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Trump ameaça taxar a China em 155% a partir de novembro caso não haja acordo entre os dois países


20/10/2025 16:06 - g1.globo.com

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a ameaçar a China com tarifas nesta segunda-feira (20). Segundo o republicano, há a possibilidade de os EUA taxarem o gigante asiático com taxas de 155% a partir de 1º de novembro caso os dois países não consigam chegar a um acordo. Segundo o presidente norte-americano, a expectativa é que representantes dos dois países se encontrem na Coreia do Sul para uma nova negociação. "Espero fechar um acordo justo com Xi [Jinping, presidente chinês]", disse Trump a jornalistas. *Esta reportagem está em atualização



Petrobras reduz preço da gasolina em 4,9% para distribuidoras


20/10/2025 15:12 - g1.globo.com


A Petrobras vai reduzir o preço da gasolina em 4,9% para distribuidoras a partir desta terça-feira (21). Assim, o preço médio da gasolina A passará a ser, em média, de R$ 2,71 por litro — uma redução de R$ 0,14 por litro. Essa será a segunda redução dos preços de gasolina feita pela petroleira neste ano. Com isso, diz a Petrobras, os preços já caíram 10,3% (R$ 0,31 por litro) no acumulado de 2025. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Desde dezembro de 2022, os preços de gasolina para as distribuidoras foram reduzidos em R$ 0,36 por litro. Considerando a inflação do período, esta redução é de 22,4%", informou a Petrobras em nota oficial. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 A companhia também informou que deve manter os preços de venda do diesel para as distribuidoras neste momento. Nesse caso, segundo a Petrobras, foram três reduções desde março de 2025. Em janeiro, no entanto, a petroleira havia anunciado um aumento de R$ 0,22. Preços na bomba Segundo a Petrobras, os preços praticados pela empresa representam apenas cerca de um terço do valor final pago pelos consumidores nos postos. A petroleira explica que o preço da gasolina nas bombas é composto por diversos fatores, além do valor cobrado pela estatal. São eles: Custos e margem de lucro de distribuidoras e revendedores; Custo do etanol anidro, que é misturado à gasolina A para formar a gasolina C; Impostos federais, como Cide, PIS/Pasep e Cofins; Imposto estadual (ICMS), cuja alíquota varia conforme a unidade da federação. Veja a nota da Petrobras A partir de amanhã, 21/10, a Petrobras reduzirá seus preços de venda de gasolina A para as distribuidoras em 4,9%. Dessa forma, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 2,71 por litro, uma redução de R$ 0,14 por litro. Com o reajuste anunciado, esta é a segunda redução dos preços de gasolina em 2025. No acumulado do ano, a Petrobras reduziu seus preços em R$ 0,31/ litro ou 10,3%. Desde dezembro de 2022, os preços de gasolina para as distribuidoras foram reduzidos em R$ 0,36 / litro. Considerando a inflação do período, esta redução é de 22,4%. Para o diesel, neste momento, a Petrobras está mantendo seus preços de venda para as companhias distribuidoras. Desde março de 2025 a Petrobras realizou 3 reduções. Desde dezembro de 2022, a redução acumulada nos preços de diesel para as companhias distribuidoras, considerando a inflação, é de 35,9%. Transparência De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor. Acesse: precos.petrobras.com.br Fachada da Petrobras Reprodução



Trump diz que poderá comprar carne da Argentina para reduzir preço nos EUA


20/10/2025 14:57 - g1.globo.com


Trump condiciona ajuda de US$ 20 bilhões para Argentina à vitória de Javier Milei O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o país pode comprar carne bovina da Argentina na tentativa de reduzir os preços para os consumidores americanos. "Compraríamos carne bovina da Argentina", disse o presidente a repórteres a bordo do Air Force One durante um voo no domingo (19), segundo a agência Associated Press. "Se fizermos isso, os preços da nossa carne bovina cairão." Dias antes, Trump prometeu agir sobre o problema para tentar manter a inflação sob controle no país. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os preços da carne bovina nos EUA estão altos por vários motivos, incluindo a seca e a redução das importações do México devido a uma praga que atingiu os rebanhos bovinos do país latino-americano. Os EUA também diminuíram as compras da carne bovina do Brasil após o tarifaço aplicado por Trump em agosto. LEIA TAMBÉM: Mesmo com tarifaço, exportação de carne do Brasil bate novo recorde Trump diz a Lula que EUA 'estão sentindo falta' do café brasileiro: Trump recebe Milei pela primeira vez na Casa Branca Jonathan Ernst/Reuters O governo norte-americano tem trabalhado para ajudar a Argentina a fortalecer sua moeda com uma linha de crédito de US$ 20 bilhões. Além disso, Trump também forneceu financiamento adicional de fundos soberanos e do setor privado antes das eleições legislativas na Argentina deste domingo (26), que podem afetar o governo de seu aliado Javier Milei.



Motta defende aumentar para 35% o percentual de etanol na gasolina


20/10/2025 14:18 - g1.globo.com


Presidente da Câmara, Hugo Motta, defende aumento de etanol na gasolina Reprodução/TV Globo O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu nesta segunda-feira (20) aumentar para 35% o percentual de mistura de etanol na gasolina. Hoje, nós já temos 30% da mistura da gasolina com etanol e vamos lutar e brigar para que avancemos aos 35% na mistura, o que, sem dúvida alguma fortalecerá ainda mais a indústria de biocombustíveis do nosso país. Motta deu a declaração ao participar da abertura da 25ª edição da Conferência Internacional sobre Açúcar e Etanol, realizada em São Paulo pela Datagro. Em junho, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou elevar, a partir de 1º de agosto, o percentual de mistura do etanol na gasolina de 27% para 30% e, no caso do biodiesel, subir de 14% para 15% a mistura do etanol. As medidas visam a auxiliar o país a enfrentar possíveis altas no preço do petróleo em razão do conflito militar entre Irã e Israel. 🛢️O Irã é um dos principais produtores mundiais de petróleo, refinado para produção de combustíveis fósseis. 🪙Na ocasião, o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, afirmou que o governo projeta, com a medida tomada nesta quarta, uma queda de até R$ 0,11 por litro no preço da gasolina vendida nos postos de combustíveis. Segundo ele, a queda no preço da gasolina é aguardada porque o etanol, considerada a tributação, é mais barato do que a gasolina. Mendes afirmou que a medida abre caminho para que o Brasil seja autossuficiente em gasolina. O secretário também disse que o aumento do percentual de etanol na gasolina deixa o país menos suscetível às oscilações do petróleo no mercado internacional, em especial no cenário atual de conflitos no Oriente Médio. No caso do Irã, cerca de um terço do petróleo comercializado no mundo passa pelo estreito de Ormuz. Um eventual bloqueio do espaço pode ampliar o preço dos barris. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o aumento de etanol no biodiesel não deve ter impacto significativo nos postos. Veja também: Veja os vídeos que estão em alta no g1



Honda convoca recall de moto que custa R$ 80 mil por falha elétrica


20/10/2025 14:18 - g1.globo.com


Honda abre recall da Africa Twin A Honda convocou os proprietários da motocicleta CRF 1100L Africa Twin, fabricada entre 2021 e 2024, para um recall que envolve a substituição do interruptor do punho esquerdo. A campanha abrange 4.058 unidades e o atendimento já pode ser feito nas concessionárias autorizadas. Segundo a montadora, algumas unidades podem apresentar falhas no componente, o que pode impedir o funcionamento da buzina e/ou a alternância entre o farol alto e baixo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp A falha pode comprometer a segurança do condutor e de terceiros, além de representar infração às normas de trânsito. Honda CRF 1.100L African Twin é chamada para recall Divulgação | Honda Como agendar o recall O agendamento pode ser feito: Pelo site www.honda.com.br/recall ou; Pela Central de Atendimento no telefone 0800-701-3432 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h; aos sábados, das 8h às 14h — horário de Brasília). A Afrian Twin é uma das motocicletas mais caras do portfólio da Honda. O modelo é trail, ou seja, mais voltado para viagens e aventuras em terrenos fora-de-estrada e conta com duas versões. African Twin com câmbio manual: R$ 81.100; African Twin com câmbio DCT (automático de dupla embreagem): R$ 88.100. O modelo é equipado com motor de dois cilindros de 1.084 cm³ que entrega 99,3 cv de potência e 10,5 kgfm de torque. O torque é equivalente ao de um motor 1.0 dos carros mais populares do Brasil. E não é só isso que a assemelha de um carro de entrada. O preço também. Um Fiat Mobi, por exemplo, pode ser comercializado em duas versões, a Like e a Trekking, que custam, respectivamente, R$ 80.060 e R$ 81.900. Novo Honda WR-V chega por menos de R$ 150 mil



Argentina formaliza linha de financiamento dos EUA no valor de US$ 20 bilhões


20/10/2025 13:45 - g1.globo.com


Trump: Vou apoiar o governo de Milei na Argentina A Argentina oficializou nesta segunda-feira (20) uma linha de financiamento de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 108,7 bilhões) com os Estados Unidos, informou o banco central local. O empréstimo será feito por meio de um acordo de swap cambial, como parte de um plano para controlar a inflação e restaurar o crescimento econômico sustentável do país. 🔎 O swap cambial é uma troca temporária de moedas entre países, usada para proporcionar maior estabilidade à economia local e reforçar as reservas internacionais (dinheiro e ativos em moeda estrangeira que os países guardam para se proteger de oscilações do dólar e fazer pagamentos ao restante do mundo). A Argentina tem buscado apoio dos Estados Unidos para conseguir estabilizar a sua economia. Isso porque além da inflação ainda elevada e da desvalorização do peso argentino, o país também enfrenta uma onda de fuga de capitais e uma baixa reserva de dólares. “O objetivo do acordo é reforçar a estabilidade macroeconômica da Argentina, com foco na preservação dos preços e na promoção de um crescimento econômico sustentável”, afirmou o Banco Central da Argentina em nota oficial. 🔎 Na prática, a ideia é que a operação de swap cambial ajude a Argentina a aumentar suas reservas em dólar sem precisar recorrer a empréstimos tradicionais. Após um prazo determinado, o país devolve a moeda recebida, com ajustes de juros ou câmbio. O anúncio ocorre em meio à desvalorização do peso argentino e a poucos dias das decisivas eleições legislativas do governo do presidente ultraliberal Javier Milei, marcadas para 26 de outubro. Os Estados Unidos também prometeram ao aliado Javier Milei outros US$ 20 bilhões, em recursos públicos e privados, para enfrentar as turbulências do mercado — desde que ele alcance um bom resultado nas urnas. Ao todo, o socorro financeiro à Argentina soma US$ 40 bilhões. O presidente americano, Donald Trump, justificou o apoio à Argentina: “Eles não têm dinheiro (...), estão lutando para sobreviver”, declarou à imprensa no domingo. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Ajuda financeira O apoio foi confirmado após uma reunião entre as principais autoridades financeiras dos dois países, em Washington. Além disso, no mês passado, Donald Trump encontrou Javier Milei na Assembleia Geral da ONU, elogiou o presidente argentino e prometeu apoio ao país. Antes do encontro entre os líderes, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, já havia declarado que a Casa Branca estava disposta a fornecer amplo apoio à Argentina, incluindo uma linha de swap de US$ 20 bilhões. Em publicação no X na semana passada, Bressent reiterou o compromisso com o país. A piora na percepção dos argentinos sobre a economia tem pesado na queda da popularidade de Javier Milei. Apesar da forte desaceleração da inflação — que caiu de 211,4% em 2023 para 117,8% em 2024 — a economia dá sinais de estagnação, e o próprio presidente admitiu que o país está “paralisado”. O custo de vida segue alto, os salários perderam poder de compra e o desemprego, embora estável em 7,6%, convive com o avanço da informalidade, que atinge 43,2% da população ativa. A redução de subsídios também encareceu serviços como energia, transporte e telefonia, e os investimentos estrangeiros esperados não se concretizaram. Enquanto empresários elogiam o ajuste fiscal e o controle da inflação, criticam o alto custo de produção e os juros elevados — que ultrapassaram 60% para pequenas e médias empresas. A atividade industrial caiu 3% em agosto, reforçando o cenário de desaceleração. Trump recebe Milei pela primeira vez na Casa Branca Jonathan Ernst/Reuters



Dona da Gucci vende unidade de beleza à L’Oréal por US$ 4,7 bilhões em esforço para reduzir endividamento


20/10/2025 13:28 - g1.globo.com


Dona da Gucci vende unidade de beleza à L’Oréal por US$ 4,7 bilhões A Kering, controladora da Gucci, acertou a venda de sua divisão de beleza para a L’Oréal por 4 bilhões de euros (US$ 4,7 bilhões, ou aproximadamente R$ 25,1 bilhões, na cotação atual). A decisão representa uma mudança importante de estratégia do novo CEO, Luca de Meo, que busca reduzir a dívida do grupo de luxo e focar o negócio em seu principal segmento: a moda. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Pelo acordo, a gigante francesa de cosméticos L’Oréal comprará a marca de perfumes Creed, adquirida pela Kering em 2023 por 3,5 bilhões de euros. A empresa também receberá direitos exclusivos por 50 anos para desenvolver fragrâncias e produtos de beleza das grifes do grupo, como Bottega Veneta e Balenciaga. A L’Oréal também ficará com a licença da Gucci por 50 anos, após o término do contrato atual com a Coty, previsto para 2028. “Vender a Kering Beauté por um valor semelhante ao pago pela Creed há dois anos é uma medida amarga, mas necessária”, avaliaram analistas da Bernstein. Embora a venda já estivesse em análise antes de De Meo assumir oficialmente em setembro, o executivo italiano acelerou as negociações com a L’Oréal neste mês, segundo duas fontes próximas ao assunto. A compra da Kering Beauté será a maior aquisição já realizada pela L’Oréal, superando a da marca australiana Aesop, adquirida por US$ 2,5 bilhões em 2023. Para a Bernstein, o negócio faz sentido estratégico, pois a Creed é uma das marcas mais promissoras do segmento de fragrâncias de luxo. Após o anúncio, as ações da Kering subiram 4,7%, e as da L’Oréal avançaram 1,4%. Redução da dívida e mudança de rumo A venda representa um passo importante para reduzir a dívida líquida da Kering, que somava 9,5 bilhões de euros no fim de junho, além de 6 bilhões de euros em obrigações de arrendamento de longo prazo — um ponto que vinha preocupando investidores. A operação também simboliza uma mudança de direção de De Meo, menos de dois meses após assumir o cargo. Ele reverte uma das principais apostas estratégicas de seu antecessor, François-Henri Pinault, cuja família é controladora do grupo. A Kering criou sua divisão de beleza em 2023, após adquirir a Creed, com o objetivo de reduzir a dependência da Gucci, responsável pela maior parte dos lucros do grupo. Mesmo assim, o conglomerado francês enfrentou dificuldades para expandir o braço de cosméticos. A divisão registrou prejuízo operacional de 60 milhões de euros no primeiro semestre deste ano. A empresa também enfrenta queda nas vendas da Gucci, sua principal marca, em meio à desaceleração da demanda na China. A receita da grife caiu 25% em relação ao ano anterior no último trimestre divulgado, elevando a pressão sobre a Kering para reduzir o endividamento e evitar novos rebaixamentos de crédito. De Meo afirmou aos acionistas que pretende tomar decisões difíceis para reduzir a dívida, o que inclui racionalizar e reorganizar partes do grupo. A Kering também adiou o plano de adquirir integralmente a marca italiana Valentino e busca vender participações em imóveis para reforçar o caixa. Preço alto, mas estratégico para a L’Oréal A L’Oréal, fabricante das marcas Maybelline e CeraVe, já produz perfumes de sucesso sob o rótulo Yves Saint Laurent, cuja licença adquiriu da Kering em 2008 por 1,15 bilhão de euros. As duas companhias também anunciaram uma joint venture para oferecer experiências e serviços voltados ao público de luxo. De acordo com a Bernstein, as fragrâncias representam cerca de 14% da receita da L’Oréal em 2024 e cresceram em ritmo de dois dígitos no segundo trimestre, superando outros segmentos. “A L’Oréal vive um bom momento na divisão de luxo e deve estar interessada em assumir as licenças de perfume e beleza associadas às prestigiadas, mas pouco exploradas, marcas da Kering”, disse Bruno-Roland Bernard, consultor e professor de finanças corporativas e gestão de luxo no Institut Français de la Mode, em Paris. “É possível também que esteja aproveitando uma posição de negociação favorável, com pouca concorrência — afinal, poucos têm o porte e o poder financeiro para negociar com uma Kering sob pressão.” Ainda não está claro como o acordo pode impactar as conversas entre a L’Oréal e o grupo Armani, mencionado no testamento do falecido designer Giorgio Armani como um dos possíveis compradores de uma participação minoritária em sua grife. A Kering foi assessorada por Evercore e Centerview, enquanto a L’Oréal teve apoio do Bank of America e da Rothschild. O fechamento da transação está previsto para o primeiro semestre de 2026. Sinal luminoso da Gucci é visto em loja da marca em Paris, na França. Sarah Meyssonier / Reuters



Governo define valores de referência de botijões do programa 'Gás do Povo'; veja preços por região


20/10/2025 13:07 - g1.globo.com


Governo define valores de referência de botijões do programa 'Gás do Povo' Os ministérios da Fazenda e de Minas e Energia definiram os valores de referência regionalizados para o botijão do "Gás do Povo". Os preços foram publicados em uma portaria neste sábado (18) em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) (veja lista abaixo). O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem? Esses valores servirão como uma espécie de base para que o governo reembolse os revendedores varejistas credenciados no programa. Governo lança 'Gás do Povo', programa que vai oferecer botijão de gás gratuito Lançado no mês passado, o programa "Gás do Povo" vai oferecer gratuidade no botijão de gás de cozinha (GLP) e pretende ampliar o atual Auxílio Gás, com uma nova modalidade do auxílio, direcionada às famílias inscritas no Cadastro Único, com renda igual ou inferior a meio salário mínimo. A proposta deve beneficiar 15,5 milhões de famílias. Cálculos do Executivo apontam que a medida custará R$ 3,57 bilhões neste ano e, para o ano que vem, serão necessários, R$ 5,1 bilhões. Os valores dos botijões variam de R$ 91 a R$ 122. Veja tabela abaixo: Valores de referência 'Gás do Povo' De acordo com a portaria, os valores iniciais de referência permanecerão válidos até, no mínimo, 31 de dezembro deste ano. Após essa data, deverão ser atualizados. Entenda, abaixo, como funciona o programa: Quem terá direito? Famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), que tenham renda de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para aquelas que recebem Bolsa Família (renda per capita de até R$ 218). Vale destacar que também é preciso ter registro no CadÚnico com o máximo de 24 meses desde a última atualização. Quando o programa começa a valer? A previsão é que os primeiros botijões comecem a ser entregues na última quinzena de novembro. Porém, ainda não foi lançado um cronograma oficial. A expectativa é que, em março de 2026, o programa já esteja alcançando todos os beneficiários. Como vão ser as retiradas? A retirada do botijão de gás deverá ser feita pelo responsável pela família inscrita no CadÚnico nas revendedoras de GLP credenciadas pelo governo. Para isso, será preciso levar um documento de comprovação do benefício. Por exemplo: cartão bancário do Programa Bolsa Família; cartão bancário da Caixa Econômica Federal, nos termos estabelecidos em contrato da União com a Caixa Econômica Federal. Quantos botijões posso retirar? A quantidade de auxílios anuais para botijões gratuitos será definida conforme o número de integrantes por família, nos seguintes termos: Família de duas ou três pessoas - quatro auxílios por ano; Família de quatro ou mais pessoas - seis auxílios por ano. ➡️Os auxílios não serão cumulativos entre períodos sucessivos. Qual a validade do benefício? A disponibilização do auxílio terá validade máxima a depender da quantidade de pessoas por família, contada desde a data que o voucher ficar disponível. Veja: família de duas ou três pessoas - três meses de validade; e família de quatro ou mais pessoas - dois meses de validade. Como identificar se uma revenda participa do programa? O programa prevê que a revenda que desejar participar do programa deverá obedecer as regras de identidade visual, como: Portarias de revenda; Botijões de GLP; Veículos de transporte; Materiais de comunicação. Além disso, o aplicativo do beneficiário mostrará os pontos de revenda mais credenciadas mais próximas de sua residência. Botijões de gás em posto de revenda no Jardim São Gabriel, em Campinas Pedro Spadoni/EPTV



O plano da China que pode mudar a economia global


20/10/2025 13:02 - g1.globo.com


Os principais líderes da China se reúnem nesta semana em Pequim para traçar as metas do país e as prioridades para o restante desta década. As decisões tomadas na Plenária do Comitê Central do Partido Comunista Chinês servirão de base para o próximo plano quinquenal, que vai orientar a segunda maior economia do mundo entre 2026 e 2030. O plano completo será divulgado apenas no ano que vem, mas autoridades devem antecipar algumas diretrizes na quarta-feira (22/10). Especialistas afirmam que o modelo chinês, guiado por ciclos de planejamento em vez de eleições, costuma produzir decisões com impacto global. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Os planos quinquenais (cinco anos) definem o que a China quer alcançar, indicam a direção que a liderança pretende seguir e mobilizam os recursos do Estado para atingir esses objetivos predefinidos", diz Neil Thomas, pesquisador de política chinesa no Instituto de Políticas da Sociedade Asiática. À primeira vista, a imagem de centenas de burocratas de terno apertando as mãos e elaborando planos pode parecer monótona. A história, porém, mostra que suas decisões costumam ter repercussões profundas. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Aqui estão três momentos em que o plano quinquenal da China remodelou a economia global. 1981-84: 'Reforma e Abertura' É difícil precisar quando a China começou sua trajetória para se tornar uma potência econômica, mas muitos integrantes do Partido Comunista Chinês vão afirmar que foi em 18 de dezembro de 1978. O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem? Por quase três décadas, a economia chinesa foi controlada de maneira rígida pelo Estado. O planejamento central ao estilo soviético falhou em aumentar a prosperidade, e grande parte da população ainda vivia na pobreza. O país se recuperava do devastador governo de Mao Tsé-Tung. O Grande Salto para Frente (1958-1962) e a Revolução Cultural (1966-1976), campanhas lideradas pelo fundador da China comunista para remodelar a economia e sociedade, resultaram na morte de milhões de pessoas. Ao discursar na Terceira Plenária do 11º Comitê, em Pequim, o então novo líder chinês, Deng Xiaoping, declarou que era hora de adotar alguns elementos da economia de mercado. Sua política de "reforma e abertura" tornou-se eixo central do plano quinquenal seguinte, iniciado em 1981. A criação de zonas econômicas especiais de livre comércio, e os investimentos estrangeiros que elas atraíram, transformaram a vida dos chineses. A abertura econômica de Deng Xiaoping incluiu um acordo histórico com o então presidente americano, Jimmy Carter, em 1979 Getty Images via BBC Segundo Thomas, do Instituto de Políticas da Sociedade Asiática, os objetivos daquele plano quinquenal não poderiam ter sido atingidos de maneira mais enfática. "A China de hoje vai além dos sonhos mais ousados das pessoas dos anos 1970, em termos de restauração do orgulho nacional e de consolidação de seu lugar entre as grandes potências mundiais", afirma. O processo também remodelou a economia global. No século 21, milhões de empregos industriais do Ocidente foram transferidos para novas fábricas nas regiões costeiras da China. Economistas chamaram esse fenômeno de "choque da China", que acabou fomentando a ascensão de partidos populistas em antiga áreas industriais da Europa e dos Estados Unidos e levou a medidas como a imposição de tarifas e retaliações promovidas pelo presidente americano, Donald Trump — que diz tentar, assim, recuperar os empregos industriais perdidos para a China nas décadas anteriores. 2011–15: 'Indústrias estratégicas emergentes' O status da China como "fábrica do mundo" se consolidou com sua entrada na organização internacional global que trata das regras do comércio entre as nações, a Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001. Mas, na virada do século, o Partido Comunista Chinês já planejava o próximo passo. Havia o temor de que o país caísse na chamada "armadilha da renda média", quando uma nação em ascensão deixa de oferecer mão de obra barata, mas ainda não tem capacidade de inovação para produzir bens e serviços de alto valor agregado. Para evitar isso, a China começou a investir nas chamadas "indústrias estratégicas emergentes", termo usado oficialmente pela primeira vez em 2010. O foco incluía tecnologias verdes, como veículos elétricos e painéis solares. À medida que a mudança climática ganhava destaque na política ocidental, a China mobilizava recursos inéditos para impulsionar esses novos setores. Hoje, a China é líder global em energias renováveis e veículos elétricos, além de controlar quase todo o fornecimento de terras raras necessárias para a fabricação de chips e o desenvolvimento de inteligência artificial (IA). A dependência mundial desses recursos dá à China uma posição de poder. A recente decisão de restringir exportações de terras raras levou Trump a acusar a China de tentar "manter o mundo como refém". Embora as "forças estratégicas emergentes" tenham sido incorporadas ao plano quinquenal de 2011, a tecnologia verde já havia sido identificada como potencial motor de crescimento e poder geopolítico pelo então líder chinês Hu Jintao, no início dos anos 2000. "O desejo de tornar a China mais autossuficiente em economia, tecnologia e liberdade de ação vem de longa data, faz parte da própria essência da ideologia do Partido Comunista Chinês", explica Thomas do Instituto de Políticas da Sociedade Asiática. 2021-2025: 'Desenvolvimento de alta qualidade' Isso pode explicar porque nos planos quinquenais recentes, a China passou a priorizar o chamado "desenvolvimento de alta qualidade", conceito introduzido formalmente por Xi Jinping em 2017. A meta é desafiar o domínio tecnológico dos EUA e colocar a China na linha de frente do setor. Casos de sucesso doméstico, como o aplicativo de vídeos TikTok, a gigante de telecomunicações Huawei e o modelo de inteligência artificial DeepSeek ilustram o avanço chinês. O progresso da China, no entanto, é visto com desconfiança por países ocidentais, que a consideram uma ameaça à segurança nacional. As proibições e restrições a tecnologias chinesas afetaram milhões de usuários e provocaram disputas diplomáticas. Sob Xi Jinping, os planos quinquenais da China têm como foco o "desenvolvimento de alta qualidade" Grigory Sysoev/RIA Novosti/Pool/Anadolu via Getty Images/BBC Até agora, o avanço tecnológico chinês dependeu de inovações americanas, como os semicondutores avançados da Nvidia. Com a proibição de venda desses componentes para o país imposta pelo governo Trump, é provável que o conceito de "desenvolvimento de alta qualidade" evolua para o de "novas forças produtivas de qualidade", novo lema introduzido por Xi em 2023, que desloca o foco para o orgulho nacional e a segurança do país. Isso significa colocar a China na linha de frente da produção de chips, da computação e da inteligência artificial, sem ser dependente da tecnologia ocidental, além de ser imune a embargos. A autossuficiência em todos os setores, especialmente nos níveis mais altos da inovação, deve ser um dos pilares centrais do próximo plano quinquenal. "A segurança nacional e a independência tecnológica são hoje a missão definidora da política econômica da China", explica Thomas, do Instituto de Políticas da Sociedade Asiática. "Mais uma vez, isso remete ao projeto nacionalista que sustenta o comunismo chinês, garantindo que o país nunca mais seja dominado por potências estrangeiras." Uma criança segura a bandeira da China na Praça da Paz Celestial, em Pequim, no Dia Nacional da China Getty Images via BBC



Governo proíbe a venda de azeite da marca Ouro Negro


20/10/2025 12:43 - g1.globo.com


Entenda as fraudes de azeite mais comuns no Brasil O governo federal apreendeu e proibiu a venda de todos os lotes de azeite da marca Ouro Negro. A decisão foi publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Diário Oficial da União, nesta segunda-feira (20). Com a medida, ficam proibidas a comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso do azeite Ouro Negro. Na decisão, a Anvisa menciona que o azeite foi desclassificado pelo Ministério da Agricultura, em ação realizada em outubro do ano passado, e tem origem desconhecida. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A Anvisa informou ainda que a empresa responsável pela importação é a Intralogística Distribuidora Concept Ltda, que tem CNPJ suspenso na Receita Federal. O g1 entrou em contato com um e-mail que constava no registro do CNPJ da empresa. Não houve resposta até a última atualização desta reportagem. LEIA MAIS: Azeite fica 14% mais barato em um ano; entenda o que fez o preço cair Mais de 20 azeites proibidos: veja as marcas vetadas desde o começo do ano De onde vem o azeite Mais de 20 marcas proibidas Além do Ouro Negro, o governo federal, por meio de ações da Anvisa e do Ministério da Agricultura, já proibiu mais de 20 marcas de azeite desde o início do ano (veja lista abaixo). Tanto o ministério quanto a agência, que podem atuar em conjunto, possuem uma lista com marcas e lotes vetados para consumo. Algumas marcas aparecem em ambas as relações. As ações deste ano se somam a outras do ano passado. Desde o começo de 2024, o governo federal já proibiu lotes e marcas de azeite mais de 70 vezes. Algumas das irregularidades encontradas pelo governo, desde o início de 2024, foram: importação e distribuição por empresas sem CNPJ no Brasil; adulteração/falsificação; presença de óleos vegetais no produto; não atendimento às exigências sanitárias para suas instalações; não atendimento a padrões de rotulagem; falta de licenciamento junto à autoridade sanitária competente; incerteza sobre origem ou composição do produto. Veja as marcas que foram proibidas ou tiveram lotes vetados em 2025: Ouro Negro - outubro Los Nobles - setembro Vale dos Vinhedos – julho Serrano – junho Málaga – junho Campo Ourique – junho Santa Lucía – junho Villa Glória – junho Alcobaça – junho Terra de Olivos – junho Casa do Azeite – junho Terrasa – junho Castelo de Viana – junho San Martín – junho Grego Santorini – maio La Ventosa – maio Escarpas das Oliveiras – maio Almazara – maio Quintas D'Oliveira – maio Alonso – maio Doma – fevereiro Azapa – fevereiro Ministério da Agricultura dá algumas pistas para encontrar um azeite de qualidade Arte/g1 Como comprar um bom azeite Escolha um produto com envase recente ️Desconfie de preços muito baixos ️Não compre azeite a granel Veja se o produto já foi proibido pela Anvisa ou pelo Ministério da Agricultura ➡️Como checar se a marca de azeite já teve a venda proibida pelo Ministério da Agricultura Marcas de azeite proibidas em 2024 Marcas de azeite proibidas em dezembro de 2023 ➡️Como saber se a empresa tem registro no Ministério da Agricultura O Cadastro Geral de Classificação (CGC) permite verificar se distribuidora, importadora ou produtora de azeite está registrada no Ministério da Agricultura. A ferramenta está disponível neste link, onde é possível pesquisar pela empresa no campo "Estabelecimento". Segundo o Ministério, o registro no CGC é obrigatório para empresas que processam, industrializam, beneficiam ou embalam azeites e outros produtos vegetais. Ao serem registradas, elas ficam sujeitas à fiscalização. Imagem do Sipeagro, onde é possível consultar se uma empresa tem registro no Ministério da Agricultura. Reprodução ➡️Como saber se o produto está na lista da Anvisa de produtos falsificados O órgão oferece neste link uma ferramenta em que o consumidor pode verificar se um produto está irregular ou é falsificado. Para usá-la, basta inserir o nome da marca no campo "Produto". Ferramenta de pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para saber se um produto é falsificado. Reprodução G1 em 1 minuto: 21 marcas de azeite já foram alvo de proibição total ou parcial do governo



Comissão do Congresso volta a adiar votação do Orçamento de 2026 por falta de acordo


20/10/2025 12:06 - g1.globo.com


A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso resolveu adiar mais uma vez a análise do relatório final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. A decisão foi confirmada nesta segunda-feira (20) pelo presidente da comissão, senador Efraim Filho (União-PB). Antes do adiamento, a previsão era que o texto seria analisado nesta terça-feira (21) na comissão, e encaminhado para o plenário na quinta (23). Segundo Efraim Filho, a decisão foi tomada após um pedido do Planalto, diante de incertezas sobre aumento de impostos e corte de gastos. O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda busca alternativas para recompor o orçamento após a derrubada da medida provisória (MP) que previa um aumento de impostos na tentativa de compensar o aumento no IOF. Segundo interlocutores do Planalto, o objetivo é ganhar tempo e traçar alternativas para conseguir recompor um rombo estimado em R$ 20 bilhões neste ano, aberto pela perda da validade da MP. Derrota do governo na MP de compensação do IOF impôs desafio 🔎A proposta do governo de aumentar tributos e de limitar compensações tributárias sofria forte resistência do setor produtivo, que criticava o foco do governo na alta de impostos para buscar o equilíbrio das contas públicas. 🔎A medida provisória precisaria ser votada no Congresso, caso contrário, perderia a validade. Foi o que aconteceu. Deputados aprovaram a retirada da medida provisória da pauta de votações da Câmara em 8 de outubro, data em que o texto "caducou". Leia mais aqui. 🔎A LDO estabelece as regras para a elaboração do Orçamento do ano seguinte. Cabe ao texto definir, por exemplo, o nível de equilíbrio entre receitas e despesas federais. Com a derrubada da MP, analistas apontam para uma perda de arrecadação estimada em mais de R$ 20 bilhões neste ano, que pode chegar até mesmo a R$ 40 bilhões em 2026. Ou seja, impacto, por baixo, de mais R$ 50 bilhões até o fim do governo Lula. Também há preocupação de parlamentares sobre o impacto desse "buraco" no Orçamento sobre os valores destinados para emendas parlamentares — o que pode resultar em R$ 10 bilhões a menos em 2026 para este fim. Leia também: Após derrubada de MP, governo teme votação da LDO com calendário que obriga pagamento de emendas em 2026 Calendário impositivo de emendas Outro impasse é o calendário que força o pagamento de emendas parlamentares até o mês de junho. Segundo o relatório apresentado pelo deputado Gervásio Maia (PSB-PB), o governo terá que pagar todas as emendas PIX e emendas para as áreas de saúde e assistência social ainda no primeiro semestre. Isso deve representar mais da metade do total de emendas no ano, que pode passar de R$ 50 bilhões. Mas, interlocutores do Planalto afirmam que, se a oposição garantir a aprovação do texto com essa imposição no calendário, a medida será vetada pelo presidente Lula. A GloboNews apurou que há a possibilidade de governo e base aliada negociarem um "meio-termo", ou seja, uma execução proporcional para garantir aos gestores uma previsibilidade diluída em todos os meses. As negociações, no entanto, ainda estão em uma etapa inicial. O Congresso exige um calendário para impedir que o governo faça "barganha política" com a data para pagamento dessas emendas parlamentares. Haddad e Lula em evento no Planalto em 28 de julho de 2025 REUTERS/Adriano Machado



Dólar inicia a semana em queda com atenção ao mercado externo; bolsa opera estável


20/10/2025 12:00 - g1.globo.com


Lula defende uma América Latina "independente" O dólar começou esta segunda-feira (20) em queda. Por volta das 10h15, a moeda americana recuava 0,51%, sendo negociada a R$ 5,3772. O Ibovespa, por sua vez, registrava leve alta de 0,02%, aos 143.421 pontos. Os investidores iniciam a semana atentos a novos dados de inflação no Brasil e aos desdobramentos fiscais nos Estados Unidos. Na China, o crescimento do PIB reforça a leitura de estabilidade, em meio à desaceleração global. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Na agenda interna, o Banco Central divulgou o Boletim Focus da semana encerrada em 17 de outubro. A mediana das projeções dos economistas para a inflação oficial em 2025 recuou de 4,72% para 4,70%, na quarta queda seguida. Para 2026 e 2027, as estimativas permaneceram em 4,28% e 3,90%, respectivamente. ▶️ Nos EUA, o impasse em torno da aprovação do orçamento mantém o risco de paralisação parcial do governo. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, alertou que os cortes já estão “atingindo o músculo da economia”, com prejuízos estimados em cerca de US$ 15 bilhões por dia. ▶️ Ainda na maior economia do mundo, as ações de bancos regionais caíram após Western Alliance e Zions revelarem fraudes em empréstimos, com perdas de até US$ 100 milhões. Analistas dizem que a reação foi exagerada. Em contrapartida, First Brands e Tricolor Holdings enfrentam dívidas bilionárias e entraram em recuperação judicial. (leia mais) ▶️ Na China, o PIB cresceu 4,8% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado em linha com as projeções de analistas e que reforça a percepção de estabilidade da economia. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -1,78%; Acumulado do mês: +1,55%; Acumulado do ano: -12,54%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +1,87%; Acumulado do mês: -2,00%; Acumulado do ano: +19,15%. Boletim Focus Os analistas do mercado financeiro voltaram a revisar para baixo as projeções de inflação para os próximos anos. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 caiu de 4,72% para 4,70%, marcando a terceira redução consecutiva. Para 2026, a expectativa de inflação também foi ajustada, passando de 4,28% para 4,27%. Já para 2027 e 2028, as projeções recuaram de 3,90% para 3,83% e de 3,68% para 3,60%, respectivamente, indicando uma tendência de desaceleração gradual no horizonte mais longo. No que diz respeito ao crescimento da economia, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 subiu ligeiramente, de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a expectativa permaneceu estável em 1,80%, sinalizando uma visão cautelosa dos analistas sobre o ritmo de expansão econômica nos próximos anos. Além disso, o mercado manteve suas estimativas para a taxa básica de juros (Selic). A projeção para o fim de 2025 segue em 15% ao ano — atual patamar da taxa. Para 2026 e 2027, as expectativas continuam em 12,25% e 10,50% ao ano, respectivamente, refletindo uma perspectiva de queda gradual nos juros ao longo do tempo. Crédito americano no radar As ações dos bancos regionais dos EUA caíram com força na quinta-feira, depois que Western Alliance e Zions Bank revelaram exposição a casos de fraude envolvendo clientes, reacendendo preocupações sobre a solidez das carteiras de crédito do setor. 📉 O índice KBW, que reúne bancos regionais, recuou 6,3% — a maior queda desde abril. As ações do Zions caíram 13,1%, enquanto as do Western Alliance perderam 10,8%. Com ativos de US$ 89 bilhões, o Zions informou que fará uma provisão de US$ 60 milhões após detectar irregularidades em dois empréstimos comerciais. O banco também ingressou com ação judicial na Califórnia. Já o Western Alliance, que possui ativos de US$ 87 bilhões, também entrou com ação por fraude e tenta recuperar cerca de US$ 100 milhões. Segundo o banco, as garantias existentes cobrem as obrigações, e há ainda fianças adicionais de investidores de alta renda. O aumento da cautela em relação aos bancos regionais e a intensificação das tensões comerciais entre EUA e China derrubaram o rendimento dos Treasuries de dois anos para o menor nível desde 2022. O índice S&P 500 também recuou 0,6%. Apesar disso, analistas ouvidos pelo “Financial Times” avaliam que a reação do mercado foi provavelmente exagerada — isso porque as perdas estimadas representam menos de 2% do capital tangível dos bancos. Em comparação com os recentes colapsos das empresas First Brands Group e Tricolor Holdings — cuja dívida ultrapassou bilhões ou ficou praticamente perdida — as perdas dos bancos parecem modestas, na casa de dezenas de milhões. A Tricolor Holdings pediu recuperação judicial em setembro, depois de quase perder parte de suas dívidas, e estima que o total de suas dívidas esteja entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões; A First Brands também entrou com o pedido, estimando uma dívida entre US$ 10 bilhões e US$ 50 bilhões. EUA em paralisação pelo 20º dia A paralisação do governo dos EUA chega ao seu 20º dia nesta segunda-feira, tornando-se a terceira mais longa da história do país. Desde o início do mês, mais de 750 mil servidores federais foram afastados de suas funções, enquanto outros, considerados essenciais — como militares, agentes de segurança e controladores de tráfego aéreo — seguem trabalhando sem garantia de pagamento. O Senado deve realizar nesta segunda-feira a 11ª tentativa de votação para encerrar o impasse. Caso o projeto seja aprovado e sancionado por Donald Trump, a paralisação será encerrada. Se não houver acordo, o bloqueio orçamentário continuará, ampliando os prejuízos econômicos, que já são estimados em US$ 15 bilhões por dia, segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent. O principal ponto de divergência entre democratas e republicanos está na manutenção dos subsídios fiscais para quem compra planos de saúde pelo sistema conhecido como “Obamacare”. Enquanto os democratas exigem que o benefício seja renovado, os republicanos querem discutir o tema separadamente, o que tem travado as negociações. Bolsas globais Na sexta-feira, em Wall Street os principais índices subiram com a queda na preocupação do mercado sobre uma escalada da guerra comercial entre EUA e China. O Dow Jones subiu 0,52%, aos 46.190,61 pontos, o S&P 500 avançou 0,53%, aos 6.664,01 pontos, e o Nasdaq teve ganhos de 0,52%, aos 22.679,98 pontos. Na Europa, as bolsas abriram em alta nesta segunda-feira, após dias de forte oscilação. A melhora ocorre mesmo diante das preocupações com o aumento da inadimplência nos EUA e da recente perda de nota de crédito da França, rebaixada pela S&P Global Ratings. Os principais índices europeus operam com desempenho misto: o STOXX 600 sobe 0,65%, enquanto o DAX, da Alemanha, avança 1,25%. O FTSE 100, do Reino Unido, registra alta de 0,38%, e o FTSE MIB, da Itália, sobe 1,37%. Já o CAC 40, da França, tem leve queda de 0,02%, refletindo o impacto do rebaixamento da nota de crédito. Na Ásia, os mercados fecharam em alta, com destaque para Hong Kong, que teve o melhor desempenho em dois meses. A recuperação foi impulsionada pela expectativa de que o presidente dos EUA, Donald Trump, recue nas ameaças de novas tarifas contra a China. Além disso, investidores acompanham uma reunião importante do Partido Comunista chinês, que deve traçar os rumos da economia para os próximos cinco anos. No fechamento, o índice Nikkei, de Tóquio, subiu 3,37%. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 2,42%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,63%. O CSI300, que reúne grandes empresas chinesas, subiu 0,53%. Em Seul, o Kospi ganhou 1,76%, e em Taiwan, o Taiex teve alta de 1,41%. Cingapura manteve o mercado fechado nesta segunda-feira. Dólar Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo *Com informações da agência de notícias Reuters.



Boletim Focus: mercado financeiro reduz estimativas da inflação para 2025 e 2026


20/10/2025 11:46 - g1.globo.com


Os analistas do mercado financeiro reduziram as estimativas de inflação em 2025 e 2026. As expectativas fazem parte do boletim "Focus", divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana. ➡️ A projeção de inflação do mercado para 2025 recuou de 4,72% para 4,70%; ➡️ Para 2026, a projeção recuou de 4,28% para 4,27%; ➡️ Para 2027, a projeção recuou de 3,90% para 3,83%; ➡️ Para 2028, a projeção recuou de 3,68% para 3,60%. Mercado volta a reduzir previsão de inflação para o ano Desde o início de 2025, com a adoção do sistema de meta contínua, o objetivo é manter a inflação em 3%, sendo considerado dentro da meta se variar entre 1,5% e 4,5%. Pelo sistema de metas, cabe ao Banco Central ajustar os juros para manter a inflação dentro do intervalo estabelecido. Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, o BC já considera a expectativa de inflação acumulada em 12 meses até o primeiro trimestre de 2027. Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses passou a ser comparada com a meta e seu intervalo de tolerância. Se a inflação permanecer fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC deve enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos (leia mais abaixo). Com a inflação acima do teto do sistema de metas por seis meses consecutivos até junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, precisou enviar uma carta pública ao ministro Fernando Haddad explicando os motivos do novo descumprimento da meta. Segundo ele, a inflação brasileira ultrapassou o teto da meta (4,5%) no acumulado de 12 meses até junho devido à atividade econômica aquecida, da variação cambial, do custo da energia elétrica e de anomalias climáticas. 🔎 Por que isso importa? Quanto maior a inflação, menor o poder de compra da população — especialmente entre quem recebe salários mais baixos. Isso ocorre porque os preços sobem, mas os salários não acompanham esse aumento. Brasil tem a maior inflação para fevereiro em 22 anos Jornal Nacional/ Reprodução Produto Interno Bruto A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 passou de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a projeção de crescimento do PIB continuou em 1,80%. ➡️ O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é utilizado para medir o desempenho da economia. Taxa de juros Economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 2025. Para o fechamento de 2025, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros. Para o fim de 2026, a projeção continuou em 12,25% ao ano. Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado permaneceu em 10,50% ao ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 se manteve em R$ 5,45. Para o encerramento de 2026, a estimativa continuou em R$ 5,50. Balança comercial: a projeção de superávit da balança comercial em 2025 diminuiu de US$ 62 bilhões para US$ 61,15 bilhões. Para 2026, a estimativa de saldo positivo passou de U$ 65,72 bilhões para U$ 65,22 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2025 foi mantida em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa também permaneceu inalterada, em US$ 70 bilhões.



Por que o preço mundial da carne bateu recorde enquanto os do leite e do açúcar caem


20/10/2025 10:49 - g1.globo.com


Especialista dá dicas de como identificar a melhor carne O preço mundial da carne marcou um recorde histórico em setembro, em meio à menor oferta do produto, aliada à alta demanda. O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) mede a variação mensal dos preços internacionais de uma cesta que inclui cinco tipos de produtos alimentícios. O índice aponta que o preço da carne subiu em quase 10%, desde janeiro deste ano. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A categoria "carne" inclui produtos de vaca, porco, aves e carneiro. Ele atingiu em agosto a média de quase 128 pontos, o que é uma máxima histórica desde a criação do indicador, três décadas atrás. Os preços da carne de vaca e de carneiro foram os que sofreram maiores aumentos. Já as cotações da carne de porco e de aves se mantiveram praticamente estáveis. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Este recorde reflete uma combinação entre a escassez de carne para exportação em diversos dos principais países produtores e a demanda mundial sustentada das importações, segundo a economista da FAO Monika Tothova. "Os surtos de doenças animais e as persistentes tensões e incertezas sobre o rumo das políticas comerciais" são fatores que impulsionaram o aumento dos preços, declarou Tothova à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC. Para se proteger dos vaivéns do mercado, alguns importadores passaram a armazenar carne, para se adiantar frente a possíveis distúrbios comerciais. E, do ponto de vista climático, a seca e outros fenômenos meteorológicos extremos também se ampliaram, afetando toda a cadeia produtiva. A alta do preço da carne de vaca Os preços internacionais da carne de vaca subiram não só devido à falta de oferta em países como o Brasil e os Estados Unidos. Outros fatores, como o alto custo do alimento para o gado, da energia, da mão de obra e do transporte também colaboraram. Somem-se a isso as altas taxas de juros, que aumentam os custos para empresários que buscam empréstimos para financiamento. O preço da carne de vaca nos Estados Unidos aumentou em 12% no último ano Getty Images via BBC Os preços também subiram, segundo Tothova, porque, em muitos países, o mercado se concentra em algumas poucas empresas processadoras de carne. Elas detêm considerável poder de mercado, o que limita a concorrência e fortalece a possibilidade de determinar preços. Tudo isso ocorre em meio a um contexto de incertezas sobre políticas comerciais, como a implementação de tarifas de importação, restrições sanitárias em alguns países e alterações de acordos comerciais, segundo a economista. Andrés Oyhenard, especialista da consultoria uruguaia Tardáguila Agromercados, observou a redução da oferta de carne de vaca proveniente dos Estados Unidos nos últimos anos. "A estoque de gado bovino nos Estados Unidos é a menor dos últimos 70 anos", afirma ele. "Recentemente, surgiram indícios de que estão mandando menos vacas para o abate, para recompor o estoque que foi perdido." Este processo é conhecido como retenção dos animais. Ocorre que os ciclos de criação e crescimento do gado exigem tempo. Por isso, recompor a quantidade de animais pode demorar até meados de 2027, segundo Oyhenard. O Brasil, principal exportador mundial de carne bovina, também avança lentamente para uma fase de retenção do gado. O objetivo é incentivar a criação para recompor a oferta no futuro. "A questão é que, como os preços estão muito altos, existe um incentivo para manter o abate", destaca o especialista. A carne bovina brasileira aumentou de valor, graças à sólida demanda mundial que permitiu ao país compensar a redução do acesso ao mercado americano, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicou ao Brasil uma tarifa de importação de 50%. 'É matemática pura: trata-se da oferta e da demanda', segundo Jilly Greed. Getty Images via BBC Com este panorama global, os preços da carne bovina dispararam em muitas partes do mundo. O preço de um novilho ou macho gordo para abate aumentou em 54% na União Europeia, 33% nos Estados Unidos, 26% no Brasil e 17% no México, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da publicação World Beef Report (WBR). Isso não significa que o preço final pago pelo consumidor tenha sofrido o mesmo aumento. Muitos outros fatores influenciam a cadeia de produção, como a quantidade de carne importada, o nível de impostos, custos de transporte, a estrutura da cadeia de abastecimento e o nível de concorrência entre os processadores de carne e os varejistas. Baixa no preço do açúcar e dos laticínios O preço do açúcar diminuiu 21% em relação ao ano passado, no mercado internacional Getty Images via BBC Enquanto o preço internacional da carne atingiu recordes históricos, o índice da FAO que monitora cinco categorias de alimentos baixou em setembro. O chamado Índice de Preços dos Alimentos marcou, no mês passado, uma média de 128,8 pontos. Este número representa uma forte queda acumulada de quase 20%, em relação ao nível recorde atingido em março de 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A redução média dos preços dos alimentos em setembro se deve à queda do preço do açúcar e dos laticínios, que conseguiram compensar o aumento da carne. O preço do açúcar caiu em 21% em relação ao nível anterior, atingindo seu nível mais baixo desde março de 2021. O motivo foi o aumento da produção de açúcar no Brasil, acima do que estava previsto. Também contribuíram para a redução dos preços as perspectivas favoráveis para a colheita na Índia e na Tailândia, após as abundantes chuvas das monções, aliadas à expansão das plantações. Já os preços dos laticínios caíram em setembro pelo terceiro mês consecutivo. Inclui-se, aqui, a a redução do valor da manteiga e do leite em pó desnatado e integral. Já a cotação do queijo sofreu apenas uma leve redução. Em outros setores, o preço dos cereais (incluindo produtos como o trigo, milho e arroz) caiu em cerca de 7% no último ano, enquanto o valor dos óleos vegetais nos mercados internacionais se manteve 18% acima do seu nível do ano passado. O índice mundial do preço da carne subiu em 10% este ano Getty Images via BBC



Economia da China desacelera com guerra comercial e demanda fraca destaca riscos estruturais


20/10/2025 10:28 - g1.globo.com


Trump ameaça 'corte de laços' no comércio com a China O crescimento econômico da China desacelerou para o ritmo mais fraco em um ano no terceiro trimestre. A fraca demanda interna tornou o país mais dependente de suas fábricas exportadoras, alimentando preocupações sobre o agravamento dos desequilíbrios estruturais. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Apesar de o crescimento de 4,8% no terceiro trimestre, em comparação ao ano anterior, ter ficado dentro do esperado e manter a China próxima da meta de 5% para 2025, a dependência da economia em relação às exportações, em meio ao aumento das tensões comerciais com Washington, levanta dúvidas sobre a capacidade do país de sustentar esse ritmo. Pequim pode estar aproveitando a resiliência do crescimento como demonstração de força nas conversas entre o vice-premiê He Lifeng e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, previstas para os próximos dias na Malásia — e também em uma possível reunião entre Donald Trump e Xi Jinping, na Coreia do Sul, ainda neste ano. Exportadores buscam novos mercados Jeremy Fang, diretor de vendas de uma fabricante chinesa de produtos de alumínio, afirma que sua empresa perdeu 20% da receita. As vendas maiores para a América Latina, África, Sudeste Asiático, Turquia e Oriente Médio não conseguiram compensar uma queda de até 90% nos pedidos vindos dos Estados Unidos. Fang contou que está aprendendo espanhol para se antecipar aos concorrentes chineses que buscam novos mercados fora dos EUA e que agora viaja ao exterior o dobro do que viajava no ano passado. Ainda assim, esse esforço não tem sido suficiente. “É preciso ser implacavelmente competitivo no preço”, disse Fang. “Se o produto custa US$100 e o cliente tenta negociar, é melhor reduzir US$10 ou US$20 e fechar o negócio. Não dá para hesitar.” Essa forte concorrência entre os exportadores chineses aprofunda a fragilidade interna, levando muitas empresas a reduzir salários e até cortar empregos para continuar competitivas. A produção industrial subiu 6,5% em setembro em relação ao ano anterior, atingindo o maior nível em três meses e superando as previsões. Já as vendas no varejo desaceleraram para 3%, o ritmo mais fraco em dez meses. Os dados também mostraram que os preços das casas novas caíram em setembro no ritmo mais rápido em 11 meses, o que pressiona ainda mais o consumidor. O investimento no setor imobiliário, já afetado pela crise, recuou 13,9% nos nove primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período anterior. “O crescimento da China está se tornando cada vez mais dependente das exportações, que têm compensado a fraqueza da demanda interna”, avaliou o analista da Capital Economics, Julian Evans-Pritchard. “Esse modelo de crescimento não é sustentável. A economia pode desacelerar ainda mais no médio prazo, a menos que o governo adote medidas mais firmes para estimular o consumo das famílias.” Economia da China desacelera com guerra comercial e demanda fraca destaca riscos estruturais AP Photo



Bolsa Família 2025: pagamentos de outubro começam nesta segunda; veja calendário


20/10/2025 03:01 - g1.globo.com


Bolsa Família 2025: pagamentos de outubro começam nesta segunda; veja calendário A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de outubro do Bolsa Família 2025 nesta segunda-feira (20). Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem? O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para outubro de 2025: Final do NIS: 1 - pagamento em 20/10 Final do NIS: 2 - pagamento em 21/10 Final do NIS: 3 - pagamento em 22/10 Final do NIS: 4 - pagamento em 23/10 Final do NIS: 5 - pagamento em 24/10 Final do NIS: 6 - pagamento em 27/10 Final do NIS: 7 - pagamento em 28/10 Final do NIS: 8 - pagamento em 29/10 Final do NIS: 9 - pagamento em 30/10 Final do NIS: 0 - pagamento em 31/10 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Novembro: de 14/11 a 28/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família pode ser solicitado em uma unidade do Cras. Divulgação/MDAS Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa. 'Na minha opinião, quem recebe o Bolsa Família deveria continuar recebendo quando consegue um emprego', defende Zema — mas o programa já tem hoje essa possibilidade, com a regra de proteção, introduzida em 2023 Lyon Santos/MDS Bolsa Família pode ser solicitado nas unidades do Cras Lyon Santos/MDS Bolsa Família pode ser solicitado nas unidades do Cras. Lyon Santos/MDS Bolsa Família pode ser solicitado nas unidades do Cras Lyon Santos/MDS Bolsa Família Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo Programa Bolsa Família Roberta Aline/MDS



Suco de laranja: safra brasileira inicia com receita menor e volume exportado aos EUA e Europa é igual, aponta USP


19/10/2025 22:49 - g1.globo.com


Suco de laranja tem menor volume exportado na safra 24/25, mas atinge receita recorde Jornal Nacional/ Reprodução As exportações brasileiras de suco de laranja, entre julho e setembro de 2025, tiveram desempenho menor do que o observado na parcial da safra deste ano quando comparado à temporada anterior. A receita com os embarques do produto recuou cerca de R$ 15%. O início da safra, por outro lado, é marcado por novo panorama dos países destinos. Os Estados Unidos e a Europa mantiveram, neste ano, o mesmo volume comprado, aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) do campus da USP em Piracicaba (SP), feita a partir de dados do governo federal, e divulgada nesta sexta-feira (17). "Pela primeira vez em vários anos, os embarques aos Estados Unidos e à União Europeia se igualaram, com aproximadamente 48% de participação cada em volume", analisa o Cepea. Veja detalhes, abaixo: 📉De acordo com dados da Comex Stat, o volume de suco embarcado totalizou 199,7 mil toneladas em equivalente concentrado, queda de 4% frente a igual intervalo do ano anterior, e a receita recuou 15%, para US$ 751,3 milhões. "A retração no montante recebido por exportadores reflete o enfraquecimento dos preços internacionais, diante da ampliação da oferta global e do comportamento mais cauteloso de compradores, sobretudo os europeus", afirma o Cepea. Suco sem tarifaço Ainda segundo estudos dos pesquisadores do setor de hortifrúti do Cepea, a isenção da sobretaxa de 40% manteve os embarques aos Estados Unidos. Mas, os produtos derivados, óleos e farelo, seguem penalizados pela alíquota de 50%. Diante desse contraste, os pesquisadores do Cepea ressalta a importância de acordos bilaterais que garantam competitividade. "Apenas o suco de laranja, mas não seus subprodutos, foi isento da sobretaxa de 40%, permanecendo sujeito à tarifa de 10% acrescida da taxa fixa de US$ 415 a tonelada", detalharam os pesquisadores do Cepea em boletim de agosto. "Entre resiliência e prudência, o setor exportador entra em nova fase: menos euforia, mais estratégia. O futuro dependerá da inovação e da conquista de mercados em um ambiente de margens estreitas", completam. Mudança nos destinos O destaque do início da safra, indicam pesquisadores do Cepea, foi a mudança na composição dos destinos. "O avanço de 13% nas vendas ao mercado norte-americano, mesmo com a manutenção da tarifa residual de 10%, evidencia a elevada dependência dos Estados Unidos do suco brasileiro", indica o Cepea. "Já a União Europeia, tradicional principal destino, mostrou retração de 8%, influenciada pela redução da demanda após os altos preços e problemas de qualidade observados na safra anterior", completa. "Estamos casados com os EUA e eles com a gente", diz diretor da CitrusBR após suco de laranja escapar do tarifaço Safra anterior O volume de suco de laranja exportado pelo Brasil na safra 2024/25, que se encerrou em junho deste ano, foi o menor em quase 30 anos, mas a receita com os embarques foi recorde. O futuro do setor de citrus, no entanto, segue incerto. Agentes do mercado nacional já demonstravam incerteza quando o novo tarifaço foi anunciado pelo Presidente Donald Trump. - Entenda mais, abaixo. Na comparação com a safra anterior, a receita cresceu 28,4%, totalizando US$ 3,48 bilhões, conforme estudo do Cepea no início de julho deste ano. Oferta restrita: apesar do cenário de incerteza quanto à recuperação plena do consumo externo de suco e de uma safra 'turbulenta', nas palavras dos pesquisadores da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq-USP), o impacto da elevação de 10% nas tarifas foi minimizado pela oferta restrita do Brasil, que sustentou os embarques. Carta de Trump ao Brasil tem a tarifa mais alta 📲 Participe do canal do WhatsApp do g1 Piracicaba Agentes do setor de citricultura, consultados pelo Cepea, demonstraram receio de que demanda internacional não se restabeleça completamente. "Ora devido à estagnação do consumo, ora pelos efeitos ainda indefinidos dos aumentos tarifários implementados pelo governo Trump sobre produtos brasileiros", analisam. "No entanto, permanece incerta a magnitude dos efeitos de um possível aumento tarifário para patamares de até 50% sobre o suco de laranja, especialmente diante da perspectiva de maior produção nacional nas próximas temporadas", destacam. Assim, ainda conforme o Centro de Pesquisas, o acúmulo de divisas oriundas das exportações na temporada 2024/25 foi extremamente favorável, permitindo ao setor uma capitalização importante frente aos desafios futuros. 📃Leia mais Calor e greening impactam safra da laranja e preço da fruta alcança maior patamar em 30 anos em São Paulo, aponta estudo da USP O que é o greening O greening é uma bactéria considerada a mais destrutiva da citricultura mundial. Os sintomas dela podem ser observados nas folhas de pés de laranja, por exemplo, que apresentam um aspecto amarelado, e nas flores, que ficam secas e murchas. A bactéria afeta a saúde da planta e a produção de frutos. "A doença é transmitida por um inseto vetor, pelo psilídeo, e é justamente nessa região de Limeira, Avaré e Bebedouro, esse 'miolo' do estado de São Paulo, onde são capturadas as maiores populações de inseto. Consequentemente a gente tem as maiores taxas de transmissão", explica Guilherme Rodriguez, supervisor de projetos do Fundecitrus, em entrevista à EPTV em setembro de 2024. Greening aumenta nas laranjeiras da região de Limeira e contribui para alta de preços Veja mais notícias sobre a região no g1 Piracicaba



Queda de produtividade preocupa produtores de limão


19/10/2025 10:31 - g1.globo.com


Frutas não atingem tamanho ideal e parte da colheita acaba indo para a indústria de moagem Reprodução/TV TEM Encontrar limão no ponto certo de colheita tem sido uma tarefa cada vez mais difícil nesta entressafra para os produtores de Itajobi (SP), município que está entre os maiores produtores da fruta no Brasil. Com 50 mil pés cultivados, o produtor rural Vitor Hugo Roque já prevê uma quebra de quase 20% na produção deste ano. O principal motivo, segundo ele, é o clima seco. “A planta não se desenvolve, dá pouco fruto e a colheita fica complicada”, explica. Mesmo com a área irrigada, as plantas sofreram com a falta de chuva e o excesso de calor. No pé, a maior parte dos limões está miúda e ainda longe do tamanho ideal para o mercado. Segundo o engenheiro agrônomo Uander Júnior Baunilha, a diferença de tamanho é determinante: frutos menores perdem valor e dificultam o escoamento da produção. “Na entressafra, o produtor espera caixas cheias porque a procura aumenta e o preço sobe. Mas com a fruta pequena, ou ela fica no pé esperando chuva ou vai para a indústria de moagem, que paga bem menos”, explica. Na beneficiadora local, por onde passam cerca de 6 toneladas de limão por dia, a fruta é submetida a uma seleção criteriosa. Segundo Uander, as quatro primeiras esteiras do processo costumam separar os frutos que não têm padrão de mercado. A empresa beneficiou 32 toneladas no ano passado e exporta 30% da produção para países da Europa e América do Sul — mercados que exigem limões graúdos e com casca mais grossa para resistirem ao transporte. O produtor Ciniro Sorge, que cultiva cerca de 2 mil pés, também viu parte da produção se perder no chão. O sobrinho João, responsável pela administração do sítio, mostra os frutos pequenos que não vingaram. “A gente enfrenta secas há três anos. Teve frio forte no começo e agora essa seca… falta água, e a planta sente”, conta Ciniro. Para tentar amenizar os efeitos do clima, os produtores intensificaram a irrigação e recorreram à chamada indução, técnica usada meses antes da entressafra para estimular a florada. Mas a chuva escassa impediu bons resultados. “A indução ajuda, mas depende da chuva. Como choveu muito pouco, o resultado ficou abaixo do esperado”, explica o consultor agrícola Duan Júnior Magalhães. Preço menor que no ano passado desanima produtores Além da quebra de safra, o preço do limão também ficou abaixo da expectativa. Em 2024, a caixa chegou a R$ 120 na entressafra. Este ano, não passou de R$ 90. Mesmo diante das dificuldades, Vitor Hugo diz que não pretende desistir da lavoura. “O limão faz parte da história da minha família. Eu cresci aqui. É muito trabalho, mas também muito amor e fé de que o clima vai melhorar”, afirma o produtor. Os produtores de Itajobi agora apostam na chegada das chuvas de primavera para recuperar parte das perdas. Se o clima ajudar, a fruta poderá atingir o padrão ideal para venda no mercado interno e exportação — mantendo o município como referência na produção de limão no Brasil. Veja a reportagem exibida no programa em 19/10/2025: Queda de produtividade preocupa produtores de limão Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Clima atrapalha e afeta tamanho do pêssego em Jarinu


19/10/2025 10:31 - g1.globo.com


Produtores de pêssego enfrentam efeitos do calor e buscam manter a produtividade da fruta TV TEM/Reprodução O início da safra de pêssegos em Jarinu (SP) veio com surpresas neste ano. A colheita, que costuma seguir uma ordem entre as variedades da fruta, apresentou uma inversão: o tipo campai, que normalmente amadurece depois, saiu antes do tropic beauty. Segundo a engenheira agrônoma Sofia Santana Mortali, o fenômeno está ligado ao estresse das plantas, resultado de variações climáticas registradas desde a floração de 2024. “Ano passado tivemos um problema na floração, que saiu desuniforme. Desde então, as plantas vêm sofrendo bastante”, explica. As altas temperaturas entre maio e junho, período em que ocorre a maturação das gemas, também prejudicaram o desenvolvimento dos pessegueiros. O calor excessivo interferiu no crescimento das frutas e provocou diferença de tamanho entre os frutos de uma mesma plantação. Quando o pêssego não atinge o calibre ideal, o preço de venda no mercado diminui, e isso representa prejuízo para os produtores. Em outra área de Jarinu, o produtor Eduardo Mingotti também enfrenta os efeitos do clima. Depois de três décadas cultivando morangos, ele decidiu substituir o parreiral por pêssegos. “Nossa família plantou morangos por 30 anos, mas o clima ficou muito quente e faltou mão de obra. Aí resolvemos investir no pêssego, e está dando certo”, conta. Com três hectares de pomar, Eduardo tenta equilibrar a produção com adubação adequada e cuidados com a irrigação. “Tem que fazer a adubação correta, com potássio e cálcio, e não chover demais. Nem muito, nem pouco”, diz. Apesar das dificuldades, o produtor está otimista. Ele espera colher cerca de 15 toneladas por hectare e vender o quilo da fruta por R$ 15 em média. Veja a reportagem exibida no programa em 19/10/2025: Clima atrapalha e afeta tamanho do pêssego em Jarinu Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Produtores de São Paulo investem no cultivo de açaí


19/10/2025 10:30 - g1.globo.com


Cultivo do açaí, fruta típica da região amazônica, vem ganhando espaço no interior paulista TV TEM/Reprodução O cultivo do açaí, fruta típica da região amazônica, vem ganhando espaço no interior paulista. Antes pouco conhecido por aqui, o plantio tem crescido nos últimos anos e começa a se tornar uma alternativa de renda para produtores rurais. Em Ibirá (SP), o produtor Nelsindo Gonzales cultiva o açaí em 12 hectares. São mais de quatro mil touceiras, metade delas já em fase de produção. As palmeiras chegam a 30 metros de altura e cada uma pode render até quatro cachos por ano. O fruto começa a ser colhido cerca de três anos após o plantio, e cada cacho chega a pesar até três quilos. O cultivo é resultado de uma adaptação da espécie amazônica às condições do Sudeste. A variedade utilizada é a “Açaí Pai D’Égua”, desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mais resistente e produtiva em áreas não alagadas. Para expandir o cultivo, o produtor mantém um viveiro com cerca de três mil mudas que serão destinadas ao replantio. As abelhas também têm papel importante no desenvolvimento da lavoura. Na propriedade, há quase 20 espécies diferentes, entre europeias e sem ferrão, que ajudam na polinização das flores. A presença delas pode aumentar a produção em até 50%. Depois da colheita, as folhas e cachos das palmeiras são reaproveitados como fertilizantes naturais, reduzindo o desperdício e melhorando o solo. O cultivo de açaí também tem avançado em outras cidades da região. Em Ibirá, há áreas consorciadas com banana e cacau. Já em Cedral (SP), o plantio foi adotado como alternativa à cana-de-açúcar e à fruticultura tradicional. Segundo a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), existem hoje cerca de dez projetos em execução no Noroeste Paulista, que somam 50 hectares plantados. A alta valorização da fruta e o interesse do mercado têm estimulado os produtores a investir cada vez mais nessa cultura, ainda nova, mas cheia de potencial. Veja a reportagem exibida no programa em 19/10/2025: Produtores de São Paulo investem no cultivo de açaí VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Governo lança nesta semana programa de R$ 40 bilhões para reforma de casas; veja quem poderá participar


19/10/2025 07:02 - g1.globo.com

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lança nesta segunda-feira (20) o programa Reforma Casa Brasil, que vai oferecer R$ 40 bilhões em crédito para reformas e melhorias de casas em todo país. O programa será lançado em um evento no Palácio do Planalto. Lula tem apostado em iniciativas sociais para impulsionar a sua gestão. Segundo o governo, o programa vai disponibilizar R$ 30 bilhões do Fundo Social, que serão voltados a famílias com renda de até R$ 9.600 (veja mais critérios abaixo). Governo anunciou há duas semanas novo modelo de empréstimos para compra da casa própria A Caixa também vai disponibilizar R$ 10 bilhões do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para rendas superiores a esse limite — totalizando R$ 40 bilhões em crédito habitacional. De acordo com o governo, a meta inicial é 1,5 milhão de contratações. Quem poderá participar Um dos critérios será a renda de até R$ 9.600. O governo também afirmou que o programa atenderá famílias que já possuem imóvel, mas enfrentam problemas estruturais ou de adequação, como telhados danificados, pisos comprometidos, instalações elétricas e hidráulicas precárias, falta de acessibilidade ou necessidade de ampliação. Esse programa vem sendo prometido desde o começo do ano.



Correios: saiba o que está por trás da crise que se arrasta por 12 trimestres de prejuízos


19/10/2025 07:01 - g1.globo.com

Correios: saiba o que está por trás da crise que se arrasta por 12 trimestres de prejuízos A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, os Correios, enfrenta uma crise econômico-financeira, que começou em meados de 2022, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e que continua na gestão Luiz Inácio Lula da Silva. Desde 2022, são 12 trimestres seguidos de prejuízos na empresa pública, que alcançou um déficit de R$ 4,36 bilhões no primeiro semestre de 2025. 🔎O termo "déficit" significa que os gastos somados foram maiores que a receita que os Correios conseguiu gerar no ano. Na última quarta-feira (15), a estatal anunciou que busca R$ 20 bilhões em empréstimo para tentar conter a crise. Os resultados negativos em sequência resultaram, no ano passado, no primeiro prejuízo bilionário da empresa desde 2016. Naquele ano, os Correios tiveram prejuízo de R$ 1,5 bilhão (R$ 2,3 bilhões, em valores atualizados). Em 2024, o prejuízo foi de R$ 2,6 bilhões. Veja abaixo, em tópicos, o principais fatores que levaram os Correios à atual situação: Gastos com pessoal Remessa Conforme Fluxo de Caixa Investimentos Precatórios Unidades deficitárias Medidas contenciosas Alternativas Correios anunciam plano para cobrir rombo bilionário nas contas da empresa Gastos com pessoal Um dos motivos que levaram ao primeiro prejuízo em 2022 não é muito diferente do que acontece na atual gestão: gastos com pessoal. À época, a gestão do presidente Floriano Peixoto Vieira Neto informou que os custos tinham aumentado em função de dois reajustes salariais, um de 9,75%, retroativo a agosto de 2021, após acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), em setembro de 2022. E outro de 10,12%, quase duas vezes maior que a inflação daquele ano, mais um abono indenizatório de R$ 1 mil para cada empregado. Os acordos coletivos de trabalho dos Correios são firmados ao longo do ano e por isso têm validade em um intervalo de 12 meses que atinge dois anos diferentes, geralmente o segundo semestre de um e o primeiro semestre do seguinte. Só naquele ano, o impacto dos dois reajustes salariais nas contas dos Correios foi de R$ 820,5 milhões. Entretanto, o segundo reajuste salarial, que também envolveu os vales de alimentação e de refeição, causou um impacto de R$ 1,3 bilhão para o ano de 2023, já sob a gestão do presidente Fabiano Silva. No ano seguinte, em 2024, os Correios assinaram um novo acordo coletivo que concedeu até 6,57% de reajuste salarial para 71 mil empregados, a inflação no ano foi de 4,83%. Somado a isso, também foi aprovado um reajuste aumentando a base salarial em 30%. E o impacto em 2024 foi uma elevação de gastos com folha de pagamento de R$ 894 milhões. Já o acordo coletivo estabelecido no ano passado previu um reajuste linear de 4,11% para os empregados e um benefício de gratificação de 70% a ser recebido nas férias seguintes à assinatura. Com isso, só no primeiro semestre deste ano de 2025 o aumento na folha de pagamento foi de R$ 547 milhões. Além desses gastos, em 2024 os Correios fecharam um acordo com a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) para assumir uma dívida referente ao "Plano de Benefício Definido (PBD)" de aposentadoria e pensão para os funcionários. Com isso, a empresa acordou pagar agora R$ 2,4 bilhões, corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 349 meses. E mais uma previsão de R$ 5,4 bilhões que deverão ser pagos conforme a aposentadoria dos beneficiários do plano. Remessa Conforme Outro fator que impactou diretamente a situação econômico-financeira da estatal foram as mudanças implementadas pelo programa "Remessa Conforme", criado pelo Ministério da Fazenda em 2023. O governo passou a cobrar imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, que até então estavam isentas para empresas. A medida ficou conhecida como "taxa das blusinhas". Com a instituição do programa, a legislação brasileira passou a permitir que empresas de transportes façam o frete pelo Brasil de mercadorias internacionais, deixando de ser obrigatória a distribuição das encomendas junto aos Correios, como era feito até então. E isso gerou um impacto significativo nas receitas dos Correios. Um estudo produzido pela empresa no começo do ano apontou que a estatal teve uma frustração de receita de R$ 2,2 bilhões após o implemento do programa. As demonstrações financeiras de 2024 apontam que houve uma redução de receita com encomendas internacionais de R$ 531 milhões, em relação a 2023. 'Taxa das blusinhas': Veja como ficam os preços de produtos internacionais com novo imposto Já para o primeiro semestre de 2025, os Correios obtiveram R$ 815 milhões de receita com as encomendas internacionais e viram a redução dessa renda despencar em R$ 1,3 bilhão em relação ao mesmo período do ano passado, quando registrou R$ 2,1 bilhões. Com a difusão das compras por meio de marketplaces internacionais, nos últimos anos, essa receita chegou a responder por quase 25% de todo o faturamento da empresa. Ainda no primeiro semestre deste ano, os Correios até conseguiram aumentar suas receitas com transporte de encomendas em território brasileiro, entretanto não foi o suficiente para melhorar o resultado financeiro da empresa. Fluxo de caixa Com o aumento de despesas e a redução de receitas, o maior impactado é o caixa da empresa. Em 2023, a empresa fechou o ano com R$ 3,2 bilhões disponíveis para uso ou em aplicações financeiras. Entretanto, após uma série de medidas que geraram despesas, a empresa fechou o ano de 2024 com R$ 249 milhões em caixa. Uma redução de 92%. Ao final do ano passado, a situação já era considerada crítica e os Correios tomaram R$ 550 milhões em empréstimos junto aos bancos Daycoval e ABC para conseguir pagar as contas de final de ano. Ao todo, os Correios estimam pagar R$ 69 milhões em juros com esses empréstimos, o equivalente a 13% do valor total captado. A empresa pegou os empréstimos e decidiu quitá-los integralmente em 2025. As parcelas começaram a vencer neste mês de julho e seguem até dezembro. Sem dinheiro em caixa, os Correios estão desde o final do ano passado com relevantes dificuldades fiscais, o que tem gerado atrasos nos pagamentos de credores. Em julho, o g1 obteve acesso a um documento no qual a empresa formaliza o adiamento no pagamento de diversas obrigações, que somam R$ 2,75 bilhões. “Com foco na continuidade das operações, essa iniciativa teve como objetivo central preservar a liquidez e reequilibrar, ainda que temporariamente, a estrutura do fluxo de caixa, mitigando os efeitos imediatos do desequilíbrio financeiro entre entradas e saídas”, afirma o texto. E, para pagar os dois empréstimos de 2024 e parte das demais contas, em junho, a gestão do ex-presidente Fabiano Silva tomou outro empréstimo, com um consórcio de bancos, no valor de R$ 1,8 bilhão e com a expectativa de pagar R$ 367 milhões em juros. A empresa estima que a taxa de juros efetiva para esse empréstimo é de 21,99% ao ano. O atual presidente da empresa, Emmanoel Schmidt Rondon, justificou que os Correios estão em busca de um empréstimo de R$ 20 bilhões também como forma de diminuir a taxa de juros contratada na gestão passada. Ao todo, o dinheiro seria usado para liquidar os empréstimos em aberto e dar fôlego ao caixa da empresa. “A gente precisa recuperar a liquidez da empresa para que a gente possa, por exemplo, ter capacidade de pagar o Plano de Demissão Voluntária (PDV). Estamos fazendo uma operação com bancos para a realizar uma operação de tomada de recursos”, afirmou o presidente. Investimentos Nas Demonstrações Financeiras de 2024, os Correios informaram que, mesmo em meio a dificuldades financeiras, investiram R$ 830 milhões ao longo do ano, totalizando R$ 1,6 bilhões desde que a nova gestão assumiu. Em meio à crise com Lula, União Brasil pressiona pelos Correios e Banco do Brasil Nos últimos dois anos, foram R$ 698 milhões na aquisição de novos veículos e outros R$ 600 milhões gastos em manutenção da infraestrutura operacional da empresa. 🚐Parte dos veículos adquiridos faz parte do plano estratégico da empresa de 5 anos para transição ecológica de suas atividades. Desta forma, apenas em 2024 foram adquiridos: 50 furgões elétricos; 3.996 bicicletas cargo com baú; e 2.306 bicicletas elétricas. A empresa ainda comprou 1.502 veículos para renovar a frota já existente. E, apesar do prejuízo em 2024, a empresa reafirmou que manterá sua estratégia de investimentos que ampliem "soluções tecnológicas" e reduzam o impacto no meio ambiente. "A sustentabilidade continuará a ser tema central em nosso dia a dia. Esperamos evoluir ainda mais em nossos propósitos de caráter social e ambiental", afirmou a empresa. Precatórios Em grandes empresas, como os Correios, uma conta que tem muita importância é a de processos judiciais. Segundo regras contábeis, nelas são registrados todas as estimativas de prováveis perdas que a empresa pode ter em função de disputas judiciais. E, no caso das empresas públicas, quando uma decisão judicial é desfavorável e precisa ser paga, ela se torna um precatório, que é a promessa de pagamento mas em um determinado período, respeitando os limites orçamentários – uma vez que o governo não pode pagar algo que não foi previsto anteriormente na elaboração do orçamento. Durante o ano de 2023, a gestão do então presidente Fabiano Silva optou por fazer um acordo de intenção de desistência com Tribunal Superior do Trabalho (TST), com o objetivo de reduzir o número de processos trabalhistas em tramitação, aceitando a derrota e se comprometendo a não recorrer de decisões. O acordo afetou 3.781 ações que corriam no tribunal. Além disso, as despesas com precatórios dispararam no período, atingindo R$ 1,6 bilhão em junho de 2025, mais de três vezes o que foi registrado em 2022. De acordo com uma estimativa de quitação feita pelos Correios nas Demonstrações Financeiras de junho deste ano, a empresa ainda tem a pagar em 2025 R$ 913 milhões em precatórios. Para todo o ano de 2026 o valor previsto é de R$ 1 bilhão e para 2027, R$ 44 milhões. Entretanto, esses valores podem aumentar em caso de novas derrotas ou acordos de desistência na Justiça. Unidades deficitárias Entre as justificativas para o resultado negativo de 2024, dadas pelos Correios na apresentação das Demonstrações Financeiras está a de que apenas 15% das 10.638 unidades de atendimento têm superávit – quando as receitas são maiores do que as despesas. "Ainda que 85% das unidades sejam consideradas deficitárias, os Correios garantem o acesso universal de todas e todos aos serviços postais, com tarifas justas, em cada um dos 5.567 municípios atendidos", ponderou os Correios. Lidar com agências deficitárias é um problema que a estatal brasileira passa por ser membro da União Postal Universal (UPU), que a obriga, por exemplo, a garantir a distribuição de encomendas em todo território nacional. Assim, ela fica impedida de se desfazer de algumas unidades que trazem prejuízo por serem postos de apoio necessários para cumprir com as exigências da UPU. Medidas contenciosas Para tentar contornar os recorrentes prejuízos e a baixa disponibilidade de dinheiro em caixa, por três vezes as gestões dos Correios anunciaram planos estratégicos, o último na quarta-feira (15). Entretanto, este último plano é uma releitura das medidas que já estavam sendo adotadas pela gestão anterior dos Correios. Ainda não se sabe os impactos que tiveram desde que anunciadas em maio. “Não temos o impacto total que as medidas anteriores tiveram, mas elas foram emergenciais, e não reestruturantes como agora”, afirmou o atual presidente da empresa, Emmanoel Schmidt Rondon. Na quinta, o atual presidente um plano de medidas se divide em três grupos: Corte de despesas operacionais e administrativas; Busca pela diversificação de receitas, com recuperação da capacidade de geração de caixa; Recuperação da liquidez da empresa. Correios anunciam novas medidas para estancar prejuízo de quase R$ 3 bi Para atender ao primeiro grupo, Rondon informou que será aberto um novo Plano de Demissão Voluntária (PDV) dos funcionários para equilibrar as contas. Mas o presidente dos Correios não entrou em detalhes sobre como o programa será feito. Em maio, a empresa encerrou outro PDV, que teve uma adesão de 2.500 funcionários e um impacto de R$ 220 milhões no balanço. A empresa também colocará à venda imóveis ociosos e buscará renegociar os contratos com os maiores fornecedores, “sem colocar em risco a segurança jurídica das operações”, que por vários momentos foram paralisadas em função de atrasos. De acordo com as Demonstrações Financeiras de junho de 2025, até o momento a empresa conseguiu vender R$ 2,9 milhões de imóveis ociosos. Para atender o segundo ponto, o presidente dos Correios pontuou que a empresa vai buscar ampliar a receita da empresa por meio de novos produtos, que não foram detalhados. E o terceiro tópico é a busca pelo empréstimo de R$ 20 bilhões, que aliviará o caixa da empresa entre 2025 e 2026, ajudando na reestruturação a longo prazo. Medidas tomadas em maio de 2025: ➡️ Revisão da estrutura dos Correios Sede: redução de pelo menos 20% do orçamento de funções (redução dos cargos comissionados); ➡️ Incentivo à redução da jornada de trabalho: diminuição do horário de trabalho para 6 horas diárias e 34h semanais. Atualmente, são 8h diárias e 44h semanais. ➡️ Suspensão temporária de férias: a partir de 1º de junho de 2025, referente ao período aquisitivo deste ano. As férias voltarão a ser usufruídas a partir de janeiro de 2026; ➡️ Prorrogação das inscrições para o Programa de Desligamento Voluntário (PDV): até 18 de maio de 2025, mantendo os atuais requisitos de elegibilidade; ➡️ Incentivo à transferência, voluntária e temporária, de agente de correios: o pagamento do adicional de atividade será o mais vantajoso para empregados; ➡️ Convocação para o retorno ao regime de trabalho presencial: todos os empregados devem retornar ao trabalho presencial a partir de 23 de junho de 2025, com exceção daqueles protegidos por decisão judicial; ➡️ Lançamento de novos formatos de planos de saúde: a escolha da rede credenciada será dialogada com as representações sindicais. A economia estimada será de 30%; ➡️ Lançamento do marketplace próprio ainda em 2025; ➡️ Captação de R$ 3,8 bilhões com o New Development Bank (NDB), para investimentos internos. ➡️ Compartilhamento de unidades operacionais ➡️ Venda de imóveis ociosos ➡️ Redução de custos com manutenção ➡️ Otimização da malha operacional e logística ➡️ Revisão de contratos nas 10 maiores Superintendências Estaduais ➡️ Reestruturação da rede de atendimento ➡️ Aprimoramento da malha de transporte aéreo e terrestre Alternativas Além da busca por um equacionamento econômico-financeiro por meio da redução de despesas e aumento de receitas e do empréstimo de R$ 20 bilhões que a empresa está buscando, um velho tema volta à tona como opção para a empresa nos bastidores da Esplanada dos Ministérios: a privatização dos Correios. Para o jurista Fernando Vernalha, o assunto deve, sim, ser reconsiderado como uma alternativa ao modelo atual de gestão que vem sendo praticado. "Deveríamos debater o assunto, com mais pragmatismo e com desprendimento ideológico. A gente precisa olhar para o problema dos Correios com uma visão mais pragmática, o que é melhor para nós, para o cidadão, para União, do ponto de vista econômico?", afirmou Vernalha. Entretanto, ele pondera que uma possível privatização pode ter dificuldade em função da forma como pode ser feito o desmembramento da empresa, que precisa atender todos os municípios brasileiros mesmo que essas operações apresentem prejuízo. "A gente já teve o desafio de universalizar vários serviços públicos, como telefonia, e houve concessões ou privatizações com modelagens que conseguiram associar o filé e o osso, com frentes mais rentáveis e frentes deficitárias", avaliou o especialista.



CNH sem autoescola: o que falta para a nova regra entrar em vigor?


19/10/2025 03:01 - g1.globo.com


CNH sem autoescola: governo divulga regras para instrutor autônomo; entenda O governo divulgou, na última semana, as regras para instrutor autônomo — ou seja, sem vínculo obrigatório com uma autoescola — para obtenção da nova Carteira Nacional de Habilitação (CNH). As mudanças atingem tanto a categoria de moto quanto a de carros, além das focadas em transporte de carga e passageiros. A permissão para realizar as aulas práticas de direção sem precisar estar vinculado a uma autoescola é uma das mudanças propostas pelo Ministério dos Transportes. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Em entrevista à GloboNews em julho, o ministro da Pasta, Renan Filho, afirmou que o governo já estuda formas de reduzir o custo da CNH, e indicou que o Brasil poderá deixar de exigir a realização de curso em autoescola para a emissão da carteira. Qual o atual estágio da proposta? 📝 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já autorizou o início do processo que pode resultar no fim da exigência de autoescola para tirar a CNH; 👥 Com essa decisão, foi aberta uma consulta pública que ficará disponível até 2 de novembro; 👁️‍🗨️ Depois dessa fase, ainda serão necessárias outras etapas, como discussões no Conselho Nacional de Trânsito (Contran). "O ponto de partida para quem gosta de dirigir e deseja ingressar nesse mercado, é verificar se cumpre os requisitos básicos antes de realizar o curso específico de formação, necessário para obter a Carteira de Identificação Profissional de instrutor autônomo, que será disponibilizado gratuitamente no site da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran)", informou o governo em nota. Governo avalia fim de autoescola obrigatória para baratear preço da CNH, diz Renan Filho Quais os requisitos? Veja os requisitos fundamentais para que o instrutor seja autorizado a participar do processo de emissão da CNH: O instrutor precisa ter, no mínimo, 21 anos de idade e habilitação legal para condução de veículo há pelo menos dois anos; O instrutor não pode ter cometido nenhuma infração de trânsito de natureza gravíssima nos últimos 60 dias, nem ter sofrido penalidade de cassação da CNH; O instrutor precisa ter concluído o ensino médio; O instrutor deve ter formação específica em habilidades pedagógicas, com foco em legislação de trânsito e direção segura. Caso seja aprovado na avaliação, recebe um certificado; O instrutor também precisa possuir certificado de curso específico realizado pelo órgão executivo de trânsito; O carro usado nas aulas deve estar identificado como veículo de instrução e atender às exigências de segurança estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB); As motos utilizadas nas aulas devem ter, no máximo, 8 anos de fabricação; Os carros usados nas aulas devem ter até 12 anos de fabricação; Os veículos de carga utilizados nas aulas devem ter até 20 anos de fabricação; O nome do instrutor deve constar em registros oficiais do Detran estadual e do Ministério dos Transportes — o aluno pode conferir o nome do instrutor e os horários e locais para realização das aulas nos respectivos sites; Cabe ao instrutor registrar e validar a presença e participação do aluno em cada aula; Mesmo vinculado a uma autoescola, o instrutor pode oferecer aulas de forma independente. Durante as aulas práticas de direção, o instrutor deve portar os seguintes documentos: CNH; Credencial de Instrutor ou crachá fornecido pelo órgão competente; Licença de Aprendizagem Veicular; Certificado de Registro e Licenciamiento de Veículo. "O instrutor estará sujeito à possibilidade de fiscalização por parte dos órgãos de trânsito, que podem realizar inspeções a qualquer momento para garantir que as atividades estejam sendo realizadas de acordo com a legislação", informou o Ministério dos Transportes. Em quais países o curso é ou não exigido Embora pareça contraintuitiva, essa prática já é adotada em diversos países. Alguns estados dos Estados Unidos não exigem a participação em cursos, e o mesmo ocorre no Canadá e no Japão, por exemplo. Ainda assim, para obter a CNH de seu país, o cidadão precisa atender a uma idade mínima definida e ser aprovado em exames teóricos e práticos. Veja abaixo como é o processo para obter a licença em alguns países: Estados Unidos Argentina México Chile Alemanha Portugal Canadá Japão LEIA MAIS Honda CB 650R chega por R$ 58.270, com novo câmbio amigo dos iniciantes nas esportivas Mais de 40 milhões têm CNH para moto no Brasil, e as mulheres puxam essa alta Associação dos Detrans reage à proposta de dispensar autoescolas: ‘Educação no trânsito salva vidas’ Estados Unidos Assim como ocorre com muitas leis, as regras para obter a licença de motorista nos Estados Unidos variam de estado para estado, já que as normas de trânsito são responsabilidade de cada unidade federativa. A ponto de cada estado emitir uma habilitação com visual, disposição das informações e até formato de foto distintos: enquanto a Califórnia utiliza fotografia colorida e destaca o número e a validade em vermelho e com fonte maior, Washington D.C. adota retrato em preto e branco, com todos os dados no mesmo tamanho e sem destaque. Porém, o processo para obter a carteira de motorista varia entre os estados, mas, em média, os americanos precisam: Ter 14 anos ou mais; Ser aprovado em um exame teórico, que dá direito a uma “licença de aprendiz”; a partir desse momento, o adolescente pode dirigir, mas apenas acompanhado por um adulto habilitado; Em alguns estados, também é necessário passar por um exame de visão; Não é obrigatório fazer curso ou apresentar certificado de autoescola; O exame prático pode ser realizado no carro do próprio candidato; Cumprir um período com restrição de circulação noturna e sem infrações para obter a licença definitiva. Volte para o início. Argentina Para conseguir o documento, os argentinos não precisam de autoescola, mas seguem essas regras: Ter no mínimo 17 anos; Fazer um curso teórico gratuito, oferecido pelo governo ou por autoescolas particulares; Ser aprovado em uma prova teórica; Passar por um exame médico; Realizar um curso prático, que pode ser feito fora da autoescola; Ser aprovado em um exame prático. Volte para o início. México O México também não possui um sistema nacional de emissão de habilitação, e as regras de trânsito variam de estado para estado. No país, é possível começar a dirigir ainda na adolescência, sem a obrigatoriedade de frequentar uma autoescola. No México, em média, estas são as regras: Ter no mínimo 15 anos; Realizar um curso e uma prova teórica, que podem ser feitos online ou presencialmente; Ser aprovado em um exame prático de direção, embora nem todos os estados o exijam. Volte para o início. Chile O Chile adota regras mais semelhantes às do Brasil, com diretrizes unificadas para todo o país. No entanto, os chilenos não são obrigados a frequentar autoescola para obter a carteira de habilitação. Veja a seguir os passos necessários para conseguir a licença: Ter a partir de 18 anos; Passar em teste médico; Passar em teste teórico; Passar em teste prático. Volte para o início. Alemanha Assim como no Brasil, a legislação alemã é rigorosa e exige a realização de aulas em autoescola. Veja a seguir os passos necessários para que os alemães obtenham a autorização para dirigir legalmente no país: Ter no mínimo 17 anos; Residir legalmente na Alemanha; Realizar curso em autoescola, com 14 aulas teóricas e 12 práticas (incluindo rodovias, direção noturna e estradas rurais); Concluir um curso de primeiros socorros; Ser aprovado em um exame de visão; Ser aprovado em exame teórico e prático. Volte para o início. Portugal Assim como na Alemanha, Portugal também exige a frequência em autoescola como parte do processo para o cidadão obter a habilitação, desde que: Tenha no mínimo 18 anos; Seja aprovado em exames médicos; Cumpra 28 aulas teóricas e 32 horas de prática em autoescola; Ser aprovado em exames teórico e prático. Volte para o início. Canadá No Canadá, a autoescola não é obrigatória, e as regras são semelhantes às adotadas nos Estados Unidos. Dessa forma, um canadense precisa: Ter entre 14 e 16 anos, dependendo da província; Receber instruções teóricas e práticas, que podem ser dadas por qualquer adulto habilitado; Ser aprovado em exame médico; Ser aprovado em exames teórico e prático. Volte para o início. Japão O Japão se destaca por oferecer ao candidato a opção de frequentar ou não uma autoescola. Caso o japonês escolha seguir o modelo semelhante ao brasileiro, ele recebe algumas facilidades que não estão disponíveis para quem decide estudar as regras de trânsito por outros meios. O funcionamento é o seguinte: Ter no mínimo 18 anos; Ser aprovado em exame médico; Com autoescola: realizar aulas teóricas e práticas, com dispensa do exame prático ao final do curso; Sem autoescola: o curso teórico e prático pode ser feito por outros meios, como com um instrutor particular, mas exige a realização de exames teórico e prático ao final; Volte para o início. CNH Carteira Nacional de Habilitação g1 Governo quer acabar com a obrigatoriedade de aulas em autoescolas para tirar a CNH



Mega-Sena, concurso 2.929: prêmio acumula e vai a R$ 76 milhões


18/10/2025 23:12 - g1.globo.com


G1 | Loterias - Mega-Sena 2928 O sorteio do concurso 2.929 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (18), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 76 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 03-07-08-34-35- 51 5 acertos - 55 apostas ganhadoras: R$ 48.914,30 4 acertos - 4.762 apostas ganhadoras: R$ 931,23 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (21). Números Mega-Sena 2929 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Frango e porco: USP indica retomada de competitividade da carne suína após gripe aviária


18/10/2025 21:14 - g1.globo.com


Em fevereiro, o preço da carcaça suína registrou elevação de 10,8% na comparação com janeiro, passando para R$ 13,20 o quilo. Arquivo Secom Com recuo nos preços, a competitividade da carne de porco em relação à proteína de frango começa a melhorar em outubro após consecutivas perdas nos últimos meses, apontam boletim mais recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), divulgado nesta sexta-feira (17). A reação do mercado de carne suína responde aos reflexos do caso da gripe aviária, registrado em maio em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. O Brasil se declarou livre da doença em junho. As exportações de frango retomaram recordes no segundo semestre. Entenda movimento no mercado das proteínas concorrentes, abaixo, na reportagem. Estudo do Cepea demonstra que o cenário pressionou os valores de comercialização da carne de frango e desfavoreceu a competitividade da proteína de porco de junho e o começo de setembro deste ano. "O movimento de alta nas cotações do frango segue firme, enquanto os valores do suíno estão em queda, resultando em ganho de competitividade da carne suína frente à de frango pela primeira vez desde o caso da gripe aviária", destaca. Setembro Os preços da carne de frango passaram a se recuperar, influenciados, conforme explicam pesquisadores, pela retomada das exportações brasileiras da proteína à União Europeia – os envios ao bloco estavam suspensos desde maio. Produção de carne suína Reprodução/TVCA Cotações Indicador Cepea/Esalq - Suíno Vivo Porco: produtor tem maior poder de compra Os produtores paulistas de carne de porco vivem o momento mais favorável em relação ao poder de compra do farelo de soja, insumo essencial para a suinocultura, aponta boletim do Cepea divulgado na primeira semana de outubro de 2025. Os pesquisadores do campus da USP, em Piracicaba (SP), ressaltam que o poder de compra atual está 54% acima da média da série histórica do Cepea, iniciada em janeiro de 2024, que é de 3,62 quilos. Farelo de soja Caíque Rodrigues/g1 RR Com a venda de um quilo do suíno vivo no interior de São Paulo, especialmente na região de Campinas (SP), o produtor conseguiu comprar 5,57 quilos de farelo em setembro. Essa é a maior quantidade registrada pelo Cepea desde dezembro de 2004, quando a relação de troca atingiu recorde, de 6,49 quilos. Preços Além dos preços mais firmes de venda do suíno vivo, levantamento do Cepea aponta que o valor médio do animal em setembro, de R$ 9,25 o quilo , foi o maior de 2025 –, esse cenário favorável ao suinocultor é influenciado pelas recentes fortes desvalorizações do farelo de soja. A Equipe de Grãos do Cepea mostra que a tonelada do derivado negociado na região de Campinas (SP) registrou média de R$ 1.660,53 em setembro, sendo 21,7% abaixo da verificada no mesmo período do ano passado. Brasil se declara livre da gripe aviária nesta quarta Exportações em alta O volume exportado de carne suína brasileira cresceu cerca de 72% entre janeiro e agosto de 2025, aponta análise do Cepea na segunda quinzena de agosto de 2025. Em janeiro, foram 7,7 mil toneladas da proteína exportada. Em agosto, a quantidade passou para 13,3 mil toneladas. No ranking dos principais países destinos dos embarques, Chile e Filipinas são destaques. Entenda panorama, abaixo."O destaque foi em julho, quando 14,5 mil toneladas de carne suína foram escoadas ao Chile. O dobro do volume de janeiro", aponta o Cepea. USP analisa movimentos de preços das carnes concorrentes e reflexos da estiagem em agosto Destinos Chile foi, em julho e agosto o segundo maior destino da proteína brasileira, assumindo a posição que até então vinha sendo sustentada pela China. As Filipinas se mantêm como maior destino da carne suína brasileira desde fevereiro deste ano. "O aumento dos embarques ao Chile está atrelado ao fato de o governo daquele país ter reconhecido, em abril deste ano (e oficializado em julho), o estado do Paraná (segundo maior produtor nacional), como livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica", destaca o Cepea. Preços Os preços do suíno vivo e da carne de porco mantiveram altas desde o fim do primeiro semestre de 2025 e as cotações de agosto seguiram firmes, contrariando cenário típico de recuos para esse período do ano. 🐖O mercado independente do suíno vivo, segundo o Cepea, foi favorecido pela demanda aquecida, típica no começo do mês e que ajudou a impulsionar as cotações. Na segunda metade de agosto, a procura seguiu firme, e os valores não recuaram como tradicionalmente ocorre. Desta forma, as médias mensais dos preços do vivo em quase todas as praças acompanhadas pelo Cepea avançaram em relação a julho", observa o Cepea em boletim desta quinta-feira. Quanto à carne, pesquisadores explicam que a demanda também esteve bastante elevada em agosto, levando a aumentos nas cotações da maior parte dos produtos suinícolas no período. 📈O indicador do Suíno Vivo Mensal Cepea/Esalq fechou em R$ 8,57 em Minas Gerais, R$ 8,27 no Paraná, R$ 8,15 no Rio Grande do Sul, R$ 8,19 em Santa Catarina e R$ 8,76 em São Paulo em agosto. Produção de frango em Santa Catarina Cristiano Estrela/Arquivo/Secom Frango: expectativa de recorde nos embarques A quantidade de carne de frango exportada em setembro foi a maior em 11 meses, e, nesta parcial de outubro, o ritmo diário de embarques está 9,6% superior ao de setembro/25 e expressivos 16% acima do de outubro/24, conforme dados da Secex. Os analistas de Cepea estimam que 2025 pode atingir recorde inédito nas exportações de carne de frango. "Caso o atual intenso desempenho das exportações brasileiras de carne de frango se mantenha nas próximas semanas, 2025 pode se encerrar com um novo recorde no volume escoado. Esse resultado seria verificado mesmo diante do caso de gripe aviária em maio deste ano em uma granja comercial do Rio Grande do Sul", aponta. Remotada europeia Pesquisadores do Cepea explicam que esse cenário é favorecido pela recente retomada das compras da proteína brasileira por parte da União Europeia, fator que contribui para consolidar a recuperação do ritmo exportador nacional a patamares pré-gripe. Frango Getty Images via BBC China: vendas seguem suspensas Os embarques de carne de frango para a China seguem suspensas. O Cepea indica que o retorno dos embarques ao país asiático poderia impulsionar ainda mais as exportações totais. "As perspectivas de vendas externas recordes em 2025, no entanto, dependem da ausência de novos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1 ou IAAP) em granjas comerciais, assim como de outros tipos de influenza", acrescentam os pesquisadores do Cepea. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba



Após tarifaço, amantes de café nos EUA sentem no bolso aumento do preço do grão


18/10/2025 16:26 - g1.globo.com


Afinal, café bom vai todo pra fora do Brasil? Os nova-iorquinos vivem do café. Seja em cafeterias elegantes de alta qualidade ou em carrinhos estacionados nas calçadas, milhões de xícaras de café são vendidas todos os dias na cidade. Mas os amantes do café estão sofrendo com o aumento dos preços, de simples expressos até elaborados 'lattes' com sabor de abóbora, porque o preço do grão aumentou 21% entre agosto de 2024 e o mesmo mês de 2025 nos Estados Unidos, o maior mercado de café do mundo. As crises climáticas geraram um aumento vertiginoso no custo do café arábica, cujo preço atingiu um valor recorde em fevereiro de 2025. Além disso, os preços foram afetados pelos custos elevados dos transportes e pelas tarifas de 50% impostas pelo presidente Donald Trump desde 6 de agosto a muitos produtos procedentes do Brasil. 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça EUA dependem do café brasileiro, e substituição por outros países não seria simples, dizem especialistas O Brasil fornece 30% dos grãos não torrados dos Estados Unidos. "Isso está tendo um impacto significativo sobre nós, proprietários de pequenas empresas, agricultores, em todos os setores", disse à AFP Jeremy Lyman, cofundador da rede de cafeterias Birch Coffee, com sede em Nova York. A marca, fundada em 2009, possui 14 lojas físicas em toda a cidade e torra seu próprio café no Queens desde 2015. "O preço do café no mercado aumentou constantemente no último ano. Acredito que tenha aumentado 55% em relação ao ano anterior", disse Lyman. "Isso está afetando o que cobramos". Ele afirma que a produção brasileira se tornou "impagável", forçando a empresa a buscar o grão de café em outros lugares, já que seu importador "suspendeu os pedidos", a menos que sejam expressamente solicitados. O Cecafé, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que os envios para os Estados Unidos caíram quase 53% em setembro na comparação com o ano anterior, e que os importadores estão recorrendo ao México, Peru e Etiópia. Unidos pelo café Brasil é o maior fornecedor de café para os EUA Chevanon Photography/Pexels Lyman reconhece que as forças do mercado provocaram o aumento dos preços para seus clientes. Birch acrescentou 50 centavos de dólar (2,7 reais na cotação atual) às xícaras vendidas na loja e entre 2 e 3 dólares (10 e 16 reais na cotação atual) por cada saca de café torrado vendido online. "Geralmente, são pequenos aumentos, pois também nos ajudam a ganhar um pouco mais de tempo para decidir como vamos nos abastecer", disse ele, acrescentando que tentou avisar os clientes com semanas de antecedência. Outras cafeterias adotaram uma abordagem inovadora: adicionar um acréscimo ajustável ao preço base de cada xícara, dependendo do nível de tarifas que Trump tiver fixado naquele dia, disse Lyman. Mas os clientes só aceitarão isso até certo ponto, alertou o fundador da Birch, observando que o risco real é perder a clientela. Jason Nickel, 45 anos, diz que, embora procure sua dose diária de cafeína, é "um pouco mais cuidadoso" quanto ao local onde toma café. Ele diz que não imagina pagar mais de seis dólares (32 reais na cotação atual), incluindo gorjeta, por um expresso com um pouco de espuma de leite. Anna Simonovsky, de 32 anos, disse que seu limite máximo passou de pagar sete dólares por um latte - uma bebida cremosa e espumosa - para 10 dólares (54 reais na cotação atual). Ela diz que aprecia o café em ocasiões especiais, como quando visita um amigo. Recentemente, Trump anunciou uma ajuda para dois terços dos americanos que bebem café diariamente. Ele colocou o café na lista de produtos que os agricultores americanos não cultivam em quantidade suficiente, o que poderia isentá-lo de tarifas, juntamente com o chá e o cacau. E, em um raro lampejo de bipartidarismo, republicanos e democratas estão patrocinando conjuntamente um projeto de lei destinado a proteger os produtos de café. Xícara de café mais cara do mundo custa mais de R$ 3,6 mil e entra no Guinness



Enviado do Kremlin propõe 'túnel Putin-Trump' para ligar a Rússia aos EUA


18/10/2025 09:28 - g1.globo.com


Putin rebate declaração de Trump sobre Rússia ser ‘tigre de papel’ A Rússia e os Estados Unidos deveriam construir um túnel ferroviário batizado de “Putin-Trump” sob o Estreito de Bering para ligar os dois países, impulsionar a exploração conjunta de recursos naturais e “simbolizar unidade”, sugeriu um enviado do Kremlin. A proposta foi apresentada por Kirill Dmitriev, representante de investimentos do presidente Vladimir Putin e chefe do fundo soberano russo RDIF. O plano prevê um megaprojeto de US$ 8 bilhões, financiado por Moscou e “parceiros internacionais”, para erguer uma ligação ferroviária e de carga de 112 km em menos de oito anos. Dmitriev, que lidera uma ofensiva diplomática para reaproximar Moscou e Washington, lançou a ideia na noite de quinta-feira, após uma conversa telefônica entre Putin e o presidente dos EUA, Donald Trump. Os dois concordaram em se reunir em Budapeste para discutir formas de encerrar a guerra na Ucrânia. Foto de 15 de agosto de 2025 - Putin e Trump durante cúpula no Alasca REUTERS/Kevin Lamarque “O sonho de uma ligação entre os EUA e a Rússia pelo Estreito de Bering é antigo — desde a ferrovia Sibéria-Alasca de 1904 até o plano russo de 2007. O RDIF analisou as propostas existentes, incluindo a rota EUA-Canadá-Rússia-China, e apoiará a mais viável”, escreveu Dmitriev no X. Com 82 km de largura em seu ponto mais estreito, o Estreito de Bering separa a remota região russa de Chukotka do Alasca. A ideia de interligar os continentes circula há pelo menos 150 anos. No meio do estreito estão as ilhas Diomede — uma russa e outra americana — distantes apenas 4 km uma da outra. Dmitriev, que mantém interlocução com Steve Witkoff, enviado especial de Trump, também sugeriu que grandes companhias de energia norte-americanas participem dos projetos russos no Ártico. Segundo ele, o túnel poderia ser construído pela The Boring Company, empresa de infraestrutura do bilionário Elon Musk. “Imagine conectar EUA e Rússia, as Américas e a Afro-Eurásia com o túnel Putin-Trump — uma ligação de 70 milhas que simboliza a unidade. O custo tradicional seria superior a US$ 65 bilhões, mas a tecnologia da @boringcompany poderia reduzi-lo para menos de US$ 8 bilhões. Vamos construir o futuro juntos”, escreveu Dmitriev no X, dirigindo-se a Musk. Nem Musk nem Trump responderam publicamente. Além do túnel em si, o projeto exigiria pesados investimentos em infraestrutura nos dois lados do estreito — uma vez que estradas e ferrovias em Chukotka são escassas. Dmitriev lembrou ainda que, durante a Guerra Fria, chegou a ser proposto um projeto semelhante, batizado de “Ponte da Paz Mundial Kennedy-Khrushchev”, sobre o Estreito de Bering. Ele publicou um esboço da época e um mapa com o possível traçado do novo túnel. “O RDIF já investiu e construiu a primeira ponte ferroviária entre Rússia e China. Agora é hora de ir além e conectar continentes pela primeira vez na história da humanidade. É hora de unir Rússia e Estados Unidos”, declarou Dmitriev.



Quer viver ou abrir negócio na Itália? Vila na Toscana paga até R$ 126 mil; entenda como funciona


18/10/2025 07:02 - g1.globo.com


Quer viver ou abrir negócio na Itália? Vila na Toscana paga até R$ 126 mil Radicondoli, pequeno município localizado na região de Toscana, na Itália, passou a oferecer até 20 mil euros (cerca de R$ 127 mil) para pessoas que se disponham a comprar e morar em imóveis da cidade, que conta com 960 habitantes. Já quem prefere empreender pode receber até R$ 50 mil para abrir um negócio por lá. A medida é parte de um programa lançado em 2023 e que oferece uma série de incentivos financeiros para atrair novos residentes e estimular a economia local. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem? Segundo o site oficial do programa, o município dispõe de quase 300 mil euros (o equivalente a R$ 1,9 milhão) para apoiar moradores, famílias e empreendedores que queiram comprar ou alugar um imóvel na cidade. Os incentivos estão organizados em quatro áreas principais: Casa, Família, Trabalho e Energia. Dentro desses pilares, há subsídios para compra de imóveis, apoio a contratos de aluguel, incentivo à abertura ou revitalização de negócios e auxílio a famílias com crianças em escolas e creches. O programa também oferece apoio financeiro a trabalhadores que se deslocam diariamente para municípios vizinhos, além de subsídios para instalação de sistemas de aquecimento urbano ou compra de combustível para quem não está conectado à rede elétrica. “Esses incentivos estão vinculados à residência – ou seja, à escolha de viver aqui. Se você decidir se mudar e transferir sua residência para Radicondoli, damos as boas-vindas com todas as oportunidades de financiamento disponíveis”, afirma a prefeitura em nota. O objetivo do projeto é movimentar a economia local, fortalecer a comunidade e atrair novos moradores, especialmente jovens. Vila italiana está pagando R$ 120 mil para quem topar morar e empreender no vilarejo Reprodução/Visit Radicondoli Entenda nesta reportagem como funciona o programa oferecido pelo município e veja como participar. 🏠 Compra de casa para residência ➡️ Aluguel de casa para moradia 💸 Novas atividades empreendedoras 🤔 Como participar 'Workation': conheça a tendência que une viagem de lazer ao trabalho adotada por algumas empresas no Brasil 🏠 Compra de casa para residência O programa oferece subsídios para compra de imóveis, estimulando o repovoamento e a revitalização de casas e apartamentos existentes. A prefeitura concede benefícios não reembolsáveis de 15% a 25% do valor de compra, com teto de 20 mil euros (aproximadamente R$ 127 mil), para quem se comprometer a morar no imóvel por pelo menos 10 anos. Podem participar cidadãos italianos, europeus ou estrangeiros com residência legal na Itália. O imóvel deve estar localizado no município e ser destinado ao uso residencial. As inscrições vão até 31 de dezembro. A seleção considera renda familiar, composição do núcleo familiar e tempo de residência na cidade. O edital completo está disponível no site oficial da prefeitura. Volte ao menu. ➡️ Aluguel de casa para moradia Outra iniciativa oferece subsídios para novos residentes que alugarem imóveis e fixarem residência por pelo menos quatro anos. O programa faz parte do projeto Wivoa Radicondoli 3.0, com recursos de 28,4 mil euros (cerca de R$ 180 mil), distribuídos em duas modalidades: Aluguel mensal: cobre 50% do valor do aluguel, com limite de 200 euros (R$ 1,2 mil) por mês, por até 24 meses, totalizando 4.800 euros (R$ 30,5 mil). O repasse é anual e retroativo, mediante comprovação dos pagamentos. Fiança: cobre 80% do valor da garantia exigida no contrato (chamado de fidejussione na Itália), substituindo ou complementando o depósito caução, com cobertura de até dois anos de aluguel. Podem participar cidadãos italianos, europeus ou estrangeiros com residência legal na Itália, que não tenham morado em Radicondoli até fevereiro de 2024. Jovens de até 35 anos que estão saindo da casa dos pais ou familiares sem outros auxílios públicos para moradia também são elegíveis. Moradores jovens que renovarem contrato de locação também podem participar. As inscrições vão até 31 de dezembro ou até esgotarem os recursos disponíveis. Volte ao menu. Vila italiana está pagando R$ 120 mil para quem topar morar e empreender no vilarejo Reprodução/Visit Radicondoli 💸 Novas atividades empreendedoras O município oferece apoio financeiro de até 8 mil euros (cerca de R$ 50 mil), cobrindo até 50% dos custos para abrir ou assumir um negócio em Radicondoli. O valor não precisa ser devolvido e visa fortalecer o empreendedorismo, gerar empregos e impulsionar setores como turismo, comércio, agricultura e serviços. Podem participar pessoas físicas ou empresas que desejem instalar sede operacional no município. As atividades elegíveis incluem: Comércio varejista e serviços à população Artesanato Turismo e hospedagem Agricultura e agroturismo Profissionais liberais com sede no município É necessário comprovar regularidade fiscal, registrar formalmente a atividade e manter o negócio por pelo menos três anos após o recebimento do recurso. Algumas atividades, como casas de jogos, comércio de armas ou sex shops, não são contempladas. Entre os custos cobertos estão: Registro e constituição da empresa Adequação de instalações e conexão ao sistema de aquecimento Compra de equipamentos, móveis e tecnologia Obras estruturais Certificações e cursos de capacitação Publicidade e marketing O edital vai até 31 de dezembro ou até o esgotamento dos recursos. O processo de seleção é por ordem de chegada, e a prestação de contas deve ocorrer até 28 de fevereiro de 2027. Volte ao menu. 🤔 Como participar Os interessados devem enviar a documentação por meio do protocolo da prefeitura, correio ou e-mail certificado (PEC) para comune.radicondoli@postacert.toscana.it. Todos os formulários e detalhes necessários estão disponíveis no site oficial do município ou do programa WivoaRadicondoli. Para informações sobre imóveis disponíveis para venda ou aluguel em Radicondoli, é possível entrar em contato com a Agência Immobiliare VP pelos telefones +39 0588 64717 ou +39 329 0322533, pelo e-mail info@vpimmobiliare.com, ou consultando diretamente as ofertas no site da agência. Com essa iniciativa, a administração municipal busca estimular a chegada de novos moradores, valorizar o patrimônio habitacional local e dinamizar a economia da região. Mais informações sobre os diversos programas da prefeitura também podem ser obtidas pelo e-mail info@comune.radicondoli.siena.it. Volte ao menu. Empreendedores fazem de tudo por likes, mas trends exigem cautela 'Workation': conheça a tendência que une viagem de lazer ao trabalho



Neymar cai, e Brasil tem só um jogador na lista de mais bem pagos do mundo em 2025; veja ranking


18/10/2025 07:01 - g1.globo.com


Neymar cai, e Brasil tem só um jogador na lista de mais bem pagos do mundo em 2025 Pelo terceiro ano consecutivo, Cristiano Ronaldo é o jogador de futebol mais bem pago do planeta, conforme ranking da revista Forbes divulgado nesta semana. O astro de 40 anos deve ganhar, ao longo de 2025, nada menos que US$ 280 milhões (R$ 1,5 bilhão). Só a atuação dele pela equipe saudita Al-Nassr irá render US$ 230 milhões (R$ 1,25 bilhão). Os outros US$ 50 milhões (R$ 271 milhões) têm origem fora de campo, o que inclui patrocínios e outros empreendimentos comerciais. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça No ano passado, dois brasileiros apareciam na lista dos 10 jogadores mais bem pagos do mundo: Neymar, na terceira posição, e Vini Jr., em sétimo. Na edição de 2025, no entanto, Neymar desapareceu do ranking. A queda nos ganhos financeiros do ex-capitão da seleção brasileira, hoje com 33 anos, reflete a sequência de lesões e a mudança de clube. Ele deixou a equipe saudita Al Hilal no início deste ano para voltar ao Brasil e defender o Santos, clube que o revelou. Enquanto isso, Vini Jr. subiu uma posição e é o único brasileiro a aparecer no ranking em 2025. O atacante do Real Madrid, de 25 anos, deve faturar US$ 60 milhões (R$ 326 milhões) neste ano, sendo US$ 40 milhões (R$ 217 milhões) dentro de campo e US$ 20 milhões (R$ 108 milhões) fora dele. No ranking geral, a segunda posição ficou novamente com Lionel Messi. O craque argentino, que atua pelo Inter Miami na liga norte-americana de futebol (MLS), deve encerrar o ano US$ 130 milhões (R$ 706 milhões) mais rico — ainda assim, muito abaixo das cifras de Cristiano Ronaldo. O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem? Veja abaixo a remuneração dos 10 jogadores mais bem pagos do mundo: 1️⃣ Cristiano Ronaldo: US$ 280 milhões Idade: 40 Clube: Al Nassr Nacionalidade: Portugal Em campo: US$ 230 milhões Fora de campo: US$ 50 milhões Cristiano Ronaldo em partida pelo Al Nassr. Reuters 2️⃣ Lionel Messi: US$ 130 milhões Idade: 38 Clube: Inter Miami Nacionalidade: Argentina Em campo: US$ 60 milhões Fora de campo: US$ 70 milhões Lionel Messi em partida pela seleção da Argentina. Reuters 3️⃣ Karim Benzema: US$ 104 milhões Idade: 37 Clube: Al Ittihad Nacionalidade: França Em campo: US$ 100 milhões Fora de campo: US$ 4 milhões Karim Benzema em partida pelo Al Ittihad. Reuters 4️⃣ Kylian Mbappé: US$ 95 milhões Idade: 26 Clube: Real Madrid Nacionalidade: França Em campo: US$ 70 milhões Fora de campo: US$ 25 milhões Kylian Mbappé em partida pelo Real Madrid. Reuters 5️⃣ Erling Haaland: US$ 80 milhões Idade: 25 Clube: Manchester City Nacionalidade: Noruega Em campo: US$ 60 milhões Fora de campo: US$ 20 milhões Haaland em partida do Manchester City. Molly Darlington/Reuters 6️⃣ Vinicius Jr.: US$ 60 milhões Idade: 25 Clube: Real Madrid Nacionalidade: Brasil Em campo: US$ 40 milhões Fora de campo: US$ 20 milhões Vini Jr. em partida pelo Real Madrid. Molly Darlington/Reuters 7️⃣ Mohamed Salah: US$ 55 milhões Idade: 33 Clube: Liverpool Nacionalidade: Egito Em campo: US$ 35 milhões Fora de campo: US$ 20 milhões Mohamed Salah em partida pelo Liverpool. Reuters 8️⃣ Sadio Mané: US$ 54 milhões Idade: 33 Clube: Al Nassr Nacionalidade: Senegal Em campo: US$ 50 milhões Fora de campo: US$ 4 milhões Sadio Mané em partida pelo Al Nassr. Reuters 9️⃣ Jude Bellingham: US$ 44 milhões Idade: 22 Clube: Real Madrid Nacionalidade: Inglaterra Em campo: US$ 29 milhões Fora de campo: US$ 15 milhões Jude Bellingham, atleta do Real Madrid. Reuters 🔟 Lamine Yamal: US$ 43 milhões Idade: 18 Clube: Barcelona Nacionalidade: Espanha Em campo: US$ 33 milhões Fora de campo: US$ 10 milhões Lamine Yamal, atleta do Barcelona. Reuters



Após sinalização de Trump, China concorda em iniciar 'o mais rápido possível' novas negociações comerciais com EUA


18/10/2025 03:18 - g1.globo.com


Trump ameaça 'corte de laços' no comércio com a China A China afirmou neste sábado (18) que concordou em realizar uma nova rodada de negociações comerciais com os Estados Unidos “o mais rápido possível”. Líderes dos dois países buscam evitar nova escalada de guerra comercial após Trump anunciar tarifas de 100% a produtos chineses. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O anúncio veio após uma chamada por vídeo entre o principal negociador de Pequim, o vice-premiê He Lifeng, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que envolveu “trocas francas, profundas e construtivas”, informou a agência estatal chinesa Xinhua. Horas antes do anúncio chinês, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na sexta-feira que a tarifa de 100% sobre produtos chineses não é sustentável, mas que ele foi forçado a adotá-la por conta da postura chinesa. Trump afirma que a China está sempre buscando vantagem sobre os EUA nos acordos comerciais e busca um novo acordo com os chineses, assim como fez com outros países desde que retornou à Casa Branca, em janeiro. O Brasil é um desses países —o chanceler Marco Vieira iniciou as negociações com os EUA em encontro com Marco Rubio nesta semana. Em entrevista à Fox Business Network na sexta, o presidente americano voltou a falar sobre a necessidade de um acordo justo entre as duas maiores economias do mundo e admitiu que ainda não sabe qual será o desfecho do conflito comercial. (Leia mais abaixo) Trump confirmou que deve se reunir com o presidente Xi Jinping nas próximas duas semanas para discutir o comércio e declarou: “Vamos ver o que acontece”, disse. Uma reunião entre os dois líderes está prevista para acontecer na Coreia do Sul, segundo Bessent. Como a China conseguiu encontrar 'ponto fraco' de Trump com restrição às terras raras Veja os vídeos que estão em alta no g1 Também na sexta-feira, a missão da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) afirmou que os Estados Unidos têm enfraquecido o sistema de comércio multilateral baseado em regras desde que o novo governo assumiu o cargo em 2025. O comunicado cita o uso recorrente de políticas discriminatórias, tarifas de retaliação e sanções unilaterais que, segundo Pequim, violam os compromissos assumidos na OMC. A delegação chinesa informou que um relatório do Ministério do Comércio irá avaliar o cumprimento das regras pelos Estados Unidos em 11 áreas. O documento também deve renovar os apelos para que Washington respeite as normas da OMC e coopere com outros países-membros no fortalecimento da governança econômica global. Escalada de tensões Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China, em foto de 29 de junho de 2019 Reuters/Kevin Lamarque As tensões comerciais entre China e Estados Unidos se intensificaram nesta semana, após uma nova rodada de críticas e tarifas de ambos os lados. Na sexta-feira (10), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a decisão da China de restringir a exportação de elementos usados em terras raras e anunciou uma tarifa extra de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro. O republicano também ameaçou encerrar negócios com a China relacionados a “óleo de cozinha e outros elementos de comércio”. Segundo Trump, as medidas respondem à decisão de Pequim de suspender a compra de soja dos Estados Unidos em maio, em reação às políticas comerciais americanas. “Acredito que a China, ao deixar de comprar nossa soja e causar dificuldades aos nossos produtores, comete um ato economicamente hostil”, escreveu Trump no Truth Social. "Estamos considerando encerrar negócios com a China relacionados a óleo de cozinha e outros elementos do comércio, como retaliação. Por exemplo, podemos facilmente produzir óleo de cozinha nós mesmos, sem precisar comprá-lo da China", completou. Em resposta, o Ministério do Comércio da China afirmou que os controles sobre elementos de terras raras – que Trump chamou de “surpreendentes” e “muito hostis” – são uma reação às medidas adotadas pelos EUA desde as negociações comerciais entre os dois países no mês passado. “Ameaçar impor tarifas altas a qualquer momento não é a forma correta de lidar com a China. Nossa posição sobre guerras tarifárias é consistente: não queremos brigar, mas não temos medo de brigar”, declarou o ministério. “Se os EUA persistirem em agir unilateralmente, a China tomará medidas correspondentes para defender seus direitos e interesses legítimos.” Exportadores chineses "desistem" dos EUA Bandeiras dos EUA e da China tremulam em Pequim Tingshu Wang/Reuters Com o aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos, exportadores chineses têm direcionado seus negócios para outras regiões, como Europa, América Latina e Oriente Médio. Empresas que antes dependiam fortemente do mercado americano agora tentam compensar as perdas conquistando novos compradores, segundo a agência de notícias Reuters. Apesar da queda nas vendas para os Estados Unidos, as exportações totais da China cresceram 7,1% nos primeiros nove meses do ano, evidenciando a força da economia do país. Mesmo assim, muitos empresários afirmam que o cenário continua difícil: a concorrência aumentou, os preços caíram e alguns passaram a vender com prejuízo. Na maior feira comercial do mundo, a Feira de Cantão, quase não há mais compradores dos Estados Unidos. Por outro lado, aumentou o interesse de países como o Brasil. Para os fabricantes chineses, perder os Estados Unidos — o maior mercado consumidor do mundo — tem sido como “perder a locomotiva” que impulsionava o setor. Ações asiáticas têm pior semana desde abril As bolsas da China e de Hong Kong caíram com força nesta semana, registrando o pior desempenho desde abril. O clima de cautela entre investidores aumentou por causa das tensões comerciais com os Estados Unidos e da venda de ações de empresas ligadas à inteligência artificial para realização de lucros. O índice de Xangai caiu quase 2%, o CSI300 recuou pouco mais de 2% e o Hang Seng, de Hong Kong, perdeu cerca de 2,5%. Na semana, o Hang Seng acumulou uma queda de 4%. Analistas afirmam que o mercado segue instável e que os investidores aguardam a reunião do Partido Comunista Chinês na próxima semana, quando será debatido o novo plano econômico do país.



Mega-Sena pode pagar R$ 48 milhões neste sábado


18/10/2025 03:01 - g1.globo.com


Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio O concurso 2.929 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 48 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h deste sábado (18), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última quinta (16), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.



João Fukunaga deixa presidência da Previ, maior fundo de pensão do país


17/10/2025 21:47 - g1.globo.com


João Fukunaga anuncia sua renúncia à presidência da Previ. Divulgação/Previ O executivo João Fukunaga renunciou à presidência do maior fundo de pensão do país, a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil). A informação foi anunciada pela instituição nesta sexta-feira (17). Ele será sucedido por Márcio Chiumento, atual diretor de participações. Segundo a Previ, Fukunaga "foi convidado a assumir a diretoria de relações governamentais e ASG da EloPar", holding criada em 2015 por BB e Bradesco para impulsionar empresas do grupo como a bandeira de cartão de benefícios Alelo. O executivo presidia a Previ desde março de 2023. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Chiumento é funcionário de carreira do Banco do Brasil desde 2000 e tem "perfil técnico", segundo a Previ. O executivo é graduado em Direito e possui MBA em Negócios Financeiros pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Atualmente, Chiumento também integra o conselho de administração da Neoenergia e é vice-presidente do conselho de administração da Tupy. A Previ afirmou que Fukunaga, durante sua gestão, impulsionou a modernização da entidade. Informou ainda que seu maior legado está na gestão do Plano 1 por meio da "aceleração da estratégia de imunização do passivo". Entre 2023 e 2025, a alocação em renda variável caiu de 32% para 18%, com cerca de R$ 30 bilhões desinvestidos e realocados em renda fixa, afirmou a Previ. "Essa mudança reforçou a liquidez, garantiu aderência às obrigações do plano e superou uma meta de redução de alocação em renda variável prevista para 2030", informou a instituição. Desde 2024, a Previ realizou desinvestimentos em mais de 50 empresas, incluindo a antiga BRF, hoje MBRF, e Neoenergia, e reforçou a carteira de títulos públicos em mais de R$ 19 bilhões no período, disse Fukunaga em vídeo de despedida do posto. Márcio Chiumento, novo presidente da Previ Divulgação/Previ



Leilão de carros clássicos tem Fusca mais barato que iPhone e Corvette igual ao de Michael Jordan; veja como participar


17/10/2025 18:30 - g1.globo.com


Como funcionam os leilões Um leilão de veículos antigos, com exemplares fabricados há 30 anos ou mais, será realizado neste sábado em São Paulo (SP). Entre os destaques da lista estão diversos modelos do Volkswagen Fusca e Kombi, um Ford fabricado em 1929 e um Corvette C4 idêntico ao usado pelo jogador de basquete Michael Jordan. O leilão acontece apenas neste sábado (18) no Shopping Morumbi, mas a participação exige inscrição no site do leiloeiro. A visitação pública acontece até esta sexta-feira (17), das 10h30 às 19h30. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Atenção às datas de lances públicos: Carros e motos em qualquer estado de conservação: acontece no dia 18 de outubro, às 11h. Volkswagen Fusca custa R$ 11.000, exatos R$ 1.999 mais em conta que um iPhone 17 Pro de 512 GB (R$ 12.499) divulgação/Picelli Leilões Neste leilão, existem 84 veículos aptos a circular, sendo: 🚗 77 carros; 🏍️ 7 motos. Ao contrário dos leilões realizados pelos Detrans estaduais, este não inclui sucatas destinadas à retirada de peças, com motor inutilizado, nem mesmo itens voltados à fundição ou reciclagem. Segundo o edital do leilão, os carros e motos serão vendidos no estado em que se encontram. As vendas são feitas sem a possibilidade de cancelamento ou desistência. O leiloeiro informa que não se responsabiliza pelas peças e que o comprador está ciente das condições mecânicas do veículo, sem possibilidade de reclamações posteriores por problemas como vícios ocultos, falta de componentes e avarias. O edital aponta que a visitação dos carros e motos disponíveis neste leilão é obrigatória para a participação nos lances. No dia do leilão, a aparição dos veículos é considerada apresentação e não uma vistoria prévia. O pagamento dos veículos arrematados deve ser realizado em até 48 horas após a confirmação, por transferência bancária ou PIX, conforme o seguinte valor total: Valor total do lance final; 5% de taxa de comissão do leiloeiro; R$ 500 por lote arrematado. Em caso de desistência ou atraso no pagamento, é cobrada uma taxa de 25% de multa. A retirada dos veículos acontece em até 48 horas após a confirmação do pagamento, com o prazo máximo do dia 28 de outubro para a remoção do lote. Neste leilão, a Aprilia SR 50 AC de 1998 é a moto mais barata, com lance mínimo de R$ 1.750. Já o carro mais em conta é um Volkswagen Fusca 1.300 de 1970, com lance partindo de R$ 11 mil. Motos de até 1,1 mil cilindradas estão no leilão divulgação/Picelli Leilões Veja outros destaques do leilão Volkswagen Kombi Pick-up de 1982 Lance inicial: R$ 48.000 Honda CBX 1.050 de 1981 Lance inicial: R$ 95.000 Volkswagen Fusca Itamar de 1996 Lance inicial: R$ 19.000 Volkswagen Gol GTI de 1989 Lance inicial: R$ 35.000 Ford Model A de 1929 Lance inicial: R$ 60.000 Chevrolet Diplomata de 1986 Lance inicial: R$ 44.000 Dodge Dart de 1979 Lance inicial: R$ 70.000 Alfa Romeo Spider de 1973 Lance Inicial: R$ 110.000 Honda CBX 750 F de 1989 Lance inicial: R$ 48.000 Aprilia SR 50 de 1998 Lance inicial: R$ 1.750 Chevrolet Corvette C4 de 1986, modelo idêntico ao de Michael Jordan divulgação/Picelli Leilões A avaliação estimada para cada veículo é calculada com base nos valores praticados pelo mercado e no estado de conservação da unidade. O lance mínimo é o valor de partida para as ofertas. Os leilões são abertos a todas as pessoas e empresas, sem restrição de participação. Veja dicas para participar de leilões Leilão de veículos feito pelo Detran-SP divulgação/Governo de São Paulo Como em qualquer leilão, é preciso analisar minuciosamente cada item para saber qual faz sentido na sua garagem. Para te ajudar, o g1 reuniu as principais dicas e as opiniões de especialistas para que você tome a melhor decisão. Existem dois tipos de leilões: os particulares e os públicos. A primeira pergunta que o consumidor pode se fazer é: de onde vêm esses veículos? Os leilões públicos costumam ofertar modelos que foram apreendidos ou abandonados. De acordo com Otávio Massa, advogado tributarista, esses veículos têm origem em operações de fiscalização aduaneira e foram retidos por questões legais, fiscais ou por abandono em recintos alfandegados. Existem também os carros inservíveis de órgãos públicos, como os que já não têm mais utilidade para o propósito governamental e são vendidos para reutilização ou como sucata. “Os veículos são vendidos no estado em que se encontram, sem garantias quanto ao seu funcionamento ou condições, e o arrematante assume todos os riscos”, explica Massa. Em meio aos riscos, há excelentes preços. Porém, existe um passo a passo para verificar o estado do carro, que vamos falar adiante. Diferentemente das revendas oficiais ou multimarca, não é oferecida uma garantia para o produto. É nesse momento que o consumidor tem que ligar o alerta: produtos de leilões particulares podem ter garantia para apenas alguns itens. Os públicos, por sua vez, não têm garantia. Por isso, é importante checar se é possível fazer uma vistoria presencial no modelo antes de pensar no primeiro lance. Luciana Félix, que é especialista em mecânica de automóveis e gestora da Na Oficina em Belo Horizonte, lembra ainda que a burocracia pode ser um grande empecilho para o uso do item leiloado. Um exemplo que ela cita é o de um carro aprendido, que pode ter problemas na documentação. “Esses carros já vêm com burocracias devido ao seu histórico. (...) Às vezes, são carros que necessitam de uma assistência jurídica. Você tem que contratar um advogado para fazer toda a baixa dessa papelada”, alega a especialista. Leilões particulares De acordo com a especialista em mecânica automotiva Luciana Félix a maioria dos pregões particulares oferece carros de seguradoras (geralmente de sinistros, com perdas totais ou parciais), de locadoras, e de empresas com pequena frota, que colocam a antiga para leilão quando precisam fazer a substituição. Nesse caso, os carros também vêm de colecionadores. Simplificando o conceito: 🔒Leilões particulares: frotas de empresas, devoluções de leasing, de seguradoras 🦁Leilões da Receita Federal: apreendidos, confiscados ou abandonados. Tipo de compra Segundo Ronaldo Fernandes, especialista em Leilões da SUIV, empresa que possui um banco de dados de peças automotivas, é fundamental entender que existem duas maneiras de adquirir automóveis ofertados em leilões: para restaurar ou utilização; e aqueles voltados exclusivamente para empresas de desmanche legal. “Não há um tipo específico de veículos que vai a leilão, mas é muito importante verificar qual o tipo de venda que está sendo oferecida para o veículo de interesse, pois alguns veículos poderão circular normalmente e outros servirão somente para desmonte ou reciclagem devido à sua origem”, afirma Fernandes. Nos casos em que os carros são vendidos para desmanches, a origem deles se dá por conta do tamanho do sinistro. “Dependendo do tamanho do sinistro, o automóvel só poderá ser vendido como sucata, ou seja, sem documentação para rodar novamente”, afirma Fernandes. Critérios para venda Segundo o advogado tributarista Otávio Massa, os critérios para que um carro vá a leilão incluem: Valor comercial: veículos com valor residual significativo que justifique a venda; Condição recuperável: mesmo que parcialmente danificados, se ainda tiverem peças reutilizáveis ou puderem ser reparados; Procedimento legal: veículos apreendidos ou abandonados que legalmente devem ser vendidos em leilão público. Resumindo, o que define se um veículo vai ser leiloado é o quanto ele ainda pode despertar o interesse financeiro de novos compradores. Thiago da Mata, CEO da plataforma Kwara, afirma que é feita uma avaliação prévia para determinar o valor a ser cobrado. “Normalmente, ativos que possuem débitos superiores ao seu valor de mercado são considerados sucata e vão para descarte. Da mesma forma, veículos cujo estado de conservação seja muito crítico podem ter o mesmo destino para que possam ser aproveitadas as peças”, argumenta. Otávio Massa corrobora com a visão de da Mata ao afirmar que “não há uma porcentagem mínima específica estabelecida por lei, mas o critério principal é se o veículo tem valor comercial residual. Veículos sem valor ou severamente danificados podem ser descartados”. Carros, caminhões, ônibus e outros modelos destinados a desmanche têm seus respectivos números de chassis cancelados. É como se o automóvel deixasse de existir. Prudência e dinheiro no bolso De acordo com Thiago da Mata, da Kwara, inspecionar o veículo é de suma importância. Afinal, os carros podem ter distintos estados de conservação, o que tem que entrar na lista de preocupações de quem participa de um pregão. “[Os veículos] podem tanto estar em bom estado de conservação, como também é possível que tenham ficado em pátio público durante um período de tempo importante”, afirma. Os carros podem ter marcas provocadas pelo período em que ficaram expostos ao clima: pintura queimada, oxidação da lataria, manchas provocadas pela incidência solar. E esses reparos também precisam entrar no planejamento financeiro do comprador. Idealmente, a inspeção deve ser feita de forma presencial, segundo os especialistas consultados nesta reportagem. Ao verificar um carro, por exemplo, é preciso verificar tudo: bancos, painéis de porta, console central, volante, conferir os equipamentos, a quilometragem, ligar o carro, abrir o capô, checar a existência de bateria de 12V e, se possível, levar um especialista ou mecânico de confiança para checar as partes técnicas e prever possíveis custos extras com manutenção. Luciana Félix, que é especialista em manutenção, diz que o consumidor precisa ver até o histórico de manutenção, se possível. E documentar tudo com fotos. “Comprar carros em leilão é tipo um investimento de risco, você pode se dar muito bem ou muito mal, pois você não poderá andar com o carro para saber como está o seu motor ou câmbio, pois todos os veículos estão lacrados”, argumenta a proprietária da Na Oficina. É importante ressaltar que essa é a mesma verificação que se faz ao comprar um automóvel usado, seja presencial ou via marketplace: deve ser feita uma avaliação técnica, além de checagem da quilometragem rodada e documentação do ativo. “Importante que seja feita a verificação de débitos ou algum tipo de bloqueio para venda, pois a responsabilidade por estes pagamentos pode ser diferente de leilão para leilão. Estas informações devem estar presentes no Edital, que deve ser lido com atenção antes que qualquer lance seja dado”, alerta Thiago da Mata, da Kwara. Quando a compra é feita pela internet e não existe a possibilidade de visitar o produto, é indicado solicitar uma vídeo-chamada para fazer essa inspeção. Não é o ideal, mas já ajuda a verificar o estado do carro, mesmo que seja à distância. O que verificar: Documentação: incongruências jurídicas; Custos para regularização; Estado de conservação do carro; Custos para restauro; Condições de compra; Inspeção mecânica e de equipamentos. Assim, se você vai participar de um leilão pela primeira vez, atente-se para os seguintes passos. Estude: leia o edital e entenda as regras do leilão; Verifique a procedência: se certifique que o veículo não tem pendências legais; Defina um orçamento: estabeleça um limite máximo de gastos; Inspecione: se possível, veja o veículo pessoalmente ou solicite um relatório detalhado; Experiência: participe de leilões menores para entender a lógica de funcionamento. ▶️ LEMBRE-SE: Utilize apenas canais oficiais para se comunicar com o leiloeiro e verifique sempre a autenticidade das mensagens. Evitar fraudes já é um bom começo.



Como a China conseguiu encontrar 'ponto fraco' de Trump com restrição às terras raras


17/10/2025 18:29 - g1.globo.com


Trump ameaça 'corte de laços' no comércio com a China O Ministério do Comércio da China publicou na semana passada o documento "Anúncio nº 62 de 2025". Este não era, porém, um simples comunicado burocrático. O texto conseguiu abalar a frágil trégua tarifária da China com os Estados Unidos. Ao detalhar amplas restrições às exportações de terras raras — grupo de 17 elementos químicos, como neodímio, lantânio, ítrio e cério, usados na fabricação de produtos tecnológicos e equipamentos de alta precisão —, o documento em certa medida reforça o controle de Pequim sobre o fornecimento global desses minerais essenciais e lembra o presidente americano, Donald Trump, do quanto a China ainda detém poder de influência na guerra comercial. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A China detém quase o monopólio da extração das terras raras e seu refino, que é o processo de sua separação de outros minerais. As terras raras são cruciais para a produção de diversas tecnologias, incluindo smartphones, painéis solares, carros elétricos e equipamentos militares. Um caça F-35, por exemplo, requer mais de 400 quilos de terras raras em seus revestimentos furtivos, motores, radares e outros componentes. Pelas novas regras, empresas estrangeiras precisarão de autorização do governo chinês para exportar produtos que contenham até pequenas quantidades de terras raras e deverão declarar o uso pretendido. Em resposta, o presidente americano ameaçou impor uma tarifa adicional de 100% nos produtos chineses e colocar controles de exportação em softwares estratégicos. "Isso é a China contra o mundo. Eles apontaram uma bazuca para as cadeias de suprimentos e a base industrial de todo o mundo livre, e nós não vamos permitir isso", disse o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent. Mina de terras raras em porto na China Reuters via BBC Na quinta-feira (16/10), a China disse que os EUA "provocam deliberadamente desentendimentos e pânico desnecessário" sobre os controles chineses acerca de terras raras. "Se os pedidos de licença de exportação estiverem em conformidade e forem destinados a uso civil, serão aprovados", afirmou um porta-voz do Ministério do Comércio da China. Nesta semana, as duas maiores economias do mundo (EUA e China) também impuseram novas taxas portuárias sobre navios uma da outra. A intensificação da guerra comercial encerra meses de relativa calmaria após a trégua acertada em maio por autoridades americanas e chinesas. Ainda neste mês, Trump e o presidente da China, Xi Jinping, devem se reunir para discutir esses assuntos. Especialistas ouvidos pela BBC afirmam que as restrições às terras raras darão vantagem à China na negociação. As novas medidas da China devem "abalar o sistema" ao atingir vulnerabilidades das cadeias de suprimento americanas, disse o professor de negócios internacionais, Naoise McDonagh, da Universidade Edith Cowan (Austrália). "O momento frustrou o cronograma de negociações que os americanos esperavam", afirmou. As exportações chinesas desses materiais respondem por cerca de 70% do fornecimento mundial dos metais usados em imãs de motores de veículos elétricos, segundo Natasha Jha Bhaskar, da consultoria Newland Global Group. A China tem trabalhado intensamente para conquistar sua posição dominante no processamento global de terras raras globais, afirmou Marina Zhang, da Universidade de Tecnologia de Sydney (Austrália). O país formou uma base de especialistas na área e tem uma rede de pesquisa e desenvolvimento anos à frente dos concorrentes, acrescentou. Embora os EUA e outros países estejam investindo pesado para reduzir a dependência da China no fornecimento de terras raras, eles ainda estão longe de atingir esse objetivo. Os minerais de terras raras são essenciais para a fabricação de caças como o F-35 Getty Images via BBC Com grandes reservas próprias, a Austrália é vista como uma potencial rival da China, mas sua infraestrutura de produção ainda é pouco desenvolvida, o que torna o processamento caro, explicou Zhang. "Mesmo que os EUA e todos os seus aliados transformem o processamento de terras raras em um projeto nacional, eu diria que levará pelo menos cinco anos para alcançarem a China." Nessa corrida global, o Brasil também tem um papel importante: o relatório U.S. Mineral Commodity Summaries estima que o país detenha até 23% das reservas conhecidas de terras raras no mundo. O professor Sidney Ribeiro, do Instituto de Química da Unesp (Universidade Estadual Paulista), explicou à BBC News Brasil que o país acumula décadas de pesquisas acadêmicas sobre esses minérios e já faz a mineração de terras raras em Estados como Minas Gerais e Goiás. Ainda assim, responde por menos de 1% da produção, porque muitas das reservas inexploradas estão em áreas como a Amazônia. Então, é enorme o desafio de aproveitar o potencial mineral brasileiro e ao mesmo tempo manter de pé uma floresta já muito degradada. A maioria das terras raras é abundante na natureza. Mas elas são chamadas de "raras" porque é muito difícil encontrá-las em forma pura – e sua extração é muito arriscada. As terras raras frequentemente ocorrem junto a elementos radioativos, como tório e urânio, e separá-los exige o uso de muitos produtos químicos tóxicos, tornando o processo de extração às vezes difícil e caro. Vale lembrar que as terras raras também devem fazer parte das negociações entre Brasil e EUA sobre tarifas comerciais. Restrições chinesas As novas restrições chinesas ampliam medidas anunciadas pela China em abril, que haviam provocado uma escassez global antes de uma série de acordos com a Europa e os EUA aliviar o problema. Dados oficiais mais recentes mostram que as exportações chinesas desses minerais caíram mais de 30% em setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior. Mas analistas dizem que a queda nas exportações dificilmente afetará a economia chinesa. As terras raras representam uma parcela mínima dos US$ 18,7 trilhões (cerca de R$ 106 trilhões) do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas) anual do país, disse a professora Sophia Kalantzakos, da Universidade de Nova York (EUA). A título de comparação, o PIB brasileiro atingiu R$ 11,7 bilhões em 2024. Algumas estimativas calculam o valor das exportações em menos de 0,1% do PIB chinês. Embora o peso econômico das terras raras para a China seja pequeno, seu valor estratégico é "enorme", afirmou Kalantzakos, já que o setor dá à China mais poder de pressão nas negociações com os EUA. Apesar de acusar a China de "traição", Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, afirmou que ainda há espaço para diálogo. "Acredito que a China esteja aberta a discussões e sou otimista quanto à possibilidade de reduzir as tensões", disse Bessent. Durante uma reunião na quinta-feira (16/10) com o presidente do grupo americano de private equity Blackstone, Stephen Schwarzman, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, também destacou a necessidade de negociações. "Os dois lados devem manter comunicação efetiva, resolver adequadamente as divergências e promover um desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações entre China e EUA", disse Yi, segundo o site do ministério. As recentes medidas da China são uma forma de "organizar suas peças antes das negociações comerciais" com os EUA, afirmou Kalantzakos, da Universidade de Nova York. Ao restringir as exportações de terras raras, a China encontrou "seu melhor instrumento imediato" para pressionar Washington em busca de um acordo mais favorável, disse Bhaskar, da consultoria Newland Global Group. Jiao Yang, da Universidade de Administração de Singapura, afirma que, embora a China detenha as cartas no curto prazo, os EUA ainda têm algumas opções estratégicas à disposição. Os EUA poderiam, por exemplo, oferecer a redução de tarifas, algo que provavelmente interessa à China, já que a guerra comercial tem afetado fortemente seus fabricantes, disse Yang. A economia chinesa depende da receita obtida com os produtos que fabrica e exporta. Segundo dados oficiais recentes, as exportações do país para os EUA caíram 27% em relação ao ano anterior. Os EUA também podem ameaçar impor novas restrições comerciais para dificultar o avanço do setor tecnológico chinês, afirmou McDonagh, da Universidade Edith Cowan. Por exemplo, a Casa Branca já mirou a dependência chinesa de semicondutores avançados ao bloquear a compra dos chips mais sofisticados da Nvidia. Mas especialistas dizem que é provável que tenha apenas efeitos limitados. As medidas que miram a indústria tecnológica da China podem desacelerar o país asiático, mas não "paralisá-la completamente", disse McDonagh. A China já mostrou, com sua estratégia econômica recente, estar disposta a enfrentar dificuldades para alcançar seus objetivos a longo prazo, acrescentou. "A China pode continuar, mesmo se pagar muito mais pelos controles de exportação dos EUA. Mas se a China interromper o fornecimento de terras raras, pode de fato interromper a indústria de todos os outros. Essa é a grande diferença."



Cotação do petróleo cai ao menor nível desde maio; entenda o que influencia nos preços da commodity


17/10/2025 18:05 - g1.globo.com


Donald Trump quer que países da Otan parem de comprar petróleo russo Os preços do petróleo recuaram nas últimas semanas, e chegaram ao menor patamar em meses. Entre os fatores que explicam esse movimento estão tanto os níveis de produção da commodity quanto questões geopolíticas. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Nesta sexta-feira (17), o barril de petróleo do tipo Brent (referência global), negociado em Londres para entrega em dezembro, recuava 0,13%, a US$ 60,98. No mercado americano, o barril do tipo West Texas Intermediate (WTI), com vencimento em novembro, caía 0,19%, a US$ 57,35. 📉 Apesar da alta pontual, os preços seguem em patamares historicamente baixos: o Brent não se mantinha nesse nível desde maio deste ano; enquanto o WTI não alcançava essa faixa desde 2021. Entenda nesta reportagem os principais fatores que têm influenciado a cotação do petróleo. Excesso de oferta O primeiro fator que explica a queda é o equilíbrio entre oferta e demanda. Isso porque quando há mais petróleo disponível do que compradores, os preços caem. E nesta semana, o temor de excesso de oferta global pressionou o mercado. "O mercado adere à hipótese da Agência Internacional de Energia (AIE) de uma superabundância da oferta", disse Phil Flynn, do Price Futures Group, à AFP. A AIE revisou para cima a previsão de crescimento da oferta e reduziu ligeiramente a expectativa de aumento da demanda para este ano e o próximo. No total, projeta um acréscimo de 2,2 milhões de barris por dia em 2025 e quase 4 milhões em 2026. "Um excedente de petróleo, esperado há tempos, começa finalmente a surgir e deveria pesar nos preços", destacaram analistas do DNB na conferência Energy Intelligence, em Londres, à agência. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Acordos de paz e negociações Além disso, outro fator que influenciou os preços da commodity foram os conflitos em regiões estratégicas para a produção de petróleo. A guerra entre Rússia e Ucrânia e os recentes confrontos entre Israel e Hamas, por exemplo, também pressionaram os preços no mercado internacional nos últimos meses, embora ainda não tenham gerado interrupções significativas no abastecimento. Por outro lado, sinalizações recentes de que esses conflitos caminham em direção à paz têm ajudado a derrubar as cotações do barril de petróleo. Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou que se reunirá com o residente russo Vladimir Putin, na Hungria, afirmando que houve "grandes progressos". O Kremlin descreveu o diálogo como "extremamente franco e repleto de confiança". Não há definições sobre a data do encontro, mas Trump tem pressionado países parceiros a deixarem de comprar o petróleo russo como forma de pressão para o fim da guerra na Ucrânia. 🔎 Ainda assim, um possível retorno da Rússia ao mercado poderia reduzir os preços, já que o país é um dos três maiores produtores mundiais. Já no Oriente Médio, Israel e Hamas firmaram, em 9 de outubro, a primeira fase de um cessar-fogo e a libertação de reféns, após pressões de Trump. "Se a paz for estável e confiável, seu impacto (na redução) dos preços será mais estrutural e profundo", explica Claudio Galimberti, economista da Rystad Energy. Embora Israel não seja um produtor importante de petróleo, o risco de uma ampliação do conflito na região — como ocorreu em junho, durante a guerra de 12 dias entre Irã e Israel — havia impulsionado os preços do petróleo. Isso porque além do risco geopolítico e dos temores de que o aumento das tensões pudesse gerar novos bloqueios e sanções, a região também conta com uma das rotas estratégicas do mundo para transporte de petróleo — o que poderia estar em risco diante de uma escalada do conflito. Com o acordo de paz entre Israel e Hamas, no entanto, os ânimos arrefeceram — e, agora, há expectativa de que os rebeldes huthis, do Iêmen, suspendam ataques a navios ocidentais. 🔎 Isso ajudaria a liberar rotas pelo Mar Vermelho e Canal de Suez — reduzindo riscos logísticos e contribuiria para a queda dos preços da matéria-prima. Tensões entre EUA e China O conflito comercial entre Estados Unidos e China também pressiona a cotação do petróleo. Trump afirmou que a tarifa de 100% sobre produtos chineses não é sustentável, mas foi adotada devido à postura da China. Ele destacou a necessidade de um acordo justo entre os países. O Ministério do Comércio da China reagiu às medidas americanas com controles sobre elementos de terras raras, que Trump chamou de "surpreendentes" e "muito hostis". "Qualquer redução do comércio internacional só pode ser desfavorável ao petróleo", afirmou John Evans, da PVM, à AFP. Para Mark Waggoner, da Excel Futures, o retorno da incerteza comercial pode pesar nos preços nas próximas semanas. Em entrevista à AFP, ele explicou que o aumento observado em algumas sessões (como a de hoje) se deve, sobretudo, a uma "recuperação técnica após dias muito ruim". Segundo analistas ouvidos pela agência, se o barril do WTI se mantiver abaixo dos US$ 60, isso levaria a "uma desaceleração da produção americana", pois "muitas empresas do setor de xisto não podem perfurar novos poços de forma lucrativa" nesse nível de preço. Preço do petróleo dispara após Opep anunciar corte de mais de 1 milhão de barris por dia Reprodução/Jornal Nacional *Com informações da agência de notícias France-Presse A BP anunciou na manhã desta segunda-feira (4) que fez a maior descoberta em petróleo e gás da empresa em 25 anos no litoral do Brasil. Divulgação/ BP Aeroporto de Guarujá seria ponto estratégico para o transporte de funcionários das plataformas de petróleo e gás da Petrobras na Bacia de Santos. Divulgação Refinaria de Petróleo Riograndense, em Rio Grande (RS) Divulgação/Petrobras Concurso da PPSA: inscrições começam nesta quarta; são 100 vagas e salário de até R$ 19,6 mil Esse é o primeiro concurso da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) — empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia. — Foto: Luoman/Getty Images Lula volta a pressionar por exploração de petróleo na Bacia da Foz do Rio Amazonas; Marina Silva defende priorizar energia limpa Jornal Nacional/ Reprodução



Aprenda técnicas de cultivo da bananeira


17/10/2025 17:08 - g1.globo.com

O Zeferino, de Mascote (BA), entrou em contato com o Globo Rural pedindo uma cartilha que explicasse tudo sobre o cultivo da bananeira. A gente te indica um material do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que reúne informações sobre as principais variedades de banana cultivadas no Brasil. A cartilha também traz orientações sobre os cuidados antes e depois do plantio, incluindo recomendações de adubação e irrigação para garantir o desenvolvimento saudável das plantas. 📲 Acesse aqui



Secretário de Tesouro dos EUA anuncia novas intervenções para apoiar peso: 'Make Argentina Great Again'


17/10/2025 14:22 - g1.globo.com


Trump ameaça suspender ajuda bilionária prometida à Argentina O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou nesta sexta-feira (17) que interveio nos mercados para comprar pesos, como parte de sua política de apoio financeiro ao governo de Javier Milei. "Ontem [quinta-feira] o Tesouro comprou pesos no 'swap de blue chips' e no mercado à vista", anunciou Bessent no X. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça 🔎 Um "swap de blue chips" permite que um investidor compre um ativo estrangeiro, geralmente desvalorizado, e depois o venda no mercado local a um preço maior, obtendo lucro na operação. "O Tesouro mantém uma comunicação estreita com a equipe econômica argentina", explicou. Segundo ele, o governo também trabalha para "Tornar a Argentina Grande Novamente", em alusão ao lema americano "Make America Great Again", de Donald Trump. Nesta sexta-feira, o peso argentino chegou a se desvalorizar 3,4% no início das negociações, mesmo após o anúncio do secretário de Tesouro americano. A taxa paralela também caiu mais de 1%, segundo a Bloomberg. Depois, a moeda argentina se manteve estável, cotado a 1.430 por dólar. "O Tesouro permanece atento a todos os mercados e tem a capacidade de agir com flexibilidade e firmeza para estabilizar a Argentina", acrescentou. O apoio de Trump a Milei O governo Trump tem demonstrado interesse a apoiar a Argentina. Nesta semana, os EUA prometeram até 40 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 217 bilhões) em fundos públicos e privados para que o país consiga enfrentar as turbulências do mercado financeiro. O presidente Javier Milei, que visitou a Casa Branca na terça-feira (14) para agradecer o apoio, tenta ampliar sua base no Congresso argentino na eleição legislativa de 26 de outubro. Donald Trump indicou que seu apoio à Argentina depende do desempenho de Milei, seu aliado ideológico. "Se ele perder, não seremos generosos com a Argentina. Nossos acordos estão sujeitos a quem vencer a eleição. Porque com um socialista, fazer investimentos é muito diferente", acrescentou Trump. O anúncio do presidente dos Estados Unidos abalou o mercado argentino nesta semana. O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, afirmou que, independentemente do resultado da eleição deste mês, as políticas do governo Milei permanecerão inalteradas. Ele acrescentou que o governo está avaliando outras opções financeiras, que ainda não podem ser divulgadas. Segundo Caputo, empresas americanas teriam prometido informalmente investir bilhões de dólares em reuniões recentes. A ajuda financeira à Argentina é considerada um movimento atípico dos EUA — especialmente sob uma administração que vinha evitando grandes intervenções no exterior. Segundo a Casa Branca, o acordo integra uma estratégia para estabilizar um aliado-chave na região. No entanto, a decisão tem gerado críticas dentro dos próprios Estados Unidos. Diversos democratas criticaram Trump por priorizar resgates internacionais e medidas de proteção a investidores, enquanto o governo americano permanece paralisado, em meio ao chamado "shutdown". Agricultores americanos também demonstraram insatisfação com a postura do republicano em relação à Argentina, lembrando que a China redirecionou suas compras de soja dos EUA para o país sul-americano neste ano. Ainda assim, o pacote de ajuda pode proporcionar a Milei um fôlego político relevante, ajudando-o a conter a crise econômica e fortalecer sua base de apoio. Além do apoio dos EUA, o Banco Mundial anunciou no mês passado a aceleração de seu plano de US$ 12 bilhões à Argentina, com até US$ 4 bilhões a serem liberados nos próximos meses por meio de financiamentos públicos e investimentos privados, para apoiar reformas e o crescimento de longo prazo do país. Em setembro, as eleições legislativas de Buenos Aires, a província mais populosa e politicamente influente do país, resultaram em ampla vitória dos peronistas. O resultado da eleição provocou forte turbulência nos mercados argentinos, agravada pela denúncia de corrupção envolvendo a irmã do presidente, Karina Milei. Sob pressão de escândalos de corrupção e da desconfiança dos mercados, o governo argentino enfrentou impasses nos últimos meses. Em setembro, por exemplo, as eleições legislativas de Buenos Aires, a província mais populosa e politicamente influente da Argentina, acabaram em uma ampla vitória dos peronistas. O resultado ligou o alerta para as eleições deste mês, indicando que a oposição pode ganhar mais espaço no Congresso e complicar a agenda do governo Milei na segunda metade do mandato. O resultado da eleição provovou forte turbulência nos mercados argentinos, agravada pela denúncia de corrupção envolvendo sua irmã, Karina Milei. No dia seguinte, o S&P Merval caiu 13,23%, os títulos de 35 anos recuaram quase 8% e o peso perdeu 4,25%, sendo cotado a 1.423 por dólar. Os investidores temiam que o governo não conseguisse avançar na agenda de cortes e na reestruturação fiscal. A volatilidade só diminuiu após o anúncio de Bessent sobre o apoio financeiro dos EUA, embora ainda persistissem dúvidas sobre a efetiva concretização das promessas. Scott Bessent, secretário do Tesouro americano, participa de negociações comerciais com a China Nathan Howard/File Photo/Reuters



Bolsa Família 2025: pagamentos de outubro começam na próxima semana; saiba se tem direito


17/10/2025 14:11 - g1.globo.com


Bolsa Famíila 2025: pagamentos de outubro começam na próxima semana Os pagamentos de outubro do Bolsa Família 2025 começarão a ser pagos na segunda-feira (20) pela Caixa Econômica Federal. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para outubro de 2025: Final do NIS: 1 - pagamento em 20/10 Final do NIS: 2 - pagamento em 21/10 Final do NIS: 3 - pagamento em 22/10 Final do NIS: 4 - pagamento em 23/10 Final do NIS: 5 - pagamento em 24/10 Final do NIS: 6 - pagamento em 27/10 Final do NIS: 7 - pagamento em 28/10 Final do NIS: 8 - pagamento em 29/10 Final do NIS: 9 - pagamento em 30/10 Final do NIS: 0 - pagamento em 31/10 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Novembro: de 14/11 a 28/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa. 'Na minha opinião, quem recebe o Bolsa Família deveria continuar recebendo quando consegue um emprego', defende Zema — mas o programa já tem hoje essa possibilidade, com a regra de proteção, introduzida em 2023 Lyon Santos/MDS Pesquisa premiada mostrou que, em 2014, mães que recebiam o Bolsa Família tinham maior probabilidade de conseguir um emprego formal Lyon Santos/ MDS Bolsa Família pode ser solicitado em uma unidade do Cras Lyon Santos/MDS Bolsa Família pode ser solicitado em uma unidade do Cras. Divulgação/MDAS Bolsa Família pode ser solicitado nas unidades do Cras Lyon Santos/MDS



INSS suspende acordo com quatro bancos para empréstimos consignados


17/10/2025 13:56 - g1.globo.com


INSS suspende acordo com quatro bancos para empréstimos consignados O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu cautelarmente o contrato com quatro instituições financeiras, que ficam proibidas de oferecer novos empréstimos consignados a aposentados e pensionistas. Os despachos foram publicados no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (16). As instituições afetadas são: Banco Inter, Facta Financeira, Cobuccio Sociedade de Crédito e Paraná Banco. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo a publicação, a medida foi necessária para interromper irregularidades nos serviços de empréstimo consignado e proteger o interesse público até a conclusão das investigações. No dia 10 de outubro, o INSS havia suspendido o contrato com o Banco Master. Em agosto, o instituto também havia suspendido a autorização de outras oito instituições financeiras. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Um levantamento da Globonews, com base em dados do portal consumidor.gov, mostra que, entre 2019 e abril de 2025, 65% das reclamações sobre empréstimos consignados do INSS envolviam contratos não solicitados pelos beneficiários. Outros 20% das reclamações referem-se a cobranças indevidas, 8% a dificuldades para cancelar empréstimos e 7% a taxas não informadas. De acordo com parlamentares, a CPMI do INSS também deve tratar do tema dos empréstimos consignados. Prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Rafa Neddermeyer/Agência Brasil Posicionamentos O Banco Master informa que foi surpreendido com a suspensão preventiva de novas operações de crédito consignado pelo INSS. A instituição cumpre integralmente todas as normas e procedimentos aplicáveis ao setor e mantém diálogo permanente com o Instituto para o pronto restabelecimento das operações. O Banco reafirma seu compromisso com a transparência, a conformidade regulatória e o respeito aos aposentados e pensionistas. O Inter esclarece que foi surpreendido com a suspensão cautelar de novos consignados pelo INSS e informa que está contato com o Instituto para entender os motivos da decisão. O Inter reforça ainda seu compromisso com a transparência e o respeito aos clientes, especialmente aposentados e pensionistas. A Facta Financeira afirmou que cumpre rigorosamente a legislação e os requisitos dos órgãos reguladores, mas não teve acesso aos autos. A empresa está em contato com o INSS para regularizar o serviço o mais rápido possível. O Paraná Banco disse que tomou conhecimento das razões que levaram o INSS à decisão e segue em diálogo com o órgão, prestando todos os esclarecimentos necessários. A instituição reforça seu compromisso com a transparência, a ética e a responsabilidade, valores que orientam sua atuação junto a clientes e parceiros. A Cobuccio Sociedade de Crédito não respondeu ao pedido da reportagem até o momento. Febraban diz que acompanha concessão de consignados A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) está atenta a todos os desdobramentos das condutas dos bancos na concessão do crédito consignado do INSS. Esse acompanhamento é essencial para que a Febraban possa orientar os bancos associados com diretrizes claras, visando tanto à autorregulação quanto coibir más práticas. Em caso de conduta irregular, a Febraban reitera que sempre apoiará qualquer medida corretiva necessária, garantindo-se às instituições o direito de se defenderem e de demonstrarem, quando cabível, a não procedência da acusação. O Paraná Banco disse que tomou conhecimento das razões que levaram o INSS à decisão e segue em diálogo com o órgão, prestando todos os esclarecimentos necessários. A instituição reforça seu compromisso com a transparência, a ética e a responsabilidade, valores que orientam sua atuação junto a clientes e parceiros. Pedido de adesão é feito pelo aplicativo do INSS INSS/Divulgação



Plataformas digitais empregaram 1,7 milhão de trabalhadores em 2024, com renda acima da média e carga horária maior, diz IBGE


17/10/2025 13:00 - g1.globo.com


Brasil tem quase 2 milhões de entregadores e motoristas de aplicativo No terceiro trimestre de 2024, cerca de 1,7 milhão de pessoas tiveram os aplicativos como principal fonte de renda, trabalhando por meio de plataformas digitais. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de representar apenas 1,9% do total de trabalhadores do setor privado, o número indica um crescimento em relação ao quarto trimestre de 2022, quando 1,3 milhão de pessoas (1,5% do total) estavam envolvidas nesse tipo de atividade. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O levantamento, realizado em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho, integra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Nesta edição da pesquisa, o IBGE analisou o trabalho realizado por meio de plataformas digitais no terceiro trimestre de 2024. As estatísticas divulgadas são experimentais, ou seja, estão em fase de teste e sob avaliação. Entenda a metodologia do estudo ao final desta reportagem. Motoboys por aplicativo têm rendimento médio menor do que os demais trabalhadores da categoria Rowan Freeman/Unsplash 📱 Aplicativos de transporte lideram Segundo o IBGE, foram identificados pelo menos quatro tipos de aplicativos utilizados como principal fonte de renda pelos trabalhadores que atuam por meio de plataformas digitais. Em 2024: 53,1% (878 mil pessoas) usavam aplicativos de transporte particular de passageiros (exceto táxi); 29,3% (485 mil) atuavam com aplicativos de entrega de comida e produtos; 17,8% (294 mil) usavam plataformas de serviços gerais ou profissionais; 13,8% (228 mil) trabalhavam com aplicativos voltados para taxistas. Ao considerar todos os trabalhadores que utilizavam aplicativos de transporte de passageiros, incluindo táxi, o total chega a 964 mil pessoas, o que representa 58,3% dos trabalhadores plataformizados no país. Entre 2022 e 2024, houve crescimento em todas as categorias de aplicativos analisadas. O destaque principal são as plataformas de serviços gerais ou profissionais, que registraram a maior expansão no período: 52,1%, passando de 193 mil para 294 mil pessoas. Os aplicativos de transporte particular também cresceram de forma expressiva, com alta de 29,2% (de 680 mil para 878 mil). Já os aplicativos de entrega tiveram o menor avanço, com variação de 8,9%. 🛵 Perfil dos trabalhadores por app A pesquisa também traçou o perfil dos trabalhadores que usam plataformas digitais de serviços como principal fonte de renda. Os homens predominam, com 83,9% do total, enquanto as mulheres representam apenas 16,1%. Em relação à idade, quase metade dos trabalhadores por aplicativos (47,3%) têm entre 25 e 39 anos. Quanto à escolaridade, a maioria possui nível intermediário: 59,3% têm ensino médio completo ou superior incompleto. Pessoas com nível superior completo representam 16,6%, enquanto aqueles sem instrução ou com fundamental incompleto somam 9,3%. Quanto à cor ou raça, 45,1% se declaram brancos, 12,7% pretos e 41,1% pardos. (veja comparativo abaixo) Perfil do trabalhador plataformizado em 2024, segundo o IBGE Arte g1/Dhara Pereira 🤑 Renda e horas trabalhadas O levantamento mostrou que os trabalhadores plataformizados têm rendimento médio de R$ 15,40 por hora — valor 8,3% inferior ao dos trabalhadores que não utilizam aplicativos como fonte de renda, cuja média é de R$ 16,80 por hora. Além disso, os trabalhadores que dependem de plataformas digitais têm jornada média de 44,8 horas semanais — 5,5 horas a mais que os demais ocupados, que trabalham cerca de 39,3 horas por semana. Outro dado da pesquisa é a renda mensal. Em 2024, os trabalhadores que atuam por meio de plataformas digitais receberam, em média, R$ 2.996. Esse valor é 4,2% superior ao rendimento médio dos demais ocupados no setor privado, que foi de R$ 2.875. Essa diferença de remuneração, porém, está diretamente ligada à carga horária mais extensa. Na prática, esses trabalhadores ganham mais porque trabalham mais tempo. Apesar do salário relativamente mais alto, no entanto, o crescimento do rendimento entre os plataformizados foi mais tímido: 1,2% entre 2022 e 2024, contra 6,2% de aumento entre os que não dependem de aplicativos. Em 2022, essa diferença era maior: os trabalhadores por aplicativo ganhavam 9,4% a mais. (Veja comparativo abaixo) Entre os trabalhadores com menor escolaridade, os que atuavam por aplicativos ganhavam mais de 40% a mais que os demais. Já entre aqueles que possuíam nível superior completo, a situação se invertia: os plataformizados recebiam 29,8% a menos. De acordo com o analista de pesquisas do IBGE, Gustavo Geaquinto Fontes, a diferença nos rendimentos está diretamente relacionada ao tipo de ocupação. Entre os trabalhadores por aplicativo com menor escolaridade, cerca de 80% atuam como condutores de motocicletas ou automóveis. Já entre os não plataformizados desse mesmo grupo, as ocupações mais comuns são elementares — ou seja, atividades que exigem baixa qualificação —, e abrangem entre um quarto e um terço dos trabalhadores. Segundo o pesquisador, a carga horária também ajuda a explicar a disparidade de rendimentos entre os grupos. “Entre os plataformizados com nível superior, muitos atuam como motoristas de aplicativo, em funções abaixo da sua qualificação. Isso ajuda a explicar o rendimento menor em relação aos demais”, afirma Gustavo Geaquinto Fontes, analista do IBGE. Rendimento e Jornada dos trabalhadores plataformizados, segundo o IBGE Arte g1/Dhara Pereira ➡️ Contribuição x Informalidade O estudo do IBGE também identificou que a maioria dos trabalhadores por aplicativo ainda está fora da rede de proteção previdenciária. Em 2024, só 35,9% contribuíram para a previdência, bem abaixo dos 61,9% entre os que não utilizam os aplicativos como principal fonte de renda. A disparidade regional também chama atenção: no Norte, apenas 15,4% contribuem para a previdência, enquanto no Sul mais da metade (51,8%) faz o pagamento. A informalidade também é uma característica marcante entre os trabalhadores por aplicativos. Em 2024, 71,1% estavam em situação informal – quase o dobro dos que não dependem de plataformas (43,8%) e acima da média do setor privado (44,3%). As regiões Nordeste (87,7%) e Norte (84,9%) apresentaram os maiores índices de informalidade, enquanto o Centro-Oeste teve o menor percentual (61,0%). 🔎 São considerados informais os trabalhadores sem registro formal, como empregados sem carteira assinada, autônomos sem CNPJ e auxiliares familiares, por exemplo. 🚗 Condição de trabalho e destaques por ocupação No setor de transporte por plataformas digitais, a maioria dos profissionais atua por conta própria, representando 86,1% do total, enquanto apenas 6,1% são empregadores. Entre os empregados, 3,9% trabalham sem carteira assinada e 3,2% têm registro formal. A maioria atua nos setores de transporte, armazenagem e correios, que concentram 72,5% desses profissionais. Já em termos de ocupação, predominam operadores de máquinas e montadores — categoria que inclui condutores de motocicletas e automóveis e que representam 72,1% do total. A pesquisa também analisou os diferentes tipos de condutores: 🚙 Condutores de automóveis: Em 2024, o Brasil tinha cerca de 1,9 milhão de pessoas ocupadas como condutores de automóveis. Entre eles, houve crescimento de 106 mil motoristas plataformizados nesse período. O rendimento médio mensal real desses profissionais foi R$ 341 superior ao dos não plataformizados. Por outro lado, motoristas de aplicativo trabalham, em média, cinco horas a mais por semana. 🏍️ Condutores de motocicletas: Entre 2022 e 2024, o número de motociclistas plataformizados cresceu 140 mil, enquanto o de não plataformizados caiu 53 mil. Com isso, os trabalhadores por aplicativo representam um terço do total de condutores de motocicletas. Os motociclistas de aplicativo tiveram rendimento médio mensal 28,2% superior ao dos não plataformizados, mas cumpriram, em média, 3,9 horas semanais a mais. Apesar da vantagem salarial, os condutores de motocicletas apresentam altos níveis de informalidade, bem acima dos 44,3% registrados entre o total de trabalhadores do setor privado. Os principais desafios dos trabalhadores por app em 2024, segundo o IBGE Arte g1/Dhara Pereira 🤳🏼 Trabalhadores por aplicativos têm baixa autonomia sobre o próprio trabalho A pesquisa também revelou que grande parte dos trabalhadores por aplicativo tem baixa autonomia sobre sua atividade. A maioria depende das plataformas para definir fatores como valor recebido, escolha de clientes, prazos e forma de pagamento. Veja abaixo o percentual de trabalhadores que tiveram o valor a ser recebido definido pela plataforma: 91,2% dos trabalhadores de aplicativo de transporte particular de passageiros; 81,3% dos entregadores de aplicativo de entrega; 79,4% dos trabalhadores de aplicativo de táxi; 45,4% dos trabalhadores com outras ocupações que usam aplicativo de entrega; e 37,2% dos trabalhadores de aplicativo de prestação de serviços gerais ou profissionais. Para a maioria dos trabalhadores por aplicativos, a plataforma também controla quais clientes serão atendidos e como o pagamento será realizado — com exceção dos que atuam em serviços gerais ou especializados, que têm maior autonomia. O menor nível de dependência foi observado nos prazos de execução das tarefas. Ainda assim, em 2024, 70,4% dos entregadores, 54,8% dos motoristas de transporte particular, 53,2% dos trabalhadores de outras funções em aplicativos de entrega e 28,1% dos profissionais de serviços gerais ou especializados afirmaram que os prazos eram definidos pela plataforma. 📍 Sudeste é líder do trabalho plataformizado Por fim, na análise regional — feita sem o detalhamento por estados, capitais e municípios — o destaque ficou com o Sudeste, que concentrou o maior número de trabalhadores por plataformas digitais em 2024. Foram 888 mil pessoas, mais da metade (53,7%) do total nacional. Nas demais regiões, os índices variaram entre 1,4% no Sul e 1,9% nas regiões Norte e Centro-Oeste. Entre 2022 e 2024, o número de trabalhadores por aplicativos cresceu significativamente no Centro-Oeste (58,8%) e no Norte (56%). Trabalho por meio de Plataformas Digitais em 2024, segundo o IBGE Arte g1/Dhara Pereira 🧮 Metodologia Para entender melhor o cenário do trabalho por aplicativos, o IBGE considerou pessoas ocupadas com 14 anos ou mais, excluindo empregados do setor público e militares, e focou nas atividades que representam a principal fonte de renda. A pesquisa investigou quatro categorias de plataformas digitais: aplicativos de táxi; aplicativos de transporte particular de passageiros (exceto táxi); aplicativos de entrega de comida e produtos; e aplicativos de prestação de serviços gerais ou profissionais. O estudo ainda verificou se os trabalhadores usavam essas plataformas para atrair clientes e prestar serviços. Outras categorias, como comércio eletrônico, redes sociais, plataformas de comunicação ou teletrabalho, não foram incluídas na pesquisa. Brasil nunca teve tanta gente trabalhando como entregador ou motorista por aplicativo, diz IBGE Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM: Uber, iFood e outros: estudo mostra que apps seguem sem garantir trabalho justo no Brasil Motoristas de app trabalham até 60h por semana, ganham menos de R$ 4 mil e acumulam dívidas; diz pesquisa Por que milhões seguem fora do mercado há anos? Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada



Trump diz que tarifa de 100% à China não é sustentável e deve se reunir com Xi; Pequim acusa EUA na OMC


17/10/2025 12:17 - g1.globo.com


Trump ameaça 'corte de laços' no comércio com a China O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (17) que a tarifa de 100% sobre produtos chineses não é sustentável, mas disse que foi forçado a adotá-la pela postura da China, destacando a necessidade de um acordo justo entre os dois países. Em entrevista à Fox Business Network, Trump afirmou que a China está sempre buscando vantagem nas negociações e admitiu que ainda não sabe qual será o desfecho do conflito comercial. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Ele confirmou que deve se reunir com o presidente Xi Jinping nas próximas duas semanas para discutir o comércio e declarou: “Vamos ver o que acontece”. Uma reunião entre os dois líderes está prevista para acontecer na Coreia do Sul, segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. Também nesta sexta, a missão da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) afirmou que os Estados Unidos têm enfraquecido o sistema de comércio multilateral baseado em regras desde que o novo governo assumiu o cargo em 2025. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O comunicado cita o uso recorrente de políticas discriminatórias, tarifas de retaliação e sanções unilaterais que, segundo Pequim, violam os compromissos assumidos na OMC. A delegação chinesa informou que um relatório do Ministério do Comércio irá avaliar o cumprimento das regras pelos Estados Unidos em 11 áreas. O documento também deve renovar os apelos para que Washington respeite as normas da OMC e coopere com outros países-membros no fortalecimento da governança econômica global. Escalada de tensões As tensões comerciais entre China e Estados Unidos se intensificaram nesta semana, após uma nova rodada de críticas e tarifas de ambos os lados. Na sexta-feira (10), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a decisão da China de restringir a exportação de elementos usados em terras raras e anunciou uma tarifa extra de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro. O republicano também ameaçou encerrar negócios com a China relacionados a “óleo de cozinha e outros elementos de comércio”. Segundo Trump, as medidas respondem à decisão de Pequim de suspender a compra de soja dos Estados Unidos em maio, em reação às políticas comerciais americanas. “Acredito que a China, ao deixar de comprar nossa soja e causar dificuldades aos nossos produtores, comete um ato economicamente hostil”, escreveu Trump no Truth Social. "Estamos considerando encerrar negócios com a China relacionados a óleo de cozinha e outros elementos do comércio, como retaliação. Por exemplo, podemos facilmente produzir óleo de cozinha nós mesmos, sem precisar comprá-lo da China", completou. Em resposta, o Ministério do Comércio da China afirmou que os controles sobre elementos de terras raras – que Trump chamou de “surpreendentes” e “muito hostis” – são uma reação às medidas adotadas pelos EUA desde as negociações comerciais entre os dois países no mês passado. “Ameaçar impor tarifas altas a qualquer momento não é a forma correta de lidar com a China. Nossa posição sobre guerras tarifárias é consistente: não queremos brigar, mas não temos medo de brigar”, declarou o ministério. “Se os EUA persistirem em agir unilateralmente, a China tomará medidas correspondentes para defender seus direitos e interesses legítimos.” Exportadores chineses "desistem" dos EUA Com o aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos, exportadores chineses têm direcionado seus negócios para outras regiões, como Europa, América Latina e Oriente Médio. Empresas que antes dependiam fortemente do mercado americano agora tentam compensar as perdas conquistando novos compradores, segundo a agência de notícias Reuters. Apesar da queda nas vendas para os Estados Unidos, as exportações totais da China cresceram 7,1% nos primeiros nove meses do ano, evidenciando a força da economia do país. Mesmo assim, muitos empresários afirmam que o cenário continua difícil: a concorrência aumentou, os preços caíram e alguns passaram a vender com prejuízo. Na maior feira comercial do mundo, a Feira de Cantão, quase não há mais compradores dos Estados Unidos. Por outro lado, aumentou o interesse de países como o Brasil. Para os fabricantes chineses, perder os Estados Unidos — o maior mercado consumidor do mundo — tem sido como “perder a locomotiva” que impulsionava o setor. Ações asiáticas têm pior semana desde abril As bolsas da China e de Hong Kong caíram com força nesta semana, registrando o pior desempenho desde abril. O clima de cautela entre investidores aumentou por causa das tensões comerciais com os Estados Unidos e da venda de ações de empresas ligadas à inteligência artificial para realização de lucros. O índice de Xangai caiu quase 2%, o CSI300 recuou pouco mais de 2% e o Hang Seng, de Hong Kong, perdeu cerca de 2,5%. Na semana, o Hang Seng acumulou uma queda de 4%. Analistas afirmam que o mercado segue instável e que os investidores aguardam a reunião do Partido Comunista Chinês na próxima semana, quando será debatido o novo plano econômico do país. Bandeiras dos EUA e da China tremulam em Pequim Tingshu Wang/Reuters



Dólar cai a R$ 5,40 de olho em negociação do tarifaço e tensão EUA-China; Ibovespa sobe


17/10/2025 12:00 - g1.globo.com


Mauro Vieira fala após encontro com Marco Rubio: Lula e Trump devem se reunir em breve O dólar fechou em queda de 0,69% nesta sexta-feira (17), cotado a R$ 5,4050. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em alta de 0,84%, aos 143.399 pontos. Os investidores mantiveram o foco na agenda diplomática dos Estados Unidos e no cenário econômico brasileiro. Brasília e Washington articulam nova rodada de negociações comerciais, em meio a tensões entre EUA e China e à expectativa do encontro de Donald Trump com Xi Jinping. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Brasil e os EUA devem iniciar uma série de reuniões para discutir acordos comerciais nas próximas semanas, destacando que Lula e Donald Trump devem se encontrar “em breve”. O chanceler se reuniu com o secretário de governo americano, Marco Rubio, na Casa Branca, e classificou o encontro como “ótimo” e “produtivo”. Eles trocaram telefones e definiram que terão um canal direto de contato entre os dois. ▶️ Em Washington, Trump recebeu hoje o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca. A expectativa pelo encontro levou à queda dos preços do petróleo nesta manhã, que voltaram a patamares de maio deste ano. Ele também afirmou que deve se reunir com Vladimir Putin nas próximas semanas, possivelmente na Hungria. ▶️ Trump também declarou hoje que a tarifa de 100% sobre produtos chineses não é sustentável, mas justificou a medida como resposta à postura da China. Ele confirmou que deve se reunir com Xi Jinping nas próximas semanas, enquanto Pequim acusa os EUA de enfraquecer o sistema comercial global e promete divulgar um relatório sobre o cumprimento das regras da OMC. ▶️ Nos EUA, ações de bancos regionais caíram após Western Alliance e Zions revelarem fraudes em empréstimos, com perdas de até US$ 100 milhões. Analistas dizem que a reação foi exagerada. Em contrapartida, First Brands e Tricolor Holdings enfrentam dívidas bilionárias e entraram em recuperação judicial. (leia mais) Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -1,78%; Acumulado do mês: +1,55%; Acumulado do ano: -12,54%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +1,87%; Acumulado do mês: -2,00%; Acumulado do ano: +19,15%. Mauro Vieira e Marco Rubio terão 'canal direto' Durante reunião realizada na Casa Branca ontem (16), o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, decidiram estabelecer um canal direto de comunicação entre os dois governos. 🔎A iniciativa segue o exemplo dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, que também mantêm contato direto. O encontro, que durou pouco mais de uma hora, teve uma primeira parte reservada entre os dois representantes e, em seguida, uma rodada ampliada com a presença de assessores e equipes técnicas. Segundo apurações da TV Globo, o foco principal da conversa foi o comércio bilateral, com destaque para os pedidos brasileiros de revisão das tarifas e sanções aplicadas por Washington. As delegações iniciaram a construção de um cronograma de negociações, e uma primeira reunião técnica, em formato virtual, deve ocorrer nos próximos dias. Em nota conjunta, Rubio classificou o encontro como “muito positivo” e reforçou o compromisso de manter o diálogo aberto com o Brasil. Além disso, os dois países trabalham para viabilizar um encontro presencial entre Lula e Trump “na primeira oportunidade possível”. A reunião também contou com a presença do representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, e foi marcada, segundo Vieira, por uma postura construtiva e alinhada com o espírito de retomada das negociações. Tensão EUA-China O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (17) que a tarifa de 100% sobre produtos chineses não é sustentável, mas disse que foi forçado a adotá-la pela postura da China, destacando a necessidade de um acordo justo entre os dois países. Em entrevista à Fox Business Network, Trump afirmou que a China está sempre buscando vantagem nas negociações e admitiu que ainda não sabe qual será o desfecho do conflito comercial. Ele confirmou que deve se reunir com o presidente Xi Jinping nas próximas duas semanas para discutir o comércio e declarou: “Vamos ver o que acontece”. Também nesta sexta, a missão da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) afirmou que os Estados Unidos têm enfraquecido o sistema de comércio multilateral baseado em regras desde que o novo governo assumiu o cargo em 2025. O comunicado cita o uso recorrente de políticas discriminatórias, tarifas de retaliação e sanções unilaterais que, segundo Pequim, violam os compromissos assumidos na OMC. A delegação chinesa informou que um relatório do Ministério do Comércio irá avaliar o cumprimento das regras pelos Estados Unidos em 11 áreas. O documento também deve renovar os apelos para que Washington respeite as normas da OMC e coopere com outros países-membros no fortalecimento da governança econômica global. Crédito americano no radar As ações dos bancos regionais dos EUA caíram com força na quinta-feira, depois que Western Alliance e Zions Bank revelaram exposição a casos de fraude envolvendo clientes, reacendendo preocupações sobre a solidez das carteiras de crédito do setor. 📉 O índice KBW, que reúne bancos regionais, recuou 6,3% — a maior queda desde abril. As ações do Zions caíram 13,1%, enquanto as do Western Alliance perderam 10,8%. Com ativos de US$ 89 bilhões, o Zions informou que fará uma provisão de US$ 60 milhões após detectar irregularidades em dois empréstimos comerciais. O banco também ingressou com ação judicial na Califórnia. Já o Western Alliance, que possui ativos de US$ 87 bilhões, também entrou com ação por fraude e tenta recuperar cerca de US$ 100 milhões. Segundo o banco, as garantias existentes cobrem as obrigações, e há ainda fianças adicionais de investidores de alta renda. O aumento da cautela em relação aos bancos regionais e a intensificação das tensões comerciais entre EUA e China derrubaram o rendimento dos Treasuries de dois anos para o menor nível desde 2022. O índice S&P 500 também recuou 0,6%. Apesar disso, analistas ouvidos pelo “Financial Times” avaliam que a reação do mercado foi provavelmente exagerada — isso porque as perdas estimadas representam menos de 2% do capital tangível dos bancos. Em comparação com os recentes colapsos das empresas First Brands Group e Tricolor Holdings — cuja dívida ultrapassou bilhões ou ficou praticamente perdida — as perdas dos bancos parecem modestas, na casa de dezenas de milhões. A Tricolor Holdings pediu recuperação judicial em setembro, depois de quase perder parte de suas dívidas, e estima que o total de suas dívidas esteja entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões; A First Brands também entrou com o pedido, estimando uma dívida entre US$ 10 bilhões e US$ 50 bilhões. EUA em paralisação pelo 17º dia A paralisação do governo dos EUA (shutdown) chega ao 17º dia nesta sexta-feira (17), sem sinais de resolução. O impasse político já começa a afetar diretamente milhões de americanos, incluindo militares e famílias que dependem de programas sociais. Embora o Departamento de Defesa tenha conseguido realocar recursos para garantir o pagamento dos soldados em 15 de outubro, há incerteza sobre os salários previstos para o fim do mês, o que tem gerado preocupação entre os militares. Outro ponto crítico é o programa de assistência alimentar SNAP, que atende cerca de 42 milhões de pessoas em todo o país. Caso o bloqueio orçamentário continue, o governo não terá recursos suficientes para pagar integralmente os benefícios de novembro, segundo alerta do Departamento de Agricultura. O Senado, que não teve sucesso em aprovar a reabertura do governo em dez tentativas anteriores, tem nova votação marcada para a próxima segunda-feira (20). Se o impasse persistir até lá, esta será a terceira paralisação mais longa da história dos EUA. Enquanto isso, o clima de incerteza se intensifica, com relatos de famílias preocupadas com despesas básicas como aluguel, alimentação e aquecimento, especialmente com a aproximação do inverno. Bolsas globais Em Wall Street, os principais índices subiram com a queda na preocupação do mercado sobre uma escalada da guerra comercial entre EUA e China. O Dow Jones subiu 0,52%, aos 46.190,61 pontos, o S&P 500 avançou 0,53%, aos 6.664,01 pontos, e o Nasdaq teve ganhos de 0,52%, aos 22.679,98 pontos. Na Europa, a reunião entre os presidentes Donald Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para tratar das negociações de paz no país do leste-europeu. Um dia antes do novo encontro, o presidente americano passou mais de 2 horas em ligação com o líder russo, Vladimir Putin. Os dois acertaram uma reunião em Budapeste, na Hungria, que ainda não tem data marcada. Diante disso, as ações de empresas ligadas à defesa foram afetadas, com quedas significativas, diante da possibilidade de mudanças no cenário internacional. Os principais índices europeus registram perdas nesta sexta-feira: o STOXX 600, que reúne empresas de diversos países da região, caiu 0,91%. Na Alemanha, o DAX recuou 1,82%, enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, teve queda de 0,86%. O CAC 40, da França, caiu 0,18%, e o FTSE MIB, da Itália, perdeu 1,45%. Já as bolsas asiáticas fecharam em queda, com destaque para as bolsas da China e de Hong Kong, que registraram as maiores perdas semanais desde abril. A cautela dos investidores aumentou diante das incertezas comerciais e da realização de lucros em ações de inteligência artificial. No fechamento desta sexta-feira, o índice de Xangai caiu 1,95%, enquanto o CSI300, que reúne grandes empresas chinesas, recuou 2,26%. O Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 2,48%. Em Tóquio, o Nikkei caiu 1,44%. Já em Taiwan, o Taiex teve baixa de 1,25%, e em Cingapura, o Straits Times recuou 0,81%. A exceção foi Seul, onde o Kospi teve leve alta de 0,01%, em meio ao cenário predominantemente negativo na região. Notas de 5 e de 20 dólares dólar exportação Reprodução/EPTV *Com informações da agência de notícias Reuters.



Brasil deveria ter 'Petrobras das bebidas alcoólicas' para garantir qualidade após crise do metanol, diz professor da USP


17/10/2025 10:11 - g1.globo.com


Fiscalização tenta rastrear uso de metanol em bebidas A atual crise de intoxicações por metanol no Brasil tem origem num modelo de regulação "hiper liberal", fruto de uma economia que durante séculos foi baseada na produção de derivados de cana-de-açúcar, como o açúcar e a aguardente, considera o historiador Henrique Carneiro, professor de História Moderna da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Laboratório de Estudos Históricos das Drogas e da Alimentação (Lehda). "Nós tivemos aqui uma economia e uma cultura, em relação ao álcool, muito leniente, vinculada ao conceito que Gilberto Freyre chama de 'sacarocracia'. Por isso, aqui nunca houve nenhum tipo de restrição", observa Carneiro, que também é membro da associação internacional de historiadores Alcohol and Drugs History Society (ADHS). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Como alternativa, o historiador defende a adoção no Brasil de um modelo mais próximo ao de países como Canadá, Suécia e do Uruguai até anos atrás, em que o Estado detém o monopólio da distribuição de bebidas alcoólicas no atacado. Seria uma espécie de "Petrobras do álcool", diz o pesquisador. "A primeira vantagem é que toda a renda é direcionada para o Orçamento do Estado, que vai atender as áreas de educação, de saúde, inclusive as áreas que devam tratar dos impactos do uso abusivo [de álcool] que causa uma enorme despesa de saúde pública", argumenta Carneiro. Além disso, diz ele, haveria maior controle da qualidade e da distribuição em relação a horários, locais de venda e ao acesso exclusivo para maiores de idade. "O Estado passaria a ter acesso a uma fonte de renda que equilibraria o déficit fiscal e que traria uma enorme vantagem. Aliás, eu acho que esse modelo tinha que ser para todas aquelas chamadas 'indústrias do vício'", defende o pesquisador. "As apostas também. É um absurdo que elas sejam privadas." Em entrevista à BBC News Brasil, Carneiro relembrou a história da relação humana com as bebidas alcoólicas e avaliou como positiva a redução do consumo em meio à crise. "O álcool, apesar de ser uma das [drogas] mais universais, é uma das mais perigosas, sobretudo na forma do destilado. Ele traz consequências e tem se tornado, no Ocidente, uma espécie de única alternativa de diversão pública com o uso de substâncias psicoativas, o que torna ele muito pervasivo, muito invasivo da vida da esfera pública", diz Carneiro, que afirma que seria desejável uma redução permanente do consumo, sobretudo dos destilados. "Isso também envolveria uma legalização de outras substâncias que muitas vezes são de impacto muito menos daninho e que poderiam ser alternativas de diversão pública, de desinibição, de criar um espaço gregário, celebrativo, como ocorre com a maconha ou com o chimarrão", defende. Até a quarta-feira (15/10), a crise do metanol já havia feito oito vítimas fatais, seis delas no Estado de São Paulo e duas em Pernambuco, segundo informações do Ministério da Saúde. Também foram registradas 148 notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. O Estado de São Paulo concentra 61% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 em investigação. Confira abaixo os principais trechos da entrevista com Henrique Carneiro. BBC News Brasil - Como o modelo brasileiro de regulamentação de bebidas contribuiu para a crise do metanol? Henrique Carneiro - O modelo brasileiro é fruto de uma economia que durante muitos séculos foi baseada na produção de derivados de cana-de-açúcar, sobretudo o próprio açúcar e a aguardente. Então, nós tivemos aqui uma economia e uma cultura, em relação ao álcool, muito leniente, vinculada ao conceito que Gilberto Freyre chama de "sacarocracia". Por isso, aqui nunca houve nenhum tipo de restrição. As restrições que aconteceram foram muito recentemente. Por exemplo, a não permissão de publicidade de destilados foi recente e, na verdade, ela é pouco eficiente porque não se aplica à bebida mais consumida, que é a cerveja. Então o modelo brasileiro é um modelo no qual grandes empresas internacionais controlam o mercado, definem os preços, fazem até vendas casadas. E com isso eles colonizam o mercado alcoólico brasileiro, extraindo uma renda extraordinária que é pouco ou quase nada devolvida à sociedade. BBC News Brasil - E de que forma isso se relaciona com a crise do metanol que vivemos atualmente? Carneiro - Porque a fiscalização do Estado deve ser exercida não só no aspecto puramente fiscal, ou seja, na taxação, etc, que já é também bastante problemática. Aqui se baixou recentemente o imposto de cerveja e no novo imposto que a reforma tributária apresentou [o Imposto Seletivo sobre produtos considerados prejudiciais à saúde e meio ambiente, como veículos, loterias, álcool e cigarros] ainda não está definido qual que vai ser a cota específica para a indústria de destilados. Mas, além da fiscalização, o principal elemento é o controle sanitário e 30% das bebidas destiladas são clandestinas, o que mostra uma ineficiência enorme nos processos de fiscalização e mesmo repressão a essa atividade criminosa. A expressão disso é o fim do sistema que havia até 2016, que era o sistema de controle da produção de bebidas, o Sicobe. E isso era uma forma de se estabelecer um controle mais efetivo. Agora, eu sou muito defensor de um outro modelo, que é o modelo canadense. É um modelo que também existiu em países da Escandinávia — na Suécia, no Uruguai, aqui do lado — que é o controle monopolista do Estado na distribuição de bebidas no âmbito atacadista. Então, restaurantes, supermercados, bares teriam que comprar exclusivamente de um distribuidor que fosse de inteiro controle e de inteira renda para o Estado. É o modelo das empresas provinciais, que no Canadá têm esse monopólio, que aliás, é o mesmo modelo agora para maconha no Uruguai. Era o modelo da Ancap [Compañía Ancap de Bebidas y Alcoholes, uma divisão da empresa estatal uruguaia Ancap que produzia e comercializava bebidas alcoólicas e cuja atividade foi encerrada em 2018] que se relaxou em relação às bebidas, mas que controla ainda a distribuição de combustíveis. Tanto que os postos de gasolina são exclusivamente dessa empresa no Uruguai. BBC News Brasil - Além desse do nosso modelo leniente, desse modelo canadense de controle do Estado, existem outros modelos de regulação no mundo? Carneiro - Sim, existem vários. Há um modelo de tipo proibicionista que é de simples proibição, que é o que ocorre no Irã, na Arábia Saudita e em alguns outros países de governos fundamentalistas islâmicos. Nós já tivemos esse modelo proibicionista no Ocidente, tanto nos Estados Unidos, na Lei Seca de 1920 a 1933, como no Canadá, por um período muito mais curto. Na Escandinávia também. E esse modelo se revelou inteiramente inadequado, porque ele criou sequelas, que são as mesmas da guerra às drogas hoje em dia. Houve impacto na saúde pública, porque as bebidas não são controladas. Então houve uma contaminação de metanol enorme nos Estados Unidos, na Lei Seca, que foi muito relevante. E você não tem sobretudo o controle do mercado, que se torna um mercado paralelo, gerido por organizações criminosas, sem auferir qualquer renda fiscal ou de qualquer outro tipo para o Estado e organizando o negócio por meio da violência. Então podemos dizer que o modelo proibicionista fracassou. Há um modelo hiper liberal, digamos assim, que é em grande parte o modelo brasileiro, que faz, inclusive, com que a indústria do álcool seja uma das principais do país. E tem esse outro modelo, mais controlador, que não é modelo exclusivo de países como a China, onde também existe uma grande presença estatal, mas ocorre num país [o Canadá] de enorme influência do Partido Liberal, que foi inclusive o responsável por implementar esse controle estatal da distribuição. BBC News Brasil - E quais são as vantagens desse modelo que o senhor defende? Carneiro - A primeira vantagem é que a renda é auferida para o interesse público, ou seja, toda a renda é direcionada para o Orçamento do Estado, que vai atender as áreas de educação, de saúde, inclusive as áreas que devam tratar dos impactos do uso abusivo que causa uma enorme despesa de saúde pública. Depois, o controle da qualidade, o controle da distribuição em relação a horários, a locais de venda, a acesso exclusivo para maiores de idade. Então, esse é um modelo muito bem sucedido, que foi o contraponto canadense à proibição americana e que se revelou até hoje um modelo que tornou o Canadá um Estado com um enorme orçamento vinculado a esse setor econômico. BBC News Brasil - No Brasil, a gente já teve experiências de maior controle pelo poder público, que tiveram algum impacto positivo? Carneiro - Não. No Brasil, a gente tinha, talvez, uma situação pior antes da revelação, a partir dos anos 1960, 1970, dos malefícios do tabaco e, por consequência, também a denúncia dos riscos associados tanto ao consumo crônico, como ao consumo agudo do álcool, que são dois padrões de consumo problemático diferentes e os dois têm impacto na saúde. [Nota da redação: O consumo crônico de álcool é o uso excessivo e prolongado que causa danos a longo prazo, como doenças hepáticas, cardiovasculares, neurológicas e câncer. Já o consumo agudo é a ingestão de grandes quantidades de álcool de uma só vez, podendo levar à intoxicação, acidentes e, em casos extremos, à morte.] Então, aí começou a haver uma política de controle muito correta, de que não se fuma em lugares públicos, de que não se pode ter a publicidade do tabaco e das bebidas destiladas de forma assim descontrolada. Então, eu acho que tem havido avanços no sentido de a gente se dar conta de que a circulação de produtos que envolvem um risco e até mesmo o risco do impacto do consumo abusivo ou dependente. Mas eles não podem ser proibidos, porque aí é uma tragédia — e a situação atual da maconha, da cocaína e de outras drogas revela isso. Mas também eles não podem ser deixados ao bel-prazer das flutuações do mercado e dos seus grandes e poderosos proprietários. BBC News Brasil - Esse modelo que o senhor defende seria uma espécie de "Petrobras do álcool", dá para dizer assim? Carneiro - Exatamente. BBC News Brasil - E faz sentido onerar o Estado com mais essa função, num mercado que tem bastante dinamismo do setor privado hoje? Carneiro - Pois é, mas o dinamismo está ligado a uma enorme rentabilidade desses produtos, que são alguns dos principais da economia dos bens não duráveis, e que fazem dos fabricantes deles as maiores empresas do país. Eu acho que isso é indesejável. É um regime quase monopolista, privado, seja das indústrias internacionais, como das próprias indústrias brasileiras, que hoje também se internacionalizaram em grande parte. Então, acho que não teria ônus algum ao Estado, só teria um bônus. O Estado passaria a ter acesso a uma fonte de renda que equilibraria o déficit fiscal e que traria uma enorme vantagem. Aliás, eu acho que esse modelo tinha que ser para todas aquelas chamadas "indústrias do vício". As apostas também. É um absurdo que elas sejam privadas. Teria que haver estatização do sistema de apostas, eventualmente até de cassinos, como ocorre também no Canadá e no Uruguai, em que até os cassinos são do Estado. BBC News Brasil - No Canadá, há regras bastante rígidas como a proibição de consumo [de álcool] em espaço público. Isso faria sentido no Brasil, na visão do senhor? Carneiro - Eu acho que não, acho que essas regras canadenses são excessivas. Temos que ter um controle do consumo no espaço público. Mas o canadense, assim como o [modelo] dos Estados Unidos, proíbe o consumo de álcool [em espaços públicos]. Salvo algumas exceções, em algum tipo de show que possa ter cerveja, em piqueniques, pode ter vinho. Mas, em geral, ninguém pode andar pela rua tomando uma latinha de cerveja. Teoricamente, isso é proibido. Assim como o fumo também é muito regulado. Em geral, os edifícios todos têm uma área de contenção de oito, nove, dez metros. Há uma restrição que eu acho que, no caso brasileiro, não teria sentido. A gente poderia sim, estabelecer zonas. Por exemplo, na praia. Eu acho que fumar tabaco na praia é um direito, mas também é um direito você não querer ficar fumando um cigarro alheio. Então deveria ter zonas para fumantes e para não fumantes ou eventualmente, zonas em que pudesse consumir álcool e outras que não. Eu acho que é perfeitamente possível a gente fazer como fizemos com o cigarro, inclusive com em aeroportos, em que há zonas específicas para esse uso. Outra coisa é o horário. Há também um modelo em vários países de que a partir de uma certa hora, os bares não podem mais servir bebidas. Em geral, 23h. Os bares continuam abertos, mas eles param de servir [bebidas alcoólicas], o que é, talvez, uma hipótese também a se estudar. BBC News Brasil - Isso para quê? Para redução de consumo? Para redução de violência, esse tipo de coisa? Carneiro - Para tudo: redução de consumo, redução de violência, redução de ruído. Porque a partir das 23h, isso vai ser um enorme incômodo público. Pessoas fazendo algazarra, alcoolizadas. Então, para um controle, digamos assim, da necessária tolerância social que a gente deve construir em relação a todas as drogas. Se as pessoas querem consumir, nenhuma [substância psicoativa] tem um sentido que seja essencialmente diferente das outras. Têm impactos de saúde diferentes, têm riscos maiores ou menores, mas, no sentido de que alguém queira modificar a sua psique usando elementos externos, ele pode usar tabaco, álcool, cocaína ou o que for, desde que ele respeite a coletividade, inclusive no sentido de que esse uso não pode afetar os que não usam. BBC News Brasil - Na semana passada, uma operação da Polícia Civil revelou que uma fábrica clandestina ligada a alguns dos casos de intoxicação estava comprando etanol adulterado com metanol de um posto de combustível. Isso levou a suspeitas de que o PCC possa estar envolvido nessa adulteração que ocorria no posto de combustível. Como o senhor vê esses laços entre o mercado ilegal de bebidas e o crime organizado que atua no mercado ilegal de drogas? Carneiro - Temos o que se chama de crime organizado, que envolve facções efetivas, organizadas, mas tem também, obviamente, uma enorme margem de criminosos menos organizados, mas que nem por isso não estão subordinados ao crime organizado. O PCC estabelece uma série de regras até mesmo nas comunidades, e o que se revelou é que eles estavam controlando uma grande quantidade de postos de gasolina de São Paulo, que eram abastecidos com metanol e até com a compra de usinas de álcool no interior de São Paulo. E isso mostra um domínio da cadeia produtiva que ia da importação à produção, à distribuição atacadista e depois à distribuição varejista. Para não falar da aplicação financeira desse dinheiro através das fintechs, que tornava a lavagem desse capital uma enorme movimentação, de dezenas, senão centenas de milhões. Isso tudo mostra que há uma presença óbvia [do PCC] e que é espantoso que o governador de São Paulo [Tarcísio de Freitas, do Republicanos] tenha imediatamente tentado colocar de lado essa hipótese e descartar a presença do PCC, quando o PCC é que está adulterando nos postos de gasolina. Se essa fábrica de São Bernardo fez isso com anuência direta de um comando do PCC, ou se é meramente um grupo que tomou o álcool que o PCC estava oferecendo e comprou, eu acho que é algo que que leva a uma suspeição de uma conexão mais organizada. Não é assim um alambique caseiro que colocou metanol, é uma compra de álcool industrial para uma adulteração em grande escala e que já atingiu tantas regiões que mostra que a distribuição não foi ali um nicho de São Bernardo. Algo ali que tivesse acontecido só naquele município. BBC News Brasil - As pessoas têm reduzido o consumo de álcool nas últimas semanas para evitar intoxicação. Mas eu imagino que essa é uma prática que não é sustentável ao longo do tempo. Queria saber se o senhor concorda com isso e se pode explicar a história da relação de nós humanos com as bebidas alcoólicas. Carneiro - Olha, a relação com as bebidas alcoólicas, assim como com outras substâncias psicoativas, é universal, cultural. É um elemento estrutural e estruturante das culturas, das economias, das sociedades humanas. Ele serve como um marcador identitário, marcador de identidade de gênero, de identidade nacional, de identidade de classe, de identidade religiosa, enfim, é uma parte indissociável de todas as civilizações humanas. Então, qualquer proposta no sentido da proscrição, proibição, abolição é uma distopia que quer instaurar uma espécie de ditadura sobre a vida cotidiana. Mas o álcool, apesar de ser uma das [drogas] mais universais, é uma das mais perigosas, sobretudo na forma do destilado. Ele traz consequências e ele tem se tornado, no Ocidente, uma espécie de única alternativa de diversão pública com o uso de substâncias psicoativas, o que torna ele muito pervasivo, muito invasivo da vida da esfera pública. Qualquer recepção oficial, tudo tem que ter um drinque, tem que ter uma saudação ligada ao álcool. E eu acho que isso é indesejável, porque o ideal seria a gente diminuir o consumo alcoólico, que é excessivo nas sociedades contemporâneas, sobretudo do destilado. Isso também envolveria uma legalização de outras substâncias que muitas vezes são de impacto muito menos daninho e que poderiam ser alternativas de diversão pública, de desinibição, de criar um espaço gregário, celebrativo, como ocorre com a maconha ou com o chimarrão, como ocorre com diversas substâncias que podem ser alternativas ao consumo alcoólico, com melhor impacto de saúde. Mas, para conseguir isso, eu acho que vai ter que se controlar não só o crime organizado, mas a cadeia produtiva, com uma intervenção estatal muito forte, mesmo que não seja no controle da propriedade. Para que houvesse aí uma transformação dessas empresas, o controle deveria ser, no mínimo, como aquele que tinha até 2016, em que cada garrafa tem que ter a sua identificação e tem que ter uma agência pública fazendo o controle tanto fiscal, como sanitário. BBC News Brasil - Estamos vendo nas novas gerações uma redução no consumo. Há muitas reportagens falando de como a geração Z tem consumido menos álcool. Como o senhor vê essa redução geracional de consumo? Carneiro - Eu acho que, em geral, é positiva. Eu não tenho acompanhado as pesquisas mais recentes, mas acho que isso pode corresponder a dois elementos. Um elemento é uma maior preocupação com a saúde, que também pode levar à diminuição do consumo do tabaco. O outro elemento é a existência de uma gama de outras substâncias que são possíveis de serem usadas, substituindo o álcool na sua função de diversão e de celebração pública. A gente teve, desde o final do século 20, um crescimento muito grande dos sintéticos. Então, substâncias como o MDMA e mesmo o renascimento psicodélico, que são drogas que produzem um efeito que, de certa forma, é contraposto ao do álcool, porque tem substâncias que você pode misturar, tem outras que não se misturam. O ecstasy, ou MDMA, não é misturado com álcool. Quer dizer, pode ter gente que misture, claro, mas não faz parte nem da cultura, nem da melhor utilização da substância. E mesmo a maconha, porque se tornou muito mais difundida na sociedade brasileira, eu acho que ela diminui o impacto de um uso não só preferencial, como quase exclusivo do álcool como lubrificante social, que é a palavra que o sociólogo Émile Durkheim usava para se referir a todas as substâncias, não só as alcoólicas. Ele dizia que todas as drogas são lubrificantes sociais. O álcool, como é líquido, fica ainda mais apropriada a metáfora. Para Henrique Carneiro, da USP, monopólio estatal sobre distribuição de bebidas alcoólicas no atacado geraria recursos ao Orçamento público, além de maior controle sobre qualidade e distribuição Getty Images via BBC



Brasil e Índia lançam negociações para ampliar acordo de preferências tarifárias e aprofundar laços econômicos


16/10/2025 23:35 - g1.globo.com

'Melhor até do que nós esperávamos', diz Alckmin sobre conversa entre Lula e Trump O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, anunciou nesta quarta-feira (16), em Nova Délhi, uma série de avanços na relação econômica entre Brasil e Índia, incluindo o lançamento das negociações para ampliar o Acordo de Preferências Tarifárias Mercosul–Índia, em vigor desde 2009. O entendimento foi formalizado em comunicado conjunto com o ministro indiano do Comércio e Indústria, Piyush Goyal, após reunião bilateral na capital indiana. O encontro marcou o início de um processo de negociação que deverá ser concluído em até um ano, com o objetivo de ampliar o número de produtos com tarifas reduzidas entre os dois blocos. “Foi um princípio auspicioso de um processo negociador no qual trabalharemos para normalizar e abrir novos caminhos para as relações bilaterais. Reiterei a posição brasileira, transmitida diretamente pelo presidente Lula ao presidente Trump na semana passada, sobre a necessidade de reversão das medidas adotadas pelo governo norte-americano desde julho”, afirmou Alckmin, referindo-se ao contexto mais amplo da política comercial brasileira. Atualmente, o acordo entre o Mercosul e a Índia cobre cerca de 450 linhas tarifárias. A meta, segundo Alckmin, é ampliar substancialmente o escopo e incluir novas áreas de cooperação comercial. “Hoje temos um acordo de preferência tarifária que cobre um número pequeno de linhas. Podemos aprofundar e ampliar essas linhas para ter mais competitividade nas vendas”, disse o vice-presidente. “O comércio entre Brasil e Índia está crescendo: no ano passado foi de US$ 12 bilhões; neste ano pode chegar a US$ 15 bilhões. A exportação da Índia para o Brasil cresce mais de 30% e poderemos rapidamente chegar a US$ 20 bilhões.” Três anúncios principais Durante a missão oficial, Alckmin destacou três resultados centrais da visita: o lançamento das negociações para ampliação do Acordo de Preferências Tarifárias; a implementação do visto eletrônico de negócios para cidadãos indianos; e o anúncio de novos contratos da Petrobras para o fornecimento de petróleo ao mercado indiano. Sobre o visto, o vice-presidente afirmou: “Quero trazer uma boa notícia: o visto eletrônico. Toda a área de negócios e consultoria terá visto eletrônico aqui na embaixada em Nova Délhi e no consulado em Mumbai.” No campo energético, Alckmin ressaltou o papel da Petrobras, que assinou contrato para fornecer mais 6 milhões de barris de petróleo à Índia, além de anunciar 18 novos blocos offshore para exploração nas bacias de Santos e Campos, previstos para 2026. Parceria em saúde O vice-presidente também destacou o potencial de cooperação no setor de saúde. “Queremos ampliar nossa parceria na saúde e na indústria ligada à saúde. O ministro Alexandre Padilha chega nesta sexta-feira, e devemos anunciar um acordo na área farmacêutica e de vacinas”, disse Alckmin. Expansão comercial De acordo com o MDIC, a corrente de comércio entre Brasil e Índia atingiu US$ 12,1 bilhões em 2024, com destaque para exportações brasileiras de açúcares, óleos vegetais e minerais, algodão e produtos hortícolas. A ampliação do acordo é vista pelo governo brasileiro como parte da estratégia de diversificação de parceiros comerciais e fortalecimento da inserção internacional da economia.



Mega-Sena, concurso 2.928: prêmio acumula e vai a R$ 48 milhões


16/10/2025 23:02 - g1.globo.com


G1 | Loterias - Mega-Sena 2928 O sorteio do concurso 2.928 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (16), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 48 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 14 - 24 - 29 - 32 - 46 - 48 5 acertos - 49 apostas ganhadoras: R$ 43.893,90 4 acertos - 3.987 apostas ganhadoras: R$ 889,20 O próximo sorteio da Mega será no sábado (18). Mega-Sena, concurso 2.928 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Em reunião, Vieira e Rubio acertam que encontro de Lula com Trump deve ocorrer em novembro


16/10/2025 20:52 - g1.globo.com


Mauro Vieira chega na embaixada brasileira após se reunir com Marco Rubio na Casa Branca O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, delinearam, durante reunião na Casa Branca nesta quinta-feira (16), que o encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump deve ocorrer em novembro. Na reunião, segundo interlocutores, não houve conversa aprofundada sobre temas específicos, mas ficou definido que as assessorias dos dois países vão levantar seus interesses para levar à mesa de negociações. Segundo fontes a par do encontro, Rubio foi "extremamente cordial" com Mauro Vieira e com a delegação brasileira. A reunião durou cerca de uma hora e quinze minutos. Na maior parte do tempo, outros assessores participaram. Durante 15 minutos, Vieira e Rubio ficaram a sós. O pano de fundo do encontro foi o tarifaço de 50% aplicado pelo governo do presidente Donald Trump a uma série de produtos do Brasil. A reunião entre Rubio e Vieira ocorre na semana seguinte ao telefonema entre o presidente Lula e o presidente Donald Trump. O encontro desta quinta é visto como mais uma etapa na distensão da relação entre os dois governos. A reunião foi a portas fechadas, a imprensa não pôde acompanhar. Após a reunião, Vieira fez uma declaração à imprensa, na qual afirmou que a reunião foi "muito produtiva". Mauro Vieira e Marco Rubio se encontraram em Washington Embaixada do Brasil



Governo atualiza regras do BPC; veja o que muda


16/10/2025 20:20 - g1.globo.com


Norma proíbe contas do Bolsa Família e do BPC em jogos de apostas O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), em conjunto com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), publicou uma portaria que atualiza as regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O documento regulamenta mudanças na legislação feitas no fim de 2024 e, entre outros aspectos, altera a forma de calcular o benefício. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Agora, os rendimentos obtidos por meio de atividades informais serão considerados no cálculo para a concessão do BPC. O beneficiário também precisará informar se recebe outros auxílios da Seguridade Social ou de regimes federais, estaduais ou municipais — incluindo o seguro-desemprego. 🔎 O objetivo do governo com as mudanças é evitar o acúmulo de benefícios e controlar o crescimento dos gastos com o BPC. As regras, publicadas no Diário Oficial da União (DOU) na última sexta-feira (10), regulamentam mudanças feitas pelo governo há cerca de um ano e valem tanto para novas concessões quanto para benefícios em revisões periódicas. A portaria conjunta também permite a manutenção do benefício mesmo em caso de variação da renda familiar per capita. Em outras palavras, o BPC continuará garantido sempre que a renda do mês mais recente analisado ou a média dos últimos 12 meses permanecer igual ou inferior a um quarto do salário mínimo. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou que as mudanças buscam estimular o emprego entre as pessoas que recebem o BPC. “Quando elas perdiam o emprego, voltavam para uma fila de perícia. Agora, não. Está no BPC, conseguiu o emprego, ganha até dois salários mínimos, ela recebe metade do BPC mais o salário”, declarou ele na quarta-feira (15), durante o programa "Bom Dia, Ministro", da EBC. “Quando ela perde o emprego, automaticamente, ela volta para o BPC”, acrescentou o ministro. Veja abaixo as novas regras do BPC. Bases para cálculo A renda do beneficiário passa a ser calculada com base no mês do requerimento ou da revisão, a partir das informações do Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento de acesso a programas sociais — e de outras bases oficiais do governo federal. Definição de renda A nova norma alinha o conceito de renda familiar ao que está previsto em lei e detalha quais rendimentos não devem ser considerados no cálculo. São eles: bolsas de estágio supervisionado; rendimentos de contrato de aprendizagem; valores de auxílio financeiro temporário ou indenização por rompimento/colapso de barragem; BPC recebido por outra pessoa idosa ou com deficiência da família; benefício previdenciário de até um salário mínimo concedido a pessoa idosa (com mais de 65 anos) ou com deficiência, limitado a um por membro; auxílio-inclusão e a respectiva remuneração, quando utilizados apenas para manter o BPC de outro integrante do mesmo grupo familiar. Regras adicionais Caso um integrante da família receba mais de um benefício previdenciário de até um salário mínimo, apenas um deles poderá ser desconsiderado no cálculo; Rendimentos de atividades informais declarados no CadÚnico devem ser considerados no cálculo; O requerente precisa informar no CadÚnico se recebe outros benefícios da Seguridade Social ou de regimes federais, estaduais ou municipais, inclusive o seguro-desemprego; Podem ser deduzidos da renda familiar os gastos contínuos e comprovados com saúde — como tratamentos, medicamentos, fraldas e alimentos especiais — que não sejam disponibilizados pelo SUS ou serviços não ofertados pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Conversão automática em auxílio-inclusão Conforme as novas normas, sempre que o INSS verificar que uma pessoa com deficiência entrou no mercado de trabalho com remuneração de até dois salários mínimos, o benefício será convertido automaticamente, sem necessidade de um novo pedido. Com isso, segundo o governo, o beneficiário passa a receber o auxílio-inclusão, previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). A medida garante que a pessoa com deficiência continue recebendo o apoio da assistência social ao exercer uma atividade remunerada, servindo como incentivo à inclusão produtiva. O objetivo é evitar a interrupção do benefício e garantir uma transição mais estável para quem entra no mercado de trabalho. Atualização cadastral O beneficiário, ou seu representante, deve atualizar o CadÚnico sempre que houver mudança de endereço ou na composição familiar. Requerimentos Em caso de pendências, o beneficiário terá até 30 dias para apresentar a documentação ou atender às exigências. Passado esse prazo, o pedido será considerado desistido, e será necessário realizar uma nova solicitação. Agência do INSS Previdência Social em Campinas Reprodução/EPTV



Com discussão sobre terras raras, Conselho Nacional de Política Mineral realiza primeira reunião


16/10/2025 19:10 - g1.globo.com


Lula vai a reunião sobre política mineral e mostra suas meias coloridas a jornalistas O governo federal realizou nesta quinta-feira a primeira reunião do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM). Um dos temas da reunião foi a instituição de um grupo de trabalho sobre minerais críticos e estratégicos para propor políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da cadeia produtiva no Brasil e elaborar a estratégia brasileira para a exploração desses materiais. A medida foi antecipada pelo g1. Nos últimos meses, o tema ganhou destaque diante do potencial brasileiro em minerais críticos e estratégicos, considerados fundamentais para a transição energética global. Após a reunião, o ministro Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), anunciou que será criado, nos próximos dias, outro colegiado para tratar especificamente dos minerais críticos e estratégicos. A ideia, segundo ele, é que se discuta o tema com mais densidade. Além disso, o Silveira afirmou que, em até 60 dias, será lançada uma consulta pública sobre o Plano Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos. O primeiro passo para a formulação da política. ENTENDA - Terras raras: o que são, onde estão e por que os EUA se importam com elas O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu um levantamento atualizado das riquezas do solo e subsolo do país. Atualmente, o Brasil não possui uma política nacional estruturada para o setor. Em setembro, durante coletiva após a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, o presidente Lula afirmou: “Eu tenho lido muito sobre terra rara e minerais críticos, estou estudando para ninguém me enganar. O Brasil não quer ser isolado do mundo, não. Eu disse ao Trump que não tem limite na nossa conversa, vamos colocar na mesa tudo o que acha que precisa conversar. No caso do Brasil, a gente tem que ganhar, tem que ser um acordo de ganha-ganha”, disse. Lula participou do encontro desta quinta. Na chegada, protagonizou uma cena curiosa. Ele mostrou suas meias coloridas aos jornalistas que o esperavam na porta. Bem-humorado, o presidente levantou a barra da calça para que as meias vermelhas com formas geométricas aparecessem. Mineração Serra Verde é única operação fora da Ásia a produzir, em escala, quatro elementos essenciais de terras raras Divulgação/Serra Verde 👉🏽 Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o órgão será fundamental para ditar políticas públicas para o setor mineral, corrigir distorções e dar mais previsibilidade ao segmento.  Segundo Silveira, o presidente orientou que o governo continue dialogando com os países, inclusive com os Estados Unidos, para atrair investimentos para o Brasil, desde que respeitem as políticas públicas elaboradas no país. Silveira relatou também que, no final deste mês, terá uma reunião com o secretário dos Estados Unidos. A tônica da conversa é discutir as convergências entre os países e estabelecer um primeiro contato sobre o tema. Política sobre recursos minerais 🔎 O CNPM é um órgão de assessoramento direto ao Presidente da República para o setor mineral. O conselho é presidido pelo Ministério de Minas e Energia e contará com a participação de 16 ministérios, além de representantes da sociedade civil e da comunidade acadêmica. Além dos minerais críticos, o CNPM aprovou os seguintes temas: Aprovação do Regimento Interno do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM); Instituição de um grupo de trabalho sobre taxas de fiscalização e encargos setoriais para propor aprimoramentos na legislação mineral, com foco nas taxas de fiscalização e encargos incidentes no setor; Instituição de garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e de incentivos fiscais aplicáveis às etapas de transformação e industrialização; Prioridades para a elaboração do Plano Nacional de Mineração; Desenvolvimento sustentável do setor; Política mais robusta de fiscalização do setor. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vinha defendendo a reinstalação do conselho. Segundo ele, o órgão será fundamental para ditar políticas públicas para o setor mineral, corrigir distorções e dar mais previsibilidade ao segmento.



Novo Honda WR-V chega com espaço maior do que a média e preço abaixo de R$ 150 mil; VÍDEO


16/10/2025 19:00 - g1.globo.com


Novo Honda WR-V chega por menos de R$ 150 mil A Honda lançou nesta quinta-feira (16) o novo WR-V, SUV mais importante da marca na última década. O carro chega em duas versões: a EX, mais barata, tem preços a partir de R$ 144.900, enquanto a topo de linha, EXL, tem preço inicial de R$ 149.900. Como o g1 já mostrou, o lançamento do novo SUV é parte da estratégia da marca japonesa, que pretende investir mais de R$ 4 bilhões até 2030 para modernizar sua operação e tentar competir com os carros chineses — que cada vez mais ganham espaço no país. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Com valores abaixo de R$ 150 mil, o WR-V chega para competir tanto com subcompactos como o Volkswagen Tera, Renault Kardian e o futuro Toyota Yaris Cross, quanto com os modelos compactos de categorias superiores, como VW T-Cross e Hyundai Creta. O modelo chega com uma lista robusta de itens de série, superior à oferecida por rivais diretos, além de um bom espaço interno — algo nem sempre encontrado em SUVs. (Veja a ficha técnica do WR-V mais abaixo) Galerias Relacionadas Com o novo utilitário esportivo, a linha de SUVs da Honda passa a ter a seguinte configuração: WR-V: de R$ 144.900 a R$ 149.900 – rivais: VW Tera, Renault Kardian e Fiat Pulse; HR-V: de R$ 163.200 a R$ 209.900 – rivais: VW T-Cross e Hyundai Creta; ZR-V: R$ 214.500 – rivais: Jeep Compass e VW Taos; CR-V: R$ 352.900 – rival: Jeep Commander. Segundo Marcelo Langrafe, diretor comercial da Honda Automóveis do Brasil, o preço será o mesmo tanto na pré-venda, que começa nesta sexta-feira (17), quanto nas vendas regulares, que se iniciam em 12 de novembro. Ou seja, não haverá reajuste quando o veículo chegar às concessionárias. Diferentemente do antigo modelo, que era apenas uma versão aventureira do Fit, o novo WR-V é um projeto inédito. O anterior, apelidado pela internet de “Fitão”, era basicamente um Fit com visual robusto. Agora, a Honda enfrenta um desafio: os preços do WR-V são próximos aos do City, que vem registrando baixas vendas em seu segmento. Initial plugin text Como os SUVs já representam 53% das vendas de veículos no país, segundo a Fenabrave, é provável que o City perca ainda mais espaço nas concessionárias. Confira os preços do hatch que podem conflitar com o novo WR-V: LX: R$ 117.500; EX: R$ 134.500; EXL: R$ 141.300; Touring: R$ 149.800; Touring Sport: R$ 152.800. De acordo com Langrafe, “o posicionamento de preço do novo WR-V foi cuidadosamente estudado para que ele ficasse entre o City e o HR-V. São públicos distintos, e esse valor é adequado a cada perfil de consumidor”. Honda WR-V tem mais porta-malas que o HR-V O público do HR-V também pode se interessar pelo novo modelo, especialmente quem busca mais espaço para bagagens. O WR-V mede 4,32 m de comprimento (6 cm a menos que o HR-V), 1,79 m de largura (mesma medida), 1,65 m de altura (4 cm a mais) e 2,65 m de entre-eixos (4 cm maior que o HR-V). Apesar do entre-eixos superior, o espaço interno é semelhante entre os dois modelos. Porém, no porta-malas, o WR-V leva ampla vantagem: 458 litros contra 354 litros, ou seja, 22,7% mais capacidade. Visualmente, o SUV parece maior do que é. A grade com traços retos reforça a sensação de robustez, enquanto o capô elevado transmite imponência. Os faróis full LED têm uma assinatura luminosa em forma de “sobrancelha” que funciona como luz diurna. Um friso cromado conecta os faróis e atravessa toda a grade — elemento que pode ser simplificado em uma eventual versão básica (como uma futura LX) e substituído por acabamento em plástico preto, prática comum na marca. Nas laterais, o destaque fica para as rodas de 17 polegadas com acabamento bicolor, de série em ambas as versões. A silhueta também garante um melhor aproveitamento do espaço interno, principalmente para os ocupantes do banco traseiro. A traseira segue a tendência de ligar as lanternas por uma barra horizontal não iluminada, que dá a impressão de um carro mais largo — recurso já visto em modelos como HR-V, Creta e T-Cross. Initial plugin text Interior e equipamentos O interior acomoda dois adultos com conforto no banco traseiro, que conta com saídas de ar-condicionado. A versão mais cara, a EXL, também conta com um apoio de braço central com porta-copos. As diferenças entre as versões são claras: EX: já vem com faróis de LED, botão de partida, rodas de liga leve de 17”, ar-condicionado digital, espelhos rebatíveis eletricamente, chave presencial, central multimídia, banco traseiro bipartido, pacote ADAS (Honda Sensing), antena tubarão e garantia de seis anos. EXL adiciona: bancos e volante de couro, faróis de neblina, barras no teto, aletas para trocas no volante, carregador sem fio e o aplicativo MyHonda Connect. O painel repete o layout conhecido da linha Honda, com tela de 7 polegadas que combina display TFT e velocímetro analógico. Initial plugin text Todas as versões trazem o Honda Sensing, pacote de segurança com: Frenagem automática de emergência: aciona os freios ao detectar risco de colisão frontal com veículos, pedestres, bicicletas ou motos. Assistente de permanência em faixa: corrige levemente o volante para manter o carro centralizado na pista. Alerta e correção de saída de faixa: identifica desvios involuntários e ajusta a direção para evitar que o veículo saia da estrada. Farol alto automático: alterna entre farol alto e baixo ao detectar veículos à frente ou no sentido oposto. Piloto automático adaptativo: ajusta a velocidade para manter distância segura do carro à frente. O carro ainda conta com uma central multimídia de 10 polegadas — que permite espelhamento sem fio de smartphones —, controles físicos de temperatura e display digital com informações do ar-condicionado. Um ponto que merece atualização é o número de entradas USB: são apenas duas frontais, ambas do tipo A. Não há portas USB-C, padrão dos celulares atuais. A cabine também conta com duas tomadas 12V, uma delas para os ocupantes traseiros, que poderiam ser substituídas por conexões USB-C para maior praticidade. Initial plugin text Segurança As duas versões contam com seis airbags (frontais, laterais e de cortina), controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, Isofix, Top Tether, câmera de ré e sensores de estacionamento. Motorização e desempenho O WR-V usa o motor 1.5 aspirado de quatro cilindros com injeção direta, o mesmo das linhas City e HR-V nas versões básicas. Ele entrega 126 cv (com etanol ou gasolina) e torque de 15,8 kgfm (etanol) e 15,5 kgfm (gasolina), sempre com câmbio CVT. Consumo registrado pelo Inmetro: Cidade: 8,2 km/l (etanol) / 12 km/l (gasolina); Estrada: 8,9 km/l (etanol) / 12,8 km/l (gasolina). O propulsor tem potência e torque na casa esperada, ou seja, fica dentro da média do segmento. O Honda WR-V chega em sete opções de cor: são: Branco Tafetá (sólida), Prata Platinum, Azul Cósmico e Cinza Basalto (metálicas), Branco Topázio, Preto Cristal e Azul Aurora (perolizadas). Initial plugin text Honda WR-V 2026 chega em duas versões. A da esquerda (sem farol de neblina) é a EX e custa R$ 144.900. A EXL (direita) parte de R$ 149.900 Divulgação | Honda



Lula vai a reunião sobre política mineral e mostra suas meias coloridas a jornalistas; vídeo


16/10/2025 18:47 - g1.globo.com


Lula vai a reunião sobre política mineral e mostra suas meias coloridas a jornalistas O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a uma reunião nesta quinta-feira (16) sobre política mineral no Ministério de Minas e Energia. Na chegada, protagonizou uma cena curiosa. Ele mostrou suas meias coloridas aos jornalistas que o esperavam na porta. Bem-humorado, Lula levantou a barra da calça para que as meias vermelhas com formas geométricas aparecessem. Ele brincou com os jornalistas ao ser questionado sobre as terras raras. Esse deve ser um dos temas da primeira reunião do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM). O tema das terras raras — compostos minerais que têm elementos usados na indústria de alta tecnologia — ganhou importância dentro do governo depois de os Estados Unidos demonstrarem interesse no potencial do Brasil na área. O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras do mundo, atrás da China. Após o interesse dos EUA, Lula chegou a dizer que ninguém mexeria nas terras do Brasil. O governo decidiu criar o CNPC. Lula vai a reunião sobre política mineral e mostra suas meias coloridas a jornalistas Meias No início do atual mandato, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, roubou a cena em alguns eventos públicos com meias coloridas. Meias usadas pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, viralizam Sergio Lima/AFP O vice procura veicular uma imagem de descontração em suas redes sociais. Recentemente, postou um vídeo andando de moto. Ele também já fez referência a filmes pop, por exemplo.



CNH sem autoescola: governo divulga regras para instrutor autônomo; entenda


16/10/2025 18:30 - g1.globo.com


CNH sem autoescola: governo divulga regras para instrutor autônomo; entenda O governo divulgou nesta semana as regras para instrutor autônomo — ou seja, sem vínculo obrigatório com uma autoescola — para obtenção da nova Carteira Nacional de Habilitação (CNH). As mudanças atingem tanto a categoria de moto quanto a de carros. A permissão para realizar aulas práticas de direção sem precisar estar vinculado a uma autoescola é uma das mudanças propostas pelo Ministério dos Transportes. Em entrevista à GloboNews em julho, o ministro da Pasta, Renan Filho, afirmou que o governo já estuda formas de reduzir o custo da CNH, e indicou que o Brasil poderá deixar de exigir a realização de curso em autoescola para a emissão da carteira. "O ponto de partida para quem gosta de dirigir e deseja ingressar nesse mercado, é verificar se cumpre os requisitos básicos antes de realizar o curso específico de formação, necessário para obter a Carteira de Identificação Profissional de instrutor autônomo, que será disponibilizado gratuitamente no site da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran)", informou o governo em nota. Governo avalia fim de autoescola obrigatória para baratear preço da CNH, diz Renan Filho Veja os requisitos fundamentais para que o instrutor seja autorizado a participar do processo de emissão da CNH: O instrutor precisa ter, no mínimo, 21 anos de idade e habilitação legal para condução de veículo há pelo menos dois anos; O instrutor não pode ter cometido nenhuma infração de trânsito de natureza gravíssima nos últimos 60 dias, nem ter sofrido penalidade de cassação da CNH; O instrutor precisa ter concluído o ensino médio; O instrutor deve ter formação específica em habilidades pedagógicas, com foco em legislação de trânsito e direção segura. Caso seja aprovado na avaliação, recebe um certificado; O instrutor também precisa possuir certificado de curso específico realizado pelo órgão executivo de trânsito; O carro usado nas aulas deve estar identificado como veículo de instrução e atender às exigências de segurança estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB); As motos utilizadas nas aulas devem ter, no máximo, 8 anos de fabricação; Os carros usados nas aulas devem ter até 12 anos de fabricação; Os veículos de carga utilizados nas aulas devem ter até 20 anos de fabricação; O nome do instrutor deve constar em registros oficiais do Detran estadual e do Ministério dos Transportes — o aluno pode conferir o nome do instrutor e os horários e locais para realização das aulas nos respectivos sites; Cabe ao instrutor registrar e validar a presença e participação do aluno em cada aula; Mesmo vinculado a uma autoescola, o instrutor pode oferecer aulas de forma independente. Durante as aulas práticas de direção, o instrutor deve portar os seguintes documentos: CNH; Credencial de Instrutor ou crachá fornecido pelo órgão competente; Licença de Aprendizagem Veicular; Certificado de Registro e Licenciamiento de Veículo. "O instrutor estará sujeito à possibilidade de fiscalização por parte dos órgãos de trânsito, que podem realizar inspeções a qualquer momento para garantir que as atividades estejam sendo realizadas de acordo com a legislação", informou o Ministério dos Transportes. O projeto para mudar a formação dos motoristas ainda segue em consulta pública, até o dia 2 de novembro. Em quais países o curso é ou não exigido Embora pareça contraintuitiva, essa prática já é adotada em diversos países. Alguns estados dos Estados Unidos não exigem a participação em cursos, e o mesmo ocorre no Canadá e no Japão, por exemplo. Ainda assim, para obter a CNH de seu país, o cidadão precisa atender a uma idade mínima definida e ser aprovado em exames teóricos e práticos. Veja abaixo como é o processo para obter a licença em alguns países: Estados Unidos Argentina México Chile Alemanha Portugal Canadá Japão LEIA MAIS Honda CB 650R chega por R$ 58.270, com novo câmbio amigo dos iniciantes nas esportivas Mais de 40 milhões têm CNH para moto no Brasil, e as mulheres puxam essa alta Associação dos Detrans reage à proposta de dispensar autoescolas: ‘Educação no trânsito salva vidas’ Estados Unidos Assim como ocorre com muitas leis, as regras para obter a licença de motorista nos Estados Unidos variam de estado para estado, já que as normas de trânsito são responsabilidade de cada unidade federativa. A ponto de cada estado emitir uma habilitação com visual, disposição das informações e até formato de foto distintos: enquanto a Califórnia utiliza fotografia colorida e destaca o número e a validade em vermelho e com fonte maior, Washington D.C. adota retrato em preto e branco, com todos os dados no mesmo tamanho e sem destaque. Porém, o processo para obter a carteira de motorista varia entre os estados, mas, em média, os americanos precisam: Ter 14 anos ou mais; Ser aprovado em um exame teórico, que dá direito a uma “licença de aprendiz”; a partir desse momento, o adolescente pode dirigir, mas apenas acompanhado por um adulto habilitado; Em alguns estados, também é necessário passar por um exame de visão; Não é obrigatório fazer curso ou apresentar certificado de autoescola; O exame prático pode ser realizado no carro do próprio candidato; Cumprir um período com restrição de circulação noturna e sem infrações para obter a licença definitiva. Volte para o início. Argentina Para conseguir o documento, os argentinos não precisam de autoescola, mas seguem essas regras: Ter no mínimo 17 anos; Fazer um curso teórico gratuito, oferecido pelo governo ou por autoescolas particulares; Ser aprovado em uma prova teórica; Passar por um exame médico; Realizar um curso prático, que pode ser feito fora da autoescola; Ser aprovado em um exame prático. Volte para o início. México O México também não possui um sistema nacional de emissão de habilitação, e as regras de trânsito variam de estado para estado. No país, é possível começar a dirigir ainda na adolescência, sem a obrigatoriedade de frequentar uma autoescola. No México, em média, estas são as regras: Ter no mínimo 15 anos; Realizar um curso e uma prova teórica, que podem ser feitos online ou presencialmente; Ser aprovado em um exame prático de direção, embora nem todos os estados o exijam. Volte para o início. Chile O Chile adota regras mais semelhantes às do Brasil, com diretrizes unificadas para todo o país. No entanto, os chilenos não são obrigados a frequentar autoescola para obter a carteira de habilitação. Veja a seguir os passos necessários para conseguir a licença: Ter a partir de 18 anos; Passar em teste médico; Passar em teste teórico; Passar em teste prático. Volte para o início. Alemanha Assim como no Brasil, a legislação alemã é rigorosa e exige a realização de aulas em autoescola. Veja a seguir os passos necessários para que os alemães obtenham a autorização para dirigir legalmente no país: Ter no mínimo 17 anos; Residir legalmente na Alemanha; Realizar curso em autoescola, com 14 aulas teóricas e 12 práticas (incluindo rodovias, direção noturna e estradas rurais); Concluir um curso de primeiros socorros; Ser aprovado em um exame de visão; Ser aprovado em exame teórico e prático. Volte para o início. Portugal Assim como na Alemanha, Portugal também exige a frequência em autoescola como parte do processo para o cidadão obter a habilitação, desde que: Tenha no mínimo 18 anos; Seja aprovado em exames médicos; Cumpra 28 aulas teóricas e 32 horas de prática em autoescola; Ser aprovado em exames teórico e prático. Volte para o início. Canadá No Canadá, a autoescola não é obrigatória, e as regras são semelhantes às adotadas nos Estados Unidos. Dessa forma, um canadense precisa: Ter entre 14 e 16 anos, dependendo da província; Receber instruções teóricas e práticas, que podem ser dadas por qualquer adulto habilitado; Ser aprovado em exame médico; Ser aprovado em exames teórico e prático. Volte para o início. Japão O Japão se destaca por oferecer ao candidato a opção de frequentar ou não uma autoescola. Caso o japonês escolha seguir o modelo semelhante ao brasileiro, ele recebe algumas facilidades que não estão disponíveis para quem decide estudar as regras de trânsito por outros meios. O funcionamento é o seguinte: Ter no mínimo 18 anos; Ser aprovado em exame médico; Com autoescola: realizar aulas teóricas e práticas, com dispensa do exame prático ao final do curso; Sem autoescola: o curso teórico e prático pode ser feito por outros meios, como com um instrutor particular, mas exige a realização de exames teórico e prático ao final; Volte para o início. CNH Carteira Nacional de Habilitação g1 Governo quer acabar com a obrigatoriedade de aulas em autoescolas para tirar a CNH



Acampamento no teto e prevenção de acidentes: veja como era carro de R$ 800 mil de Gracyanne Barbosa


16/10/2025 15:52 - g1.globo.com


Gracyanne Barbosa é assaltada na Barra da Tijuca e tem carro levado por bandidos Gracyanne Barbosa, modelo fitness e ex-BBB, foi assaltada na noite da última quarta-feira (15), no Rio de Janeiro (RJ). O criminoso levou o Land Rover Defender 110, veículo que ela já havia exibido anteriormente em suas redes sociais. O carro é um luxuoso e potente utilitário vendido no Brasil, com preços que partem de R$ 844.990 e podem chegar a R$ 924.636, a depender dos opcionais. É possível colocar acabamento em tecido especial, por exemplo, além de rodas com brilho adicional e engate para reboque. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Land Rover Defender 110 por fora Visualmente, o Land Rover Defender 110 tem aparência robusta, com design quadrado pensado para enfrentar terrenos difíceis com mais facilidade. Diferente de modelos voltados exclusivamente para trilhar, no entanto, o veículo apresenta linhas mais minimalistas na carroceria, que harmonizam com o uso urbano e rodoviário. Duas adaptações reforçam a vocação off-road do veículo. A primeira é a entrada de ar elevada para o motor, que permite atravessar cursos d’água mais profundos, mesmo quando o nível da água ultrapassa o centro das rodas. A segunda é um reforço estrutural no teto, capaz de suportar até 300 quilos. A proposta é permitir a instalação de uma barraca sobre o veículo, possibilitando que os ocupantes acampem sem precisar sair do carro. Apesar do visual robusto, o modelo conta com tecnologias que auxiliam motoristas menos experientes em situações de atoleiro. Uma delas identifica automaticamente o tipo de terreno e ajusta as configurações do veículo para otimizar potência e tração, reduzindo as chances de ficar preso na lama ou areia, por exemplo. Alerta para prevenção de acidentes Outra tecnologia é um conjunto de sensores internos, incluindo uma câmera voltada para o motorista. O sistema detecta sinais de sonolência e, nesse caso, o próprio Defender 110 emite alerta para prevenir acidentes. Por dentro, o Defender 110 acomoda até sete pessoas com o nível de conforto esperado de um veículo que pode chegar perto de R$ 1 milhão. Um dos recursos é o uso da câmera traseira, integrada ao sistema de visão em 360 graus, que projeta a imagem diretamente no retrovisor central. Assim, mesmo com todos os assentos ocupados por sete pessoas, o motorista mantém a visão desobstruída dos veículos que vêm atrás. Land Rover Defender 110 por dentro O motor conta com um sistema híbrido leve, capaz de entregar 350 cv de potência e 71,4 kgfm de torque. Esse nível de força, representado pelo segundo número, supera a capacidade de tração da Ford F-150 — a maior picape da marca no Brasil, voltada para o transporte de carga e, por isso, dependente de alto torque. No Defender, essa força é direcionada tanto para garantir segurança na condução em diferentes tipos de terreno quanto para oferecer mais desempenho ao modelo. Com isso, ele acelera de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos e atinge velocidade máxima de 191 km/h, mesmo com mais de 2,5 toneladas de peso. Carro dá bo Land Rover Defender 110 divulgação/Land Rover



Após três meses de queda, 'prévia do PIB' registra expansão de 0,4% em agosto


16/10/2025 12:13 - g1.globo.com


Bruno Leão/Sedecti O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central do Brasil (BC) nesta quinta-feira (16), registrou expansão de 0,4% em agosto na comparação com o mês anterior. O cálculo é feito após ajuste sazonal — ou seja, uma forma de comparar períodos diferentes. A última alta mensal do índice tinha sido em abril, quando o IBC-Br atingiu os mesmos 0,4%. Os meses seguintes foram de queda (veja no gráfico abaixo). Na parcial do ano, até agosto, o índice registrou alta de 2,6%. Em 12 meses, até agosto, o aumento foi de 3,2%. Veja abaixo o desempenho setor por setor em agosto: Agropecuária: - 1,9% Indústria: 0,8% Serviços: 0,2% ➡️O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem uma metodologia diferente (veja mais abaixo nessa reportagem). ➡️Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem-estar social. PIB cresce 0,4% no segundo trimestre Desaceleração esperada da atividade A desaceleração da atividade econômica no segundo trimestre deste ano já era esperada tanto pelo mercado financeiro quanto pelo Banco Central, diante do elevado nível da taxa de juros. Fixada pelo Banco Central para conter as pressões inflacionárias, a taxa Selic está, atualmente, em 15% ao ano — o maior patamar em quase 20 anos. A instituição tem sinalizado que os juros permanecerão neste patamar por um "período bastante prolongado" de tempo. Os analistas dos bancos esperam cortes somente em 2026. O mercado financeiro estima uma taxa de crescimento do PIB 2,16% em 2025, contra 3,4% no ano passado. O BC projeta uma expansão de 2,1% neste ano. ▶️O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país. Avalia que isso é um "elemento necessário para a convergência da inflação à meta [de inflação, de 3%]". ▶️Na ata da última reunião do Copom, divulgada no início de agosto, o BC informou que o chamado "hiato do produto" segue positivo. Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação. ▶️O Banco Central também informou que a atividade econômica doméstica "tem indicado certa moderação no crescimento e, ao mesmo tempo, apresentado dados mistos entre os setores e indicadores". PIB X IBC-Br Os resultados do IBC-Br são considerados a "prévia do PIB". Porém, o cálculo do Banco Central é diferente do cálculo do IBGE. O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o maior crescimento da economia, por exemplo, pode haver mais pressão inflacionária, o que contribuiria para conter a queda dos juros.



Dólar cai e fecha a R$ 5,44 com foco nas negociações do tarifaço; Ibovespa recua


16/10/2025 12:00 - g1.globo.com


Mauro Vieira participa de reunião de negociação com EUA sobre tarifaço nesta quinta O dólar fechou em queda de 0,36% nesta quinta-feira (16), cotado a R$ 5,4426. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em baixa de 0,28%, aos 142.200 pontos. Os investidores ficaram atentos ao encontro entre autoridades do Brasil e dos Estados Unidos para discutir o tarifaço. Além disso, as negociações comerciais entre Washington e Pequim e os novos dados de atividade econômica nos EUA continuaram no radar do mercado. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ As negociações sobre tarifas entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chamaram a atenção dos investidores, que buscaram sinais de possíveis ajustes nas relações comerciais entre os dois países. ▶️ Entre os indicadores econômicos, destaque para a “prévia do PIB”. O IBC-Br, índice que mede a atividade econômica no Brasil, subiu 0,4% em agosto em relação a julho. Embora abaixo da expectativa do mercado — que projetava 0,6% —, foi a primeira variação positiva após três meses de queda. ▶️ No cenário internacional, as tensões entre Washington e Pequim voltaram a escalar. A imprensa oficial chinesa respondeu em sete pontos às críticas dos EUA sobre o controle das exportações de terras raras, tentando defender sua política industrial. ▶️ Na véspera, o representante comercial americano, Jamieson Greer, chamou as novas restrições da China de “tomada de poder na cadeia de suprimentos global”. Ele afirmou que Pequim poderia evitar tarifas superiores a 100% sobre seus produtos caso recuasse das medidas previstas para novembro. ▶️ Ainda no cenário internacional, o ouro superou a barreira dos US$ 4,3 mil a onça nesta quinta-feira, impulsionado pela busca por segurança diante da incerteza econômica e geopolítica gerada pela tensão entre EUA e China. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -1,10%; Acumulado do mês: +2,26%; Acumulado do ano: -11,93%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +1,08%; Acumulado do mês: -2,76%; Acumulado do ano: +18,22%. IBC-BR A economia brasileira voltou a crescer em agosto, após três meses seguidos de queda. Segundo o Banco Central, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que funciona como uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), subiu 0,4% em relação a julho. Apesar do avanço, o resultado veio abaixo da expectativa do mercado, que esperava uma alta de 0,6%. Na comparação com agosto do ano passado, o crescimento foi de apenas 0,1%. Já no acumulado de 12 meses, o IBC-Br teve alta de 3,2%. O indicador é calculado com base em dados da agropecuária, indústria, serviços e impostos sobre a produção. Em agosto, a indústria cresceu 0,8% e os serviços avançaram 0,2%. Por outro lado, o setor agropecuário teve queda de 1,9%. Se excluído esse setor, o índice geral teria subido 0,4%. O mês também foi marcado pela entrada em vigor de tarifas de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros como carne, café, frutas e calçados. Mesmo assim, os dados do IBGE foram positivos: a produção industrial cresceu 0,8%, os serviços subiram 0,1% e o varejo teve alta de 0,2%, interrompendo quatro meses de queda. O Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano e indicou que ela deve continuar nesse nível por um período prolongado para controlar a inflação. Segundo a pesquisa Focus, a expectativa de crescimento do PIB é de 2,16% em 2025 e de 1,80% em 2026. Mauro Vieira se encontra com Marco Rubio Representantes dos governos brasileiro e norte-americano se reúnem nesta quinta-feira para discutir o tarifaço — em vigor desde 6 de agosto — e as sanções aplicadas a autoridades brasileiras (veja mais abaixo). O encontro acontece à tarde, em Washington, entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Vieira chegou à capital americana na segunda-feira (13), e a reunião foi acertada após uma conversa telefônica entre os dois na semana passada. A realização do encontro foi confirmada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante um evento no Rio de Janeiro. Ainda nesta semana, durante uma reunião com o presidente da Argentina, Javier Milei, o presidente Donald Trump sinalizou um dos temas que pretende incluir nas negociações com o Brasil: a possibilidade de substituir o dólar por uma moeda comum entre os países que integram o Brics — grupo formado por algumas das principais economias emergentes do mundo. China critica EUA A China acusou os EUA de criar alarme em relação às novas regras chinesas sobre exportação de terras raras — materiais essenciais para a produção de eletrônicos, baterias e equipamentos de alta tecnologia. Segundo o governo chinês, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, fez declarações distorcidas sobre um importante negociador comercial do país, rejeitando o pedido da Casa Branca para que as restrições fossem revistas. Em resposta, o jornal oficial do Partido Comunista da China publicou uma nota com sete pontos contestando as críticas dos negociadores americanos. Eles haviam sugerido que Pequim poderia evitar as tarifas de 100% anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos chineses, caso recuasse nas medidas que devem entrar em vigor em 8 de novembro. Apesar de os investidores estarem aliviados por EUA e China terem evitado aumentos de tarifas nos últimos meses, cada novo conflito verbal entre os dois países ameaça comprometer uma reunião entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, prevista para ocorrer na Coreia do Sul no fim do mês — encontro que tem ajudado a manter a estabilidade nos mercados. Durante uma coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yongqian, afirmou que os Estados Unidos estão exagerando e distorcendo as medidas chinesas, o que gera confusão e preocupação desnecessária. Ele garantiu que, desde que os pedidos de exportação estejam corretos e tenham uso civil, serão aprovados normalmente. As novas regras de exportação levantaram dúvidas entre negociadores e analistas internacionais. Muitos se perguntam se a China exigirá que qualquer produto fabricado no mundo que contenha até mesmo pequenas quantidades de terras raras chinesas precise de uma licença para ser exportado. He Yongqian negou essa possibilidade. O representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, criticou as medidas chinesas, chamando-as de uma tentativa de controlar a cadeia global de suprimentos. Já Scott Bessent sugeriu que a trégua tarifária de 90 dias — válida até cerca de 9 de novembro — poderia ser prorrogada. As relações comerciais entre os dois países pareciam mais estáveis após um telefonema entre Trump e Xi em 19 de setembro, que ocorreu depois de uma reunião em Madri entre autoridades dos dois governos. O encontro foi considerado um avanço, especialmente por conta do acordo envolvendo o aplicativo TikTok. EUA em paralisação pelo 16º dia A paralisação parcial do governo dos Estados Unidos chegou ao 16º dia nesta quinta-feira (16), sem avanços concretos nas negociações entre democratas e republicanos. Apesar de os republicanos controlarem ambas as casas do Congresso, ainda precisam de votos democratas no Senado para aprovar o orçamento. O impasse gira em torno da manutenção dos subsídios de saúde ligados ao Obamacare, que os democratas querem tornar permanentes antes que expirem no fim do ano. Enquanto isso, mais de 750 mil servidores federais seguem afastados de suas funções. Apenas trabalhadores considerados essenciais, como militares, policiais, agentes de fronteira e controladores de tráfego aéreo, continuam em atividade. Na quarta-feira (15), o presidente Donald Trump assinou uma ordem para garantir o pagamento aos militares, mas outros servidores seguem sem previsão de remuneração. O Senado já rejeitou nove vezes a proposta republicana de reabertura do governo e deve votar novamente nesta quinta-feira, às 11h. Os democratas resistem às pressões de Trump, que ameaça cortes definitivos em programas sociais. Já os republicanos defendem que a questão dos subsídios seja tratada separadamente. A crise se aprofunda, e cresce o risco de a paralisação se tornar a mais longa da história americana — até então, a maior paralisação ocorreu no primeiro mandato de Trump, durando 35 dias entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Bolsas globais Os principais índices de Wall Street fecharam em queda nesta quinta-feira, pressionados pela guerra comercial entre EUA e China e por preocupações com a qualidade do crédito diante de perdas em bancos regionais. O Dow Jones recuou 0,65%, aos 45.952,24 pontos, o S&P 500 caiu 0,63%, aos 6.629,07 pontos, e o Nasdaq teve perdas de 0,47%, aos 22.562,54 pontos. Na Europa, os mercados encerraram o pregão em alta, impulsionados por fatores políticos e corporativos. Os investidores acompanham o voto de confiança no primeiro-ministro francês Sébastien Lecornu, enquanto a Nestlé surpreendeu com recuperação nas vendas e anunciou demissões, o que fez suas ações subirem mais de 8%. Com isso, o índice STOXX 600 subiu 0,7%, enquanto o CAC 40, em Paris, avançou 1,38%. Em Frankfurt, o DAX teve alta de 0,38%, e em Londres, o FTSE 100 registrou ganho de 0,12%. O FTSE MIB, em Milão, valorizou 1,12%, o IBEX 35, em Madri, subiu 0,48%, e o PSI 20, em Lisboa, fechou com alta de 1,08%. Já as bolsas asiáticas fecharam com resultados variados nesta quinta-feira. Na China, os índices tiveram leve alta, sustentados por setores mais estáveis, mesmo com as disputas comerciais em andamento. Em Hong Kong, o mercado oscilou ao longo do dia e terminou em leve queda. Já em outras regiões, o desempenho foi mais positivo, com destaque para Seul e Tóquio. No fechamento, o índice de Xangai subiu 0,10% e o CSI300 avançou 0,26%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,09%. O Nikkei, em Tóquio, teve alta de 1,27%. O KOSPI, em Seul, subiu 2,49%, o TAIEX, em Taiwan, avançou 1,36%, e o Straits Times, em Cingapura, caiu 0,33. O dólar opera cotado acima de R$ 6,00 no mercado à vista na manhã desta quarta-feira, 9, estendendo ganhos frente ao real pelo quarto pregão consecutivo, diante do acirramento da guerra comercial entre os EUA e a China. Adriana Toffetti/Estadão Conteúdo *Com informações da agência de notícias Reuters.



Após demissão de executivo por relação com subordinada, Nestlé anuncia reestruturação e corte de 16 mil empregos


16/10/2025 10:52 - g1.globo.com


O novo CEO da Nestlé anunciou nesta quinta-feira (16) que vai cortar 16 mil postos de trabalho ao divulgar os resultados da empresa referentes aos primeiros nove meses de 2025, segundo a France Presse. Philipp Navratil, que está na empresa desde 2001, assumiu o comando da empresa em setembro deste ano. Ele começou como auditor interno e passou por diversas funções, liderando operações em Honduras e no México, além de comandar estratégias para marcas como Nescafé e Starbucks. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O grupo suíço do setor alimentício, com forte presença na América Latina, registrou queda de 1,9% nas vendas, totalizando 65,9 bilhões de francos suíços (US$ 83 bilhões, cerca de R$ 452 bilhões). Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 “O mundo está mudando e a Nestlé precisa se adaptar com mais agilidade, o que exigirá decisões difíceis, porém necessárias, para reduzir o quadro de funcionários”, afirmou em comunicado o CEO Philipp Navratil, que assumiu o comando da empresa em setembro. O programa de reestruturação prevê, em especial, a eliminação de 12 mil cargos administrativos em diferentes áreas e países, “o que permitirá economizar um bilhão de francos por ano até o fim de 2027” — o dobro do valor estimado até agora, destacou a empresa. Outros 4 mil empregos serão impactados por iniciativas já em andamento, voltadas a agilizar a produção e a cadeia de suprimentos, acrescenta o comunicado. O conglomerado alimentício, dono de mais de 2 mil marcas — entre elas Nescafé, Maggi e KitKat —, teve um mês de setembro conturbado em sua alta direção. Analistas esperam que Navratil, ex-diretor da Nespresso, consiga restaurar a estabilidade do grupo, que teve seu crescimento estagnado desde a onda inflacionária de 2022 e enfrentou sucessivas crises de reputação. Nestlé troca CEO após demissão de executivo por relação com subordinada O corte no quadro de funcionários na Nestlé acontece poucas semanas após o ex-CEO, o francês Laurent Freixe ter sido demitido após envolver-se em uma “relação amorosa” com uma subordinada, enquanto o presidente do grupo, o belga Paul Bulcke, anunciou sua saída da companhia. Segundo o portal suíço SRF, o conselho de administração da Nestlé foi informado pela primeira vez sobre a suspeita de um relacionamento em maio deste ano, por meio dos canais internos de denúncia da companhia. Na época, a empresa abriu uma investigação interna conduzida pela consultoria Gemium, que não encontrou evidências de má conduta, e Freixe negou o envolvimento. Mais tarde, porém, surgiram novos relatórios internos. Diante disso, a Nestlé decidiu ampliar a apuração com o apoio de uma assessoria jurídica externa e independente. Foi somente nessa segunda investigação que o relacionamento foi confirmado, informou um porta-voz da companhia à agência AWP. A investigação foi conduzida pelo presidente do conselho da Nestlé, Paul Bulcke, e pelo diretor independente Pablo Isla, com o apoio de advogados externos. Segundo Bulcke, a decisão foi difícil, mas necessária. Segundo comunicado da Nestlé, a conduta viola o Código de Conduta da empresa, que proíbe relacionamentos hierárquicos para evitar conflitos de interesse. Na Suíça, país onde fica a sede da multinacional, o episódio ganhou ainda mais destaque. Jornais locais chegaram a especular sobre a identidade da funcionária e até sobre uma possível promoção recebida durante o período em que manteve o envolvimento com Freixe. A saída inesperada do executivo também reacendeu o debate sobre os limites entre vida pessoal e profissional dentro das corporações. Francês, nascido em 1962, Freixe construiu toda sua carreira dentro da companhia. Ele ingressou em 1986 na divisão francesa e, ao longo das décadas, comandou operações em países como Hungria, Espanha, Portugal, Estados Unidos e México. Já a funcionária atuava na área de marketing e, um ano e meio após conhecer Freixe na sede da empresa, em Vevey, teria sido promovida a vice-presidente de marketing para as Américas. Laurent Freixe foi demitido por manter um relacionamento secreto com uma funcionária Nestle



O fator Marco Rubio: quem é o secretário 'linha-dura' que Trump escolheu para negociar tarifa com Brasil


16/10/2025 08:58 - g1.globo.com


Mauro Vieira participa de reunião de negociação com EUA sobre tarifaço nesta quinta O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, se reúne nesta quinta-feira (16/10), em Washington, com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, para negociar a tarifa de 50% imposta pelo governo Trump contra uma série de produtos brasileiros e outras sanções a autoridades do país. O encontro foi acertado após uma conversa por telefone entre os dois na última semana e confirmado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante um evento no Rio de Janeiro na quarta-feira (15/10). A reunião está marcada na agenda oficial de Rubio para as 14h no horário de Washington (15h no horário de Brasília). Designado pelo presidente Donald Trump para dar sequência às negociações, Rubio foi um dos principais porta-vozes das sanções contra o Brasil. Além do tarifaço, ele liderou sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes — a quem ele acusou de fazer uma "caça às bruxas" contra Jair Bolsonaro (PL) no processo que condenou o ex-presidente a golpe de Estado. Rubio também esteve à frente da revogação de vistos de autoridades brasileiras em represália ao Programa Mais Médicos, como o atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O secretário de Estado faz parte da ala ideológica do governo Trump e é conhecido por sua política linha-dura contra países como Cuba, Venezuela e China — este último, principal parceiro comercial do Brasil. A relação entre os dois países, inclusive, já foi criticada por Rubio quando era senador. O presidente Lula disse que pediu a Trump que o secretário de Estado conversasse com o Brasil sem preconceito. "Pelas entrevistas que ele deu, há um certo desconhecimento da realidade do Brasil", afirmou em uma entrevista à TV Mirante, do Maranhão. O próprio Lula também já foi alvo de críticas de Rubio no passado. Por isso, a escolha do chefe da diplomacia americana como interlocutor é vista como delicada para o Brasil e o governo preferia que o interlocutor do lado americano fosse outro. Por outro lado, é melhor lidar com alguém diretamente ligado a Trump e com seu aval para negociar. Rubio tem sido criticado por mudar sua postura em relação a imigrantes e guerra na Ucrânia Anna Moneymaker/Getty Images Filho de imigrantes e mórmon na infância À frente da diplomacia americana, Marco Rubio supervisiona hoje mais de 70 mil funcionários federais do Departamento de Estado e é a primeira pessoa de origem latino-americana com o cargo mais importante no governo dos Estados Unidos na história. Rubio nasceu em Miami em maio de 1971. É o terceiro de quatro filhos de Mario e Oriales, imigrantes cubanos que se mudaram para os Estados Unidos 25 anos antes de ele nascer em busca de oportunidades. Desde a infância, já falava sobre entrar na política. Segundo seu primo, o ex-senador de Nevada Moises (Mo) Denis, Rubio era questionador e dizia que queria ser presidente. "Os cubanos adoram falar de política sempre que a família se reúne. Ele costumava falar de política com o nosso avô", lembra. A chegada nos EUA não foi fácil, mas os pais de Rubio encontraram em Miami uma comunidade de cubanos que o ajudaram, como contou à BBC Radio 4 Nelson Diaz, amigo de Rubio há 30 anos. "Eles vieram para este país [EUA] sem nada e trabalharam em quantos empregos precisaram para garantir que seus filhos tivessem não apenas uma oportunidade melhor do que a deles, mas algo ainda muito melhor." Quando Rubio — ou Tony, como era chamado em casa — tinha 8 anos, sua família se mudou para Las Vegas. Lá, seu pai trabalhou como barman do Sam's Town Hotel, enquanto sua mãe trabalhava como camareira, limpando os quartos. Foi nessa época que Marco Rubio, que era católico, se tornou mórmon. E também fã da banda Osmonds, formada por uma família de mórmons. "Você tinha esse garoto de Miami, que estava cercado por cubanos católicos na Flórida. Eles foram para Las Vegas e ele se tornou um jovem mórmon incrivelmente entusiasmado, abraçou a fé e levou sua família à conversão", escreveu Manuel Roig-Franzia, autor da biografia The rise of Marco Rubio (A ascensão de Marco Rubio, em tradução livre para o português). Após seis anos em Las Vegas, a família Rubio retornou à Miami, e ele se converteu novamente ao cristianismo. Chefe da diplomacia americana já fez críticas a Lula, e é visto como linha-dura na política externa e parte da ala ideológica de Trump Joe Raedle/Getty Images A ascensão de Marco Rubio Rubio conseguiu ingressar na universidade graças a uma bolsa esportiva. Estudou Ciência Política e, logo depois, foi para a faculdade de Direito na Universidade da Flórida. Foi nesse período que ele e Nelson Diaz se conheceram, ambos voluntários da campanha presidencial do senador republicano Bob Dole em 1996. Foi também nessa época que ele ficou noivo de Jeanette, com quem se casou em 1998 e teve quatro filhos. No fim da década de 1990, Rubio decidiu concorrer a um cargo público — um papel discreto na política local — e serviu como membro da Comissão de Governo Municipal de West Miami. Logo em seguida, em 2000, disputou vaga na Câmara dos Deputados da Flórida, foi eleito e rapidamente ascendeu, se tornando presidente da Casa em 2005. Seu amigo Nelson Diaz tornou-se seu assessor político. Em 2010, Rubio arriscou alto: concorreu ao Senado contra o então governador da Flórida, o democrata Charlie Crist. Quando entrou na disputa, ele estava mais de 30 pontos atrás e quase desistiu, mas sua esposa, Jeanette, o convenceu a continuar. Rubio venceu a eleição e, com apenas 39 anos, tornou-se senador pela Flórida. No Senado, destacou-se inicialmente como especialista em política externa. Foi membro do Comitê de Relações Exteriores, se manifestando sobre conflitos internacionais, e um dos principais republicanos no Comitê de Inteligência do Senado. Em 2015, decidiu que iria concorrer à presidência dos EUA no ano seguinte. Sua campanha acabou marcada por fortes atritos com Trump, que também entrou na disputa e acabou conquistando a indicação republicana, sendo posteriormente eleito presidente. Após ataques pessoais nas primárias das eleições de 2016, Trump e Rubio se acertaram e passaram a ter um bom relacionamento Chip Somodevilla/Getty Images Dos atritos com Trump à nomeação como secretário Durante as primárias republicanas de 2016, Marco Rubio e Donald Trump travaram uma das disputas mais acirradas e pessoais da corrida presidencial. Em seus discursos, Trump atacava Rubio, a quem chamava de "Little Marco" (Pequeno Marco, na tradução para o português). Ele tem, segundo o The Washington Post, entre 1,73 metros e 1,78 metros. Rubio, por sua vez, não hesitou em responder de forma dura. "Ele vive me chamando de 'Little Marco'. E admito, o cara é mais alto do que eu — tem cerca de 1,88 m. Mas não entendo por que as mãos dele são do tamanho das de alguém com 1,57 m. Vocês já viram as mãos dele?", disse o então senador durante um discurso. Rubio também chegou a dizer que "estava cada vez mais difícil justificar apoio" a Trump em 2016 e que ele tinha transformado a eleição em um "circo". As ofensas da campanha foram deixadas para trás assim que Trump chegou à Casa Branca. Segundo analistas, eles teriam se reconciliado e passaram a se dar bem, trabalhando juntos em várias pautas importantes. Rubio apoiou Trump nas eleições de 2024, participou de comícios ao lado dele e, em novembro de 2024, foi escolhido pelo presidente eleito para ocupar um dos cargos mais altos em seu governo: Secretário de Estado. "Ele será um grande defensor do nosso país, um verdadeiro amigo dos nossos aliados e um guerreiro feroz que não recuará diante dos nossos adversários", disse Trump ao fazer o anúncio sobre Rubio, que respondeu: "Promoveremos a paz através da força". Críticas ao presidente Lula A indicação de Marco Rubio para negociar com o Brasil foi celebrada por aliados de Bolsonaro, que buscaram minimizar a aproximação entre Trump e Lula. "Nomear Marco Rubio como o homem de ponta de Trump é o caminho mais difícil para o Brasil — ele é um cético de longa data em relação a Lula e pode insistir em demandas relacionadas à Venezuela, China e muito mais", escreveu o brasilianista Brian Winter, editor da revista Americas Quarterly, na rede social X. Enquanto senador, Rubio fez críticas diretas ao presidente Lula e à relação do Brasil com a China e Venezuela. Em uma postagem em abril de 2023, ele sugeriu que Lula seria um "radical antiamericano" devido a uma visita do presidente brasileiro à empresa de tecnologia chinesa Huawei. Ele ainda questionou se Lula é um "aliado da democracia" após viagem à China. "Lula está pensando em si mesmo e no Brasil, mesmo que isso signifique se curvar ao regime genocida da China", disse em publicação no X. Rubio também disse que Lula era "o mais recente líder de extrema esquerda a encobrir a natureza criminosa do narcoregime de Maduro" devido a um encontro do presidente brasileiro com seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, em maio daquele mesmo ano. Em setembro 2024, Rubio voltou a citar o governo brasileiro por causa da suspensão do X no país. O bloqueio foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes após Elon Musk, dono do X, ter descumprido uma decisão judicial e durou cerca de 40 dias. Rubio disse que a medida, sob o governo Lula, "levantava sérias preocupações sobre a liberdade de expressão" no país. Quando Trump anunciou em seu discurso na Assembleia das Nações Unidas que havia se encontrado com Lula, trocado um abraço e que havia uma "química" entre eles, Rubio apareceu na transmissão com uma expressão particularmente séria, em contraste com os sorrisos e bom humor do presidente americano no momento. Ataques a Moraes em defesa de Bolsonaro O secretário de Estado americano também fez reiteradas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, chamando-o de "violador de direitos humanos". Moraes foi o relator da ação que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro por golpe de Estado. O processo foi usado como uma das justificativas dos EUA para aumentar as tarifas contra produtos brasileiros e impor sanções a autoridades brasileiras. Em 18 de julho, Rubio anunciou na rede social X que havia ordenado a revogação do visto de Moraes, além de seus familiares e aliados, para entrar nos EUA. O secretário do Estado justificou a medida dizendo que o ministro promovia uma política de "caça às bruxas" contra Bolsonaro que violava "direitos básicos dos brasileiros". Dias depois, o governo americano impôs novas sanções contra Moraes, utilizando a Lei Global Magnitsky. Na época, Rubio escreveu em sua rede social que a sanção era um "aviso para aqueles que atropelam os direitos fundamentais de seus compatriotas". A possibilidade de aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes já havia sido citada pelo secretário de Estado em maio. Após a condenação de Bolsonaro, Rubio declarou que o governo americano daria uma "resposta à altura" e novamente classificou o processo contra Bolsonaro como uma "caça às bruxas". "As perseguições políticas pelo violador de direitos humanos e alvo de sanções Alexandre de Moraes continuam, enquanto ele e outros ministros do Supremo Tribunal Federal do Brasil decidiram, de forma injusta, prender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos darão uma resposta à altura a essa caça às bruxas", afirmou o secretário de Estado em uma postagem no X. O Itamaraty respondeu à publicação dizendo que ameaças "não intimidarão" a democracia brasileira. Em uma entrevista à Fox News, o secretário de Estado americano voltou a atacar o STF e afirmou que a condenação de Bolsonaro era "apenas mais um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial que tentou atingir empresas americanas e até pessoas que operam a partir dos Estados Unidos." Uma semana após essas declarações, a mulher do ministro Alexandre de Moraes, a advogada Viviane Barci de Moraes, foi incluída na lista de sancionados com a Lei Magnitsky. Guerra Rússia-Ucrânia No passado, Rubio defendeu fortemente a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), as alianças tradicionais dos EUA e o livre-comércio — sendo duro com a Rússia e com o presidente Vladimir Putin. Ele sempre se posicionou a favor da Ucrânia e de uma conclusão rápida para a guerra. "Queremos ver esse conflito acabar, e isso exigirá algumas escolhas muito difíceis", disse Rubio em novembro, após a vitória eleitoral de Trump. Mas chamou de "hipérbole acreditar que os ucranianos vão esmagar completamente o exército russo". Desde que assumiu como secretário de Estado, alguns políticos o acusam de ter sacrificado seus princípios, abandonando antigas convicções para manter Trump satisfeito — adotando uma política mais amistosa com a Rússia, buscando um acordo nuclear com o Irã e criticando líderes europeus. Recentemente, em entrevista ao podcast The Megyn Kelly Show, Rubio afirmou que os EUA não estão abandonando seus aliados tradicionais, apenas se ajustando de uma mentalidade do pós-Guerra Fria às realidades da nova ordem mundial. "Porque somos a única potência do mundo, e assumimos essa responsabilidade de, de certo modo, nos tornarmos o governo global, tentando resolver todos os problemas. Mas eventualmente pode chegar o momento em que o mundo voltará a ser multipolar — com grandes potências em diferentes partes do planeta. É o que enfrentamos agora com a China e, em certa medida, com a Rússia." Cessar-fogo em Gaza Em relação à Gaza, Rubio chegou a se manifestar contra um cessar-fogo. Em 2023, quando questionado por ativistas no Capitólio se apoiaria o fim dos combates, ele disse firmemente que não. "Pelo contrário... quero que eles destruam todos os elementos do Hamas em que puderem colocar as mãos. Essas pessoas são animais cruéis que cometeram crimes horríveis." A intenção de Israel com seus combates, disse Rubio, é "destruir a organização terrorista para que ela nunca mais ameace o povo de Israel". Mas sua postura mudou como secretário de Estado. Durante o anúncio da primeira parte do acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel, na semana passada, Rubio elogiou os esforços de Trump e disse que o acordo teria "sido impossível" sem o presidente americano. China é uma 'grande ameaça' Rubio expressou posições linha-dura em muitas regiões do mundo, mas a China tem sido seu principal alvo. A China é "o maior e mais avançado adversário que os Estados Unidos já enfrentaram", disse ele em um artigo de opinião publicado no Washington Post em setembro. Ao discutir o plano "Made in China 2025" de Pequim, que busca modernizar seu setor manufatureiro, Rubio pediu que os EUA criassem uma nova política industrial para impedir que a China "eclipsasse completamente os Estados Unidos na década seguinte". "A questão é que os formuladores de políticas dos EUA não podem se dar ao luxo de ser complacentes com o maior e mais avançado adversário que os Estados Unidos já enfrentaram", escreveu Rubio. Ele também defendeu veementemente a independência de Taiwan. "A China comunista não é, e nunca será, amiga das nações democráticas", escreveu Rubio no X, antigo Twitter, em agosto de 2024. "A comunidade internacional deve continuar a apoiar Taiwan na defesa de sua soberania e liberdade." Nas primárias de 2016, Rubio protagonizou diversos embates com Trump, e chegou a dizer que ele transformou a eleição em um circo Justin Sullivan/Getty Images Candidato à Presidência em 2028? Dada sua ascensão dentro do governo e trajetória política, especula-se que Marco Rubio seja candidato à Presidência em 2028. Trump não pode concorrer de novo. No programa Meet the Press da NBC, em maio, o presidente americano chegou a mencionar seu chefe de Estado como possível sucessor. Para o autor da biografia de Rubio, Manuel Roig-Franzia, não há dúvidas que esse seja seu objetivo. "Acho que, desde o primeiro dia em que entrou na política, Rubio já se via no Salão Oval", disse à BBC Radio 4. "Isso sempre esteve lá, o impulsionando — desde sua trajetória na comissão da pequena cidade, passando pela legislatura da Flórida, até o Senado e agora o gabinete presidencial. É um caminho que ele traçou cedo e no qual ainda está."



Dia do Pão: padaria fatura R$ 2,4 milhões por ano com receitas que duram até 10 dias


16/10/2025 08:03 - g1.globo.com


Os segredos da padaria paulista que fatura R$ 2,4 milhões por ano Em uma movimentada região de São Paulo, uma padaria tem se destacado pela combinação entre tradição, inovação e gestão eficiente. Com faturamento anual de R$ 2,4 milhões, o negócio comandado por Girlane Tavares e Edvilson Santos é resultado de uma trajetória construída com conhecimento técnico, decisões estratégicas e envolvimento direto dos proprietários em todas as etapas da operação. A padaria produz semanalmente cerca de 1.200 kg de pão francês — o produto mais vendido — e outros 250 kg de pães variados. Apesar de simples na composição, o pão francês exige precisão no preparo. Temperatura ambiente, tempo de batida e fermentação são fatores que influenciam diretamente na textura e na crocância. “Um minuto a mais de batida já altera o resultado”, explica Edvilson, que acompanha pessoalmente o processo. A padronização é levada a sério. A equipe é treinada para seguir procedimentos rigorosos, e os donos fazem questão de participar da produção. “O proprietário precisa estar presente, inclusive na operação. Se a demanda está na copa, eu estou lá. Se é no balcão, também”, afirma. Edvilson cresceu em Pernambuco, onde o pão francês era considerado um item de luxo. A entrada no ramo da panificação veio por influência da cunhada, que sonhava em ter uma padaria. A primeira sociedade durou 12 anos, até que Girlane comprou a parte do cunhado. Desde então, ela e Edvilson passaram a tocar o negócio juntos. A atual padaria nasceu de um investimento de R$ 200 mil. No início, não havia equipe formada nem clientela. O crescimento foi gradual, com foco em ajustes internos antes de qualquer divulgação. Uma das decisões mais impactantes foi a compra de um estacionamento ao lado da padaria, com sete vagas. A medida aumentou significativamente o fluxo de clientes. “Padaria com ticket médio baixo precisa de volume. Sem gente dentro, não prospera”, afirma Edvilson. A fidelização também é resultado da constância na qualidade dos produtos. Alguns clientes frequentam o local mais de uma vez por dia, como Valdemiro Junior, que passa pela padaria pela manhã, no almoço e no fim da tarde. Entre as melhorias técnicas implementadas, está o desenvolvimento de receitas que aumentam a durabilidade dos pães embalados. Pães como brioche, australiano e de hambúrguer podem durar até dez dias, graças ao uso de enzimas no lugar de conservantes. “Sem enzima, duram no máximo cinco dias”, explica Edvilson. A experiência acumulada levou à criação de uma nova empresa, ainda em fase de legalização, voltada para o fornecimento de produtos de panificação a outras padarias, mercados e indústrias. A iniciativa inclui pré-misturas para pão de queijo e donuts, desenvolvidas desde o início da pandemia. A capacitação é parte essencial da rotina. Os proprietários participam de cursos e incentivam os colaboradores a fazerem o mesmo. “Quem quer prosperar com padaria precisa estudar, trabalhar muito e saber lidar com a equipe e com os clientes”, resume Girlane. Pão de sal, cacetinho ou pão francês Divulgação Panificadora Olivetanos 📍 Avenida Padres Olivetanos, 417 – Vila Esperança – São Paulo/SP 📞 (11) 2682-3304 📧 edvilson2@gmail.com 🌐 www.olivetanos.com.br 📘 Facebook: facebook.com/olivetanos 📸 Instagram: @padariaolivetanos



Do frigorífico à energia nuclear: conheça o império bilionário dos irmãos Batista


16/10/2025 07:01 - g1.globo.com


Irmãos Batista entram para o setor de energia nuclear e ampliam império Bilionários e donos de mais de 50 marcas em setores diversos, os irmãos Wesley e Joesley Batista deram mais um passo na ampliação do seu império: a J&F acaba de entrar no setor de energia nuclear com a compra de uma participação na Eletronuclear por R$ 535 milhões. A operação, anunciada na última quarta-feira (15) pela companhia, aumenta ainda mais a presença da J&F em diferentes mercados. Atualmente, a holding controlada pelos irmãos administra oito grandes negócios e reúne dezenas de marcas em setores variados, como o de proteínas animais, agronegócio, energia, comunicação e serviços financeiros. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja algumas das empresas ligadas aos irmãos Batista abaixo: Empresas ligadas aos irmãos Batista. Arte/g1 No centro do conglomerado está a JBS, uma das maiores empresas de processamento de carne do mundo. Com um valor de mercado estimado em cerca de R$ 70 bilhões, a empresa está listada na B3 e na Bolsa de Nova York. Não por acaso, o sucesso empresarial dos irmãos os coloca entre os bilionários brasileiros, com fortunas estimadas em US$ 4,3 bilhões (aproximadamente R$ 23,5 bilhões), segundo a Forbes. Expansão global da J&F A J&F nasceu em 1953, a partir de um pequeno açougue em Anápolis (GO), chamado "Casa de Carnes Mineira". A empresa foi fundada por José Batista Sobrinho — conhecido como Zé Mineiro, pai de Joesley e Wesley. A empresa iniciou suas atividades comprando e vendendo gado e, nas décadas seguintes, expandiu com matadouros e frigoríficos, sendo rebatizada para Friboi em 1975. A entrada da segunda geração da família, nos anos 1980, marcou uma nova fase de crescimento e profissionalização da companhia. Foi apenas nos anos 2000 que a empresa se consolidou como líder nacional em proteína bovina e iniciou sua expansão internacional com a compra da Swift Armour, na Argentina, seguida pela aquisição de seis frigoríficos no país vizinho nos dois anos seguintes. A expansão global continuou com aquisições nos Estados Unidos e na Europa, transformando a empresa em uma das maiores produtoras de proteína animal do mundo. Em 2007, a companhia passou a se chamar JBS e realizou sua abertura de capital (IPO), levantando R$ 1,6 bilhão. A partir de 2010, o grupo diversificou suas atividades, entrando nos setores financeiro, energético, de celulose, tecnologia e mineração. A holding também expandiu sua atuação no varejo, com a criação da Flora Higiene e Cosméticos. Atualmente, a J&F está presente em mais de 20 países, com destaque para a atuação da JBS. Veja abaixo: Infográfico - Mapa do império global da J&F Arte/g1 Escândalos políticos A trajetória dos irmãos Batista, no entanto, também é marcada por escândalos políticos. Em 2017, os irmãos revelaram em delação à Procuradoria-Geral da República (PGR) que haviam gravado o então presidente Michel Temer autorizando pagamentos para garantir o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após sua prisão na operação Lava Jato. Joesley também entregou ao Ministério Público Federal (MPF) uma gravação em que Aécio Neves (PSDB-MG) pede R$ 2 milhões para cobrir despesas com advogados que o defendiam em processos da Lava Jato. No auge do escândalo, os irmãos admitiram ter subornado cerca de 1.800 políticos. O faturamento do frigorífico saltou de R$ 4 bilhões em 2006 para R$ 170 bilhões em 2016. Os irmãos Batista se afastaram dos cargos de liderança da JBS durante o escândalo e foram posteriormente presos, acusados de negociar informações privilegiadas com base no acordo de delação. Mais tarde, acabaram absolvidos no processo. Em 2023, um ministro do Supremo Tribunal Federal suspendeu a multa aplicada à J&F no acordo de leniência, alegando que os promotores teriam agido de forma tendenciosa na época. O caso ainda aguarda uma análise mais ampla pelo tribunal. Irmãos goianos Joesley Batista e Wesley Batista estão na lista dos 10 maiores bilionários do Brasil, divulgada pela Forbes Divulgação/Forbes



Gado 'zero dentes': padrão buscado por compradores mundiais ganhou os pastos do ES


16/10/2025 07:01 - g1.globo.com


Cresce exportação de gado nelore no Espírito Santo Carne extremamente suculenta, macia e saborosa. É assim que a raça Nelore, responsável pela maior parte do gado de corte no Brasil, é descrita por produtores. Mas um dos fatores que ajudam a conferir essas características tão procuradas na carne bovina é a idade — ou, melhor, a pouca idade — do animal no abate. Conhecido como “zero dentes”, o gado precoce vem sendo um dos mais procurados por compradores mundiais. É considerado “gado zero dentes” o animal jovem, com todos os dentes de leite, com idade média de um ano e meio. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp 🐄 Gado zero dentes: É o animal jovem, que ainda não trocou nenhum dente de leite pelos dentes permanentes (incisivos). Em geral, tem até 1,5 ano de idade (dependendo da raça e da alimentação). Também é chamado de “boi dente de leite” ou “boi novo”. O pecuarista Victor Miranda — que administra uma fazenda em Jucu, zona rural de Vila Velha, na Grande Vitória, e há 25 anos investe na criação de Nelore — explica que, apesar da pouca idade do gado zero dentes, o melhoramento genético tem permitido conseguir animais mais pesados em menor tempo. “Quando nós olhamos a arcada dentária que é zero dentes, o peso que é muito importante. Há 5 anos demorava 5 anos para produzir de 15 a 16 arrobas. Hoje, em 18 meses, a gente produz um animal de 24 arrobas”, explicou Miranda. Gado Nelore é destaque por ter uma carne suculenta, macia e muito procurada por compradores exigentes Reprodução/ TV Gazeta 🐂 Gado nelore: 🌍 Origem: originário da Índia (região de Nellore), foi trazido ao Brasil no fim do século XIX. 🧬 Características: pelagem branca ou cinza, giba grande, orelhas pequenas, corpo forte e resistente. ☀️ Vantagens: suporta calor e seca, resiste a parasitas e doenças, tem boa reprodução e fácil manejo. 🍖 Uso: criado para produção de carne, produz cproduz carne magra e de boa qualidade. 🇧🇷 No Brasil: é o gado de corte mais comum do Brasil, base para cruzamentos (ex: Nelore x Angus). Em 2024, o Espírito Santo bateu recorde de exportações de carne bovina, com aumento de 32,7% nas receitas, somando US$ 27,2 milhões entre janeiro e dezembro, refletindo um movimento nacional de alta. Apesar do crescimento geral, a carne bovina de alta qualidade, como de gado zero dentes, ainda representa uma fatia menor do agronegócio local, mas que tem conquistado espaço nos mercados mais exigentes do mundo. LEIA TAMBÉM: Produção de caqui em meio a outras culturas ganha espaço nas lavouras e vira alternativa de renda de agricultores Produtor rural de 95 anos esbanja disposição para colher 8 sacas de café por dia e cuidar da roça no ES Produtor de café melhora qualidade do solo e zera uso de agrotóxico com técnicas sustentáveis no ES Rebanhos criados com manejo de qualidade e pastagens adubadas produzem uma carne nobre que cruza continentes, chegando às mesas da China e de países da Europa. Para manter a carne brasileira em alta no mercado internacional, é preciso continuar investindo em qualidade. Fazenda de gado de corte em Vila Velha, no Espírito Santo Reprodução/ TV Gazeta “Nós precisamos de qualidade em quantidade. E precisamos cada vez mais incentivar o pecuarista a produzir com qualidade. Um animal precoce, com o acabamento ideal, é o que permite exportar e ainda pagar melhor pela arroba aqui dentro”, defende Miranda. Para o secretário de Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli, pela limitação territorial do estado, o caminho da pecuária capixaba está no mercado de excelência. “O Espírito Santo é pequeno em área, mas tem destaque em qualidade. Ano passado, vencemos o concurso nacional de qualidade da carne Nelore. É a melhor carne do Brasil, e isso abre uma oportunidade ímpar de exportação”, falou. Segundo o pecuarista Victor Miranda, que também é presidente da Associação de Criadores de Nelore do Brasil, a escolha de raças, como a Nelore, bem adaptadas às condições do estado são fundamentais para tornar a produção viável e lucrativa. Fazenda de gado de corte em Vila Velha, no Espírito Santo Reprodução/ TV Gazeta A raça Nelore é uma das principais raças de gado de corte do Brasil, e a mais numerosa do país. Ela é originária da Índia, mas foi aperfeiçoada no Brasil, tornando-se símbolo da pecuária nacional. “Hoje somos os maiores exportadores e, no ano que vem, seremos os maiores produtores. Os Estados Unidos não têm como competir com o Brasil na questão ambiental, social e do clima. A raça Nelore se adaptou muito bem e é imbatível”, falou. Já para o governo, o foco é criar um ambiente de negócios favorável ao produtor: com infraestrutura rural, acesso a crédito com juros abaixo da Selic, investimentos nos Caminhos do Campo e incentivos à modernização das propriedades. Segundo Bergoli, os reflexos da exportação são sentidos também no mercado interno. “Ganha-se em qualidade. qualidade. Quem produz para o exterior acaba melhorando a carne que também fica aqui dentro. O consumidor brasileiro é exigente, e qualidade não é um custo adicional. É resultado de genética, animais precoces, bom acabamento e preço justo no abate. É um jogo em que todos ganham, produtores e consumidores”, completa. Gado Nelore é destaque por ter uma carne suculenta, macia e muito procurada por compradores exigentes Reprodução/ TV Gazeta Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo C Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo



Bezerro brasileiro gerado em laboratório nasce com ajuda de peixe do Ártico; entenda


16/10/2025 05:01 - g1.globo.com


Bezerro nasce em Pernambuco com uso de nova técnica Rafinha não é um bezerro comum. Ele é o primeiro no Brasil a nascer usando uma técnica de fertilização in vitro que utiliza proteína de um peixe do Ártico. O embrião que deu origem a Rafinha foi produzido no laboratório da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), no Recife, e permaneceu congelado por dois anos. Nesse período, os pesquisadores usaram uma proteína extraída do linguado do Ártico para proteger o embrião durante o congelamento. Depois, o embrião com o material genético escolhido foi transferido para Valentina, a vaca que o gestou, que foi a sua "barriga de aluguel". 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Desenvolvida pelo médico-veterinário Rafael Silva Júnior, a pesquisa levou quatro anos e promete reduzir em até 40% o custo da fertilização in vitro em bovinos. Saiba mais na reportagem completa acima. Bezerro Rafinha Reprodução/Globo Rural Leia também: Cavalo encontrado com perna em carne viva tem regressão de câncer após uso de maconha; entenda Horta comunitária criada por Zeca Pagodinho já distribuiu mais de 1 tonelada de alimentos: 'Dividir o que eu ganhei' O burro mais alto e o mais ‘orelhudo’ do mundo vivem lado a lado na Inglaterra



Tarifa de Trump trava exportações e força Brasil a buscar novos mercados; governo tenta reverter impasse nesta quinta


16/10/2025 03:01 - g1.globo.com


Itamaraty quer levar tarifas para negociação com Rubio, mas vê EUA focado em Lula e Trump A aproximação recente entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reacendeu a esperança de um novo acordo comercial entre os dois países, após mais de dois meses de sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros. A expectativa é que a reunião entre o secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, prevista para acontecer nesta quinta-feira (16), abra caminho para uma negociação das taxas, com um desfecho mais favorável para o Brasil. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Enquanto um novo acordo não é firmado, no entanto, as empresas brasileiras continuam a sentir o impacto das taxas — e seguem em busca de alternativas para lidar com o impasse comercial. Os efeitos das tarifas por aqui são diversos. No Ceará, por exemplo, fábricas precisaram cortar gastos enquanto procuram novos clientes na Europa e na Ásia para escoar seus produtos. Já em Minas Gerais, produtores perderam contratos com os EUA e enviaram amostras a empresas da Noruega e de Dubai, na tentativa de evitar prejuízos. Enquanto isso, as lagostas, tradicionalmente vendidas ao mercado norte-americano, permanecem estocadas, à espera de compradores na China. Esse cenário mostra que redirecionar exportações dos EUA para outros mercados não é uma tarefa simples — e, segundo especialistas consultado pelo g1, revela falhas na política de comércio exterior do Brasil, ainda vista como defasada. Entenda nesta reportagem a relação comercial entre o Brasil e os EUA, os motivos que têm dificultado a exportação para outros países por parte das empresas brasileiras e o que esperar da reunião prevista para esta quinta-feira (16). A relação comercial entre o Brasil e os Estados Unidos Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. E apesar das alegações de Trump de que o comércio com o Brasil é injusto para os EUA, a balança continua a pender a favor dos norte-americanos. Dados de setembro, por exemplo, indicam que o Brasil registrou um déficit de aproximadamente US$ 1,8 bilhão no mês passado — o nono mês consecutivo de saldo negativo na balança comercial brasileira. 🔎Déficit comercial significa que o Brasil importou mais produtos americanos do que exportou para os Estados Unidos. Para a economia brasileira, esse fato representa um cenário desfavorável. O número ainda representa uma queda de 20% das exportações brasileiras para os EUA: de US$ 3,23 bilhões em setembro de 2024 para US$ 2,58 bilhões, no mês passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A redução nas exportações para os Estados Unidos — parcialmente compensada pelo aumento das vendas para a China — está relacionada às tarifas mais elevadas impostas pelo governo norte-americano. Os produtos sujeitos à taxação representam cerca de 55% das exportações brasileiras para os EUA, o equivalente a US$ 22 bilhões. Entre eles, estão: café, carne, ferro e aço semimanufaturados e produtos manufaturados. Outros setores impactados incluem siderurgia, madeira, calçados, máquinas e pecuária — especialmente a carne bovina, que não conta com isenção tarifária. (Veja aqui os produtos isentos) O que dificulta a busca por novos mercados pelas empresas brasileiras? De maneira geral, o Brasil segue as políticas comerciais do Mercosul, que estabelece uma Tarifa Externa Comum (TEC) para todos os produtos vindos de fora do bloco. Essa taxa costuma variar de 0% a 20%, podendo chegar a 35% em casos excepcionais. Além disso, dados do Instituto Brasileiro de Comércio Internacional e Investimentos (IBCI) indicam que o Brasil mantém barreiras comerciais relativamente altas, com tarifas médias de 12%. Para efeito de comparação, antes do tarifaço de Trump, a tarifa média dos EUA era de 3%. O Índice de Abertura Comercial, criado pelo Banco Mundial para medir o quanto um país está conectado ao comércio internacional, ficou em 33,85% para o Brasil em 2023. O resultado foi superior ao dos EUA (25%), mas ainda abaixo da média da OCDE, da média mundial e da América Latina e Caribe. O índice compara o total de importações e exportações do país com o tamanho da sua economia (PIB). Veja abaixo: Os dados reforçam que, embora o Brasil tenha aumentado sua abertura comercial nas últimas décadas, a economia brasileira continua relativamente fechada e protege parte de sua produção em relação ao comércio internacional. Esse perfil mais protecionista do Brasil pode, por outro lado, diminuir a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. Segundo Sandra Rios, diretora do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes) e coautora do livro “Integração Comercial Internacional do Brasil”, o alto grau de proteção à produção doméstica tem dificultado uma maior integração do Brasil ao mercado global. “Isso acaba tornando nossos produtos industriais menos competitivos lá fora, porque as empresas estão acostumadas a competir apenas dentro do mercado interno”, afirma. Rios acrescenta que o país mantém uma rede limitada de acordos comerciais, tendo negociado poucos tratados em comparação com outros países — que, por sua vez, firmaram compromissos que garantem tarifas mais baixas e vantagens competitivas nos principais mercados. "Isso nos coloca em desvantagem". Os especialistas destacam, ainda, que a busca por novos destinos para exportação passa por um longo processo, que inclui um estudo prévio sobre a demanda, custos logísticos, normas tributárias e diferenças culturais, além de adaptações específicas para determinados setores, como o de alimentos. Segundo Claiton Alves Cunha, professor da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), até mesmo o tempo para acessar novos mercados varia: “Produtos perecíveis podem levar menos tempo, enquanto bens de maior valor agregado exigem meses ou até um ano”, explica. Além disso, empresas maiores também têm mais vantagem em novos mercados, pois contam com estruturas internacionais, enquanto médias e pequenas enfrentam processos mais lentos. O que podemos esperar das negociações entre Brasil e EUA? A reunião entre Rubio e Vieira marca a mais recente tentativa do governo brasileiro de reverter as sobretaxas dos EUA. A expectativa é que as duas autoridades e outros integrantes do governo norte-americano discutam os próximos passos da agenda comercial. Segundo Murillo Oliveira, especialista em comércio exterior e investimentos da Saygo Comex, as negociações entre Brasil e Estados Unidos devem se concentrar em dois pontos principais: o afastamento do Brasil em relação ao Brics e o comércio de terras raras — minerais essenciais para a indústria de semicondutores e de defesa. “Trump voltou a citar diretamente o Brics e deixou claro que quer ver o Brasil se distanciando do grupo e da moeda comum que vem sendo discutida”, afirmou. Segundo ele, essa pode ser uma exigência central dos Estados Unidos na reunião. “O governo brasileiro provavelmente terá de demonstrar algum sinal de afastamento da agenda geopolítica do Brics”, completou. TRUMP X BRICS: Entenda porque o bloco incomoda tanto o presidente dos EUA Já em relação às terras raras, Oliveira destaca a relevância do Brasil nas negociações, uma vez que o país possui a segunda maior reserva desses minerais no mundo, atrás apenas da China. "Como a China tem restringido exportações desses materiais, é provável que os EUA pressionem por algum tipo de favorecimento no acesso aos recursos brasileiros”, diz o professor. Os especialistas ainda destacam que, embora a Organização Mundial do Comércio (OMC) tenha um papel importante na intermediação das negociações entre Brasil e EUA, sua atuação tem alcance limitado. "A base de argumentação do Brasil se apoia em acordos assinados por todos os membros da OMC. Sobretaxas são permitidas, mas devem seguir critérios e estudos, o que não ocorreu”, afirma Stefânia Ladeira, gerente da Saygo Comex. “Mas mesmo que a decisão favoreça o Brasil, não há garantia de reversão das tarifas.” Já para José Roselino, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), mesmo que o Brasil tenha "todos os argumentos para vencer" a disputa comercial, o processo ainda pode levar anos para ser concluído. "A política tarifária dos EUA 'é irracional' e acaba empurrando parceiros estratégicos em direção à China. Essas ações reduzem a própria relevância dos EUA no comércio internacional", diz. Ainda assim, o encontro entre os dois países, marcado para esta quinta-feira (16), é visto com otimismo para o mercado — e a expectativa é por uma redução parcial das tarifas impostas pelos EUA. “Acho difícil voltar ao patamar anterior, mas é possível chegar a um meio-termo — algo em torno de 25% de tarifa. É uma estratégia típica de Trump: eleva as tarifas para forçar a contraparte à mesa de negociação e depois busca um acordo no meio do caminho”, avalia Oliveira. Próximos passos Os especialistas consultados pelo g1 também destacam a importância de o Brasil adotar uma política comercial mais estratégica, que amplie sua presença no mercado internacional. "O Brasil segue como um ponto fora da curva: nossas tarifas médias continuam altas e ainda usamos barreiras não tarifárias de forma mais intensa que outros países. Negociações levam anos para serem implementadas. O Brasil precisa de reformas internas para aumentar competitividade e abrir a economia", diz Rios, do Cindes. A diretora ainda destaca a importância da decisão do governo brasileiro de recorrer à OMC contra os EUA poucos dias depois que as taxas entraram em vigor. Ela reforça a necessidade de avançar no acordo Mercosul-União Europeia e em novas frentes de negociação. “Sem mudanças na visão das políticas comerciais e industriais, é improvável que o Brasil avance de forma expressiva”, avalia. Além disso, o Acordo Mercosul-EFTA, assinado ainda no mês de setembro, também abre oportunidades em países europeus que não fazem parte do bloco da União Europeia. Divulgação



Mega-Sena pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira


16/10/2025 03:01 - g1.globo.com


Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio O concurso 2.928 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 40 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (16), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última terça (14), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.



Controladora da Gol anuncia intenção de abrir capital nos EUA


15/10/2025 22:31 - g1.globo.com


Gol anuncia desistência de negociações para fusão com a Azul A holding Abra, controladora da companhia aérea Gol, anunciou nesta quarta-feira (15) que pretende fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. A companhia afirmou em comunicado que pretende enviar à SEC — órgão fiscalizador dos mercados norte-americanos — um pedido confidencial prévio para um possível IPO. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A realização de uma eventual transação dependerá de condições que incluem fatores favoráveis de mercado e a conclusão da revisão do pedido, acrescentou. Além da Gol, a Abra também controla a companhia aérea de origem colombiana Avianca. "A Abra Group Limited anunciou hoje sua intenção de submeter, de forma confidencial, à SEC um rascunho de declaração de registro no Formulário F-1 referente a uma potencial oferta pública inicial de suas ações ordinárias nos Estados Unidos", afirmou a empresa no breve comunicado ao mercado, que não traz detalhes sobre a operação pretendida. O anúncio ocorre dois dias após a Gol anunciar que vai propor aos acionistas uma reorganização societária que pode culminar com o fechamento do capital da empresa e a saída da companhia do nível 2 de governança da B3, a bolsa brasileira. A Abra foi criada em 2022 a partir de acordos entre os principais acionistas da Avianca e o acionista controlador da Gol, a família brasileira Constantino. A empresa tem como presidente-executivo Adrian Neuhauser, oriundo da Avianca, e Constantino de Oliveira Júnior, que fundou a Gol em 2001, como presidente. O anúncio desta quarta-feira também veio depois que a Abra encerrou no final de setembro discussões para uma combinação de negócios entre Gol e Azul, após meses de negociações. Na ocasião, a Abra afirmou que o fim das discussões ocorreu em parte porque os entendimentos iniciais para um possível negócio entre as empresas ocorreram "em outro cenário e em outro momento das empresas, que não é mais o mesmo". Gol Linhas Aéreas Divulgação/Gol Linhas Aéreas



Argentina espera receber socorro de US$ 20 bilhões dos EUA em até duas semanas, diz Caputo


15/10/2025 21:16 - g1.globo.com


Trump condiciona ajuda de US$ 20 bilhões para Argentina à vitória de Javier Milei O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, afirmou nesta quarta-feira (15) que espera implementar “muito em breve” o acordo que definirá os termos de uma linha de swap cambial de US$ 20 bilhões entre os Estados Unidos e o Banco Central argentino. Caputo declarou que a intenção é colocar o apoio financeiro dos norte-americanos em prática nas próximas duas semanas, antes das eleições legislativas de meio de mandato na Argentina, previstas para o final deste mês. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O presidente Javier Milei tenta ampliar sua base no Congresso argentino na votação de 26 de outubro, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, indicou que seu apoio ao país está condicionado ao desempenho de Milei, seu aliado ideológico. “Esperamos muito em breve poder executar o acordo e o quadro que definirá os termos do swap”, disse Caputo durante um painel do Atlantic Council, ao lado do presidente do Banco Central, Santiago Bausili. 🔎 O swap cambial é uma troca temporária de moedas entre países, usada para reforçar as reservas internacionais e proporcionar maior estabilidade à economia local. É uma forma de obter liquidez em moeda estrangeira sem recorrer a empréstimos tradicionais. Após um prazo determinado, cada país devolve a moeda recebida, com ajustes de juros ou câmbio. Na prática, a medida ajuda a Argentina, que enfrenta escassez de reservas em dólar. Apesar do apoio de Trump a Milei, uma recente eleição local em Buenos Aires terminou com ampla vitória da oposição, de perfil mais voltado ao social. O presidente argentino tem promovido um programa rigoroso de austeridade e propõe uma redução significativa do tamanho do Estado como solução para os desafios econômicos do país. O anúncio de Trump de que o apoio financeiro dos EUA dependeria do resultado da votação abalou o mercado argentino nesta semana. Nesse cenário, Luis Caputo afirmou que, independentemente do resultado da eleição, as políticas da gestão Milei continuariam as mesmas. Ele acrescentou que o governo está trabalhando em outras opções financeiras, que ainda não pode divulgar. Segundo Caputo, empresas americanas teriam prometido informalmente investir bilhões de dólares durante reuniões recentes. A linha de swap foi criticada por alguns opositores nos EUA, que a classificaram como um “resgate”, em razão da concorrência argentina na venda de soja para a China. Em resposta, Bausili afirmou que o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, deixou claro que a linha de swap é independente de qualquer acordo com a China. Apoio de até US$ 40 bilhões Scott Bessent afirmou que os EUA voltaram a comprar pesos argentinos no mercado aberto na quarta-feira. Ele também revelou que o governo Trump está trabalhando com bancos e fundos de investimento para criar uma linha de crédito de US$ 20 bilhões destinada a investir na dívida soberana da Argentina. Segundo Bessent essa linha funcionará em paralelo ao swap cambial de US$ 20 bilhões, oferecendo um apoio total de US$ 40 bilhões à terceira maior economia da América Latina. O secretário do Tesouro norte-americano não detalhou a nova compra de pesos argentinos. A primeira aquisição da moeda foi anunciada pelos EUA em 9 de outubro. Em entrevista a jornalistas, Bessent declarou que os EUA continuarão apoiando financeiramente a Argentina enquanto o governo de Javier Milei mantiver “boas políticas”, independentemente do resultado das eleições parlamentares de 26 de outubro. A declaração veio após o presidente Donald Trump afirmar que os EUA “não perderiam tempo” com a Argentina caso o partido de Milei perdesse as eleições. Bessent acrescentou que o apoio do governo Trump à Argentina “não é específico à eleição”. No entanto, afirmou que uma vitória do partido de Milei, La Libertad Avanza, garantiria ao presidente argentino uma maioria suficiente para vetar políticas que busquem reverter sua agenda de austeridade fiscal e reformas de livre mercado, em uma economia marcada por crises recorrentes. “É específico às políticas. Portanto, enquanto a Argentina continuar adotando boas políticas, contará com o apoio dos EUA”, disse Bessent. * Com informações da agência de notícias Reuters Trump recebe Milei pela primeira vez na Casa Branca Jonathan Ernst/Reuters



Correios: queda nas receitas, gastos com pessoal e modelo de negócios levam à derrocada financeira


15/10/2025 20:10 - g1.globo.com

Correios anunciam plano de recuperação Falta de receita e aumento de gastos com pessoal são alguns dos fatores que explicam a derrocada financeira dos Correios. Nesta quarta-feira (15), a estatal anunciou que busca R$ 20 bilhões em financiamentos para tentar conter a pior crise de sua história recente. O pedido de crédito ocorre após a divulgação de um prejuízo de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, o maior em oito anos. Segundo a empresa, o dinheiro será usado para reforçar o caixa, modernizar a infraestrutura logística e quitar dívidas judiciais e trabalhistas. A captação deve envolver organismos internacionais e bancos públicos. Despesas em alta Entre janeiro e junho, as despesas administrativas chegaram a R$ 3,4 bilhões, alta de 74% em relação ao mesmo período do ano passado. Os gastos incluem reajustes salariais concedidos a 55 mil funcionários, precatórios e dívidas trabalhistas. Além disso, o caixa da estatal encolheu de R$ 2,9 bilhões em 2023 para apenas R$ 126 milhões em 2025, o que levou a atrasos em repasses a fornecedores, transportadoras e no plano de saúde dos empregados. Queda nas receitas Enquanto as despesas subiram, a receita despencou mais de R$ 1 bilhão no semestre. A principal queda ocorreu nas encomendas internacionais, cuja arrecadação caiu 62% — de R$ 2,1 bilhões para R$ 815 milhões. O resultado foi impactado pela “taxa das blusinhas”, que passou a tributar compras estrangeiras de até US$ 50 e reduziu o volume de postagens vindas do exterior. No balanço, os Correios afirmam que enfrentam “restrições financeiras decorrentes de fatores externos que afetaram diretamente a geração de receitas”. Plano de recuperação Para tentar reverter o cenário, a empresa lançou em maio um plano de recuperação financeira, que prevê corte de custos e diversificação das fontes de receita. As medidas incluem: ▶️redução de 20% dos cargos comissionados; ▶️Programa de Desligamento Voluntário (PDV); ▶️suspensão temporária de férias; ▶️redução de jornada de trabalho; ▶️venda de imóveis ociosos; ▶️criação de um marketplace próprio ainda em 2025. A estatal espera economizar até R$ 1,5 bilhão e aumentar a receita com novos serviços e parcerias comerciais. Resistência dos sindicatos As medidas enfrentam resistência de entidades sindicais, que pedem garantias trabalhistas e mais diálogo com a gestão. A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) solicitou que o PDV não provoque déficit de pessoal e que a suspensão de férias seja discutida regionalmente. A entidade também cobra garantias de retorno à jornada integral para empregados que aderirem à redução de horas. Situação crítica Mesmo com o plano de recuperação, a estatal acumula 11 trimestres consecutivos de prejuízo e depende da injeção de recursos externos para manter as operações em 2026. Internamente, técnicos admitem que a situação exige revisão estrutural do modelo de negócios, já que a combinação de queda nas receitas e aumento nos custos ameaça a sustentabilidade da empresa a médio prazo.



Embraer fecha contrato avaliado em R$ 9,8 bilhões com empresa holandesa para venda de 20 aviões comerciais


15/10/2025 18:53 - g1.globo.com


Embraer entrega 62 aviões no 3º trimestre de 2025 A Embraer anunciou nesta terça-feira (14) a venda de 20 jatos comerciais do modelo E195-E2 para a empresa holandesa TrueNoord, em um contrato avaliado em US$ 1,8 bilhões — cerca de R$ 9,8 bilhões na cotação atual. O contrato também inclui a opção de compra de mais 30 aeronaves, sendo 20 novos E195-E2 e dez novos E175-E1. O cronograma de entregas não foi divulgado. Segundo a Embraer, este é o primeiro pedido direto da TrueNoord a uma fabricante de aeronaves. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp O E195-E2, modelo escolhido pela empresa, é o maior avião comercial já produzido pela Embraer. Ele pertence à nova geração de jatos E-Jets, lançada em 2016, e pode ser configurado com até 120 assentos em duas classes ou 146 em classe única. Ainda segundo a Embraer, a TrueNoord é uma companhia especializada em leasing de aeronaves regionais, alugando os aviões para companhias aéreas, por exemplo, em períodos de alta demanda. A frota da empresa é composta, majoritariamente, por aviões com capacidade de 50 a 150 assentos. Atualmente, a TrueNoord possui uma frota com mais de 100 aeronaves que são alugadas para 30 operadores em 24 países. Com sede em Amsterdã, a TrueNoord também possui escritórios em Dublin, Londres e Singapura. Embraer fecha contrato avaliado em R$ 9,8 bilhões para venda de 20 aviões comerciais a empresa holandesa Divulgação/Embraer Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina



Tesla pede que Suprema Corte de Delaware restabeleça pagamento de US$ 56 bilhões de Musk


15/10/2025 18:03 - g1.globo.com


O advogado da Tesla defendeu nesta quarta-feira, na Suprema Corte de Delaware, que o pacote de remuneração de US$ 56 bilhões de Elon Musk deveria ter sido restaurado pela votação dos acionistas realizada no ano passado. Uma das maiores disputas corporativas chegou à fase final após um juiz de primeira instância anular, em janeiro de 2024, a remuneração recorde do presidente-executivo da Tesla. A Tesla também recorreu da decisão do tribunal de primeira instância que considerou inválida a votação dos acionistas que buscava restaurar o pacote de remuneração. “Esse foi o voto mais bem informado de acionistas na história de Delaware”, afirmou Jeffrey Wall, advogado da Tesla. “Reafirmar esse resultado encerraria o caso.” Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O desfecho do caso pode ter impactos significativos para o Estado de Delaware, sua influente legislação corporativa e a Corte de Chancelaria — antes um foro preferido para disputas comerciais, mas recentemente criticado por suposta hostilidade a grandes empresários. A decisão da Corte de Chancelaria que anulou a remuneração de Musk se tornou um símbolo para os críticos do sistema de Delaware. A chanceler Kathaleen McCormick concluiu que o conselho da Tesla não era independente de Musk ao aprovar o pacote de remuneração em 2018 e que os acionistas careciam de informações essenciais ao votarem favoravelmente. Por isso, aplicou um critério jurídico mais rigoroso e classificou a remuneração como injusta para os investidores. Musk não compareceu à audiência, realizada em um tribunal especial para acomodar as 65 pessoas presentes, a maioria delas advogados. Os réus — atuais e ex-diretores da Tesla — negaram qualquer irregularidade e afirmaram que McCormick interpretou de forma equivocada os fatos e a legislação. Empresas trocam de domicílio legal Em Dover, Delaware, a Tesla argumentou que os cinco juízes da corte superior tinham três opções para reverter a decisão do tribunal inferior. Uma possibilidade seria concluir que Musk, dono de 21,9% das ações da Tesla em 2018, não controlava as negociações salariais e que os acionistas estavam plenamente informados ao aprová-las. Outra opção seria considerar que a anulação do pagamento foi inadequada, pois não revogava o trabalho de Musk nem os ganhos obtidos pelos acionistas. Também poderiam entender que a votação do ano passado mostrou a vontade dos acionistas de manter o acordo, mesmo com falhas legais. “Em 2024, os acionistas sabiam exatamente o que estavam aprovando”, afirmou Wall. Depois da decisão sobre a remuneração de Musk, empresas como Tesla, Dropbox e a gestora Andreessen Horowitz transferiram seus domicílios legais para o Texas ou Nevada, estados cujos tribunais tendem a ser mais favoráveis aos diretores. O movimento, apelidado de “Dexit”, levou parlamentares de Delaware a reformular a legislação societária do estado. Mesmo que Musk perca a apelação, ainda receberá dezenas de bilhões de dólares em ações da Tesla. Em agosto, a empresa concordou com um plano de substituição caso o de 2018 não fosse restabelecido, o que pode gerar mais de US$ 25 bilhões em encargos contábeis. Segundo a Tesla, o novo pacote visa manter Musk engajado na transição da empresa para a robótica e a direção autônoma. O bilionário chegou a mencionar, no início do ano, que pretendia formar um novo partido político nos Estados Unidos. Atualmente incorporada no Texas, a Tesla está em um estado onde é muito mais difícil para acionistas contestarem decisões do conselho. Tesla propõe novo plano de remuneração No mês passado, o conselho da Tesla apresentou um plano de remuneração de US$ 1 trilhão, demonstrando confiança na capacidade de Musk de liderar a empresa em nova fase, apesar da perda de espaço para concorrentes chineses e da queda na demanda por veículos elétricos. Os juízes também avaliam a apelação sobre a remuneração e a taxa legal de US$ 345 milhões que McCormick determinou que a Tesla pagasse aos advogados de Richard Tornetta — acionista que possuía apenas nove ações quando moveu o processo para barrar o acordo. A decisão final pode levar meses. Em 2018, a Tesla estimou que o plano de opções valeria US$ 56 bilhões se as metas operacionais e financeiras fossem cumpridas — o que acabou ocorrendo. Com a valorização das ações, as opções hoje somam cerca de US$ 120 bilhões — a maior remuneração executiva da história. Musk segue como o homem mais rico do mundo, com fortuna estimada em US$ 480 bilhões, segundo a Forbes. Os diretores alegaram que a chanceler deveria ter aplicado o padrão de “juízo empresarial”, que protege executivos de reavaliações judiciais sobre decisões de gestão. Os diretores afirmaram que ela deveria ter analisado o pacote de remuneração de acordo com o padrão de "juízo empresarial", que protege os diretores de uma segunda avaliação pelos tribunais. Os diretores sustentam há anos que o pacote atingiu seu objetivo: atrair e reter Musk, que transformou a Tesla de uma startup em uma das empresas mais valiosas do mundo. Elon Musk em foto de setembro de 2025 AP Photo/Julia Demaree Nikhinson



Biocombustível: vendas de etanol aumentam em outubro, mas cotação segue estável, aponta USP


15/10/2025 16:35 - g1.globo.com


Etanol Reprodução Com demanda aquecida, o volume de etanol hidratado vendido pelas usinas paulistas quase dobrou no fim no início de outubro na comparação com a semana anterior, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o campus da USP em Piracicaba (SP). Os preços, contudo, seguem estáveis no spot paulista no período. Veja cotações, abaixo e entenda movimento no mercado desde maio deste ano, na reportagem. "Os valores ofertados por usinas para novos lotes atraíram distribuidoras. Ressalta-se que, nos últimos três anos, a quantidade comercializada de hidratado cresceu de setembro para outubro", reforçam os pesquisadores do Cepea. "Neste ano, especificamente, compradores também estão atentos aos menores estoques nas usinas frente aos de 2024, contexto que pode estar estimulando os negócios neste mês", completam. Cotações estáveis Apesar do cenário de maior liquidez, levantamentos do Cepea mostram que as cotações seguiram estáveis no spot paulista. Os indicadores apontam ainda pequeno recuo nos preços, depois de altas registradas em setembro de 2025. Veja, abaixo. ⛽Entre 6 e 10 de outubro, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado para o estado de São Paulo fechou em R$ 2,7156 o litro, já livre de impostos como ICMS e PIS/Cofins, pequeno recuo de 0,4% sobre o período anterior. ⛽Para o anidro, a variação foi negativa em ligeiro 0,36%, com o Indicador Cepea/Esalq a R$ 3,1126 o litro, valor líquido de impostos. Etanol hidratado O movimento de sete altas consecutivas no preço do etanol hidratado começou a perder força na primeira semana de setembro em São Paulo. A demanda reduzida pelo biocombustível explicava a interrupção nos reajustes nas cotações, segundo o Cepea. O indicador Cepea/Esalq do hidratado fechou em R$ 2,7813 o litro, sem ICMS e PIS/Cofins, entre os dias 8 e 12 de setembro. O valor equivale à desvalorização de 0,06% frente ao período anterior. Do lado vendedor, a participação foi tímida, com vendas pontuais. "As distribuidoras realizaram pequenas aquisições fora do mercado paulista. Inclusive, o volume de hidratado captado no spot ao longo da última semana foi o menor da safra 2025/26. No comparativo anual, a quantidade negociada caiu pela metade, uma redução de 48,4%", aponta o Cepea. Anidro segue firme O levantamento do Cepea mostra também que os preços do etanol anidro seguem firmes, mas o volume comercializado também foi restrito. O Indicador Cepea/Esalq fechou a R$ 3,274 o litro, sem considerar os impostos. Uma alta de 2,85%. Quanto às exportações, em agosto, o total de etanol embarcado pelo Brasil somou 178,6 milhões de litros, 2,74% a mais que no mês anterior e se caracterizando como um recorde, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea. Cultivo da cana-de-açúcar no interior de São Paulo Claudia Assencio/g1 Agosto e setembro Em setembro, o Indicador Cepea/Esalq mensal do etanol hidratado fechou a R$ 2,7583/litro, uma alta de 3,25% na comparação com agosto deste ano. Para o anidro (modalidade spot e contratos), a elevação foi de 4,33% no mesmo comparativo, com o Indicador a R$ 3,0999/litro. Em relação a setembro de 2024, na comparação anual, o Indicador do hidratado se valorizou 10% e o do anidro, 7,32%, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-M de setembro). "As negociações seguiram limitadas em setembro. Compradores mostraram menor interesse frente ao atual cenário de fraco desempenho das vendas dos biocombustíveis no segmento varejista. Na posição dos vendedores, alguns participaram de maneira mais efetiva, mas boa parte continua fora do mercado spot", afirma o Cepea. Julho: menor volume de vendas O volume de etanol hidratado - álcool comum utilizado para abastecimento de veículos - vendido na primeira semana de julho no Estado de São Paulo foi o menor da safra 2025/26, que começou em 1º de abril deste ano. A quantidade, em litros, foi de quase 20 milhões a menos, representando uma queda de 40,4% quando comparado ao período anterior. Etanol: entenda o que faz movimento de quedas nos preços do biocombustível perder força O Cepea aponta que os compradores de etanol se mantiveram abastecidos com as compras feitas em semanas anteriores e, por isso, se afastaram do mercado, que é quando a entrega da mercadoria é imediata com pagamento à vista. Já os agentes de usinas, por outro lado, guiados pelos estoques de combustível reduzidos, mantiveram os valores pedidos na maior parte dos casos. 📄LEIA MAIS Etanol: entenda o que faz movimento de quedas nos preços do biocombustível perder força Queda nos preços perdeu força em junho O preço do etanol hidratado registrou quinto período de queda consecutivo no mercado spot do estado de São Paulo, quando a entrega da mercadoria é imediata com pagamento à vista, na primeira quinzena de junho de 2025. 📉De 9 a 13 de junho, o Indicador Cepea/Esalq, o etanol hidratado fechou em R$ 2,5 o litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), ligeira queda de 0,35% frente ao do período anterior. O Indicador Cepea/Esalq do etanol anidro fechou a R$ 2,9 o litro, no valor líquido. Pesquisadores do Cepea indicam, porém, que o movimento de recuo no valor do biocombustível perdeu a força. "Isso porque muitos vendedores estiveram mais firmes nos preços pedidos". Gasolina ou etanol? Saiba como escolher o combustível mais vantajoso 🌧️As chuvas em regiões produtoras dificultaram as atividades agrícolas e, consequentemente, a moagem nas indústrias, contexto que reduziu o volume disponível no spot na época. ✈️A valorização do petróleo no mercado internacional e o aquecimento da demanda, diante da proximidade do feriado desta semana, também deram certa sustentação aos preços do etanol no spot paulista. Preço do etanol é o mais alto para o mês de setembro desde 2021 no estado de São Paulo Maio: maior queda da safra Levantamento do Cepea mostrou que o preço do etanol hidratado caiu com mais força na última semana de maio devido ao aumento da oferta. As chuvas registradas em algumas regiões de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul paralisaram pontualmente as atividades nas unidades industriais, mas com pouco efeito sobre as cotações. De modo geral, pesquisadores do Cepea explicam que a postura de demandantes foi de cautela. Em especial no fechamento do mês, as filas de retiradas de etanol nas usinas diminuíram. De 26 a 30 de maio, o indicador Cepea do hidratado fechou em R$ 2,6100 o litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 2,83% no comparativo ao período anterior – foi a maior queda da safra 2025/26. Para o anidro, o indicador Cepea/Esalq caiu 1,62%, a R$ 3,0564/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba



Correios vão ao mercado em busca de empréstimo de R$ 20 bilhões para equilibrar contas e retomar operações


15/10/2025 15:51 - g1.globo.com


Presidente dos Correios diz que estatal "não se adaptou à nova realidade". Os Correios anunciaram nesta quarta-feira (15) que estão negociando com bancos para uma tomada de empréstimo de R$ 20 bilhões para conseguir lidar com a falta de dinheiro em caixa, que vem afetando a empresa desde 2024. A medida será parte da reestruturação financeira da empresa. 📢O anúncio foi feito pelo presidente Emmanoel Schmidt Rondon, que está no cargo há menos de um mês. Ele informou que o contrato de crédito ainda não foi fechado, e está na fase de negociação. “A gente precisa recuperar a liquidez da empresa para que a gente possa, por exemplo, ter capacidade de pagar o Plano de Demissão Voluntária (PDV). Estamos fazendo uma operação com bancos para a realizar uma operação de tomada de recursos”, afirmou o presidente. 📉Em setembro, a empresa anunciou o resultado do primeiro semestre de 2025 e apresentou um prejuízo de R$ 4,3 bilhões. Em 2024, o prejuízo no mesmo período tinha sido de R$ 1,3 bilhão. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Durante o ano de 2024, os Correios utilizaram R$ 2,9 bilhões do dinheiro que estava no caixa e em aplicações financeiras, totalizando 92% do total que estava aplicado em 2023. Paliativamente, ainda na gestão do ex-presidente Fabiano Silva, a empresa tomou empréstimo de R$ 1,8 bilhão, para aplicar no fluxo de caixa operacional, que estava abaixo das necessidades. Essa escassez de recursos fez com que neste ano os Correios atrasassem repasses e pagamentos aos envolvidos no processo de geração de receita da empresa. “O que aconteceu de fato aqui, é que a nossa empresa não se adaptou de uma forma ágil a uma nova realidade e essa falta de adaptação fez com que a gente sofresse no resultado, com falta de caixa”, afirmou Rondon. ✉️Com isso, desde o começo de abril, transportadoras que prestam serviço para os Correios estão paralisadas ou trabalhando em um ritmo mais lento – o que resulta em uma demora maior para o envio e entrega de encomendas. No começo do ano, a empresa também atrasou o repasse da comissão das agências conveniadas – que prestam serviço de recebimento e despacho de encomendas. Outro serviço afetado foi os repasses da mantenedora ao plano de saúde dos funcionários, que acabou sendo prejudicado fazendo com que algumas redes hospitalares suspendessem atendimentos. Em um trecho das notas explicativas apresentadas junto às demonstrações financeiras, a empresa até aponta que não está fazendo os pagamentos conforme o acordo firmado, mas sim conforme "disponibilidades financeiras". Os Correios informaram que o novo plano de medidas se divide em três grupos: Corte de despesas operacionais e administrativas; Busca pela diversificação de receitas, com recuperação da capacidade de geração de caixa; Recuperação da liquidez da empresa. Para atender ao primeiro grupo, Rondon informou que será aberto um novo Plano de Demissão Voluntária (PDV) dos funcionários para equilibrar as contas. Mas o presidente dos Correios não entrou em detalhes sobre como o programa será feito. Em maio, a empresa encerrou outro PDV, que teve uma adesão de 3.500 funcionários, segundo o presidente. A empresa também colocará à venda imóveis ociosos e buscará por renegociação dos contratos com os maiores fornecedores, “sem colocar em risco a segurança jurídica das operações”, que por vários momentos foram paralisadas em função de atrasos. O presidente dos Correios também pontuou que a empresa vai buscar ampliar a receita da empresa por meio de novos produtos, que não foram detalhados. E o terceiro tópico é a busca pelo empréstimo de R$ 20 bilhões, que aliviará o caixa da empresa entre 2025 e 2026, ajudando na reestruturação a longo prazo. Apesar de ser um novo anúncio, todas as medidas informadas já estavam sendo adotadas pela gestão anterior dos Correios, mas ainda não se sabe os impactos que tiveram desde que anunciadas em maio. Obrigações atrasadas Em julho, os Correios formalizaram o adiamento no pagamento de diversas obrigações, que somam R$ 2,75 bilhões. A medida foi tomada para tentar preservar a liquidez e reequilibrar o fluxo de caixa da estatal, que acumula 12 trimestres seguidos de prejuízo. O g1 teve acesso a um documento interno dos Correios em que a gestão financeira admite a decisão de postergar pagamentos “para preservar a liquidez e reequilibrar a estrutura do fluxo de caixa”, após meses seguidos de déficit. Entre os pagamentos suspensos estavam repasses ao plano de saúde Postal Saúde, ao fundo de pensão Postalis, ao programa Remessa Conforme, além de dívidas tributárias e obrigações com fornecedores. Veja a lista de valores adiados: INSS Patronal – R$ 741 milhões Fornecedores – R$ 652 milhões Postal Saúde – R$ 363 milhões Remessa Conforme – R$ 271 milhões Vale-alimentação/refeição – R$ 238 milhões PIS/Cofins – R$ 208 milhões Postalis – R$ 138 milhões Franqueadas – R$ 135 milhões Segundo a própria estatal, 53% da dívida refere-se a valores cujo atraso gera multa e juros, mas não interrompe diretamente as operações, como é o caso de tributos e repasses aos planos dos empregados. Durante a entrevista coletiva, o presidente foi questionado sobre a situação e os valores atualizados das dívidas da empresa, mas ele não entrou em detalhes em função de sigilo de negociação com os credores. Reestruturação de maio Após anunciar prejuízo no primeiro trimestre deste ano, os Correios buscaram uma alternativa para tentar amenizar a situação econômico-financeira da empresa e criou as seguintes medidas para conteção de gastos: ➡️ Revisão da estrutura dos Correios Sede: redução de pelo menos 20% do orçamento de funções (redução dos cargos comissionados); ➡️ Incentivo à redução da jornada de trabalho: diminuição do horário de trabalho para 6 horas diárias e 34h semanais. Atualmente, são 8h diárias e 44h semanais. ➡️ Suspensão temporária de férias: a partir de 1º de junho de 2025, referente ao período aquisitivo deste ano. As férias voltarão a ser usufruídas a partir de janeiro de 2026; ➡️ Prorrogação das inscrições para o Programa de Desligamento Voluntário (PDV): até 18 de maio de 2025, mantendo os atuais requisitos de elegibilidade; ➡️ Incentivo à transferência, voluntária e temporária, de agente de correios: o pagamento do adicional de atividade será o mais vantajoso para empregados; ➡️ Convocação para o retorno ao regime de trabalho presencial: todos os empregados devem retornar ao trabalho presencial a partir de 23 de junho de 2025, com exceção daqueles protegidos por decisão judicial; ➡️ Lançamento de novos formatos de planos de saúde: a escolha da rede credenciada será dialogada com as representações sindicais. A economia estimada será de 30%; ➡️ Lançamento do marketplace próprio ainda em 2025; ➡️ Captação de R$ 3,8 bilhões com o New Development Bank (NDB), para investimentos internos. ➡️ Compartilhamento de unidades operacionais ➡️ Venda de imóveis ociosos ➡️ Redução de custos com manutenção ➡️ Otimização da malha operacional e logística ➡️ Revisão de contratos nas 10 maiores Superintendências Estaduais ➡️ Reestruturação da rede de atendimento ➡️ Aprimoramento da malha de transporte aéreo e terrestre Entretanto, como são medidas tomadas no decorrer do ano da empresa, nem todas elas foram sentidas. Durante a coletiva de imprensa, o atual presidente ponderou que as ações foram emergenciais, sem impacto reestruturante na empresa, e que as novas medidas que serão tomadas devem ter um efeito mais duradouro. “Não temos o impacto total que as medidas anteriores tiveram, mas elas foram emergenciais, não reestruturantes como agora”, afirmou Rondon. Correios Marcelo Camargo



Eletrobras vende participação na Eletronuclear por R$ 535 milhões à J&F, dos irmãos Batista


15/10/2025 14:12 - g1.globo.com


Eletrobras investe cerca de R$ 125 milhões para construção de subestação em Rondônia A Eletrobras anunciou nesta quarta-feira (15) a assinatura de contrato com a J&F para vender sua participação minoritária na estatal Eletronuclear por R$ 535 milhões. O acordo marca a entrada da empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista na geração nuclear e libera a Eletrobras de diversas obrigações ligadas a um setor do qual já vinha buscando se desfazer. A Âmbar Energia, braço da J&F no setor elétrico, passará a deter 68% do capital total e 35,3% do capital votante da Eletronuclear, que continuará sob controle do governo por meio da ENBPar. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A empresa dos irmãos Batista, proprietária da gigante de alimentos JBS, assumirá as responsabilidades antes atribuídas à Eletrobras na Eletronuclear, incluindo garantias prestadas à estatal e a futura integralização das debêntures firmadas com a União no início deste ano, no valor de R$ 2,4 bilhões. A Eletronuclear é responsável pela operação das usinas Angra 1, com potência instalada de 640 megawatts (MW), Angra 2, de 1.350 MW, e pelo projeto em desenvolvimento de Angra 3, de 1.405 MW. A transação ocorre em um momento em que a estatal nuclear enfrenta desequilíbrio financeiro e risco iminente de insolvência, segundo alerta do Ministério de Minas e Energia. A pasta informou que a empresa tem enfrentado dificuldades para arcar com os custos de Angra 3 e cumprir obrigações financeiras com bancos. O negócio, assessorado pelo BTG Pactual, ainda depende da aprovação dos órgãos reguladores. O processo competitivo de venda teve início em 2023, segundo a Eletrobras. Segundo a Âmbar, a aquisição da fatia na estatal nuclear amplia e diversifica seu portfólio de geração, que inclui usinas solares, hidrelétricas e termelétricas movidas a biodiesel, biomassa, biogás e gás natural. “A energia nuclear combina estabilidade, previsibilidade e baixas emissões, características fundamentais em um momento de descarbonização e de crescente demanda por eletricidade impulsionada pela inteligência artificial e pela digitalização da economia”, afirmou Marcelo Zanatta, presidente da Âmbar Energia, em comunicado. A geradora dos irmãos Batista também vê na Eletronuclear uma fonte de receitas estáveis, uma vez que as usinas de Angra operam com contratos de longo prazo. Segundo a Eletrobras, a venda da participação na Eletronuclear contribuirá para melhorar o perfil de risco e liberar capital alocado. O processo de venda da participação resultou em uma provisão de cerca de R$ 7 bilhões, registrada no terceiro trimestre de 2025, acrescentou a empresa. Eletronuclear em Angra dos Reis Redes Sociais



Por que destruição criativa é crucial para o crescimento, segundo ganhador do Nobel de Economia


15/10/2025 13:59 - g1.globo.com


Três pesquisadores vão dividir o Prêmio Nobel de Economia Philippe Aghion estava em casa na segunda-feira (13) quando, às 10h30 da manhã, recebeu uma ligação que o deixou sem palavras: ele havia ganhado o Prêmio Nobel de Economia 2025. "Realmente eu não esperava", disse o economista francês à BBC News Mundo — serviço em espanhol da BBC. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Aghion é pesquisador do Collège de France e do INSEAD, na França, e da London School of Economics and Political Sciense, do Reino Unido, e dividiu o prêmio com Peter Howitt e Joel Mokyr. A Academia Real das Ciências da Suécia disse que o prêmio concedido à dupla Aghion-Howitt, é um reconhecimento da "teoria do crescimento sustentado por meio da destruição criativa". Nem todo mundo está familiarizado com esse conceito cunhado pelo economista Joseph Schumpeter em 1942. 🔎 Em poucas palavras, a destruição criativa é um processo em que a inovação desmonta estruturas econômicas tradicionais, abrindo espaço para novas. A Academia explica isso, em seu texto sobre o prêmio deste ano, sob a ótica de que o mundo tem experimentado um crescimento econômico sem precedentes nos últimos 200 anos. A base desse crescimento tem sido o fluxo constante de inovação tecnológica, observa. "O crescimento econômico sustentado ocorre quando as novas tecnologias substituem as antigas, como parte do processo conhecido como destruição criativa", diz a Academia. Destruir para criar Durante a maior parte da história da humanidade, o nível econômico das pessoas não mudou consideravelmente de uma geração para outra, apesar de importantes descobertas ocasionais. O crescimento sempre acabava estagnado com o passar do tempo. Mas isso mudou fundamentalmente com a Revolução Industrial, há pouco mais de dois séculos. [A inovação também é destrutiva, explica o economista Getty Images via BBC A partir desse momento, a inovação tecnológica e científica deu lugar a um ciclo interminável de progresso, em vez de eventos isolados. Isso, explicam os responsáveis pela entrega do prêmio, levou a um crescimento sustentado e notavelmente estável. As pesquisas de Aghion e Howitt, afirma a Academia, geraram um modelo matemático que explica como algumas empresas investem em melhores processos de produção e novos produtos de melhor qualidade, enquanto outras são superadas pela concorrência. "O crescimento surge da destruição criativa. Esse processo é criativo porque se baseia na inovação, mas também é destrutivo porque os produtos antigos se tornam obsoletos e perdem seu valor comercial", explicam os membros do comitê responsável pela premiação. Em apenas dois séculos, a destruição criativa transformou fundamentalmente a sociedade. Os economistas premiados este ano conseguiram explicar por que esse desenvolvimento foi possível e o que é preciso para um crescimento sustentado. A inovação, em qualquer de suas formas, fomenta a concorrência e incentiva a criação de tecnologias disruptivas, algo em que Aghion tem trabalhado intensamente. "A entrada de novos talentos é crucial para o crescimento", explicou Aghion à BBC Mundo. "É claro que os novos talentos são um desafio", porque são concorrentes, rivais diante dos outros atores e empresas já existentes. "Se tiverem sucesso, podem substituir os demais", comenta Aghion. E esse constante desafio é um motor de crescimento. "Por isso a destruição criativa é essencial", disse o economista francês de 69 anos. "Precisamos mais disso." É claro que nesse processo há ganhadores e perdedores, afinal de contas, os inovadores fazem com que outras formas de produção se tornem obsoletas. Na prática, quando esses novos talentos avançam, pode haver perdas temporárias de empregos, embora também surjam novas oportunidades e trabalhos em indústrias emergentes. Por exemplo, a criação e expansão da internet deu lugar a indústrias completamente novas, como o comércio eletrônico. Agora, a inteligência artificial está em um processo de desenvolvimento acelerado que criará novas indústrias e empregos que nunca existiram. Colapso financeiro? A expansão da inteligência artificial e de toda a infraestrutura que ela demanda para seu desenvolvimento são parte de uma nova onda de inovação — parte desse processo de destruição criativa. Apesar das perspectivas de crescimento econômico que ela traz, também tem se espalhado, nos últimos anos, o medo de que todo investimento voltado para essas novas tecnologias esteja criando uma bolha tecnológica que pode estourar a qualquer momento, arrastando para baixo as bolsas de valores e provocando uma grande crise global. Diante da ideia de uma profunda mudança tecnológica perigosa, que poderia arrastar os mercados para um "crash" como o de 1929 ou a "Grande Crise", de 2008, Aghion pensa de forma diferente. Ele lembra que a bolha tecnológica de 25 anos atrás, também conhecida como a crise ponto com — um período de rápido crescimento e posterior colapso do mercado de ações que afetou principalmente as empresas baseadas na internet —, acabou se tornando um período de inovação. "A bolha tecnológica foi uma revolução importante", afirma. Pode haver bolhas hoje em dia, mas "acredito que as bolhas não são um grande problema se não estiverem baseadas em um excesso de endividamento", como aconteceu no passado. Fala-se em uma bolha no mercado de ações, o que não é bom, explica, "mas as bolhas não são o fim do mundo", desde que não haja um nível de endividamento excessivo. De qualquer forma, "sempre há um risco com as bolhas e não quero dizer que esse risco não existe, mas não vejo o risco de um grande colapso financeiro", observa. "Tenho mais medo da estagnação econômica do que de um grande desastre financeiro", argumenta Aghion. 'É preciso aprender a jogar de maneira inteligente' Olhando para o presente, uma das maiores ameaças ao crescimento econômico baseado na inovação é o protecionismo, diz o economista, porque ele não estimula a concorrência e nem a incorporação de novos talentos. Políticas protecionistas, como as que o governo americano impôs por meio de suas tarifas, são um alerta para a Europa. "Temos que ser mais inovadores do que fomos em décadas passadas, porque estamos competindo com a China e os EUA." "É preciso aprender a jogar de maneira inteligente", adverte, porque o mundo mudou muito e "a ameaça do protecionismo deve ser um estímulo para nos unirmos e sermos muito mais inovadores". Sob essa perspectiva, Aghion disse à BBC Mundo que vê o futuro com entusiasmo. "Sou otimista porque cada vez mais países estão entendendo a importância do crescimento baseado na inovação." E, para que esse crescimento seja sustentável ao longo do tempo, o economista argumenta que ele deve se concentrar em inovações ambientais, algo essencial neste momento. O economista Philippe Aghion foi um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Economia 2025 Getty Images via BBC



Haddad diz que discutiu com Alcolumbre recuperar parte da MP que aumenta arrecadação


15/10/2025 13:04 - g1.globo.com


Haddad e Alcolumbre debatem Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (15) que discutiu com o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), recuperar parte da medida provisória (MP) que aumenta a arrecadação. Segundo Haddad, os dois vão voltar a discutir partes consideradas "incontroversas" na MP, que, inclusive, eram consenso entre governo e Congresso. "Coloquei para ele as alternativas que nós temos, daquilo que é incontroverso nós recuperarmos de alguma maneira. Nós ficamos de discutir agora daqui para o final de semana esses cenários", disse Haddad. Os pontos destacados por Haddad como "incontroversos" envolvem trechos como o relativo do controle de cadastro do seguro defeso (benefício para pescadores artesanais para períodos em que a pesca é vedada) e de limitação de compensações tributárias indevidas. "Estava todo mundo de acordo, nem tinha emenda sobre isso, porque todo mundo entendia que fazia sentido. E é uma grande parte da MP, mais de 70% da MP é isso. Então, eu disse a ele: 'nem entendi porque isso foi apreciado', porque era uma coisa que todo mundo concordava", prosseguiu o ministro. A MP que aumentava a arrecadação perdeu a validade na semana passada. Antes mesmo do mérito (conteúdo) da proposta ser votado, a maioria dos deputados — capitaneados por partidos do Centrão — aprovou a retirada do texto da pauta da Câmara. O placar foi de 251 a 193. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), dão entrevista coletiva no dia 11 de fevereiro de 2025 TV Globo/Reprodução Votação adiada O ministro da Fazenda e Alcolumbre se reuniram nesta manhã, na Residência Oficial do Senado, para tratar sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. A análise da LDO estava prevista para esta terça (14) na Comissão Mista de Orçamento (CMO), mas foi adiada a pedido do governo, que precisa encontrar alternativas para recompor os R$ 35 bilhões que entrariam no caixa caso a medida provisória tivesse sido aprovada. "Em relação aos anos anteriores não é um atraso [da LDO], mas é melhor gastar uma semana a mais e fechar um texto que faça sentido para todo mundo do que ter inconsistência entre a LDO, Orçamento e as leis que preveem gastos tributários e gastos primários", afirmou Haddad. O ministro defendeu, ainda, que as leis precisam ter consistência e fazer sentido entre si. "Não adianta aprovar uma lei numa direção e outra em outra. Todas precisam convergir em um cenário", complementou o ministro. A declaração de Haddad foi dada a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda.



Dólar tem leve queda e fecha a R$ 5,46 de olho em EUA-China e relatório do Fed; Ibovespa sobe


15/10/2025 12:00 - g1.globo.com


Trump ameaça 'corte de laços' no comércio com a China O dólar fechou em queda de 0,13% nesta quarta-feira (15), cotado a R$ 5,4624. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em alta de 0,65%, aos 142.604 pontos. Os investidores reagiram com certo otimismo após o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, adotar um discurso mais moderado em relação ao conflito comercial com a China. O mercado também ficou atento às sinalizações do Federal Reserve sobre sua política de juros. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos EUA, o destaque foram as declarações de Bessent, que afirmou que o país não pretende ampliar o conflito comercial com a China. A fala mais conciliadora foi feita mais cedo, em entrevista à CNBC. ▶️ Também nos EUA, foi divulgado o "Livro Bege", relatório do Federal Reserve (Fed) que reúne avaliações sobre a atividade econômica nos 12 distritos do país. No documento, o banco central americano voltou a demonstrar preocupação com a desaceleração do mercado de trabalho. ▶️ Ainda no cenário internacional, o ouro superou os US$ 4,2 mil a onça pela primeira vez nesta quarta-feira, impulsionado pelas expectativas de novos cortes na taxa de juros dos EUA. A busca por segurança diante da incerteza econômica e geopolítica também contribuiu para o avanço do metal. ▶️ No Brasil, o IBGE divulgou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Os dados mostraram que as vendas no varejo brasileiro avançaram 0,2% em agosto na comparação com o mês anterior e subiram 0,4% sobre um ano antes. ▶️ Ainda no cenário local, o mercado repercutiu o anúncio da Eletrobras sobre a venda da participação na Eletronuclear por R$ 535 milhões à J&F, dos irmãos Batista. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,74%; Acumulado do mês: +2,63%; Acumulado do ano: -11,61%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +1,37%; Acumulado do mês: -2,48%; Acumulado do ano: +18,56%. Livro Bege do Fed O Federal Reserve informou nesta quarta-feira que a atividade econômica dos EUA se alterou pouco e o nível de emprego ficou praticamente estável nas últimas semanas, mesmo com mais empresas relatando reduções no número de funcionários. "Na maioria dos distritos, mais empregadores relataram queda de funcionários por meio de demissões em massa e atritos, com demanda mais fraca, incerteza econômica elevada e, em alguns casos, aumento do investimento em tecnologias de inteligência artificial", disse o Fed no "Livro Bege". "No entanto, a oferta de mão de obra nos setores de hotelaria, agricultura, construção e manufatura foi supostamente prejudicada em vários distritos devido a mudanças recentes nas políticas de imigração", acrescentou. Divulgado duas semanas antes de cada reunião de definição de juros do Fed, o relatório busca auxiliar as autoridades na avaliação da economia americana, oferecendo dados mais oportunos e, em muitos casos, mais detalhados do que os das estatísticas oficiais. Com o vácuo de dados causado pela paralisação do governo, o "Livro Bege" pode ganhar mais relevância nas deliberações dos formuladores da política monetária do Fed, após a decisão do mês passado de cortar os juros em 0,25 ponto percentual. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou nesta semana que as perspectivas para a inflação e o mercado de trabalho pouco mudaram desde a última decisão, embora o crescimento econômico tenha surpreendido positivamente. Vendas no varejo As vendas varejistas no Brasil avançaram em agosto conforme o esperado, interrompendo série de quatro resultados negativos, embora o setor permaneça apresentando variações mensais modestas em um cenário marcado por política monetária restritiva e arrefecimento da atividade. Em agosto, houve aumento de 0,2% nas vendas no varejo em relação a julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, com alta de 0,4% ante o mesmo mês do ano anterior. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanços de 0,2% no mês e de 0,3% na comparação anual. O varejo tem oscilado em uma margem estreita este ano, com variações mensais positivas ou negativas sempre abaixo de 1%, conforme o setor equilibra de um lado uma taxa básica de juros elevada -- a Selic está atualmente em 15% --, o que restringe o crédito e afeta o consumo, e de outro um mercado de trabalho aquecido. Entre as oito atividades pesquisadas na pesquisa do IBGE sobre o varejo, cinco tiveram resultados positivos em agosto: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%); Tecidos, vestuário e calçados (1,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%); Móveis e eletrodomésticos (0,4%); e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%). “Os produtos de informática tiveram forte influência do dólar, em franca desvalorização em agosto”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. No mês, o dólar acumulou perda de 3,18% em relação ao real. Já as taxas negativas foram registradas por Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%); Combustíveis e lubrificantes (-0,6%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%). No comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 0,9% em agosto na comparação com julho, mas caiu 2,1% na base anual. EUA em paralisação pelo 15º dia A paralisação do governo dos Estados Unidos chegou ao 15º dia nesta quarta-feira, com sinais de que o impasse pode se tornar o mais longo da história. Isso porque o presidente Donald Trump, junto aos republicanos no Congresso americano, estão se mantendo firmes na estratégia de pressionar os democratas — que exigem mais recursos para saúde, incluindo a reversão de cortes no Medicaid e a extensão de benefícios ligados ao Obamacare. Ontem, Trump anunciou que divulgará nesta sexta-feira (17) uma lista de programas democratas que foram encerrados durante o shutdown. Segundo ele, muitos desses projetos não serão retomados, o que representa uma mudança significativa na estrutura de gastos públicos. A Casa Branca também informou que está se preparando para novas demissões, ampliando o impacto da paralisação sobre o funcionalismo federal. No Senado, uma nova tentativa de votação está marcada para as 14h15 (horário de Washington), com o objetivo de aprovar uma proposta que reabriria o governo até 21 de novembro. No entanto, a expectativa é de que o projeto não alcance os 60 votos necessários. Enquanto isso, Trump reforça que está aproveitando o momento para cortar gastos e enfraquecer programas que considera prejudiciais, afirmando que os democratas estão “perdendo” com a paralisação. Bessent: Trump está pronto para se reunir com Xi O presidente dos EUA, Donald Trump, está pronto para se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, e as autoridades dos dois países estão trabalhando para marcar uma reunião, disse o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, nesta quarta-feira. Bessent disse à CNBC que os EUA não queriam intensificar o conflito com a China e não queriam se dissociar da segunda maior economia do mundo. Ele disse que foi devido à confiança entre Trump e Xi que o conflito comercial entre os dois países não aumentou ainda mais. A declaração ocorre após, na véspera, em entrevista ao "Financial Times", Bessent acusar a China de tentar enfraquecer a economia global, depois que o governo chinês anunciou novas restrições à exportação de terras raras. Stephen Miran, diretor do Fed, também falou à CNBC nesta quarta-feira e comentou sobre os impactos do conlfito entre EUA e China para as perspectivas econômicas. Segundo ele, as novas tensões comerciais representam novos riscos negativos para as perspectivas econômicas, dando mais urgência à necessidade do Federal Reserve de cortar sua taxa de juros. "Temos que reconhecer que há alguma diferença agora em relação ao que pensávamos há uma semana", antes de a China anunciar novas restrições à exportação de minerais de terras raras, essenciais para a fabricação de produtos de alta qualidade, disse Miran. "Agora há mais riscos negativos do que há uma semana, e cabe a nós, como autoridades, reconhecer que isso deve se refletir nas políticas... Torna-se ainda mais urgente que cheguemos rapidamente a uma posição mais neutra na política monetária." Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos fecharam sem direção única nesta quarta-feira, em meio a bons resultados corporativos e à espera de sinais sobre a política de juros. Comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre o mercado de trabalho na véspera reforçaram a aposta de que os juros podem ser reduzidos ainda este mês. Apesar disso, ontem o clima também foi de tensão, com Trump ameaçando novas restrições comerciais à China, após o país asiático impor sanções a subsidiárias americanas. O Dow Jones Industrial Average recuou 0,04% nesta quarta, aos 46.253,31 pontos. O S&P 500 avançou 0,41%, aos 6.671,50 pontos, e o Nasdaq Composite subiu 0,66%, aos 22.670,08 pontos. As bolsas europeias fecharam de forma mista, com alguns mercados recuperando uma parcela das perdas recentes. Parte do avanço foi puxado por empresas do setor de luxo, enquanto investidores acompanharam os desdobramentos das reuniões do FMI e do Banco Mundial em Washington. Entre os principais índices, o STOXX 600 fechou em alta de 0,57%, a 567,77 pontos. O DAX, da Alemanha, recuou 0,23%, a 24.181,37 pontos, enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, recuou 0,30%. O CAC 40, da França, liderou os ganhos com alta de 1,99%%, e o FTSE MIB, da Itália, caiu 0,41%. Por fim, as bolsas asiáticas fecharam em alta, com os investidores mantendo a expectativa de novos estímulos econômicos na China, apesar das tensões comerciais com os EUA. No fechamento, o índice de Xangai subiu 1,22%, enquanto o CSI300 avançou 1,48%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 1,84%. O Nikkei, em Tóquio, subiu 1,8%. Já o KOSPI, em Seul, valorizou 2,68%, o TAIEX, em Taiwan, avançou 1,80%, o Straits Times, em Cingapura, ganhou 0,41%, e o S&P/ASX 200, em Sydney, subiu 1,03%. Notas de dólar. Reuters *Com informações da agência de notícias Reuters.



INSS suspende programa de redução de fila por falta de orçamento


15/10/2025 11:25 - g1.globo.com


CPMI do descontos ilegais de aposentados ouve ex-presidente do INSS O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Jr., determinou a suspensão temporária do Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), iniciativa criada para reavaliar benefícios previdenciários e assistenciais e reduzir a fila de atendimentos do órgão. A decisão, segundo Waller, foi motivada pela falta de recursos. Em ofício encaminhado ao Ministério da Previdência, o presidente do INSS solicitou uma suplementação orçamentária de R$ 89,1 milhões para garantir a continuidade do programa. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça 🔎 O PGB prevê o pagamento de um bônus a servidores que analisam mais requerimentos do que a meta diária estipulada, mecanismo que historicamente tem contribuído para acelerar a concessão de benefícios. O programa atual estava em vigor desde 15 de abril de 2025. O Instituto determinou, por meio de ofício, que durante o período de suspensão do Programa de Gestão de Benefícios (PGB) não deverão ser concluídas novas tarefas por meio da chamada “análise extraordinária”. O documento também orienta que todas as demandas pendentes ou em exigência sejam retiradas desse tipo de análise e retornem à fila comum de processamento de benefícios. Fila do INSS chega a 2,6 milhões de pedidos A decisão ocorre em meio ao aumento expressivo da fila de espera do INSS. Em dezembro do ano passado, o número de pessoas aguardando a concessão de benefícios ultrapassou 2 milhões. Em março deste ano, o volume atingiu o pico de 2,7 milhões de segurados. O dado mais recente, de agosto, mostra que mais de 2,6 milhões de brasileiros ainda esperam pela aprovação de seus pedidos, segundo o Portal da Transparência.. No ofício enviado ao Ministério da Previdência, a presidência do INSS reconheceu a importância do PGB e o empenho dos servidores envolvidos, destacando que a iniciativa tem sido essencial para reduzir o tempo médio de análise dos benefícios. A autarquia informou ainda que está atuando junto aos órgãos competentes para garantir a suplementação dos recursos necessários e retomar o programa o mais rapidamente possível. A reportagem solicitou um posicionamento ao INSS e aguarda resposta. Prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Rafa Neddermeyer/Agência Brasil



Novo leilão da Receita tem iPhone 13 por R$ 1,2 mil e Ford Fiesta por R$ 2,5 mil; veja como participar


15/10/2025 07:02 - g1.globo.com


Novo leilão da Receita tem iPhone 13 por R$ 1,2 mil e Ford Fiesta por R$ 2,5 mil A Receita Federal em São Paulo realizará, em 28 de outubro, mais um leilão regional de mercadorias apreendidas ou abandonadas. São 374 lotes no total, que incluem carros, smartphones, smartwatches, videogames, drones, câmeras fotográficas, componentes para computadores, fones de ouvido, instrumentos musicais, entre outros. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo a Receita, o leilão será realizado de forma eletrônica e é destinado a pessoas físicas e jurídicas. O período para recebimento das propostas vai das 8h do dia 23 de outubro até as 18h do dia 27. A sessão para lances está prevista para as 10h do dia 28 do mesmo mês (horários de Brasília). Os lances devem ser feitos para os lotes fechados — ou seja, um conjunto de determinados itens. O lote mais barato tem lance inicial de R$ 50 e inclui aparelhos médicos (otoscópio e medidor de frequência cardíaca). O mais caro sai a partir de R$ 750 mil e conta com esmeraldas. Outros destaques do leilão são: Nos lotes 3 e 5, é possível adquirir iPhones 13 e 14 a partir de R$ 1,2 mil e R$ 1,5 mil. Do lote 24 ao 100, é possível adquirir iPhones 13 a partir de R$ 2,5 mil até R$ 3,1 mil. Do lote 291 ao 307, é possível adquirir smartphones Xiaomi e Motorola a partir de R$ 250. Nos lotes 112, 153 e 242, é possível adquirir notebooks da Apple (Macbook) a partir de R$ 700. No lote 327, há um veículo Ford Fiesta a partir de R$ 2,5 mil. No lote 328, é possível adquirir dois tablets iPads da 9ª Geração a partir de R$ 500. De acordo com o Fisco, os lotes estarão disponíveis para visitação entre 13 a 24 de outubro, nas cidades de Campinas, Santos, Guarujá, Bauru, São Bernardo do Campo, Barueri, São Paulo, Suzano, Santo André. Os lotes poderão ser examinados de forma presencial, mediante agendamento, em dias de expediente normal. Os endereços e horários para visitação, bem como os contatos para agendamento, estão indicados no edital do leilão. A Receita ainda destacou que os bens arrematados por pessoas físicas não podem ser vendidos, assim como alguns lotes específicos adquiridos por pessoas jurídicas. Além disso, os licitantes terão 30 dias para retirada dos lotes arrematados. O pagamento das mercadorias é feito por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf). Ford Fiesta tem lances a partir de R$ 2,5 mil no novo leilão da Receita Federal. g1 Como funcionam os leilões Quem pode participar do leilão? Pessoas físicas podem participar do leilão sob os seguintes critérios: ser maior de 18 anos ou pessoa emancipada; ser inscrito no Cadastro de Pessoas Física (CPF); ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do Governo Federal. Já para pessoas jurídicas, os critérios são os seguintes: ter cadastro regular no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica (CNPJ); ou, no caso do responsável da empresa ou de seu procurador, ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do governo federal. Como participar do leilão? Para participar do leilão apresentando um lance, o interessado precisa seguir os seguintes passos: entre 23 e 27 de outubro, observando os horários estabelecidos pela Receita, acessar o Sistema de Leilão Eletrônico por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC); selecionar o edital do leilão em questão, de número 0800100/000007/2025 - SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª REGIÃO FISCAL; escolher o lote em que se quer fazer o lance e clicar em "incluir proposta"; aceitar os termos e condições apresentados pelo site da Receita; e incluir o valor proposto (que, necessariamente, deve ser maior do que o valor mínimo estabelecido pela Receita), e salvar. Superintendência da Receita Federal, em Brasília. Marcelo Camargo/Agência Brasil



Câmara dos Deputados realiza audiência pública para debater estatização da Avibras nesta quarta (15)


15/10/2025 07:01 - g1.globo.com


Avibras, em Jacareí Divulgação A Câmara dos Deputados realiza nesta quarta-feira (15) uma audiência pública para debater a estatização da Avibras, indústria bélica com sede em Jacareí, no interior de São Paulo. A reunião será realizada pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, a partir das 11h, em Brasília. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, um grupo de trabalhadores da empresa deve acompanhar a sessão. A audiência deve debater o projeto de lei dos deputados Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP). O objetivo é avaliar os impactos econômicos, fiscais e estratégicos da proposta. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp No projeto, os deputados apontam que a empresa é uma das poucas do país com capacidade tecnológica e industrial voltada ao setor de defesa, sendo responsável pela produção de sistemas de mísseis, foguetes e soluções aeroespaciais. Na proposta, os políticos afirmam ainda que a crise financeira da companhia ameaça milhares de empregos e o domínio nacional sobre tecnologias sensíveis, fundamentais para a autonomia do Brasil em sua política de defesa. De acordo com o Sindicato, os funcionários da Avibras estão em greve há pelo menos três anos e acumulam 31 meses sem receber salário - leia mais abaixo. Funcionários da Avibras completam mil dias em greve Mais de mil dias de greve A greve dos funcionários da Avibras completou 1 mil dias no início de junho. A empresa vive uma grave crise financeira. A paralisação começou em setembro de 2022, quando os funcionários decidiram protestar contra dois meses de atraso nos salários. Atualmente, eles estão com mais de 30 meses de salários atrasados. Sediada em Jacareí, a Avibras é uma das maiores indústrias do setor de defesa militar do país, mas enfrenta uma crise financeira há quase três anos e solicitou recuperação judicial, alegando dívidas de cerca de R$ 600 milhões. Cronograma da crise março de 2022: a Avibras pediu recuperação judicial alegando uma dívida de R$ 600 milhões setembro de 2022: os trabalhadores entraram em greve por causa dos atrasos nos salários julho de 2023: o plano de recuperação judicial foi aprovado abril de 2024: a Avibras anunciou que negociava a venda para a empresa australiana Defendtex junho de 2024: a Defendtex desistiu da compra junho de 2024: o Ministério da Defesa informou que a Avibras havia recebido nova proposta, desta vez de um possível investidor chinês, mas o negócio também não foi para frente outubro de 2024: a Avibras afirmou que negociava com um investidor brasileiro dezembro de 2024: o investidor brasileiro desistiu do negócio janeiro de 2025: novas negociações, dessa vez com uma empresa saudita maio de 2025: credora da Avibras, Brasil Crédito anuncia intenção de comprar a empresa A Avibras A Avibras Aeroespacial é a maior indústria bélica do país e foi fundada em 1961 por engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos. Ela é uma das primeiras empresas nacionais a atender o setor aeroespacial. A empresa desenvolve tecnologia para as áreas de Defesa e Civil. A organização foi uma das primeiras no Brasil a construir aeronaves, desenvolver e fabricar veículos espaciais para fins civis e militares. Presente no mercado nacional e internacional, a empresa tem sede em Jacareí, no interior de São Paulo, e desenvolve motores de foguetes para as forças armadas, entre outras coisas. Avibras Reprodução/ TV Vanguarda Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina



IA e biotecnologia levantam temor sobre novas formas de terrorismo agrícola


15/10/2025 05:01 - g1.globo.com


Veja os vídeos que estão em alta no g1 Exemplos de bioterrorismo ou sabotagem agrícola são bastante raros e muito difíceis de comprovar, já que são frequentemente marcados por operações secretas, acusações políticas e indícios. O caso "Fusarium graminearum" é o exemplo mais bem documentado até o momento de suspeita de terrorismo agrícola chinês contra uma democracia ocidental. Em julho de 2024, Zunyong Liu, 34, biólogo da Universidade de Zhejiang, em Guangzhou, no sudeste da China, foi revistado por funcionários da alfândega após aterrissar no Aeroporto Metropolitano de Detroit, nos EUA. Na bagagem: um emaranhado de lenços de papel, papel-filtro com círculos enigmáticos e quatro sacos plásticos com material vegetal marrom-avermelhado. Não se tratavam de ervas inofensivas, mas de Fusarium graminearum, um fungo que as autoridades americanas classificam como "potencial arma de terrorismo agrícola", capaz de destruir colheitas inteiras e intoxicar tanto animais quanto seres humanos. Liu inicialmente afirmou que iria visitar a namorada, Yunqing Jian, pós-doutoranda no laboratório da Universidade de Michigan. Mas, após pressão dos investigadores, ele admitiu ter escondido as amostras intencionalmente para cloná-las em laboratório e usá-las em outros experimentos. No celular de Liu, os investigadores do FBI encontraram literatura especializada sobre "guerra com patógenos vegetais" e transcrições de conversas com Jian que indicam planos coordenados de contrabando e tentativas anteriores de importar amostras proibidas. LEIA MAIS: Ataque no WhatsApp com foco no Brasil pode roubar senhas de usuários O que faz o café do Brasil ser tão cobiçado nos EUA Produção de soja em Indiana, nos Estados Unidos AP Photo/Michael Conroy Pesquisadores sob suspeita A namorada de Liu logo entrou na mira dos investigadores: segundo o FBI, ela é patrocinada pelo governo chinês e uma fiel apoiadora do Partido Comunista, além de pesquisar os mesmos patógenos em Michigan. Os investigadores acusam o casal de conspiração, contrabando, falso testemunho e fraudes consulares. Enquanto Liu foi deportada imediatamente para a China e permanece fora do alcance da justiça americana, Jian segue detido, aguardando audiência para possível pagamento de fiança. 'Flor-cadáver' floresce e atrai multidão para o Jardim Botânico de Varsóvia Guerra secreta por sementes e esporos Já em 2020, vários estados americanos alertaram sobre pacotes inesperados vindos da China que foram recebidos por moradores. As autoridades agrícolas levantaram a suspeita de que se tratava de sementes desconhecidas de espécies invasoras de plantas. "As espécies invasoras causam danos devastadores ao meio ambiente, suplantam ou destroem plantas e insetos nativos e causam graves danos às colheitas", declarou à época o Ministério da Agricultura e do Consumidor do estado da Virgínia. Agora, cresce nos EUA a preocupação de que o que começou como um intercâmbio científico possa ter sido parte de uma estratégia secreta para enfraquecer a agricultura americana, suscitando "sérias preocupações com a segurança nacional" por parte de especialistas e políticos. O caso dos pesquisadores chineses é um bom exemplo dessa nova ameaça de agroterrorismo na era da guerra híbrida: ataques direcionados à produção de alimentos por meio da introdução ou alteração seletiva de agentes patogênicos perigosos. É verdade que o Fusarium graminearum já é nativo dos EUA. O fungo faz com que os grãos de trigo e cevada fiquem murchos e pequenos. No milho, causa a podridão da espiga. Mas o verdadeiro perigo seria uma variante geneticamente modificada, contra a qual nenhum tratamento seria eficaz. Até o momento, não há provas de que as amostras contrabandeadas tenham sido realmente manipuladas. O perigo, no entanto, é real e alarmante. Bioterrorismo e IA: o novo front Além dos métodos clássicos de contrabando, a possibilidade de otimizar organismos nocivos com a ajuda da biologia sintética ou a partir da concepção de proteínas baseada em IA está ganhando importância. Cientistas alertam há muito tempo que as ferramentas para alterar fungos, esporos, vírus e proteínas tóxicas podem não ter apenas objetivos pacíficos, mas também fins potencialmente bélicos. "A engenharia de proteínas é uma pesquisa de mão dupla. Ela pode ter efeitos extremamente positivos, por exemplo, no desenvolvimento de vacinas, em terapias baseadas em genes, em conceitos de diagnóstico e terapia individualizados e em doenças para as quais até agora há poucos ou nenhum tratamento disponível", afirma Birte Platow, professora da Universidade Técnica de Dresden e "Ao mesmo tempo, essa pesquisa é de alto risco, pois a mesma tecnologia pode ter efeitos potencialmente prejudiciais. Um exemplo é a síntese acidental ou intencional de genes que codificam proteínas perigosas, como o desenvolvimento de armas biológicas", pondera Platow, que também é membro do Centro de Competência em IA ScaDS.AI da mesma universidade. O Escritório de Avaliação de Impactos Tecnológicos do Parlamento alemão também diz que as tecnologias de dupla utilização e a concepção de proteínas baseada em IA tornam os ataques a infraestruturas críticas, à agricultura e às cadeias de abastecimento tecnicamente mais fáceis e acessíveis. Dirk Lanzerath, diretor do Centro Alemão de Referência para Ética nas Ciências Biológicas, tem opinião semelhante: "As tecnologias de dupla utilização caracterizam-se pelo fato de que, além de terem uma utilidade civil, também podem ser utilizadas indevidamente para fins militares ou criminosos". Por isso, os pesquisadores sempre enfrentam um dilema. "Por um lado, a concepção de proteínas baseada em IA abre oportunidades para o desenvolvimento aprimorado de vacinas e a produção acelerada de medicamentos, mas, por outro, traz o risco de facilitar a produção de armas biológicas", afirma Lanzerath. Na avaliação da IA e da pesquisa de dupla utilização, também são incluídos especialistas em ética, como Lanzerath, e teólogos, como Platow. A expertise de outras áreas deve ajudar a situar a pesquisa no contexto social, questionar normas e incluir sistematicamente o senso de responsabilidade. LEIA MAIS: Projeto Stargate: como serão novos data centers bilionários nos EUA 'Shutdown' no governo Trump piora cenário já difícil para agricultores dos EUA Risco biológico, lixo tóxico ArtPhoto_studio/Freepik Lacunas de segurança Para complicar ainda mais a avaliação de riscos, os atuais mecanismos de segurança não são satisfatórios: um estudo recente mostra que os modelos modernos de IA podem gerar variantes proteicas perigosas que escapam aos sistemas de controle convencionais. "As proteínas geradas por IA podem ter propriedades comparáveis às proteínas naturais, mas diferem na sequência de DNA. Se for uma proteína potencialmente perigosa, os sistemas de controle 'ignoram' o perigo", explica Platow. Pesquisa global na zona cinzenta É justamente o sigilo em torno de pesquisas altamente sensíveis que dificulta um controle eficaz: a maioria dos avanços tecnológicos em IA e biotecnologia ocorre em laboratórios privados ou públicos que restrigem acesso por motivos estratégicos ou devido a patentes. Até o momento, não existem órgãos de controle internacionais independentes, e não há monitoramento global. Também não existem regulamentações internacionais vinculativas e efetivamente aplicáveis para o controle da biotecnologia e da IA. Os acordos internacionais mais importantes são a Convenção para a Proibição de Armas Biológicas e Toxínicas (CPAB) e o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança. A CPAB proíbe o desenvolvimento e o uso de armas biológicas, mas não possui um sistema próprio de controle ou verificação – por isso, as violações são difíceis de detectar e faltam órgãos de monitoramento. Iniciativas regionais, como a Lei de IA da União Europeia (UE), regulamentam o uso de sistemas de IA de alto risco e exigem transparência, mas são válidas apenas dentro do bloco. Assim, a comunidade científica e as empresas apostam em códigos de ética e compromissos voluntários, cuja eficácia é muito limitada, tendo em vista o rápido desenvolvimento tecnológico e a possibilidade de projetos de pesquisa secretos.



Dia dos Professores não é feriado para todos; veja quem folga e quantos feriados restam em 2025


15/10/2025 03:01 - g1.globo.com


Dia dos Professores não é feriado para todos; veja quem folga O Dia dos Professores é celebrado nesta quarta-feira (15) em todo o país, em homenagem à data em que foi sancionada a lei que criou as primeiras escolas de ensino elementar no Brasil, em 1827. Apesar da importância da data, nem todo mundo tem folga. De acordo com um decreto de 1963, o Dia do Professor não é considerado um feriado nacional, e sim um feriado escolar. O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem? 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Isso significa que, geralmente, apenas alunos, professores e funcionários de instituições de ensino têm direito ao dia de descanso. Por esse motivo, a data não aparece na lista oficial de feriados e pontos facultativos nacionais de 2025, divulgada pelo governo federal. Leia ainda Feriados de 2026: 9 caem em dias úteis e 7 permitem emenda As melhores datas para tirar férias em 2026 Mas nem tudo está perdido: quem espera por um descanso ainda pode contar com quatro feriados nacionais até o fim do ano, sendo que dois deles têm possibilidade de “emenda” para prolongar o fim de semana. Esses feriados caem em quintas-feiras, o que permite que empresas e órgãos públicos adotem o ponto facultativo na sexta-feira, estendendo o período de folga. São eles: 20 de novembro (Dia da Consciência Negra); 25 de dezembro (Natal). Além disso, o ano ainda terá outros dois feriados que caem em finais de semana: 2 de novembro (Finados); 15 de novembro (Proclamação da República). O g1 preparou um calendário com todos os pontos facultativos e feriados nacionais de 2025. Confira: Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada Dia dos professores Drazen Zigic/Divulgação Entenda o que é o ponto facultativo Veja o calendário de feriados de 2025



Lote extra do PIS-Pasep: pagamentos começam nesta quarta; veja se vai receber


15/10/2025 03:01 - g1.globo.com


Lote extra do PIS-Pasep começa a ser pago nesta quarta (15) Mais de 1,6 milhão de trabalhadores terão direito a um lote extra do abono salarial PIS/Pasep, liberado pelo governo federal a partir desta quarta-feira (15). O pagamento, que soma R$ 1,5 bilhão, atende profissionais cujos dados foram enviados fora do prazo pelos empregadores. Os valores poderão ser sacados até 29 de dezembro de 2025. ➡️ O abono salarial é um benefício no valor de até um salário-mínimo concedido anualmente a trabalhadores da iniciativa privada (PIS) e a servidores públicos (Pasep) que atendem aos requisitos do programa. A liberação do lote extra não segue o calendário regular de pagamentos, que teve o último grupo — nascidos em novembro e dezembro — contemplado em 15 de agosto. O lote extra foi possível graças à Resolução Codefat/MTE nº 1.013, de 2025, que permitiu prazo adicional para envio de informações ao sistema do governo. Para participar do lote, os empregadores precisaram corrigir e reenviar os dados ao eSocial até 20 de junho de 2025. PIS/Pasep, FGTS - Saque José Cruz/Agência Brasil No geral, têm direito ao abono pessoas que trabalharam durante pelo menos 30 dias no ano-base e receberam até dois salários-mínimos por mês. O banco de recebimento, data e os valores, inclusive de anos anteriores, estão disponíveis para consulta no aplicativo Carteira de Trabalho Digital e no portal gov.br. Assim como em 2024, o calendário de pagamento de 2025 foi unificado: tanto os trabalhadores da iniciativa privada como os servidores públicos vão receber de acordo com o mês de nascimento de cada beneficiário. Abaixo, veja perguntas e respostas: Como consultar? (passo a passo) Quem tem direito ao abono salarial? Quem não tem direito ao abono salarial? Qual é o valor? Como são os pagamentos? Canal de dúvidas 1. Como consultar? (passo a passo) Para fazer a consulta pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, siga o passo a passo: Certifique-se de que o aplicativo esteja atualizado; Acesse o sistema com seu número de CPF e a senha utilizada no portal gov.br; Toque em "Benefícios" e, em seguida, em "Abono Salarial". A tela seguinte irá informar se o trabalhador está ou não habilitado para receber o benefício. Vale lembrar que trabalhadores do setor privado também podem consultar a situação do benefício e a data de pagamento nos aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem. Volte ao índice. Consulta ao abono salarial PIS-Pasep 2025 já está liberada 2. Quem tem direito ao abono salarial? Os trabalhadores devem atender aos seguintes critérios para ter direito ao benefício: estar cadastrado no programa PIS/Pasep ou no CNIS (data do primeiro emprego) há pelo menos cinco anos; ter trabalhado para empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep); ter recebido até 2 salários-mínimos médios (no valor em vigor no ano-base) de remuneração mensal no período trabalhado; ter exercido atividade remunerada durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base da apuração (2023); ter os dados informados pelo empregador (pessoa jurídica ou governo) corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ou no eSocial do ano-base considerado para apuração (2023). Volte ao índice. 3. Quem não tem direito ao abono salarial? empregado(a) doméstico(a); trabalhadores rurais empregados por pessoa física; trabalhadores urbanos empregados por pessoa física; trabalhadores empregados por pessoa física equiparada a jurídica. Volte ao índice. 4. Qual é o valor? O valor do abono salarial é proporcional ao tempo de serviço do trabalhador no ano-base em questão. O cálculo corresponde ao valor atual do salário-mínimo dividido por 12 e multiplicado pela quantidade de meses trabalhados no ano-base. Assim, somente quem trabalhou os 12 meses do ano-base recebe o valor total de um salário-mínimo. Com o aumento do salário mínimo, o valor do abono salarial passará a variar de R$ 126,50 a R$ 1.518,00, de acordo com a quantidade de meses trabalhados. Veja no gráfico abaixo: Volte ao índice. Volte ao índice. 5. Como são os pagamentos? O pagamento do PIS (Programa de Integração Social) aos trabalhadores da iniciativa privada é administrado pela Caixa Econômica Federal. São quatro opções para receber: As pessoas que possuem conta corrente ou poupança na Caixa receberão o abono automaticamente, informou o banco. Também é possível receber os valores por meio da Poupança Social Digital, cuja movimentação é feita pelo aplicativo Caixa Tem. Outra opção é fazer o saque com o cartão social e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e Caixa Aqui. Se o trabalhador não possuir cartão social, o pagamento também pode ser realizado em qualquer agência da Caixa com a apresentação de um documento de identificação. Já o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) é válido para os servidores públicos, e os depósitos são feitos pelo Banco do Brasil. Nesse caso, o pagamento será realizado prioritariamente como crédito em conta bancária, transferência via TED, via PIX ou presencial nas agências de atendimento, informou o Ministério do Trabalho. Volte ao índice. 6. Ainda tem dúvidas? Mais informações podem ser solicitadas nos canais de atendimento do Ministério do Trabalho e nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho, pelo telefone 158 ou pelo e-mail: trabalho.uf@economia.gov.br (substituindo os dígitos UF pela sigla do estado do trabalhador). Volte ao índice. Saiba regras do PIS-Pasep: Consulta ao abono salarial PIS-Pasep 2024 é liberada Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1



Lula inicia rodada de conversas sobre vaga no STF


15/10/2025 02:45 - g1.globo.com


Aposentadoria de Barroso antecipa indicação para o STF O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na noite desta terça feira (14) no Palácio da Alvorada ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para discutir a vaga aberta na Corte com a aposentadoria de Luiz Roberto Barroso. Mais cedo, no Palácio do Planalto, Lula se reuniu com o advogado-geral da União, Jorge Messias, favorito de Lula para a indicação. O presidente deu início a rodadas de conversas para ouvir considerações que possam levar a uma indicação com menores resistências tanto no STF quanto no Senado, onde o indicado é sabatinado e precisa ser aprovado. Lula deve se reunir em breve com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que defende o nome do também senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Fontes do Planalto temem que a não indicação de Pacheco leve a retaliação do Senado ao governo e ao próprio indicado. Lula também quer falar com Alcolumbre sobre vetos que podem ser pautados para sessão do Congresso Nacional. Lula durante evento em 18 de setembro de 2025 Evaristo Sa / AFP



Mega-Sena, concurso 2.927: prêmio acumula e vai a R$ 40 milhões


14/10/2025 23:02 - g1.globo.com


G1 | Loterias - Mega-Sena 2927 O sorteio do concurso 2.927 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (14), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumula em R$ 40 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 11 - 27 - 34 - 55 - 56 - 58 5 acertos - 43 apostas ganhadoras: R$ 45.167,65 4 acertos - 3.322 apostas ganhadoras: R$ 963,70 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (16). Mega-Sena, concurso 2.927 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Entenda como o GPI Medical Center se tornou referência nos EUA


14/10/2025 22:11 - g1.globo.com


Desde 2016 nos Estados Unidos, o GPI Medical Center se consolidou como referência para a comunidade brasileira no país. O grupo reúne a Bras Pharma e o próprio GPI Medical Center, integrando clínicas e farmácias em um modelo completo de atendimento. Com unidades fixas em Pompano Beach e Orlando, na Flórida, o grupo oferece uma estrutura ampla que alia atendimento humanizado, acesso a medicamentos e serviços de telemedicina (consultas online) em um modelo chamado de “Full Service”. Equipe Bras Pharma Divulgação Esse modelo busca proporcionar uma experiência de cuidado que remete ao acolhimento familiar, garantindo suporte integral aos clientes. A grande diferença está na forma como entende e acolhe o público que atende. “O paciente é tratado como se fosse da família”, afirmam os responsáveis pela empresa. O atendimento é feito em português, inglês e espanhol, com atenção especial à comunidade brasileira. Os consultores acompanham cada caso com dedicação, esclarecem dúvidas sobre leis e regulamentações locais e orientam os clientes sobre os tratamentos, oferecendo suporte completo com educação e informação de qualidade. “São preços acessíveis para quem precisa de atendimento médico de qualidade e não tem acesso fácil ao sistema de saúde americano”, destaca a empresa. Delivery que funciona e preços acessíveis A farmácia realiza envios para todos os estados norte-americanos, garantindo que brasileiros em qualquer parte do país tenham acesso aos medicamentos que precisam - inclusive com a possibilidade de parcelamento no cartão de crédito, como é comum no Brasil. Essa facilidade é um dos grandes diferenciais, especialmente quando combinada a preços acessíveis. Além disso, o grupo mantém parcerias com grandes fornecedores dos EUA, o que garante uma ampla variedade de medicamentos, inclusive os mais específicos. Entendendo o brasileiro A Bras Pharma também ajuda os clientes a entenderem as diferenças entre os sistemas de saúde do Brasil e dos Estados Unidos. Um exemplo prático: enquanto no Brasil é comum pedir remédios pelo nome comercial, nos EUA é preciso conhecer o princípio ativo do medicamento. Essa e outras orientações são oferecidas de forma clara e acolhedora pelos consultores da empresa. Equipe GPI Medical Center Divulgação “No Brasil eu me acostumei a tomar esse medicamento, mas aqui nos EUA ele é proibido. Então, o atendimento humanizado busca atender esse caso específico e apresentar uma solução imediata, adequada à realidade americana”, esclarece um dos consultores. O site oficial, a empresa destaca: “Oferecemos medicamentos para uso controlado, redução de peso, disfunção hormonal e disfunção erétil. E, através da empresa irmã Bras Medical Center, estabelecemos parcerias estratégicas com os principais laboratórios de análises clínicas e imagens de custo acessível para os nossos clientes”. Missão clara O GPI Medical Center oferece consultas online (telemedicina) com profissionais da saúde qualificados. É mais uma forma de garantir que os pacientes tenham acesso a diagnósticos rápidos, tratamentos confiáveis e acompanhamento contínuo - tudo com a credibilidade construída ao longo dos anos. A missão da empresa é a seguinte: “Dar acesso a medicamentos de qualidade e preço justo a imigrantes brasileiros e latinos, além de inspirar esperança e contribuir para a saúde e o bem-estar da comunidade. Buscamos garantir acesso descomplicado à medicamentos e saúde para todos, focando na satisfação dos nossos clientes”. Referência para brasileiros nos EUA Divulgação 5 diferenciais da “Clínica e Farmácia Brasileira nos EUA” Atendimento personalizado. Compreende as particularidades do público brasileiro. Credibilidade e segurança. São 10 anos de história e confiança Farmácia + Clínica. modelo Full Service com telemedicina integrada Preços acessíveis e parcelamento no cartão de crédito. Delivery que funciona: variedade de medicamentos e parcerias com grandes fornecedores. Clínica O GPI Medical Center oferece consultas presenciais em Pompano Beach e também consultas online para todo o país. Excelente para quem busca atendimento médico de qualidade, humanizado e de receita válida para compra de medicamentos nas farmácias americanas. A clínica ainda oferece atendimento psicológico, exames laboratoriais, ginecologista e outros atendimentos especializados. Bras Pharma Com unidades físicas em Pompano Beach e Orlando, a Bras Pharma também realiza envio de medicamentos para todos os estados americanos. Um diferencial importante é que a farmácia aceita e valida receitas médicas emitidas no Brasil - ideal para quem está viajando ou que já tem uma prescrição médica brasileira. Vale lembrar que há variações nas regras e prazos de validade conforme o estados e, por isso, é recomendável entrar em contato via WhatsApp para verificar as condições. “Se a receita do Brasil não for válida ou estiver vencida, o paciente pode agendar uma consulta médica com valor acessível no GPI Medical Center (presencial ou online) e, assim, obter a nova prescrição e o medicamento necessário.”, explica a empresa. Para saber mais Acesse o site oficial do GPI Medical Center. A clínica é sinônimo de cuidado, confiança e proximidade com a comunidade brasileira nos EUA. Responsável Técnico: Michael Lewis Ledina, R.Ph – NPI 1063893550 – Farmacêutico Responsável



Trump ameaça encerrar negócios com a China


14/10/2025 19:42 - g1.globo.com


Trump ameaça encerrar negócios com a China O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta terça-feira (14) encerrar negócios com a China que estejam "relacionados a óleo de cozinha e outros elementos de comércio". Segundo o republicano, a medida é uma retaliação ao país asiático, que suspendeu a compra de soja dos EUA em maio, em resposta às medidas comerciais adotadas por Trump. O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem? 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Acredito que a China propositalmente não comprar nossa soja, causando dificuldades aos nossos produtores, é um ato economicamente hostil", afirmou o republicano em publicação no Truth Social. "Estamos considerando encerrar negócios com a China relacionados a óleo de cozinha e outros elementos do comércio, como retaliação. Por exemplo, podemos facilmente produzir óleo de cozinha nós mesmos, sem precisar comprá-lo da China", completou Trump. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Escalada das tensões As falas de Trump reforçam a escalada das tensões entre Estados Unidos e China, vista nos últimos dias. No começo da semana, por exemplo, o gigante asiático chegou a chamar de "hipócritas" as tarifas de 100% impostas pelo republicano sobre produtos chineses. Na sexta-feira (10), Trump criticou uma iniciativa chinesa de restringir a exportação de elementos ligados às terras raras. Em seguida, anunciou que os EUA vão impor uma tarifa adicional de 100% sobre produtos importados da China a partir de 1º de novembro. Em resposta, o Ministério do Comércio da China afirmou que os controles sobre elementos de terras raras – que Trump chamou de “surpreendentes” e “muito hostis” – são uma reação a uma série de medidas dos EUA desde as negociações comerciais entre os dois países no mês passado. “Ameaçar impor tarifas altas a qualquer momento não é a forma correta de lidar com a China. Nossa posição sobre guerras tarifárias é consistente: não queremos brigar, mas não temos medo de brigar”, disse o ministério. “Se os EUA persistirem em agir unilateralmente, a China tomará medidas correspondentes para defender seus direitos e interesses legítimos.” O presidente dos EUA, Donald Trump Evelyn Hockstein/Reuters Donald Trump e Xi Jinping durante encontro na China Reuters/Damir Sagolj/File Photo Medida regulariza a produção em larga escala de soja no estado Maksuel Martins/GEA Trump fala com jornalistas a bordo do Air Force One, enquanto viajava para Israel, em 13 de outubro de 2025 REUTERS/Evelyn Hockstein O presidente da China, Xi Jinping, durante desfile militar que marca o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, em Pequim, China, em 3 de setembro de 2025. REUTERS/Tingshu Wang



Inflação na Argentina fica em 2,1% em setembro e cai para 31,8% em 12 meses


14/10/2025 19:09 - g1.globo.com


Javier Milei perde legislativas em Buenos Aires e mercado reage A inflação na Argentina foi de 2,1% em setembro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado nesta terça-feira (14) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). O resultado veio em linha com a expectativa de economistas. O dado acelerou em relação aos 1,9% registrados em agosto — e foi a maior inflação mensal desde abril (veja no gráfico mais abaixo). O índice acumulado em 12 meses até setembro ficou em 31,8%, abaixo dos 33,6% registrados no mês anterior. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os setores de maior alta em setembro foram o de habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (3,1%) e o de educação (3,1%). Na sequência, vieram transporte (3%), saúde (2,3%) e equipamentos e manutenção do lar (2,2%). Os dados do Indec mostram que o índice oficial de preços da Argentina apresentou progresso ao longo do primeiro ano de gestão do presidente ultraliberal Javier Milei. Em 2025, no entanto, a taxa mensal estagnou entre 2% e 3%, ficando apenas algumas divulgações abaixo de 2%. O país passa por um forte ajuste econômico sob o comando do presidente Javier Milei. No último mês, uma crise política afetou as expectativas, e o líder argentino busca o apoio de Donald Trump, nos Estados Unidos, para conter a instabilidade nos mercados e no câmbio. (leia mais abaixo) Ajuste econômico e impacto nos preços A Argentina, que já vinha enfrentando uma forte recessão, passa por um grande ajuste econômico. Após tomar posse, em dezembro de 2023, Milei decidiu paralisar obras federais e interromper o repasse de dinheiro para os estados. Foram retirados subsídios às tarifas de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais. Com isso, houve um aumento expressivo nos preços ao consumidor. O país também observou uma intensificação da pobreza no primeiro semestre de 2024, com 52,9% da população nessa situação. No segundo semestre, o percentual caiu para 38,1% — um total de 11,3 milhões de pessoas. A insatisfação da população despertou protestos pelo país. Por outro lado, o presidente conseguiu uma sequência de superávits (arrecadação maior do que gastos) e retomada da confiança dos investidores. Crise política e apoio de Trump No último mês, no entanto, Milei tem enfrentado uma forte crise política após um suposto escândalo de corrupção envolvendo Karina Milei, secretária-geral da Presidência e irmã do presidente. Um áudio gravado por um ex-aliado de Javier Milei, no qual Karina é acusada de corrupção, vazou para a imprensa e está sendo investigado pela Justiça. Segundo denúncia de Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional de Discapacidade (Andis), Karina Milei e o subsecretário de Gestão Institucional, Eduardo “Lule” Menem, cobrariam propinas de indústrias farmacêuticas para a compra de medicamentos da rede pública. "Estão roubando. Você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim, tenho todos os 'WhatsApp' de Karina", diz Spagnuolo na mensagem. Leia mais aqui. Em meio à crise, Javier Milei sofreu uma dura derrota, em setembro, nas eleições da província de Buenos Aires — a mais importante da Argentina, que concentra quase 40% do eleitorado nacional. Os reflexos foram sentidos no mercado: os títulos públicos, as ações das empresas e o peso argentino despencaram um dia após o pleito. Com o resultado, a moeda argentina atingiu seu menor valor histórico até então, cotada a 1.423 por dólar. Conforme mostrou o g1, o peso derreteu mais de 27% frente ao dólar, liderando as perdas em 2025. O cenário é bastante prejudicial para a inflação. O pessimismo no mercado surgiu após investidores demonstrarem preocupação de que o governo de Javier Milei não conseguiria avançar com sua agenda de cortes de gastos e reestruturação das contas públicas na Argentina. A partir de então, ocorreram sucessivas quedas do peso em relação ao dólar, levando o Banco Central da Argentina a retomar intervenções no câmbio para controlar a disparada da moeda norte-americana. A volatilidade só diminuiu após o governo dos EUA anunciar apoio ao país sul-americano. Na última semana, a gestão Trump comprou pesos argentinos e também concluiu um acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões com a Argentina. Além disso, Trump declarou publicamente seu apoio ao presidente argentino. O republicano se encontrou com Milei nesta terça-feira, na Casa Branca, para discutir as medidas de socorro ao país. Milei anunciou pacote de medidas para tentar aumentar a circulação de dólares na economia argentina Agustin Marcarian/Reuters Acordo com o FMI No início do governo Milei, a melhora nos indicadores econômicos fez com que o líder alcançasse, em 11 abril, um acordo de US$ 20 bilhões em empréstimos junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A primeira parcela, de US$ 12 bilhões, foi disponibilizada ao país poucos dias depois. O repasse dos recursos representa um voto de confiança do fundo internacional no programa econômico do presidente argentino. Os valores anunciados se somam a dívidas antigas do país junto ao FMI, que já superavam os US$ 40 bilhões. Nesse cenário, reduzir a inflação é fundamental para o governo do líder argentino, que deseja eliminar completamente os controles de capitais que prejudicam os negócios e os investimentos. Para isso, Milei quer que a inflação permaneça abaixo de 2% ao mês. Após o acordo com o FMI, o banco central da Argentina anunciou uma redução dos controles cambiais, o chamado “cepo”. A flexibilização determinou o fim da paridade fixa para o peso argentino e introduziu o "câmbio flutuante" — quando o valor da moeda é determinado pela oferta e demanda do mercado. Com isso, o governo de Javier Milei passou a ensaiar o fim do sistema de restrição cambial que estava em vigor desde 2019, limitando a compra de dólares e outras moedas estrangeiras pelos argentinos. A deterioração recente nos mercados, porém, fez o país voltar a intervir no câmbio. (leia abaixo) Medidas econômicas Em suas ações mais recentes, o governo e o Banco Central da Argentina lançaram medidas de naturezas monetária, fiscal e cambial para injetar dólar no país, com o objetivo de fortalecer o cumprimento do acordo com o FMI para a recuperação econômica. Em 22 de maio, o governo também anunciou sua decisão de permitir que os cidadãos utilizem dólares mantidos fora do sistema financeiro — ou seja, guardados "debaixo do colchão" — sem a obrigatoriedade de declarar a origem dos recursos. Em 10 de junho, lançou medidas como a flexibilização no uso de pesos e dólares no mercado de títulos públicos e um plano de captação de empréstimo de US$ 2 bilhões com emissões de títulos. Além disso, se comprometeu a reduzir a emissão de moeda pelo BC. Já na semana anterior às eleições de Buenos Aires — e em meio à forte queda do peso frente ao dólar —, o governo de Milei anunciou sua intervenção no mercado de câmbio. O secretário de Finanças, Pablo Quirno, afirmou em 2 de setembro que o Tesouro Nacional atuará diretamente na compra e venda de dólares para garantir oferta suficiente e evitar desvalorizações abruptas. O objetivo do governo é estabilizar a inflação, reforçar as reservas comerciais, melhorar o câmbio e atrair investimentos, enquanto avança no rigoroso ajuste econômico promovido por Milei.



Trump recebe Milei na Casa Branca para discutir socorro financeiro à Argentina


14/10/2025 18:55 - g1.globo.com

Trump recebe Milei na Casa Branca para discutir socorro financeiro à Argentina Donald Trump recebe o aliado Javier Milei nesta terça-feira (14) na Casa Branca, a partir das 14h (horário de Brasília).. Os líderes devem negociar apoio financeiro dos EUA em troca de acesso a minerais críticos argentinos.. Um acordo comercial para reduzir o tarifaço sobre o aço e o alumínio argentinos também pode ser anunciado.. O governo americano pressiona os argentinos para que se afastem da China. O gigante asiático tem buscado aumentar sua influência na América do Sul.



Lula se reúne com ministro de Minas e Energia após apagão em todo o país


14/10/2025 18:21 - g1.globo.com


Ministro de Minas e Energia explica que apagão ocorreu por falha elétrica localizada O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na tarde desta terça-feira (14) com o ministro de Minas e Energia, Alexandre de Silveira. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e foi incluído na agenda oficial no presidente no início da tarde. Segundo o MME, a pauta do encontro foi a instalação do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM), prevista para ser realizada neste mês. A reunião de Lula com o ministro aconteceu horas depois de um apagão durante a madrugada afetar todos os estados e o Distrito Federal. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a falha foi causada por um incêndio em uma subestação no Paraná. O serviço já foi restabelecido. O presidente Lula desembarcou na madrugada desta terça em Brasília após viajar para a Roma. A agenda do presidente está sendo atualizada ao longo do dia com compromissos oficiais. Apagão Foram registradas falhas elétricas em todos os estados e no Distrito Federal. A queda de energia foi causada por um incêndio na subestação de Bateias, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), que ocorreu por volta de 0h30, conforme o governo federal. A normalização completa ocorreu até 2h30 da madrugada. O ministro Alexandre Silveira explicou que a falha ocorreu por conta de um "problema elétrico" pontual, e não por falta de energia. Infográfico: todos os estados foram afetados pelo apagão nesta terça (14) — Foto: Arte/g1 Arte/g1



Ao lado de Milei, Trump cita o Brasil e diz que teve boa conversa com Lula


14/10/2025 18:20 - g1.globo.com


Ao lado de Milei, Trump cita o Brasil e diz que teve boa conversa com Lula O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou o Brasil durante uma reunião com o líder argentino, Javier Milei. Trump mencionou o encontro que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas Nações Unidas e disse tido uma "boa conversa" com o brasileiro. Lula e Milei são adversários políticos. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O presidente argentino está nos Estados Unidos para discutir uma ajuda financeira dos Estados Unidos ao país. Durante um almoço com Milei, Trump falou com jornalistas e comentou sobre a relação com países da América do Sul. Ao ser questionado sobre o motivo de apoiar a Argentina, Trump afirmou que os Estados Unidos não precisam ajudar países da região, mas que decidiu fazê-lo por considerar importante para o continente. "Se a Argentina for bem, outros vão seguir o exemplo. E muitos outros já estão seguindo", afirmou. Em seguida, Trump disse que países sul-americanos estão se aproximando dos Estados Unidos e citou o Brasil como exemplo. "E o Brasil, tive uma conversa muito boa com o presidente [Lula]. Eu o encontrei nas Nações Unidas antes de subir para discursar", afirmou. Trump também criticou o grupo dos BRICS, formado por países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O presidente norte-americano afirmou que o bloco representa uma tentativa de enfraquecer o domínio do dólar no comércio global. "Estão todos saindo dos BRICS. Era um ataque ao dólar. Eu disse: ‘querem jogar esse jogo? Vamos colocar tarifas sobre todos os produtos que entrarem nos Estados Unidos’. Eles disseram: ‘estamos fora dos BRICS’. E agora ninguém mais fala disso", afirmou. LEIA TAMBÉM Trump recebe Milei para discutir socorro financeiro e possível acordo de livre comércio 'Por favor, venham': a queda no número de visitantes em Las Vegas e o turismo nos EUA na era Trump 'Primavera dos novinhos': Militares de Madagascar anunciam tomada de poder após Parlamento ignorar decreto e afastar presidente Conversa por telefone Lula e Trump Adriano Machado/Reuters; Evelyn Hockstein/Reuters Lula e Trump conversaram por telefone em 6 de outubro. A ligação durou cerca de 30 minutos e tratou de temas econômicos, incluindo as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo o governo brasileiro, Lula pediu que Trump revisse as tarifas, além das sanções a autoridades brasileiras em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mais tarde, no mesmo dia, Trump disse que pretende visitar o Brasil em breve. Ele chamou Lula de “bom homem” e afirmou que os dois devem fechar acordos comerciais. "Nós nos conhecemos, gostamos um do outro e, sim, tivemos uma ótima conversa. Vamos começar a fazer negócios. (...) Em algum momento eu vou [para o Brasil], e ele [Lula] vai vir aqui... Nós conversamos sobre isso." O tom amistoso contrastou com a recente crise na relação entre os dois países, que se agravou após o anúncio das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Trump vinha criticando o Brasil pelo que chamou de “caça às bruxas” contra Bolsonaro. Lula, por sua vez, chegou a sugerir que o presidente americano queria ser o “imperador do mundo” e criticou o que classificou como “sanções arbitrárias” e “ataques à soberania”. A mudança na relação entre os dois começou na Assembleia Geral da ONU, no dia 23 de setembro, após um breve encontro nos bastidores. A expectativa é que Lula e Trump façam um encontro presencial em breve. Infográfico - A química entre Lula e Trump. Arte/g1 Ajuda à Argentina A reunião entre Milei e Trump nesta terça-feira, na Casa Branca, ocorre cerca de uma semana após os Estados Unidos terem concordado em conceder à Argentina uma ajuda financeira de US$ 20 bilhões. Na semana passada, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, anunciou que o apoio americano ao país sul-americano virá por meio de um acordo de swap cambial com o banco central argentino. A ajuda financeira à Argentina é vista como um movimento atípico dos EUA, sobretudo sob uma administração que vinha evitando grandes intervenções no exterior. Segundo a Casa Branca, o acordo faz parte de uma estratégia para estabilizar um aliado-chave na região. A decisão, porém, tem provocado críticas dentro do próprio país. Agricultores americanos, por exemplo, lembraram que a China redirecionou as compras de soja dos EUA para a Argentina neste ano. Ao ser questionado sobre um possível acordo de livre comércio com a Argentina, Trump afirmou que não descarta a possibilidade: “Sim, isso é possível”. Trump e Milei em encontro na Casa Branca REUTERS/Kevin Lamarque VÍDEOS: em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1



Trump recebe Milei para discutir socorro financeiro e condiciona apoio a resultados de eleições legislativas


14/10/2025 17:46 - g1.globo.com


EUA confirmam acordo de US$ 20 bilhões para ajudar Argentina de Javier Milei O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o presidente da Argentina, Javier Milei, na Casa Branca nesta terça-feira (14). O encontro entre os líderes ocorre cerca de uma semana após Washington ter concordado em conceder à Buenos Aires uma ajuda financeira de US$ 20 bilhões. Durante um almoço com o presidente argentino, Trump falou com jornalistas e comentou também que não descarta a possibilidade de um acordo de livre comércio com a Argentina. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça “Vamos discutir parte disso hoje... Queremos ajudar a Argentina, e claro, também queremos ajudar a nós mesmos, mas queremos ajudar a Argentina”, disse Trump durante a reunião. O republicano destacou a intenção de apoiar o aliado argentino, afirmando que deseja ver o país andino prosperar. No entanto, ele alertou que os EUA podem não ser tão generosos se Milei não for vitorioso nas disputas legislativas deste mês. "Se ele perder, não seremos generosos com a Argentina. Nossos acordos estão sujeitos a quem vencer a eleição. Porque com um socialista, fazer investimentos é muito diferente", acrescentou Trump. Sob pressão de escândalos de corrupção e da desconfiança dos mercados, o governo do presidente argentino tem sofrido impasses nos últimos meses. Em setembro, por exemplo, as eleições legislativas de Buenos Aires, a província mais populosa e politicamente influente da Argentina, acabaram em uma ampla vitória dos peronistas. O resultado ligou o alerta para as eleições deste mês, indicando que a oposição pode ganhar mais espaço no Congresso e complicar a agenda do governo Milei na segunda metade do mandato. O republicano ainda ressaltou que os EUA não precisam ajudar países da América do Sul, mas que entendeu que o auxílio era importante para o continente. Trump disse que países sul-americanos estão se aproximando dos EUA e citou o Brasil como exemplo. Além disso, ele completou que a Argentina "não deveria ter nenhuma relação" com a China. Suas críticas se estenderam aos BRICs, no qual Trump afirmou que o bloco tem atuado para enfraquecer o dólar. Socorro dos EUA à Argentina Na semana passada, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, anunciou que o apoio americano ao país andino virá por meio de um acordo de swap cambial com o banco central argentino. “O Tesouro dos EUA está preparado, imediatamente, para tomar quaisquer medidas excepcionais que se mostrem necessárias para garantir a estabilidade dos mercados”, disse Bessent. No entanto, a ajuda financeira à Argentina é vista um movimento atípico dos EUA — sobretudo sob uma administração que vinha evitando grandes intervenções no exterior. Segundo a Casa Branca, o acordo faz parte de uma estratégia para estabilizar um aliado-chave na região. A decisão, porém, tem provocado críticas dentro do próprio país. Isso porque diversos democratas criticaram Trump por priorizar resgates internacionais e medidas de proteção a investidores, enquanto o governo americano segue paralisado — no chamado "shutdown". Agricultores americanos também manifestaram insatisfação com os movimentos do republicano em relação ao aliado, lembrando que a China redirecionou suas compras de soja dos EUA para a Argentina neste ano. Embora os detalhes do acordo ainda não tenham sido divulgados, o pacote de ajuda pode dar a Milei um fôlego político importante em meio ao esforço para conter o agravamento da crise econômica e consolidar a base de apoio ao seu governo. Apoio do Banco Mundial Separadamente, o Banco Mundial informou no mês passado a aceleração de seu plano de apoio de US$ 12 bilhões à Argentina, destinando até US$ 4 bilhões nos próximos meses por meio de financiamento do setor público e investimentos do setor privado. O banco de desenvolvimento afirmou, em nota, que o pacote apoiará o processo de reformas da Argentina e sua estratégia de crescimento de longo prazo. Ainda não se sabe sobre a velocidade de liberação dos recursos. “O pacote terá como foco motores-chave de competitividade: desbloqueio da mineração e de minerais estratégicos; impulso ao turismo como fonte de empregos e desenvolvimento local; expansão do acesso à energia; e fortalecimento das cadeias de suprimentos e do financiamento de pequenas e médias empresas”, informou o Banco Mundial. Crise argentina A piora mais intensa dos mercados na Argentina ocorreu após a derrota de Milei nas eleições legislativas de Buenos Aires. Foi o primeiro grande teste eleitoral do presidente, ainda pressionado pelos efeitos da denúncia de corrupção que envolve sua irmã, Karina Milei, integrante do governo. No dia seguinte ao pleito, o S&P Merval, principal índice da bolsa da capital argentina, caiu 13,23%, enquanto os títulos públicos com vencimento em 35 anos recuaram quase 8%. O peso argentino se desvalorizou 4,25%, cotado a 1.423 por dólar. O pessimismo no mercado surgiu após investidores demonstrarem preocupação de que o governo de Javier Milei não conseguiria avançar com sua agenda de cortes de gastos e reestruturação das contas públicas na Argentina. A partir de então, ocorreram sucessivas quedas do peso em relação ao dólar, levando o Banco Central da Argentina a retomar intervenções no câmbio para controlar a disparada da moeda norte-americana. A volatilidade só diminuiu após o anúncio de Bessent sobre o apoio dos EUA ao país sul-americano. Ainda assim, permanecia a expectativa em relação à concretização das promessas. O próximo grande teste de Milei e da força de seu governo será nas eleições de meio de mandato, marcadas para 26 de outubro, quando os eleitores vão renovar parte do Congresso argentino. O resultado também poderá impactar fortemente os mercados. Trump e Milei em encontro na Casa Branca REUTERS/Kevin Lamarque



Após pedido de Viracopos, Anac abre mesa de negociação para tentar salvar contrato de concessão


14/10/2025 17:19 - g1.globo.com


Aeroporto Internacional de Viracopos em Campinas (SP) Divulgação/Viracopos A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) abriu uma mesa de negociação para discutir o futuro da concessão do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A medida foi tomada após pedido da concessionária e ocorre depois do fim do processo de relicitação. O anúncio foi feito nesta terça-feira (14), durante audiência pública da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). O debate tratou do futuro da concessão de Viracopos e dos impactos da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que encerrou a relicitação. Na prática, a diretoria da Anac aprovou a criação de uma comissão de autocomposição, que permite uma solução por meio do diálogo entre o poder público e a concessionária, com a participação da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR). 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias da região em tempo real e de graça O processo ainda está no início, mas representa a última tentativa de manter a concessionária na gestão do terminal, operado pela iniciativa privada desde 2012, antes de um possível procedimento de caducidade. Anac lança manual de prevenção e combate ao trafico de pessoas na aviação, em Viracopos 'Embrionário' De acordo com Emanuelle Soares, superintendente de Regulação Econômica de Aeroportos da Anac, a agência aceitou o pedido da concessionária com o objetivo de “assegurar que qualquer solução preserve a continuidade do serviço, a proteção do interesse público e a sustentabilidade do setor”. A superintendente destacou, ainda, que o processo é considerado “extremamente embrionário” e que o escopo das discussões será definido com base em análises técnica, financeira e operacional, conforme a legislação vigente. Na decisão pela abertura da mesa, o relator e diretor-presidente da Anac, Tiago Chagas Faierstein, ressaltou que a iniciativa busca “reduzir a litigiosidade e preservar a continuidade e qualidade do serviço público”. A Anac determinou que a concessionária apresente detalhes da proposta e que o TCU seja informado de forma contínua sobre as negociações. Concessionária vê chance de acordo O diretor-presidente da Aeroportos Brasil Viracopos (ABV), Gustavo Müssnich, afirmou que a criação da comissão de autocomposição é um passo importante para construir uma solução que atenda ao interesse público. "A minha visão é que, com um pouco de diálogo, boa vontade e racionalidade, a gente consegue sim salvar um ativo importante que tem desempenhado bem e, na nossa visão, atende ao interesse público, que no fim do dia é o que mais conta. A gente está muito aberto para as discussões que virão e otimistas com relação a uma possibilidade de entendimento", garantiu. Já o secretário nacional de Aviação Civil, Daniel Longo, disse que o ministério apoia uma nova tentativa de solução negociada, depois negociações anteriores frustradas no TCU. “Nós iremos nos manifestar apenas naquilo que compete ao Ministério, que são basicamente temas relacionados ao projeto aeroportuário, à adequação das obrigações de investimento da concessionária e à projeção de demanda esperada para o aeroporto”, destacou. A posição está alinhada à do ministro Silvio Costa Filho (Republicanos), que já disse ser favorável à manutenção da concessionária à frente do ativo. Em nota enviada ao g1, a ABV destacou que “valores dos reequilíbrios não reconhecidos pela Anac desde o início da concessão envolvem quantias superiores aos que são cobrados da concessionária”. "Viracopos salienta que conquistou neste ano, pela 5ª vez, o prêmio de Melhor Aeroporto do Brasil em sua categoria (acima de 10 milhões de passageiros/ano) e reafirma seu compromisso com a continuidade da prestação de serviços, objeto da concessão, nos elevados padrões de qualidade já reconhecidos ao longo dos quase 13 anos de vigência do contrato", complementou. Gustavo Müssnich, CEO da Aeroportos Brasil Viracopos (ABV), participou de audiência pública na Câmara dos Deputados Reprodução/YouTube AGU participará da mesa Daniel Roque, procurador nacional federal de Assuntos Extrajudiciais, disse que a AGU está “indicando representantes para acompanhar essa mesa de negociação” para “resguardar o interesse público” e “verificar a possibilidade de se chegar a um acordo”. A secretária de Controle Externo da Infraestrutura do TCU, Keila Boaventura, lembrou que o órgão já coordenou uma comissão e enfatizou que "não há possibilidade do TCU sentar à mesa novamente para participar de um novo procedimento consensual". Com a criação da comissão de autocomposição, Anac, AGU, MPOR e a concessionária ainda devem definir o escopo e o formato das negociações, mas não houve prazo definido. Por que a relicitação não avançou? O processo de relicitação de Viracopos não avançou porque o prazo legal para publicação do edital venceu em 2 de junho, conforme determina a Lei de Relicitações, que prevê dois anos desde a abertura do processo. A relicitação seria retomada após o fracasso da tentativa de solução consensual entre a concessionária e o governo federal. O impasse central era o cálculo da indenização devida pela Anac à ABV, tanto pelos investimentos realizados desde 2012 quanto por possíveis ressarcimentos futuros. O TCU exigiu que a Anac contratasse uma auditoria para definir esse valor antes do lançamento do edital. A contratação foi aprovada, mas o documento nunca chegou a ser publicado, o que paralisou o processo. De acordo com o TCU, outra razão para a solução consensual não ter avançado foram as dificuldades colocadas pela concessionária. "O comportamento da ABV, conforme evidenciado nas peças mencionadas, revela uma postura nada amigável, com patente má vontade, que não apenas dificulta o avanço do processo de relicitação, mas também compromete a eficiência administrativa e a concretização do interesse público", disse o texto do órgão. Crise e tentativas de solução Viracopos, quinto aeroporto mais movimentado do país, enfrenta uma crise financeira desde 2017. Na época, a concessionária pediu recuperação judicial e depois aderiu à relicitação, sendo o primeiro aeroporto brasileiro a adotar esse caminho. A partir de 2023, com a melhora dos resultados financeiros e o aval do Ministério de Portos e Aeroportos, a ABV tentou encerrar a relicitação e retomar a solução amigável no TCU, buscando manter o contrato. O principal entrave nas negociações da Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso), órgão do TCU, foi a divergência sobre o valor da indenização. Após o arquivamento do processo, a concessionária levou o tema à arbitragem judicial. Paralelamente, a Anac calculou o ressarcimento em R$ 2,5 bilhões, referentes a investimentos ainda não amortizados até 31 de dezembro de 2022. Veja, abaixo, uma reportagem exibida à época do pedido de recuperação judicial: Concessionária do aeroporto de Viracopos entra com um pedido de recuperação judicial De recuperação à relicitação O último plano de recuperação judicial do aeroporto foi protocolado em dezembro de 2019 e aprovado em fevereiro de 2020, após acordo entre a concessionária, a Anac e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Justiça encerrou a recuperação em dezembro de 2020, e o processo de relicitação começou logo depois. O edital foi aprovado em agosto de 2021. A Aeroportos Brasil Viracopos já havia manifestado o interesse em devolver a concessão em 2017, mas o processo travou porque a Lei nº 13.448/2017, que regulamenta relicitações de concessões públicas, só foi regulamentada em 2019. Reestruturação financeira Com a melhora financeira, o aeroporto voltou a registrar recordes de passageiros em 2022 e 2023, o que reforçou o argumento da concessionária de que a continuidade da gestão privada seria mais vantajosa do que uma nova licitação. A dívida total da ABV chegou a R$ 2,88 bilhões, referentes a outorgas atrasadas e débitos bancários incluídos no processo de arbitragem. Atualmente, a Infraero detém 49% das ações de Viracopos. Os outros 51% pertencem à UTC Participações (28,41%), Triunfo Participações (68,65%) e Egis (2,94%), que juntas compõem a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos. Prédio da Anac, em Brasília Anac/ Divulgação VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas



Novo SUV da Renault: Boreal chega por R$ 179.990 e vai competir com Compass e Corolla Cross


14/10/2025 17:00 - g1.globo.com


Renault Boreal: o novo concorrente de Compass e Corolla Cross A Renault anunciou nesta terça-feira (14) a pré-venda do seu primeiro SUV de porte médio para o mercado brasileiro: o Boreal. Vendido em três versões, o preço inicial do carro é de R$ 179.990. (Veja mais abaixo os preços de cada uma das versões) Como o g1 já mostrou em julho, o novo SUV da Renault chega para disputar espaço com Jeep Compass, Ford Territory e Toyota Corolla Cross. Veja a faixa de preço dos rivais: Toyota Corolla Cross: de R$ 188.990 a R$ 219.890; Jeep Compass: de R$ 169.990 a R$ 264.990; BYD Song: de R$ 189.990 a R$ 299.800; CAOA Chery Tiggo 7 Pro Max Drive: R$ 169.990; GWM Haval H6: de R$ 199 mil a R$ 288 mil; Volkswagen Taos: de R$ 206.990 a R$ 231.990; Ford Territory: R$ 215 mil; Honda ZR-V: R$ 214.500. Apresentado globalmente a partir do Brasil, o lançamento reforça a importância do país na estratégia internacional da Renault, e adiciona mais um concorrente ao segmento de SUVs — o que mais cresce no mercado nacional. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os SUVs já representam 53% das vendas no país, superando com folga qualquer outro tipo de veículo. Com o Boreal, a marca francesa completa sua linha de SUVs: Atualmente, o Renault Kardian atua no segmento de entrada (categoria A), onde também concorrem o Fiat Pulse e o Volkswagen T-Cross. O Duster representa a Renault no segmento B, competindo com modelos como Jeep Renegade, Hyundai Creta, Novo Chevrolet Tracker e os Volkswagen Nivus e T-Cross. Agora, o Boreal chega para atender o consumidor que busca um veículo espaçoso, com bom porta-malas, dentro do chamado segmento C dos utilitários esportivos. Embora seja um modelo global, o Boreal será direcionado a mercados fora da Europa. Na Europa, a Renault já oferece o Bigster, da Dacia (sua subsidiária no Leste Europeu), e o Koleos, voltado para a Europa Ocidental, com uma proposta mais sofisticada. Produzido na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, o Boreal será exportado para 17 países da América Latina. O novo SUV médio da Renault chega em três versões diferentes, disponíveis em seis cores: Evolution, Techno e Iconic. Veja abaixo os preços de partida de cada uma das versões: Boreal Evolution: R$ 179.990 Boreal Techno: R$ 199.990 Boreal Iconic: R$ 214.990 Confira os equipamentos de cada configuração. Evolution: rodas de liga leve 18" design mountain na cor cinza; faróis full LED e lanternas com luzes de direção dinâmicas; assinatura luminosa com “welcome/good-bye sequence”; ar-condicionado automático e digital dual zone com saída de ar traseira; coluna de direção ajustável em altura e profundidade; console central elevado com compartimento refrigerado; quatro portas USB Tipo-C (duas na frente e duas na traseira); carregador de smartphone por indução; câmbio e-shifter e paddle-shift (aletas para troca de marcha); freio de estacionamento eletrônico; bancos e painéis de porta com acabamento premium preto e costura cinza; painel de instrumentos digital de 7”; multimídia OpenR de 10” com espelhamento Android Auto e Apple CarPlay sem fio; Segurança: 6 airbags, limitador de velocidade, controle de velocidade adaptativo inteligente, assistente de partida em rampa, sensores de estacionamento traseiro, câmera de ré, alerta de distância segura, frenagem automática de emergência frontal e em curvas, sensor de fadiga, alerta de permanência em faixa, assistente de permanência em faixa, assistente de permanência em faixa em tráfego contrário, reconhecimento de placas de velocidade Banco traseiro bi-partido 60:40 com sistema “easy break”; Sistema com seis alto-falantes Chave presencial do tipo cartão e acesso Hands-Free; Opcionais: pacote teto bíton. Techno com todos os equipamentos da versão evolution, mais: rodas de liga leve 18” design “mountain” na cor preta; barras de teto longitudinais; antena tubarão; faróis de neblina; painel de instrumentos digital 10” com replicação de mapa; multimedia OpenR de 10” com Google built-in (Google Maps, Google Play e Google Assistant) e mais de 100 apps disponíveis; My Renault app; manutenção conectada; Multi-sense com comando rotatório e 5 modos de condução Eco, Sport, Comfort, Perso (personalizável) e novo modo Smart; ambient lighting com 48 cores; bancos do motorista e passageiro com ajuste elétrico e ajuste lombar; Segurança: sensores de estacionamento dianteiro, sensores de estacionamento lateral, alerta de ponto cego, alerta de saída segura dos ocupantes, alerta de tráfego cruzado traseiro, assistente de permanência em faixa com intervenção para ponto cego; Opcionais: pacote teto bíton e pacote teto solar panorâmico. A Iconic adiciona: rodas de liga leve 19” design “river” diamantadas; teto solar panorâmico elétrico com teto bíton preto; bancos dianteiros com ajuste elétrico e lombar, com funções massagem e memória para motorista; sistema de som premium Harman Kardon com 10 alto-falantes; bancos e painéis de porta com acabamento premium “deep blue”; porta traseira elétrica com função Hands-Free; Segurança: farol alto inteligente, câmera 360º com visão 3D, assistente de estacionamento semi-autônomo, active driver assist e assistente de parada de emergência. Renault Boreal: SUV rival de Compass e Corolla Cross no Brasil Motorização O Boreal já vem equipado com o motor 1.3 turbo de quatro cilindros, também utilizado no Duster e na picape Oroch. Esse propulsor entrega 163 cv de potência e 27,5 kgfm de torque. Em termos de torque, o desempenho é semelhante ao do Jeep Compass, que também utiliza um motor 1.3 turbo da Stellantis. No entanto, tanto o Compass quanto o Toyota Corolla Cross entregam mais potência, com 176 cv e 177 cv, respectivamente. Vale destacar que o SUV da Toyota, líder de vendas na categoria no acumulado do ano, é o único que ainda não adotou o "downsizing" — tendência que reduz o tamanho do motor e adiciona turbocompressor para melhorar a eficiência no consumo de combustível. As versões também já contam com transmissão automatizada de dupla embreagem com seis marchas. O Renault Boreal é equipado com transmissão automatizada de dupla embreagem com seis marchas Divulgação | Renault Embora o motor 1.3 turbo apresente bom desempenho no Duster e na Oroch, ainda não se sabe como ele se comportará no Boreal. O alerta é o caso do Compass, que utiliza o mesmo motor do Renegade: enquanto oferece desempenho empolgante no modelo menor, não impressiona tanto no SUV médio. O g1 ainda não testou o Boreal, mas é possível estimar seu desempenho com base em modelos concorrentes. O portal avaliou o Ford Territory, SUV de porte semelhante e com números próximos de potência e torque. O Territory entrega 169 cv e 25,5 kgfm de torque. Com esses números e peso superior a 1.600 kg, o desempenho não empolga. É suficiente para viagens em família sem grandes dificuldades, mas as ultrapassagens exigem atenção, especialmente com o veículo carregado. Confira a ficha técnica do Boreal e de seus principais rivais: Como mencionado anteriormente, o Boreal utiliza um câmbio automatizado de dupla embreagem com seis marchas. Nesse aspecto — apesar das semelhanças entre os motores turbinados —, as montadoras adotam soluções bastante distintas. A Toyota, por exemplo, utiliza transmissão CVT. Ford e Renault optam pelo câmbio automatizado. A Jeep adota o câmbio automático convencional com conversor de torque. Cada sistema tem seus prós e contras. A transmissão automatizada de dupla embreagem — no caso da Renault, com embreagem banhada em óleo — é a mais eficiente, oferecendo trocas de marcha mais rápidas. Isso permite equilibrar esportividade e economia de combustível. Por outro lado, quando ocorrem falhas nesse tipo de câmbio, o reparo tende a ser mais caro e tecnicamente complexo. O Renault Boreal tem 4,56 m de comprimento Divulgação | Renault A transmissão CVT (sigla para “transmissão continuamente variável”) funciona com duas polias cônicas e uma correia metálica, ajustando continuamente a relação de marchas. É semelhante ao sistema de marchas de uma bicicleta, mas com cones no lugar das catracas. O CVT prioriza a eficiência no consumo, mantendo o motor sempre na faixa ideal de rotação. No entanto, não é a melhor opção para quem busca uma condução mais esportiva. Já o câmbio automático convencional é o mais simples em termos de manutenção, mas não oferece a mesma eficiência do CVT nem a agilidade nas trocas proporcionada pela transmissão de dupla embreagem. LEIA MAIS Novo Ford Territory: o que muda no SUV e quais as chances contra Jeep Compass e Toyota Corolla Cross Juros altos e fim do acordo comercial com a Colômbia pesam e produção de carros cai em setembro, diz Anfavea Pacote da Tesla paga bilhões a Musk mesmo se ele não cumprir metas “ambiciosas como ir a Marte” Dimensões O Boreal é maior que o Corolla Cross e o Compass, mas perde em comprimento para o Territory. Para garantir bom espaço interno, o entre-eixos do Renault é de 2,70 m — uma medida competitiva em relação aos modelos da Jeep e da Toyota, embora ainda fique 2 cm abaixo do oferecido pelo rival da Ford. O espaço interno do Boreal é digno de elogios. No entanto, não chega a ser tão generoso quanto o do Territory. Acaba que o espaço interno de um carro é como um cobertor curto: ao cobrir um lado, acaba descobrindo outro. Enquanto o SUV médio da Ford oferece mais conforto para os ocupantes, o porta-malas do Boreal se destaca com impressionantes 522 litros. Isso representa 74 litros a mais que o do Territory, 82 litros a mais que o do Corolla Cross e 112 litros a mais que o do Compass. O SUV tem porta-malas com 522 litros de capacidade Divulgação | Renault O Boreal supera até mesmo o Fiat Fastback, um SUV cupê conhecido pelo amplo porta-malas de 516 litros, sendo referência em sua faixa de preço. Esse bom aproveitamento de espaço é resultado da plataforma modular RGMP (Renault Group Modular Platform), que serve de base para diversos modelos da marca. Essa mesma estrutura é utilizada no Kardian, que é um SUV subcompacto. A Renault também planeja lançar, sobre essa mesma base, o Niagara — um modelo ainda maior que o Boreal, embora sua chegada ao mercado brasileiro ainda não esteja confirmada. O conceito Niagara, o próximo lançamento da Renault, é a picape do Boreal Divulgação | Renault Acabamento e equipamentos Apesar do bom espaço interno, o acabamento das portas traseiras deixa a desejar. Elas são quase inteiramente revestidas em plástico, com exceção de uma pequena faixa de couro sintético na área do apoio de braço e do comando dos vidros elétricos. Na parte traseira, há apoio de braço central com dois porta-copos, além de duas entradas USB-C para carregamento de dispositivos. E nesse quesito, o Boreal se destaca: há mais duas entradas USB-C na parte dianteira e um carregador por indução, permitindo que todos os cinco ocupantes carreguem seus celulares sem dificuldades. Na frente, o acabamento é mais refinado. Há revestimentos em couro e materiais macios ao toque nas portas e no painel. É nesse conjunto que se destacam as luzes de ambientação, refletidas sobre uma superfície que imita aço escovado. O usuário pode escolher entre 48 opções de cores, de acordo com sua preferência. O revestimento das portas traseiras deixou a desejar Divulgação | Renault O painel de instrumentos é composto por duas telas de 10,1 polegadas. A central multimídia é um dos grandes diferenciais do Boreal, pois já vem com o sistema Google Automotive nativo. Isso significa que o sistema possui conexão com a internet e permite a instalação de mais de cem aplicativos diretamente na central. Com isso, o motorista não depende do celular nem de Android Auto ou Apple CarPlay. É possível instalar apps de navegação, música, streaming, academias e muito mais — como se fosse um smartphone integrado ao carro. Os comandos de voz também são destaque: rápidos, precisos e capazes de controlar diversas funções do veículo, como o ar-condicionado, responder mensagens, consultar o status do carro, entre outros. O painel de instrumentos de 10 polegadas também pode mostrar a navegação Divulgação | Renault O painel de instrumentos do Boreal funciona praticamente como uma extensão da central multimídia. Por ser totalmente configurável, permite exibir a navegação, além de informações essenciais como velocidade, conta-giros e nível de combustível. Isso facilita a condução, já que o motorista pode manter o foco na estrada sem precisar alternar entre telas. É possível, por exemplo, deixar o trajeto no painel de instrumentos e, ao mesmo tempo, manter aplicativos de música e notícias — como o app do g1 — abertos na central multimídia. Além disso, o Boreal conta com sistema de som Harman Kardon com dez alto-falantes e um pacote completo de assistências à condução (ADAS). Na versão avaliada pelo g1, os recursos incluem: Piloto automático adaptativo; Centralização e permanência em faixa; Assistente de manutenção de faixa de emergência (detalhado abaixo); Alerta de saída segura para os ocupantes; Park Assist (recurso que o Ford Territory perdeu na linha 2025); Câmera 360º; Sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; Cinco modos de condução: Eco, Smart, Confort, Sport e Personalizável; Assistente de manutenção de faixa de emergência (e-LKA): atua em situações críticas, como risco de saída involuntária da faixa, presença de veículos em sentido contrário ou ultrapassagens perigosas. O sistema emite alertas e realiza correções na direção para manter o carro na trajetória, reduzindo o risco de colisões.



Lote extra do PIS-Pasep será pago a mais de 1,6 milhão de pessoas a partir desta quarta; veja se você tem direito


14/10/2025 15:34 - g1.globo.com


Caixa Econômica Federal, PIS/Pasep Marcelo Camargo/Agência Brasil Trabalhadores que ficaram de fora do calendário regular do abono salarial PIS/Pasep terão uma nova chance de receber o benefício. O governo federal libera nesta quarta-feira (15) um lote extra de pagamentos, voltado a quem teve os dados enviados com atraso pelos empregadores. Ao todo, mais de 1,6 milhão de pessoas serão contempladas, em um repasse que soma R$ 1,5 bilhão. Os valores poderão ser sacados até 29 de dezembro de 2025. ➡️ O abono salarial é pago anualmente a quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias no ano-base e recebeu, em média, até dois salários-mínimos mensais. O benefício pode chegar a até um salário-mínimo, conforme o período trabalhado. O novo lote foi autorizado pela Resolução Codefat/MTE nº 1.013, de 2025, que permitiu um prazo adicional para que empresas e órgãos públicos corrigissem informações no sistema do governo. Para participar, os empregadores precisaram reenviar os dados ao eSocial até 20 de junho deste ano. Diferentemente do calendário regular — que terminou em 15 de agosto com o pagamento aos nascidos em novembro e dezembro —, o lote extra será pago de uma só vez. Os trabalhadores podem consultar valores, banco de recebimento e possíveis abonos de anos anteriores no aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou no portal gov.br. Assim como em 2024, o calendário de 2025 segue unificado, contemplando tanto os profissionais da iniciativa privada quanto os servidores públicos conforme o mês de nascimento. Abaixo, veja perguntas e respostas: Como consultar? (passo a passo) Quem tem direito ao abono salarial? Quem não tem direito ao abono salarial? Qual é o valor? Como são os pagamentos? Canal de dúvidas 1. Como consultar? (passo a passo) Para fazer a consulta pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, siga o passo a passo: Certifique-se de que o aplicativo esteja atualizado; Acesse o sistema com seu número de CPF e a senha utilizada no portal gov.br; Toque em "Benefícios" e, em seguida, em "Abono Salarial". A tela seguinte irá informar se o trabalhador está ou não habilitado para receber o benefício. Vale lembrar que trabalhadores do setor privado também podem consultar a situação do benefício e a data de pagamento nos aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem. Volte ao índice. Consulta ao abono salarial PIS-Pasep 2025 já está liberada 2. Quem tem direito ao abono salarial? Os trabalhadores devem atender aos seguintes critérios para ter direito ao benefício: estar cadastrado no programa PIS/Pasep ou no CNIS (data do primeiro emprego) há pelo menos cinco anos; ter trabalhado para empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep); ter recebido até 2 salários-mínimos médios (no valor em vigor no ano-base) de remuneração mensal no período trabalhado; ter exercido atividade remunerada durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base da apuração (2023); ter os dados informados pelo empregador (pessoa jurídica ou governo) corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ou no eSocial do ano-base considerado para apuração (2023). Volte ao índice. 3. Quem não tem direito ao abono salarial? empregado(a) doméstico(a); trabalhadores rurais empregados por pessoa física; trabalhadores urbanos empregados por pessoa física; trabalhadores empregados por pessoa física equiparada a jurídica. Volte ao índice. 4. Qual é o valor? O valor do abono salarial é proporcional ao tempo de serviço do trabalhador no ano-base em questão. O cálculo corresponde ao valor atual do salário-mínimo dividido por 12 e multiplicado pela quantidade de meses trabalhados no ano-base. Assim, somente quem trabalhou os 12 meses do ano-base recebe o valor total de um salário-mínimo. Com o aumento do salário mínimo, o valor do abono salarial passará a variar de R$ 126,50 a R$ 1.518,00, de acordo com a quantidade de meses trabalhados. Veja no gráfico abaixo: Volte ao índice. Volte ao índice. 5. Como são os pagamentos? O pagamento do PIS (Programa de Integração Social) aos trabalhadores da iniciativa privada é administrado pela Caixa Econômica Federal. São quatro opções para receber: As pessoas que possuem conta corrente ou poupança na Caixa receberão o abono automaticamente, informou o banco. Também é possível receber os valores por meio da Poupança Social Digital, cuja movimentação é feita pelo aplicativo Caixa Tem. Outra opção é fazer o saque com o cartão social e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e Caixa Aqui. Se o trabalhador não possuir cartão social, o pagamento também pode ser realizado em qualquer agência da Caixa com a apresentação de um documento de identificação. Já o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) é válido para os servidores públicos, e os depósitos são feitos pelo Banco do Brasil. Nesse caso, o pagamento será realizado prioritariamente como crédito em conta bancária, transferência via TED, via PIX ou presencial nas agências de atendimento, informou o Ministério do Trabalho. Volte ao índice. 6. Ainda tem dúvidas? Mais informações podem ser solicitadas nos canais de atendimento do Ministério do Trabalho e nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho, pelo telefone 158 ou pelo e-mail: trabalho.uf@economia.gov.br (substituindo os dígitos UF pela sigla do estado do trabalhador). Volte ao índice. Saiba regras do PIS-Pasep: Consulta ao abono salarial PIS-Pasep 2024 é liberada



Entenda por que um incêndio em uma subestação no PR causou apagão em todo o país


14/10/2025 15:17 - g1.globo.com


Perguntas e respostas sobre o apagão nacional Durante a madrugada desta terça-feira (14), um apagão atingiu todos os 26 estados e o Distrito Federal. A falha elétrica foi causada por um incêndio em uma subestação no Paraná, o que causou uma interrupção no fluxo de energia para uma realocação das cargas de energia. O ministro Alexandre Silveira explicou que a falha ocorreu por conta de um "problema elétrico" pontual, e não por falta de energia. Entenda nesta reportagem: Por que isso aconteceu? Efeitos em todo o país Como esse sistema automático funciona? Quanto tempo as pessoas ficaram sem energia? Reprodução/TV Gazeta Mas por que isso aconteceu? Quase todo o Brasil é coberto pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), responsável pela transmissão de energia entre as regiões do país. São usinas, subestações e redes de distribuição que formam um único sistema de quase 180 mil quilômetros de linhas de transmissão. 💡Essas linhas permitem que a energia seja transferida de uma região para outra. Assim, a produção de uma usina hidrelétrica pode, por exemplo, ser enviada a um estado onde os reservatórios estão mais vazios devido à falta de chuva. 🔎A rede básica de transmissão é estruturada por essas grandes torres que a gente vê, geralmente, às margens das estradas. Toda a geração de energia — vinda das usinas, por exemplo — se conecta a esse sistema. E todo o consumo é ligado a ele. Entenda: os efeitos do apagão registrados em cada estado. O que se sabe sobre o apagão? Veja aqui perguntas e respostas sobre o apagão. Veja o caminho da energia até as casas, lojas e indústrias: Há três etapas, incluindo o sistema integrado de transmissão, que mostram os caminhos da energia até o consumo na ponta. São elas: Geração de energia: quando recursos naturais passam por processos para geração de energia, como nas usinas hidrelétricas, campos eólicos, placas de energia solar, gases naturais, entre outros. Transmissão via sistema integrado: uma vez gerada, essa energia é conectada ao sistema nacional de transmissão, que percorre as regiões do país. Distribuição: as torres de alta tensão levam a energia aos centros das cidades. A partir daí, as subestações das distribuidoras levam a energia às casas, ao comércio e às indústrias, por exemplo. Serviços de manutenção da rede elétrica deixam 11 bairros de Manaus sem energia neste sábado. Divulgação/Amazonas Energia Efeitos em todo o país O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, explicou os motivos do apagão. Segundo Silveira, a estação em que ocorreu um incêndio gerou uma interrupção de grande porte na transmissão de energia, por se tratar de uma subestação importante. A subestação de Bateias, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), produz um grande volume de tensão elétrica: 500kV (quilovolts). 🔎500kV é uma tensão elétrica de extra-alta tensão usada para transmitir grandes quantidades de energia por longas distâncias com perdas mínimas. Essa tensão é comum em subestação de transmissão, onde a energia é rebaixada para níveis mais baixos (como 230 kV ou 69 kV) destinados à distribuição. 💡 O acidente desligou toda a subestação de 500 quilovolts (kV), desconectando os fluxos de energia entre as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, ocasionando contingência severa, como explicou o ministério. Por isso, foi necessário desligar 10 megawatts (MW) de carga, de forma controlada, por prevenção. Como o sistema de transmissão funciona de forma "praticamente automatizada" pelo Operador Nacional de Sistema (ONS), houve um corte programado de energia, para impedir uma interrupção mais significativa no país. "O sistema perdendo uma subestação desse volume de energia (500kV), ele corta programadamente um percentual em cada estado mais próximo e em alguns outros estados, onde é necessário se fazer uma reprogramação da carga. Assim foi feito, nós imediatamente fomos acionados", explicou Silveira. "É importante que a população entenda o que acontece nesse momento. Não é falta de energia, é um problema na infraestrutura que transmite a energia. Quando se fala em apagão, a gente sempre lembra aqueles tristes episódios de 2001 e 2021, que na verdade aconteceram por falta de energia e de planejamento. Hoje não, hoje nós temos muita energia", prosseguiu. Como esse sistema automático funciona? O sistema elétrico nacional funciona em equilíbrio entre a energia que é gerada e a demanda elétrica do país. Quando há uma situação de grande porte, como foi o caso de um incêndio em uma subestação importante no Paraná, pode ocorrer um desequilíbrio nessa proporção. Ou seja, em algum momento, passa a haver uma carga maior do que a geração de energia, porque uma das fontes de geração foi comprometida. A partir daí, é acionado o ERAC: Esquema Regional de Alívio de Carga. O próprio sistema identifica que houve um problema e atua cortando as cargas da região, de forma automatizada, para garantir a retomada do equilíbrio na geração elétrica. 🔎 Por exemplo: considerando este tipo de perturbação (um incêndio em uma subestação importante), o sistema entende que precisa cortar X% das cargas. E aí as concessionárias de distribuição promovem esse corte automático de X% no fornecimento de energia para retomar o equilíbrio. Após esse corte, uma vez que o sistema estiver funcionando de forma adequada, começa o processo de recomposição de cargas, e a retomada do fornecimento elétrico a todos. Infográfico mostra por que um problema em subestação no Paraná atinge o país todo Arte/ g1 Quanto tempo as regiões ficaram sem energia? De acordo com o ministério, o retorno dos equipamentos e a recomposição da transmissão de energia se deu de maneira controlada logo nos primeiros minutos, e até 1h30 da manhã, todas as cargas das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-oeste foram restabelecidas. ⏰Ou seja, o incêndio ocorreu às 0h32. Por volta de 1h30 da manhã, as cargas da maior parte das regiões já haviam sido restabelecidas. Apenas a região Sul demorou um pouco mais e foi a última a ter o fornecimento de energia normalizado, às 2h30 da manhã. É o que diz o Ministério de Minas e Energia. Segundo a pasta, o tempo de recomposição total do fornecimento de energia elétrica no país foi inferior a ocorrências desse mesmo porte que já foram registradas no sistema interligado nacional. Infográfico: todos os estados foram afetados pelo apagão nesta terça (14) — Foto: Arte/g1 Arte/g1



Ação do Banco Pan dispara 28% com proposta do BTG Pactual para incorporar participação


14/10/2025 14:25 - g1.globo.com


COEs da XP e do BTG: como a falta de informação expôs investidores a riscos e prejuízos? As ações do Banco Pan dispararam mais de 28% nesta terça-feira (14), para uma máxima desde setembro do ano passado, após o BTG Pactual propor a incorporação do banco no qual já detém 76,9%. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A oferta envolve troca de ações — 0,2128 unit do BTG Pactual para cada ação preferencial do Pan —, o que implica um preço de R$ 10,07 por papel, equivalente a um prêmio superior a 30% sobre o preço de fechamento da segunda-feira. Por volta de 11h05, as ações preferenciais do Pan saltavam 26,36%, a R$ 9,73, após chegarem a R$ 9,87 na máxima até o momento (+28,18%). Por outro lado, as units do BTG eram negociadas a R$ 46,38, queda de 1,97%. Na visão de analistas do Bradesco BBI, o preço pago reflete expectativas de uma melhora substancial na eficiência operacional e no desempenho do Banco Pan. Eles também analisaram que se trata de um próximo passo natural do BTG. "Vemos o banco seguindo com uma agenda focada na simplificação de sua estrutura, na adoção das melhores práticas operacionais do grupo e na redução dos custos de captação." Após a incorporação, que depende de aprovações regulatórias, o Pan será convertido em subsidiária integral indireta e sairá da bolsa, disse o BTG. O negócio envolve o Banco Sistema, também do BTG. De acordo com analistas do UBS BB, tal oferta não foi uma surpresa. "Em certa medida, já era esperada pelo mercado", afirmaram em relatório a clientes. Em meados de agosto, em entrevista a jornalistas sobre o balanço do segundo trimestre, o CFO do BTG, Renato Cohn, disse que o banco sempre teve interesse em uma aquisição de ações do Pan em algum momento, mas que dependia muito do preço. "Como negócio, vemos o Banco Pan tendo bastante sinergia com o BTG", afirmou na ocasião. Para a equipe do UBS BB, mesmo sem considerar sinergias com a incorporação, o negócio é neutro para o lucro por ação do BTG em 2026. "Também não esperamos um impacto relevante nos índices de capital do BTG Pactual." O BTG Pactual entrou no Pan em 2011, quando comprou 51% das ações ordinárias do banco detidas então pelo Grupo Sílvio Santos -- 37,6% do capital social. No mesmo ano, assinou com a Caixapar acordo de acionistas passando a compartilhar o controle do Pan. Em 2021, a Caixapar alienou a totalidade de suas ações para o BTG, que passou a deter 71,7% do capital social do Pan e se tornou seu único controlador. O BTG ainda aumentaria sua participação para os atuais 76,9%. Escritório do BTG Pactual, em São Paulo BTG/Divulgação



FMI melhora projeção para economia do Brasil em 2025, mas vê desaceleração mais forte no ano que vem


14/10/2025 13:11 - g1.globo.com


Consultor do FMI fala quais serão os impactos da reforma tributária O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a projeção de crescimento do Brasil este ano mas passou a ver uma desaceleração mais intensa em 2026, citando o impacto das tarifas dos Estados Unidos e apontando sinais de moderação da atividade, mostrou relatório divulgado nesta terça-feira (14). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O relatório Perspectiva Econômica Global mostrou que o FMI prevê agora expansão de 2,4% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) este ano, 0,1 ponto percentual a mais do que na projeção feita em julho. Mas para 2026 a conta foi reduzida em 0,2 ponto, a 1,9%. "No Brasil, sinais de moderação estão aparecendo em meio às políticas monetária e fiscal apertadas", ressaltou o FMI. A projeção do FMI para a economia brasileira este ano é ligeiramente melhor do que a do governo, que prevê uma expansão de 2,3%. Para 2026, entretanto o Ministério da Fazenda está mais otimista, com uma estimativa de crescimento de 2,4%. No segundo trimestre, a atividade econômica do Brasil cresceu 0,4% sobre os primeiros três meses do ano, de acordo com dados do IBGE — um resultado que confirmou as expectativas de enfraquecimento em meio à política monetária restritiva. O IBGE divulgará os dados do PIB no terceiro trimestre em 4 de dezembro. Em agosto, Trump impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, justificando a medida em parte pelo que chamou de "caça às bruxas" do governo brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no processo por tentativa de golpe de Estado. Posteriormente, alguns produtos ficaram isentos dessa super tarifa e o governo brasileiro vem buscando negociar com os EUA. Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump conversaram por telefone no início do mês e a expectativa é de haja um encontro entre os dois. Vem pesando sobre a atividade econômica brasileira a taxa básica de juros em um nível restritivo de 15%, e o Banco Central disse que entrou agora em um novo estágio da política monetária que prevê a Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação. No relatório, o FMI calculou uma inflação média anual no Brasil de 5,2% este ano e de 4,0% -- o centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O Fundo também inclui o Brasil entre os países que devem apresentar um aumento "significativo" da dívida como proporção do PIB em 2025, ao lado de China, França e Estados Unidos, considerando os resultados dos saldos primários projetados para o ano para essas economias. O FMI ajustou a perspectiva de crescimento para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, dos quais o Brasil faz parte, passando a ver crescimento de 4,2% este ano, contra 4,1% antes, e mantendo a perspectiva para 2026 em 4,0%. O Fundo ponderou que a atividade nesse grupo, excluindo a China, foi mais forte do que o esperado no primeiro semestre deste ano, graças em parte a uma produção agrícola recorde no Brasil, forte expansão do setor de serviços na Índia e demanda doméstica resiliente na Turquia. "No entanto, condições externas estão se tornando mais desafiadoras e, em alguns casos, o ímpeto doméstico está desacelerando", ponderou o relatório. "Tarifas mais altas impostas pelos Estados Unidos estão reduzindo a demanda externa, com profundas implicações para várias grandes economias orientadas para a exportação, enquanto a incerteza na política comercial está afetando o apetite das empresas por investimentos", completou. "Ao mesmo tempo, o espaço fiscal restrito está reduzindo a capacidade do governo de estimular a demanda doméstica onde necessário." Na América Latina e Caribe, o FMI vê crescimento de 2,4% em 2025 e de 2,3% em 2026, ajustes respectivamente de 0,2 ponto percentual para cima e de 0,1 ponto para baixo em relação a julho. A melhora na projeção deve-se principalmente ao México, cuja estimativa de expansão este ano foi elevada em 0,8 ponto percentual em relação a julho, a 1,0%. Logotipo do FMI é visto do lado de fora do prédio da sede em Washington Yuri Gripas/Reuters



Citroën Basalt é reprovado em teste de segurança do Latin NCAP; veja o vídeo


14/10/2025 13:04 - g1.globo.com


Citroën Basalt tira nota zero em segurança do Latin NCAP O Citroën Basalt recebeu nota zero no teste de segurança realizado pelo Latin NCAP, conforme divulgado pelo instituto nesta terça-feira (14). A avaliação varia de zero a cinco estrelas. O SUV repetiu o desempenho do modelo maior, o Citroën C3 Aircross, que também foi avaliado com nota zero. Ambos fazem parte do grupo Stellantis, responsável por marcas populares como Fiat, Jeep e RAM. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp De acordo com o Latin NCAP, o Basalt apresentou uma estrutura instável no teste de colisão frontal. Foi identificado um reforço estrutural assimétrico, que não garantiu a proteção adequada ao motorista — e ofereceu ainda menos segurança ao passageiro. Durante o impacto, o teste revelou baixa eficiência do cinto de segurança, que não tensionou de forma adequada e resultou em risco de lesão na região do peito. "A Stellantis continua tomando decisões que comprometem diretamente a segurança de quem viaja em seus veículos na América Latina. Dez modelos testados desde 2020 — incluindo o Citroën Basalt, com estrutura instável, proteção lateral deficiente e sem ADAS — evidenciam uma política que mantém padrões muito abaixo dos oferecidos em outras regiões", aponta Stephan Brodziak, Presidente do Conselho de Administração do Latin NCA. Alguns fatores adicionais também influenciaram na nota zero em segurança, como a falta de airbags laterais para a cabeça e a ausência de sistemas ADAS — tecnologias que auxiliam em situações de emergência, como o freio automático para evitar colisões. Áreas de dano aos ocupantes do Citroën Basalt, em laranja e roxo são as áreas menos protegidas divulgação/Latin NCAP Por outro lado, o Citroën Basalt teve bom desempenho na proteção dos ocupantes em colisões laterais e também mostrou eficácia na proteção dos pés, pescoço e cabeça durante os testes de impacto frontal. Proteção de crianças foi importante para a nota zero Embora a proteção para adultos tenha sido considerada insatisfatória, o Citroën Basalt teve bom desempenho nos testes com bonecos que simulam crianças. No caso do boneco que representa uma criança de três anos, posicionado de costas e preso em uma cadeirinha com fixação Isofix e pé de apoio, a cabeça não foi exposta durante o impacto frontal. O desempenho foi ainda mais elogiado no teste com o boneco que simula uma criança de um ano e meio. "Foi capaz de evitar movimentos excessivos da cabeça, oferecendo proteção quase total, o que mostra uma desaceleração levemente maior do tórax", diz o Latin NCAP. Apesar dos pontos positivos, o boneco que representa uma criança de três anos bateu a cabeça em partes internas do veículo durante o teste de impacto lateral, o que prejudicou a nota geral de segurança do Basalt. Outro fator negativo foi a ausência de um botão para desativar o airbag frontal — item necessário quando uma cadeirinha é instalada no banco dianteiro. Citroën Basalt tira nota zero em segurança divulgação/Latin NCAP Stellantis tem reprovado os testes Faz algum tempo desde que uma marca do grupo Stellantis não obtém uma boa avaliação em testes de segurança. O melhor desempenho recente para veículos vendidos no Brasil foi em 2018, com as quatro estrelas da Fiat Toro. Na ocasião, a Toro apresentou boa proteção para motorista e passageiro em colisões frontais, além de desempenho razoável em impactos laterais. O grupo Stellantis só foi fundado em 2021. Antes disso, a Fiat estava em um conglomerado ítalo-americano, chamado de FCA (Fiat Chrysler Automobiles) e dividia espaço com a Chrysler. Veja abaixo as notas dos modelos do grupo Stellantis, segundo o Latin NCAP. O resultado agrupa o relatório para adultos e crianças em uma só nota. Peugeot 2008 em junho de 2025: 1 estrela; Citroën C3 Aircross em novembro de 2024: 0 estrela; Fiat Pulse em dezembro de 2023: 2 estrelas; Citroën C3 em julho de 2023: 0 estrela; Jeep Renegae em julho de 2023: 1 estrela; Fiat Strada em outubro de 2022: 1 estrela; RAM 700 em outubro de 2022: 1 estrela; Fiat Argo e Cronos em dezembro de 2021: 0 estrela; Peugeot 208 em dezembro de 2021: 2 estrelas. “É preocupante ver que fabricantes de veículos líderes, como alguns dos que fazem parte do grupo Stellantis, continuem oferecendo modelos com desempenho de segurança tão baixo, como se as vidas na América Latina e no Caribe não importassem tanto quanto as da Europa,” comentou Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP. Procurada pelo g1, a Stellantis comentou: “A Stellantis reforça seu compromisso com a Segurança Veicular e que todos os modelos comercializados atendem as regulamentações nacionais e internacionais vigentes nos países da América Latina e Europa. Todos os veículos Stellantis comercializados na América do Sul passam por rigorosos protocolos de avaliação realizados no Safety Center, localizado em Betim/MG, o mais moderno centro de testes de colisão do hemisfério sul, que garantem as certificações legais e técnicas necessárias para todos os projetos desenvolvidos pelas marcas da companhia. Vale ressaltar que a segurança de um veículo é um conjunto concebido desde o início do seu desenvolvimento e vai muito além da oferta individual de itens de segurança ativa e passiva. Além disso, a variante da plataforma CMP permite que toda a gama Citroën tenha uma carroceria com ampla proteção ao habitáculo. Dos requisitos exigidos pela regulamentação brasileira e também pelas regulamentações globais, para citar os mais relevantes, o Citroën Basalt conta com estrutura robusta, carroceria com aço de alta e ultra resistência, arquitetura com máxima proteção contra choques, testes de colisão aptos e segurança passiva sólida. Informamos, ainda, que a empresa não financia nem patrocina as avaliações realizadas pela entidade."



Dólar tem leve alta e fecha a R$ 5,46 com tensão EUA-China e discurso de Powell; Ibovespa cai


14/10/2025 12:00 - g1.globo.com


Trump: segunda fase do cessar-fogo em Gaza já começou O dólar fechou em alta de 0,14% nesta terça-feira (14), cotado a R$ 5,4694. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em queda de 0,07%, aos 141.683 pontos. O dia foi marcado por tensões geopolíticas e expectativas econômicas. Declarações nos EUA pioraram o clima entre Washington e Pequim. Além disso, investidores reagiram aos discursos de dirigentes do Federal Reserve, o BC americano. No Brasil, as contas públicas seguiram no foco. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos EUA, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, acusou a China de tentar enfraquecer a economia global após o país anunciar novas restrições à exportação de terras raras. As declarações aumentaram a cautela dos investidores, que temem uma nova escalada nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. (veja mais abaixo) ▶️ Ainda no país, o mercado acompanhou falas de dirigentes do Federal Reserve, com destaque para o discurso de Jerome Powell. O presidente do Fed disse que o mercado de trabalho dos EUA segue fraco, mas a economia pode estar ligeiramente mais firme, e que o banco adotará uma abordagem “reunião por reunião” para decidir cortes de juros. ▶️ No Brasil, o IBGE divulgou a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de agosto, que avançou 0,1% em relação a julho e 3,1% nos últimos 12 meses. Já o Ministério da Fazenda apresenta o Prisma Fiscal, com projeções para as contas públicas. ▶️ Pela manhã, o ministro Fernando Haddad participou de audiência pública no Senado para detalhar a proposta de reforma da tributação sobre a renda. A sessão também contou com representantes da Receita Federal. ▶️ No campo diplomático, o presidente argentino Javier Milei se reuniu com Donald Trump em Washington. Ele condicionou o apoio financeiro ao país a um resultados positivo para Milei nas eleições legislativas de meio de mandato, marcadas para o fim deste mês. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,61%; Acumulado do mês: +2,76%; Acumulado do ano: -11,49%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,71%; Acumulado do mês: -3,11%; Acumulado do ano: +17,79%. Pesquisa Mensal de Serviços O setor de serviços brasileiro registrou leve crescimento em agosto, com avanço de 0,1% em relação a julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE. Com esse desempenho, o setor alcança um nível 18,7% acima do registrado antes da pandemia, em fevereiro de 2020, renovando o recorde da série histórica. Na comparação anual, o volume de serviços cresceu 2,5% frente a agosto de 2024, marcando a 17ª taxa positiva seguida. No acumulado do ano, o avanço foi de 2,6%, enquanto nos últimos 12 meses houve crescimento de 3,1%, ligeiramente acima do ritmo observado até julho (3%). O resultado mensal foi puxado por quatro das cinco atividades pesquisadas: Serviços profissionais, administrativos e complementares (+0,4%); Transportes (+0,2%); Serviços prestados às famílias (+1%); Outros serviços (+0,6%). A única queda veio do segmento de informação e comunicação, que recuou 0,5% no período. Bessent sobe tom contra China Em entrevista ao Financial Times, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, acusou a China de tentar enfraquecer a economia global. A declaração foi feita após o governo chinês anunciar novas restrições à exportação de terras raras — medida que levou o presidente Donald Trump a ameaçar o país com a imposição de novas tarifas. Segundo Bessent, a decisão da China revela sinais de fragilidade econômica. “Isso mostra o quanto a economia deles está fraca e que querem puxar todo mundo para baixo junto com eles”, afirmou. O episódio ocorre a menos de três semanas do encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, previsto para acontecer na Coreia do Sul. Apesar do tom mais duro adotado por Bessent, Trump publicou no domingo uma mensagem em sua rede social dizendo que Xi enfrenta um “momento ruim” e que os Estados Unidos desejam ajudar a China — gesto interpretado como uma tentativa de suavizar o clima. Na terça-feira, o governo chinês também adotou uma postura mais conciliadora, pedindo que os Estados Unidos tomem medidas em direção à cooperação. Segundo autoridades de Pequim, os dois países mantiveram conversas diplomáticas na segunda-feira. EUA em paralisação pelo 14º dia A paralisação parcial do governo dos EUA chegou ao 14º dia nesta terça-feira (14), com o impasse no Congresso ainda sem solução. A principal divergência entre os parlamentares gira em torno do financiamento da saúde, especialmente os subsídios da Lei de Cuidados Acessíveis (ACA), que expiram no fim do ano para quem compra plano de saúde individual. Os democratas defendem a renovação dos benefícios antes do início do período de inscrições, marcado para 1º de novembro. Do lado republicano, o presidente da Câmara, Mike Johnson, criticou os democratas e alertou para o risco de uma das paralisações mais longas da história americana. Segundo ele, a única saída seria a aprovação de um orçamento “limpo”, sem exigências adicionais, para reabrir o governo e garantir o pagamento aos servidores públicos. Enquanto isso, o Senado deve se reunir às 15h (horário de Washington), com uma nova tentativa de votação prevista para as 17h30. Essa será a oitava tentativa de aprovar um projeto de financiamento, mas não há expectativa de que a proposta alcance os 60 votos necessários. Mesmo com a Câmara fora de sessão nesta semana, o líder democrata Hakeem Jeffries convocou os parlamentares para uma reunião noturna, com o objetivo de discutir alternativas diante da crise provocada pela paralisação e pelo impasse na área da saúde. Powell: economia dos EUA está mais firme O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse em um evento na Filadélfia que o mercado de trabalho dos EUA continua fraco, com poucas contratações e demissões em setembro, embora a economia pareça um pouco mais firme. Ele explicou que o Fed vai decidir os cortes de juros "reunião por reunião", equilibrando o desemprego ainda alto com a inflação, que continua acima da meta de 2%. Powell ressaltou que essas decisões podem mudar conforme novos dados econômicos forem divulgados. Mesmo com atraso no relatório de empregos, ele afirmou que as contratações e demissões continuam baixas e que a inflação elevada se deve em parte ao aumento de preços causado por tarifas, e não por problemas mais amplos na economia americana. O Fed vai atualizar os dados de inflação em 24 de outubro e realizará sua próxima reunião em 28 e 29 de outubro, quando é esperado um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros. Na última reunião, o Fed anunciou o primeiro corte de juros nos Estados Unidos em nove meses. O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que o banco central dos EUA pode estar perto de encerrar o processo de redução de seus ativos — medida iniciada em 2022 para retirar o excesso de dinheiro do mercado após a pandemia. Ele disse que há sinais de que a liquidez (dinheiro disponível no sistema financeiro) está diminuindo e que o Fed vai agir com cautela para evitar instabilidade. Powell destacou ainda que o modelo atual tem funcionado bem para manter a economia estável e que o Fed está mais preparado para ajustar suas ações rapidamente, se necessário. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos sentiram os efeitos das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Os principais índices fecharam sem direção única após o discurso de Jerome Powell. O Dow Jones subiu 0,44%, aos 46.270,46 pontos. O S&P 500 recuou 0,15%, aos 6.644,61 pontos, e o Nasdaq teve perdas de 0,76%, aos 22.521,70 pontos. Os mercados europeus fecharam em baixa, revertendo o otimismo do início da semana. No setor corporativo, as ações da Michelin caíram quase 10% após a empresa revisar para baixo suas projeções, citando um ambiente de negócios mais difícil. Por lá, a França também segue no centro das atenções. O primeiro-ministro francês, Sebastien Lecornu, propôs adiar a reforma da Previdência até após a eleição de 2027, cedendo à pressão da esquerda para reforçar sua posição política no país, enquanto a França enfrenta sua maior crise política em décadas com um Parlamento dividido. Entre os principais índices, o STOXX 600 recuou 0,4%. O DAX, da Alemanha, caiu 0,62% , enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, teve baixa de 0,10%. Na França, o CAC 40 perdeu 0,18%, e o FTSE MIB, da Itália, também recuou 0,22%. Na Ásia, o, refletindo o receio dos investidores diante do aumento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos. Além disso, a realização de lucros também contribuiu para o movimento. No fechamento, o índice de Xangai caiu 0,62%, enquanto o CSI300 recuou 1,20%. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 1,73%. O Nikkei, em Tóquio, teve queda de 2,58%. Já o KOSPI, em Seul, caiu 0,63%, o TAIEX, em Taiwan, recuou 0,48%, e o Straits Times, em Cingapura, perdeu 0,69%. A exceção foi Sydney, onde o S&P/ASX 200 subiu 0,19%. Dólar freepik *Com informações da agência de notícias Reuters.



Ministro de Minas e Energia explica que apagão ocorreu por falha elétrica localizada: 'Não foi falta de energia'


14/10/2025 11:22 - g1.globo.com


Ministro de Minas e Energia explica que apagão ocorreu por falha elétrica localizada O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, explicou nesta terça-feira (14) o que aconteceu durante a madrugada que causou um apagão que afetou todos os estados e o Distrito Federal. Como a pasta já havia informado, a falha foi causada por um incêndio na subestação de Bateias, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (PR). O ministro frisou que foi um "problema elétrico" pontual, ocorrido em uma estação de grande porte e que o desligamento não ocorreu por "falta de energia" (entenda por que isso acontece mais abaixo). "Não é a falta de energia, é um problema na infraestrutura que transmite a energia", detalhou Silveira. Ministro de Minas e Energia em entrevista ao Bom Dia Ministro Reprodução Segundo Silveira, a estação em que ocorreu um incêndio gerou uma interrupção de grande porte no fluxo de energia e, como o sistema funciona de forma "praticamente automatizada" pelo Operador Nacional de Sistema (ONS), houve um corte programado de energia, para impedir uma interrupção mais significativa no país. "O sistema perdendo uma subestação desse volume de energia (500kV), ele corta programadamente um percentual em cada estado mais próximo e em alguns outros estados, onde é necessário se fazer uma reprogramação da carga. Assim foi feito, nós imediatamente fomos acionados", explicou Silveira. A declaração foi dada ao programa Bom Dia Ministro, transmitido pela EBC. "É importante que a população entenda o que acontece nesse momento. Não é falta de energia, é um problema na infraestrutura que transmite a energia. Quando se fala em apagão, a gente sempre lembra aqueles tristes episódios de 2001 e 2021, que na verdade aconteceram por falta de energia e de planejamento. Hoje não, hoje nós temos muita energia", prosseguiu. Por que isso aconteceu? Quase todo o Brasil é coberto pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), responsável pela transmissão de energia entre as regiões do país. São usinas, subestações e redes de distribuição que formam um único sistema de quase 180 mil quilômetros de linhas de transmissão. 🔎A rede básica de transmissão é estruturada por essas grandes torres, como as que podem ser vistas, geralmente, às margens das estradas. Toda a geração de energia — vinda das usinas, por exemplo — se conecta a esse sistema. E todo o consumo é ligado a ele. 💡Essas linhas permitem que a energia seja transferida de uma região para outra. Assim, a produção de uma usina hidrelétrica pode, por exemplo, ser enviada a um estado onde os reservatórios estão mais vazios por falta de chuva. Quanto tempo as regiões ficaram sem energia? De acordo com o ministério, o retorno dos equipamentos e a recomposição da transmissão de energia se deu de maneira controlada logo nos primeiros minutos, e até 1h30 da manhã, todas as cargas das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-oeste foram restabelecidas. ⏰Ou seja, o incêndio ocorreu à 0h32. Por volta de 1h30 da manhã, as cargas da maior parte das regiões já haviam sido restabelecidas. Apenas a região Sul demorou um pouco mais e foi a última a ter o fornecimento de energia normalizado, às 2h30 da manhã. É o que diz o Ministério de Minas e Energia. Segundo a pasta, o tempo de recomposição total do fornecimento de energia elétrica no país foi inferior a ocorrências desse mesmo porte que já ocorreram no sistema interligado nacional. Infográfico: todos os estados foram afetados pelo apagão nesta terça (14) — Foto: Arte/g1 Arte/g1



Apagão em todas as regiões do país: o que causou a queda de energia? Veja perguntas e respostas


14/10/2025 10:55 - g1.globo.com


Perguntas e respostas sobre o apagão nacional O Ministério de Minas e Energia confirmou nesta terça-feira (14) um apagão durante a madrugada, que afetou todas as regiões do país. Segundo a pasta, a energia já foi restabelecida. O ministro Alexandre Silveira explicou que a falha ocorreu por conta de um "problema elétrico" pontual, e não por falta de energia. 💡De acordo com o ministério, "houve uma perturbação de grande porte no sistema interligado nacional a 0h32 desta terça-feira" e, com isso, aconteceu uma desconexão nos fluxos de fornecimento de energia dos estados. Por isso, foi necessário desligar 10 megawatts (MW) de carga, de forma controlada, por prevenção. Veja, nesta reportagem, o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o apagão: O que causou a queda de energia? Quanto tempo as regiões ficaram sem energia? Por que isso aconteceu? Que medidas estão sendo tomadas? Quando foi o último apagão? O que diz o Ministério de Minas e Energia? O que diz o ONS? Câmera registrou apagão no Santos Dumont Reprodução O que causou a queda de energia? Segundo o governo federal, a falha foi causada por um incêndio em uma subestação de energia elétrica no Paraná, no município de Bateias. O acidente desligou toda a subestação de 500 kV, desconectando os fluxos de energia entre as regiões Sul e Sudeste/Centro - Oeste, ocasionando contingência severa, como explicou o ministério. Mais cedo, as companhias de energia que atuam no país citaram uma interferência no Sistema Interligado Nacional (SIN). Ainda não se sabe o que causou o incêndio. Quanto tempo as regiões ficaram sem energia? De acordo com o ministério, o retorno dos equipamentos e a recomposição da transmissão de energia se deu de maneira controlada logo nos primeiros minutos, e até 1h30 da manhã, todas as cargas das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-oeste foram restabelecidas. ⏰Ou seja, o incêndio ocorreu à 0h32. Por volta de 1h30 da manhã, as cargas da maior parte das regiões já haviam sido restabelecidas. Apenas a região Sul demorou um pouco mais e foi a última a ter o fornecimento de energia normalizado, às 2h30 da manhã. É o que diz o Ministério de Minas e Energia. Segundo a pasta, o tempo de recomposição total do fornecimento de energia elétrica no país foi inferior a ocorrências desse mesmo porte que já ocorreram no sistema interligado nacional. Por que isso aconteceu? Quase todo o Brasil é coberto pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), responsável pela transmissão de energia entre as regiões do país. São usinas, subestações e redes de distribuição que formam um único sistema de quase 180 mil quilômetros de linhas de transmissão. 💡Essas linhas permitem que a energia seja transferida de uma região para outra. Assim, a produção de uma usina hidrelétrica pode, por exemplo, ser enviada a um estado onde os reservatórios estão mais vazios por falta de chuva. 🔎A rede básica de transmissão é estruturada por essas grandes torres que a gente vê, geralmente, às margens das estradas. Toda a geração de energia — vinda das usinas, por exemplo — se conecta a esse sistema. E todo o consumo é ligado a ele. Veja o caminho da energia até as casas, lojas e indústrias: Há três etapas, incluindo o sistema integrado de transmissão, que resumem os caminhos da energia até o consumo na ponta. São elas: Geração de energia: quando recursos naturais passam por processos para geração de energia, como nas usinas hidrelétricas, campos eólicos, placas de energia solar, gases naturais, entre outros. Transmissão via sistema integrado: uma vez gerada, essa energia é conectada ao sistema nacional de transmissão, que percorre as regiões do país. Distribuição: as torres de alta tensão levam a energia aos centros das cidades. A partir daí, as subestações das distribuidoras levam a energia às casas, ao comércio e às indústrias, por exemplo. Que medidas estão sendo tomadas? O ministério vai fazer uma reunião preliminar nesta terça, com os principais agentes envolvidos, para identificar as causas do apagão. Segundo apurou a GloboNews, vão participar representantes do ministério, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Quando foi o último apagão? O último apagão nacional ocorreu em 2023, quando cerca de 29 milhões de brasileiros foram afetados. A falha na distribuição de energia, causada por uma sobrecarga no sistema, afetou 25 estados e o DF, com exceção de Roraima, que possuía um sistema de transmissão de energia não integrado ao do restante do país. Relembre aqui. O que diz o Ministério de Minas e Energia? Leia a nota do Ministério de Minas e Energia na íntegra: "Às 00h32min ocorreu perturbação de grande porte no Sistema Interligado Nacional, com desligamento de cerca de 10.000 MW de cargas, de forma controlada (por atuação do Esquema Regional de Alívio de Carga - ERAC). A ocorrência teve início em incêndio em reator na Subestação de Bateias (Paraná) que desligou toda a subestação de 500 kV, desinterligando as regiões Sul e Sudeste/Centro - Oeste, ocasionando contingência severa. O retorno dos equipamentos e a recomposição das cargas se deu de maneira controlada, logo nos primeiros minutos, sendo que até 1h30min todas as cargas das Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro - Oeste foram restabelecidas. As cargas da Região sul foram recompostas totalmente por volta de 2h30min. O tempo de recomposição total foi inferior às ocorrências deste porte já ocorridas no SIN. Está programada para hoje reunião preliminar com os principais agentes envolvidos para identificar as causas e o ONS deverá realizar reunião preliminar de Análise da Perturbação para início de elaboração do Relatório de Análise da Perturbação - RAP até sexta-feira, 17/10". O que diz o Operador Nacional do Sistema Elétrico? Veja a nota do ONS na íntegra: "Ocorrência teve início com um incêndio em um reator na subestação de Bateias, no Paraná O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirma que nesta terça-feira, 14 de outubro, às 0h32, houve uma ocorrência no Sistema Interligado Nacional (SIN) que provocou a interrupção de cerca de 10.000 MW de carga, afetando os quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte. A ocorrência teve início com um incêndio em um reator na Subestação de Bateias, no Paraná, desligando toda a subestação de 500 kV e ocasionando a abertura da interligação entre as duas regiões. No momento, a região Sul exportava cerca de 5.000 MW para o Sudeste/Centro-Oeste. Na região Sul houve perda de aproximadamente 1.600 MW de carga. Nas demais regiões, houve atuação do ERAC- Esquema Regional de Alívio de Carga. No Nordeste a interrupção foi da ordem de 1.900 MW, no Norte, de 1.600 MW e no Sudeste, de 4.800 MW. Assim que identificou a situação, o ONS iniciou ação conjunta com os agentes para restabelecer a energia nas regiões. O retorno dos equipamentos e a recomposição das cargas se deu de maneira segura, logo nos primeiros minutos, sendo que em até 1h30min todas as cargas das Regiões Norte, Nordeste, Sudeste/Centro - Oeste foram restabelecidas. As cargas da Região Sul foram recompostas totalmente por volta de 2h30min após a ocorrência. Uma reunião com os principais agentes envolvidos na ocorrência está programada para ser realizada ainda hoje. O ONS deverá realizar ainda uma reunião preliminar de Análise da Perturbação para início de elaboração do Relatório de Análise da Perturbação - RAP até sexta-feira, 17/10". O que diz a Aneel? Veja a nota da Aneel na íntegra: "A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informa, sobre a ocorrência desta terça-feira (14/10) às 0h32 que afetou sete estados do Sistema Interligado Nacional (SIN), que enviou ofícios às empresas envolvidas para cobrar explicações sobre a interrupção no fornecimento de energia. O Operador Nacional do Sistema (ONS) informou preliminarmente que a causa provável da interrupção seria um incêndio na subestação Bateias, localizada no Paraná. A fiscalização da Agência se deslocará ainda hoje para realizar inspeção in loco na subestação afetada e averiguar as causas da interrupção, além disso serão instaurados processos de fiscalização para apurar a responsabilidade dos agentes envolvidos. Importante informar, conforme dados do ONS, que todas as cargas das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste foram restabelecidas em até 1h30 da interrupção e as cargas da região Sul retornaram 2h30 após a ocorrência".



O que são fintechs e por que governo Lula diz que elas devem pagar mais impostos


14/10/2025 10:33 - g1.globo.com


Lula lamenta derrota no Congresso e diz que vai discutir proposta para taxar fintechs Após o governo sofrer dura derrota no Congresso com a rejeição de uma Medida Provisória que elevaria impostos sobre o sistema financeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que vai apresentar novas propostas de tributação do setor, mirando especialmente as fintechs — plataformas de serviços financeiros digitais. O governo argumenta que a medida tributará os mais ricos e que é necessária para garantir recursos para políticas públicas para os mais pobres. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A medida tem apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que diz sofrer concorrência desleal devido à tributação menor das fintechs. Enquanto bancos pagam 20% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), essas plataformas pagam 9% ou 15%, a depender dos serviços que operam. A alíquota menor é cobrada das fintechs que atuam apenas como meio de pagamento, permitindo ao correntista fazer operações de Pix, ter cartão de débito e/ou crédito e pagar boletos, por exemplo. Esse é o tipo de plataforma mais comum. Já a alíquota mais alta incide sobre as fintechs que possuem uma licença financeira, que possibilita a tomada de empréstimos e realizações de investimentos. As fintechs com maior faturamento fazem parte deste grupo. A proposta do governo, que foi barrada com a queda da MP, era elevar a alíquota de 9% para 15% e a de 15% para 20%. O setor rebate a tentativa de elevar sua taxação dizendo que isso afetaria toda a população, já que as fintechs oferecem serviços bancários mais acessíveis. Além disso, reclama de falta de acesso ao governo para dialogar sobre a proposta de maior tributação. "A gente não conseguiu falar com o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. A gente não conseguiu falar com os ministros que são mais próximos de Lula, como, por exemplo, o Sidônio [Palmeira, ministro das Secretaria de Comunicação]. A gente não conseguiu falar com a Casa Civil. Eles não nos ouviram", disse à BBC News Brasil o presidente da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), Diego Perez. O segmento apresentou forte crescimento nos últimos anos, passando de 742 instituições em 2020 para 1.706 em 2025, segundo dados da associação. A maior delas, o Nubank, tem mais de 100 milhões de correntistas e anunciou lucro líquido de US$ 637 milhões no segundo trimestre (o equivalente à cerca de R$ 3,5 bilhões no final de junho). Como comparação, o maior banco brasileiro, o Itaú, lucrou R$ 11,3 bilhões no mesmo período. Por outro lado, o Nubank ultrapassou o Itaú como instituição financeira mais valiosa do país, tendo alcançado o recorde de US$ 78,1 bilhões em valor de mercado na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) no dia 19 de setembro, o equivalente a R$ 415,5 bilhões pelo câmbio daquele dia. Sem citar nomes, Lula argumentou ao defender a maior taxação das fintechs que algumas já têm tamanho similar a bancos e que, por isso, devem contribuir mais. Ele disse que discutirá a medida com seus ministros a partir da quarta-feira (15/10) quando voltar a Brasília após compromissos em São Paulo e Roma, na Itália, onde se encontrou com o papa Leão 14 e participou do Fórum Mundial da Alimentação, promovido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). "Vou reunir o governo para discutir como é que a gente vai propor que o sistema financeiro, sobretudo as fintechs, que tem fintech hoje maior do que banco, que elas paguem o imposto devido a esse país", disse em entrevista à Rádio Piatã. Nubank é a maior das fintechs do Brasil Getty Images via BBC O setor de fintechs, por sua vez, argumenta que suas empresas operam de forma diferente dos bancos e por isso devem ser menos taxadas. Um exemplo, afirma Diego Perez, presidente da ABFintechs, são as operações de alavancagem, em que os bancos podem emprestar recursos dos correntistas depositados em suas contas. Já as fintechs, afirma, podem apenas ofertar crédito com seu próprio capital, sem mexer em valores de clientes. Perez também argumenta que, na prática, os bancos pagam CSLL menor que 20% porque podem abater valores da base de cálculo do imposto, como carteiras de crédito inadimplentes e créditos tributários, algo que ele diz não ser permitido às fintechs. Já a Febraban acusa o setor de fintechs de fazer "planejamento tributário" para driblar impostos. Após a queda da Medida Provisória que elevaria a taxação de serviços financeiros, a federação dos bancos criticou as fintechs em uma nota. "A Febraban não teve qualquer atuação contrária à Medida Provisória 1303, apesar de sua posição histórica sobre os impactos de medidas que aumentam a carga tributária sobre o crédito", disse a organização. "Foi notório, no entanto, que fintechs, bem mais lucrativas e com maior base de clientes do que grandes bancos, trabalharam contra a MP e se posicionaram contra a equiparação da alíquota da CSLL. Fintechs, aliás, que se utilizam de estratégias de planejamento tributário para reduzir o pagamento de impostos no Brasil", continuou a Febraban. Questionado sobre a manifestação da Febraban, Perez disse que vê a nota com preocupação. "Está sendo propagado no mercado que as fintechs são empresas ruins, que combatem as propostas positivas do governo. Não é isso. A gente contribui para a melhoria da dignidade financeira das pessoas e não o contrário". "O setor trouxe a inclusão de mais de 60 milhões de pessoas que nunca tiveram acesso a serviços financeiros dos mais básicos disponíveis no mercado". Para além do debate tributário, o governo aumentou, recentemente, a fiscalização sobre as fintechs, que passaram a ter as mesmas obrigações de dar transparência às suas transações do que os bancos tradicionais, informando à Receita Federal sobre transações atípicas de seus clientes. O objetivo é inibir o uso dessas empresas por criminosos para lavagem de dinheiro. A mudança ocorreu um dia após ser deflagrada uma megaoperação da Polícia Federal para desarticular um esquema de adulteração de combustíveis, comandado pelo grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC), que utilizava fintechs para movimentação financeira, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Bancos tradicionais reclamam de pagar imposto maior que fintechs Getty Images Setor de fintechs defende aumento menor do imposto Segundo a tributarista Bianca Xavier, professora de Direito da Fundação Getúlio Vargas, o setor de fintechs é muito heterogêneo, com empresas de diferentes tamanhos. Na sua visão, não seria correto igualar toda a tributação do setor à dos bancos, mas manter uma gradação do imposto, conforme o lucro destas empresas. "A regra, no Direito Tributário, é que tem que tributar todo mundo na medida da sua capacidade econômica. Então, as grandes fintechs e os grandes bancos devem pagar mais do que fintechs menores", diz Xavier. O presidente da ABFintechs diz que o setor levou uma proposta alternativa ao governo Lula, mas que ela não foi considerada. A ideia seria as alíquotas de CSLL das fintechs subissem menos, apenas 1 ponto percentual, para 10% e 16%. Por outro lado, a CSLL dos bancos subiria de 20% para 21%. Segundo Diego Perez, o setor teve diálogo com o secretário de reformas econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, mas não conseguiu acesso ao primeiro escalão do governo. "A gente tentou levar a proposta no sentido de, ao invés de aumentar só para fintechs, vamos aumentar pra todos. Mas não fomos ouvidos", reclama Perez. O presidente da ABFintechs argumenta que os bancos têm uma fatia bem maior do mercado de serviços financeiros, e por isso devem pagar mais imposto. "De todo o crédito concedido no mercado, 15% são do Itaú, outros 15% são do Bradesco, 12% são do Santander. E as fintechs? Elas, somadas, representam 2%, 3%, sendo que a maior delas, que é o Nubank, tem 1,6%". "Isso ocorre em vários produtos financeiros. Se você pegar os depósitos, poupança, emissão de certificados como CDBs, todos esses produtos, os bancos têm pelo menos duas, três vezes mais do que as fintechs de participação no mercado." Lula discutirá com equipe novas medidas para tentar aumentar arrecadação Reuters via BBC Entenda a 'MP dos Impostos' A chamada MP dos impostos, que previa aumento de tributos e redução de despesas, era importante para o governo fechar as contas no próximo ano. Por isso, Lula ainda discutirá com sua equipe novas medidas fiscais. Havia previsão de que a MP derrubada levaria a uma arrecadação de R$ 20,9 bilhões e corte de gastos de R$ 10,7 bilhões em 2026. Além das fintechs, a medida também aumentava a tributação das bets, as plataformas de apostas online, e elevava de 15% para 20% a alíquota cobrada sobre juros sobre capital próprio (JCP), uma forma de as empresas distribuírem lucro entre os acionistas. A MP também criava um imposto de 5% sobre a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), dois investimentos isentos hoje. A proposta também tentava coibir "compensações abusivas" de créditos tributários, ao evitar que empresas utilizassem compensações que não fossem relacionadas à sua atividade principal. "A MP 1.303 tinha alguns elementos muito importantes", afirma o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto. "O problema é que o processo de negociação e costura da MP acabaram piorando o texto. Então, apesar do mérito de vários tópicos da medida em tela, não se conseguiu politicamente viabilizá-la." Lula criticou a decisão do Congresso de rejeitar a MP, que não chegou a ser votada, porque a maioria dos deputados aprovou sua retirada de pauta no dia em que terminava o prazo para sua aprovação. "A decisão da Câmara de derrubar a medida provisória que corrigia injustiças no sistema tributário não é uma derrota imposta ao governo, mas ao povo brasileiro. Essa medida reduzia distorções ao cobrar a parte justa de quem ganha e lucra mais. Dos mais ricos", disse o presidente, em mensagem nas suas redes sociais. O argumento do governo divide economistas. Para Gabriel Barros, economista-chefe da ARX Investimentos, as medidas propostas afetariam toda população ao encarecer o crédito. "Mais imposto sobre o crédito é pago pela sociedade via maior spread bancário [lucro dos bancos embutidos nos juros] e custo de financiamento na ponta, não é esse o caminho mais inteligente a seguir", diz Barros, ao comentar o conjunto da MP. "A taxa mais reduzida para fintechs se deu no contexto de estímulo à competição bancária, que é benéfica para a sociedade no médio prazo. A elevação da carga tributária vai na contramão da competição, amplia a barreira de entrada e cria distorções." Fintechs e bancos discordam sobre como deve ser feita a tributação do setor Getty Images via BBC



Após fim das negociações de fusão com a Azul, Gol propõe reorganização societária e pode fechar capital no Brasil


14/10/2025 10:28 - g1.globo.com


Gol anuncia desistência de negociações para fusão com a Azul A companhia aérea Gol anunciou que vai propor uma mudança na estrutura do grupo, que pode levar ao fechamento de seu capital — ou seja, à saída da empresa da bolsa de valores. A proposta será votada pelos acionistas em 4 de novembro, segundo um comunicado divulgado na noite desta segunda-feira (13). Na prática, o plano é juntar as empresas do grupo em uma só. A Gol Linhas Aéreas Inteligentes, que é a companhia responsável pelos voos, e a Gol Investment Brasil, principal acionista da companhia aérea, seriam incorporadas pela Gol Linhas Aéreas S.A. (GLA) — uma empresa fechada, que não tem ações negociadas na bolsa. De acordo com a Gol, essa reorganização tem como objetivo “buscar sinergias e reduzir custos”, ou seja, simplificar a estrutura e gastar menos. Para que a operação aconteça, será feita uma oferta pública de aquisição (OPA), um tipo de compra das ações que ainda estão no mercado. Essa operação, segundo a empresa, não poderá passar de R$ 47,25 milhões. Um comitê com conselheiros independentes será criado para acompanhar e negociar os termos dessa mudança. Atualmente, a Gol é controlada pelo grupo Abra, que também é dono da companhia aérea colombiana Avianca. Depois que a Gol passou por um processo de recuperação judicial, conluído em junho deste ano, a Abra aumentou sua fatia na Gol de pouco mais de 50% para cerca de 80%. Poucas ações disponíveis na bolsa Após a Gol receber R$ 12 bilhões em novos investimentos, quase todas as ações da companhia passarão a ser controladas pela Gol Investment Brasil. Isso significa que apenas 0,78% das ações estarão disponíveis para compra e venda na bolsa de valores de São Paulo. Essa pequena parte é chamada de free float, ou seja, a fatia de ações que qualquer investidor comum consegue negociar. A B3 exige que as empresas tenham um número mínimo de ações disponíveis no mercado para que investidores possam comprar e vender com facilidade. Por isso, deu à Gol prazo até janeiro de 2027 para aumentar essa quantidade. Caso não consiga, a companhia poderá ser obrigada a sair da bolsa. Atualmente, a Gol Investment Brasil possui quase todas as ações da Gol: cerca de 99,97% dos papéis com direito a voto e 99,22% das ações sem direito a voto, que dão prioridade no recebimento de dividendos. No fechamento de segunda-feira, as ações da Gol subiram 3,7%, valendo R$ 5,08 o lote de mil ações. Fim das negociações de fusão com a Azul O anúncio ocorre após o encerramento das tratativas de fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol no mês passado. O Grupo Abra, controlador da Gol, esclareceu que a decisão foi tomada por conta do não avanço das negociações. “Após a assinatura do Memorando de Entendimentos de 15 de janeiro de 2025, a Abra tem se colocado à disposição para continuar avançando nas discussões rumo a uma combinação de negócios. No entanto, as partes não tiveram discussões significativas”, disse a nota. Além disso, o grupo também mencionou as mudanças no cenário desde a assinatura do memorando de entendimento (MoU) e o pré-arquivamento junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que ocorreram em outro momento das empresas, que não é mais o mesmo. Ainda em nota, a Abra afirmou que, mesmo com as discussões correndo em paralelo ao Chapter 11 (processo de recuperação judicial dos Estados Unidos) da Azul, não houve grandes negociações. Em entrevista ao g1 em janeiro deste ano, o CEO da Azul, John Rodgerson, disse ver no acordo com a Gol uma saída de fortalecimento e crescimento para superar “entraves” do mercado brasileiro. Segundo ele, a junção as duas companhias culminaria na criação de um player relevante no mercado para conseguir melhores negociações contra gigantes do setor, e também para ampliar o leque de atuação no país. Ana Clara Marinho/TV Globo