativas devido a condições climáticas desfavoráveis. Em 2021, a produção caiu 25% em comparação com a média dos últimos cinco anos, atingindo o nível mais baixo em 35 anos. A colheita deste ano está programada para começar entre 10 e 12 de setembro. Diferentemente do ano passado, o comitê não divulgou previsões para as vendas e exportações para o ano completo. Por que o espumante se tornou a bebida da festa de ano novo



Dólar sobe e fecha em R$ 5,60, com fiscal no radar; Ibovespa cai


19/07/2024 12:01 - g1.globo.com


A moeda norte-americana avançou 0,30%, cotada em R$ 5,6039. Já o principal índice de ações da bolsa recuou 0,03%, aos 127.616 pontos. Notas de 1 dólar Rafael Holanda/g1 O dólar operou em queda boa parte do dia, mas fechou em alta nesta sexta-feira (19), com investidores de olho cenário fiscal brasileiro e nos eventuais impactos nos mercados financeiros após o apagão cibernético que atingiu diversos lugares do mundo. Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões no Orçamento de 2024, além de um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. As medidas vieram como uma tentativa do governo de cumprir a regra de gastos prevista no arcabouço fiscal. O anúncio justificou o otimismo dos investidores até o início da tarde. Mas o ânimo não se sustentou. Agentes do mercado acreditam que o corte de gastos está abaixo do ideal — o que mantém certa desconfiança sobre a política fiscal brasileira. A inversão de sinal durante a tarde também foi influenciada pela alta da moeda norte-americana no exterior. Os rendimentos dos Treasuries (títulos públicos dos EUA) passaram a subir ao longo da sessão, fortalecendo o dólar. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, recuou. Veja abaixo o resumo dos mercados. ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas Dólar O dólar subiu 0,30%, cotado em R$ 5,6039. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,6074. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou altas de: 3,18% na semana; 0,28% no mês; 15,48% no ano. Na véspera, a moeda fechou com um avanço de 1,89%, cotada em R$ 5,5872. Ibovespa O Ibovespa recuou 0,03%, aos 127.616 pontos. Com o resultado, acumulou: queda de 0,99% na semana; ganhos de 2,99% no mês; perdas de 4,90% no ano. Na véspera, o índice caiu 1,39%, aos 127.652 pontos. LEIA TAMBÉM 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? O apagão cibernético que atrasou voos e prejudicou diversos serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo ficava no centro das atenções nesta sexta-feira (19). O problema estaria relacionado a sistemas que utilizam Windows na empresa CrowdStrike, uma fornecedora de serviços de segurança digital. Em nota, a Microsoft informou que a falha já teria sido resolvida, mas que problemas residuais ainda podem ocorrer. Não há indícios de que o apagão esteja relacionado a um ataque hacker. Ainda assim, os futuros dos índices acionários de Nova York já sentiam os efeitos do apagão nos negócios desta sexta-feira, com investidores se desfazendo de algumas ações de tecnologia no pré-mercado. Os papéis da Microsoft e da CrowdStrike sinalizavam queda. Apagão cibernético prejudica bolsas de valores e mercados de commodities e câmbio pelo mundo Nos Estados Unidos, a corrida eleitoral também continua no radar. Investidores seguem incerto sobre o futuro chefe de Estado da maior economia do mundo, em meio a um crescente favoritismo pelo ex-presidente Donald Trump e após o atual presidente dos EUA, Joe Biden, afirmar que "analisa alma" sobre desistir de sua candidatura. Na véspera, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não deveria cortar os juros "antes do final de 2024", destacando que o governo norte-americano precisa aumentar os impostos para desacelerar o crescimento da dívida federal. Na Ásia, o Banco Central do Japão (BoJ) informou que recebeu um número considerável de solicitações para reduzir a compra mensal de títulos nos próximos anos. Já na China, a falta de estímulos econômicos pesou nos preços do minério de ferro, que recuaram nesta sexta-feira. No mercado local, o cenário fiscal continua a fazer preço nos negócios, com as atenções dos investidores voltadas para as discussões em torno do Orçamento. Na véspera, depois do fechamento do mercado, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciaram R$ 15 bilhões entre bloqueio e contingenciamento de verbas. Agentes de mercado queriam ao menos R$ 30 bilhões contingenciados para que a meta de déficit zero seja cumprida. A diferença entre bloqueio e contingenciamento é a seguinte: Bloqueio: se refere a valores no Orçamento que têm que ser bloqueados para o governo manter a meta de gastos do arcabouço fiscal. Contingenciamento: é uma contenção feita em razão de a receita do governo estar vindo abaixo do esperado. Segundo Haddad, as medidas são necessárias para cumprir a regra de gastos do governo prevista no arcabouço fiscal. O mercado já vinha mal com a perspectiva de que os cortes não fossem suficientes. Na quinta-feira, Tebet, descartou interromper programas sociais e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já iniciadas, principalmente nas áreas de saúde e educação. Tebet admitiu que o governo deve cortar gastos, mas afirmou que isso deve ser feito com os gastos "desnecessários". "Não tem nenhuma, nenhuma sinalização, nenhuma, de que o PAC, especialmente na área da educação e da saúde, vai ter corte", disse Tebet ao programa "Bom Dia, Ministra" do CanalGov. "Ainda que a gente tenha que fazer cortes temporários, contingenciamento ou bloqueios em obras de infraestrutura a gente faz naquelas que não iniciaram ou que não iniciariam agora para que a gente possa depois de dois meses --porque a cada dois meses a gente faz essa revisão — repor de outra forma", declarou Tebet. A ministra destacou que o governo pretende reestruturar alguns programas sociais, com cortes de gastos "naquilo que estiver efetivamente sobrando", com fiscalização de fraudes e irregularidades. "Obviamente, na hora que tiver que cortar, nós vamos reestruturar alguns programas. Nós temos que fazer reformas estruturantes para poder ter [recursos] para aquilo que mais precisa. Onde mais precisa? E eu sou professora, então educação, saúde", declarou. Ainda na quinta-feira, o governo manteve em 2,5% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024. Assim, o governo espera uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira, que cresceu 2,9% em 2023. A informação consta no Boletim Macrofiscal, da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, que também trouxe: A previsão para a inflação deste ano subiu de 3,7% para 3,90%. A perspectiva para o PIB em 2025 caiu de 2,8% para 2,6%. *Com informações da agência de notícias Reuters.



O que faz a empresa CrowdStrike, apontada como responsável por apagão global


19/07/2024 10:50 - g1.globo.com


Aeroportos em diferentes partes do mundo foram afetados e voos deixaram de decolar. Hospitais, serviços de emergência e postos de saúde também reportaram problemas na Europa e nos EUA. Apagão global está afetando bancos, aeroportos e diversos outros serviços que. usam softwares da Crowdstrike em sistemas Microsoft Getty Images/BBC Um apagão de tecnologia está provocando problemas em diversas partes do mundo, afetando bancos, empresas de mídia, aeroportos e até mesmo serviços de emergência. Muitos voos não puderam decolar, com grandes filas e atrasos em aeroportos. Lojas e telecomunicações também foram afetados. AO VIVO: Siga as últimas notícias do apagão cibernético ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Ainda não se sabe exatamente o que está provocando o apagão global. Mas diversas empresas e entidades afetadas apontaram um problema técnico com softwares da empresa de segurança CrowdStrike em sistemas Windows, da Microsoft. Ações da CrowdStrike desabaram 14% nas primeiras horas de negociações. As ações da Microsoft também caíram, assim como a de empresas no setor de turismo e viagens, que são as mais afetadas pelo apagão até agora. A Crowdstrike é uma empresa de segurança online fundada em 2011 cujo objetivo é proteger algumas das maiores empresas do mundo de ataques cibernéticos. Ela é especializada em proteção de segurança e busca evitar que softwares ou arquivos maliciosos atinjam redes corporativas. A CrowdStrike também é focada em proteção de dados para empresas que migraram suas bases de seus próprios computadores para servidores em nuvem. A empresa foi fundada no Texas pelos empreendedores George Kurtz — que segue como CEO — e Dmitri Alperovitch. Ela está listada na bolsa Nasdaq desde 2019. Apagão cibernético afeta operação de empresas aéreas, bancos e serviços de saúde pelo mundo Desde que foi lançada a empresa teve um papel importante em ajudar empresas a investigarem ataques cibernéticos. Em 2016, o partido Democrata dos Estados Unidos contratou a empresa para investigar uma falha na sua rede de computadores. O que diz a CrowdStrike A empresa divulgou um comunicado nesta sexta-feira (19/7) em que afirma que o apagão global não se trata de um ataque cibernético — mas sim de um defeito em uma atualização de sistema. "A CrowdStrike está ativamente trabalhando com clientes impactados por um defeito encontrado em uma atualização de conteúdo para servidores Windows. Servidores Mac e Linux não foram impactados. Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético", afirma a nota. "O problema foi identificado, isolado e um conserto está sendo feito. Encaminhamos os clientes ao portal de suporte para as mais recentes atualizações e vamos continuar oferecendo atualizações completas e contínuas em nosso site." "Nós também recomendamos que as organizações se certifiquem de que estão se comunicando com representantes da CrowdStrike através de canais oficiais. Nossa equipe está totalmente mobilizada para assegurar a segurança e estabilidade de clientes da CrowdStrike." A Microsoft também emitiu uma declaração, através de seu porta-voz: "Estamos cientes de um problema afetando aparelhos Windows devido a uma atualização de uma plataforma de software terceirizada. Nós avisamos que uma solução está por vir".



Apagão cibernético prejudica bolsas de valores e mercados de commodities e câmbio pelo mundo


19/07/2024 10:32 - g1.globo.com


Negociações ainda estavam em processo de normalização em vários lugares do mundo. Homem na Bolsa de Valores de Xangai, distrito financeiro de Pudong, na China, em 28 de fevereiro de 2020 Aly Song/Reuters Os comerciantes de petróleo, gás, energia, ações, moedas e títulos de alguns lugares do mundo sentiram dificuldades para operar nesta sexta-feira (19), após um apagão cibernético afetar uma série de operações. A LSEG Group, que administra a bolsa de valores de Londres, por exemplo, informou que suas plataformas de notícias e de dados sofreram uma interrupção que afetou usuários em todo o mundo, devido a um "problema técnico global de terceiros". Já a Bolsa Europeia de Energia, por sua vez, afirmou que os clientes que usam a plataforma de comércio de energia e gás Trayport estavam tendo problemas para negociar "devido a problemas de infraestrutura com prestadores de serviços terceirizados". Pelo menos seis fontes comerciais de grandes petrolíferas disseram que as operações foram afetadas. Shell, BP e Vitol não responderam ao pedido de comentários feito pela Reuters. "Estamos tendo a mãe de todas as interrupções no mercado global", afirmou um operador do mercado financeiro à agência de notícias Reuters. Bancos ao redor do planeta também sofreram interrupções. Na Austrália, por exemplo, o Commonwealth Bank, maior banco do país, afirmou que alguns clientes não conseguiram transferir dinheiro devido à interrupção de serviços. O mesmo aconteceu com a Capitec, da África do Sul, que informou que pagamentos com cartão, caixas eletrônicos e serviços de aplicativos sofreram interrupções significativas e precisaram ser restaurados. Na Alemanha, as operações chegaram a ser interrompidas, mas já foram normalizadas. Bancos têm instabilidade após apagão cibernético e clientes reclamam nas redes Efeitos nos mercados O apagão cibernético também já começa a afetar os negócios. Os futuros dos índices de ações dos Estados Unidos, por exemplo, operavam em queda nesta sexta-feira, à medida que investidores abandonavam ações de tecnologia enquanto avaliavam o impacto da interrupção tecnológica mundial que atingiu empresas de todos os setores. As ações da Microsoft, por exemplo, chegaram a cair mais de 2,7% nas negociações pré-mercado, após a interrupção na nuvem. Nvidia e Apple, por sua vez, recuavam 0,9% e 0,3%, respectivamente. Em nota, a Microsoft afirmou que a causa subjacente da falha cibernética global foi resolvida, mas alertou que o impacto residual dos problemas de segurança cibernética continua afetando alguns aplicativos e serviços do Office 365. Já os papéis da CrowdStrike Holdings recuaram 19% depois que o governo australiano disse que algumas interrupções no país pareciam estar ligadas a um problema na empresa. A interrupção tecnológica acontece depois de duas sessões cansativas para Wall Street, com investidores avaliando os lucros do segundo trimestre. As bolsas da Europa, por sua vez, operavam em queda nesta sexta-feira e devem registrar perdas semanas, pressionadas pelos preços mais baixos das commodities e pela queda das ações globais de tenologia. Na Ásia, as bolsas chinesas encerraram a semana em alta, marcando a sétima sessão de ganhos nesta sexta-feira. Hong Kong, por sua vez, teve a maior perda semanal em quase dois meses. Apagão cibernético afeta operação de empresas aéreas, bancos e serviços de saúde pelo mundo



Bancos têm instabilidade após apagão cibernético e clientes reclamam nas redes


19/07/2024 10:03 - g1.globo.com


Segundo o site Downdetector, Bradesco, Neon, Next e Banco Pan já haviam registrado reclamações. Em nota, Bradesco afirmou que apagão causou indisponibilidade de seus sistemas e que as equipes trabalham para regularização o mais breve possível. Aplicativo do Bradesco fora do ar em 19 de julho de 2024, dia de apagão global Diogo Mustaro/g1 Alguns bancos e fintechs brasileiros apresentavam problemas em seus aplicativos nesta sexta-feira (19), após um apagão cibernético que afetou vários lugares ao redor do mundo. O site Downdetector, que acusa problemas em canais digitais, apontava reclamações em pelo menos quatro instituições financeiras: Banco Pan, Bradesco, Neon e Next. Vários clientes também reclamavam nas redes, alertando que os aplicativos estavam fora do ar e relatando problemas para fazer login e pagamentos. Procurado, o Bradesco afirmou que os sistemas dos seus canais digitais ficaram indisponíveis nesta manhã por conta do apagão cibernético global. "Equipes estão atuando para regularização o mais breve possível. Os terminais de autoatendimento do banco funcionam normalmente", informou o banco em nota. Em comunicado enviado a clientes, o Neon informou que o aplicativo apresentava instabilidades em todos os seus serviço e transações, incluindo a utilização do cartão de débito e de crédito. "O funcionamento dos serviços foi restabelecido e todo o time técnico da Neon continua trabalhando arduamente para minimizar quaisquer impactos para seus clientes", disse. Já o Pan informou que foi "impactado por uma indisponibilidade originada na atualização do software de um de seus fornecedores, que impactou diversos segmentos". "O PAN já restabeleceu alguns de seus serviços e continua atuando para a normalização integral das funcionalidades", disse em nota. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), alguns sistemas de instituições financeiras chegaram a ser "temporariamente afetados em diferentes escalas" pela falha, mas não houve "nada que comprometesse a prestação de serviços de forma relevante". "A maioria das instituições financeiras brasileiras já normalizou seus serviços e as demais estão em avançado estado de normalização e trabalhando para garantir o funcionamento de seus serviços rapidamente", informou a federação em nota. O Banco Central do Brasil (BC) reportou que os seus sistemas estavam funcionando normalmente. Bancos de vários países relataram problemas em suas operações ou interrupções significativas na madrugada desta sexta-feira (19). Na Austrália, por exemplo, o Commonwealth Bank, maior banco do país, afirmou que alguns clientes não conseguiram transferir dinheiro devido à interrupção de serviços. O mesmo aconteceu com a Capitec, da África do Sul, que informou que pagamentos com cartão, caixas eletrônicos e serviços de aplicativos sofreram interrupções significativas e precisaram ser restaurados. Além disso, várias grandes mesas de negociação de petróleo e gás em Londres e Cingapura estavam lutando para executar negociações após o apagão cibernético. Apagão cibernético afeta operação de empresas aéreas, bancos e serviços de saúde pelo mundo Veja algumas reclamações de clientes nas redes sociais: Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text



Alface ou árvore? Saiba como evitar que o pé cresça demais e as folhas fiquem amargas


19/07/2024 06:30 - g1.globo.com


Isso pode acontecer quando a semente plantada tem baixa tolerância ao calor, o que faz com que o cultivo fique alto e emita o pendão floral (que deixa parecido com uma árvore). Telespectadora plantou alface e cresceu uma árvore: o que aconteceu? Já tentou plantar alface, mas ela não ficou como aquela que você compra no supermercado e ainda adquiriu um gosto amargo? Foi o que aconteceu com a Márcia, de Minas Gerais. O pé que ela cultiva cresceu como uma pequena árvore. Veja na foto mais abaixo. Isso pode acontecer quando a semente plantada tem baixa tolerância ao calor, o que faz com que o cultivo fique alto e emita o pendão floral (que deixa a alface parecida com uma árvore), explica Fábio Suinaga, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na unidade Hortaliças. Foto de alface enviada por Márcia, de Minas Gerais ao Globo Rural Reprodução / Globo Rural Como evitar? A alface é originária da região do Mar Mediterrâneo, que tem o clima mais ameno que o do Brasil, país tropical. As altas temperaturas brasileiras fazem com que o ciclo vegetativo da planta se encurte e entre mais cedo reprodutiva. É uma estratégia de defesa dela: a alface floresce e produz sementes, para deixar descendentes para a próxima geração. O clima ideal para este cultivo é de até 25°C. Em regiões em que esta temperatura é ultrapassada, a planta fica estressada. Nesses casos, é importante escolher variedades resistentes ao calor, como a BRS Mediterrâneo e a BRS Leila, desenvolvidas pela Embrapa. Outra dica para o cultivo em regiões mais quentes é colher com um ciclo menor. No Norte e no Nordeste do Brasil, o ideal é 10 dias, já no Sul e no Sudeste, 25 dias. Caso demore muito para colher, a alface pode acabar crescendo demais, o caule engrossa, solta látex, saem flores e o sabor fica mais amargo, impossibilitando o uso em salada. Reveja a reportagem completa no vídeo no topo da reportagem. Leia também: Descubra o que é o leite de alface, substância que combate o estresse Salada toma 'banho' com sabão e pode até se 'afogar' Veja os vídeos mais assistidos do Globo Rural:



Embraer entrega 47 aviões e encerra 2º trimestre de 2024 com quase R$ 117 bilhões em pedidos firmes


19/07/2024 00:18 - g1.globo.com


O setor de aviação comercial da empresa foi quem puxou essa alta de abril a junho deste ano, representando US$ 11,3 bilhões em pedidos no trimestre. O principal destaque do período foi o pedido de 20 jatos E2 pela Mexicana de Aviación – companhia aérea estatal do México. Phenom 300 foi o modelo de avião mais entregue no 2º trimestre pela Embraer. Divulgação/Embraer A Embraer, fabricante de aeronaves com sede em São José dos Campos (SP), informou nesta quinta-feira (18) que entregou 47 jatos no segundo trimestre de 2024. Comparado ao primeiro trimestre deste ano, quando 25 jatos foram entregues, a alta é de 88%. O balanço da empresa aponta que foram entregues 19 aviões comerciais e 27 executivos, além de um avião militar do ramo de Defesa. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp De acordo com a empresa, a carteira de pedidos chegou a US$ 21,1 bilhões no segundo trimestre deste ano, o que equivale a quase R$ 117 bilhões. O montante representa um aumento de US$ 3,8 bilhões na carteira de pedidos da multinacional na comparação com o segundo trimestre de 2023, quando foram registrados US$ US$ 17,3 bilhões -- uma alta de 21%. O setor de aviação comercial da empresa foi quem puxou essa alta de abril a junho deste ano, representando US$ 11,3 bilhões em pedidos no trimestre. O principal destaque do período foi o pedido de 20 jatos E2 pela Mexicana de Aviación – companhia aérea estatal do México. O balanço da Embraer apontou que, dos 47 jatos entregues entre abril e junho, 18 são do modelo "Phenom 300", oito são “E-175”, sete são “E195-E2”, quatro são "E190-E2", quatro "Praetor 600", três "Praetor 500", dois "Phenom 100" e um "C-390 Millennium". E-190 da Embraer. Divulgação/Embraer Empresa mexicana encomenda 20 jatos E2 da Embraer Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina



Privatização da Sabesp: governo de SP levanta mais R$ 7,9 bilhões com venda de ações


18/07/2024 23:47 - g1.globo.com


Preço definido por papel é de R$ 67. Liquidação está prevista para a próxima segunda-feira (22). Caixas de tratamento de água da Sabesp no estado de São Paulo. Divulgação/Sabesp O preço e o volume final das ações da Sabesp reservadas durante o processo de privatização da companhia de saneamento foram revelados nesta quinta-feira (18). Ao todo, a venda de 17% dos papéis da empresa rendeu R$ 7,9 bilhões ao governo de São Paulo. O preço definido por ação foi de R$ 67 — mesmo valor negociado com a Equatorial Participações e Investimentos, investidor estratégico da Sabesp, que já tinha adquirido 15% dos papéis por um total de R$ 6,9 bilhões. (leia mais abaixo) Somadas, as vendas totais, que correspondem a 32% das ações da companhia, resultaram em R$ 14,8 bilhões para os cofres do governo paulista. Os valores divulgados nesta quinta se referem ao chamado "follow-on", que é a oferta secundária de ações de uma empresa e modelo escolhido para privatizar a Sabesp. A previsão é que a liquidação da oferta pública ocorra na próxima segunda-feira (22). Os investidores interessados tiveram do dia 1º a 15 de julho para reservar 17% das ações da companhia. Pessoas físicas também puderam participar. Ao longo da pré-venda, as buscas totais pelos papéis mobilizaram R$ 187 bilhões de investidores interessados em concorrer a um pedaço da empresa. A soma das vendas também coloca a desestatização da Sabesp como a maior oferta pública de ações do ano no país. Conforme mostrou o g1, a principal forma de adquirir ações da Sabesp durante a privatização foi por meio da reserva de papéis — processo simples que pôde ser realizado por meio da conta do investidor em qualquer corretora de valores. No portal das corretoras, os interessados puderam procurar pela opção de "ofertas públicas" e escolher a Sabesp sob o código SBSP3. No momento da reserva, no entanto, ainda não havia a definição do preço da ação da empresa. Os valores foram divulgados justamente nesta quinta-feira, alguns dias após o encerramento do período de reservas. LEIA TAMBÉM Equatorial: conheça a empresa que comprou 15% das ações da Sabesp Governo de SP confirma Equatorial como investidora estratégica Sabesp: como comprar ações e o que dizem analistas sobre a companhia Privatização da Sabesp: gestão Tarcísio confirma Equatorial como investidora estratégica Como funciona a definição? Ao reservar as ações, o investidor precisou indicar duas informações: o valor financeiro disposto a investir e o preço máximo que aceitaria pagar por ação. O primeiro item se refere à quantia que o investidor queria desembolsar nas ações (como R$ 500, por exemplo). Já o segundo se trata do quanto ele queria pagar por cada papel (como R$ 50 para cada, no máximo). Assim sendo: se o preço de cada ação tivesse ficado em R$ 50, o investidor passaria a deter 10 papéis da companhia com os R$ 500 indicados na reserva, por exemplo. No caso da Sabesp, a Equatorial pagou cerca de R$ 67 por cada ação que adquiriu. Marcos Duarte, analista da Nova Futura Investimentos, destaca que as ações da companhia de saneamento estão cotadas atualmente na casa de R$ 82. Segundo ele, esse é o valor considerado justo no mercado, já que há um consenso entre compradores e vendedores. "O 'desconto ofertado' em R$ 67 pela Equatorial é baseado em modelos de avaliação da empresa — o que, na prática, tende a ser uma oportunidade para investidores que buscam aplicações mais seguras", diz, ressaltando a "solidez na eficiência das operações" da Sabesp. Fatias das ações Na última terça-feira (16), a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) confirmou que o fundo de investimentos Equatorial cumpriu com as exigências previstas na oferta pública inicial e, assim, adquiriu o bloco prioritário de 15% das ações da Sabesp. O grupo, que foi a único a apresentar proposta de compra, topou desembolsar R$ 6,9 bilhões pela fatia da companhia. A mudança na composição da Sabesp faz parte da decisão do governo paulista de diminuir sua participação acionária na empresa — ou seja, privatizar a companhia de saneamento. O Executivo paulista tinha 50,3% dos papéis e decidiu ficar com apenas 18%. A venda, portanto, foi de 32% das ações, sendo 15% para o grupo Equatorial e 17% para investidores, incluindo pessoas físicas. Os outros 49,7% dos papéis já eram listados em bolsa de valores. Veja no vídeo abaixo: Governo de SP vai manter 18% das ações da Sabesp após privatização Projeções iniciais do governo davam conta de que até 220,5 milhões de ações seriam vendidas ao longo das negociações. O processo de privatização da companhia passou por tramitações na Assembleia Legislativa de São Paulo e na Câmara Municipal da capital paulista, que incluíram contestações na Justiça. Apesar de a Equatorial ter sido o único grupo interessado ao se tornar investidor de referência, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende, comemorou a escolha da empresa. “A Equatorial é uma empresa multi-utilities, com reputação no mercado e capacidade de investimento que certamente auxiliarão para que consigamos atingir os objetivos da desestatização", disse a secretária. Privatização O projeto que autorizou a privatização da Sabesp foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo em dezembro de 2023. Na capital, a privatização foi aprovada na Câmara Municipal em 2 de maio deste ano. Atualmente, metade das ações da empresa está sob controle privado, sendo que parte é negociada na B3 e parte na Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos. Em 2022, a empresa registrou um lucro de R$ 3,1 bilhões. Desse montante, 25% foram revertidos como dividendos aos acionistas e R$ 2,4 bilhões destinados a investimentos. Atendendo 375 municípios com 28 milhões de clientes, o valor de mercado da empresa chegou, em 2022, a R$ 39,1 bilhões.