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Flagrante de carne podre no mercado: como saber se o alimento está impróprio para o consumo


23/01/2025 06:00 - g1.globo.com


Quatro pessoas foram presas por comercializar carnes estragadas. A proteína ficou submersa por vários dias durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024. Veja a forma correta de armazenar em casa. Carne imprópria para consumo em Três Rios Reprodução/TV Globo Uma empresa do Rio de Janeiro comprou e revendeu carnes estragadas. A proteína ficou submersa por vários dias durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024, e que deixaram mais de 200 mortos e muitos desaparecidos. A empresa Tem Di Tudo Salvados, de Três Rios (RJ), comprou as carnes deterioradas sob a alegação de que seria transformada em ração animal. No entanto, segundo investigações, os pacotes de carne bovina, suína e de aves foram maquiados para esconder os danos e revendidos para açougues e mercados em todo o país. A forma usada para maquiar os produtos não foram revelados pela investigação. O crime está sendo investigado pela Operação Carne Fraca e quatro pessoas foram presas nesta quarta-feira (22). Para não cair neste tipo de fraude, entenda como identificar se uma carne está estragada, como conservar o produto em casa e quais regras os frigoríficos devem seguir para manter a sua qualidade. Como saber se a carne está estragada? A forma mais simples de saber se uma carne está estragada é se atentar à sua coloração, se ela tiver muito escura ou esverdeada é um sinal de que não está própria para a alimentação. Outro indicador é o cheiro forte, que sinaliza o processo de putrefação. Se a carne tiver sido comprada congelada e o problema só for identificado em casa, o consumidor deve devolver o produto ao estabelecimento que o vendeu, diz Henrique Pedro Dias, diretor de Política Profissional do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa). É mais difícil identificar se há carne estragada nos produtos embutidos. "Porque coloca muito ingrediente que acaba mascarando o grau avançado de deterioração, putrefação mesmo da carne", diz o diretor. Nesses casos, a única saída é verificar no rótulo se o produto é registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária e fabricado por empresas fiscalizadas pela instituição. Isso é indicado por meio do selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), usado em todos os produtos de origem animal sob responsabilidade do ministério. "O consumidor precisa desconfiar de preço barato, de pessoas que não sigam as normas tanto sanitárias, comerciais e emissão de nota fiscal", explica Dias. Como conservar a carne em casa? Para evitar que a carne de qualidade estrague em casa, é importante seguir as recomendações do rótulo do produto, recomenda Dias. Caso o item seja comprado em açougue e não venha com o rótulo, a regra é manter a carne congelada. Segundo a nutricionista e doutoranda pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Neiva Souza, o correto é: temperatura de 0°C a - 5°C: até 10 dias - 6°C a -10°C: até 20 dias -11°C a -18°C: até 30 dias Abaixo de -18°C: até 90 dias O freezer doméstico alcança até -20ºC, já a maioria dos congeladores acoplados à geladeira chega até -6 ºC, detalha a nutricionista da UBS Paranapanema Alice Mendes. Já a carne cozida deve sofrer um resfriamento imediato, indo de 60°C a 10°C dentro do período de 2 horas. Este resfriamento rápido pode acontecer na geladeira, e, em seguida, o prato pode ir para congelamento. Depois, para consumi-lo, o descongelamento pode ser feito pelo micro-ondas ou em temperatura inferior a 5°C ou em um forno de convecção. Este último permite a circulação do calor de forma uniforme, fazendo com que a comida também seja cozida. Leia também: Como congelar e descongelar a carne moída? O que acontece com o corpo quando consumimos carne estragada O que a lei diz Existem diversas leis que informam como os frigoríficos devem tratar a carcaça bovina após o abate, para garantir que ela chegue com qualidade ao consumidor. De forma geral, são especificados cuidados com temperatura e possíveis contaminações. 🌡️Temperatura As carnes devem ser entregues pelos frigoríficos com temperaturas de até 7°C, segundo a portaria n° 304, de 1996, publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. As temperaturas variam conforme o tipo de produto, sendo: carnes com ossos entre 2°C e 7°C; congelada -12°C; para exportação -18°C, informa Dias, da Anffa. É proibido o retorno à câmara fria de produtos que tenham sido retirados dela e que passaram algum tempo em temperatura ambiente, segundo o decreto de n°30.691, de 1952, da Casa Civil. Todas as carcaças, os órgãos e as vísceras devem ser previamente resfriadas ou congeladas, dependendo da especificação do produto, antes de serem armazenados em câmaras frigoríficas, bem como para o seu transporte, conforme o decreto n° 9.013, de 2017, da Secretária-Geral da República. Todos os produtos esterilizados devem passar pelo processo térmico em no máximo duas horas após o fechamento das embalagens. 😷Contaminação É proibido colocar as carnes diretamente sobre o piso, segundo o decreto n° 9.013, de 2017, da Secretária-Geral da República. Em caso de doenças contagiosas em algum dos produtos, é preciso que seja feita uma desinfecção do ambiente para evitar contaminação cruzada. As carcaças e os órgãos com aspecto repugnante, com coloração anormal ou com degenerações devem ser condenados, bem como as carnes em processo putrefativo, que exalem odores medicamentosos, urinários, sexuais, excrementícios ou outros considerados anormais. Veja mais regras para a produção de alimentos: Governo proíbe a venda de lotes de 12 marcas de azeite de oliva Regras para produção de presunto mudam pela 1° vez em 20 anos; confira



Leilão da Receita: PlayStation 5 por R$ 100? Fase de propostas começa nesta quinta; saiba como participar


23/01/2025 03:00 - g1.globo.com


Período de recebimento das propostas vai das 9h de 23 de janeiro até às 20h do dia 27. Sessão para lances está prevista para 30 de janeiro. PlayStation 5 disponibilizado no novo leilão da Receita Federal e que pode ser adquirido a partir de R$ 100. Divulgação/ Receita Federal O prazo para propostas de valor do novo leilão regional da Receita Federal em São Paulo começa às 9h desta quinta-feira (23). São diversas mercadorias apreendidas ou abandonadas, separadas em 203 lotes, e que contam com produtos que vão desde videogames e óculos de realidade virtual até carros, joias e diamantes. O período de recebimento das propostas vai até as 20h da próxima segunda-feira (27), enquanto a sessão para lances está prevista para as 10h do dia 30 (horários de Brasília). Segundo a Receita, o leilão será realizado de forma eletrônica e é destinado a pessoas físicas e jurídicas. Além disso, os lances devem ser feitos para os lotes fechados — ou seja, um conjunto de determinados itens. Alguns dos lotes mais baratos custam a partir de R$ 100, e contêm um PlayStation 5 cada. Já o mais caro custa R$ 1,4 milhão e conta com uma máquina para balanceamento de rodas e medição de excentricidade. Outros destaques do leilão são: Do lote 10 ao lote 16, é possível adquirir diamantes lapidados e outras pedras preciosas com preços a partir de R$ 14 mil; Do lote 45 ao lote 47, é possível adquirir máquinas fotográficas e lentes para câmeras com preços a partir de R$ 800; No lote 52, é possível adquirir um óculos de realidade virtual com preço a partir de R$ 2,4 mil; No lote 53, é possível adquirir uma scooter turbo com lances a partir de R$ 2,6 mil; Nos lotes 82 e 83, é possível adquirir triciclos elétricos por preços a partir de R$ 1 mil; No lote 91, é possível adquirir um Fiat Uno com lances a partir de R$ 6 mil; No lote 95, é possível adquirir um Corsa, da GM, com lances a partir de R$ 7,8 mil; No lote 97, é possível adquirir um Ford Focus com lances a partir de R$ 9,5 mil. Os lotes ficam disponíveis para visitação até a sexta-feira (24) e podem ser examinados de forma presencial, mediante agendamento e em dias de expediente normal nas cidades de Guarulhos, Santos, São Paulo, São Bernardo do Campo, Araraquara, São José do Rio Preto e Bauru. Os endereços e horários para visitação, bem como os contatos para agendamento, estão indicados no edital do leilão. A Receita ainda destacou que os bens arrematados por pessoas físicas não podem ser vendidos, assim como alguns lotes específicos adquiridos por pessoas jurídicas. Por fim, também alertou para que os contribuintes tenham cuidado para não cair em golpes. "A Receita Federal alerta para a realização de transmissões ao vivo (lives) fraudulentas que simulam leilões de mercadorias apreendidas em plataformas de compartilhamento de vídeos na Internet", afirmou o Fisco em nota oficial, indicando que a participação é feita exclusivamente pelo e-CAC. Veja como participar do leilão mais abaixo. O Fisco ainda indicou que o pagamento das mercadorias arrematadas no leilão é feito por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) e nunca mediante depósitos ou transferências para contas de terceiros. Quem pode participar do leilão? Pessoas físicas podem participar do leilão sob os seguintes critérios: ser maior de 18 anos ou pessoa emancipada; ser inscrito no Cadastro de Pessoas Física (CPF); ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do Governo Federal. Já para pessoas jurídicas, os critérios são os seguintes: ter cadastro regular no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica (CNPJ); ou, no caso do responsável da empresa ou de seu procurador, ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do governo federal. Como funcionam os leilões Como participar do leilão? Para participar do leilão apresentando um lance, o interessado precisa seguir os seguintes passos: entre 23 e 27 de janeiro, observando os horários estabelecidos pela Receita, acessar o Sistema de Leilão Eletrônico por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC); selecionar o edital do leilão em questão, de número 0800100/000007/2024 - SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª REGIÃO FISCAL; escolher o lote em que se quer fazer o lance e clicar em "incluir proposta"; aceitar os termos e condições apresentados pelo site da Receita; e incluir o valor proposto (que, necessariamente, deve ser maior do que o valor mínimo estabelecido pela Receita), e salvar.



Mega-Sena pode pagar R$ 10 milhões nesta quinta-feira


23/01/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.819 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 10 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (23), em São Paulo. No concurso da última terça (21), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Não haverá 'medida artificial' para baixar preço dos alimentos, diz Rui Costa


23/01/2025 02:18 - g1.globo.com

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, esclareceu nesta quarta-feira (23) que o governo federal não adotará medidas de "intervenção artificial" para reduzir os preços dos alimentos. A declaração veio após repercussão de sua fala no programa "Bom Dia Ministro", onde anunciou a intenção de baratear o custo dos alimentos, levantando especulações sobre uma possível interferência direta nos preços. “Não vai haver intervenção artificial, reforço isso. Vamos tomar medidas para ajudar os pequenos produtores a terem custo menor de produção e, desta forma, oferecerem alimentos a preços menores”, afirmou Costa, destacando o foco em soluções estruturais para aliviar o peso da alimentação no orçamento das famílias. O ministro também descartou a criação de um pacote amplo de medidas, explicando que as ações serão planejadas e anunciadas de forma gradual. “Não vamos fazer um pacote de medidas. Vamos discutir diariamente, Casa Civil, Mapa, MDA, Fazenda. Quando definirmos uma medida, ela é anunciada de imediato e passa a valer.” Rui Costa enfatizou que o governo não pretende interferir nos preços de commodities, que são determinados pelo mercado internacional. “Nosso foco são os alimentos do dia a dia dos brasileiros”, disse ele, indicando que a estratégia estará voltada para itens básicos consumidos pelas famílias brasileiras. O governo, segundo ele, pretende dar prioridade a ações que incentivem a produção e reduzam custos para pequenos produtores, como forma de enfrentar a alta dos alimentos sem interferir diretamente no mercado.



Milei está disposto a retirar Argentina do Mercosul para selar acordo de livre comércio com EUA


22/01/2025 21:54 - g1.globo.com


Presidente argentino não esclareceu se pretende negociar acordo de forma independente ou em conjunto com os parceiros do bloco sul-americano. Javier Milei participa do G20 no Rio Pablo Porciuncula/AFP O presidente argentino, Javier Milei, afirmou nesta quarta-feira (22) que está disposto a retirar a Argentina do Mercosul, o bloco comercial que reúne cinco países sul-americanos, caso isso seja necessário para concluir um acordo de livre comércio com os Estados Unidos. "Se a condição extrema fosse essa, sim", respondeu o chefe de Estado quando questionado sobre a possibilidade de a Argentina deixar o Mercosul para firmar um acordo com Washington. As declarações de Milei foram feitas durante um evento organizado pela Bloomberg em Davos, na Suíça, em paralelo ao Fórum Econômico Mundial. Em dezembro, o líder ultraliberal argentino anunciou que pretende impulsionar um tratado de livre comércio com Washington em 2025, ano em que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA. "Estamos trabalhando muito intensamente na possibilidade de negociar um tratado de livre comércio" com os EUA, afirmou Milei, dois dias após ter participado da cerimônia de posse de Trump, seu aliado político. Milei não esclareceu se pretende negociar esse acordo de forma independente ou em conjunto com os parceiros do Mercosul, que teoricamente proíbe negociações bilaterais sem o consentimento dos outros membros do bloco. As discussões entre o Uruguai e a China em 2022 geraram oposição dos demais membros do Mercosul. "Digamos que há mecanismos pelos quais é possível fazer isso permanecendo dentro do Mercosul", afirmou Milei. "Portanto, acreditamos que é possível alcançar esse objetivo sem ter que abandonar o que já se tem no âmbito do Mercosul." O presidente argentino garantiu que está trabalhando com os países do bloco "para que isso não seja um impedimento para avançar em direção ao livre comércio". O Mercosul foi criado em 1991 e inclui Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e, desde 2023, Bolívia. A Venezuela foi suspensa em 2016. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou em dezembro a conclusão das negociações para um acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que ainda precisa ser ratificado. No entanto, diversos países, incluindo a França, não estão satisfeitos com o acordo. A França busca reunir outros países europeus para bloquear sua ratificação. Argentina de Milei: o que mudou um ano após o Plano Motosserra



Lula e ministros criticam governador de Minas em assinatura de contrato da 'rodovia da morte'


22/01/2025 14:46 - g1.globo.com


Recentemente, Romeu Zema fez críticas ao governo após a versão final da lei que repactua o pagamento da dívida dos estados com a União. Além do presidente, Renan Filho e Rui Costa comentaram posicionamento de Zema. Lula durante evento de assinatura da concessão da BR-381. Reprodução/ CanalGov Ministro dos Transportes, Renan Filho, durante evento de assinatura de concessão da BR-381. Reprodução/ CanalGov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros dos Transportes, Renan Filho, e da Casa Civil, Rui Costa, criticaram o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, nesta quarta-feira (22) durante evento de assinatura da concessão da BR-381, que vai de Belo Horizonte a Governador Valadares, em Minas Gerais. Recentemente, Zema fez críticas ao governo após a versão final da lei que repactua o pagamento da dívida dos estados com a União. A crítica foi rebatida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou que o governador de Minas aumentou o próprio salário (veja mais abaixo). “Rodovia da morte”: trecho da BR-381 tem dois acidentes por dia "A palavra 'obrigado' é tão simples, mas para falar tem que ter grandeza. O governador de Minas Gerais deveria vir aqui e me trazer um prêmio, um troféu. Primeiro presidente da República que nunca vetou nada de nenhum governador por ser da oposição. O que nós fizemos pelos estados para pagar suas dívidas talvez só Jesus Cristo fizesse se concorresse à presidência", afirmou o presidente. Lula afirmou ainda que, embora Zema tenha feito uma crítica "profunda desnecessária", ele iria relevar o posicionamento do governador de Minas em função do momento (de assinatura da concessão). "Ao invés de agradecer que o presidente colocou as questões políticas de lado, colocou o povo de Minas Gerais como o maior interessado nesse acordo, o governador vai de forma ingrata agredir o presidente [Lula]", disse Rui Costa. "Vale colocar aqui que em 2024 fizemos quatro leilões para Minas Gerais, para mim uma pena que o governador de Minas não esteja aqui neste momento, porque nunca nenhum governo deu tanta atenção à Minas Gerais quanto o senhor [Lula] está dando agora", afirmou Renan Filho. "Vi governador de Minas Gerais cobrando investimentos, no governo passado e agora, mas não o vejo aqui neste momento. Parece que a cobrança é mais política e menos pela obra. Isso apequena o gestor público", prosseguiu o ministro ao comentar a ausência do governador no evento. Após o encerramento do evento, o ministro Renan Filho voltou a citar Zema em entrevista a jornalistas. Segundo ele, o governo enviou convite ao governador de Minas Gerias. "O Planalto enviou o convite [a Zema] com certeza. Acho que é papel dos governadores cobrar investimentos federais, mas acho que governadores também devem reconhecer quando os investimentos são feitos. É isso que falta em algumas figuras da política nacional, que são impetuosas na hora das críticas, mas não agradecem. Nenhum governador no exercício de seu mandato recebeu tantos contratos quanto Zema recebe agora", argumentou o ministro dos Transportes. Em resposta às criticas, Zema publicou um mensagem nesta tarde em uma rede social, onde afirmou que seu foco é "trabalhar e não perder tempo com eventos burocráticos." Lula assina contrato de concessão da BR-381. Reprodução/ CanalGov 'Rodovia da morte' Conhecida como "rodovia da morte" por ser muito sinuosa com pistas simples e de baixa manutenção, o trecho também apresenta outros problemas estruturais como pouca iluminação e sinalização. Apenas nas primeiras horas desta quarta (22), três pessoas morreram numa batida entre caminhonete e carreta na BR-381. A rodovia apresenta intenso fluxo de caminhões e outros veículos. A via é muito utilizada no Brasil para escoamento de produtos industriais, já que atravessa o chamado Vale do Aço e também interliga os estados de Minas Gerais, São Paulo e o Espírito Santo. Lula sanciona alívio na dívida dos estados com aval a federalização de estatais Zema X Haddad Haddad usou as redes sociais nesta quinta (16) para rebater críticas do governador de Minas Gerais à lei que repactua a dívida dos estados. O texto foi aprovado pelo Congresso com medidas para refinanciar essas dívidas a juros mais baixos – mas, ao sancionar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou algumas das medidas que beneficiavam os governos locais. Os vetos ainda serão analisados pelo Congresso e podem ser derrubados. Enquanto isso, esses vetos vêm sendo criticados por governadores de oposição a Lula como Zema, Cláudio Castro (RJ) e Eduardo Leite (RS). "O governador de Minas Gerais Romeu Zema usou esta rede para atacar o governo federal, mas, como é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade. Primeiro: esqueceu de mencionar que se reuniu comigo e apresentou uma proposta para a renegociação das dívidas bem menor que a aprovada e sancionada agora", escreveu Haddad na ocasião. Haddad também citou, ao rebater Zema, a decisão do governador mineiro de elevar os salários do Executivo estadual, incluindo o seu próprio, em 300%. "O governador também parece ter se esquecido de outra informação: o veto citado por ele simplesmente pedia que a União pagasse dívidas dos estados com bancos privados. Em terceiro lugar, ele critica privilégios enquanto sancionou o aumento do próprio salário em 298%, durante a vigência do Regime de recuperação fiscal, inclusive", prosseguiu. Na terça (14), o governador de Minas afirmou que o governo federal quer os “estados paguem a conta de sua gastança”. “Com vetos ao Propag [Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados], o presidente Lula quer obrigar os mineiros a repassar R$ 5 bilhões a mais em 25/26, apesar do recorde de arrecadação federal: R$ 2,4 trilhões em 2024. É dinheiro pra sustentar privilégios e mordomias”, declarou. Declarou, ainda, que enquanto os estados lutam para equilibrar contas, o “Planalto mantém 39 ministérios, viagens faraônicas, gastos supérfluos no Alvorada e um cartão corporativo sem transparência”. “Até quando o contribuinte vai bancar essa desordem”, questionou.



Lula assina concessão da BR-381 em Minas Gerais, conhecida como 'rodovia da morte'


22/01/2025 14:11 - g1.globo.com


Trecho da concessão tem 303,4 km, começa em Belo Horizonte e vai até Governador Valadares. Praças de pedágios serão instaladas em pelo menos cinco cidades mineiras. Rodovia BR-381 DNIT/ Divulgação O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quarta-feira (22) o contrato de concessão da BR-381, em Minas Gerais (MG). O trecho da concessão tem extensão total de 303,4 km, começa em Belo Horizonte, capital mineira, e vai até a cidade de Governador Valadares, também em Minas Gerais (veja mais detalhes abaixo). “Rodovia da morte”: trecho da BR-381 tem dois acidentes por dia Conhecida como "rodovia da morte" por ser muito sinuosa com pistas simples e de baixa manutenção, o trecho também apresenta outros problemas estruturais como pouca iluminação e sinalização. Apenas nas primeiras horas desta quarta (22), três pessoas morreram numa batida entre caminhonete e carreta na BR-381 A BR -381 apresenta intenso fluxo de caminhões e outros veículos. A via é muito utilizada no Brasil para escoamento de produtos industriais, já que atravessa o chamado Vale do Aço e também interliga os estados de Minas Gerais, São Paulo e o Espírito Santo. O governo já havia tentado licitar a BR-381 em gestões anteriores, mas não obteve sucesso por falta de interessados. Com o impacto da batida na BR-381, caminhonete ficou destruída. Redes sociais Concessão Pelo menos cinco praças de pedágio devem ser instaladas nas cidades de Caeté, João Monlevade, Jaguaraçu, Belo Oriente e Governador Valadares. Segundo a ANTT, a cobrança vai começar depois do 12º mês de concessão, após a realização dos investimentos iniciais, como revitalização asfáltica e sinalização. 🔎Ao todo, a rodovia tem 1.181 km de extensão e abrange 21 cidades mineiras. O governo vai fazer obras em dois trechos da rodovia concedida. Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, os recursos já foram alocados e as licitações concluídas. "Obras nos próximos meses aí para garantir o cronograma que o presidente Lula exigiu, fazer a concessão e também fazer a execução das obras nos dois trechos que foram responsabilidade do governo federal", declarou. Lula assina contrato de concessão da BR-381. Reprodução/ CanalGov Tarifa O leilão do trecho de pouco mais de 300 km foi realizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em 2024. O grupo vencedor, 4UM Investimentos, ofereceu desconto de 0,94% sobre a tarifa básica de pedágio de pista simples (R$ 0,18380/km) e de pista dupla (R$ 0,25732/km). A tarifa base por praça de pedágio, prevista no edital, varia entre R$ 10,75 e R$ 13,75. A BR-381 será administrada pela Concessionária Nova 381 e vai contar com investimento de R$ 10 bilhões (Capex e Opex) em 30 anos de concessão. A proposta é que, com a concessão, 51 mudanças sejam feitas como, por exemplo, a duplicação de 106 quilômetros de rodovia. O trecho abrange 13 cidades, com tráfego médio de 24,7 mil veículos por dia. Além disso, o projeto também prevê: 83 quilômetros de faixas adicionais; 51 correções de traçado, áreas de escape, Pontos de Parada e Descanso (PPD) para caminhoneiros; 23 passarelas para a travessia de pedestres; pontos de atendimento ao usuário com o Centro de Controle de Operações (CCO); áreas de escape e Bases do Serviço Operacional (BSO) para apoio das equipes de atendimento médico de emergência, mecânico e demais incidentes na via.



Governo, Congresso e Judiciário avançam em 'meio-termo' para projeto dos supersalários


22/01/2025 14:00 - g1.globo.com

Ana Flor: poderes negociam 'meio-termo' para projeto de lei dos supersalários Uma negociação entre o Ministério da Fazenda, o comando do Congresso e a cúpula do Judiciário deve chegar a um "meio-termo" no projeto de lei que tenta acabar com os supersalários no serviço público federal. A proposta em discussão criaria um teto à parte para os benefícios enquadrados como indenizações – que, hoje, ficam fora do teto remuneratório. Assim, seriam dois limites: um para a remuneração e um para os benefícios. Para autoridades e servidores federais, o teto salarial atual é a remuneração mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – R$ 46.366,19 a partir de fevereiro. Para o funcionalismo estadual, em geral, a regra se baseia no salário do governador ou dos desembargadores do Tribunal de Justiça. Pelo projeto que está sendo costurado, esse patamar seria mantido. Já as indenizações e benefícios adicionais seriam contados à parte – e não poderiam ultrapassar um percentual em relação ao teto salarial. Esse percentual é justamente o ponto que está sendo discutido agora. A negociação vem ocorrendo há algumas semanas e foi confirmada ao blog por interlocutores da Fazenda, do Congresso e do STF. O debate deve ganhar tração com a retomada dos trabalhos no Congresso, no início de fevereiro. O tema é espinhoso e, em geral, tramita com dificuldades no Legislativo em razão da força dos grupos de servidores afetados pela medida – em geral, aqueles dos escalões mais altos. Representantes da Fazenda já se reuniram com o atual presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG); com o provável sucessor de Pacheco, senador Davi Alcolumbre (União-AP); e com ministros do STF. Relembre as medidas propostas pelo governo para cortar gastos públicos Projeto compõe corte de gastos O governo enviou a medida ao Congresso no final do ano passado, dentro do pacote de corte de gastos. Mesmo representando uma economia em torno de R$ 5 bilhões para os cofres federais, o fim dos supersalários é tido como simbólico para a reorganização das contas do governo, já que salários acima do teto remuneratório são quase praxe no judiciário federal e estadual. Um estudo divulgado pelo movimento Pessoas à Frente indica que 93% dos magistrados e 91% dos membros do Ministério Público no Brasil recebem mensalmente acima do teto salarial. Os chamados "penduricalhos" – auxílio-peru, paletó, creche, saúde, bônus de produtividade e quinquenios que inflam os supersalários – custaram, segundo o estudo, mais de R$ 11 bilhões aos cofres públicos em 2023. Para essas carreiras, também vale o teto de remuneração equiparado ao salário dos ministros do STF. Mas benefícios e auxílios costumam ser pagos fora desse cálculo. Como a medida teria impacto também nas carreiras dos servidores estaduais, governo e Congresso esperam apoio dos governadores para a proposta. Além desse projeto que acaba com supersalários, o governo também espera avançar em 2025 com outra medida pendente do pacote de corte de gastos: as mudanças na aposentadoria dos militares.



Meta fiscal de 2024 foi cumprida, e equipe econômica avalia medidas para este ano, diz Tesouro


22/01/2025 13:11 - g1.globo.com


Resultado das contas públicas de 2024 ainda não foi divulgado oficialmente pelo governo e deve sair até a próxima semana. Governo avalia novas medidas fiscais, que podem incluir aumento de impostos ou corte de gastos. Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron Alexandro Martello O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, adiantou nesta quarta-feira (21) que a meta fiscal do ano de 2024 foi cumprida. Segundo ele, a área econômica já avalia novas medidas para atingir os objetivos para as contas públicas também neste ano. As declarações foram dadas durante entrevista à rádio Gaúcha. "O governo federal cumpriu as metas de 2024 de uma forma próxima ao centro da meta fiscal, apesar de toda desconfiança que havia. Conseguimos cumprir com muito esforço e muito trabalho. Para 2025, compromisso é o mesmo. se tiver de fazer medidas adicionais, tem de fazer", disse Ceron em entrevista à Rádio Gáucha. O resultado fechado das contas públicas em 2024 ainda não foi divulgado. Os números devem ser anunciados pelo governo até o fim deste mês. "O mercado acha que tem uma diferença grande para cumprir meta fiscal deste ano, e que precisa novas medidas. É esse o balanço que estamos fazendo, pensando em quais medidas necessárias para cumprir esse objetivo. O importante é o compromisso de cumprir as metas, e elas serão cumpridas. Se forem necessárias medidas, serão tomadas. Esse compromisso de atingir as metas fiscais está garantido", disse o secretário do Tesouro, Rogério Ceron. Contas públicas: apesar do déficit de R$ 105,2 bi, Tesouro projeta meta fiscal zero em 2024 Para 2024, a meta foi de zerar o déficit das contas do governo. Entretanto, pelas regras do arcabouço fiscal, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a R$ 28,8 bilhões. Além disso, para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 28,8 bilhões em créditos extraordinários. Esse montante foi reservado para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul, Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público. Para 2025, o governo também conta com uma meta fiscal zero, sem déficit nem superávit. Com o intervalo de tolerância existente, o saldo pode oscilar entre um déficit de R$ 31 bilhões e um saldo positivo de igual tamanho no ano que vem sem que a meta seja formalmente descumprida. Além disso, o Supremo Tribunal Federal autorizou o abatimento, da meta fiscal, de precatórios atrasados – que estão estimados em cerca de R$ 44 bilhões neste ano. Congresso conclui aprovação do pacote de corte de gastos Pacote de cortes de gastos No final do ano passado, o governo aprovou um pacote de cortes de gastos, incluindo um ritmo menor de crescimento do salário mínimo, além de manutenção da DRU e de mudanças no acesso ao abono salarial, entre outros. A área econômica estimou um impacto de R$ 69,8 bilhões em 2025 e 2026. Porém, estimativa divulgada pela XP no começo deste ano, após a "desidratação" do pacote de corte de gastos promovido pelo Legislativo, apontou que o potencial de redução de despesas nos próximos dois anos, das medidas propostas pelo governo, será menor: de R$ 44 bilhões. "Adicionalmente, vemos que o provável ganho fiscal é insuficiente para garantir o atingimento das metas de resultado primário e, principalmente, a manutenção do limite de despesas do arcabouço fiscal nos próximos anos", acrescentou a XP, naquele momento. De acordo com nota técnica da Warren Rena, o corte de despesa trazido pelo pacote será de R$ 19,2 bilhões e de R$ 26,2 bilhões para 2025 e 2026, ou seja, um total de R$ 45,4 bilhões. "Com isso, no próximo ano, o déficit de 2025 será de R$ 75,1 bilhões, compatível com o cumprimento da meta fiscal, considerando-se o intervalo inferior da meta, déficit de R$ 31 bilhões, e os precatórios excedentes não computados, R$ 44,1 bilhões", diz a Warren Rena. Para a instituição, porém, o governo terá de efetuar um bloqueio de R$ 35,4 bilhões nas despesas dos ministérios, em relação ao nível de gastos livres que consta na proposta de orçamento, para atingir o déficit fiscal zero em 2025, algo considerado "politicamente desafiador". Novas medidas A área econômica já vem acenando, desde o fim do ano passado, com novas medidas de aumento de arrecadação, ou de redução de despesas, para tentar atingir a meta fiscal de 2025. Entre as medidas que o governo conta para elevar a arrecadação, ainda não aprovadas, estão o aumento da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) e dos Juros sobre Capital Próprio, além de medidas de compensação para a desoneração da folha de salários, relativas a processos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e transações tributárias, entre outras. Para 2025, a projeção da área econômica era de arrecadar R$ 168,24 bilhões com essas medidas. Entretanto, diante da falta de aprovação no Congresso, o governo ajustou essa previsão no fim do ano passado para uma arrecadação menor neste ano, de R$ 121,5 bilhões. E indicou, ainda, que podem ser necessárias ações adicionais de arrecadação para atingir as metas fiscais. Ao mesmo tempo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, continua indicando que a equipe econômica pode adotar, no futuro, novas medidas de cortes de gastos. "Eu nunca falei que isso [processo de cortes de gastos] é um trabalho que se encerra. Não se encerra. Nós vamos acompanhá-lo. Vamos fazer uma avaliação do que foi aprovado, nós temos também a questão da desoneração da folha que tem uma pendência no Supremo que nós vamos resolver", afirmou o ministro, no fim do ano passado. Reforma no IR com corte de gastos foi erro, afirma Haddad



Dólar tem forte queda e fecha a R$ 5,94, com 'tarifaço' de Trump no radar


22/01/2025 12:00 - g1.globo.com


Moeda norte-americana recuou 1,40%, cotada a R$ 5,9455, menor valor desde o fim de novembro. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, fechou em queda de 0,30%, aos 122.972 pontos. Notas de real e dólar Amanda Perobelli/ Reuters O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (22), cotado a R$ 5,94, enquanto investidores observavam as possíveis mudanças nas políticas de tarifas comerciais dos Estados Unidos com a posse de Donald Trump como presidente. A moeda norte-americana atingiu seu menor valor desde 27 de novembro (R$ 5,9124). Na mínima da sessão de hoje, chegou a R$ 5,91. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, também fechou em queda. Na terça-feira (21), Trump reforçou a promessa de impor tarifas de 10% à China e à União Europeia. Também considerou alíquotas de até 25% contra o México e o Canadá. Apesar das afirmações do republicano, a falta de medidas concretas sobre o tema beneficiou o real e outras moedas ao redor do mundo. "A abordagem de Trump de primeiro ameaçar e depois estudar se realmente vai implantar alguma tarifa sobre as outras economias tem levado a um movimento de enfraquecimento global do dólar", disse Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX, à agência Reuters. "Visto o que se antecipava, o receio era de que ele teria uma postura agressiva já no seu primeiro dia de mandato", completou. Esse cenário, no entanto, não aconteceu. A aplicação de tarifas sobre produtos importados nos EUA se reflete no dólar porque é uma medida considerada inflacionária — ou seja, com potencial para elevar os preços no país. Quando os preços estão mais altos por lá, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) tende a manter os juros elevados por mais tempo para esfriar a economia e combater a inflação. Taxas elevadas nos EUA fortalecem o dólar. Por isso, quando há a expectativa de que Trump pode não ser tão rigoroso em suas políticas tarifárias, o dólar tende a cair. Nesta quarta-feira, o mercado também monitorou as discussões no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, e acompanhou os desdobramentos das contas públicas brasileiras. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumulou alta 27% no ano; Ibovespa teve recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar desde o fim de 2024 O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar O dólar fechou em queda de 1,40%, cotado a R$ 5,9455. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 1,98% na semana; recuo de 3,79% no mês e no ano. Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,18%, cotada a R$ 6,0302. a Ibovespa O Ibovespa fechou em queda de 0,30%, aos 122.972 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,51% na semana; ganho de 2,24% no mês e no ano. Na véspera, o índice avançou 0,39%, aos 123.338 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Os efeitos da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos continuaram a influenciar os mercados nesta quarta. Além das ordens executivas assinadas no primeiro dia de mandato, novas declarações de Trump sobre um possível "tarifaço" a outros países geraram incertezas sobre os impactos no comércio global. Na terça-feira, durante um evento na Casa Branca, Trump prometeu impor tarifas à União Europeia e afirmou que seu governo já está discutindo uma alíquota de 10% sobre produtos importados da China a partir de 1º de fevereiro. O republicano também ameaçou impor tarifas para o México e para o Canadá, afirmando que há preocupação com o fluxo de drogas provenientes desses dois países. Juros, dólar e bitcoin: o que o mercado espera de Donald Trump e quais os impactos para o Brasil Sobre a relação de Trump com o Brasil, continuam a repercutir as falas recentes do republicano, quando afirmou que a relação dos Estados Unidos com a América Latina e com o Brasil "é excelente", mas destacou que a região "precisa mais dos Estados Unidos" do que o contrário. "A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós", respondeu Trump ao ser perguntado se iria falar com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e com a América Latina. A frase foi dita em resposta a uma pergunta da repórter da TV Globo Raquel Krähenbühl sobre se Trump falaria com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e a América Latina, feita enquanto o presidente americano assinava os primeiros decretos do novo mandato no Salão Oval da Casa Branca O presidente Lula afirmou que torce por uma "gestão profícua" (ou seja, proveitosa) por parte de Trump, afirmando que o Brasil "não quer briga" com os Estados Unidos. "Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser histórico ao que é do Brasil", disse Lula. "Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia", seguiu. Desde sua campanha, o novo presidente dos EUA tem indicado que irá adotar uma agenda mais protecionista, priorizando o fortalecimento da atividade doméstica e limitando a concorrência estrangeira. Por isso, investidores estão incertos sobre os impactos econômicos das medidas do republicano e os efeitos que essas propostas podem ter no Brasil. Por aqui, o mercado está atento ao cenário fiscal, especialmente porque o Orçamento ainda não foi aprovado. Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, listou as prioridades do governo na política econômica para este ano, destacando a necessidade de fortalecer o arcabouço fiscal e mencionando a reforma do Imposto de Renda. Na agenda doméstica, o Banco Central informou que o Brasil registrou um fluxo cambial total negativo de US$ 3,804 bilhões em janeiro até o dia 17, em um movimento puxado tanto pela via financeira como pela via comercial. Os dados são preliminares e fazem parte das estatísticas referente ao câmbio contratado. Além disso, o investidor também segue na expectativa pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país e que será divulgado na próxima sexta-feira. A estimativa é que o indicador traga mais indicações sobre o futuro da taxa básica de juros, a Selic.



Secretaria do Consumidor aplicou mais de R$ 70 milhões em multas em 2024; veja como registrar reclamações


22/01/2025 07:30 - g1.globo.com


Do total, R$ 45 milhões foram por infrações ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). Prazo para que consumidor possa reclamar de problemas varia conforme produto ou serviço. Foto ilustrativa do momento de uma compra com cartão de crédito/débito em Goiás Divulgação/Secretaria da Economia A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) aplicou mais R$ 70 milhões em multas em 2024. Desse total, R$ 45 milhões foram referentes a infrações cometidas por empresas ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). Os outros R$ 25 milhões foram relativos a sanções impostas pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). Ainda segundo a Senacon, o órgão também enviou cerca de 500 notificações e finalizou 644 processos administrativos ao longo do ano passado, bem como analisou aproximadamente 280 projetos de lei relacionados ao consumidor ou às relações de consumo. Entenda abaixo quais os direitos e prazos que o consumidor tem para reclamar de produtos e serviços e como fazer reclamações nos órgãos de defesa do consumidor. Entenda os direitos do consumidor na hora de trocar presentes O que é o Código de Defesa do Consumidor? O Código de Defesa do Consumidor, também chamado de CDC, é um conjunto de regras que estabelece as normas de proteção e defesa do consumidor e das relações de consumo com fornecedores. Segundo o Código, os direitos básicos do consumidor são: A proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; A educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como os riscos que apresentem; A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais (que obriga ou pressiona a compra por intimidação, por exemplo), bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; A proteção contra a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos subsequentes que as tornem excessivamente onerosas; A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; O acesso a órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova a seu favor no processo civil quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente (que não tenha recursos suficientes para se sustentar); A adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. Os direitos do consumidor, no entanto, não se limitam a essas cláusulas, e o código ainda trata de outros detalhamentos importantes para entender quando há alguma infração por parte das pessoas jurídicas ou não. Qual o prazo para reclamar de algum produto ou serviço? Segundo o CDC, os prazos que o consumidor tem para reclamar de problemas aparentes ou de fácil constatação dependem do produto ou serviço contratado, sendo: 30 dias para o fornecimento de serviços e produtos não duráveis; e 90 dias para o fornecimento de serviços e produtos duráveis. Nesses casos, o prazo começa a ser contado a partir da data de entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços. Já se for o caso de um vício oculto — quando o problema só é identificado após algum tempo de uso, causado por algum defeito de fabricação ou de execução de serviços — o prazo para reclamação começa a ser contado a partir do momento em que o defeito ficar evidente. Como fazer uma reclamação nos órgãos de defesa do consumidor? Existem vários órgãos que podem orientar e auxiliar o consumidor na resolução de problemas. Entre eles estão: Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que além de publicar notícias e informações que ajudam a resolver e a prevenir problemas de consumo, também oferece orientação sobre os direitos previstos no CDC; Defensorias públicas estaduais, que prestam assistência jurídica gratuita e integral para pessoas que não tenham condições financeiras de pagar por esse serviço. O trabalho inclui a orientação jurídica e a defesa judicial e extrajudicial, em casos de competência da Justiça Estadual; Procons, que oferece orientações de consumo e diversos canais de comunicação para que o consumidor possa registrar uma reclamação quando necessário; Site Consumidor.gov, que permite que o consumidor tenha uma comunicação direta com as empresas participantes que, por sua vez, se comprometem a receber, analisar e responder as reclamações em até 10 dias. Para registrar reclamações no Procon: As reclamações podem ser feitas por atendimento eletrônico. Para isso, basta acessar o site do Procon do seu estado e clicar na aba "Reclamação" ou "Faça sua reclamação aqui" (cada Procon disponibiliza a opção de um jeito diferente); Em alguns casos, o Procon pode disponibilizar um email para envio das reclamações. Nessas situações, fique atento aos documentos necessários. Em outros casos, como acontece com o Procon-SP, o consumidor precisará acessar o sistema de atendimento digital, que é realizado com validação da conta cadastrada no portal gov.br, nível prata ou ouro. Caso o Procon abra um sistema de atendimento digital, o consumidor precisará clicar na aba "Novo atendimento" e selecionar a opção "Reclamação". Aqui também é preciso atenção aos documentos necessários para registrar a reclamação. Depois, basta preencher os campos requisitados e enviar a reclamação ao final. Para registrar reclamações no site Consumidor.gov Primeiro, o consumidor deve verificar se a empresa contra a qual quer registrar uma reclamação está cadastrada no sistema; Caso a empresa esteja cadastrada, o consumidor clica no nome da empresa e seleciona a aba "Registrar reclamação". Para completar o registro da reclamação, o consumidor precisa acessar o sistema por meio da conta cadastrada no portal gov.br e autorizar o acesso do site às informações pessoais solicitadas. Uma vez com o acesso ao sistema, é preciso completar as informações necessárias para o cadastro do usuário e concordar com os "Termos de Uso". Depois, basta clicar na aba "Confirmar". O órgão sugere que o consumidor confira todos os dados, principalmente as informações de contato, que podem ser usadas pela empresa para a resolução do problema relatado. Uma vez que o cadastro esteja completo, o consumidor deverá clicar na aba "Nova Reclamação" e preencher as informações necessárias. Para fundamentar a reclamação, é possível anexar documentos, tais como comprovantes de pagamento, notas fiscais, ordens de serviços, entre outros. Para sua segurança, não preencha dados pessoais em campos onde a informação postada será pública, como no campo reclamação, resposta e comentário final. Uma vez que a reclamação esteja registrada, começa a contar o prazo de resposta das empresas, que é de 10 dias corridos. Durante esse período, a companhia pode solicitar informações complementares, então o consumidor deve ficar atento para respondê-la. Após a manifestação da empresa, o consumidor terá a chance de comentar a resposta recebida, classificar a demanda como "Resolvida" ou "Não Resolvida" e indicar seu nível de satisfação com o atendimento recebido. Caso a empresa não esteja registrada no site Consumidor.gov, o consumidor deverá buscar atendimento dos Procons, defensorias públicas, juizados especiais cíveis, entre outros órgãos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor.



‘Fotos que me pagaram para editar’: como fotógrafos e designers faturam até R$ 30 mil por mês no TikTok


22/01/2025 07:06 - g1.globo.com


Profissionais aproveitam o potencial de viralização nas redes sociais para divulgar serviços e ganhar com a monetização. Alguns contratam funcionários para dar conta da demanda. Especialistas destacam a importância da regularização. Como profissionais estão faturando com edições de fotos no TikTok Todo dia uma trend diferente. E quem acessou o TikTok ou Instagram nos últimos meses deve ter esbarrado no bordão “fotos que me pagaram para editar”. São vídeos de editores de imagem contando dos pedidos enviados pelos seguidores para melhorar fotos de um dia especial ou de uma viagem antes de postarem nas redes sociais. As solicitações são as mais diversas, e vão desde tirar pessoas do fundo de uma foto, melhorar a paisagem de um dia nublado, restaurar imagens antigas, juntar pessoas já falecidas, até alterar medidas corporais. O que talvez não esteja no radar dos seguidores é que esses designers e fotógrafos estão faturando alto com esse novo trabalho. Alguns dizem ganhar mais de R$ 30 mil por mês atendendo aos pedidos dos internautas. “As pessoas acham que sou mágica”, brinca Laura Cunha Postal, de 21 anos, que trabalha só com edições de imagens há dois anos. LEIA MAIS Como declarar renda obtida por 'freelas', trabalho autônomo ou informal? Nanoempreendedores: novos negócios ficam isentos na reforma tributária Profissionais de edições faturam até R$ 30 mil por mês faturam até R$30 mil por mês Laura Postal/Julia Guinami Natural de Chapecó (SC), ela conta que sempre sonhou em trabalhar com fotografia. “Eu sou tímida pessoalmente, então quando eu ia tirar foto não gostava de pedir para as pessoas posarem e toda essa parte do contato frente a frente com alguém.” O segredo foi direcionar o trabalho para a edição de imagens. Foram cinco anos aprendendo sozinha, por meio de vídeos no YouTube. “Eu continuava tirando fotos, mas era para editar quando eu chegasse em casa”, conta. Laura se mudou para Florianópolis e começou a trabalhar como social media, gerenciando as redes sociais de empresas. Quando o desemprego bateu na porta, Laura resolveu compartilhar vídeos de edições no TikTok. “Meu objetivo, quando comecei a postar, era ver se as pessoas queriam fazer ensaios comigo. Eu não sabia que dava para trabalhar só com edições”, explica. Não demorou muito para o quadro “coisas que me pagaram para editar” viralizar. Um dos vídeos chegou a bater 15 milhões de visualizações no TikTok e, consequentemente, a clientela começou a chegar. Antes e depois de uma foto editada por Laura Postal, que fatura mais de R$ 30 mil por mês editando imagens dos seguidores. Arquivo Pessoal "Tem pedidos engraçados, e outros até criminosos, como a falsificações de documentos. As pessoas acham que eu vou fazer qualquer coisa que pedirem. Não é assim que funciona”, afirma Laura. Hoje, ela tem uma empresa de edições de imagens e chega a faturar até R$ 30 mil por mês. Laura também conta com duas funcionárias: uma para atender aos pedidos via WhatsApp e outra para ajudar nas edições. São mais de 40 fotos editadas por dia, com preços que variam de R$ 18 a R$ 200. O preço muda conforme a dificuldade dos pedidos. A média dos serviços fica na faixa dos R$ 40. Além disso, a fila de espera é grande: são duas semanas de prazo para ser atendido no WhatsApp, além de 6 a 11 dias úteis para entregar. Se bater a urgência, é preciso desembolsar uma taxa de R$ 25 para furar a fila. Há também a possibilidade de o cliente pagar R$ 60 para a entrega da imagem editada no mesmo dia. “Eu achei o meu emprego dos sonhos. Eu sempre amei edição e sempre quis trabalhar só com isso. Estou realizada”, completa. Laura Postal mora em Florianópolis e tem uma empresa de edições de imagens fotografiababi/Arquivo Pessoal 🗣️ A mágica das redes Assim como Laura, outros profissionais da aérea também estão investindo em edições de fotos para o TikTok. É o caso de Jean Lucas, de 23 anos, natural de Cascavel (PR). Ele chegou a largar a faculdade de engenharia civil para viver da fotografia. Com mais de 340 mil seguidores na plataforma, o paranaense aprendeu a editar sozinho aos 13 anos. De lá para cá, ingressou no mundo da fotografia e nunca mais parou. “Durante uma fase muito apertada de dinheiro, postei um vídeo no TikTok editando fotos de uma amiga para ver no que ia dar e viralizou. Então, comecei a receber muitos pedidos, e isso virou uma nova fonte de renda”, explica. Antes e depois de uma foto editada por Jean Lucas, que chega a receber mais de 2 mil mensagens por dia com pedidos de edições. Arquivo Pessoal O fotografo chega a receber mais de 2 mil mensagens por dia. Para dar conta de tanta demanda, ele contratou uma funcionária que trabalha no atendimento aos clientes. Hoje, ele fatura cerca de R$ 19 mil por mês, e parte da renda vem da monetização dos vídeos no TikTok. "O TikTok veio como uma salvação na minha vida, porque me ajuda muito, muito, mas muito mesmo. Claro que tudo depende de qual vídeo vou postar, se vai viralizar, mas o mínimo que tirei nos últimos seis meses foi R$ 4 mil”, conta. Além da grana, muitos clientes chegam até Jean graças aos vídeos da rede social, já que boa parte dos fregueses conhecem as edições do fotografo por meio dos clipes curtos viralizados. “Toda vez que eu posto é quando chove de pessoas. Se um vídeo bater 1 milhões de visualizações, por exemplo, pode esperar que vai passar de duas mil mensagens no dia”, afirma. Além do WhatsApp comercial, Jean também recebe pedidos no Instagram, TikTok, e até ligações. Hoje, a fila passa de três mil pessoas e a espera é de uma semana para ser atendido. Além de edtor, Jean Lucas também trabalha com fotografia de imagens artisticas Jean Lucas 👋🏽 Adeus CLT? Segundo Vanilson Coimbra, professor de fotografia publicitária no Centro Universitário Belas Artes e mestre em Design, é normal os profissionais dessa aérea divulgarem o trabalho por meio das redes sociais. Plataformas como o TikTok oferecem ferramentas que permitem uma apresentação mais autêntica e criativa, o que cativa mais clientes. São diferentes do que se habitua a ver no LinkedIn, que é mais formal e menos adaptado ao tipo de linguagem visual que caracteriza o trabalho desses profissionais. “A estrutura do TikTok favorece vídeos curtos e conteúdos imersivos, perfeitos para demonstrar habilidades práticas, compartilhar processos criativos e humanizar a marca pessoal do profissional”, afirma Coimbra. “O alcance orgânico, combinado com um algoritmo que prioriza conteúdo relevante e interessante, possibilita alcançar audiências maiores e mais diversificadas”, completa o professor. Julia Guinami, de 22 anos, tem como principal fonte de renda as edições de fotos há um ano, e também aposta no TikTok para mostrar a rotina de trabalho, em casa e por conta própria. Julia Guinami deixou o emprego CLT para atuar somente com edições de fotografia Arquivo Pessoal A jovem de Birigui, no interior de São Paulo, largou o emprego de carteira assinada por não gostar da a rotina excessiva de trabalho e ver mais flexibilidade no trabalho autônomo. “Não aguentava mais o tanto que o emprego me sugava. Eu trabalhava de segunda a segunda, não tinha descanso nenhum. Então, resolvei arrumar um trabalho por conta para fazer”, lembra. Ex-estudante de publicidade e propaganda, Julia também começou compartilhando nas redes sociais os seus trabalhos de freelancer, que fazia como fotógrafa e editora de imagens. Não demorou para os clientes começassem a aparecer. “Eu sempre tento manter um horário fixo. É claro que, de vez em quando, acaba não dando certo. Na maior parte das vezes eu começo às 8h da manhã, paro ao meio-dia para almoçar, volto às 13h da tarde, e depois vou até as 18h”, explica. Hoje, ela acumula mais de 84 mil seguidores no TikTok, e tem um faturamento mensal de R$ 7 mil. Essa é única fonte de renda da Julia, de edições e da monetização da rede social. Antes e depois de uma foto editada por Julia Guinami, que tem como principal fonte de renda as edições de fotos. Arquivo Pessoal ❌ Sem romantização Segundo Issaaf Karhawi, professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), essa tendência de edições de imagens não é de hoje e nasceu por meio de grupos no Facebook e threads no X (antigo Twitter), e depois migrou para o Tiktok. “Esses designers em específicos se apropriaram muito bem da dinâmica do TikTok para falar do próprio trabalho. Nesse caso tem um casamento perfeito: impulsar o trabalho a partir da própria linguagem da rede, com humor e vídeos curtos”, ressalta. Apesar desse “par perfeito”, a professora e pesquisadora alerta para não romantizar ou almejar um empreendedorismo que precarize a mão de obra. Por isso, Issaaf chama atenção para o trabalho “gratuito” que vem sendo feito para as plataformas. “Quando os designers, por exemplo, dizem eles têm que fazer vídeos do TikTok caso contrário eles não vendem edição de fotos, tem um trabalho gratuito sendo feito para plataforma, ainda que o empreendedor veja isso como um benefício”, afirma Issaaf Karhawi. Além disso, a especialista ainda destaca para os contratos “implícitos” das redes sociais. Isso porque, as plataformas se atualizam diariamente e esses trabalhadores ficam à mercê das plataformas e do funcionamento delas para sobreviver. “Uma coisa é você divulgar o seu trabalho por meio das redes sociais, outra coisa é o que esses profissionais têm feito: eles atuam como design e tiktokers ao mesmo tempo. Então é um alargamento da prática profissional”, explica Issaaf. “É como se eles tivessem um terceiro turno de trabalho todos os dias. A gente pode entender esse fenômeno como uma ideia de penetração das plataformas em todas as instâncias da vida, inclusive no trabalho”, completa Karhawi. Profissionais de edições faturam até R$ 30 mil por mês faturam até R$30 mil por mês Laura Postal/Jean Lucas/Julia Guinami 📝 Importância da regularização Apesar de deixarem a CLT, um ponto importante levantado por especialistas ouvidos pelo g1 é a importância da regularização desses profissionais. “Criadores de conteúdo, freelancers e influenciadores digitais, por exemplo, podem se beneficiar de diversas vantagens. Ao se formalizar, o profissional passa a ter acesso a benefícios previdenciários e cumpre todas as obrigações tributárias”, afirma Gabriel Santana Vieira, advogado especialista em direito tributário. Além disso, o profissional pode ter um CNPJ, o que facilita a emissão de notas fiscais e abre portas para contratos com empresas que exigem formalidade. Isso agrega credibilidade e profissionalismo, além de contribuir para o crescimento do negócio. “Um dos caminhos mais práticos e estratégicos é se registrar como Microempreendedor Individual (MEI). Além de simplificar obrigações fiscais, essa regularização garante direitos e evita complicações com a Receita Federal”, completa. É preciso checar, claro, se os ganhos estão dentro do permitido por lei. Caso contrário, é necessário partir para a abertura de uma Microempresa (ME), que cumpre o papel de formalidade, mas exige o trabalho de um contador. ✍🏽 Dicas para quem está começando Para quem pensa em seguir na aérea de edição de imagens, o professor Vanilson Coimbra traz algumas dicas, como: 👩🏽‍💻 Investir no aprendizado: Faça cursos e sempre esteja atualizado. O mercado criativo está em constante evolução com novas ferramentas técnicas que exige um portfólio em constante atualização. 📲 Crie uma presença online que seja capaz de ser uma extensão do seu portfólio e habilidades. Tenha um portfólio de “Instagram”, performe como um TikToker e planeje a sua carreira como profissional do Linkedin. 🤑 Aprenda a precificar seus serviços: entenda os custos do seu trabalho, o valor do seu tempo e o quanto o mercado está disposto a pagar e ajuste os preços conforme sua experiência e a complexidade do projeto. 🤔 Invista em networking: busque conexões com outros profissionais on e offline. ✅ Seja disciplinado e organizado: estabeleça rotinas e prazos mesmo trabalhando de forma autônoma, e crie um sistema eficiente para lidar com clientes, propostas, contratos e principalmente sobre as entregas. Empreendedorismo Penitenciário: roupas de visita e “jumbo” viraram modelo de negócio



Imposto de Renda: além de movimentação financeira, malha fina considera outros dados e tem mais de 160 filtros de checagem


22/01/2025 07:01 - g1.globo.com


Fisco checa, com a ajuda de supercomputadores e de inteligência artificial, uma quantidade enorme de informações dos contribuintes. Objetivo é combater a sonegação. O acompanhamento da movimentação financeira dos contribuintes pela Receita Federal, que ganhou atenção neste começo de ano com mudanças anunciadas pela governo, é apenas um dos itens checados pela malha fina do Leão na declaração anual do Imposto de Renda (IRPF). Depois de anunciar a ampliação da fiscalização de transferências de valores, incluindo "fintechs" e instituições de pagamento — como "maquininhas", englobando dados do PIX —, o governo recuou da medida por conta de fake news e de críticas nas redes sociais. Além das movimentações financeiras, o Fisco checa, com a ajuda de supercomputadores e de inteligência artificial, uma quantidade enorme de informações dos contribuintes. Ao todo, são mais de 160 filtros de checagem de dados na declaração do Imposto de Renda, que tem de ser entregue todos os anos. Em 2024, quem recebeu mais de R$ 30,6 mil, no ano anterior, teve deve declarar. Governo propõe limitar isenções do Imposto de Renda por razão de saúde LEIA TAMBÉM G1 visita supercomputador da Receita que analisa declarações do IR; veja vídeo Imposto de Renda: governo deve ampliar faixa de isenção para R$ 3.036 em 2025 Alguns cruzamentos são mais simples, como CPF, endereço, dependentes, ou seja, informações pessoais. Outros cruzamentos referem-se a informações financeiras. Entre as informações obtidas e checadas pela Receita, estão: rendimentos; movimentações financeiras no PIX (acima de R$ 2 mil por mês); pagamentos no débito (acima de R$ 2 mil por mês); cartões de crédito (acima de R$ 2 mil por mês); aluguéis; despesas médicas (titular e dependentes, com recibos digitais a partir de 2025); mercado acionário e criptoativos; automóveis; aplicações em renda fixa; número de dependentes; despesas com educação (titular e dependentes); previdência complementar; gastos com empregados domésticos, informações sobre imóveis, incluindo compra e venda; carnê leão; bens no exterior; deduções de incentivo cultural; contribuição a entidades beneficentes. O objetivo é saber se os valores declarados no Imposto de Renda estão corretos, ou se eles precisam ser ajustados. Quando isso ocorre, os contribuintes caem na malha fina do Leão e têm de enviar declarações retificadoras e pagar a diferença ao governo. Caso não concorde, o contribuinte tem de apresentar documentos ao Fisco para comprovar que está correto. No ano passado, mais de 1,4 milhão de contribuintes caíram na malha fina. Desse total, 1,04 milhão (ou 71%) tinham imposto a restituir. Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina 💲Os motivos que levaram à malha fiscal em 2024 foram: Deduções (57,4%): as despesas médicas são o principal motivo de retenção, correspondendo a 51,6% desse total; Omissão de rendimentos (27,8%): inclui rendimentos não declarados pelos titulares das declarações ou por seus dependentes; Diferenças no Imposto Retido na Fonte (9,4%): diferença entre os valores declarados pelos contribuintes e os informados pelas fontes pagadoras na Dirf; Deduções de incentivo (2,7%): inclui doações a fundos de apoio à criança, adolescente e idoso, incentivo ao esporte e cultura, e doações feitas durante o mesmo ano da entrega da DIRPF; Rendimentos Recebidos Acumuladamente (1,6%): diferenças entre as informações declaradas e as fornecidas pelos responsáveis pelo pagamento de rendimentos na Dirf; Imposto de Renda pago durante o ano de 2023 (1,1%): diferença entre o valor de imposto pago declarado na DIRPF e os valores registrados nas bases da Receita Federal, como carnê-leão e imposto complementar. Big Brother fiscal? Segundo o presidente do Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Mauro Silva, o Fisco já tem informações sobre "quase tudo" o que as pessoas fazem que possa ser registrado. Questionado se existe um big brother fiscal ou tributário no país, ele avaliou que esse acompanhamento por parte do Estado em cima dos contribuintes acontece no mundo todo. "A Receita cruza informações de bancos, do carro que você compra, de imóveis que você compra, vende ou aluga. Quase tudo o que você faz, tem informação para a Receita. Se você quer fazer um ilícito, usa dinheiro", declarou Mauro Silva, do Unafisco, ao g1. Atualmente, cerca de 22% da população paga Imposto de Renda, e com a mudança da regra serão só 8%, destaca Luiza Nassif Pires, do Made-USP Marcello Casal Jr./Agência Brasil Segundo ele, a carga tributária é alta no Brasil, atingindo 32% do PIB em 2023, bem acima da média dos países emergentes, porque há sonegação de tributos. "Você tem uma obrigação de pagar tributo, declarar isso corretamente. A Receita recebe essa informação [de movimentação financeira dos contribuintes]. Esta desconfiando de você? Não. Está fazendo uma seleção [para fiscalizar]", explica. "Se todo mundo pagar o que deve, vai todo mundo pagar menos. Quando a Receita colhe dados e combater a sonegação, está fazendo em beneficio de todos, para que todos paguem menos", concluiu o presidente do Unafisco. Apesar do alto número de checagens, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, negou que o brasileiro viva em um "big brother tributário". Ele afirmou que os avanços proporcionados pela declaração pré-preenchida, que ganharam relevância e tiveram uso maior nos últimos anos, têm diminuído as retenções em malha fina. 🔎Nesse tipo de declaração, o Fisco preenche parte dos campos para o contribuinte, que apenas confirma as informações. Esse preenchimento é feito justamente com as informações enviadas pelas instituições financeiras, escolas, planos de saúde e cartórios, entre outros. "Olha, eu não diria a Big Brother, porque, de fato, e eu falo de coração. Para Receita Federal, a gente quer diminuir o volume de malha fina, por exemplo, de problema da pessoa física, porque é relevante. O volume é tão grande de pessoas que, por pequenos erros, cada vez menos agora porque com a pré-preenchida isso diminuiu muito. Como eu disse, com o fim do recibo [em papel na área de saúde, na realidade], eu estou muito animado que isso se reduza", declarou Barreirinhas. Ele afirmou que a malha fina realiza cruzamento automático de informações para que não seja necessário utilizar os auditores do órgão nas fiscalizações dos trabalhadores. Segundo o secretário, o alvo têm de ser as maiores empresas, cuja eventual sonegação representam "grandes valores" em termos de arrecadação. Barreirinhas também citou o foco em pessoas que buscam ocultar a origem ilícita de recursos, muitas vezes oriunda de crimes como lavagem de dinheiro ou do crime organizado. "O que eu preciso é liberar [com o cruzamento de informações] a força da Receita Federal para ir atrás de quem usa, por exemplo, esses meios de pagamentos, esses instrumentos em diversas contas correntes, em nome de laranjas, que use se utilizam disso para movimentar recursos ilícitos, para fazer lavagem de dinheiro. Esse que tem que ser o enfoque será o enfoque cada vez mais da Receita Federal", concluiu o chefe do Fisco. Com o recuo do governo nas regras de fiscalização do PIX, mais de 200 instituições financeiras continuarão sem a obrigatoriedade de ter de enviar os dados da movimentação financeira dos seus clientes à Receita Federal. São as "fintechs" e as instituições de pagamentos que operam no PIX. Elas estão listadas no site do Banco Central.



Mega-Sena, concurso 2.818: prêmio acumula e vai a R$ 10 milhões


21/01/2025 23:02 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 07 - 10 - 12 - 15 - 25 - 47. Quina teve 88 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 18.948,77. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.818 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (21), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 10 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 07 - 10 - 12 - 15 - 25 - 47 5 acertos - 88 apostas ganhadoras: R$ 18.948,77 4 acertos - 4.697 apostas ganhadoras: R$ 507,16 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (23). Mega-Sena, concurso 2.818 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Dólar: o que esperar com o retorno de Donald Trump à Casa Branca?


21/01/2025 19:35 - g1.globo.com


A resposta definitiva virá com o anúncio de medidas econômicas concretas nas próximas semanas, mas a agenda de campanha e sinalizações dadas por Trump e sua equipe nos últimos dias apontam para um 2025 de dólar fortalecido. Moeda americana cruzou patamar de R$ 6 em novembro do ano passado. Reuters via BBC Boa parte dos economistas aposta em um dólar forte em 2025. O mais recente boletim Focus do Banco Central, que reúne as estimativas de dezenas de instituições financeiras para uma série de indicadores macroeconômicos, aponta para um dólar a R$ 6 até o fim do ano. A moeda americana cruzou esse patamar em novembro do ano passado, poucos dias depois da eleição americana, e praticamente não voltou mais. Uma das razões é a expectativa em torno da política econômica do segundo mandato de Donald Trump à frente da Presidência dos Estados Unidos. Para entender exatamente como o retorno do republicano vai impactar o dólar é preciso aguardar o anúncio formal das medidas econômicas, observar os efeitos que elas vão produzir na prática e a reação dos países afetados. A agenda que ele vendeu na campanha e sinalizações recentes dadas por ele e por sua equipe, contudo, têm sedimentado a ideia de que o cenário é de dólar fortalecido. Uma das medidas apontadas por economistas com maior potencial nesse sentido são as tarifas que Trump prometeu impor sobre praticamente todos os produtos que os Estados Unidos importam, especialmente os chineses. Elas não vieram em enxurrada logo depois da posse nesta segunda-feira (20), como temiam alguns especialistas, o que pode sinalizar maior gradualismo. Em vez disso, Trump assinou um decreto que prevê que as agências federais do governo façam uma ampla revisão da política comercial americana, buscando práticas comerciais desleais de parceiros dos EUA. Os relatórios devem começar a chegar à mesa do presidente em 1º de abril e podem municiar sua agenda tarifária neste segundo mandato. Na segunda, ele disse a repórteres estar considerando taxar o México e o Canadá em 25% em 1º de fevereiro porque esses países, segundo ele, vinham permitindo que "um número massivo de pessoas entrassem e que o fentanil entrasse" pelas fronteiras com os EUA. Também declarou que "poderia" impor uma tarifa universal a todos os importados que entrassem no país, argumentando que "essencialmente todos os países tiram proveito dos EUA". Cotação do dólar é resultado de uma série de fatores, externos e internos. Reuters via BBC Efeito cascata O impacto do protecionismo tarifário sobre o dólar ocorre por conta de um movimento em cadeia. Em um primeiro momento, a elevação de tarifas tende a ser repassada pelo menos em parte pelas empresas aos consumidores, elevando o nível geral de preços. Diante da inflação mais alta, entra em cena o Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, que eleva juros em uma tentativa de conter a trajetória de alta dos preços. O aumento de juros, por sua vez, além de esfriar a atividade econômica, também aumenta o retorno dos títulos americanos, o que leva investidores a deixar mercados considerados menos seguros, como o Brasil, e migrar para os EUA, em um movimento que fortalece o dólar. Em um estudo publicado em outubro de 2024, o The Budget Lab, centro de pesquisa da Universidade de Yale focado na análise de políticas públicas com impacto na economia, calculou que a inflação poderia subir em algo entre 1,4% a 5,1%, levando em consideração diferentes cenários. Por exemplo: tarifa ampla de 10% para todos os produtos que os americanos importam, como Trump já chegou a aventar, e de 60% para produtos chineses, em situações com e sem retaliação dos países afetados. "Tarifas causam uma mudança de nível nos preços ao consumidor no ano em que são implementadas semelhante a um choque único na inflação", argumentam as economistas Kimberly Clausing e Mary Lovely, do centro de pesquisa Peterson Institute for International Economics, em um relatório em que detalham o impacto potencial do tarifaço sobre o consumidor americano. "O fardo econômico é semelhante a um imposto sobre vendas no varejo ou um imposto sobre valor agregado: um aumento no preço pago pelos consumidores. No entanto, as tarifas são um imposto sobre consumo mais distorcivo, uma vez que causam uma realocação ineficiente da produção, além de um aumento de preço ao consumidor", concluem. Um dos economistas que têm sido vocais sobre os alertas em relação aos potenciais efeitos inflacionários do aumento generalizado de tarifas tem sido Larry Summers, que foi secretário do Tesouro dos Estados Unidos durante o governo Bill Clinton (1999 - 2001). "Se ele cumprir o que prometeu na campanha, vai haver um choque inflacionário significativamente maior do que o afetou o país em 2021", opinou, em uma entrevista à CNN, fazendo referência à pandemia de covid-19. A óptica de Trump, contudo, é de que as tarifas podem ser uma fonte de arrecadação para os cofres do governo. Em seu discurso de posse, ele mencionou inclusive o External Revenue Service, um órgão que ele propôs que seja criado especificamente para recolher as tarifas, cuja arrecadação recai hoje sobre o Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras (Customs and Border Protection). O presidente também já comentou que enxerga no protecionismo um mecanismo de correção para o que entende como injustiças na forma como o comércio global funciona, associando o déficit que os EUA têm na balança comercial com determinados países com situações em que outras nações estariam se aproveitando dos americanos. Essa é uma visão de mundo que se aproxima do mercantilismo, modelo que vigorou na Europa antes da Revolução Industrial, disse em entrevista à BBC News Brasil pouco antes das eleições americanas Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos. Decretos de Donald Trump repercutem no Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça Equipe econômica pró-tarifas Ainda não se sabe exatamente como vai ser o tarifaço do Trump, mas uma sinalização importante veio na semana passada, durante a sabatina no Senado do indicado do presidente para secretário do Tesouro, Scott Bessent. Bessent, um gestor de fundos veterano do mercado financeiro, que vai ser responsável por implementar a política econômica dos EUA nos próximos quatro anos, reforçou que deve adotar uma política tarifária mais agressiva e refutou que a medida seja inflacionária. Outro nome chave é Howard Lutnick, indicado para secretário de Comércio, um cargo com influência direta na política industrial e tarifária. Além de bilionário veterano de Wall Street, Lutnick é conhecido por ser entusiasta da política de tarifas de importação. Ele ainda precisa passar pela audiência de confirmação no Senado – e existe uma expectativa grande sobre como vai responder aos questionamentos dos parlamentares. Ele estava ao lado de Trump quando, recentemente, o agora presidente mencionou o Brasil ao falar sobre tarifas: "A Índia cobra muito, o Brasil cobra muito. Se eles quiserem nos taxar, tudo bem, mas nós vamos taxar de volta", afirmou na ocasião. Trump prometeu tarifas de 60% para produtos chineses. Getty Images via BBC Brasil alvo das tarifas? Nesse sentido, os especialistas também ressaltam que ainda é difícil prever o impacto das tarifas propriamente ditas sobre o Brasil. De um lado, argumenta-se que o país não deve ser alvo preferencial do tarifaço, porque não tem acordo de livre comércio com os Estados Unidos e tem déficit na balança comercial com o país - ou seja, compra mais produtos dos americanos do que vende pra eles. Por outro lado, o Brasil é membro do Brics, bloco que Trump ameaçou com tarifas de 100% caso apoiem qualquer iniciativa de uso de moedas alternativas ao dólar. Não há planos de adotar uma moeda única entre membros do Brics, mas os países do bloco têm criado instrumentos para fazer transações comerciais em moeda chinesa e o banco do Brics tem concedido empréstimos em moedas alternativas ao dólar. No primeiro governo Trump, quando o republicano colocou em prática uma versão menor do que aparenta planejar fazer desta vez, o Brasil foi afetado com tarifas impostas sobre as importações de aço e de alumínio. O mosaico da cotação do dólar A política monetária americana não é, claro, o único fator que influencia o preço do dólar. A cotação de uma moeda em relação a outra é resultado de uma combinação de diversos fatores, internos e externos. No último ano, por exemplo, a política de gastos públicos do governo Lula foi apontada como um dos fatores que contribuíram para a saída de investidores do país e desvalorização do real. No ano passado, a saída de dólares do país pela via financeira foi recorde, US$ 87,2 bilhões, maior valor da série histórica do Banco Central que começa em 1982. Parte do déficit foi compensada por outra conta do balanço de pagamentos que registra o fluxo cambial do país, a conta comercial, que teve superávit de US$ 69,2 bilhões. Em relatório enviado a clientes nesta terça (21), os economistas Mauricio Une e Renan Alves, do Rabobank, avaliam que "o real brasileiro permanece à mercê das incertezas globais". Ressaltam a depreciação de 27,2% no ano passado, a segunda maior em uma cesta com as 24 principais moedas emergentes, e estimam a cotação para o fim de 2025 em R$ 5,94.



SP, RJ e MG têm maiores benefícios na renegociação da dívida dos estados, estima Tesouro Nacional


21/01/2025 18:16 - g1.globo.com


Esse efeito não é primário, ou seja, não impacta no resultado das contas públicas, mas sim na dívida do setor público — que ficará mais alta. Ou seja, trata-se de um impacto financeiro. Senado aprova projeto que permite a redução da dívida dos estados com a União Jornal Nacional/ Reprodução A Secretaria do Tesouro Nacional estimou nesta terça-feira (21) que a União poderá registrar perdas de até R$ 105,9 bilhões, em cinco anos, com a renegociação das dívidas dos estados. Esse efeito não é primário, ou seja, no resultado das contas públicas, mas sim na dívida do setor público — que ficará mais alta. Ou seja, trata-se de um impacto financeiro. Lula sanciona alívio na dívida dos estados com aval a federalização de estatais O cálculo do Tesouro considera que os 25 estados beneficiados pela mudança de regras —aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada com vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada — não entreguem ativos para abater seu patamar de endividamento. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, mesmo este último estado contando com benefícios adicionais por conta das enchentes registradas no ano passado, serão os maiores beneficiados (veja detalhes mais abaixo nessa reportagem). A vantagem obtida pelos estados se daria por conta da redução da taxa de juros de sua dívida com a União, calculada em cerca de R$ 800 bilhões. No formato anterior, a dívida era corrigida pelo que fosse menor: a taxa básica de juros ou a inflação oficial mais 4% de juros ao ano. Com as mudanças, a dívida continuará sendo corrigida pela inflação, mas com juros adicionais menores, de até 2% ao ano. O projeto também permite que os estados reduzam a até zero os juros adicionais. Para isso, os estados terão até o fim de 2025 para aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Caso os estados transfiram ativos à União, com empresas estatais, eles poderiam até mesmo contar com um saldo positivo, recebendo R$ 5,5 bilhões do governo federal. Nesse caso, porém, teriam de entregar ativos com valores expressivos, de até R$ 160 bilhões, ao governo federal. "Cabe destacar que os valores efetivos do impacto agregado só poderão ser estimados com precisão após cada um dos estados aderir ao Propag, pactuando as opções escolhidas quanto aos percentuais de aplicações no Fundo de Equalização e nas atividades especificas definidas na legislação e, também, o valor de amortização extraordinária efetivamente realizada", informou o Tesouro Nacional. Haddad x Zema Na última semana, o governador de Minas, Romeu Zema, criticou o governo federal por conta dos vetos indicados pelo governo na lei aprovada pelo Congresso, que trata da renegociação de suas dívidas. Na ocasião, ele afirmou que o governo federal quer os “estados paguem a conta de sua gastança”. “Com vetos ao Propag, o presidente Lula quer obrigar os mineiros a repassar R$ 5 bilhões a mais em 25/26, apesar do recorde de arrecadação federal: R$ 2,4 trilhões em 2024. É dinheiro pra sustentar privilégios e mordomias”, declarou ele, na ocasião. Ele mencionou, ainda, que enquanto os estados lutam para equilibrar contas, o “Planalto mantém 39 ministérios, viagens faraônicas, gastos supérfluos no Alvorada e um cartão corporativo sem transparência”. “Até quando o contribuinte vai bancar essa desordem”, questionou. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, usou as redes sociais, também na semana passada, para responder críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema. "O governador de Minas Gerais Romeu Zema usou esta rede para atacar o governo federal, mas, como é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade. Primeiro: esqueceu de mencionar que se reuniu comigo e apresentou uma proposta para a renegociação das dívidas bem menor que a aprovada e sancionada agora", escreveu Haddad. Haddad também citou, ao rebater Zema, a decisão do governador mineiro de elevar os salários do Executivo estadual, incluindo o seu próprio, em 300%. "O governador também parece ter se esquecido de outra informação: o veto citado por ele simplesmente pedia que a União pagasse dívidas dos estados com bancos privados. Em terceiro lugar, ele critica privilégios enquanto sancionou o aumento do próprio salário em 298%, durante a vigência do Regime de recuperação fiscal, inclusive", prosseguiu.



Conta de luz sem taxa extra em 2025 depende de chuvas, mas 'perspectiva' é boa, diz Aneel


21/01/2025 15:52 - g1.globo.com


Segundo diretor-geral Sandoval Feitosa, se previsão de chuva continuar — principalmente nos locais onde está chovendo — é possível ter bandeira verde ao longo do ano. Rede de energia. Leandro Vicari/Bom Dia Cidade O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou nesta terça-feira (21) que há "perspectiva favorável" para que o país passe por 2025 com a bandeira verde na conta de luz — ou seja, sem taxa extra nas faturas. "Se continuarmos com essa previsão de chuva e, principalmente, nos locais onde está chovendo a perspectiva é que tenhamos bandeira verde ao longo do ano", declarou. Bandeira tarifária vai passar de vermelha patamar dois - a mais cara - pra amarela O diretor-geral disse que ainda não é possível cravar o cenário de bandeira tarifária para o ano. Segundo ele, isso só é possível no início do período seco, quando é possível verificar o estado dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Contudo, se as previsões para o período úmido se concretizarem, a perspectiva é de bandeira verde na maior parte do ano. Segundo Feitosa, a bandeira pode variar entre amarela e vermelha — com taxas adicionais na conta — em momentos de maior estresse durante o período seco, que começa em maio. "Mas a perspectiva para o ano é muito favorável e nós também esperamos que o comportamento tarifário ao longo do ano seja o mais previsível possível, mas é claro que dependemos também da discussão de políticas públicas que estão ocorrendo nesse momento entre o poder Executivo e Legislativo", declarou. Sistema de cores 💡O sistema de cores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sinaliza as condições de geração de energia. 💡Se chove pouco e as hidrelétricas geram menos, é preciso acionar usinas termelétricas, que são mais caras. Por isso, a Aneel aciona as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, com taxas extras na conta de luz. Em 2024, por conta da estiagem, a Aneel precisou cobrar taxas extras na conta de luz de julho, setembro, outubro e novembro. Veja as bandeiras acionadas no ano passado: janeiro: verde fevereiro: verde março: verde abril: verde maio: verde junho: verde julho: amarela agosto: verde setembro: vermelha patamar 1 outubro: vermelha patamar 2 novembro: amarela dezembro: verde Em janeiro de 2025, a conta de luz segue com bandeira verde. Ou seja, sem custo adicional. Saiba quanto custa cada bandeira Cada bandeira tarifária acionada pela Aneel pode gerar um custo extra ao consumidor: 🟩bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra; 🟨bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100kWh); 🟥bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh); 🟥bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).



Importação de veículos cresce mais de 140% em 2024, puxada por elétricos e híbridos chineses


21/01/2025 14:35 - g1.globo.com


A chegada de carros eletrificados de marcas chinesas, impulsionou a importação de veículos em 2024 e resultou no melhor desempenho dos últimos 10 anos. Mercado de veículos importados cresce, mesmo com alta do dólar e de juros Roosevelt Cassio/Reuters O Brasil registrou um aumento de 141,1% no número de carros importados em 2024, com destaque para a chegada de veículos eletrificados. Os números foram divulgados nesta terça-feira (21) pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa). No ano passado, foram importados 104.729 veículos, alcançando o melhor resultado desde 2014, quando chegaram 93.685 carros fabricados em outros países. Em 2024, 94.930 dos importados eram carros elétricos ou híbridos. Isso representa 90,6% das importações. Dos 178.430 veículos eletrificados emplacados no Brasil em 2024, 53,2% foram importados. A Abeifa destaca que, apesar do crescimento significativo, os veículos importados ainda representam apenas 4,2% de todas as vendas de automóveis no Brasil. A divisão por marca mostra como a BYD dominou o mercado de importados, e comercializou quase 2,8 vezes mais que todas as outras 10 maiores montadoras somadas. (veja no gráfico abaixo) LEIA MAIS Venda de veículos novos no Brasil tem alta de 14,1% em 2024 Mercado automotivo brasileiro é o que mais cresce no mundo em 2024, diz Anfavea Fiat Strada é o veículo novo mais vendido do Brasil em 2024; veja a lista Como trocar o filtro de ar? Projeções para 2025 e efeito Trump Marcelo Godoy, presidente da Abeifa, acredita que o mercado de veículos importados deve crescer 5% em 2025, e alcançar cerca de 130 mil unidades, mesmo com o início de fabricação de eletrificados chineses no Brasil. A BYD, por exemplo, vai montar o Dolphin Mini e o Song Pro em Camaçari (BA) a partir de agosto, com capacidade de produzir até 300 mil veículos. O ponto servirá tanto para exportação, como para fornecer os carros vendidos no Brasil. A GWM também começará a produção nacional durante o primeiro semestre de 2025, em Iracemápolis (SP). O primeiro carro será o SUV Haval H6, mas existem promessas de mais modelos, incluindo até a picape Poer, que terá como maior concorrente a BYD Shark. A marca promete contratar 700 funcionários durante o primeiro semestre de 2025, e deve atingir 60% dos itens do carro com fabricação local. A capacidade da fábrica será mais modesta, com 20 mil veículos por ano. Uma ampliação e modernização já estão prometidas para os próximos três anos, passando para 50 mil carros fabricados. GAC Motors, Omoda e Jaecoo, todas chinesas, também estão na lista das marcas com fabricação no Brasil prevista para 2025. “O futuro próximo do setor de importação veicular ainda está incerto. Mas arrisco a dizer que podemos prever um crescimento de 5% em 2025, alicerçado em bases factíveis como o aumento expressivo de novos produtos, recheados de novas tecnologias", aponta Godoy. "De qualquer maneira, registro aqui o nosso desagravo em relação às medidas alfandegárias e suspensão de incentivos de impostos municipais de veículos importados eletrificados, já que estes são os primeiros a contribuir com o processo de descarbonização do setor automotivo brasileiro”, complementa o executivo. Desde o início de 2024, o imposto de importação incidente sobre veículos elétricos e placas solares aumenta gradualmente até 2026. A ideia do governo federal é tornar a mercadoria nacional mais atraente, uma vez que o custo deverá ser menor ao consumidor final. Sobre a posse de Donald Trump, junto da promessa de taxar produtos diversos de muitos países, Marcelo Godoy não acredita que as falas do novo presidente dos Estados Unidos deve afetar negativamente o mercado de carros importados do Brasil. “As taxas dos EUA podem afetar nosso país ao trazer mais carros importados até em preços menores, para desovar a produção com dificuldade de entrar no mercado americano, que também vende pouco na Europa já saturada, além da complexidade de engatar na China”, comenta Marcelo Godoy.



Após EUA deixarem Acordo de Paris, Brasil tenta se firmar como liderança ambiental e reafirma em Davos compromisso com COP 30


21/01/2025 13:27 - g1.globo.com


Brasil foi tema de um dos painéis do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta terça-feira (21). Autoridades brasileiras participaram do evento. Logo do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), é visto dentro do Centro de Conferências antes do Fórum Econômico Mundial de 2025, em Davos, na Suíça. Yves Herman/ Reuters A meses de sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), o Brasil tenta se firmar como uma liderança ambiental ao mesmo tempo em que os Estados Unidos anunciam, mais uma vez, a intenção de deixar o Acordo de Paris. O Brasil foi tema de um dos painéis do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta terça-feira (21). Decretos de Donald Trump repercutem no Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça Participaram o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, do governador do Pará, Helder Barbalho, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e a diretora de sustentabilidade do iFood, Luana Ozemela. Para Barroso, embora o Brasil ainda não tenha condições de ser uma liderança industrial ou tecnológica, em algum momento, o país pode se destacar com liderança ambiental. O presidente do STF destacou a "volta triunfal do negacionismo" e disse que a agenda ambiental vai enfrentar resistência daqueles que questionam as mudanças climáticas. Em sua posse nesta segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou mais uma vez a saída de seu país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. No seu 1º mandato, Trump já havia retirado o país do acordo, alegando que ele prejudicava a economia americana e beneficiava outros países às custas dos Estados Unidos. O processo levou anos e foi imediatamente revertido pela presidência do democrata Joe Biden em 2021. COP 30 no Brasil O governador do Pará, Helder Barbalho, destacou que a COP será sediada em Belém após duas edições em países cujas economias são baseadas em combustíveis fósseis (no Azerbajão e nos Emirados Árabes Unidos). "O Brasil está colocando pessoas para debater meio ambiente com o pé na floresta", declarou. Uma das pautas brasileiras é que os países ricos, que tiveram consolidaram suas economias com base em processos industriais poluentes, financiem a transição dos países em desenvolvimento. Para o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, a COP 30 será uma oportunidade para discutir o papel das cidades no cumprimento das metas climáticas e encontrar maneiras de financiar sua descarbonização. "Vejo a COP 30 nesse ano e o fato de se realizar em Belém como uma enorme oportunidade de enfrentarmos finalmente essa história do financiamento das cidades do Sul Global", afirmou. A COP 30 será realizada em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025.



Em ano de COP 30, ministro vai a Davos buscar investimentos em economia verde e transição energética, diz assessoria


21/01/2025 12:23 - g1.globo.com


Alexandre Silveira (Minas e Energia) representará o governo brasileiro no Fórum Econômico Mundial. Brasil sediará, no segundo semestre, conferência internacional sobre mudanças climáticas. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, diz que governo pode adotar horário de verão em 2024 Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participará nesta semana do Fórum Econômico Mundial e defenderá investimentos externos na chamada economia verde e na transição energética. As informações foram divulgadas pela assessoria do ministério. O fórum ocorre em Davos (Suíça) e reúne líderes de todo o planeta para discutir diversos assuntos. O tema deste ano é "Colaboração para a Era Inteligente", e entre os tópicos de debate está "Salvaguardando o planeta". Começa em Davos, na Suiça, o Fórum Econômico Mundial Por meio desse tópico, o fórum propõe a seguinte discussão: "Como podemos catalisar ações em matéria de energia, clima e natureza através de parcerias inovadoras, aumento do financiamento e implantação de tecnologias de ponta?". Nos fóruns internacionais dos quais participa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem defendido que o Brasil lidere, em nível global, as discussões sobre a proteção do meio ambiente e maneiras de os países mais ricos do mundo contribuírem para que os países em desenvolvimento possam proteger suas florestas. Nesse contexto, o governo Lula colocou o desenvolvimento sustentável e a transição energética entre os eixos centrais de discussão durante a presidência do G20 — organização que reúne as maiores economias do planeta — no ano passado. Além disso, para este ano, em que preside o Brics — grupo que reúne algumas das principais economias emergentes do mundo — o Brasil colocou entre os temas prioritários o seguinte tópico: "Aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar mudanças climáticas". Acordo de Paris Recém-empossado presidente dos EUA, Donald Trump, em seu primeiro dia na Casa Branca, retirou o país do Acordo de Paris, fruto das negociações da Conferência das Nações Unidas de 2015, na capital francesa, que levou a um acordo em que os países se comprometeram a adotar medidas para conter o aquecimento global. Em sua primeira passagem pela Casa Branca (2017-2020), Trump já havia retirado os EUA do acordo. Sucessor dele, o então presidente Joe Biden recolocou o país no acordo em 2021. Agora, porém, Trump voltou a retirar os EUA. Após o discurso de posse de Trump, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, divulgou nota na qual disse que o novo presidente americano confirmou "os prognósticos mais pessimistas". Marina acrescentou que o recém-empossado presidente americano fez anúncios "na contramão da defesa da transição energética, do combate às mudanças climáticas e da valorização de fontes renováveis na produção de energia". "Embora fosse algo já esperado, pelo que defendeu na campanha presidencial, vejo com enorme preocupação o anúncio de que o presidente pretende acabar com o Green New Deal, tirar os EUA do Acordo de Paris, retomar a indústria automotiva norte-americana sem dar prioridade para carros elétricos e valorizar o uso de combustíveis fósseis", acrescentou.



Dólar cai e fecha a R$ 6,03, com foco nas primeiras ações de Trump nos EUA; Ibovespa sobe


21/01/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda norte-americana recuou 0,18%, cotada a R$ 6,0302. Já o principal índice da bolsa de valores avançou 0,39%, aos 123.338 pontos. Dólar REUTERS/Lee Jae-Won O dólar fechou em queda nesta terça-feira (21), a R$ 6,03, com investidores repercutindo as primeiras ações tomadas por Donald Trump, novo presidente dos Estados Unidos. Na véspera, o republicano tomou posse e assinou uma série de ordens executivas já no primeiro dia de governo. Entre as medidas, estão a declaração de emergência da fronteira com o México, a retirada do país do Acordo de Paris e o perdão presidencial para acusados pelos ataques ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021. As ordens executivas foram classificadas como "prioritárias" pela Casa Branca. Já no Brasil, atenções voltadas às medidas apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na reunião ministerial feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na véspera. O ministro listou as prioridades para a política econômica ao longo deste ano. Ele citou medidas para fortalecer o arcabouço fiscal e a reforma do imposto de renda, que deve isentar o pagamento de imposto para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Além disso, investidores seguem monitorando a divulgação de balanços corporativos e continuam à espera de novos dados de inflação, previstos para esta semana. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumulou alta 27% no ano; Ibovespa teve recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar desde o fim de 2024 O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar O dólar recuou 0,18%, cotado a R$ 6,0302. Na mínima do dia, chegou a R$ 6,0172. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,58% na semana; recuo de 2,42% no mês e no ano. Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,40%, aos R$ 6,0411. a Ibovespa O Ibovespa avançou 0,39%, aos 123.338 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,81% na semana; ganho de 2,54% no mês e no ano. Na véspera, o índice avançou 0,41%, aos 122.855 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Os investidores passaram a analisar os efeitos da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. O republicano assinou uma série de ordens executivas no seu primeiro dia de mandato, no que a Casa Branca classificou como medidas prioritárias do novo governo. Entre elas, estavam a declaração de emergência na fronteira com o México, a retirada do país do Acordo de Paris e o perdão presidencial para acusados pelos ataques ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021. Juros, dólar e bitcoin: o que o mercado espera de Donald Trump e quais os impactos para o Brasil O novo presidente dos EUA afirmou que a relação do país com a América Latina e com o Brasil "é excelente", mas destacou que a região "precisa mais dos Estados Unidos" do que o contrário. "A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós", respondeu Trump ao ser perguntado se iria falar com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e com a América Latina. A frase foi dita em resposta a uma pergunta da repórter da TV Globo Raquel Krähenbühl sobre se Trump falaria com o presidente Lula e como seria a relação com Brasil e América Latina feita enquanto o presidente americano assinava os primeiros decretos do novo mandato no salão oval da Casa Branca. Na véspera, o presidente Lula afirmou que torce por uma "gestão profícua" (ou seja, proveitosa) por parte de Trump, afirmando que o Brasil "não quer briga" com os Estados Unidos. "Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser histórico ao que é do Brasil", disse Lula. "Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia", seguiu. Desde sua campanha, o novo presidente dos EUA tem sinalizado uma agenda mais protecionista no país, indicando que deve priorizar o fortalecimento da atividade doméstica norte-americana e limitar a concorrência estrangeira. Assim, investidores seguem incertos sobre quais podem ser os impactos econômicos das medidas do republicano e quais podem ser os efeitos que essas propostas eventualmente tenham no Brasil. TRUMP: Como o presidente dos EUA quer mudar a economia, e os efeitos para o Brasil "A incerteza continua sendo a palavra de ordem, com todos atentos a respostas para perguntas como se a ameaça de tarifas se tornará realidade ou continuará sendo uma manobra de negociação no primeiro dia", disse Sam Stovall, estrategista-chefe de mercado da CFRA Research, também à Reuters. No Brasil, a falta de indicadores econômicos volta as atenções do mercado para as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na véspera. O ministro listou as prioridades do governo na política econômica para este ano, indicando a necessidade de fortalecimento do arcabouço fiscal e citando a reforma do imposto de renda. Na agenda doméstica, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, deve ser divulgado na próxima sexta-feira e trazer mais indicações sobre o futuro da taxa básica de juros, a Selic, por aqui.



Trump cria sua 'memecoin' e valor dispara; entenda se presidente dos EUA pode criar uma criptomoeda


21/01/2025 10:22 - g1.globo.com


Moeda-meme de Trump acumulava uma valorização de mais de 450% nesta terça-feira desde seu lançamento. Primeira-dama Melania Trump também tem sua memecoin. Donald Trump dança acompanhado da esposa Melania Trump e do filho Barron Trump Carlos Barria/Reuters O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua primeira-dama, Melania Trump, criaram duas “memecoins” que estão movimentando o mercado de criptomoedas nos últimos dias. Lançada na última sexta-feira (17), por exemplo, a criptomoeda de Trump, batizada de $Trump, chegou a valorizar mais de 680% na última segunda (20), atingindo mais de US$ 10 bilhões (R$ 60,5 bilhões) de valor de mercado. Segundo o CoinMarketCap, que reúne dados do mercado de criptomoedas, a moeda de Trump valia US$ 53,86 (R$ 325,84) ao meio-dia – na sexta-feira, ela foi lançada por aproximadamente US$ 8 (R$ 48,40). A criptomoeda de Melania Trump, por sua vez, lançada no domingo (19), chegou a apresentar uma valorização de mais de 25% na mesma hora, passando de cerca de US$ 7 (R$ 42,35) para US$ 9,12 (R$ 55,17). Após o discurso de posse do novo presidente dos EUA, no entanto, a criptomoeda de Trump desacelerou sua valorização. Na manhã de terça-feira (21), a memecoin já acumulava uma valorização de em torno de 450% desde sua criação, cotada a US$ 37,89 (R$ 229,23). Já o ativo de Melania passou a registrar uma desvalorização perto de 46%, cotada a US$ 4,34 (R$ 26,26). As memecoins – também conhecidas como moedas-meme –, são criptomoedas normalmente inspiradas em memes, personagens ou tendências da internet. Como não há regulamentação desse mercado, qualquer um pode criar e ter sua memecoin. (entenda mais abaixo) Segundo a Coinbase, essas criptomoedas são normalmente apoiadas por comunidades online e têm a intenção de serem leves e divertidas. Apesar desse caso de valorização, as memecoins são ainda mais arriscadas que as criptomoedas tradicionais. Segundo Fábio Plein, diretor regional da Coinbase para as Américas, as memecoins funcionam de maneira semelhante às criptomoedas tradicionais e dependem da tecnologia blockchain, que é um tipo de banco de dados usado para rastrear ativos virtuais e que mantém um registro de todas as transações realizadas nas redes. Plein afirma que "a maioria das memecoins são meramente instrumentos de negociação, ao contrário do Ethereum e de outras moedas utilitárias vinculadas a recursos específicos da blockchain". Entenda os possíveis impactos do novo governo Trump para o Brasil Por que Trump e Melania criaram uma criptomoeda? O mercado de criptoativos se caracteriza, principalmente, por ser descentralizado — ou seja, não depende de governos ou de bancos centrais para a emissão de moedas. Na prática, isso significa que qualquer pessoa que tenha conhecimento em programação pode criar um ativo digital, incluindo o presidente dos Estados Unidos e sua primeira-dama, se fosse o caso. Segundo o analista-chefe da Coinext, Taiamã Demaman, a evolução das blockchains e do ecossistema cripto proliferaram, nos últimos meses, uma porção de ferramentas que permitem que qualquer usuário com mínima noção de ferramentas digitais, seja capaz de criar uma criptomoeda e lançá-la em poucos minutos. "Essas ferramentas foram responsáveis por milhares de memecoins nos últimos meses. Apesar de ser fácil criá-las, no entanto, o maior desafio é conseguir ter impacto no lançamento e na criação das comunidades", diz o analista. No caso de Trump e Melania, no entanto, o desenvolvimento das duas criptomoedas ficou a cargo da plataforma blockchain Solana. O site oficial de ambas as criptomoedas indica que esses ativos têm a intenção de “funcionar como uma expressão de apoio e engajamento aos valores incorporados” pelos símbolos $Trump e Melania. Eles não pretendem ser, nem se tratam de uma oportunidade de investimento, contrato de investimento ou título de qualquer tipo. Segundo Plein, da Coinbase, entre as etapas principais na criação de uma criptomoeda estão: A definição de seu propósito: qual problema ela resolverá? como agregará valor aos usuários?; A escolha da plataforma blockchain; A determinação da projeção da criptomoeda, ou seja, a decisão sobre o fornecimento total das moedas, o método de distribuição e o mecanismo de consenso (protocolo que garante que os participantes concordem com o estado do sistema); A garantia de que a criptomoeda esteja em conformidade com todas as leis e regulamentos relevantes O que o mercado espera para essas criptomoedas? Segundo os especialistas consultados pelo g1, o mercado cripto é influenciado por uma gama variada de fatores políticos, macroeconômicos, regulatórios e tecnológicos – e a movimentação das memecoins de Trump e Melania no dia da posse do presidente norte-americano é um bom exemplo disso. "A posse de Trump foi um impulso para o mercado cripto como um todo, e as memecoins, por serem muito voláteis, tendem a se beneficiar dos movimentos principais do Bitcoin com muito mais intensidade, como de fato aconteceu após a eleição", diz Demaman. O analista reforça, ainda, a sinalização mais positiva para o segmento após a entrada oficial de Elon Musk, homem mais rico do mundo e dono do X e da SpaceX, no governo norte-americano. "O bilionário sempre foi um entusiasta das memecoins, sobretudo da Dogecoin, cujo nome do seu departamento no governo norte-americano remete propositalmente, o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE)", completa o analista da Coinext. Durante sua campanha, Trump se mostrou favorável ao segmento (entenda mais abaixo), e a leitura é que sua vitória nas eleições presidenciais norte-americanas pode ser um grande passo para o setor. "Essa foi também uma vitória da inovação e um sinal para a necessidade de regras mais claras para ativos digitais nos EUA", diz Plein, reiterando que os próximos anos serão críticos para a legislação do setor. "Esperamos que os candidatos eleitos de fato se posicionem a favor de uma atualização para o mercado americano, o que tende a influenciar também outros mercados globais, como o Brasil", completa o executivo. Guga Chacra e Sandra Coutinho analisam principais trechos do discurso de posse de Trump Bitcoin em ascensão As memecoins de Trump e Melania não foram as únicas a sentirem os efeitos da eleição do republicano nos Estados Unidos. O bitcoin, criptomoeda mais famosa do mundo, surfou a onda otimista e superou a cotação de US$ 100 mil pela primeira vez na história. A moeda digital estava na casa dos US$ 104 mil no início da tarde desta segunda-feira (20), segundo a plataforma CoinMarketCap. Antes crítico dos criptomoedas, Trump mudou de tom durante sua campanha, financiada em parte por grupos do setor. Passou, então, a prometer fazer dos Estados Unidos "a capital mundial do bitcoin e das criptomoedas". Para especialistas, o ativo digital deve seguir em alta — ao menos neste primeiro ano de governo. José Cassiolato, sócio da RGW Investimentos, explica que o bitcoin era considerado um ativo muito exposto às taxas de juros. E que, agora, o cenário mudou. Segundo ele, a criptomoeda tendia a ficar mais atrativa quando investimentos tradicionais rendiam menos. Ou seja, quando os juros nos EUA estavam baixos, a procura pelo bitcoin aumentava, fortalecendo a moeda digital. "Quando os juros foram a zero, ele se valorizou muito. Em 2023, quando as taxas norte-americanas subiram a 5%, ele se desvalorizou", lembra. "Agora, esse paradigma foi quebrado. Os juros estão historicamente altos e, mesmo assim, o bitcoin está supervalorizado." Um dos pontos que explicam a mudança é a agenda regulatória da moeda representada por Trump. Segundo Cassiolato, o novo presidente faz ficar para trás a imagem de que o Estado é contra o ativo digital, ou de que ele representaria uma ameaça para o próprio dólar. O especialista reforça que, agora, o bitcoin tende a atuar contra o "colapso do sistema", e não mais se beneficiar dele. "O universo de finanças descentralizadas vive uma época de ouro. Deverá ter uma agenda regulatória muito positiva e irá crescer de forma significativa ao longo da gestão de Trump." Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, ressalta que também é preciso entender se o republicano irá, de fato, utilizar o bitcoin para compor as reservas norte-americanas, como afirmou em campanha. "Isso, sem sombra de dúvidas, acarretaria em uma demanda maior pelo criptoativo. Consequentemente, o preço subiria cada vez mais." "Além disso, outras economias podem seguir o mesmo caminho. Afinal, os EUA são referência global. O movimento também poderia contribuir para uma alta ainda mais elevada do bitcoin", conclui.



Juros, dólar e bitcoin: o que o mercado espera de Donald Trump e quais os impactos para o Brasil


21/01/2025 08:02 - g1.globo.com


Especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que cenário é de incerteza e dólar mais forte. Juros tendem a permanecer elevados, enquanto o bitcoin deve seguir em alta. Donald Trump em coletiva na Flórida REUTERS/Brian Snyder Eleito presidente dos Estados Unidos em novembro de 2024, Donald Trump tomou posse oficialmente nesta segunda-feira (20), em um evento no Capitólio, em Washington DC. Em seu primeiro discurso como 47º presidente do país, o republicano anunciou a assinatura de uma série de medidas que, segundo ele, vão levar à "restauração completa da América". No campo econômico, disse que irá derrotar a inflação e confirmou a aplicação de tarifas para importação. "Em vez de tributar os nossos cidadãos para enriquecer outros países, iremos impor tarifas e tributar países estrangeiros para enriquecer os nossos cidadãos", afirmou, sem detalhar a proporção das cobranças. O republicano também informou que, em um de seus primeiros atos, irá declarar emergência nacional na fronteira sul do país. "Todas as entradas ilegais serão imediatamente interrompidas e iniciaremos o processo de devolução de milhões de estrangeiros criminosos aos locais de onde vieram", disse. O mercado financeiro e as principais economias globais monitoravam de perto, já durante a corrida eleitoral, as possíveis medidas do novo presidente. Agora, com Trump no poder, a atenção é redobrada. Especialistas ouvidos pelo g1 destacam que o cenário é de incertezas na economia e de potencial fortalecimento do dólar. Medidas como o aumento de tarifas de importação e sua política anti-imigração podem gerar mais inflação nos EUA. Além disso, a renúncia de impostos para favorecer as empresas americanas é vista como um risco para as contas públicas do país. Esses são apenas dois motivos que indicam que o Federal Reserve (Fed) terá mais dificuldade de controlar os preços, mantendo os juros elevados nos EUA. Na última reunião, em dezembro, o Fed citou "perspectivas econômicas incertas" para justificar a redução da velocidade dos cortes nas taxas de juros. Também deu sinais de que seria mais cauteloso dali em diante. Juros mais altos fazem os títulos públicos americanos renderem mais. Investidores se animam, levam recursos para os EUA e o dólar se valoriza frente a outras moedas. Esse conjunto de eventos altera o fluxo de investimentos no mundo todo. No Brasil, os efeitos já se mostraram claros mesmo antes da posse. A moeda americana estava cotada a R$ 5,74 em 5 de novembro, dia da eleição norte-americana. Alcançou os R$ 5,81 em 22 de novembro. Dias depois, apoiado pela reação negativa do mercado sobre o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo brasileiro, o dólar chegou pela primeira vez na história aos R$ 6. Para economistas, a tendência é que a moeda americana permaneça nesse patamar. O último boletim Focus, relatório do Banco Central (BC) que reúne as projeções de mais de 100 instituições financeiras, mostra que a expectativa é de dólar a R$ 6 até o fim de 2025. Para não piorar a situação do câmbio e com taxas mais altas por lá, também é necessário que o BC suba a taxa básica de juros brasileira, desacelerando a economia e encarecendo o crédito no país. O Focus também prevê a Selic a 15% ao ano em 2025. Assim, quem também sofre é o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, que perdeu a marca de 130 mil pontos desde a eleição de Trump. Impactado também pelo desgosto do mercado com as contas públicas brasileiras, o índice está agora na casa dos 122 mil pontos. A exceção é o bitcoin. Como mostrou o g1 em agosto, Trump virou um entusiasta dos criptoativos e indicou que promoverá um ambiente regulatório mais favorável para as criptomoedas. Na esteira do otimismo, a principal cripto do mundo superou a cotação de US$ 100 mil pela primeira vez na história. Veja abaixo, em três pontos, o que mercado espera de Trump neste segundo mandato. Inflação e alta dos juros Dólar e economia americana mais fortes Bitcoin em ascensão Trump afirma que tarifas brasileiras são altas e que EUA pretendem cobrar valor parecido Inflação e alta dos juros Um dos principais temores do mercado financeiro e de grandes economias globais é o potencial inflacionário do governo de Donald Trump. Ou seja, o quanto as medidas do presidente devem gerar alta nos preços de produtos e serviços no país. Os receios partem, em especial, de duas promessas do republicano durante a campanha eleitoral: a de elevar tarifas sobre importação e a de deportar imigrantes em massa. Caso as tarifas mais altas se confirmem — em especial na guerra comercial com a China —, a importação deve ficar mais cara e a população norte-americana deve passar a consumir mais produtos internos, explica Marcos Moreira, sócio da WMS Capital. "Isso tende a acelerar a atividade econômica do país. Consequentemente, se você tem um consumo interno mais aquecido, terá maior inflação", diz. Enquanto isso, a deportação em massa de imigrantes, se confirmada, afetará o mercado de trabalho dos EUA, diminuindo a oferta de trabalhadores no país. "Isso faz os salários aumentarem, gerando inflação", explica a professora Carolina Moehlecke, coordenadora do mestrado de Relações Internacionais da FGV. Com salários mais altos, a tendência é que o consumo aumente. Mas, com menos trabalhadores, pode haver uma redução da oferta. Os dois fatores fazem os preços de bens e serviços subirem. Moehlecke lembra, contudo, que o real impacto das políticas de deportação e tarifárias dependerá da efetividade da implementação das propostas. "Trump vai realmente aplicar uma tarifa geral de 20% nas importações como indicou em alguns momentos da campanha? Ele vai deportar o número de imigrantes que prometeu? A gente não sabe", diz. Como mostrou o g1 em dezembro, a "ameaça tarifária" é uma estratégia antiga e conhecida do republicano para tentar vantagens em negociações bilaterais. É uma forma de tentar colocar outros países em desvantagem em uma negociação. Em 2018, por exemplo, Trump chegou a anunciar a criação de taxas para a importação de aço e alumínio, dois dos produtos que estão no rol de exportações brasileiras para os norte-americanos. Pouco tempo depois, os países negociaram um esquema de cotas de importação, que permitiam a venda dos produtos com isenção ou redução de tarifa até um determinado limite. Na dúvida, o mercado se antecipa. Apenas pela perspectiva de que a inflação pode subir e o Fed seja obrigado a reverter o ciclo de cortes dos juros, já se iniciam as apostas. O rendimento das Treasuries (os títulos públicos americanos) tiveram um salto entre o fim de setembro de 2024, durante a corrida eleitoral, e o início de 2025. As taxas com vencimento em dois anos saíram de 3,54% para 4,28%; Já as com vencimento em 10 anos passaram de 3,73% para 4,63%. Trump manifestou, inclusive, sua atenção sobre a inflação. Em seu primeiro discurso, criticou a taxa atual (2,9% em 12 meses) e afirmou que irá garantir aos membros de seu gabinete condições para atuarem no combate à elevação do índice de preços do país. "[Vamos] derrotar o que foi uma inflação recorde e reduzir rapidamente custos e preços. A crise inflacionária foi causada por gastos excessivos massivos e pela escalada dos preços de energia. E é por isso que hoje também declararei uma emergência energética nacional", disse. Dólar e economia americana mais fortes O economista-chefe da Lev, Jason Vieira, destaca que Trump é historicamente pró-mercado e que deverá ser "mais fácil" fazer negócios no país. Ele projeta que a taxa de desemprego nos EUA deverá seguir em queda, enquanto a atividade econômica deverá ter um impulso ainda maior. "Com a redução de gastos públicos, pode ser que haja um cenário de inflação menos impulsionada por meios monetários e mais impulsionada, efetivamente, pela atividade econômica", diz. "Então, você tira o peso de uma inflação, coloca na outra, e fica no zero a zero." Segundo o analista, o cenário trazido pelo presidente republicano favorece o mercado financeiro, com melhora na bolsa de valores e no dólar, beneficiando o país. Desde a eleição de Trump, o índice Nasdaq avançou 6,45%, hoje a 19.630,20 pontos. Já o S&P 500 subiu 3,70%, a 5.996,71 pontos, enquanto o Dow Jones ganhou 2,99%, a 43.487,59 pontos. "Para nós [no Brasil], é complicado", diz. Há uma grande movimentação de recursos em direção ao dólar e aos Estados Unidos, e pode ser que isso se preserve por um período mais longo por conta do mandato de Trump, acrescenta o economista. Para a bolsa brasileira, portanto, o ano tende a ser mais difícil. André Galhardo, economista-chefe da Análise Econômica, diz que o movimento clássico dos investidores brasileiros em um ambiente como esse é abrir mão de suas posições dentro do mercado de ações e ir para os títulos de renda fixa. "Sob esse aspecto, podemos esperar um ano um pouco mais turbulento para a bolsa de valores", diz. Ainda segundo o economista, o protecionismo de Trump pode afetar algumas empresas brasileiras. "A nossa expectativa é que o aumento das tensões comerciais possa prejudicar o ritmo de crescimento da China, que tende a demandar menos commodities. Empresas como a Vale, de grande peso no Ibovespa, acabam sofrendo e puxando o índice pra baixo", conclui. Por outro lado, Carolina Moehlecke, da FGV, lembra que um dólar mais forte com o "efeito Trump" pode beneficiar alguns setores. "É bom para as exportações, porque ficam mais competitivas. Por outro lado, os produtos importados ficam mais caros. Isso também pode pressionar a nossa inflação." "Por se tratar de Trump, é impossível uma previsão concreta para todo o mandato. Mas, para o primeiro ano, o cenário é de inflação alta, juros ainda elevados, dificuldades para o Brasil cortar suas taxas e um dólar mais valorizado em relação ao real", acrescenta. Bitcoin em ascensão A eleição de Donald Trump fez o mercado de criptoativos disparar. O bitcoin, criptomoeda mais famosa do mundo, surfou a onda otimista e superou a cotação de US$ 100 mil pela primeira vez na história. A moeda digital chegou à casa de US$ 109 mil nesta segunda-feira (20), conforme a plataforma CoinMarketCap, recorde histórico. Antes crítico dos criptomoedas, Trump mudou de tom durante sua campanha, financiada em parte por grupos do setor. Passou, então, a prometer fazer dos Estados Unidos "a capital mundial do bitcoin e das criptomoedas". Para especialistas, o ativo digital deve seguir em alta — ao menos neste primeiro ano de governo. José Cassiolato, sócio da RGW Investimentos, explica que o bitcoin era considerado um ativo muito exposto às taxas de juros. E que, agora, o cenário mudou. Segundo ele, a criptomoeda tendia a ficar mais atrativa quando investimentos tradicionais rendiam menos. Ou seja, quando os juros nos EUA estavam baixos, a procura pelo bitcoin aumentava, fortalecendo a moeda digital. "Quando os juros foram a zero, ele se valorizou muito. Em 2023, quando as taxas norte-americanas subiram a 5%, ele se desvalorizou", lembra. "Agora, esse paradigma foi quebrado. Os juros estão historicamente altos e, mesmo assim, o bitcoin está supervalorizado." Um dos pontos que explicam a mudança é a agenda regulatória da moeda representada por Trump. Segundo Cassiolato, o novo presidente faz ficar para trás a imagem de que o Estado é contra o ativo digital, ou de que ele representaria uma ameaça para o próprio dólar. O especialista reforça que, agora, o bitcoin tende a atuar contra o "colapso do sistema", e não mais se beneficiar dele. "O universo de finanças descentralizadas vive uma época de ouro. Deverá ter uma agenda regulatória muito positiva e irá crescer de forma significativa ao longo da gestão de Trump." Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, ressalta que também é preciso entender se o republicano irá, de fato, utilizar o bitcoin para compor as reservas norte-americanas, como afirmou em campanha. "Isso, sem sombra de dúvidas, acarretaria em uma demanda maior pelo criptoativo. Consequentemente, o preço subiria cada vez mais." "Além disso, outras economias podem seguir o mesmo caminho. Afinal, os EUA são referência global. O movimento também poderia contribuir para uma alta ainda mais elevada do bitcoin", conclui.



Entenda como fusão entre Gol e Azul pode afetar o preço das passagens aéreas


21/01/2025 07:01 - g1.globo.com


Negócio ainda precisa ser formalizado pelas empresas e aprovado pelos órgãos de regulação. Especialistas apontam barreiras à entrada de novas aéreas no Brasil, caso fusão seja concluída. Entenda como fusão entre Gol e Azul pode afetar o preço das passagens aéreas A possível fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol pode colocar 60% do mercado nacional de aviação civil nas mãos de um único grupo e deixar as passagens mais caras, afirmam especialistas. O professor Alessandro Oliveira, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), afirma que, com menos concorrência, os preços tendem a subir. O economista e professor, José Roberto Afonso, do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), diz que a consequência natural dessa possível fusão seria o aumento das tarifas, inclusive porque as companhias estão endividadas. “Se você quer fazer um ajuste sem mudar o capital das empresas, o ajuste operacional significaria você conseguir vender as mesmas passagens por um valor mais caro porque você tem os mesmos aviões, os mesmos assentos e, no caso dessas duas empresas, uma dívida, principalmente em dólar, muito alta”, declarou. O aumento de preços feito por Gol e Azul poderia gerar um efeito cascata e forçar a Latam, única concorrente nacional, a cobrar mais também. “Se você está se referindo à segunda maior concorrente, ela vai pensar sob o ponto de vista estratégico: o que será melhor para mim? Concorrer com essa empresa de 60% do mercado? Ou é melhor eu deixar que ela cobre um preço mais alto e eu me acomodo e cobro um preço mais alto também?”, indagou o professor Cleveland Prates, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O professor explica que, na economia, isso é chamado de “coordenação tácita”. Ou seja, a empresa entende que é melhor se adaptar ao novo cenário no lugar de competir de forma mais acirrada. Para virar realidade, a fusão entre Gol e Azul ainda precisa ser aprovado por autoridades (veja mais detalhes abaixo). Aumenta oferta de passagens aéreas para o fim deste ano e início de 2025 Juntas, Azul e Gol podem concentrar 60% do mercado nacional de aviação g1 Arte Esta reportagem vai contar que: negócio depende de aprovação governo vê fortalecimento do setor pode nascer uma barreira à entrada de novas empresas Negócio depende de aprovação Na última quarta-feira (15), a Azul e a controladora da Gol, a Abra, anunciaram a celebração de um “memorando de entendimento”, sinalizando que pretendem realizar uma fusão. Para o negócio ser concluído, falta: celebrar os acordos definitivos; obter aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); concluir o plano de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos. Avião da Gol se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Reuters/Sergio Moraes O Cade é a instituição brasileira responsável por analisar a compra e venda de empresas relevantes, de forma a evitar abuso de poder de mercado –como aumento de preços e barreira à entrada de novas companhias. Ex-conselheiro do Cade, Cleveland Prates acredita ser difícil o conselho aprovar a operação da forma como foi apresentada. O especialista cita possíveis “remédios” que podem ser determinados pelo órgão, como a limitação de “vagas” nos aeroportos ou a venda de programa de fidelidade para outra companhia. Contudo, na avaliação de Prates, esses remédios podem fazer com que a operação deixe de ser atrativa para as empresas. Governo vê fortalecimento do setor No dia seguinte ao anúncio da operação, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que encara a possível fusão como uma "federação partidária", com manutenção de autonomia financeira e governança. Para Costa Filho, o governo precisa oferecer uma "mão amiga" para fortalecer o setor e preservar empregos. De acordo com o ministro, a pasta não vai permitir o incremento no preço das passagens aéreas. "Tanto Anac quanto ministério, todo nosso conjunto vai estar vigilante em relação ao preço da passagem aérea, para que isso não aconteça [o aumento]", disse em conversa com jornalistas. O preço das passagens aéreas é livre, definido pelo mercado, e não fixado pelo governo. “A única coisa que o governo pode fazer é baixar impostos e pedir que as companhias repassem para os preços”, afirma o professor do IDP. Ele lembra, contudo, que hoje o setor tem isenção fiscal, mas, com a reforma tributária, passará a ser cobrado pela alíquota geral, aumentando a sua carga de impostos. Barreira à entrada de novas empresas Outra consequência apontada pelos especialistas é a barreira à entrada de novas empresas aéreas no Brasil. Isso se daria por alguns fatores: concentração das “vagas” --ou “slots”, no jargão do setor—nos principais aeroportos maior escala para fidelizar consumidores “Existem diversos atributos nas mãos das companhias aéreas que elas mesmas eficientemente conseguiram implementar, que são todas essas taxas e itens do pacote tarifário que cada passageiro compra que pode muito bem ir sendo ajustado de forma a solidificar o poder de mercado das empresas”, declarou o professor do ITA. Segundo Oliveira, as vagas nos aeroportos também são um fator relevante para impedir a entrada de novas empresas. De acordo com ele, a fusão pode criar uma empresa “ultra dominante” no mercado doméstico. O que disseram as empresas Azul e Gol se manifestaram ao g1: GOL - "O MoU [Memorando de Entendimento] representa uma fase inicial de um processo de tratativas entre Abra e Azul para explorar a viabilidade de uma possível negociação, por este motivo detalhes ainda serão discutidos e submetidos às autoridades competentes." AZUL - Em entrevista ao g1, o CEO da Azul, John Rodgerson, disse que fusão vai aumentar a conectividade no país, reduzir custos e, por consequência, preço das passagens. "Há 100 aeroportos no Brasil que só a Azul opera. Mas tive que fechar algumas dessas cidade porque não tinha demanda suficiente e o que vai trazer benefício para o consumidor é mais cidades atendidas e mais conectividade, então isso que estamos prevendo com essa fusão", declarou. Questionado sobre as "vagas" ou "slots" nos aeroportos, o executivo afirma que o único aeroporto que não suporta novas companhia é Congonhas, em São Paulo. "O que eu diria é que tem um aeroporto nesse país que tem problema de slot e é Congonhas. E nós temos que entender que o Brasil é muito maior que Congonhas", disse.



Fusão com Gol vai incluir novas cidades nas rotas da aviação, diz CEO da Azul


21/01/2025 07:01 - g1.globo.com


John Rodgerson disse, em entrevista ao g1, ver um posicionamento favorável do governo. Executivo afirmou que já iniciou tratativas junto ao Cade, que pode aprovar ou rejeitar o negócio. A possível fusão entre a Azul e a Gol deve possibilitar a conexão de novas cidades do Brasil, segundo o CEO da Azul, John Rodgerson, em entrevista ao g1. "Há 100 aeroportos no Brasil que só a Azul opera. Mas tive que fechar algumas dessas cidade porque não tinha demanda suficiente e o que vai trazer benefício para o consumidor é mais cidades atendidas e mais conectividade, então isso que estamos prevendo com essa fusão", declarou. O executivo também afirma que uma das oportunidades do negócio é conectar mais aeroportos regionais com os grandes terminais --como Congonhas, Brasília e Belo Horizonte. "Acho que o Brasil ainda tem muito pouco viajante, ainda tem destinos que não estão se conectando com Congonhas, Belo Horizonte e Brasília. Então, acho que isso vai fazer com que possamos destinar mais cidades e ter mais conectividade", disse. Movimentação no fim de 2024 nos aeroportos pode ter ultrapassado 2023 Na última quarta-feira (15), a Azul e a controladora da Gol, a Abra, anunciaram a celebração de um “memorando de entendimento”, sinalizando que pretendem realizar uma fusão. Para o negócio ser concluído, falta: celebrar os acordos definitivos; obter aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); concluir o plano de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos. 🔍 O Cade é a instituição brasileira responsável por analisar a compra e venda de empresas relevantes, de forma a evitar abuso de poder de mercado –como aumento de preços e barreira à entrada de novas companhias. Avião da Azul Arquivo/Agência Pará Leia também: Ações da Azul e da Gol disparam após anúncio de fusão Ministro encara fusão da Gol e da Azul como 'federação partidária' e diz que não vai permitir aumento de tarifa Ao g1, Rodgerson disse que já iniciou as tratativas com o Cade, mas que os acordos definitivos só devem ser assinados em abril, quando a Gol sair do processo de recuperação judicial. O executivo explicou que as marcas Gol e Azul devem permanecer separadas, embora as empresas passem a pertencer a um mesmo grupo econômico, com uma mesma controladora. Diálogo com o governo Os representantes da Azul e da Gol devem se encontrar na próxima semana com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para conversar sobre a fusão. No dia seguinte ao anúncio, o ministro disse encarar o negócio como uma "federação partidária" e que não vai permitir aumento de tarifa. Especialistas consultados pelo g1 apontam o aumento do preço das passagens como uma consequência provável dessa operação. Além disso, os economistas veem mais barreiras à entrada de novas companhias aéreas. "Nós estamos falando a respeito disso [da fusão] há muito tempo com o governo. O que o governo quer é o mesmo que queremos: mais pessoas voando, mais aeronaves no ar. Ainda tem muita aeronave parada, que deveria estar voando, então acreditamos que o ministro vai cobrar isso, colocar mais oferta nas cidades", afirmou Rodgerson.



Simulador de aposentadoria do INSS: como evitar erros e deixar cálculo mais preciso


21/01/2025 07:00 - g1.globo.com


Ferramenta estima quanto tempo falta para o segurado se aposentar, mas os vínculos de trabalho precisam estar atualizados no sistema. Para alguns grupos, calculadora não funciona. É possível solicitar a aposentadoria pelo INSS por meio da internet g1 O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) disponibiliza, em seu site e aplicativo, um simulador de aposentadoria, para pessoas que estão prestes a adquirir o benefício calcularem quando poderão começar a receber. O sistema faz sete cálculos diferentes, para verificar quanto tempo para a idade mínima ou quantas contribuições faltam para o segurado ter direito de se aposentar, de acordo com as várias regras da previdência. E para quem falta, no máximo, cinco anos, a ferramenta também simula o valor do benefício. Apesar disso, especialistas em direito previdenciário alertam que, em muitos casos, o simulador não revela, automaticamente, as informações corretas. Isso porque os dados do contribuinte no CNIS, o Cadastro Nacional de Informações Sociais, de onde o sistema pega as informações para calcular o benefício, podem estar desatualizados ou incompletos. O simulador também não considera algumas particularidades dos contribuintes que garantem a aposentadoria mais cedo, como o caso de professores, de pessoas com deficiência ou que atuam expostas a algum agente nocivo à saúde. Por isso, antes de entrar com o pedido, é essencial checar e atualizar as informações do CNIS, no próprio site do INSS, e ter em mãos todos os documentos para comprovar possíveis condições especiais. Entenda, a partir dos tópicos abaixo, os problemas mais comuns no cadastro e como resolvê-los. Vínculos de trabalho sem data de saída; Empresa que não pagou o INSS; Aposentadoria especial, para professores, PCD e mais. Aposentadoria pelo INSS: veja como calcular valor do benefício e tempo de contribuição 'Feche' o vínculo de trabalho 🔒 O CNIS reúne os vínculos de trabalho, contribuições previdenciárias e salários do segurado. Um dos erros mais comuns nesse cadastro é a presença de vínculos trabalhistas abertos, explica a advogada Janaína Braga, do ecossistema jurídico Declatra. "Às vezes, a pessoa se desliga da empresa, mas a data de saída acaba não constando no cadastro. Então, a calculadora não computa aquele período e o tempo de contribuição aparece menor." Para solucionar esse problema, basta ajustar as datas manualmente no sistema (clicando no lápis), e o trabalhador poderá obter um resultado mais preciso no simulador do INSS, orienta Adriane Bramante, presidente da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-SP. Também é possível alterar os salários recebidos em cada período, se estiverem incorretos, e incluir contribuições autônomas ou possíveis vínculos de trabalho que não foram computados. "No caso de quem já trabalhava antes de 1976, quando o CNIS começou, o sistema não vai encontrar esse vínculo. Ou também pode não aparecer alguma empresa para a qual o trabalhador fez um serviço temporário", comenta Bramante. "Já em relação aos salários de antes de julho de 1994, o contribuinte nem precisa se preocupar em corrigir, porque eles não entram no cálculo do valor da aposentadoria", continua. Apesar da facilidade para alterar os dados no simulador, na hora de entrar, de fato, com o pedido de aposentadoria, o segurado vai precisar comprovar as informações incluídas, com a apresentação da carteira de trabalho ou outros documentos trabalhistas. "Ao apresentar a carteira de trabalho no pedido, com todas as páginas, o servidor que faz a análise vai poder fazer a correção no CNIS, se tiver qualquer erro", explica Janaína Braga. LEIA TAMBÉM INSS para autônomos: como contribuir e quais são os benefícios? Auxílio-doença: conheça os requisitos para ter direito ao benefício Quando a empresa não pagou o INSS 🤦‍♀️ Outra situação que pode prejudicar o cálculo da aposentadoria no simulador é quando a empresa para o qual o segurado trabalhou não pagou corretamente o INSS ao longo dos anos, afirma Elimar Mello, sócio do escritório Badaró Almeida & Advogados Associados. "Então, apesar de ter a anotação do vínculo na carteira de trabalho, não vai ter o registro no CNIS. Se a pessoa trabalhou 10 anos numa empresa que nunca recolheu, esses 10 anos não vão constar na calculadora." Nesse caso, para a simulação do benefício, também basta incluir as informações no sistema. Já para entrar com o pedido de aposentadoria, é necessário que o trabalhador apresente os registros do serviço na carteira de trabalho. "O recolhimento do INSS é obrigatório para as empresas, então, se o vínculo estiver na carteira de trabalho, isso é um meio para a pessoa provar que exerceu aquela atividade", explica Mello. Outros tipos de aposentadoria 👩‍🏫♿ Em alguns casos, estar com o CNIS atualizado com os vínculos de trabalho, contribuições e salários não é suficiente para um cálculo preciso no simulador do INSS. Vários segurados possuem condições especiais de aposentadoria, ou seja, não precisam seguir as regras gerais da previdência de tempo de contribuição e idade mínima. É o caso de professores, pessoas com deficiência ou que trabalham expostas a agentes nocivos, por exemplo. Conheça as mais de 10 modalidades de aposentadoria pelo INSS "Considerando que estas situações possuem regras diferenciadas de forma de cálculo de tempo de contribuição que dependem de comprovação a serem feitas de acordo com cada atividade exercida, não é disponibilizada simulação para esses casos", explica o INSS. Assim, a recomendação é pesquisar atentamente as exigências das diferentes modalidades do benefício. E, se necessário, buscar ajuda de um advogado especialista em direito previdenciário. "É importante que a pessoa resgate todos os documentos dela: carteira de trabalho, termos de rescisão de contrato de trabalho, PPP (que descreve as condições de trabalho), holerites, tudo o que tiver de físico. A ferramenta vai te dar uma previsão, mas é preciso se preparar e procurar saber o que é melhor para si", finaliza Elimar Mello.



Trump mira consumidor e prevê baratear energia nos EUA com exploração de petróleo e gás


21/01/2025 03:00 - g1.globo.com


Presidente norte-americano retirou o país do Acordo do Clima de Paris. Governo diz que nova política irá reduzir preços, reabastecer reservas estratégicas e ampliar exportação de energia. Trump anuncia primeiras medidas após tomar posse Melina Mara/Pool via Reuters O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em seu discurso de posse nesta segunda-feira (20) que o país irá ampliar a exploração de petróleo e gás, combustíveis fósseis. "A América será mais uma vez uma nação industrial. Temos algo que nenhuma outra nação jamais terá: a maior quantidade de petróleo e gás de qualquer país da Terra. E vamos usá-la", declarou o republicano. Trump afirmou que, com a nova política, o país irá baixar os preços de energia e reabastecer reservas estratégicas "até o topo". Declarou também que os EUA passarão a exportar energia "para todo o mundo". A ideia é que, com a maior oferta, o custo de energia caia. A medida pretende atingir, principalmente, o consumidor. Um documento intitulado "primeiras prioridades", publicado pelo novo governo nesta segunda, afirma que as mudanças darão maior "capacidade de escolha" aos norte-americanos. "As ações energéticas do presidente Trump capacitam a escolha do consumidor em veículos, chuveiros, vasos sanitários, máquinas de lavar, lâmpadas e lava-louças", diz a publicação. A ideia é colocar em pé de igualdade, por exemplo, veículos a combustão e elétricos, sem a imposição de tarifas maiores para aqueles que poluem mais. Welber Barral, ex-secretário do comércio exterior e sócio-fundador da BMJ Consultores Associados, lembra que o ex-presidente Joe Biden havia adotado uma série de medidas de incentivo ao uso de energia limpa. Entre elas, beneficiando carros elétricos, energia solar e energia renovável. "Isso gerava um custo a mais para o consumidor no curto prazo. E é o que Trump está revogando agora", diz. Além de anunciar a saída dos EUA do Acordo do Clima de Paris nesta segunda-feira (leia mais abaixo), Trump disparou contra os veículos elétricos, cujo principal mercado mundial está na China. "Revogaremos o 'mandato dos veículos elétricos', salvando a nossa indústria automóvel e mantendo os meus compromissos sagrados aos nossos grandes trabalhadores do setor automóvel americanos", disse o presidente. Veja algumas das medidas listadas entre as primeiras prioridades do republicano: O presidente impulsionará a energia americana encerrando as políticas climáticas extremas de Biden, simplificando os processos de licenciamento e revisando para revogação todos os regulamentos que impõem encargos excessivos à produção e uso de energia, incluindo a mineração e o processamento de minerais não combustíveis. As ações para o setor de energia do presidente Trump permitirão que os consumidores escolham livremente seus veículos, chuveiros, vasos sanitários, máquinas de lavar, lâmpadas e lava-louças. O presidente Trump declarará uma emergência energética e usará todos os recursos necessários para construir infraestrutura crítica. As políticas de energia do presidente Trump acabarão com o arrendamento de grandes parques eólicos que degradam nossas paisagens naturais e não atendem aos consumidores de energia americanos. O presidente Trump se retirará do Acordo de Paris sobre o Clima. Todas as agências tomarão medidas de emergência para reduzir o custo de vida. O presidente Trump anunciará a Política Comercial "America First". A América não estará mais sujeita a organizações estrangeiras para nossa política tributária nacional, que pune as empresas americanas. Trump revoga 'mandato do veículo elétrico' e diz que vai 'perfurar' Fim do Acordo de Paris Em um de seus primeiros atos de governo, Trump assinou a saída dos EUA do Acordo do Clima de Paris. O presidente já havia retirado o país do acordo durante seu primeiro mandato. À época, ele alegou que o tratado prejudicava a economia norte-americana e beneficiava outros países às custas dos Estados Unidos. O processo levou anos e foi imediatamente revertido pela presidência do democrata Joe Biden, em 2021. Agora, com a nova saída confirmada em decreto presidencial assinado por Trump, os Estados Unidos devem se juntar a países como Irã, Líbia e Iêmen, os únicos fora do acordo de 2015. A medida, contudo, só deve ser oficializada após confirmação da ONU (Organização das Nações Unidas). O principal objetivo do tratado assinado durante a COP21, a 21ª cúpula do clima da ONU em Paris, é manter o aquecimento global do planeta abaixo de 2°C até o final do século. e buscar esforços para limitar esse aumento até 1.5°C. Apesar disso, no ano passado, pela primeira vez, a temperatura média global aumentou 1,6ºC em relação aos níveis pré-industriais.



Mega-Sena pode pagar R$ 7 milhões nesta terça-feira


21/01/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.818 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 7 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (21), em São Paulo. No concurso do último sábado (18), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



A foto que exibe o 'bromance' dos barões das big techs com Trump


20/01/2025 22:07 - g1.globo.com


Os principais bilionários da tecnologia, incluindo alguns que foram críticos de Trump durante seu primeiro mandato, compareceram à cerimônia de posse do republicano Priscilla Chan, Mark Zuckerberg, Lauren Sanchez, Jeff Bezos, Sundar Pichai e Elon Musk, durante cerimônia de posse de Donald Trump, em 20 de janeiro de 2025 Shawn Thew/Pool via Reuters Bilionários da tecnologia marcaram presença na posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Além de dono da SpaceX e Tesla, Elon Musk, que ganhou um cargo no governo que começa, nesta segunda-feira (20/1) estavam em Washington o fundador da Amazon, Jeff Bezos, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, o líder da Apple, Tim Cook, e o diretor do Google, Sundar Pichai. Todos ocuparam assentos de destaque na Igreja de St. John e aparecem lado a lado em fotos da posse. O último evento público em Washington que reuniu o alto escalão de tecnologia em uma mesma sala foi uma audiência no Congresso de 2020. VÍDEO: gesto de Musk gera polêmica em evento da posse de Trump FOTOS: CEO do TikTok, Sam Altman tiete... os figurões da tecnologia na posse Na ocasião, uma comissão investigava se Facebook, Google, Amazon e Apple aplicavam prática de monopólio e abuso de posição dominante no mercado. Zuckerberg, Bezos, Pichai e Cook estavam na audiência. A presença em peso dos chefões da tecnologia reforça o bromance, expressão do inglês que se refere a um relacionamento íntimo entre homens, entre os executivos e Trump. 'O retorno do rei': Musk comemora volta de Trump ao X Elon Musk comemora ideia de os EUA colocarem uma bandeira em Marte Além dos que estão na foto, também foi ao evento da posse o CEO do TikTok, Shou Chew. A presença do executivo chinês acontece em meio à discussão sobre o futuro da rede social nos EUA. Trump já revelou sua intenção de adiar a proibição da plataforma prevista em uma lei americana por meio de uma ordem executiva, com duração de 90 dias. As relações nem sempre foram boas assim. Aliados de Trump já defenderam o banimento do TikTok no passado. O presidente americano, por exemplo, já foi um crítico voraz da Meta e de sua abordagem à moderação de conteúdo, chamando o Facebook de "um inimigo do povo" em março de 2024. Mas com Zuckerberg as coisas melhoraram desde então: o CEO da Meta jantou na casa de Trump na Flórida, em Mar-a-Lago, e a empresa doou US$ 1 milhão (cerca de R$ 6,2 milhões) para um fundo para o evento de posse de Trump. No início deste mês, Zuckerberg anunciou novas diretrizes da Meta em que declarou que era "hora de voltar às nossas raízes, em torno da liberdade de expressão". "As eleições mais recentes parecem sinalizar um ponto de virada cultural para, mais uma vez, dar prioridade à liberdade de expressão", disse Zuckerberg. No vídeo, o presidente-executivo da empresa de tecnologia anunciou que está abandonando o uso de checagem independente de fatos no Facebook e no Instagram. O anúncio foi celebrado por apoiadores de Trump, que classificaram a medida como um esforço para "reduzir a censura" no Facebook e Instagram. Em mais um gesto de aproximação, Zuckerberg anunciou Dana White, presidente-executivo do Ultimate Fighting Championship (UFC) e apoiador de longa data de Trump, faria parte do conselho administrativo da Meta. LEIA TAMBÉM: De crítico do TikTok a 'salvador': entenda como Trump mudou de posição sobre a rede social Perfil oficial do presidente dos EUA nas redes já mostra Trump no lugar de Biden Quem é quem na foto O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, no centro, e sua esposa Priscilla Chan, à esquerda, chegam antes de Donald Trump Chip Somodevilla/Pool Photo via AP Jeff Bezos chega à posse de Donald Trump AP Photo/Julia Demaree Nikhinson, Pool Sundar Pichai (Google) na posse de Donald Trump, ao lado de Elon Musk (Tesla, Space X e X) SHAWN THEW / POOL / POOL / AFP 'Todo mundo quer ser meu amigo' Muitos desses executivos foram dos primeiros críticos de Trump durante seu primeiro mandato e se manifestaram sobre questões como mudanças climáticas e imigração. Hoje, a maioria dessas empresas ainda enfrenta questões pendentes sérias com o governo dos EUA, incluindo processos antimonopólio, investigações, disputas regulatórias e tarifas. Donald MacKenzie, sociólogo da Ciência e Tecnologia e professor da Universidade de Edimburgo, afirma que o momento é de readequação, com as grandes corporações americanas se preparando para o segundo mandato de Trump, que promete ser um período de transformação ainda maior do que o primeiro. "As corporações americanas sabem que esse é um momento de grande mudança - e que é muito melhor para elas ficaram do lado dessa mudança do que se opor a ela", disse à BBC News Brasil. Quão duradouro será esse bromance com a tecnologia e até que ponto Trump pressionará em muitas dessas questões permanecem incógnitas. O presidente parece estar confortável com a aproximação. Ele escreveu nas redes sociais no mês passado: "Todo mundo quer ser meu amigo!!!" Mas as novas amizades de Trump com executivos de tecnologia não foram bem recebidas por todos em seu círculo. No domingo, o ex-estrategista-chefe da Casa Branca de Trump, Steve Bannon, chamou Musk de "um cara verdadeiramente maligno". "Eu olho para isso e acho que a maioria das pessoas no nosso movimento olha para isso como: o Presidente Trump derrotou os oligarcas, ele os quebrou e eles se renderam", disse Bannon à ABC News. A oposição também já declarou que não baixará a guarda. Na semana passada, os senadores Elizabeth Warren e Michael Bennett, ambos democratas, divulgaram uma carta endereçada aos executivos, acusando-os de tentar "se aproximar da administração Trump em busca de evitar escrutínio, limitar regulações e comprar favores".



Governo fará 'o necessário' para manter compromisso fiscal e espera queda do dólar com a posse de Trump, diz Rui


20/01/2025 21:03 - g1.globo.com


Ministro da Casa Civil afirmou que, apesar das dúvidas da opinião pública, o governo federal cortou R$ 20 bilhões de investimento em 2024 para ficar dentro das regras do arcabouço fiscal. O ministro da Casa Civil, Rui Costa TV Globo O ministro Rui Costa (PT-BA), da Casa Civil, afirmou nesta segunda-feira (20) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará "o que for necessário" para cumprir as obrigações fiscais. Segundo Costa, não há nenhum corte de gastos em estudo, mas o governo não hesitará em diminuir despesas caso seja preciso. O chefe da Casa Civil também afirmou que espera uma queda do dólar com a posse de Donald Trump e a melhora da percepção sobre o estado da economia brasileira. “Isso não tem mudança, gente. Nós vamos manter. Como eu tenho dito, o compromisso fiscal não é do ministro A ou do ministro B. O compromisso fiscal é do presidente da República, é do governo", disse Rui Costa após uma reunião de Lula com todos os ministros que durou mais de sete horas. Lula diz que governo não pode 'inventar nada' durante reunião ministerial Investimentos O titular da Casa Civil também afirmou que, apesar das dúvidas da opinião pública, o governo federal cortou R$ 20 bilhões de investimento em 2024 para ficar dentro das regras do arcabouço fiscal, instrumento de controle das contas públicas atualmente vigente no país. "Não terá anúncio antecipado, não tem estudo em andamento. Mas eu quero reafirmar, tudo que precisar ser feito para cumprir o equilíbrio fiscal será feito, a qualquer tempo, a qualquer mês que se mostre necessário as medidas podem ser aperfeiçoadas", garantiu. No entanto, o tema não entrou em pauta na reunião ministerial desta segunda. "Mas, a qualquer momento, se a realidade assim se mostrar, os ajustes necessários serão feitos", seguiu o ministro. Líderes reagem ao discurso de posse de Trump Troca de poder nos EUA Costa afirmou ainda que a volta de Donald Trump para o comando do governo norte-americano e uma melhora na percepção do estado da economia brasileira serão responsáveis por garantir a queda do dólar. "O que a realidade vai mostrando é que o dólar vai caindo. Infelizmente, ele não cai na mesma velocidade que ele subiu", ponderou. "Mas acredito que, com o passar dos dias, com a posse do novo presidente dos Estados Unidos e os números robustos da economia brasileira vão fazendo o dólar voltar ao patamar que tenha reflexo na vida real da economia. O patamar que está não corresponde à vida real e aos números reais da economia", avaliou.



Quase 4 novos bilionários surgiram por semana em 2024, aponta Oxfam


20/01/2025 14:37 - g1.globo.com


Relatório lançado antes do Fórum Econômico Mundial, em Davos, também prevê cinco trilionários daqui a 10 anos. Enquanto isso, número de pessoas vivendo na pobreza mal mudou desde 1990. Notas de dólar Murad Sezer/ Reuters Um total de 204 novos bilionários surgiu no mundo em 2024, ou seja, quase quatro por semana, aponta um relatório da organização não-governamental Oxfam lançado em razão do Fórum Econômico Mundial, que começa nesta segunda-feira (20). O evento anual reúne líderes governamentais, empresariais e da sociedade civil em Davos, na Suíça, para definir qual é a agenda do ano para solucionar desafios globais. No relatório, a Oxfam pede aos governos que “taxem os mais ricos para reduzir a desigualdade, acabar com a riqueza extrema e desmontar a nova aristocracia”. De acordo com a pesquisa, a riqueza dos bilionários aumentou em US$ 2 trilhões em 2024, três vezes mais rápido que no ano anterior, enquanto o número de pessoas vivendo na pobreza mal mudou desde 1990. A fortuna dos dez homens mais ricos do mundo cresceu em média quase US$ 100 milhões por dia, o que significa que, mesmo que eles perdessem 99% de sua riqueza da noite para o dia, ainda permaneceriam bilionários. A organização também prevê que o mundo terá pelo menos cinco trilionários daqui a 10 anos. “A captura da nossa economia global por um seleto grupo privilegiado atingiu níveis antes inimagináveis. A falha em deter os bilionários agora está gerando futuros trilionários. Não apenas a taxa de acumulação de riqueza dos bilionários acelerou — por três vezes — mas também seu poder”, disse Amitabh Behar, diretor-executivo da Oxfam Internacional. LEIA TAMBÉM: Brasil tem 19 novos bilionários e total chega a 60; veja os mais ricos Pela 1ª vez, bilionários acumularam mais riqueza via herança do que com trabalho De onde vem a riqueza? O relatório, denominado “As custas de quem? – A origem da riqueza e a construção da injustiça no colonialismo”, também aponta que 60% da riqueza dos bilionários de hoje vem de herança, monopólio ou conexões com poderosos. Segundo o documento, uma pesquisa da Forbes descobriu que todos os bilionários com menos de 30 anos herdaram sua riqueza. Além disso, mais de 1 mil dos bilionários atuais deixarão mais de US$ 5,2 trilhões para seus herdeiros nas próximas duas a três décadas, de acordo com o Grupo UBS, maior banco da Suíça. A Oxfam discute ainda no relatório o que descreve como “colonialismo moderno”, uma dinâmica de extração de riqueza do Sul para o Norte do planeta e os seus cidadãos mais ricos. Conforme a pesquisa, os países do Norte controlam 69% da riqueza global, 77% da riqueza dos bilionários e abrigam 68% dos bilionários, apesar de representarem apenas 21% da população mundial. Estudos também mostram que os salários no Sul do planeta são de 87% a 95% mais baixos do que no Norte, para trabalhos de habilidade equivalente. Quem são os cinco novos bilionários brasileiros Recomendações Após apresentar os dados de desigualdade e riqueza extrema, o relatório da Oxfam traz três recomendações às autoridades governamentais: Reduzir radicalmente a desigualdade. Os governos precisam se comprometer a garantir que, tanto globalmente quanto a nível nacional, as rendas dos 10% mais ricos não sejam mais altas do que as dos 40% mais pobres. De acordo com dados do Banco Mundial, reduzir a desigualdade poderia acabar com a pobreza três vezes mais rápido. Os governos também devem combater e acabar com o racismo, o sexismo e a divisão que sustentam a exploração econômica em curso. Taxar os mais ricos para acabar com a riqueza extrema. A política fiscal global deve estar sob uma nova convenção tributária da ONU, garantindo que as pessoas e corporações mais ricas paguem sua parte justa. Os paraísos fiscais devem ser abolidos. A análise da Oxfam mostra que metade dos bilionários do mundo vive em países sem imposto de herança para descendentes diretos. A herança precisa ser taxada para desmontar a nova aristocracia. Acabar com o fluxo de riqueza do Sul para o Norte. Cancelar dívidas e acabar com o domínio de países e corporações ricos sobre mercados financeiros e regras comerciais. Isso significa desmontar monopólios, democratizar as regras de patentes e regular as corporações para garantir que paguem salários dignos e limitem os salários dos CEOs. Reestruturar os poderes de voto no Banco Mundial, no FMI e no Conselho de Segurança da ONU para garantir uma representação justa dos países do Sul Global. Os poderosos frutos do colonialismo também devem enfrentar os danos duradouros causados por seu domínio colonial, pedir desculpas formalmente e fornecer reparações às comunidades afetadas.



VÍDEOS: Pequenas Empresas & Grandes Negócios


20/01/2025 13:03 - g1.globo.com


Veja reportagens sobre empreendedorismo. Veja reportagens sobre empreendedorismo.



Dólar recua e fecha a R$ 6,04, após leilões do BC e com posse de Trump nos EUA; Ibovespa sobe


20/01/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda norte-americana teve uma queda de 0,40%, cotada a R$ 6,0411. Já o principal índice da bolsa de valores brasileira avançou 0,41%, aos 122.855 pontos. Cotação do dólar mostra menor confiança na economia brasileira devido a gastos e dívidas do governo Jornal Nacional/ Reprodução O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (20), após oscilar entre altas e baixas pela manhã. O movimento veio conforme investidores acompanhavam a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, subiu. Em tom otimista e ambicioso, Trump fez seu primeiro discurso como novo presidente dos Estados Unidos, no qual falou do começo de "uma era de ouro", revelou planos de "expandir o território" e confirmou uma série de decretos anti-imigração e protecionistas. No Brasil, o destaque ficou com o novo boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira. Os economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central (BC) voltaram a elevar as expectativas de inflação para este ano e também para 2026. As previsões estão no boletim Focus divulgado nesta segunda. Para 2025, a estimativa de inflação subiu de 5% para 5,08% na décima quarta alta seguida. Com isso, segue acima do teto da meta. Para 2026, a expectativa subiu de 4,05% para 4,10%. Foi o quarto aumento consecutivo no indicador. Além disso, outro fator que pode ter influenciado no mercado de câmbio foram os dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra no futuro) feitos pelo BC nesta segunda. Essa foi a primeira intervenção no mercado de câmbio da nova gestão de Gabriel Galípolo na instituição. O BC vendeu US$ 2 bilhões nos dois leilões. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumula alta 27% no ano; Ibovespa tem recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar neste fim do ano O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar Ao final da sessão, o dólar recuou 0,40%, aos R$ 6,0411. Na mínima do dia, chegou a R$ 6,0290. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,40% na semana; recuo de 2,24% no mês e no ano. Na sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,20%, cotado a R$ 6,0655. a Ibovespa O Ibovespa avançou 0,41%, aos 122.855 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,41% na semana; ganho de 2,14% no mês e no ano. Na sexta-feira, o índice subiu 0,92%, aos 122.350 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos foi o principal evento desta segunda-feira. Investidores passaram o dia tentando avaliar quais os efeitos das medidas do republicano na política econômica do país e ao redor do planeta. Durante o discurso de posse, Trump falou do começo de uma "era de ouro" nos Estados Unidos, revelou planos de "expandir o território" e confirmou uma série de decretos anti-imigração e protecionistas. "Embora suspeitemos que um bom grau de volatilidade ainda persistirá por algum tempo, esperamos que seu primeiro ano no cargo coincida com uma nova valorização do dólar e das ações dos EUA", disse James Reilly, economista sênior de mercados da Capital Economics, à agência Reuters. Trump assume o cargo com uma agenda ambiciosa que inclui reforma comercial, repressão à imigração, cortes de impostos e flexibilização da regulamentação de criptomoedas. Gerentes de investimento estão ajustando portfólios, observando o discurso em busca de sinais que possam desencadear movimentos de mercado de curto prazo. "A incerteza continua sendo a palavra de ordem, com todos atentos a respostas para perguntas como se a ameaça de tarifas se tornará realidade ou continuará sendo uma manobra de negociação no primeiro dia", disse Sam Stovall, estrategista-chefe de mercado da CFRA Research, também à Reuters. Os planos tarifários de Trump podem aumentar os temores de inflação, pressionando os preços dos títulos e das ações. Os esforços para apertar os controles de imigração também podem repercutir nesses mercados. Já o preço do bitcoin caiu do pico de US$ 109 mil depois que Trump não fez nenhum pronunciamento específico sobre criptomoedas em seu discurso de posse. Na semana passada, o novo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas de Trump devem ajudar a reduzir a inflação e a aumentar os salários dos trabalhadores nos Estados Unidos. Ele também reiterou que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve continuar independente, e defendeu sanções mais duras ao setor petrolífero da Rússia. "Os temas políticos vão se tornar cada vez mais relevantes, conforme temos os primeiros passos e movimentos do governo de Donald Trump", afirmou a estrategista de investimentos da XP Rachel de Sá durante live na última sexta-feira. Na agenda de indicadores internacionais, novos dados dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), que trazem um termômetro da atividade econômica, devem ser divulgados na Europa, nos Estados Unidos e no Japão ao longo desta semana. Além disso, os bancos centrais da China e do Japão também devem anunciar novas taxas de juros ao longo dos próximos dias. O início do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, também fica no radar. No Brasil, além das mudanças de expectativa de inflação, o Focus trouxe projeção do mercado para o juro básico da economia em 15% ao ano, uma manutenção em relação à semana anterior. Para o fim de 2026, o mercado financeiro elevou a projeção de 12% para 12,25% ao ano. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, a projeção do mercado subiu de 2,02% para 2,04%. Já para 2026, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro recuou de 1,80% para 1,77%. Na agenda doméstica, o foco fica com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país. O indicador deve ser divulgado na próxima sexta-feira. As estatísticas do setor externo e dados da arrecadação tributária federal referentes a dezembro também tendem a ficar sob os holofotes.



Boletim Focus: mercado sobe estimativa de inflação de 2025 pela 14ª semana seguida, para 5,08%


20/01/2025 11:30 - g1.globo.com


Números foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira. Analistas também elevaram para 2,04% projeção de crescimento do Produto Interno Bruto neste ano. Os economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central elevaram novamente as expectativas de inflação para este ano e também para 2026. As previsões, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na última semana, constam do relatório "Focus" divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Banco Central (BC). ➡️Para 2025, a estimativa de inflação subiu de 5% para 5,08% na décima quarta alta seguida. Com isso, segue acima do teto da meta. ➡️Para 2026, a expectativa subiu de 4,05% para 4,10%. Foi o quarto aumento consecutivo no indicador. A partir de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo de 3% e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Pelo sistema de metas, o BC tem de calibrar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo existente. Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação calculada em 12 meses até meados de 2026. A partir de janeiro de 2025, a inflação acumulada em doze meses será comparada com a meta e seu intervalo de tolerância. Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos. Com o estouro da meta de inflação de 2024, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta ao ministro Haddad no início de janeiro – creditando o resultado a fatores como a forte atividade econômica, a queda do real e os extremos climáticos. 🔎Porque isso importa? Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Inflação x vida real: por que os preços do dia a dia podem subir muito mais do que o IPCA Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro mantiveram estável sua projeção para a taxa básica de juros neste ano. No fim do ano passado, o BC não só elevou os juros pela terceira vez, para 12,25% ao ano, como também indicou que deve subir a taxa novamente no começo de 2025. Para o fechamento de 2025, a projeção do mercado para o juro básico da economia permaneceu em 15% ao ano. Para o fim de 2026, o mercado financeiro elevou a projeção de 12% para 12,25% ao ano. Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado para a Selic permaneceu em 10,25% ao ano. Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, a projeção do mercado subiu de 2,02% para 2,04%. O aumento aconteceu após a divulgação do PIB do terceiro trimestre pelo IBGE, que registrou uma expansão de 0,9% — ficando acima das estimativas do mercado financeiro. ➡️O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2026, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro recuou de 1,80% para 1,77%. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2025 ficou estável em R$ 6. Para o fim de 2026, a estimativa permaneceu também em R$ 6. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2025, a projeção caiu de US$ 73,9 bilhões para US$ 73,4 bilhões de superávit. Para 2026, a expectativa para o saldo positivo ficou estável em US$ 77 bilhões de superávit. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa de ingresso permaneceu em US$ 75 bilhões.



A posse de Donald Trump: como o presidente dos EUA quer mudar a economia, e os efeitos para o Brasil


20/01/2025 08:02 - g1.globo.com


Republicano visa favorecer a atividade doméstica e limitar a concorrência estrangeira. Primeiras ordens devem impactar a imigração, o setor de energia e a relação com parceiros comerciais. O ex-presidente e então candidato à presidência Donald Trump participa de debate da ABC News, em setembro Win Mcnamee/Getty Images via AFP A posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, acontece nesta segunda-feira (20), e já deve trazer consigo uma série de medidas que o republicano vai adotar em seu segundo mandato. Além dos discursos e do cerimonial de troca da Presidência, o dia também terá os primeiros decretos presidenciais, que prometem mudanças relevantes de política econômica dos EUA — e que transbordam efeitos ao redor do planeta, incluindo o Brasil. Trump retorna à Casa Branca com um discurso protecionista, visando favorecer a atividade doméstica e limitar a concorrência estrangeira. Embora setores importantes da economia norte-americana possam se fortalecer, há uma clara pressão inflacionária. O presidente promete mudanças nas políticas de imigração, no setor de energia e nas relações comerciais da maior economia do mundo. Trump espera um aumento de produtividade das empresas, mas há o risco de aumento nos preços pela redução da mão de obra ou pelo efeito de muitas taxas contra concorrentes de fora. Sendo esse o cenário, o Federal Reserve (Fed) terá mais dificuldade de controlar a inflação e poderá ser obrigado a interromper o ciclo de queda das taxas de juros por lá — ou até mesmo aumentá-las. E juros mais altos nos EUA aumentam a rentabilidade dos títulos públicos do país, considerados os mais seguros do mundo. Com o fluxo de dinheiro voltado para lá, o dólar se valoriza frente a outras moedas. Para o Brasil, um real mais fraco significa inflação mais alta. Com juros elevados no exterior, o Banco Central (BC) pode precisar subir a taxa básica de juros brasileira (ou mantê-la alta) para evitar a saída de investidores do país. Por fim, há mudanças importantes no comércio exterior, já que os EUA são o nosso segundo maior parceiro comercial. Entenda abaixo como as medidas podem afetar o Brasil, e o que esperar para os próximos meses. Congresso dos EUA certifica vitória de Donald Trump na eleição presidencial TRUMP: O que esperar da agenda econômica do próximo presidente dos EUA Quais são os impactos para o Brasil? De maneira geral, as medidas econômicas previstas para o mandato do republicano têm caráter inflacionário e devem causar uma série de efeitos por aqui, principalmente em termos de preços e juros. Entre aquelas de maior impacto estão o aumento de tarifas para produtos importados, a redução de impostos domésticos, o apoio à indústria norte-americana e a oposição a incentivos para a transição energética. 🏭Tarifaço e apoio à indústria norte-americana Parte dos efeitos, segundo especialistas, viria principalmente das medidas que envolvem as relações comerciais entre o Brasil e os EUA, com impactos diretos e indiretos na inflação e na indústria brasileira. A intenção de Trump, de aumentar as tarifas para produtos importados, pode atingir os exportadores brasileiros. A proposta inicial é impor uma alíquota de 10% a 20% sobre todas as importações, o que afetaria todos os parceiros comerciais dos EUA. Em dezembro, durante sua primeira coletiva de imprensa após a vitória nas eleições de 2024, Trump ameaçou cobrar do Brasil “a mesma coisa” que o país cobra, afirmando que o valor era muito alto. Embora a ameaça tarifária seja considerada uma estratégia antiga do republicano para beneficiar os EUA em negociações bilaterais, a possível implementação da medida ainda não está descartada. De um lado, há o impacto na balança comercial brasileira. Em 2024, os EUA compraram mais de US$ 40 bilhões em produtos brasileiros, ficando atrás apenas da China (US$ 94 bilhões). Um aumento das tarifas pode tornar os produtos brasileiros menos competitivos, reduzindo as exportações. A balança comercial registrou superávit de US$ 74,55 bilhões no ano passado, o que ajudou a conter uma alta expressiva de 27% do dólar. Sem tantas exportações, a situação seria ainda mais preocupante, pois as vendas para o exterior aumentam a oferta de dólares no país. Assim, caso o bloqueio se concretize sob Trump, a inflação brasileira pode sofrer nova pressão, tanto pela menor entrada de dólares no país quanto pelo possível repasse de preços pelos produtores devido ao aumento dos custos com um câmbio desfavorável. Além disso, o professor de ciência política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Lucas Pereira Rezende, aponta os impactos indiretos da medida, por meio da sobretaxação dos produtos chineses. Trump propõe impor tarifas de 60% ou mais sobre os produtos importados da China. O professor explica que essa medida poderia levar a China a buscar outros mercados, encontrando no Brasil uma saída para seu comércio exterior, afetando nossa indústria e varejo. “É importante que, nesse momento, o Brasil também comece a pensar em políticas que fomentem a reindustrialização e a diminuição da dependência de produtos industrializados externos”, diz Rezende. ✂️ Cortes de impostos domésticos Outro ponto de atenção, segundo especialistas, é a promessa de Trump de reduzir ou limitar os impostos domésticos para incentivar a indústria e a atividade econômica nos EUA. Esse cenário pode reduzir a arrecadação do país e, dependendo de como for implementado, gerar novas preocupações no mercado financeiro sobre a capacidade de os EUA de cumprir com o pagamento de sua dívida. Na prática, isso pode levar os investidores a exigir um prêmio maior (em suma, juros mais altos) e pressionar o Federal Reserve (Fed) voltar a aumentar as taxas americanas. Os países emergentes, como o Brasil, ficam menos atrativos, o que pode ser mais um gatilho de saída de dólares do país. Uma desvalorização ainda mais intensa do real pode exigir que o BC também seja mais agressivo para ajustar para cima a taxa básica de juros (Selic). Com Trump no radar (e problemas internos com a incerteza sobre as contas públicas), o mercado financeiro brasileiro já espera que a Selic termine este ano na casa dos 15%. A projeção é de uma redução para 12% ao ano em 2026, e para 10,25% em 2027. São ao menos três anos com juros acima de dois dígitos, que podem ser uma trava para o crescimento da economia brasileira, com impactos no mercado de trabalho. ⚡ Mudanças no mercado de energia Por fim, outra medida preocupante é o fim das restrições para o mercado de petróleo, gás natural e carvão, além do aumento da produção de energia em todas as fontes, incluindo a nuclear. Para especialistas, essa intenção dos Estados Unidos pode trazer oportunidades para o Brasil, mas também preocupações sobre os mecanismos internacionais para a transição energética. Do lado positivo, essa mudança pode abrir espaço para uma maior liderança do Brasil na agenda climática, uma vez que o país tem investido cada vez mais em energias renováveis. Além disso, pode fortalecer a parceria energética com os EUA, beneficiando o setor de óleo e gás. Por outro lado, há preocupações sobre possíveis alterações nas políticas comerciais, como o aumento de tarifas sobre importados, e uma menor colaboração internacional. Segundo Rezende, da UFMG, o governo Trump pode dificultar mecanismos internacionais de transição energética, como o mercado de carbono. “Além dos impactos econômicos derivados das mudanças climáticas que já estamos sentindo agora, como o aumento da inflação de alguns alimentos, podem surgir novos efeitos no curto, médio e longo prazo devido a uma mudança de postura por parte do governo dos EUA”, diz o professor. Ana Flor: Dólar em alta e efeito Trump preocupam Mas será que o Trump conseguirá implementar tudo o que deseja? Segundo especialistas, muitas das propostas do plano econômico do republicano são parte de uma retórica política, mas é preciso considerar que Trump está mais poderoso em um segundo mandato, ajudado pela nova “onda vermelha” vista nas eleições do ano passado. “A vitória de Trump não foi isolada, mas acompanhada de uma ampla conquista republicana nas duas casas do Congresso”, explica o vice-presidente executivo do Grupo Travelex Confidence, João Manuel Freitas. “Esse domínio republicano traz implicações significativas para a economia global”, completa o executivo. Na prática, isso significa que as políticas propostas por Trump podem ter um apoio maior por parte do Congresso, facilitando a aprovação dessas medidas. “É um cenário bastante diferente do Trump 1, que tinha políticas que eventualmente eram barradas pela Suprema Corte ou pelo Congresso. Isso agora pode não acontecer da mesma forma nesse segundo mandato”, diz Rezende, da UFMG. O professor acrescenta que o republicano pode tentar passar boa parte das medidas impopulares já em 2025, aproveitando a popularidade das eleições, que ainda está bastante recente no país. “Só então o Brasil vai conseguir se reposicionar e entender o que de fato lhe impactará diretamente”, completa.



Fórum Econômico Mundial começa nesta segunda-feira; veja o que esperar


20/01/2025 05:00 - g1.globo.com


Evento anual acontece em Davos, na Suíça, e deve reunir mais de 3 mil líderes globais para falar sobre desafios como as mudanças climáticas, geoeconômicas e tecnológicas. Logo do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), é visto dentro do Centro de Conferências antes do Fórum Econômico Mundial de 2025, em Davos, na Suíça. Yves Herman/ Reuters O encontro anual do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) de 2025 começa nesta segunda-feira (20) em Davos, na Suíça. O evento reúne líderes governamentais, empresariais e da sociedade civil para definir qual é a agenda do ano para solucionar desafios globais, tais como mudanças climáticas, geoeconômicas e tecnológicas. Neste ano, o ponto central das discussões do evento será voltado para o avanço tecnológico, sob o tema "Cooperação para a Era Inteligente". O conceito, de acordo com o WEF, é baseado na ideia de que tecnologias convergentes estão levando a uma revolução social. O encontro ainda coincide datas com outro evento de grande importância para o mundo: a posse do republicano Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Assim, parte dos debates deste primeiro dia será voltada para as primeiras impressões do novo governo norte-americano. Segundo a organização, é esperado que mais 3 mil pessoas participem do evento neste ano, dos quais 350 são líderes governamentais — incluindo Trump, que deve participar por meio de um link ao vivo. ACOMPANHE: g1 transmite cerimônia de posse ao vivo nesta segunda-feira (20) De acordo com o WEF, as discussões do evento devem girar em torno de temas como: Como identificar novas fontes de crescimento para a economia global; Como os líderes empresariais podem encontrar um equilíbrio entre as metas e a transformação de suas indústrias; Como os setores público e privado podem investir em capital humano para o desenvolvimento de uma sociedade moderna e resiliente; Como fazer parcerias inovadoras, e aumentar o financiamento e a implantação de tecnologias para catalisar ações de energia, clima e natureza; Como as partes interessadas podem encontrar novas maneiras de colaborar em soluções tanto internacionalmente quanto dentro das sociedades Riscos para 2025 Uma pesquisa recente publicada pelo WEF indicou que o aumento dos conflitos armados entre países, o avanço das mudanças climáticas e as tensões econômicas pelo mundo são os principais fatores de risco para 2025. No topo da lista de maiores preocupações para este ano estão os conflitos armados, com 23% dos respondentes assinalando esse como um dos principais fatores de risco. Em seguida, vieram os eventos climáticos extremos (14%) e os confrontos geoeconômicos (8%). Segundo o documento, o atual clima geopolítico no mundo – que vem na esteira da invasão da Ucrânia pela Rússia e das guerras vistas no Oriente Médio e no Sudão – tem aumentado a expectativa de uma crise ao longo deste ano. Em comparação com o ano passado, esse risco subiu do 8º para o 1º lugar no ranking. De acordo com o relatório, as tensões geopolíticas também estão associadas ao risco crescente de confronto geoeconômico – como pela aplicação de sanções ou tarifas, por exemplo – que, por sua vez, é impulsionado pela desigualdade e pela polarização social, entre outros fatores. Já entre os riscos ambientais, o documento reporta que os impactos negativos das mudanças climáticas têm se tornado cada vez mais evidentes. Isso porque o uso contínuo de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás, tem levado a eventos climáticos extremos com frequência e gravidade cada vez maiores. “Ondas de calor em todas as partes da Ásia; inundações no Brasil, na Indonésia e em partes da Europa; incêndios florestais no Canadá; e furacões Helene e Milton nos Estados Unidos são apenas alguns exemplos recentes de tais eventos”, diz o relatório.



Bolsa Família 2025: pagamentos de janeiro começam nesta segunda; veja calendário


20/01/2025 03:00 - g1.globo.com


Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. Ministro Luiz Fux determina adoção de medidas para impedir apostas com recursos do Bolsa Família A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de janeiro do Bolsa Família 2025 nesta segunda-feira (20). Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para janeiro de 2025: Final do NIS: 1 - pagamento em 20/1 Final do NIS: 2 - pagamento em 21/1 Final do NIS: 3 - pagamento em 22/1 Final do NIS: 4 - pagamento em 23/1 Final do NIS: 5 - pagamento em 24/1 Final do NIS: 6 - pagamento em 27/1 Final do NIS: 7 - pagamento em 28/1 Final do NIS: 8 - pagamento em 29/1 Final do NIS: 9 - pagamento em 30/1 Final do NIS: 0 - pagamento em 31/1 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Fevereiro: de 17/2 a 28/2; Março: de 18/3 a 31/3; Abril: de 15/4 a 30/4; Maio: de 19/5 a 30/5; Junho: de 16/6 a 30/6; Julho: de 18/7 a 31/7; Agosto: de 18/8 a 29/8; Setembro: de 17/9 a 30/9; Outubro: de 20/10 a 31/10; Novembro: de 14/11 a 28/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa.



Concurso da Ebserh: inscrições para 545 vagas terminam nesta segunda; salários vão até R$ 17 mil


20/01/2025 03:00 - g1.globo.com


Seleção vai preencher oportunidades de nível médio, técnico e superior em várias áreas. A Fundação Getulio Vargas (FGV) é a banca organizadora do concurso. Concurso da Ebserh tem oportunidades na área médica, assistencial e administrativa Divulgação/Ebserh As inscrições para o concurso público da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) terminam nesta segunda-feira (20). Elas devem ser feitas pelo site da Fundação Getulio Vargas (FGV), a banca responsável pela seleção. Estão sendo ofertadas 545 vagas imediatas, além do cadastro reserva, com remuneração inicial de até R$ 17 mil. As oportunidades são de nível médio, técnico e superior, divididas da seguinte forma: 198 vagas na área médica, 330 na área assistencial e 17 na área administrativa. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. O concurso tem vagas para as carreiras de assistente social, biomédico, dentista, advogado, analista administrativo, arquiteto, engenheiro, técnico em segurança do trabalho, entre outras. Ao serem admitidos, os profissionais vão atuar em jornada de trabalho que varia de 25 a 40 horas semanais. Eles serão distribuídos em 45 hospitais da rede e na administração central. Do total de vagas do concurso, 3% são reservadas para indígenas, 10% para candidatos com deficiência e 20% para pessoas negras. A taxa de inscrição varia conforme o cargo: Nível médio/técnico: R$ 85 Nível superior: R$ 110 Área médica: R$ 150 As provas objetivas e discursivas estão previstas para o dia 16 de março de 2025 em todos os estados do país. O prazo de validade do concurso será de um ano, contado a partir da data de homologação do resultado final, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Cronograma do concurso 📆 Inscrições: 23/12/2024 a 20/01/2025 Data limite de pagamento das inscrições: 21/01/2025 Convocação e divulgação dos locais de provas: 10/03/2025 Aplicação das provas: 16/03/2025 Divulgação dos gabaritos: 17/03/2025 Divulgação do resultado definitivo da prova objetiva: 30/04/2025 MPU também vai ter concurso neste ano, saiba mais: Saiba mais sobre o concurso público do MPU



Retrospectiva 2024: reveja reportagens do Nosso Campo deste domingo, 19 de janeiro


19/01/2025 10:20 - g1.globo.com


Durante o mês de janeiro, o Nosso Campo dá uma pausa para prepararmos novidades para 2025, mas você confere as reportagens que foram destaque no ano passado. Retrospectiva 2024: reveja reportagens do Nosso Campo deste domingo, 19 de janeiro Reprodução/TV TEM Durante o mês de janeiro, o Nosso Campo faz uma pausa para reexibir algumas reportagens produzidas em 2024. Neste domingo (19), o programa relembra o proprietário de um sítio no interior de São Paulo que cultiva mais de 200 árvores de frutas exóticas, como ameixa de Madagascar, jabuticaba branca e biribá amazônica, e muito mais. Você também confere como a produção de hortaliças passada de pai para filho garante a renda de uma família na região de Bauru (SP). O Nosso Campo mostra que criadores de cabra da raça saanen têm sido destaque na produção de leite, com características que permitem a fabricação de queijos de alta qualidade. A raça consegue produzir até 8 litros de leite por dia. E para ficar com água na boca, Antonio Nóbrega ensina como preparar um arroz especial com carne desfiada. Confira as reportagens abaixo: Sítio é atração com árvores frutíferas de várias partes do mundo Hortas garantem renda para famílias em pequenas propriedades rurais Cabra da raça saanen é boa produtora de leite Receita Nosso Campo: aprenda a fazer arroz com carne desfiada Assista ao programa deste domingo na íntegra: Confira o Nosso Campo deste domingo, 19 de janeiro, na íntegra VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



O segredo da Dinamarca para o equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal


19/01/2025 08:00 - g1.globo.com


Confiança é apontada como um dos fatores-chave: "Ninguém está tentando te microgerenciar ou olhar por cima do seu ombro", diz Gabriel Hoces, que trabalha para uma empresa de tecnologia em Copenhague. Gabriel Hoces é funcionário de uma empresa de tecnologia em Copenhague Gabriel Hoces Gabriel Hoces repete uma palavra sete vezes ao falar sobre como é trabalhar na Dinamarca: "confiança". "Ninguém está tentando te microgerenciar ou olhar por cima do seu ombro", diz ele, que trabalha para uma empresa de tecnologia em Copenhague. "Os chefes não vêm verificar se você trabalhou oito ou nove horas por dia, pois eles só se importam se você concluiu seus projetos." "Há muita confiança na Dinamarca neste sentido, e não sinto uma hierarquia no meu trabalho. É tudo muito democrático." Não é surpresa para Hoces, que é casado e pai de duas filhas pequenas, o fato de a Dinamarca estar constantemente entre os cinco países do mundo com melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Apenas 1,1% dos dinamarqueses precisam trabalhar 50 horas ou mais por semana, de acordo com os dados mais recentes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A proporção é significativamente menor do que a média mundial, de 10,2%. Para efeito de comparação, no Reino Unido o percentual é de 10,8% e, nos Estados Unidos, de 10,4%. Meik Wiking, autor do livro The Art of Danish Living ("A arte de viver dinamarquesa, em tradução livre), considera há muito tempo sua terra natal como um exemplo no qual outros países deveriam se inspirar ao formularem suas políticas relacionadas ao ambiente de trabalho. "Os dinamarqueses são realmente felizes no trabalho", diz ele à BBC. "Quase 60% dos dinamarqueses afirmam que continuariam a trabalhar se ganhassem na loteria e se tornassem financeiramente independentes." Wiking, que também é chefe do think tank dinamarquês The Happiness Research Institute ("instituto para pesquisa da felicidade", em tradução literal), enumera várias políticas que, em sua avaliação, ajudam a gerar um forte equilíbrio entre vida pessoal e profissional na Dinamarca. Entre elas estão o direito a um mínimo de cinco semanas de férias remuneradas por ano, além dos feriados nacionais. No Reino Unido, a maioria dos trabalhadores tem direito a um número próximo, 5,6 semanas de férias remuneradas, mas nos EUA o total pode chegar a apenas 11 dias. A Dinamarca também oferece seis meses de licença maternidade e paternidade remuneradas. No Reino Unido, o pai, ou parceiro que não deu à luz, normalmente recebe de uma a duas semanas. Nos EUA, há apenas uma garantia federal de licença parental não remunerada, embora alguns Estados, como a Califórnia, agora ofereçam licença remunerada após o nascimento de um filho. Funcionários públicos federais podem obter 12 semanas de licença remunerada. Meik Wiking afirma que a maioria dos dinamarqueses gosta de ir trabalhar Meik Wiking Wiking é outro dinamarquês que cita o conceito de chefes que confiam em seus funcionários para fazer a coisa certa. Ele usa o exemplo dos funcionários do parque de diversões Tivoli Gardens, em Copenhague, onde eles seguem a regra dos três metros. A ideia é que você seja o CEO de tudo que está dentro de um raio de três metros. "Se você vir lixo em um raio de três metros, você o recolhe e, se vir um cliente procurando algo, você para e pergunta se pode ajudar", explica Wiking. Ele acrescenta que, quando os funcionários se apropriam do seu próprio espaço, isso pode ajudá-los a se sentir empoderados e valorizados, o que contribui muito para um sentimento saudável em relação ao local de trabalho. Janine Leschke, professora do departamento de administração, sociedade e comunicação da Copenhagen Business School, afirma que a Dinamarca definitivamente "não pratica uma cultura de trabalho em que você tem que aparecer e estar disponível o dia todo, a noite toda, para mostrar que está trabalhando duro o tempo todo". Em vez disso, ela diz que a flexibilidade durante a jornada de trabalho oferece aos funcionários o tempo necessário para, por exemplo, buscar os filhos na escola ou na creche. "O dia não precisa terminar oficialmente às cinco ou seis horas da tarde, e isso é atraente para muitos dinamarqueses com filhos." Hoces notou que alguns empregadores nos Estados Unidos podem esperar que seus funcionários estejam disponíveis nos fins de semana para responder e-mails ou mensagens. Este tipo de hora extra não se encaixa em sua perspectiva de equilíbrio positivo entre vida pessoal e profissional. "Se eu tivesse que atender ligações no fim de semana, isso seria um grande sinal de alerta para mim, e eu provavelmente mudaria de emprego", diz ele. "Mas até agora isso não aconteceu comigo nem com ninguém que eu conheça." Casper Rouchmann, CEO e fundador da empresa de tecnologia SparkForce, em Copenhague, acredita que sua política de liderança descontraída seria familiar para a maioria dos dinamarqueses. "Você não precisa me pedir para sair mais cedo", afirma. "Ninguém se aproveita da minha gentileza." O executivo acrescenta que o elemento da confiança está tão arraigado na cultura dinamarquesa que os visitantes da Dinamarca muitas vezes se surpreendem com o grau de confiança. Ele também destaca o generoso Estado de bem-estar social e o fato de que as empresas precisam dar uma indenização financeira aos funcionários que são demitidos. "Se você perder o emprego, o governo está lá para ajudar", acrescenta Rouchmann. Por mais que outros países possam aprender com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional da Dinamarca, ele observa que há algumas desvantagens. "Algumas pessoas podem confiar demais nessa rede de segurança, e isso pode dizer a elas que não precisam correr riscos reais, e é por isso que podemos ser menos empreendedores em comparação com os EUA." Ninguém 'se aproveita' da generosidade dos chefes, diz Casper Rouchmann Casper Rouchmann Samantha Saxby, especialista americana em recursos humanos, acredita que a Dinamarca tem um equilíbrio positivo entre vida pessoal e profissional porque o país "prioriza o bem-estar coletivo". Por outro lado, ela destaca que os EUA "há muito tempo enfatizam a conquista e a ambição individuais, o que impulsionou uma tremenda inovação, mas muitas vezes às custas do equilíbrio entre vida pessoal e profissional". Mas, segundo ela, as empresas americanas e de outras partes do mundo podem estar finalmente seguindo o exemplo da Dinamarca e de outras nações nórdicas. "As organizações progressistas estão introduzindo benefícios como folgas remuneradas ilimitadas, dias dedicados à saúde mental e programas de bem-estar para incentivar os funcionários a priorizar o autocuidado", diz Saxby, que é diretora de marketing da Associação Nacional de Recursos Humanos dos EUA. "Estas medidas não apenas aliviam a pressão, como também demonstram que os empregadores valorizam o bem-estar geral da sua força de trabalho." "Mais empresas estão reconhecendo que funcionários bem descansados e equilibrados apresentam novas ideias, têm melhor capacidade de resolução de problemas e maior engajamento. Os funcionários estão começando a se sentir empoderados para tirar o tempo que precisam sem sacrificar o avanço da carreira profissional." Assista Short friday: sair mais cedo do trabalho às sextas já é realidade em algumas empresas 'Workation': conheça a tendência que une viagem de lazer ao trabalho 'CLT Premium': o que é o termo que virou trend e que pode revolucionar o mercado



Com recuo do governo, mais de 200 instituições financeiras continuam sem obrigação de enviar dados do PIX à Receita Federal


19/01/2025 07:00 - g1.globo.com


As chamadas 'fintechs' e as instituições de pagamento continuarão sem ter a obrigatoriedade de ter de enviar os dados sobre movimentação financeira, incluindo PIX e cartão de crédito, à Receita Federal. Governo recuou de regra de ampliava a fiscalização sobre movimentações financeiras Getty Images via BBC Com o recuo do governo nas regras de fiscalização do PIX, mais de 200 instituições financeiras continuarão sem a obrigatoriedade de ter de enviar os dados da movimentação financeira dos seus clientes à Receita Federal. São as "fintechs" e as instituições de pagamentos que operam no PIX. Elas estão listadas no site do Banco Central. ENTENDA A mudança da regras anunciada no começo do ano pelo governo obrigava todas empresas financeiras, passando a englobar as "fintechs" e as instituições de pagamento, a enviar os dados do PIX ao Fisco para valores globais acima de R$ 5 mil (pessoas físicas) e R$ 15 mil (empresas) por mês. Entretanto, com a decisão de revogar a ampliação da fiscalização diante de fake news e pressão nas redes sociais, essas empresas ("fintechs" e instituições de pagamento) não precisarão mais repassar os dados do PIX, e também de cartões de crédito, ao governo. 🔎 As "fintechs", que reúnem milhões de clientes, são empresas que oferecem produtos financeiros inovadores, como novos meios de pagamento e cartões de crédito. 🔎As instituições de pagamento (IP) são empresas que viabilizam compra, venda e movimentação de recursos, mas não oferecem empréstimos e financiamentos a seus clientes. 🔎Varejistas de grande porte, bancos virtuais, carteiras digitais e as "maquininhas", entre outros, são alguns exemplos de "fintechs" e instituições de pagamento. 🔎Entre as instituições de pagamento e as "fintechs", estão empresas como o Mercado Pago, o Nubank, o PagSeguro, a PicPay e a Shopee. Os grandes bancos continuarão obrigados a repassar as informações. Governo revoga norma da Receita que aumentava fiscalização sobre o PIX De acordo com interlocutores do governo, embora não haja obrigatoriedade das "fintechs" e das instituições de pagamento fornecerem à Receita Federal dados sobre a movimentação financeira dos contribuintes, boa parte das empresas já presta essas informações. Limites menores Com o recuo do governo, os limites anteriores de envio das movimentações financeiras (incluindo PIX e cartão de crédito) também serão retomados. Eles valem normalmente para os grandes bancos. São eles: superior a R$ 2 mil, para pessoas físicas; superior a R$ 6 mil, para empresas. Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também editou uma medida provisória que define que transferências financeiras via PIX não podem ser tributadas ou sobretaxadas. Governo edita MP assegurando igualdade entre pix e dinheiro vivo Pequeno empreendedor Segundo o presidente do Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Mauro Silva, o objetivo do governo, com a ampliação da fiscalização, era buscar dados sobre contribuintes que que não tinham acesso aos bancos tradicionais, mas que passaram a ter contas para vender seus produtos. Estes optaram, em sua maioria, pelas instituições de pagamento, que ofertam as maquininhas, por exemplo. "Esse pequeno, embora esteja irregular e deva ir para o MEI [microempreendedor individual], não precisa perder o sono. Provavelmente, a Receita não vai atrás. Vai olhar só os casos mais relevantes (...) Ele não se deve misturar sua vida pessoal com sua vida de empreendedor, tem que ter uma conta e PIX próprio pessoal e outro para a empresa. E não emprestar a conta corrente para alguém fazer depósito, assim como não deve emprestar cartão de crédito", disse Mauro Silva, do Unafisco. Em entrevista ao g1, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, negou que as mudanças na fiscalização das movimentações financeiras, incluindo o PIX, já revogadas, teriam por objetivo autuar os pequenos empresários do país. "É exatamente o contrário, a gente não tem nem condição de fiscalizar dezenas de milhões de pessoas que movimentam valores baixos. A gente quer é automatizar isso para poder melhor orientar esse tipo de contribuinte a se regularizar, por exemplo. Se a pessoa não tem uma empresa aberta, ela pode abrir um MEI, alguma coisa assim. Mas não tem nem sentido a Receita Federal ir para a fiscalização repressiva nesses casos", disse o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, na semana passada. 67% acreditam que governo cobraria taxa sobre PIX, diz Quaest



Mega-Sena, concurso 2.817: prêmio acumula e vai a R$ 7 milhões


18/01/2025 23:12 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 24 - 30 - 43 - 46 - 55 - 60. Quina teve 22 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 84.887,14. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.817 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (18), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 7 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 24 - 30 - 43 - 46 - 55 - 60. 5 acertos - 22 apostas ganhadoras: R$ 84.887,14 4 acertos - 1.680 apostas ganhadoras: R$ 1.588,02 O próximo sorteio da Mega acontece nesta terça-feira (21). Mega-Sena, sorteio 2.817 Reprodução/Facebook Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Inscrições para o programa CNA Jovem se encerram neste domingo; veja como participar


18/01/2025 11:00 - g1.globo.com


Curso gratuito é voltado para jovens de 22 a 30 anos, com formação técnica ou superior no setor de agronegócios, além de ser necessário vínculo com a área. Joaquim Souza Lima Neto, que participou da última edição do Programa CNA Jovem Divulgação / CNA As inscrições para o programa CNA Jovem se encerram neste domingo (19). A iniciativa da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) é voltada para jovens de 22 a 30 anos, que possuem vínculo com o setor de agronegócios. O programa, que está na sua sexta edição, oferece capacitação por meio de encontros presenciais e online. A inscrição e o curso são gratuitos para os alunos. A CNA cobre os custos de deslocamento, hospedagem e alimentação para os encontros presenciais. Veja abaixo como se inscrever, quais requisitos do programa e como ele funciona. Quem pode se inscrever? Todas as inscrições serão checadas e só serão selecionados para o programa quem atender aos seguintes critérios: ter 22 e 30 anos completos até a data de encerramento das inscrições; ter formação técnica ou superior completa; comprovar ter vínculo ou atuação com o setor agropecuário. Por exemplo, ser produtor rural ou ter parentesco com um produtor, atuar profissionalmente na área, independente da formação, ser formado em ciências agrárias; ter disponibilidade para participar das atividades, que acontecem também aos finais de semana; ter CPF e e-mail válidos. Como se inscrever? A inscrição pode ser feita neste link até as 23h59 deste domingo, no horário de Brasília. No formulário, o candidato precisará informar: e-mail; nome completo; data de nascimento; número do WhatsApp. Em seguida, será enviado ao e-mail um link para um segundo formulário, que solicitará informações mais detalhadas, como o estado que o jovem pretende representar. Para participar do programa, também é preciso passar em uma prova objetiva e pela avaliação comportamental. Como funciona o programa? O programa conta com uma série de oficinas e mentorias online e presenciais, com uma duração de 11 meses. O curso é dividido em 3 etapas. Confira abaixo. ➡️Seletiva: são disponibilizadas informações sobre o sistema CNA e o setor, além de acontecerem as avaliações. ➡️Regional: prevista para iniciar em março, esta fase inclui oficinas, mentorias e encontros presenciais em Pernambuco, voltados ao desenvolvimento de projetos no setor agropecuário. Em agosto, é realizada uma avaliação final, selecionando os estudantes para prosseguir à etapa nacional. ➡️Nacional: os encontros focam na criação de iniciativas de impacto em todo o país, com reconhecimento dos 10 melhores participantes. A duração desta fase é de setembro até dezembro. Leia também: Como sombra de árvores ajuda planta a lidar com o planeta mais quente Gracyanne Barbosa consome 55 vezes mais ovos do que brasileiro comum; 'ovômetro' monitora consumo no BBB Veja inovações no agro: Cafezinho em risco: como sombra de árvores pode ser solução para aumento da temperatura Prato do Futuro: pesquisa cria milho mais resistente ao calor



Alcance de postagens da oposição sobre o PIX faz PT organizar curso para redes sociais


18/01/2025 10:07 - g1.globo.com


Depois do episódio da norma que ampliava o controle da Receita Federal sobre transações via PIX, que acabou revogada, e o enorme engajamento conquistado por postagens da oposição, o PT decidiu focar no treinamento de seus parlamentares e dirigentes nas redes sociais. A direção do partido vai fazer, na próxima semana, uma plenária virtual com o ministro da Comunicação Social, Sidônio Palmeira, sobre "estratégia de Comunicação e enfrentamento a fake news". Medida provisória reitera o sigilo das operações de PIX Jornal Nacional/ Reprodução O encontro será para deputados, senadores, coordenadores de comunicação regionais do partido, vereadores e deputados estaduais. "É uma forma de dar ordem unida, uma estratégia única de comunicação", diz o secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto. 'Precisamos comunicar com todos os públicos', diz Sidônio Palmeira, novo ministro da Secom Outro integrante do partido reconheceu que o efeito da postagem do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), a que mais teve alcance entre as publicações, mostrou ao partido do presidente Lula que é necessário o reforço da presença nas redes sociais de todos os integrantes da base do governo. A postagem do deputado do PL teve mais de 300 milhões de visualizações e fez Nikolas ultrapassar Lula no número de seguidores no Instagram. Troca no comando da Secom O publicitário Sidônio Palmeira tomou posse na última terça-feira (14) como novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A cerimônia de posse no Palácio do Planalto formaliza o início da gestão de Sidônio, que nas últimas semanas fez a transição com a equipe do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que deixa a Secom após dois anos no cargo. A Secom é responsável por formular e implementar a política de comunicação do governo federal. Isso inclui gerenciar a publicidade oficial, o relacionamento com a imprensa e a divulgação de programas e ações do Executivo. Marqueteiro de Lula na campanha de 2022, Sidônio foi escolhido para tentar melhorar a comunicação do governo. Ainda em dezembro, o presidente que faria as "correções necessárias" na área. Lula entende que a aprovação na faixa de um terço, conforme institutos de pesquisa, está aquém dos resultados do governo, como a alta do Produto Interno Bruto (PIB) e baixa taxa de desemprego.



Mecânico de aeronaves, neuropsicólogo e mais cargos que estarão em alta em 2025, segundo o LinkedIn


18/01/2025 08:00 - g1.globo.com


Levantamento tem como objetivo ajudar trabalhadores brasileiros a tomar decisões profissionais; carreira de 'diretor de receita', na área de vendas, lidera o ranking. Mecânico de aeronaves está entre as profissões em alta para 2025 no Brasil Pandu Agus Wismoyo/Unsplash Mecânico de aeronaves, especialista em precificação e neuropsicólogo são alguns dos cargos que estarão em alta em 2025 no Brasil, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo LinkedIn nesta semana. Essa lista com 25 profissões é compartilhada todos os anos pela plataforma. Para fazê-la, pesquisadores do LinkedIn analisam dados dos usuários sobre as vagas que ocupam e classificam os cargos que mais cresceram nos últimos três anos. Neste ano, o primeiro lugar do ranking ficou com a carreira de diretor de receita, um profissional que alinha as equipes de marketing e vendas para maximizar as oportunidades de crescimento de uma empresa, explica a rede social. Em 2024, havia ocupado o primeiro lugar da lista (pelo segundo ano seguido) o cargo de analista de privacidade. Entre outras funções, o profissional avalia riscos relacionados a dados sensíveis das empresas. Neste ano, a profissão não aparece no ranking. Por outro lado, ganharam destaque funções como a de assistente de eventos e agente de viagens, mostrando a retomada do setor de turismo e lazer no país. Além de classificar os empregos em alta, a lista do LinkedIn traz detalhes sobre as atribuições dos cargos e as cidades brasileiras com mais contratações. (veja a lista completa abaixo) O objetivo do levantamento é "ajudar os profissionais a entenderem as tendências e a se prepararem para as oportunidades que estão por vir, seja para consolidar suas posições nas áreas em que já atuam ou para planejar uma transição de carreira", afirma Guilherme Odri, editor-chefe do LinkedIn Notícias Brasil. G1 em 1 Minuto: Pesquisa lista profissões em alta para 2025 📈 Empregos em alta para 2025 1. Diretor(a) de receita O que faz: lidera os processos geradores de receita em uma empresa, garantindo o alinhamento das equipes de marketing e vendas para maximizar as oportunidades de crescimento. Competências mais comuns: geração de receitas, gestão de vendas Setores mais comuns: tecnologia, informação e internet, atividades dos serviços de tecnologia da informação, atividades de consultoria em gestão empresarial Cidades com mais contratações: São Paulo, Florianópolis e Campinas Divisão por gênero de contratados em 2024: 18,25% mulheres; 81,75% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 7,8 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: diretor de operações, chefe de vendas, diretor comercial 2. Engenheiro(a) de segurança de processo O que faz: analisa e implementa medidas para prevenir acidentes, lesões e danos ao meio ambiente em processos industriais, garantindo a conformidade com as regulamentações de segurança e os padrões da indústria. Competências mais comuns: segurança de processos, estudo de perigos e operabilidade (HAZOP), análise de riscos Setores mais comuns: extração de petróleo e gás natural, atividades de consultoria em gestão empresarial, obras de infraestrutura Cidades com mais contratações: Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador Divisão por gênero de contratados em 2024: 53,54% mulheres; 46,46% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 5,8 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: analista de segurança, engenheiro químico, engenheiro de operações Disponibilidade de vagas híbridas: 25% 3. Neuropsicólogo(a) O que faz: especialista no relacionamento entre função cerebral, comportamento e habilidade cognitiva, trabalha em parceria com outros profissionais da medicina para tratar distúrbios mentais e neurológicos. Competências mais comuns: avaliação neuropsicológica, neuropsicologia, psicologia clínica Setores mais comuns: consultórios médicos, atividades de recreação e lazer, atividades de organizações sem fins lucrativos Cidades com mais contratações: São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba Divisão por gênero de contratados em 2024: 81,25% mulheres; 18,75% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 2,9 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: psicólogo, psicólogo organizacional, psicólogo clínico 4. Assistente de eventos O que faz: apoia o planejamento e a execução de eventos presenciais e virtuais, cuidando de tarefas logísticas, coordenando com fornecedores e garantindo uma boa experiência para os participantes. Competências mais comuns: planejamento de eventos, eventos corporativos, produção de eventos Setores mais comuns: hotelaria, serviços de organização, produção e promoção de eventos, educação superior Cidades com mais contratações: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 71,23% mulheres; 28,77% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 2,3 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: auxiliar de reservas, assistente administrativo, assistente comercial Disponibilidade de vagas híbridas: 16,67% 5. Assistente de patologia O que faz: coleta e prepara amostras médicas para teste, realiza procedimentos administrativos e, em alguns casos, auxilia em processos de autópsia. Competências mais comuns: coleta de sangue, análises clínicas, patologia clínica Setores mais comuns: consultórios médicos, atividades veterinárias, saúde humana e serviços sociais Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis Divisão por gênero de contratados em 2024: 80,57% mulheres; 19,43% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 2 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: auxiliar de laboratório, técnico de laboratório clínico, assistente administrativo 6. Psicólogo(a) pediátrico(a) O que faz: analisa o comportamento de crianças e adolescentes, oferecendo terapia, avaliações e intervenções para questões de desenvolvimento, emocionais e comportamentais. Competências mais comuns: psicologia clínica, psicoterapia, avaliação psicológica Setores mais comuns: consultórios médicos, atividades de recreação e lazer, atividades de associações de defesa de direitos sociais Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Campinas Divisão por gênero de contratados em 2024: 80,24% mulheres; 19,76% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 1,2 ano em média Principais cargos ocupados antes da contratação: analista de RH, assistente de RH, assistente social Disponibilidade de vagas remotas: 7,14% Disponibilidade de vagas híbridas: 28,60% 7. Especialista em geração de leads O que faz: identifica e cultiva potenciais clientes para os produtos ou serviços de uma empresa, muitas vezes utilizando pesquisas de mercado, networking e estratégias de prospecção para gerar interesse e criar oportunidades de vendas. Competências mais comuns: geração de leads, email marketing, marketing B2B Setores mais comuns: seguros e previdência complementar, atividades dos serviços de tecnologia da informação, tecnologia, informação e Internet Cidade com mais contratações: São Paulo Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 2,2 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: especialista em desenvolvimento de negócios, professor, comprador de mídia Disponibilidade de vagas remotas: 66,67% Disponibilidade de vagas híbridas: 33,33% 8. Assistente social O que faz: ajuda pessoas em situação de vulnerabilidade, analisando a situação específica e identificando os recursos disponíveis, além de trabalhar na prevenção e enfrentamento desses problemas. Competências mais comuns: análise de comportamento aplicada, psicologia, distúrbios do espectro do autismo Setores mais comuns: consultórios médicos, Atividades de recreação e lazer, Saúde humana e serviços sociais Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Porto Alegre Divisão por gênero de contratados em 2024: 84,55% mulheres; 15,45% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 1,8 ano em média Principais cargos ocupados antes da contratação: professor, assistente em sala de aula, psicólogo 9. Analista de centro de operações de segurança O que faz: trabalha para prevenir ataques à infraestrutura de TI da empresa, monitorando incidentes, avaliando vulnerabilidades e respondendo às ameaças à medida que elas surgem. Competências mais comuns: gestão de informações e eventos de segurança (SIEM), cibersegurança, IBM QRadar Setores mais comuns: atividades dos serviços de tecnologia da informação, mídia e telecomunicações, tecnologia, informação e internet Cidades com mais contratações: São Paulo, Curitiba e Brasília Divisão por gênero de contratados em 2024: 8,66% mulheres; 91,34% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 3,5 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: analista de segurança da informação, analista de rede, analista de suporte Disponibilidade de vagas remotas: 24% Disponibilidade de vagas híbridas: 64% 10. Bibliotecário(a) O que faz: organiza, seleciona e administra informações em mídias físicas e digitais, ajudando usuários e empresas a ter acesso ao conteúdo. Competências mais comuns: gestão de bibliotecas, biblioteconomia, catalogação Setores mais comuns: educação superior, educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, tecnologia, informação e internet Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro Divisão por gênero de contratados em 2024: 76,36% mulheres; 23,64% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 4,4 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: professor, assistente de biblioteca, assistente de arquivo 11. Especialista em folha de pagamento O que faz: garante que a folha de pagamentos da empresa seja processada de forma precisa e dentro do prazo, em conformidade com a legislação tributária e trabalhista. Competências mais comuns: administração de folha de pagamento, sistema ADP de folha de pagamento, recursos humanos (RH) Setores mais comuns: tecnologia, informação e internet, atividades de consultoria em gestão empresarial, atividades de contabilidade Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Goiânia Divisão por gênero de contratados em 2024: 77,11% mulheres; 22,89% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 6,2 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: gerente de recursos humanos, coordenador de folhas de pagamento, auxiliar administrativo Disponibilidade de vagas remotas: 15,52% Disponibilidade de vagas híbridas: 27,59% 12. Analista de saúde O que faz: coleta e analisa dados de cuidados de saúde, interpretando-os para ajudar as organizações a aumentar sua eficiência e a aprimorar os resultados de saúde de pacientes. Competências mais comuns: saúde ocupacional, gestão de serviços de saúde, capacidade analítica Setores mais comuns: atividades de recreação e lazer, atividades de organizações sem fins lucrativos, saúde humana e serviços sociais Cidades com mais contratações: Belo Horizonte, São Paulo e Brasília Divisão por gênero de contratados em 2024: 78,97% mulheres; 21,03% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 4,3 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: assistente administrativo, analista administrativo, técnico de enfermagem Disponibilidade de vagas remotas: 3,85% Disponibilidade de vagas híbridas: 42,31% 13. Executivo(a) de desenvolvimento de negócios O que faz: ajuda a definir as estratégias de vendas e crescimento de uma empresa, com foco em sua agilidade futura, identificando novas oportunidades e potenciais clientes. Competências mais comuns: desenvolvimento estratégico de negócios, gestão de vendas, desenvolvimento de novos negócios Setores mais comuns: atividades dos serviços de tecnologia da informação, tecnologia, informação e internet, atividades de consultoria em gestão empresarial Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 35,84% mulheres; 64,16% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 6 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: gerente comercial, consultor de vendas, executivo comercial Disponibilidade de vagas remotas: 36,67% Disponibilidade de vagas híbridas: 36,67% 14. Técnico(a) em audiovisual O que faz: configura, opera e faz a manutenção dos equipamentos audiovisuais utilizados em eventos e outras produções. Competências mais comuns: sistemas audiovisuais, edição de vídeo, edição de áudio Setores mais comuns: atividades dos serviços de tecnologia da informação, educação superior, mídia e telecomunicações Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro Divisão por gênero de contratados em 2024: 20,54% mulheres; 79,46% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 2,7 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: técnico de som, técnico de áudio, editor | Disponibilidade de vagas híbridas: 25% 15. Líder de gerenciamento de projetos O que faz: coordena e supervisiona projetos desde a concepção até a conclusão, garantindo que sejam entregues no prazo, dentro do orçamento e com qualidade. Competências mais comuns: coordenação de projetos, gestão de equipes, gestão ágil de projetos Setores mais comuns: atividades de consultoria em gestão empresarial, publicidade e propaganda, tecnologia, informação e internet Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 44,30% mulheres; 55,70% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 5,8 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: chefe de marketing, gerente operacional, gestão de qualidade 16. Executivo(a) de vendas O que faz: ajuda a definir a estratégia de vendas da empresa, administra relações com consumidores e é responsável por liderar a equipe de vendas. Competências mais comuns: SPIN Selling, vendas presenciais, fechamento de negócios Setores mais comuns: tecnologia, informação e internet, atividades de consultoria em gestão empresarial, publicidade e propaganda Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba Divisão por gênero de contratados em 2024: 46,70% mulheres; 53,30% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 0,9 ano em média Principais cargos ocupados antes da contratação: vendedor, analista comercial, vendas internas Disponibilidade de vagas remotas: 38,50% Disponibilidade de vagas híbridas: 11,50% 17. Engenheiro(a) de produção O que faz: supervisiona o processo de fabricação, trabalhando para melhorar a sua eficiência, qualidade e segurança, ao mesmo tempo que reduz os custos e garante que os produtos atendam às especificações. Competências mais comuns: 5S, Microsoft Project, Ciclo PDCA Setores mais comuns: extração de petróleo e gás natural, atividades de consultoria em gestão empresarial, obras de infraestrutura Cidades com mais contratações: Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 29,52% mulheres; 70,48% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 4,2 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: supervisor de produção, analista de processos, assistente administrativo Disponibilidade de vagas remotas: 5,56% Disponibilidade de vagas híbridas: 8,33% 18. Agente de viagens O que faz: planeja itinerários e organiza viagens para indivíduos, grupos e empresas, oferecendo orientação personalizada e informações práticas e culturais pertinentes. Competências mais comuns: turismo, planejamento de viagens, gestão de viagens Setores mais comuns: planejamento, assessoramento e organização de viagens, tecnologia, informação e internet, atividades dos serviços de tecnologia da informação Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba Divisão por gênero de contratados em 2024: 68,01% mulheres; 31,99% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 3,4 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: vendedor, representante de atendimento ao cliente, consultor de vendas Disponibilidade de vagas remotas: 5,56% Disponibilidade de vagas híbridas: 30,56% 19. Engenheiro(a) de custos O que faz: analisa a viabilidade econômica de um projeto, elabora orçamentos detalhados e monitora o desempenho financeiro ao longo da execução, controlando eventuais mudanças. Competências mais comuns: gestão de custos, construção civil, Microsoft Project Setores mais comuns: obras de infraestrutura, atividades dos serviços de tecnologia da informação, atividades de consultoria em gestão empresarial Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro Divisão por gênero de contratados em 2024: 37,11% mulheres; 62,89% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 4,1 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: assistente de engenheiro, engenheiro de planejamento, gerente de construção Disponibilidade de vagas remotas: 25% Disponibilidade de vagas híbridas: 12,5% 20. Especialista em operações logísticas O que faz: coordena e supervisiona o armazenamento, transporte e entrega de mercadorias para garantir operações eficientes na cadeia de suprimentos. Competências mais comuns: gestão logística, armazenagem, logística reversa Setores mais comuns: tecnologia, informação e internet, transporte rodoviário de carga, fabricação de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte de cargas e pessoas Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Curitiba Divisão por gênero de contratados em 2024: 27,22% mulheres; 72,78% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 4 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: coordenador de logística, operador de logística, auxiliar administrativo 21. Coordenador(a) de segurança do trabalho O que faz: desenvolve e implementa programas de segurança no trabalho, realizando treinamentos e monitorando a conformidade com a legislação. Competências mais comuns: SSMA (Saúde, segurança e meio ambiente), saúde ocupacional, ISO 14001 Setores mais comuns: atividades de consultoria em gestão empresarial, obras de infraestrutura, fabricação de produtos químicos Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 32,03% mulheres; 67,97% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 6,3 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: coordenador de segurança, especialista em ambiente, saúde e segurança, engenheiro de segurança Disponibilidade de vagas híbridas: 17,5% 22. Mecânico(a) de aeronaves O que faz: inspeciona e faz manutenção preventiva e corretiva de aviões, helicópteros e veículos relacionados. Competências mais comuns: manutenção de aeronaves, sistemas de aeronaves, setor de aviação Setores mais comuns: transporte aéreo, fabricação de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte de cargas e pessoas, defesa e relações exteriores Cidades com mais contratações: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 4,88% mulheres; 95,12% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 5,7 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: técnico mecânico, eletricista, assistente de manutenção 23. Especialista em precificação O que faz: define e ajusta os preços dos produtos ou serviços de uma empresa com base em fatores como custos de produção, demanda e estratégia corporativa. Competências mais comuns: estratégia de preço, otimização de preços, capacidade analítica Setores mais comuns: tecnologia, informação e internet, atividades dos serviços de tecnologia da informação, fabricação de produtos alimentícios e bebidas Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Curitiba Divisão por gênero de contratados em 2024: 45,71% mulheres; 54,29% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 1,2 ano em média Principais cargos ocupados antes da contratação: analista de produtos, supervisor de preços, analista de planejamento Disponibilidade de vagas remotas: 6,67% Disponibilidade de vagas híbridas: 55,6% 24. Representante de marketing de campo O que faz: promove e vende produtos ou serviços de uma empresa presencialmente, fortalecendo o relacionamento com clientes e parceiros locais. Realiza visitas a estabelecimentos, demonstra casos de uso, organiza eventos promocionais e coleta feedbacks do mercado para aprimorar estratégias de marketing e expandir a presença da marca. Competências mais comuns: vendas de produtos farmacêuticos, farmacêutica, planejamento de mercado Setores mais comuns: fabricação de produtos químicos, atividades de recreação e lazer, atividades veterinárias Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro Divisão por gênero de contratados em 2024: 55,96% mulheres; 44,04% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 5,9 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: consultor de vendas, gerente de relacionamento, gerente de farmácia Disponibilidade de vagas remotas: 4,23% Disponibilidade de vagas híbridas: 5,63% 25. Analista de sustentabilidade O que faz: avalia os esforços de uma organização em questões ambientais, sociais e de governança (ESG) e identifica oportunidades de promover maior eficiência, uso responsável de recursos e impacto social positivo. Competências mais comuns: relatórios de sustentabilidade, Investimento socialmente responsável, desenvolvimento sustentável Setores mais comuns: atividades de consultoria em gestão empresarial, fabricação de produtos alimentícios e bebidas, agricultura Cidades com mais contratações: São Paulo, Campinas e Belo Horizonte Divisão por gênero de contratados em 2024: 67,47% mulheres; 32,53% homens Tempo de experiência antes de assumir o cargo: 3,3 anos em média Principais cargos ocupados antes da contratação: assistente ambiental, analista de qualidade, analista ambiental Disponibilidade de vagas remotas: 9,62% Disponibilidade de vagas híbridas: 36,54%



Entenda se a reforma tributária vai deixar a carne mais barata


18/01/2025 07:01 - g1.globo.com


Economistas explicam que outros fatores têm mais peso no preço. Inclusão do alimento na cesta básica foi uma das principais polêmicas da reforma, que só vai ser totalmente implementada em 2033. Carne Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira (16) a primeira lei que regulamenta a reforma tributária e manteve as carnes de boi, frango, porcos, bodes e cabras com alíquota zero dentro da cesta básica nacional. 📆 Nada muda agora: a reforma tributária só vai ser totalmente implementada em 2033, depois de uma transição gradual que vai começar em 2026. Até por isso, economistas e tributaristas entrevistados pelo g1 entendem que não dá para afirmar que a carne vai ficar mais barata apenas por ser parte da cesta básica na reforma. Afinal, o preço da proteína não é decidido só por impostos: também pesam outros fatores, como o dólar, se existe mais ou menos oferta de carne no mercado e também a renda do consumidor. Até os eventos climáticos, como a seca, têm feito o alimento encarecer. Entenda mais abaixo. Como é hoje Atualmente, as carnes já são isentas de impostos federais, como o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é um tributo estadual, e do Imposto Sobre Serviços (ISS), municipal, pode variar de acordo com a localidade. Com a reforma tributária, todos esses impostos serão unificados. Para Cristiano Correa, professor de finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-SP), o objetivo não é baratear os produtos, mas tornar uma tributação complexa em algo simples. A tendência geral é que o imposto zerado para carnes se reflita no preço final e, consequentemente, beneficie o consumidor, diz Victoria Rypl, da Andersen Ballão Advocacia e especialista em direito tributário. Mas os empresários não são obrigados a repassar a isenção do imposto porque o tributo é um custo, assim como os materiais comprados para fazer o produto, o transporte, etc., complementa a advogada e professora de direito tributário na FGV-Rio Bianca Xavier. “Ele pode passar a redução do custo tarifário para o consumidor e diminuir o preço final do produto ou pode manter o preço e aumentar o seu lucro, já que seu custo foi menor”, explica. Ainda que haja repasse, em localidades onde o imposto é menor atualmente, essa isenção não deverá causar tanto impacto no preço final, avalia Cícero Zanetti, doutor em economia aplicada e pesquisador do FGV Agro. Rypl entende que pode existir impacto maior no estado de São Paulo, onde a tributação é mais alta. “Em São Paulo, por exemplo, é cobrado um ICMS de 11% sobre as carnes comercializadas para o consumidor final dentro do estado e 7% para as que saem do estado. Com a reforma e a isenção, provavelmente o seu preço vai diminuir”, diz a tributarista. CNA JOVEM: veja como se inscrever em programa de capacitação no agro Carne mais cara: entenda por que o preço subiu pelo terceiro mês consecutivo O que mais impacta no preço Para os entrevistados, o imposto pesa menos do que outros fatores no preço da carne. E é difícil prever os cenários para quando a reforma estará totalmente implementada, em 2033. A carne vem sofrendo seguidas altas atualmente. Em dezembro, o preço subiu pelo quarto mês consecutivo, acumulando uma inflação de 20,84% nos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). "Hoje, o que faz o preço da carne ter esse preço é uma série de outros fatores", diz Correa, do Ibmec-SP. Os principais fatores que levaram ao encarecimento foram uma oferta menor do produto frente a uma demanda maior da população, além das secas e queimadas, que prejudicaram os pastos. A menor oferta pode ser explicada por dois fatores principais. 💵Efeito dólar O dólar alto faz com que o mercado externo se torne mais atraente para os produtores, pontua Correa. “É uma matemática muito simples: o exportador vai preferir vender para quem vai pagar mais”. 🐮Ciclo de abates Existem períodos em que se abate mais ou menos gado. Esse ciclo é formado, basicamente, por duas fases: alta do ciclo - quando há uma expectativa de aumento nos preços do bezerro, os pecuaristas, em vez de abater as vacas, as mantêm nas fazendas para reprodução, movimento que provoca um aumento nas cotações dos bovinos (boi gordo, bezerro, novilhas, boi magro, vaca gorda, etc.). É o que acontece atualmente; baixa do ciclo - quando as projeções do preço do bezerro começam a cair, um volume maior de fêmeas é encaminhado para os abates. Isso amplia a quantidade de carne no mercado, gerando uma queda nas cotações dos bovinos. Apesar de o imposto zerado não significar que a carne vai ficar mais barata do que é hoje, ela pode se tornar mais em conta na comparação com outros produtos no supermercado, explica Zanetti, do FGV Agro. Isso porque alimentos que estarão fora da cesta básica e da lista de redução de 60% do imposto (caso do camarão, por exemplo) vão ser taxados 26,5%. Correa, do Ibmec, acredita que, mesmo se a carne ficar um pouco mais barata com a isenção, a elevação dos preços de outros alimentos deve deixar o sistema equilibrado. Assim, o poder de compra do consumidor deve ser manter similar ao que é hoje. "A pessoa que hoje não consegue comprar uma picanha, muito provavelmente vai continuar não conseguindo comprar", afirma. “A grande questão é que, se as carnes não tivessem ficado isentas, se não tivessem entrado na cesta básica, nós poderíamos ter um aumento dos preços”, avalia Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado. Até meados deste ano, a proposta da reforma tributária previa uma alíquota reduzida, de 10,6%, no imposto sobre as carnes. Mas, em julho, a Câmara dos Deputados incluiu a isenção das proteínas. Segundo cálculos da consultoria, se as carnes fossem tributadas como no projeto original, poderia haver um aumento de 9% a 10% no preço do produto para o consumidor. O impasse da carne na cesta básica A carne foi um dos principais pontos de impasse na discussão da reforma pelo Congresso ao longo dos últimos meses. Inicialmente, o grupo de trabalho que relatou a regulamentação não incluiu a proteína animal na cesta básica. O Ministério da Fazenda era contra a entrada, alegando que isso teria um impacto alto nas contas públicas e na alíquota do imposto unificado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, defendeu a isenção. "Sou daqueles que vou ficar feliz se eu puder comprar carne sem imposto, prometi na campanha que o povo ia voltar a comer picanha e tomar cerveja", disse Lula, em julho, pouco antes da votação da proposta. O PL, maior partido da oposição, pediu que esse item fosse votado separadamente no plenário da Câmara. Diante de uma iminente derrota, o governo cedeu e acatou a inclusão do item na cesta. Veja mais: Cor, cheiro e textura: você sabe o que analisar na hora de escolher a carne no mercado? Carne de baleia é leiloada pela primeira vez em décadas no Japão Carne de segunda? Conheça o shoulder, uma alternativa para um churrasco mais barato



Mega-Sena pode pagar R$ 3,5 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 38,5 milhões


18/01/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (18), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.817 da Mega-Sena e 217 da +Milionária. A +Milionária tem prêmio estimado em R$ 38,5 milhões. As chances de vencer na loteria são menores do que na Mega-Sena: para levar a bolada, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Veja os detalhes: +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. No sorteio da última quinta-feira (16), uma aposta de Indaiatuba (SP) ganhou sozinha o prêmio de R$ 37,3 milhões. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Governo cancela Bolsa Família de 1.199 candidatos eleitos nas eleições municipais


17/01/2025 19:59 - g1.globo.com

Famílias que tem como integrantes candidatos eleitos terão pagamento do Bolsa Família e do Auxílio Gás suspensos a partir deste mês. O governo federal anunciou, nesta sexta-feira (17), que 1.199 pessoas que recebiam o programa Bolsa Família foram retiradas da lista de beneficiários, após terem sido eleitas nas eleições municipais de 2024. A medida foi formalizada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (17). Segundo o documento, famílias beneficiárias com integrantes eleitos no pleito do ano passado terão os benefícios do Bolsa Família e do Auxílio Gás cancelados a partir deste mês de janeiro. Relatórios da CGU apontam problemas no Bolsa Família Além disso, famílias que não recebem o auxílio do governo, mas estão inscritas no CadÚnico e que incluam pessoas que são candidatos eleitos no pleito, não podem solicitar benefícios federais e estão proibidas de ingressar nos programas durante o período do mandato. Ao todo, a lista inclui famílias das seguintes regiões: Norte: 167 famílias Nordeste: 592 famílias Sudeste: 300 famílias Sul: 82 famílias Centro-Oeste: 58 famílias LEIA TAMBÉM Bolsa Família 2025: primeiro pagamento acontece ainda neste mês; veja datas Prazo para acompanhamento de saúde dos beneficiários é prorrogado até 17 de janeiro Governo informa ao STF que não tem meios de impedir uso de dinheiro do Bolsa Família em apostas esportivas Reforma no CadÚnico O sistema do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) passará por uma transformação em março de 2025, visando, principalmente, integrar dados e evitar fraudes. A mudança do CadÚnico, que funciona como um mapa das famílias de baixa renda no Brasil e ajuda gestores públicos a entender a realidade dessas pessoas, começou a ser implementada nas últimas semanas de 2024 e passará por uma fase de testes e treinamentos dos operadores do sistema nos dois primeiros meses de 2025. 🔎Já em março, o atual sistema do cadastramento será completamente desativado e todos os cadastros, novos cadastros e atualizações serão inseridos no novo sistema. A reformulação do sistema é liderada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Veja aqui as principais mudanças.



FMI melhora perspectiva de crescimento do Brasil em 2024 a 3,7% e mantém estimativa para 2025


17/01/2025 14:52 - g1.globo.com


Projeção do Fundo agora é melhor do que a do próprio governo, que em novembro projetou avanço de 3,3% do PIB em 2024, e também fica acima da estimativa do Banco Central, de 3,5%. Selo do Fundo Monetário Internacional (FMI) é visto do lado de fora de sua sede em Washington, DC Mandel Ngan/AFP O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a estimativa de crescimento da economia do Brasil em 2024 e manteve a perspectiva de desaceleração para 2025, mostraram novas estimativas divulgadas nesta sexta-feira. Na revisão de seu relatório "Perspectiva Econômica Global", o FMI elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 para 3,7%. A previsão anterior, de outubro, era de 3,0%. A projeção do FMI agora é melhor do que a do próprio governo, que em novembro projetou avanço de 3,3% do PIB em 2024, e também fica acima da estimativa do Banco Central do Brasil (BC), de 3,5%. O FMI manteve o cenário de desaceleração para 2,2% em 2025, mas reduziu a conta para 2026 em 0,1 ponto percentual, passando a ver uma expansão da economia também de 2,2%. O IBGE divulgará os dados do PIB do quarto trimestre e do acumulado de 2024 em 7 de março. No terceiro trimestre, a expansão do PIB ficou em 0,9% na comparação com os três meses anteriores. No acumulado do ano até setembro, o Brasil acumula crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023. A expectativa para o quarto trimestre é de desaceleração gradual da economia no final do ano passado depois de surpreender nos primeiros trimestres, em meio ao ciclo de aperto monetário realizado pelo Banco Central. Mas, mesmo diante da política monetária contracionista, a economia segue aquecida em meio a um mercado de trabalho saudável e aumento da renda, o que por sua vez gera pressão inflacionária. Na véspera, o BC informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,1% em relação ao mês anterior, em dado dessazonalizado, melhor do que a expectativa de estagnação. 'Prévia do PIB' tem expansão de 0,1% em novembro No final do ano passado, a autoridade monetária elevou a taxa de juros Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano, surpreendendo ao prever mais duas altas da mesma magnitude à frente. Os resultados esperados pelo FMI para o Brasil superam a perspectiva para o México, que deve crescer 1,8% em 2024, desacelerando a 1,4% em 2025 e depois indo a 2,0% em 2026. Com isso, o FMI calcula expansão da América Latina e Caribe de 2,4% no ano passado, indo a 2,5% e 2,7%, respectivamente, em 2025 e 2026. O cenário para o ano passado foi melhorado ante 2,1% antes, mas para os outros anos não houve alteração. A perspectiva para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, permaneceu em 4,2% para o ano passado e este, e subiu 0,1 ponto para 2026, para 4,3%. "Nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento, o crescimento em 2025 e 2026 deve igualar amplamente o de 2024", disse o FMI.



Concurso MPU: edital é retificado e número de vagas sobe para 172


17/01/2025 12:04 - g1.globo.com


Seleção vai preencher oportunidades para o cargo de analista e técnico. O processo seletivo está sendo organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Saiba mais sobre o concurso público do MPU O concurso público do Ministério Público da União (MPU), que está com inscrições abertas, teve a primeira retificação no edital publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (17). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. A principal mudança é no número de vagas. Anteriormente, eram ofertadas 152 oportunidades de nível superior para os cargos de técnico e analista. Agora, o número total passou para 172. ➡️ VEJA O EDITAL DE RETIFICAÇÃO A ampliação aconteceu nos cargos de técnico de Administração e Analista de Direito, que passaram a contar com 66 oportunidades cada. Inicialmente, eram previstas 56 vagas previstas para cada. Com isso, a distribuição ficou da seguinte forma: Os interessados em participar devem acessar o site da Fundação Getulio Vargas (FGV), a banca que está organizando o processo seletivo. As inscrições podem ser feitas até as 16h do dia 27 de fevereiro. Os candidatos devem se atentar à escolha da Unidade Federativa (UF) desejada, pois ela definirá tanto o local de trabalho e de realização da prova. O último concurso público do MPU aconteceu em 2018, onde foram inicialmente ofertadas 47 vagas, sendo: 11 para técnico de administração e 36 para analista em direito. Apesar do número baixo de oportunidades, o Ministério Público da União nomeou cerca de 1.939 participantes, sendo: 669 para o cargo de analista em direito e 1.270 para técnicos de administração. ➡️ VEJA O EDITAL COMPLETO Desse total, cerca de 1.502 candidatos tomaram posse dos cargos. Isso significa que, no concurso atual, existe a possibilidade de o MPU chamar mais participantes do que as 172 vagas previstas. O processo seletivo também tem oportunidades para cadastro reserva de pessoal. A jornada de trabalho dos aprovados é de 40 horas semanais. Do total de vagas a serem preenchidas, estão reservadas: 20% para negros (pretos e pardos); 10% aos candidatos com deficiência; 10% para minorias étnico-raciais (população indígena, quilombolas, ciganos, povos/comunidades tradicionais). Para o cargo de analista, a remuneração inicial é de R$ 13.994,78. As oportunidades são para graduados em direito, biblioteconomia, comunicação social, desenvolvimento de sistemas, enfermagem, antropologia, arquitetura, biologia, contabilidade, economia, engenharia, entre outros. Já para o cargo de técnico, o salário inicial é de R$ 8.529,65. As funções se restringem às áreas de administração, enfermagem e polícia institucional. Para participar do concurso, é necessário pagar uma taxa de inscrição que varia conforme o cargo, sendo: R$ 120 para analista e R$ 95 para técnico. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. O processo seletivo terá as seguintes etapas: Prova objetiva para todos os cargos, de caráter eliminatório e classificatório; Prova discursiva, exceto para o cargo de técnico do MPU/Polícia Institucional, de caráter eliminatório e classificatório; Teste de Aptidão Física apenas para o cargo de técnico do MPU/polícia Institucional, de caráter eliminatório; Avaliação médica apenas para o cargo de técnico do MPU/polícia Institucional, de caráter eliminatório; Programa de Formação Profissional apenas para o cargo de técnico do MPU/polícia Institucional, de caráter eliminatório e classificatório; Procedimento de Heteroidentificação e Avaliação Biopsicossocial para aqueles que concorrerem, respectivamente, à reserva de vagas para candidatos negros/minorias étnico-raciais e para candidatos com deficiência. As provas estão previstas para 4 de maio, em todas as capitais do país. Os participantes realizarão avaliações objetivas e discursivas, em turnos diferentes, de acordo com o cargo concorrido. O prazo de validade do concurso é de dois anos, contados da data da publicação da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. Quem tiver dúvidas poderá ter informações referentes ao concurso por meio do telefone 0800-283-4628 ou do e-mail concursompu2025@fgv.br. O participante deverá manter atualizados o endereço, e-mail e os contatos telefônicos com a FGV, enquanto estiver participando do concurso, até a data de divulgação do resultado final. Cronograma do concurso 📆 Inscrições: 13 de janeiro até 27 de fevereiro Solicitação para isenção da taxa de inscrição: 13 de janeiro até 15 de janeiro Data limite de pagamento das inscrições: 28 de fevereiro Aplicação das provas: 4 de maio LEIA MAIS 22 concursos públicos para ficar de olho em 2025, com salários de até R$ 17 mil Concurso da Embrapa tem mais de mil vagas, salários de até R$ 12,8 mil e mais: veja tudo o que se sabe Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso?



Dólar sobe e fecha a R$ 6,06, com expectativa por posse de Trump; Ibovespa avança


17/01/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda norte-americana avançou 0,20%, cotada a R$ 6,0655. O principal índice da bolsa de valores avançou 0,92% aos 122.350 pontos. Dólar Jornal Nacional/ Reprodução O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (17), negociado a R$ 6,06, com investidores na expectativa pela posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para a próxima semana. Dados de atividade e balanços corporativos também ficaram no radar. Na véspera, o escolhido de Trump para comandar o Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas propostas pelo republicano em sua agenda econômica devem ajudar a reduzir a inflação na maior economia do mundo, além de permitir que os salários dos trabalhadores aumentem. A expectativa é que o republicano anuncie uma série de ordens executivas e decretos assim que for empossado como presidente. As medidas devem impactar áreas como imigração e energia e os anúncios ficam na mira dos investidores, que agora tentam avaliar os primeiros passos de Trump em seu novo mandato. (Entenda mais abaixo) Ainda no exterior, o mercado avaliou novos indicadores de atividade na China e seguiu atento às notícias envolvendo um cessar-fogo entre Israel e Hamas. No Brasil, o destaque para a sanção, por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do primeiro projeto de lei que regulamenta a reforma tributária, aprovado pelo Congresso Nacional no fim do ano passado. O projeto detalha regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo criados pela reforma tributária, promulgada em 2023. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumula alta 27% no ano; Ibovespa tem recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar neste fim do ano O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar O dólar subiu 0,20%, cotado a R$ 6,0655. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,0904. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,59% na semana; recuo de 1,85% no mês e no ano. Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,48%, cotada a R$ 6,0532. Ibovespa O Ibovespa avançou 0,92%, aos 122.350 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 2,94% na semana; ganho de 1,72% no mês e no ano. Na véspera, o índice recuou 1,15%, aos 121.234 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? A expectativa pela posse de Trump como presidente dos Estados Unidos, prevista para a próxima semana, foi o principal mote dos negócios nesta sexta-feira (17). Investidores tentam avaliar quais os efeitos das medidas do republicano da política econômica do país. A previsão é que Trump anuncie uma série de decretos já nos primeiros dias de mandato. Na véspera, o novo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas de Trump devem ajudar a reduzir a inflação e a aumentar os salários dos trabalhadores nos Estados Unidos. Ele também reiterou que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve continuar independente, e defendeu sanções mais duras ao setor petrolífero da Rússia. "Os temas políticos vão se tornar cada vez mais relevantes, conforme temos os primeiros passos e movimentos do governo de Donald Trump", afirmou a estrategista de investimentos da XP Rachel de Sá durante live nesta sexta-feira. Do lado macroeconômico, os sinais recentes sobre a atividade dos Estados Unidos também seguem no radar. Na véspera, o país reportou dados mais fracos no segmento varejista, além de um aumento maior do que o esperado no número de pedidos de auxílio-desemprego — o que indica que a economia do país tem perdido força, mas de maneira gradual. Com isso, seguem as expectativas de que o Fed mantenha sua postura cautelosa na condução da política monetária norte-americana ao longo deste ano. A projeção da XP é que a instituição faça apenas mais dois cortes de juros em 2025. Ainda no exterior, investidores também avaliam uma série de indicadores macroeconômicos chineses. Durante a madrugada desta sexta-feira (horário de Brasília), o país reportou um crescimento de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, com aumento nos números de exportações, produção industrial e vendas no varejo. Apesar do crescimento em ritmo mais lento do que o observado no ano anterior, os dados reforçam a postura de Pequim, que vem tentando reestimular a economia do gigante asiático, que tem enfrentado dificuldades devido ao menor gasto dos consumidores e às pressões deflacionárias. Desde a pandemia da Covid-19, houve enfraquecimento do setor imobiliário — que costumava ser um dos principais motores da atividade comercial. Na agenda de indicadores, destaque para os números de produção industrial e do varejo nos Estados Unidos, além dos dados de inflação ao consumidor na zona do euro. Já por aqui, atenções para a aprovação do primeiro projeto de lei que regulamenta a reforma tributária pelo presidente Lula na véspera. O texto foi aprovado pela Câmara e pelo Senado em 2024. O texto estabelece "trilhas" para o funcionamento e as cobranças do novo sistema de tributação sobre produtos e serviços. O regime será totalmente implementado em 2033, depois de uma transição gradual iniciada em 2026. Cesta básica, nanoempreendedor, cashback, imposto do pecado: o que muda com nova lei da reforma tributária Além disso, ainda seguem no radar os desdobramentos acerca das polêmicas envolvendo o PIX. Após gerar uma repercussão negativa, o governo decidiu revogar o ato que ampliou as normas de fiscalização no sistema de pagamentos. A medida veio após uma enxurrada de fake news que invadiu as redes, dizendo que o PIX seria taxado, o que não é verdade. Integrantes da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — e até mesmo o próprio presidente — chegaram a gravar vídeos e dar declarações para esclarecer as medidas, mas não obtiveram sucesso. Além da revogação da norma, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também informou que o governo vai editar uma medida provisória para assegurar que as transferências realizadas por meio do PIX não possam ser tributadas. A MP também vai determinar que seja proibido diferenciar preços de produtos e serviços para o pagamento em dinheiro ou via PIX. *Com informações da agência de notícias Reuters



Concurso dos Correios: resultado preliminar é divulgado; veja como acessar


17/01/2025 11:01 - g1.globo.com


Mais de 1 milhão de pessoas realizaram as provas em dezembro. A seleção vai preencher 3.511 vagas imediatas em todos os estados brasileiros, com salários iniciais de até R$ 6,8 mil. Concurso dos Correios oferece mais de 3 mil vagas de nível médio e superior Joédson Alves/Agência Brasil Os resultados preliminares das provas objetivas do concurso público dos Correios, para o cargo de carteiro, foram divulgados nesta sexta-feira (17). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp As informações estão disponíveis no site dos Correios e do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), a banca responsável pela organização do processo seletivo. Para o cargo de analista de Correios, de nível superior, o resultado preliminar e o gabarito definitivo serão divulgados no dia 24 de janeiro. ➡️ Acesse os gabaritos oficiais do concurso dos Correios Além disso, o resultado da análise dos recursos contra as questões da prova objetiva do cargo de carteiro já está disponível (entenda como é feita a contestação das questões ou respostas). De acordo com a banca, não houve recursos procedentes. Por isso, o gabarito agora é definitivo. O resultado do procedimento de heteroidentificação (para pretos, pardos e indígenas) e a avaliação para pessoas com deficiência, que concorrem no cargo de carteiro, também estão disponíveis. Veja o edital do Resultado Preliminar da Prova Objetiva - Carteiro Veja o edital do Resultado Preliminar da Prova Objetiva - Nível Superior Mais de 1 milhão de pessoas realizaram as provas do concurso em dezembro. Esse é o maior concurso da estatal nos últimos 13 anos. O número de inscritos nesta edição foi de 1,6 milhão, o que faz com que a taxa de comparecimento tenha sido de 59,85%. O total de inscritos foi maior que o último concurso nacional da empresa em 2011, quando 1,1 milhão de pessoas se cadastraram para mais de 9 mil oportunidades. 📬 Mais de 3 mil vagas A seleção vai preencher 3.511 vagas imediatas, com salários iniciais de até R$ 6,8 mil. As oportunidades foram divididas em dois editais: 3.099 vagas são para o cargo de carteiro (agente de Correios), com salário inicial de R$ 2.429,26. Para a carreira, que é de nível médio, concorrem 93% (1.560.704) dos inscritos. 412 oportunidades são para analista de Correios, de nível superior, e têm salários iniciais de R$ 6.872,48. Cerca de candidatos 111.967 concorrem aos cargos de advogado, analista de sistemas, arquiteto, arquivista, assistente social e engenheiro. Do total de vagas a serem preenchidas, 30% são reservadas para negros (pretos e pardos) e indígenas, e 10% para pessoas com deficiência. Além da remuneração, que aumenta conforme o tempo de serviço e o mérito do funcionário, os Correios oferecem uma série de benefícios que ajudam a complementar a renda dos trabalhadores selecionados, como: Vale-alimentação/refeição: quase R$ 1,4 mil por mês. Vale-transporte: disponível para todos os funcionários. Plano de saúde: possibilidade de adesão. Auxílio-creche/auxílio-babá: até R$ 714,72 para empregadas com filhos menores de 7 anos. Reembolso de despesas para filhos dependentes de cuidados especiais: até R$ 1.030,58. Adicional de atividades externas: 30% do salário-base (inicialmente R$ 728). Adicional por serviço no fim de semana: 15% do salário-base pelas horas trabalhadas. Gratificação de "quebra de caixa": R$ 267,64 para quem atua em guichês de agências. As vagas ofertadas estão distribuídas em cidades de todo o país, e os candidatos vão concorrer somente com os inscritos da mesma localidade, selecionada no momento da inscrição. (veja o mapa) ➡️ No caso do cargo de carteiro, as vagas foram divididas em "macrorregiões", que receberam o nome de uma cidade, mas englobam vários municípios naquela área. É possível ver essa relação no Anexo II do edital. ➡️ Já para as carreiras de nível superior, as oportunidades estão distribuídas nas superintendências estaduais (SE) dos Correios. São 28, no total, em todos os estados brasileiros. O prazo de validade do concurso dos Correios será de um ano a partir da data de homologação do resultado final, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. G1 em 1 Minuto: Concurso dos Correios: o que faz o carteiro 📝 O maior concurso dos últimos 13 anos Os Correios não realizavam um concurso público em âmbito nacional desde 2011, quando 1,1 milhão de pessoas se inscreveram para mais de 9 mil oportunidades. Nesta edição, o processo preencherá mais de 3,5 mil vagas. No entanto, os sindicatos alegam que essa quantia não é suficiente para suprir o déficit de mão de obra na empresa. Recentemente, inclusive, a estatal abriu um Programa de Desligamento Voluntário (PDV), que viabilizou a saída de trabalhadores. Por isso, especialistas em concursos públicos acreditam que um número bem maior de candidatos será chamado para ocupar os cargos nos próximos meses, apesar de os editais publicados não especificarem oportunidades de cadastro reserva. Ainda em 2024, a empresa também abriu as inscrições para outro concurso, com 33 vagas e salários iniciais de até R$ 6,8 mil. As oportunidades eram para cargos da área de medicina e segurança do trabalho. Correios lançam edital pra mais de 3 mil vagas com salários de até R$ 6 mil



INSS suspende por seis meses bloqueio de benefícios para quem estiver sem 'prova de vida'


17/01/2025 10:41 - g1.globo.com


Desde 2023, comprovação de vida é feita pelo próprio INSS cruzando dados públicos; quando análise falha, beneficiário pode ser convocado. Órgão diz que está aprimorando sistemas. Foto ilustrativa do INSS INSS/Divulgação O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu, por seis meses, a possibilidade de bloquear pensões, aposentadorias e benefícios de quem não tiver a "prova de vida". A regra foi publicada no "Diário Oficial da União" nesta sexta-feira (17) e já está em vigor. 👨‍⚕️ A prova de vida é uma checagem periódica para comprovar que a pessoa está viva e pode continuar recebendo o benefício do INSS a que tem direito. Desde 2023, a prova de vida é de responsabilidade do INSS – que comprova a situação do beneficiário ao cruzar outros bancos de dados do governo (CPF, RG e passaporte, por exemplo). Se houver dúvida ou não for possível cruzar dados, no entanto, o INSS pode convocar o beneficiário a se apresentar presencialmente em uma agência ou a passar por perícia médica (presencial ou remota). Segundo o INSS, o adiamento foi necessário porque a própria instituição está aperfeiçoando o cruzamento de dados para chegar ao maior número de beneficiários – e, com isso, reduzir o número de convocações. Ainda de acordo com o órgão, as regras sobre a "prova de vida" não mudaram para este ano. Ou seja: a responsabilidade de comprovar que o beneficiário está vivo e apto a seguir recebendo é do próprio INSS, e não do aposentado ou pensionista. INSS anuncia que vai adotar medidas para acelerar a concessão de aposentadorias e outros benefícios



É #FAKE que bancos deverão limitar saques em espécie a partir do segundo semestre


17/01/2025 09:00 - g1.globo.com


Página falsa imita a aparência do g1, que não publicou reportagem com esse título ou conteúdo. Febraban alerta que informação não é verdadeira e não há nenhuma perspectiva de limitação de saques em espécie. Banco Central reforça que alegação é falsa. É #FAKE print que diz que bancos deverão limitar saques em espécie a partir do segundo semestre Reprodução Circula nas redes sociais um print que imagem que imita aparência do g1 em um conteúdo com o título "Bancos deverão limitar saques em espécie a partir do segundo semestre". É #FAKE. selo fake g1 O que diz o conteúdo falso 🛑 O título da página mentirosa é este: "Bancos deverão limitar saques em espécie a partir do segundo semestre". 🛑 E o subtítulo continua: "Limite mensal para saques será de 2 mil reais para pessoas físicas e até 5 mil reais para pessoas jurídicas. Governo alega que é pra evitar evasão fiscal". Fato ou Fake: a checagem passo a passo ▶️ O g1 nunca publicou uma reportagem com esse título ou esse conteúdo. A imagem é uma montagem. Comuns em publicações mentirosas, erros gramaticais e de padrão denunciam a fraude. ▶️ As alegações contidas na imagem falsa também não procedem. O Fato ou Fake mostrou peça de desinformação para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que desmentiu o conteúdo. "A informação não é verdadeira. Não há nenhuma perspectiva de limitação de saques em espécie em momento algum", informou a Febraban, por e-mail. ▶️ Consultado pelo Fato ou Fake, o Banco Central alertou, também por e-mail, que a alegação é falsa. ▶️ A Secretaria de Comunicação da Presidência da República divulgou uma nota para desmentir que o governo federal tenha limitado saques em dinheiro. O comunicado explica que a Constituição Federal proíbe a edição de medida provisória que vise a detenção ou sequestro de bens, poupança ou qualquer outro ativo financeiro, além de afastar o risco de confisco de contas. É #FAKE print que diz que bancos deverão limitar saques em espécie a partir do segundo semestre Reprodução VÍDEOS: Fato ou Fake explica VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)



PIB da China cresce 5% em 2024 impulsionado por exportações e atinge meta do governo


17/01/2025 08:37 - g1.globo.com


Resultado do último trimestre e ano passado completo foram divulgados nesta sexta-feira (17). População chinesa teve redução de 1,39 milhão de pessoas no ano passado. PIB da China cresce 5% em 2024, mas em ritmo mais lento em décadas A economia da China cresceu 5% em 2024 impulsionada pelas exportações e medidas de estímulo, informou nesta sexta-feira (17) a agência de notícias Associated Press (AP). Apesar do ritmo mais lento que no ano anterior, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) está alinhado com o objetivo do governo do país. No recorte trimestral, a economia cresceu 5,4% entre outubro a dezembro, de acordo com o governo. As exportações aceleraram após empresas e consumidores se apressarem para se antecipar a possíveis aumentos de tarifas que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia impor aos produtos chineses. “A economia nacional foi estável em geral, com progresso constante, e foram alcançados novos avanços no desenvolvimento de alta qualidade”, apontou o relatório do Bureau Nacional de Estatísticas. “Em especial, com um pacote de políticas gradativas implementadas oportunamente, a confiança social foi realmente fortalecida e a economia se recuperou de forma notável”, indicou o relatório. A manufatura foi um motor forte para o crescimento em 2024, com um salto de 5,8% na produção industrial em relação ao ano anterior. As vendas totais no varejo de bens de consumo cresceram 3,5%. As exportações aumentaram 7,1% em termos anuais, enquanto as importações cresceram 2,3%. A segunda maior economia do mundo tem enfrentado dificuldades devido ao menor gasto dos consumidores e às pressões deflacionárias. Desde a pandemia da Covid-19, houve enfraquecimento do setor imobiliário — que costumava ser um dos principais motores da atividade comercial. A economia chinesa cresceu a uma taxa anual de 5,2% em 2023. Segundo a agência, economistas preveem que ela desacelerará ainda mais nos próximos anos. No recorte trimestral, a economia cresceu 5,4% entre outubro a dezembro, de acordo com o governo Getty Images População diminuindo A população da China também está envelhecendo e diminuindo, o que adiciona pressões ao crescimento. O governo informou nesta sexta-feira que o número de habitantes caiu pelo terceiro ano consecutivo em 2024, para 1,408 bilhão no final do ano, uma diminuição de 1,39 milhão em relação ao ano anterior. O crescente custo de vida tem levado os jovens a adiar ou descartar o casamento e a maternidade, enquanto buscam educação superior e carreiras, acentuando o impacto das políticas de controle de natalidade, que há muito tempo limitam a maioria das famílias a um único filho. Medidas adotadas O Partido Comunista governante implementou uma série de medidas de estímulo, incluindo a redução dos percentuais obrigatórios de reservas que os bancos devem ter, cortes nas taxas de juros e a alocação antecipada de bilhões do orçamento de 2025 para financiar projetos de construção. O governo ordenou aos bancos que emprestassem aos desenvolvedores imobiliários endividados, que ficaram sobrecarregados de dívidas após as autoridades reprimirem as solicitações excessivas de empréstimos. Pequim também expandiu um programa de troca para bens de consumo e aumentou os salários de milhões de trabalhadores do governo para estimular a demanda interna. Enquanto isso, as redes de segurança social limitadas fazem com que as famílias economizem em vez de gastar, e a queda nos preços das habitações e os fracos preços das ações prejudicaram a riqueza das famílias, agravando o problema.



CNU: participante que se declara negro é impedido de acessar sistema de cotas e aciona justiça; entenda o caso


17/01/2025 06:00 - g1.globo.com


Em nota, o Ministério da Gestão diz que seguiu todo o procedimento legal referente ao procedimento de heteroidentificação. A Fundação Cesgranrio afirma que a etapa foi realizada de forma presencial, com filmagens para ser utilizadas na análise de recursos. Gustavo Amora teve sua candidatura indeferida pela banca de heteroidentificação do CNU. Arquivo Pessoal Militante do movimento negro e servidor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Gustavo Amora precisou entrar na justiça após ser impedido de concorrer as vagas reservadas para pessoas negras do Concurso Nacional Unificado (CNU). A negativa veio após o servidor passar pelo procedimento de heteroidentificação – etapa que verifica os traços físicos dos candidatos que se autodeclaram pretos ou pardos para evitar possíveis fraudes. Inscrito para as vagas do Bloco 4, de Trabalho e Saúde do Servidor, Gustavo foi convocado para a fase de heteroidentificação após ser aprovado nas provas objetiva e discursiva do concurso. Depois da primeira negativa, o servidor entrou com recurso administrativo na própria página da Fundação Cesgranrio – a banca que está organizando a seleção. Como resposta, ele apenas recebeu a mensagem de “não enquadrado”. Ele segue concorrendo a uma vaga, mas na disputa de ampla concorrência. Junto com advogados, Gustavo entrou com um pedido liminar para reinclusão no regime de cotas, que foi negado pela Justiça Federal em primeira instância. Agora, a defesa do servidor vai recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Ainda como estudante, Gustavo fez parte da implementação do sistema de cotas na Universidade de Brasília (UnB), antes da aprovação da lei nacional. Além disso, o servidor também já foi jurado em outras bancas de heteroidentificação. "Meu histórico fala por si: eu sou uma pessoa negra, reconhecida socialmente, e profundamente engajado na luta contra o racismo no Brasil. Essa decisão não só me prejudica, mas ameaça o próprio sistema de cotas", afirma o candidato. Gustavo Amora entrou na justiça após ser impedido de acessar o sistema de cotas do CNU. Arquivo Pessoal Adriane Fauth, advogada do servidor, explica que esse não é o único caso de exclusão com falta de justificativa parte da Fundação Cesgranrio. Além disso, a defesa ressalta que isso costuma ser um “hábito” das bancas de concursos públicos. Segundo a advogada, essa é uma situação de “ilegalidade que se perpetua”. “Esse é um problema que a gente enfrenta não apenas no CNU, mas em todos os concursos públicos que há essa avaliação de heteroidentificação”, explica. "Hoje, não sabemos quais são as características analisadas. Em relação ao cabelo, o que eu considero como o cabelo de pessoa preta e parda? E se o participante não atende a esse requisito, mas todas as outras características estiverem presentes? Ele vai ser eliminado?", questiona a defesa. Em nota enviada ao g1, o Ministério da Gestão informou que todo procedimento de heteroidentificação seguiu “o regramento legal pertinente”, conforme a Instrução Normativa de 2023 que detalha o trabalho das bancas. (veja a nota completa abaixo) Segundo o edital do CNU, “não serão considerados quaisquer registros ou documentos pretéritos eventualmente apresentados, inclusive imagem e certidões referentes a confirmação em procedimentos de heteroidentificação”. O documento ainda estabelece que “a comissão de heteroidentificação utilizará exclusivamente o critério fenotípico [avaliação das características físicas visíveis de um indivíduo] para aferição da condição declarada pelo candidato”. Já a Fundação Cesgranrio disse que etapa “foi realizada de forma presencial mediante utilização de recursos de tecnologia de comunicação”. A empresa afirma que o procedimento “foi filmado e fotografado para ser utilizado na análise de recursos”. (veja a nota completa abaixo) LEIA TAMBÉM: Quem é pardo para os comitês que decidem quais alunos podem entrar nas universidades por cotas raciais? Entenda quais foram os significados de 'pardo' nos últimos 80 anos e como isso dificultou a identificação racial do Brasil O que diz o Ministério da Gestão? O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) informa que as Comissões de Heteroidentificação do CPNU são organizadas pela Fundação Cesgranrio, banca responsável pelo certame. Todo o procedimento seguiu o regramento legal pertinente, descrito no item 3.4 e subitens dos editais, que estabelecem que os candidatos que desejam concorrer às vagas reservadas a pessoas negras devem passar pelo procedimento de heteroidentificação, conforme previsto na Portaria Normativa MPDG n° 4/2018 e na Instrução Normativa MGI n° 23/2023. Esses normativos seguem o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconhece que as bancas de heteroidentificação são parte essencial do processo seletivo (conforme entendimento do da ADC/STF 41/2017 referente a Lei de Cotas (Lei n.º 12.711/2012). Assim, de acordo com a Instrução Normativa MGI n° 23/2023, as Comissões de Heteroidentificação do CPNU utilizam exclusivamente o critério fenotípico para aferição da condição declarada pelo candidato de pessoa negra (preta ou parda), não sendo aceitos registros, declarações ou documentos, seja do próprio candidato ou de ancestrais, como aptos a comprovar o direito à cota. Os procedimentos de heteroidentificação estão sendo realizados nas 228 cidades onde ocorreu a aplicação de realização do CPNU. A Comissão de Heteroidentificação é composta por cinco integrantes e seus suplentes, garantida a diversidade em sua composição. Por sua vez, os recursos às decisões das Comissões de Heteroidentificação são analisados por um Comissão Recursal composta por três membros distintos dos membros da Comissão de Heteroidentificação. Os recursos são avaliados pela Comissão Recursal considerando a filmagem do procedimento de heteroidentificação, o conteúdo do recurso elaborado pelo candidato e o parecer emitido pela Comissão de banca de Heteroidentificação. Comissão de Heteroidentificação deverá ser composta por cinco membros e seus suplentes, garantindo a diversidade das pessoas que a integram quanto ao gênero, à cor e, sempre que possível, à origem regional. A Comissão deverá ser composta por pessoas de reputação ilibada; residentes no Brasil; que tenham participado de oficina ou curso sobre a temática da promoção da igualdade racial e do enfrentamento ao racismo; e preferencialmente experientes na temática da promoção da igualdade racial e do enfrentamento ao racismo. Os cargos e currículos de todos os membros estão disponíveis no link. Vale destacar que a IN 23, mantem resguardado o sigilo dos nomes das pessoas que integram a comissão de heteroidentificação, podendo ser disponibilizados aos órgãos de controle interno e externo, se requeridos. Conforme IN 23, as Comissões de Heteroidentificação do CPNU utilizam exclusivamente o critério fenotípico para aferição da condição declarada pelo candidato de pessoa negra (preta ou parda). Ainda conforme Edital do CPNU, teor do parecer motivado da Comissão de Heteroidentificação será de acesso restrito, seguindo o disposto na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (art. 31 da Lei nº 12.527, de 18/11/2011). O que diz a Fundação Cesgranrio? A inclusão social é um valor essencial, especialmente em processos seletivos que visam garantir oportunidades equitativas para todos. Um dos mecanismos que reforça essa equidade é a etapa de heteroidentificação, destinada aos candidatos que se autodeclaram negros nas cotas raciais, classificados na fase anterior. Importante destacar que o procedimento pode ocorrer em qualquer fase do concurso, desde que anterior à homologação do resultado final ou à convocação. Essa fase adicional é realizada por uma banca composta por cinco especialistas e seus suplentes, é fundamental respeitar a diversidade de raça, gênero e sempre que possível regionalidade para atender a INSTRUÇÃO NORMATIVA MGI Nº 23, DE 25 DE JULHO DE 2023 A Cesgranrio tem um papel ativo na formação das bancas de heteroidentificação, oferecendo cursos de formação que já habilitaram mais de 3.000 colaboradores em todo o Brasil. Essas capacitações garantem que os profissionais estejam preparados para conduzir as avaliações com responsabilidade, sensibilidade e total transparência, sempre comprometidos com o rigor técnico e a promoção da igualdade racial. Diferente do passado, quando as avaliações consideravam aspectos genéticos, hoje, a avaliação se baseia no fenótipo, ou seja, nas características físicas visíveis dos candidatos, que os tornou alvo de discriminação ao longo da vida. Oscar Cunha, gerente executivo de concursos da Fundação Cesgranrio, destaca que a análise dos candidatos segue critérios rigorosos e objetivos, alinhados às diretrizes estabelecidas pela Instrução Normativa de 2023. “Esse processo garante que as cotas sejam aplicadas de maneira justa e que o acesso às políticas de inclusão seja direcionado para aqueles que, de fato, enfrentam os desafios históricos decorrentes do racismo estrutural.” O processo de heteroidentificação do CPNU foi realizado de forma presencial mediante utilização de recursos de tecnologia de comunicação. Em todos os locais a etapa foi filmada e fotografada para que a gravação e imagens possam ser utilizadas na análise de eventuais recursos interpostos contra a decisão da comissão. A Cesgranrio reafirma seu compromisso com a promoção da diversidade, da igualdade e da construção de uma sociedade mais inclusiva por meio de processos transparentes e justos. Ministério da Gestão divulga novo cronograma do 'Enem dos Concursos'



O que são nanoempreendedores? Lei da reforma tributária cria nova categoria de trabalhadores


17/01/2025 05:00 - g1.globo.com


Projeto prevê a unificação de impostos sobre o consumo e isenção da taxação de profissionais com receita bruta anual inferior a R$ 40,5 mil. Entenda o que são nanoempreendedores Um passo importante para quem trabalha por conta está previsto no projeto de regulamentação da reforma tributária, sancionada nesta quinta-feira (16). Foi criada uma nova categoria de empreendimentos que será isenta da cobrança dos novos impostos: os nanoempreendedores. Esse grupo será formado por pessoas físicas que operam em pequena escala e possuem uma receita bruta anual inferior a R$ 40,5 mil (metade do limite dos MEIs, os microempreendedores individuais). 🧑‍🌾 Trabalhadores informais, como vendedores, ambulantes, jardineiros, cozinheiros, artesãos e agricultores familiares, são alguns dos exemplos que se enquadram nessa categoria. Profissionais autônomos em setores informais, como mototaxistas, também podem ser incluídos. LEIA MAIS Lula sanciona com vetos primeira lei que regulamenta a reforma tributária Cesta básica, cashback, imposto do pecado: o que muda com nova lei Os nanoempreendedores não pagarão o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual criado pela reforma tributária, que entra no lugar do ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI. A ideia é garantir que pequenos empreendedores não sejam sobrecarregados com impostos que não conseguem pagar, evitando que continuem na informalidade, explica o advogado tributarista Carlos Schenato. A isenção, porém, não significa que esses negócios não pagarão nenhum imposto a partir de 2026, quando a reforma começa a entrar em vigor. Outros tributos, como contribuições previdenciárias e impostos sobre a propriedade, ainda podem ser cobrados. ➡️ Os Microempreendedores Individuais (MEIs) não se enquadram nessa nova categoria, pois o limite de receita bruta anual para MEIs é maior, até R$ 81 mil, apesar de estarem no regime do Simples Nacional, que também unifica impostos. Profissões vedadas de aderir ao regime do MEI, como advogados, arquitetos, contadores, dentistas, engenheiros, jornalistas, publicitários, médicos, psicólogos, entre outras, também não poderão se caracterizar como nanoempreendedores, pontua Luis Claudio Yukio, especialistas em direito tributário. A situação é diferente com motoristas e entregadores de aplicativos, que poderão integrar a categoria, mas sob um regime especial. Devido aos elevados custos operacionais dessas atividades, apenas 25% do faturamento bruto será considerado como receita para fins de enquadramento. Assim, para se qualificar, esses profissionais poderão ter um faturamento anual de até R$ 162 mil, desde que os 25% correspondam a R$ 40,5 mil ou menos. Atualmente, os motoristas e entregadores enfrentam dificuldades com impostos, pois as regras não se adaptam bem às suas atividades, ressalta o advogado Leonardo Roesler. Eles podem se formalizar como MEI, pagando uma taxa fixa mensal que inclui contribuições para o INSS e taxas locais, garantindo benefícios como aposentadoria e auxílio-doença. No entanto, muitos ultrapassam o limite de faturamento anual e precisam mudar para regimes mais complexos e caros. Entenda o que muda com a Reforma Tributária Regime simplificado O regime dos nanoempreendedores promete ser mais simplificado, com menos burocracia e foco na autodeclaração. Não será exigida a emissão de notas fiscais em todas as transações, reduzindo custos administrativos, afirma Roesler. Outra diferença é que o nanoempreendedor não precisa registrar uma personalidade jurídica, atuando como pessoa física. Em contraste, o MEI e outras modalidades, como Empresário Individual (EI), exigem a obtenção de um CNPJ. 🔎 E qual sistema o governo utilizará para qualificar empreendedores como nanoempreendedores? O controle será realizado por meio de sistemas integrados de cadastramento e monitoramento do faturamento anual dos empreendedores, explica Schenato. É provável que o governo utilize plataformas digitais específicas para essa categoria ou otimize o sistema já existente para o MEI (Microempreendedor Individual). "Os nanoempreendedores deverão comprovar o limite de receita através de declarações periódicas. Além disso, ferramentas de cruzamento de dados com instituições financeiras e sistemas de arrecadação fiscal poderão ser implementadas para prevenir fraudes", pontua. A Receita Federal já tem sistemas como o e-Social e o Portal do Simples Nacional, que podem ser adaptados para incluir esses nanoempreendedores. Ambulante com seu carrinho em Itanhaém, SP: nanoempreendedor poderá ter receita bruta anual inferior a R$ 40,5 mil. Prefeitura de Itanhaém Pontos de atenção Em resumo, a criação da categoria de nanoempreendedores visa inclusão econômica e alívio da carga tributária. Para Roesler, isso pode reduzir a informalidade, aumentar o consumo e a atividade econômica local, e promover justiça fiscal ao isentar contribuintes com baixa capacidade econômica. No entanto, a isenção pode gerar perdas fiscais e criar o "efeito trava", em que os empreendedores evitam expandir seus negócios para não perder os benefícios fiscais, alerta o advogado. "O sucesso dependerá de mecanismos eficientes de controle, tetos realistas de faturamento e incentivos graduais para evitar o 'efeito trava'. Se bem implementada, a categoria pode gerar benefícios sociais e econômicos, contribuindo para um sistema tributário mais justo", completa o advogado. Entenda mais sobre a reforma tributária O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira (16) a primeira lei que regulamenta a reforma tributária. O projeto sancionado detalha regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo criados pela reforma tributária, promulgada em 2023. A alíquota dos novos impostos unificados sobre o consumo deve ser de cerca de 28%. A regulamentação cria "trilhas" para a implementação do novo sistema de tributação, que será totalmente implantado até 2033, após uma transição gradual iniciada em 2026. No primeiro ano, não haverá cobrança dos novos tributos, apenas uma alíquota-teste. Algumas das principais mudanças previstas na reforma são: Unificar vários impostos sobre o consumo em dois principais: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Criar o Imposto Seletivo, também chamado de "imposto do pecado", que incidirá sobre produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como bebidas açucaradas, veículos automotores, bebidas alcoólicas e cigarros. Estabelecer alíquota zero para carnes, frangos e peixes e itens da cesta básica nacional. Tributar operações imobiliárias com CBS e IBS. Aluguéis abaixo de R$ 240 mil anuais não serão tributados.



ICMBio reabre inscrições para concurso com 350 vagas e salários de até R$ 8,8 mil; veja como participar


17/01/2025 03:00 - g1.globo.com


Interessados têm até o dia 27 de janeiro para se inscrever. As oportunidades são para os cargos de analista administrativo e analista ambiental. Seleção para o ICMBio vai preencher oportunidades para Analista Administrativo e Analista Ambiental. Bruno Bimbato/Divulgação As inscrições para o concurso público do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) serão reabertas nesta sexta-feira (17), às 10h. A seleção vai preencher 350 vagas de nível superior, com remuneração inicial de até R$ 8,8 mil. A alteração no cronograma foi divulgada na última terça-feira (14). Agora, os interessados terão até as 18h do dia 27 de janeiro para se inscrever. (veja o novo cronograma abaixo) Por conta da mudança, as provas objetivas e discursiva, que seriam aplicadas no dia 23 de fevereiro, foram adiadas para o dia 30 de março. ➡️ VEJA O EDITAL DE RETIFICAÇÃO ✅ Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp O concurso vai preencher 350 vagas de nível superior, com remuneração inicial de até R$ 8,8 mil. As oportunidades são para os cargos de analista administrativo (120 vagas) e analista ambiental (230 vagas), distribuídas por várias regiões do país e na sede de empresa, em Brasília (DF). A jornada de trabalho dos aprovados é de 40 horas semanais. Do total de vagas a serem preenchidas agora, 20% são reservadas para negros (pretos e pardos) e indígenas, e 5% para pessoas com deficiência. A distribuição ficou da seguinte forma: Como se inscrever? Para se inscrever, os interessados devem acessar o site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) – banca organizadora do processo seletivo. A taxa de inscrição é de R$ 93 para o cargo de analista administrativo e de R$ 99 para analista ambiental. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. As provas objetivas e discursivas serão aplicadas em todas as capitais do país no período da tarde, impedindo que os candidatos possam concorrer aos dois cargos. A realização do concurso já havia sido autorizada pelo Ministério da Gestão em agosto. A última seleção da empresa aconteceu em 2021, quando foram preenchidas 171 vagas em cargos de nível médio e superior. Cronograma do concurso 📆 Reabertura das Inscrições: 17/01 a 27/01/2025 Data limite de pagamento das inscrições: 14/2/2025 Divulgação dos locais de provas: 17/3/2025 Aplicação das provas: 30/3/2025 Consulta individual aos gabaritos preliminares das provas objetivas: 1º a 3/4/2025 Divulgação preliminar da prova discursiva: 1º/4/2025 Divulgação dos Gabaritos: 4/4/2025 Resultado final das provas objetivas e provisório da prova discursiva: 30/4/2025 LEIA MAIS Concurso da Embrapa: inscrições terminam nesta terça; são 1.027 vagas e salário de até R$ 12,8 mil MPU abre inscrições para concurso com 152 vagas e salários de até R$ 13,9 mil; veja como participar Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso?



Concurso da Embrapa encerra inscrições nesta sexta; são 1.027 vagas e salários de até R$ 12,8 mil


17/01/2025 03:00 - g1.globo.com


O prazo para de inscrição iria se encerrar na última terça-feira (14), mas foi adiado pela empresa, que não realizava concurso nacional desde 2009. Embrapa publica edital de concurso com 1.027 vagas e salário de até R$12,8 mil As inscrições para o concurso público da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) terminam nesta sexta-feira (17), às 18h. Ao todo, estão sendo ofertadas 1.027 vagas em todos os níveis de escolaridade, com remuneração inicial de até R$ 12,8 mil. As oportunidades são os cargos de pesquisador, analista, assistente e técnico. ➡️ VEJA O EDITAL DE RETIFICAÇÃO Os interessados em participar devem acessar o site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), banca organizadora do processo seletivo. O prazo para de inscrição iria se encerrar na última terça-feira (14), mas foi adiado pelo órgão. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. A empresa não realizava um concurso público em âmbito nacional desde 2009. Até 2014, o órgão ainda convocava as pessoas que estavam na lista de reserva. O novo concurso já havia sido anunciado pelo presidente da instituição no ano passado. ➡️ VEJA O EDITAL COMPLETO O processo seletivo tem vagas para áreas já consolidadas na Embrapa, como advocacia, desenvolvimento humano, entomologia, recursos florestais, transferência de tecnologia, pedologia, melhoramento genético, entre outras. Outras, porém, são demandas que surgiram ou ganharam mais evidência ao longo da última década, com biologia sintética e ciências ômicas, ciência de dados, instrumentação em fotônica, nanotecnologia, inovação social e governança sustentável (ESG). As oportunidades estão divididas da seguinte forma: 719 vagas para ampla concorrência, 103 vagas para pessoas com deficiência (PCDs) e 205 vagas para pessoas pretas e pardas, além do cadastro de reserva. Desse total, são: 404 vagas para analista; 319 vagas para pesquisador; 242 vagas para técnico; 62 vagas para assistente; O cargo de assistente tem como requisito o nível fundamental incompleto (no mínimo 5º ano), com salário inicial de R$ 2.186,19. Já para técnico é exigido nível médio ou técnico (conforme a especialidade), com remuneração de R$ 5.556,81. Para analista, é preciso ter o nível superior nas áreas determinadas no edital, com ganhos iniciais de R$ 10.921,33. Por fim, quem escolher atuar como pesquisador é necessário ter mestrado em áreas específicas, com salário inicial de R$ 12.814,61. Veja abaixo a distribuição. Além da remuneração, os funcionários receberão benefícios como assistência médica, auxílio alimentação/refeição, seguro de vida, seguridade social, auxílio pré-escola, auxílio para filhos com deficiência mental, entre outros. Os aprovados poderão atuar na sede da empresa, em Brasília (DF), ou em uma das 43 unidades distribuídas pelo país. Segundo a Embrapa, as oportunidades são separadas em 189 áreas e subáreas de atuação, chamadas de "opções" no edital. ➡️ "Opção" = Conjunto formado por Cargo/Área/Subárea e deve ser indicado no momento da inscrição. Exemplo: Pesquisador/Ciências Agrárias/Sanidade Aquícola. Durante as inscrições, os candidatos escolhem o cargo e localidade na qual querem trabalhar, mas podem ser convocados para qualquer unidade da Embrapa com vagas disponíveis. A divisão completa consta no anexo II do edital. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais. A taxa de inscrição varia conforme o cargo: Pesquisador: R$ 170; Analista: R$ 150; Técnico: R$ 80; Assistente: R$ 60. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. O processo seletivo terá as seguintes etapas: Prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, para todos os cargos. Prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório, somente para o cargo de Pesquisador e algumas especialidades do cargo de Analista, Defesa de memorial e apresentação de projeto de pesquisa, de caráter classificatório, somente para o cargo de Pesquisador; Prova prática, de caráter eliminatório e classificatório, somente para algumas especialidades do cargo de Técnico; Avaliação de títulos, de caráter classificatório, somente para o cargo de Pesquisador. As provas objetivas e discursivas estão previstas para o dia 23 de março de 2025, em todas as capitais do país e nas cidades com unidades da Embrapa. Os locais de aplicação das avaliações estão descritos no anexo III do edital. Cronograma do concurso 📆 Inscrições: 16/12/2024 até 17/01/2025 às 18h Data limite de pagamento das inscrições: 4/2/2025 Divulgação dos locais de provas: 07/03/2025 Aplicação das provas: 23/03/2025 Divulgação dos Gabaritos: 28/03/2025 Divulgação do resultado final das provas objetivas: 22/04/2025 LEIA MAIS MPU publica edital com 152 vagas e salários de até R$ 13,9 mil; veja como participar 22 concursos públicos para ficar de olho em 2025, com salários de até R$ 17 mil Veja dicas de como estudar para concurso Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso?



Mega-Sena, concurso 2.816: aposta de Indaiatuba (SP) ganha sozinha prêmio de R$ 37,3 milhões


16/01/2025 23:02 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 04 - 17 - 19 - 20 - 40 - 48. Quina teve 63 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 46.245,21. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.816 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (16), em São Paulo. Uma aposta de Indaiatuba (SP) acertou as seis dezenas e vai levar sozinha o prêmio de R$ 37.397.174,16. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp De acordo com a Caixa Econômica Federal, o ganhador realizou uma aposta simples, de seis números. O jogo foi feito presencialmente, em uma lotérica da cidade. Veja os números sorteados: 04 - 17 - 19 - 20 - 40 - 48 5 acertos - 63 apostas ganhadoras: R$ 46.245,21 4 acertos - 4.876 apostas ganhadoras: R$ 853,58 O próximo sorteio da Mega será no sábado (18). Mega-Sena, concurso 2.816 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Governo pede que PF apure uso indevido do CPF de Haddad em meio a fake news sobre PIX


16/01/2025 20:41 - g1.globo.com


Suspeita é que grupo queria alegar que Haddad teria movimentações maiores do que sua remuneração e com isso dar a entender que ele estaria no radar da Receita Federal para fiscalização. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em café da manhã com jornalistas Diogo Zacarias/MF O Ministério da Fazenda pediu que a Polícia Federal investigue o compartilhamento indevido do CPF do ministro Fernando Haddad em redes sociais e grupos de aplicativo. O caso foi revelado pelo jornal "Valor Econômico". A TV Globo confirmou que a Corregedoria da Polícia Federal já analisa o pedido de investigação feito pela Coordenação de Segurança do gabinete do ministro. O Ministério da Fazenda foi informado que os dados do ministro passaram a circular em meio às mudanças sobre o PIX, que acabaram revogadas pelo governo após uma onda de fake news e críticas sobre a medida. Suspeita é que grupo queria alegar que Haddad teria movimentações maiores do que sua remuneração e com isso dar a entender que ele estaria no radar da Receita Federal para fiscalização. As mensagens e publicações recomendavam que as informações pessoais de Haddad fossem utilizadas em identificação de compras e uso de serviços. Um número de celular da Bahia seria o responsável pela ação. "Devido à possibilidade de exposição da autoridade, aliada à atual situação envolvendo a Instrução Normativa nº 2.219/24 relacionada ao Pix e que despertou comoção negativa e em consonância o Relatório de Análise de Risco do dignitário elaborado em conjunto com esta Coordenação e Segurança, solicito adoção de medidas inerentes a atividades de Inteligência que julgar cabíveis com a finalidade de dirimir maiores impactos na segurança pessoal", afirmou o gabinete. Nessa quarta-feira (15), o governo anunciou que o governo iria revogar o ato que ampliou, no início deste ano, as normas de fiscalização sobre o PIX (veja no vídeo abaixo). A decisão foi tomada após o governo ser bombardeado por ataques e notícias falsas de que essa fiscalização adicional geraria uma nova taxação sobre as transferências. Nesta quinta, Lula editou uma medida provisória que define que transferências financeiras via PIX não podem ser tributadas ou sobretaxadas. Atualmente, o PIX já é livre de tributos. A MP reafirma esse entendimento, segundo o governo, para evitar cobranças indevidas no futuro. A medida provisória também proíbe que comerciantes cobrem taxa adicional para consumidores que escolham pagar com o PIX. Ou seja: define que o preço no PIX tem que ser menor ou igual ao preço cobrado em dinheiro. A MP traz ainda uma novidade: um canal digital de orientação e recebimento de denúncias de ilícitos e crimes contra a relação de consumo. 🔎Medidas provisórias entram em vigor assim que são publicadas, mas precisam ser votadas e confirmadas pelo Congresso em até 120 dias. Caso isso não aconteça, o texto perde validade. PIX: Governo vai acionar Justiça contra fake news e golpes, diz Haddad



Reforma tributária: governo estima alíquota sobre consumo 'um pouquinho maior' que o inicialmente projetado


16/01/2025 20:22 - g1.globo.com


Última estimativa divulgada pelo Ministério da Fazenda era de 27,97%. Esse será o valor médio pago sobre o consumo nos impostos unificados criados pela reforma. O secretário Extraordinário para a Reforma Tributária, Bernard Appy, disse nesta quinta-feira (16) que a alíquota geral dos impostos unificados pode ficar em torno de 28% --"um pouquinho maior" que a última estimativa divulgada pelo Ministério da Fazenda, de 27,97%. Appy não cravou o valor da alíquota em 28%, mas disse que os dados apontam para um valor "nessa ordem". "Não estamos dizendo que a alíquota será essa. A projeção dos dados que temos hoje aponta para uma alíquota desta ordem (28%), mas o próprio texto do projeto de lei complementar estabelece que, em 2031, caso a sinalização seja de que a soma das alíquotas de referência seja superior a 26,5%, o Poder Executivo terá que enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar reduzindo benefícios", declarou. Entenda o que muda com a Reforma Tributária O cálculo do governo está acima dos 26,5% inicialmente projetados, quando a proposta de reforma tributária foi aprovada pelo Congresso Nacional. Por causa de uma trava no texto da reforma, que prevê teto de 26,5%, o governo terá que reduzir benefícios por meio de lei complementar. Quanto mais benefícios a determinados setores, maior a alíquota. 💸 A alíquota padrão é aquela que será cobrada sobre o consumo de todos os itens que não estiverem nas "regras especiais" da reforma. 💸 Os produtos incluídos nas exceções, no entanto, também podem ficar mais caros. Isso porque, em muitos casos, a alíquota diferenciada é calculada como um percentual da alíquota padrão. Ou seja: se o imposto geral sobe, o específico sobe junto. 💸 Como o governo precisa de um certo nível de arrecadação para pagar seus custos e investir, a matemática é simples: quanto maior o número de exceções (produtos com imposto reduzido), maior tem que ser a "alíquota padrão" para manter a arrecadação equilibrada. A reforma tributária não aumenta a carga total de impostos no país. O que ela faz é simplificar o sistema e criar os impostos únicos. Com isso, apesar de os futuros impostos únicos sobre consumo no Brasil serem os mais altos do mundo, não significa que o brasileiro passará a pagar mais imposto. Significa que, ao unificar os tributos, nossa alíquota ficou alta, porque os tributos já eram altos. IVA pelo mundo O IVA, imposto sobre valor agregado, que será implementado na economia brasileira gradativamente nos próximos anos, é adotado atualmente em mais de 170 países, incluindo todos os países europeus. Com a implementação do IVA, os tributos passariam a ser não cumulativos. Isso significa que, ao longo da cadeia de produção, os impostos seriam pagos uma só vez por todos os participantes do processo. Atualmente, cada etapa da cadeia paga os impostos individualmente, e eles vão se acumulando até o consumidor final. Existe ainda, no sistema atual, a cobrança de tributos sobre tributos, o que eleva o preço das mercadorias. De acordo com informações da Tax Foundation: A média do IVA nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o chamado "clube dos ricos", que o governo Jair Bolsonaro fez pedido de adesão para o Brasil, é de 19%. A única grande economia do mundo sem IVA são os Estados Unidos. No país, cada estado tem seu próprio regime sobre vendas, em vez de um imposto federal. A média dos impostos sobre o consumo nos EUA, porém, é baixa: de 7,4%.



Lula veta trecho que isentava fundos de investimento e fundos patrimoniais dos impostos unificados da reforma tributária


16/01/2025 20:08 - g1.globo.com


Advocacia-Geral da União avaliou que o trecho concedia um benefício fiscal aos fundos, o que não é previsto na Constituição. Lula sanciona com vetos a regulamentação da Reforma Tributária Ao sancionar o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária, nesta quinta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o trecho que isentava fundos de investimento e fundos patrimoniais de pagar os impostos unificados a serem implementados pelo novo modelo. A Advocacia-Geral da União (AGU) avaliou que o trecho concedia um benefício fiscal aos fundos, o que não é previsto na Constituição. Quando aprovou o texto que acrescenta a Reforma Tributária à Constituição, o Congresso não concedeu o benefício fiscal aos fundos. A avaliação é que, por isso, a lei complementar não poderia isentar os fundos de contribuição --sob pena de aprovar uma lei inconstitucional. "Houve uma avaliação jurídica que a caracterização como não contribuinte seria equivalente a um benefício fiscal não previsto na emenda constitucional e que, portanto, seria inconstitucional", disse o secretário extraordinário para a Reforma Tributária, Bernard Appy. Ao todo, o presidente vetou 15 blocos temáticos da primeira lei de regulamentação da reforma, sancionada nesta quinta-feira (16). Segundo o secretário extraordinário para a Reforma Tributária, Bernard Appy, os vetos tratam apenas de questões técnicas ou jurídicas --caso dos fundos de pensão. Veja os outros vetos: trecho que permitia que o Imposto Seletivo não incidisse sobre exportações de bens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente; trecho que criava, na estrutura do Ministério da Fazenda, a Escola de Administração Fazendária (Esaf); trechos que dava desconto de 60% a seguros para dispositivos furtados ou roubados e serviço de proteção e ressarcimento de transações bancárias indevidas (por furto, roubo ou sequestro); Imposto seletivo para minerais O governo vetou um trecho que permitia que o Imposto Seletivo, também chamado de "imposto do pecado", não incidisse sobre exportações de produtos que são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Na prática, esse trecho se chocava com uma parte da reforma tributária que definia que os minerais extraídos no país fossem tributados na exportação em até 1%, Ou seja, a lei complementar poderia liberar os minerais da tributação que está prevista na Contituição --hierarquicamente superior. "A própria Constituição já prevê que não há incidência de imposto seletivo na exportação exceto no caso da exportação de bens minerais. No caso dos bens minerais, o imposto seletivo incidirá na estação independentemente da destinação", disse Appy. Segundo o secretário adjunto de Política Econômica da Casa Civil. Fabiano Araújo, a Constituição dá imunidade a todas as exportações aos produtos taxados com o imposto seletivo, menos a extração de minérios. "Constituição é expressa em prever a imunidade para todos as operações dos impostos seletivos, com exceção de extração de minérios. Como o dispositivo estava dúbio permitindo a imunidade nesta hipótese que a Constituição não autorizava, houve esse veto", declarou. Regulamentação da tributária 🔎Atualmente, existem cinco tributos federais, estaduais e municipais: ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins. Com a reforma, eles serão transformados em dois tipos de imposto. 💲CBS (estadual) e IBS (municipal) serão os impostos cobrados sobre o consumo. 💲O terceiro tributo é chamado de Imposto Seletivo (IS) – uma sobretaxa aplicada para desestimular o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. No primeiro ano de implementação do sistema, não haverá recolhimento dos novos tributos. Será uma etapa de experimentação na qual as notas fiscais indicarão uma alíquota-teste da CBS e do IBS, mas sem cobranças. O regime passará por uma transição gradual a partir de 2026, até começar valer integralmente em 2033. Embora os testes da CBS e do IBS já comecem em 2026, nada deve mudar para o consumidor final. No caso das empresas, segundo a Secretaria Extraordinária para a Reforma Tributária, será preciso emitir o documento fiscal com o valor da CBS (com alíquota de 0,9%) e do IBS (com alíquota de 0,1%). Contudo, esses tributos não precisarão ser recolhidos. O governo quer apenas testar se o sistema de cobrança está funcionando.



Cesta básica, nanoempreendedor, cashback, imposto do pecado: o que muda com nova lei da reforma tributária


16/01/2025 19:38 - g1.globo.com

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o texto, aprovado por Câmara e Senado, nesta quinta-feira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira (16), em evento no Palácio do Planalto, o primeiro dos projetos que regulamentam O texto foi aprovado pela Câmara e pelo Senado em 2024. Confira abaixo os principais pontos do projeto: O que diz a regulamentação Proteínas isentas Imposto Seletivo Imóveis Nanoempreendedores e motoristas de app Trava para carga tributária Pontos do Senado rejeitados na Câmara 1 - O que diz a regulamentação A regulamentação estabelece "trilhas" para o funcionamento e as cobranças do novo sistema de tributação sobre produtos e serviços. O regime será totalmente implementado em 2033, depois de uma transição gradual iniciada em 2026. No primeiro ano de implementação do sistema não haverá recolhimento dos novos tributos. Será uma etapa de experimentação na qual as notas fiscais indicarão uma alíquota-teste da CBS (estadual) e do IBS (municipal), mas sem cobranças. Ambos impostos serão unificados sobre o consumo. 2 - Proteínas isentas O texto define que carnes, frangos e peixes terão alíquota zero, dentro da cesta básica nacional. Os itens haviam sido incluídos pela Câmara em julho, em oposição a Lira e ao Planalto. O Ministério da Fazenda afirma que a isenção das proteínas foi responsável por elevar em 0,56% a estimativa da alíquota-padrão. Segundo o texto, estarão isentos: carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves — com exceção de foies gras; peixes — com exceção de salmão, atum, bacalhau, hadoque, saithe e ovas; arroz; leite; leite em pó; fórmulas infantis; manteiga; margarina; feijão; café; óleo de babaçu; farinha de mandioca e tapioca; farinha de milho; grãos de milho; farinha de trigo; açúcar; massas alimentícias; pão francês; grão de aveia; farinha de aveia; queijos mozarela, minas, prato, coalho, ricota, provolone, parmesão, fresco não maturado e do reino, além de requeijão; sal; mate; farinha hipoproteica; massas hipoproteicas; fórmulas dietoterápicas para erros inatos do metabolismo; ovos; alguns tipos de produtos hortícolas — com exceção de cogumelos e trufas; frutas frescas ou refrigeradas e frutas congeladas, sem açúcar ou conservantes; plantas e produtos de floricultura relativos à horticultura e cultivados para fins alimentares, ornamentais ou medicinais; raízes e tubérculos; e cocos. Uma outra categoria de alimentos terá direito a um corte de 60% nas cobranças do IBS e da CBS: crustáceos e moluscos — com exceção de lagosta e lagostim leite fermentado e compostos lácteos mel natural outros tipos de farinha, que não estão isentas grumos e sêmolas de cereais grãos de cereais não contemplados na alíquota zero amido de milho óleos de soja, milho, canola e outros óleos vegetais outras massas alimentícias, que não estão isentas sucos naturais, sem adição de açúcar e conservantes polpas de frutas, sem adição de açúcar e conservantes pão de forma extrato de tomate frutas, produtos hortícolas e vegetais, sem adição de açúcar e conservantes — com exceção de frutas de casca rija cereais, sementes e frutos oleaginosos produtos hortícolas pré-cozidos ou cozidos em água ou vapor, sem açúcar e conservantes frutas de casca rija regional, amendoins e outras semente 3 - Imposto seletivo A lei define uma lista de produtos e serviços que serão sobretaxados pelo Imposto Seletivo (IS). Apelidado de "imposto do pecado", o IS será uma sobretaxa sobre bens e serviços considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Na prática, os itens desta categoria terão uma tributação maior do que 27,97%, a alíquota-comum — estimada pela Fazenda em 27,97%. Pela lei, serão sobretaxados: cigarros; bebidas açucaradas; bebidas alcoólicas; embarcações e aeronaves; carros, incluindo os elétricos; apostas nas modalidades físicas e online, como "bets" e "fantasy games"; e extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural. Está na lei a cobrança do Imposto Seletivo sobre exportações de minérios. Na prática, somente a extração e operações no mercado nacional estarão sujeitas à tributação. A medida era pleiteada por mineradoras. O texto de regulamentação estabelece, porém, exceções à cobrança do IS. Estão nesta lista: caminhões; e veículos de uso operacional das Forças Armadas ou dos órgãos de segurança pública. 4 - Imóveis Operações imobiliárias de pessoas físicas ou jurídicas serão tributadas com a CBS e o IBS. Pessoas físicas que, por ano, arrecadarem abaixo de R$ 240 mil com o aluguel de imóveis não serão tributadas. O texto cria dois redutores — social e da alíquota de tributação — para ajustar e diminuir a carga tributária. ▶️ Redutor social: será aplicado nas operações de compras de imóveis e lotes residenciais; e no aluguel residencial. O mecanismo reduz a base de cálculo da tributação. O objetivo é beneficiar famílias com renda mais baixa e imóveis populares. 🔎 Por exemplo, se o redutor for de R$ 400 e o aluguel de um apartamento R$ 1 mil, o imposto incidirá somente sobre R$ 600. Pela lei, o redutor social será de: R$ 100 mil na compra de imóveis novos; R$ 30 mil na compra de lote residencial; e R$ 600 para o aluguel de imóveis residenciais. Os valores serão atualizados mensalmente, depois da eventual sanção da proposta, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do Brasil. ▶️ Corte na alíquota: a proposta estabelece também que haverá cortes lineares nas alíquotas do IBS e da CBS aplicadas em transações imobiliárias. Segundo o texto, a alíquota-comum será reduzida em: 50% em todas as operações com imóveis; e 70% nas operações de locação, cessão onerosa e arrendamento. 5 - Nanoempreendedores e motoristas de app A regulamentação da reforma cria a figura do nanoempreendedor, que será isento da cobrança dos novos impostos sobre consumo. A categoria vai abranger pessoas físicas que tenham receita bruta anual inferior a R$ 40,5 mil (metade do limite de microempreendedores individuais). Motoristas e entregadores de aplicativo poderão ser enquadrados como nanoempreendedores. Para eles, a proposta estabelece, porém, uma flexibilização. A soma do valor arrecadado pelos trabalhadores de app levará em conta somente 25% do bruto recebido ao longo de um mês. A mudança, segundo parlamentares, vai ampliar o número de beneficiados. Câmara aprova primeiro projeto de regulamentação da Reforma Tributária e rejeita parte das mudanças do Senado 6 - Trava para carga tributária Haverá uma "trava" para impedir que a alíquota-geral do IBS e da CBS não supere 26,5%, que poderá ser acionada em 2031 quando o governo federal e o Comitê Gestor do IBS vão avaliar a transição do novo sistema tributário. Dados fiscais do período de transição (2026 a 2030) vão basear um relatório com a estimativa do tamanho da alíquota-padrão que será cobrada a partir de 2033, quando todo o sistema deverá estar implementado. Se essa alíquota superar 26,5%, o governo federal deverá enviar um projeto ao Congresso para adequar a tributação a esse patamar. Esse projeto terá de ser encaminhado ao Congresso em até 90 dias após a divulgação do balanço do período de transição da reforma. A avaliação das regras da reforma tributária terá de ser feita a cada 5 anos. Em cada balanço, o governo federal poderá enviar novos projetos para adequar a tributação.



Lula sanciona com vetos primeira lei que regulamenta a reforma tributária; veja próximos passos


16/01/2025 18:44 - g1.globo.com


Sob orientação da ala econômica, o presidente vetou alguns trechos do projeto aprovado pelo Câmara e pelo Senado em 2024. Os vetos voltam ao Congresso, que pode derrubá-los. Presidente Lula Jornal Nacional/ Reprodução O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira (16) a primeira lei que regulamenta a reforma tributária. Sob orientação da ala econômica, o presidente vetou alguns trechos do projeto aprovado pela Câmara e pelo Senado em 2024. Os vetos voltam ao Congresso, que pode derrubá-los (veja os vetos mais abaixo). O projeto sancionado detalha regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo criados pela reforma tributária, promulgada em 2023 (entenda mais abaixo). A equipe econômica calcula que a alíquota a ser paga nos impostos sobre consumo deverá ser de cerca de 28%, um pouco acima dos 27% inicialmente previstos. Regulamentação da Reforma Tributária aguarda sanção do presidente Lula Em discurso durante a cerimônia, o presidente Lula disse que a sanção representa um marco para o país, e lembrou que a "democracia é a melhor forma de governança que existe no planeta". "É por isso que nós não temos que ter medo de enfrentar a mentira. Não temos que ter nenhuma preocupação de enfrentar essas pessoas travestidas de políticos que, na verdade, tentaram dar um golpe neste país dia 8 de janeiro de 2022", frisou. "Não temos que ter medo de enfrentar as mentiras das fake news, e não temos que ter medo de fazer um debate, fazer a disputa. Porque se a gente perde, o sistema democrático está correndo um risco no mundo inteiro, e a gente vai voltar — coisa que não estamos querendo voltar —, ao fascismo, ao nazismo, ao desrespeito aos direitos humanos", seguiu. Também durante seu discurso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as mudanças propostas na reforma tributária não serão "perceptíveis hoje ou amanhã. Mas, este vai ser o maior legado da economia que o senhor [presidente Lula] vai entregar para a população brasileira". Vetos de Lula Um dos trechos vetados pelo presidente isentava fundos de investimento e fundos patrimoniais de pagar os impostos unificados a serem implementados pelo novo modelo. A Advocacia-Geral da União (AGU) avaliou que o trecho concedia um benefício fiscal aos fundos, o que não é previsto na Constituição. Também foram vetados: trecho que permitia que o Imposto Seletivo não incidisse sobre exportações de bens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente; trecho que criava, na estrutura do Ministério da Fazenda, a Escola de Administração Fazendária (Esaf); trechos que dava desconto de 60% a seguros para dispositivos furtados ou roubados e serviço de proteção e ressarcimento de transações bancárias indevidas (por furto, roubo ou sequestro). Regulamentação da tributária 🔎Atualmente, existem cinco tributos federais, estaduais e municipais: ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins. Com a reforma, eles serão transformados em dois tipos de imposto. 💲CBS (estadual) e IBS (municipal) serão os impostos cobrados sobre o consumo. 💲O terceiro tributo é chamado de Imposto Seletivo (IS) – uma sobretaxa aplicada para desestimular o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. No primeiro ano de implementação do sistema, não haverá recolhimento dos novos tributos. Será uma etapa de experimentação na qual as notas fiscais indicarão uma alíquota-teste da CBS e do IBS, mas sem cobranças. O regime passará por uma transição gradual a partir de 2026, até começar valer integralmente em 2033. Embora os testes da CBS e do IBS já comecem em 2026, nada deve mudar para o consumidor final. No caso das empresas, segundo a Secretaria Extraordinária para a Reforma Tributária, será preciso emitir o documento fiscal com o valor da CBS (com alíquota de 0,9%) e do IBS (com alíquota de 0,1%). Contudo, esses tributos não precisarão ser recolhidos. O governo quer apenas testar se o sistema de cobrança está funcionando. Novo sistema tributário Na abertura do evento, o secretário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou que trata-se de uma "revolução no sistema tributário brasileiro". "Estamos falando no aumento da renda, em um prazo de 10 a 15 anos, aumento da renda maior de 10% além do que cresceria o PIB de todos brasileiros, por conta dessa reforma tributária aprovada. E estamos falando de um sistema mais justo do que o atual, porque desonera mais os pobres, e onera mais os ricos. Ao contrário do que acontece hoje". O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também discursou na cerimônia e afirmou que, "se não é a reforma tributária ideal, é a possível de ser feita". "Enquanto há muitas pessoas fazendo discurso e tendo engajamento através de premissas falsas da desinformação e da inverdade, há pessoas trabalhando para que esse país possa superar sua dificuldades, com a sanção da dívida dos estados, da reforma tributária. Nada resiste ao trabalho. E aqueles que trabalham vencerão aqueles que não trabalham e enganam a população brasileira", disse. Próximos passos Depois da sanção da primeira lei da reforma, o governo ainda precisa aprovar outras normas para regulamentar a mudança da tributação no país. O governo ainda precisa aprovar o projeto de lei que cria o Comitê Gestor do IBS, da distribuição da receita do IBS entre os Estados e Municípios e de outras questões relativas apenas aos Estados e Municípios. Falta ainda o envio de outros três projetos de lei ao Congresso: Definição das alíquotas do Imposto Seletivo; Regulamentação dos Fundos de Desenvolvimento do Amazonas e da Amazônia Ocidental; Regulamentação da forma de aporte dos recursos ao Fundo de Desenvolvimento Regional e ao Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais. Além dos projetos, o Ministério da Fazenda também trabalha com a elaboração das normas que vão disciplinar o IBS e a CBS.



Pela primeira vez em 20 meses, empresários industriais voltam a ficar pessimistas, diz pesquisa da CNI


16/01/2025 17:44 - g1.globo.com


Queda do indicador, registrado nos últimos meses do ano passado, aconteceu em meio à disparada do dólar e à pressão do mercado financeiro por novas medidas de controle de gastos públicos. Indústria têxtil em Minas Gerais. Divulgação O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu um ponto em janeiro deste ano, atingindo 49,1 pontos, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em janeiro, a entidade consultou 1.232 empresas, sendo 469 de pequeno porte; 459 de médio porte; e 304 de grande porte, entre os dias 7 e 13 de janeiro de 2025. Iniciativa de indústria de Goiás ajuda no combate à fome e incentiva voluntariado Com o recuo, o indicador passou a ficar abaixo da linha de 50 pontos, o que indica que os empresários estão pessimistas. É a primeira vez que isso acontece em 20 meses. A queda do indicador, registrado nos últimos meses do ano passado, aconteceu em meio à disparada do dólar e à pressão do mercado financeiro por novas medidas de controle de gastos públicos. O pacote de corte de despesas, anunciado pelo governo no fim de 2024, é considerado insuficiente por economistas para conter o crescimento da dívida pública. A pressão sobre o dólar resultou na intervenção do Banco Central, por meio de leilões de venda de divisas, no fim do ano passado — algo que derrubou as reservas internacionais em 7%, para R$ 329,7 bilhões. “O pessimismo faz com que os empresários tendam a adiar decisões com relação a investimentos, aumento de produção e contratações, na expectativa de um cenário mais favorável”, afirmou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. O ICEI é composto pelo Índice de Condições Atuais e pelo Índice de Expectativas. Em janeiro, o índice de condições atuais caiu 2,3 pontos, de 46,5 pontos para 44,2 pontos. 🔎 Isso significa que a avaliação dos empresários sobre as condições atuais da economia e das próprias empresas se tornaram ainda mais negativas em relação aos seis meses anteriores. Já o índice de expectativas recuou 0,4 ponto, de 51,9 pontos para 51,5 pontos. 🔎Com isso, as perspectivas dos empresários para os próximos seis meses continuam positivas, mas isso se deve à avaliação que eles fazem das próprias empresas, uma vez que as expectativas quanto ao futuro da economia do país se tornaram mais pessimistas.



Os 15 dias de boatos sobre PIX que abalaram governo Lula


16/01/2025 16:45 - g1.globo.com


Norma da Receita Federal que entrou em vigor no começo de 2025 gerou onda de notícias falsas e levou governo a recuar da decisão. Cronologia da crise inclui vídeo falso feito por inteligência artificial, comentário de Bolsonaro e atuação do deputado Nikolas Ferreira. Lula e Haddad publicaram vídeos para desmentir notícias falsas sobre taxação do Pix Getty Images via BBC O Governo Federal anunciou na quarta (15/1) a revogação de uma portaria que ampliava o escopo da fiscalização da Receita Federal sobre transações financeiras, duas semanas depois que ela entrou em vigor. Além dos bancos tradicionais, que desde 2003 já enviavam informações consolidadas sobre as movimentações financeiras de clientes ao fisco, bancos digitais, aplicativos de pagamento e outras fintechs também teriam de passar a reportar os dados. Uma onda de desinformação em torno da nova medida, entretanto, com a circulação de notícias falsas de que o PIX seria taxado e passaria a ser monitorado diariamente pela Receita, levaram o governo Lula a recuar. O PIX é um mecanismo de transferência de dinheiro em tempo real que foi introduzido pelo Banco Central no Brasil em 2020. Desde então, popularizou-se e virou um dos principais meios de pagamento no país. Em 2024, movimentou R$ 26,4 trilhões, crescimento de 54,6% em relação ao ano anterior e recorde no volume transferido, conforme os dados divulgados pelo BC nesta quinta (16/1). Entenda a seguir como essa crise foi desencadeada — e como ela se desenrolou ao longo das últimas semanas. 18 de setembro de 2024: o anúncio Nesta data, foi publicada no Diário Oficial da União a Instrução Normativa da Receita Federal 2219/24. Esse é o documento que detalha as mudanças que ampliaram o perfil de instituições que passariam a ter que reportar informações à Receita e acabaram gerando polêmica. Antes da atualização normativa, bancos tradicionais e algumas outras instituições financeiras enviavam ao fisco informações sobre as movimentações de clientes pessoa física superiores a R$ 2 mil, considerando todos os tipos de operação, inclusive o PIX. Para pessoas jurídicas, o montante era de R$ 6 mil. A norma revogada atualizava esses valores para R$ 5 mil, no caso de pessoa física, e para R$ 15 mil, no caso de pessoa jurídica, e ampliava o rol de instituições que deveria se reportar à Receita. As informações enviadas ao fisco já eram e continuariam sendo protegidas por sigilo bancário e apresentadas de forma consolidada, sem que houvesse detalhamento do tipo de transação efetuada, origem ou natureza dos gastos efetuados. 1° de janeiro de 2025: a norma entra em vigor A RN 2219/24 da Receita Federal passou a valer em todo o país na virada do ano. A partir de então, os primeiros boatos e notícias falsas sobre uma possível "taxa do PIX" começaram a ganhar força nas redes sociais. Lançado em 2020, PIX virou um dos principais meios de pagamento no Brasil Getty Images via BBC 7 de janeiro: Receita publica o primeiro desmentido O Ministério da Fazenda divulgou um artigo em que fez esclarecimentos sobre as novas normas, esclarecendo que a regra "não implicou em qualquer aumento de tributação". Segundo o texto, a medida visava "um melhor gerenciamento de riscos pela administração tributária, a partir da qual será possível oferecer melhores serviços à sociedade, em absoluto respeito às normas legais dos sigilos bancário e fiscal". "Os dados recebidos poderão, por exemplo, ser disponibilizados na declaração pré-preenchida do imposto de renda da pessoa física no próximo ano, evitando-se divergências." O Ministério da Fazenda explicou que, "quando uma pessoa realiza uma transferência de sua conta para um terceiro, seja enviando um PIX ou fazendo uma operação do tipo DOC ou TED, não se identifica [...] para quem ou a que título esse valor individual foi enviado". "Ao final de um mês, somam-se todos os valores que saíram da conta, inclusive saques e, se ultrapassado o limite de R$ 5 mil para uma pessoa física, ou de R$ 15 mil para uma pessoa jurídica, a instituição financeira prestará essa informação à Receita Federal." Mentiras sobre o PIX se espalham e alimentam golpes com boletos falsificados 9 de janeiro: vídeo falso e pronunciamento de Haddad Um vídeo falso, feito por inteligência artificial, simulava uma suposta fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). No conteúdo falso, que teve grande repercussão nas redes sociais, a voz e o movimento dos lábios dele foram alterados, para dar a impressão de que Haddad anunciava a criação de uma série de novos impostos — sobre cachorros e mulheres grávidas, por exemplo. A Advocacia Geral da União (AGU) chegou a enviar uma notificação extrajudicial ao Facebook para que o vídeo falso fosse retirado do ar. "A postagem, manipulada por meio de inteligência artificial, contém informações fraudulentas e atribui ao ministro declarações inexistentes sobre a criação de um imposto incidente sobre animais de estimação e pré-natal", destaca a notificação da AGU. Nesse mesmo dia, o próprio Haddad publicou nas redes sociais um vídeo em que desmentia os boatos, inclusive sobre o monitoramento das contas bancárias. "Imposto sobre PIX. Mentira. Imposto sobre quem compra dólar. Mentira. Imposto sobre quem tem animal de estimação. Mentira", diz ele. "Fake news prejudica a democracia e traz uma série de inseguranças para as pessoas. Então fique ligado, deixe a mentira de lado", concluiu o ministro. 10 de janeiro: Lula se manifesta Um dia depois, foi a vez de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazer novos esclarecimentos e desmentidos. Para isso, publicou um vídeo em que ele próprio faz um Pix para a campanha de arrecadação que pretende pagar a dívida da construção da NeoQuímica Arena, o Estádio do Corinthians. "Por que eu tomei essa decisão? Porque tem uma quantidade enorme de mentiras desde ontem em todas as redes sociais dizendo que o governo vai taxar o PIX. E eu quero provar que é mentira", afirmou ele. 13 de janeiro: Bolsonaro entra em cena O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a fazer uma série de postagens no X (antigo Twitter) sobre o PIX. Ele lembrou que a ferramenta foi criada durante seu governo e classificou mudanças na fiscalização como "covardia com os mais pobres". "Além de diaristas, camelôs, cabeleireiras, jardineiros, pedreiros, taxistas, palhaços de festa, ajuda a filhos/netos, vendedores de pipoca, etc, poderão ser obrigados a entregar parte de seu ganho para o Imposto de Renda", escreveu Bolsonaro. O ex-presidente ainda afirmou que acionaria a bancada de deputados e senadores do PL, e de outros partidos, em busca de "medidas para derrubar essa desumana instrução normativa". 14 de janeiro: vídeo de Nikolas e mudança de ministro Um vídeo sobre o debate publicado no Instagram pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) viralizou nas redes sociais — atualmente, está com mais de 286 milhões de visualizações no Instagram. Ferreira criticou o aumento da fiscalização sobre as informações bancárias e a qualidade dos serviços públicos mantidos com o dinheiro dos impostos, como saúde e educação. Embora diga que "o PIX não será taxado", o deputado federal lembra que "a comprinha da China não seria taxada, e foi". Ele também declarou que "não duvida" que o PIX possa ser alvo de alguma taxa no futuro. Nesse mesmo dia, o publicitário Sidônio Palmeira tomou posse como novo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). Ele substituiu o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que ocupava o cargo desde o início do terceiro governo Lula. Em discurso durante o evento, Palmeira lamentou que os "avanços [do governo] nem sempre são percebidos por uma parcela da população" e citou as "mentiras nos ambientes digitais". Vídeo do deputado Nikolas Ferreira sobre a polêmica do PIX viralizou nas redes sociais Getty Images via BBC 15 de janeiro: o fim antecipado Após toda a repercussão das últimas semanas, Haddad e Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal, anunciaram que o governo revogou a norma da Receita Federal. O ministro ainda detalhou que o presidente Lula vai assinar uma medida provisória (MP) para assegurar que as transações via PIX não sejam tributadas. "O ato que o Barreirinhas acaba de anunciar é justamente para dar força à tramitação de uma MP que o presidente está para assinar [...] que reforça os princípios tanto da não oneração, da gratuidade do uso do PIX, quanto de todas as cláusulas de sigilo bancário em torno do PIX", disse Haddad. Ele ainda disse que o assunto foi "objeto de exploração" por pessoas que, na visão dele, "estão cometendo um crime". "Porque quando você desacredita um instrumento público, você está cometendo um crime", argumentou o ministro. "O estrago causado está feito por esses inescrupulosos, inclusive senador e deputado, agindo contra o Estado. Essas pessoas vão ter que responder pelo que fizeram, mas não queremos contaminar a tramitação da MP no Congresso", complementou Haddad. LEIA TAMBÉM: PIX: o que o governo faz com monitoramento das transações? Disparada do dólar é sinal que Lula perdeu a mão na economia? PIX: por que o governo desistiu das novas regras de fiscalização Após repercussão negativa e fake news, governo decide revogar ato sobre fiscalização do PIX Em vídeo bem-humorado, Banco Central esclarece fakenews sobre tributação do PIX



Haddad rebate críticas de Zema à lei que repactuou dívida dos estados: 'Aumentou o próprio salário'


16/01/2025 15:46 - g1.globo.com


Lula sancionou projeto que reduz juros cobrados nas dívidas dos governos com a União, mas vetou algumas das medidas. Zema diz que União quer que 'estados paguem a conta de sua gastança'. Ministro Fernando Haddad, em imagem de arquivo Getty Images via BBC O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, usou as redes sociais nesta quinta-feira (16) para rebater críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, à versão final da lei que repactua o pagamento da dívida dos estados com a União. O texto foi aprovado pelo Congresso com medidas para refinanciar essas dívidas a juros mais baixos – mas, ao sancionar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou algumas das medidas que beneficiavam os governos locais. Os vetos ainda serão analisados pelo Congresso e podem ser derrubados. Enquanto isso, vêm sendo criticados por governadores de oposição a Lula como Romeu Zema (MG), Cláudio Castro (RJ) e Eduardo Leite (RS) – veja detalhes das críticas mais abaixo. "O governador de Minas Gerais Romeu Zema usou esta rede para atacar o governo federal, mas, como é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade. Primeiro: esqueceu de mencionar que se reuniu comigo e apresentou uma proposta para a renegociação das dívidas bem menor que a aprovada e sancionada agora", escreveu Haddad. Presidente Lula sanciona flexibilização do pagamento das dívidas dos estados Haddad também citou, ao rebater Zema, a decisão do governador mineiro de elevar os salários do Executivo estadual, incluindo o seu próprio, em 300%. "O governador também parece ter se esquecido de outra informação: o veto citado por ele simplesmente pedia que a União pagasse dívidas dos estados com bancos privados. Em terceiro lugar, ele critica privilégios enquanto sancionou o aumento do próprio salário em 298%, durante a vigência do Regime de recuperação fiscal, inclusive", prosseguiu. Na terça-feira (14), o governador de Minas afirmou que o governo federal quer os “estados paguem a conta de sua gastança”. “Com vetos ao PROPAG, o presidente Lula quer obrigar os mineiros a repassar R$ 5 bilhões a mais em 25/26, apesar do recorde de arrecadação federal: R$ 2,4 trilhões em 2024. É dinheiro pra sustentar privilégios e mordomias”, declarou ele, na ocasião. Declarou, ainda, que enquanto os estados lutam para equilibrar contas, o “Planalto mantém 39 ministérios, viagens faraônicas, gastos supérfluos no Alvorada e um cartão corporativo sem transparência”. “Até quando o contribuinte vai bancar essa desordem”, questionou.



PIX: o que o governo faz com monitoramento das transações? Que dados são enviados à Receita?


16/01/2025 15:20 - g1.globo.com


Onda de boatos fez governo recuar em regras sobre declarações que instituições financeiras precisam prestar sobre o PIX. Pix: o que o governo faz com monitoramento das transações? Getty Images via BBC O governo federal recuou nesta semana de uma regra que havia entrado em vigor no dia 1º de janeiro que alterava algumas normas que regem o PIX — o meio de pagamento instantâneo no Brasil. As novas regras obrigavam diversas instituições financeiras e empresas de pagamentos a informarem a Receita Federal sobre movimentações mensais acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. O governo ressaltou que esse monitoramento não alterava o sigilo bancário — um direito de todos no Brasil de que suas transações bancárias não são compartilhadas, nem mesmo pelo governo — e que também não haveria nenhuma cobrança de taxas sobre transferências com PIX. Segundo a Receita Federal, as regras sequer teriam qualquer mudança para usuários do PIX — e se aplicavam apenas às instituições financeiras e empresas de pagamento. No entanto, uma onda de boatos se espalhou sobre a intenção do governo de taxação do PIX. Diante dos boatos, o governo recuou da medida. Mentiras sobre o PIX se espalham e alimentam golpes com boletos falsificados Quais dados são informados à Receita Federal? O governo federal diz que o monitoramento de transações financeiras via PIX é feito pela Receita Federal para identificar grupos criminosos ou sonegadores. Segundo o governo, as movimentações de PIX já eram informadas pelas instituições financeiras à Receita Federal. Isso acontece desde 2022, quando foi publicado o Convênio ICMS 166/2022. E não se trata apenas do PIX. Outras transações mensais com valores superiores a um certo limite também são informadas, como cartões de crédito e transferências por TED (Transferência Eletrônica Disponível). Esse dados são repassados por bancos desde 2003. Mas nos últimos anos, com o surgimento de novas tecnologias, apareceram novos agentes econômicos que também realizam transações financeiras entre as pessoas e não estavam enquadradas na lei. Segundo o governo o que a nova norma atualizava é "estender essa obrigação também a instituições financeiras tais como as fintechs e outras soluções de pagamento e transferência, como as carteiras digitais e moedas eletrônicas". A medida também mudou os limites de movimentação para monitoramento — de R$ 2 mil para R$ 5 mil no caso de pessoas físicas; e de R$ 6 mil para R$15 mil para pessoas jurídicas. "Isso é bom para o contribuinte, porque diminui a chance de passar por fiscalização e também é bom para a Receita Federal, porque ela pode focar a sua energia em quem realmente precisa ser fiscalizado", disse Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal do Brasil. As instituições financeiras reportam apenas os valores consolidados de operações, sem a identificação de beneficiários ou natureza das transações. O sigilo bancário não é violado. O que a receita faz com dados do PIX? A Receita Federal diz que o monitoramento das transações de PIX é feito como parte do esforço para identificar criminosos e sonegadores. A forma como a Receita faz isso é através do cruzamento de dados — ou seja, levantando diversas informações sobre pessoas e empresas e buscando entender se elas fazem sentido entre si. A Receita Federal tem diversas fontes de informação, como as declarações (de imposto de renda de pessoas e empresas, de serviços médicos ou de atividades imobiliárias, por exemplo), alguns dados bancários e de movimentação financeira que não estão sob sigilo bancário e dados de cartório. Os dados dessas diversas fontes são cruzados na busca de inconsistências. Por exemplo: se uma empresa ou pessoa declara ter feito uma grande doação a uma instituição de caridade, mas essa instituição não declara ter recebido nenhum grande aporte, isso pode ser um indício de sonegação. A Receita possui sistemas automáticos que identificam essas inconsistências e colocam declarações em uma "malha fina" — uma análise mais aprofundada dos dados. Entre as diversas informações que a Receita Federal usa estão os dados de PIX informados pelas instituições financeiras — que virou alvo de boatos ao longo desse mês. Todos os dados de movimentação superiores aos limites que falamos acima são informados em um sistema informático conhecido como Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), que existe desde 2007. O conjunto de arquivos que as instituições financeiras passam para a Receita se chama e-Financeira, que foi adotado em 2016. A e-Financeira substituiu outra declaração que já existia antigamente (a Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira, ou DIMOF). A lista de instituições que precisam fornecer dados de seus clientes na declaração e-Financeira é atualizada de tempos em tempos. Em 2020, foram incluídos na lista planos de saúde, seguradoras, corretoras de valores, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, administradoras de consórcios e entidades de previdência complementar. As informações são prestadas duas vezes ao ano: no último dia útil de fevereiro e no último dia útil de agosto. Esses dados também são parte de um esforço internacional para se combater crimes como lavagem de dinheiro. O e-Financeira foi criado depois que o Brasil assinou em 2014 um acordo com os Estados Unidos em que os países compartilham dados que ajudem a identificar potenciais crimes financeiros. Haddad disse que governo vai editar medida provisória para garantir que PIX não seja taxado e não viole sigilo bancário Getty Images via BBC O monitoramento do PIX não viola o sigilo bancário? A Receita Federal diz que o sigilo bancário — regulado pela Lei Complementar 105/2001— não é violado com o monitoramento de dados do PIX através das declarações e-Financeira. A lei detalha os casos em que o sigilo bancário pode ser quebrado — mas isso sempre envolve a necessidade de decisões judiciais específicas. No caso do monitoramento de dados através das declarações e-Financeira, o sigilo não está sendo violado porque a Receita não tem acesso a detalhes das transações de PIX, como quantas transações foram feitas, a natureza do dinheiro envolvido e com quem foi feita a transação. Os dados repassados à Receita são apenas consolidados — e nos casos em que o total mensal das transações são superiores aos estabelecidos pela regra (mais de R$ 5 mil mensais para pessoas físicas ou R$ 15 mil para pessoas jurídicas). Esses consolidados são usados para checar se não há inconsistências com o que foi declarado por pessoas e empresas em outras declarações, como no caso da declaração do imposto de renda. Initial plugin text Quais os riscos de monitoramento do PIX? Pode haver taxação? Na quarta-feira (16/1), quando foi feito o anúncio do recuo do governo federal nas novas regras do PIX, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo vai editar uma Medida Provisória para reforçar a gratuidade do uso do PIX e todas as cláusulas de sigilo bancário em torno do método. A Fenacon — federação de empresas de contabilidade — disse na época em que o PIX passou a ser monitorado que "a Receita Federal tem acesso a um volume maior e mais detalhado de dados sobre as transações financeiras das empresas, o que permite uma fiscalização mais rigorosa e eficiente". No entanto, a entidade também alertou para riscos que as pequenas empresas sofrem com o cruzamento de dados do PIX. A Fenacon enumerou três problemas: Aumento do risco de autuações fiscais: "com base nas informações obtidas pelas transações por PIX, a Receita Federal pode autuar empresas que não estejam cumprindo suas obrigações fiscais, como a emissão de notas fiscais ou o pagamento de impostos". Necessidade de maior controle fiscal: "as empresas precisam ter um controle fiscal mais rigoroso, registrando todas as suas transações de forma correta e documentando-as adequadamente. Isso inclui manter um livro caixa atualizado e emitir notas fiscais para todas as vendas, mesmo para pequenas quantias." Custos com profissionais contábeis especializados: "o aumento da complexidade da gestão fiscal pode levar à necessidade de contratar profissionais contábeis especializados". LEIA MAIS EM: Disparada do dólar é sinal que Lula perdeu a mão na economia? PIX: por que o governo desistiu das novas regras de fiscalização Após repercussão negativa e fake news, governo decide revogar ato sobre fiscalização do PIX Em vídeo bem-humorado, Banco Central esclarece fakenews sobre tributação do PIX



PIX: governo publica MP que proíbe taxar ou cobrar valor adicional nos pagamentos


16/01/2025 15:10 - g1.globo.com


MP é tentativa de responder a ataques e notícias falsas nas últimas semanas relacionadas ao serviço de pagamentos. Governo também deve recuar em medida que ampliava fiscalização das transferências. Celular com tela do PIX, em imagem de arquivo Marcelo Camargo/Agência Brasil O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou nesta quinta-feira (16) a medida provisória que define que transferências financeiras via PIX não podem ser tributadas ou sobretaxadas. Atualmente, o PIX já é livre de tributos. A MP reafirma esse entendimento, segundo o governo, para evitar cobranças indevidas no futuro. A medida provisória também proíbe que comerciantes cobrem taxa adicional para consumidores que escolham pagar com o PIX. Ou seja: define que o preço no PIX tem que ser menor ou igual ao preço cobrado em dinheiro. "Constitui prática abusiva, para os efeitos do art. 39 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, a exigência, pelo fornecedor de produtos ou serviços, em estabelecimentos físicos ou virtuais, de preço superior, valor ou encargo adicional em razão da realização de pagamentos por meio de Pix à vista", diz a MP. "A prática dos procedimentos previstos no caput sujeita o infrator às penalidades previstas na legislação do direito do consumidor", complementa. A MP traz ainda uma novidade: um canal digital de orientação e recebimento de denúncias de ilícitos e crimes contra a relação de consumo. ➕ Medidas provisórias entram em vigor assim que são publicadas, mas precisam ser votadas e confirmadas pelo Congresso em até 120 dias. Caso isso não aconteça, o texto perde validade. Alvo de polêmica e fake news, PIX bate recorde em 2024, movimenta R$ 26,4 trilhões e terá novidades PIX: por que o governo desistiu das novas regras de fiscalização DANIELA LIMA: Governo colhe dupla derrota, demonstra fragilidade e cansaço a dois anos da eleição VALDO CRUZ: Governo errou no começo e no fim da polêmica do PIX, avaliam interlocutores de Lula O texto é assinado por Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad – que, na véspera, já tinha anunciado a medida. "Essa MP reforça tanto os princípios de não oneração do Pix quanto as cláusulas de sigilo bancário do sistema, que foram objeto de exploração por criminosos", afirmou. Recuo na fiscalização ampliada O governo também revogou a norma da Receita Federal, editada em setembro de 2024 e válida desde o início do ano, que ampliava a fiscalização sobre transações com cartões de crédito e PIX. A medida deixava claro que cabia à Receita monitorar eventuais movimentações suspeitas mediadas por fintechs e instituições de pagamento – bancos digitais e as operadoras de "maquininhas", por exemplo. A revogação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, no fim da noite de quarta. Governo desiste de monitorar o PIX A decisão foi anunciada após o governo ser bombardeado por ataques e notícias falsas de que essa fiscalização adicional geraria uma nova taxação sobre as transferências. Além disso, criminosos aproveitaram a polêmica para aplicar uma série de golpes financeiros país afora – incluindo a emissão de "boletos" falsos da tal tributação, que nunca existiu. Na avaliação do governo, anular a medida e recuar foi a única solução possível para cessar os ataques e colocar fim à polêmica sobre o PIX. O recuo do governo A instrução normativa da Receita Federal ampliava a fiscalização sobre operações financeiras. A medida previa que instituições de pagamento, como operadoras de cartão e carteiras digitais, enviassem dados à Receita quando valores ultrapassassem: R$ 5 mil, para pessoas físicas; R$ 15 mil, para empresas. Esses dados já eram coletados de bancos tradicionais para operações como Pix, aplicações financeiras e investimentos. No entanto, a fiscalização acontece apenas para operações em cartões e depósitos quando os valores excedem R$ 2 mil para pessoa física e R$ 6 mil no caso de pessoa jurídica.



Alvo de polêmica e fake news, PIX bate recorde em 2024, movimenta R$ 26,4 trilhões e terá novidades


16/01/2025 14:15 - g1.globo.com


Número de transações também bateu recorde no ano passado: foram 63,5 bilhões de operações. Banco Central promete mais segurança e novas funções para o PIX no futuro. Tela de celular mostra sistema do PIX Reprodução/Jornal Hoje Em meio a polêmicas e fake news sobre uma eventual taxação, rechaçada pelo governo federal, o PIX, ferramenta de transferências em tempo real, bateu recorde de volume transferido em 2024 ao somar R$ 26,46 trilhões. Os números são do Banco Central. O crescimento dos valores transferidos via PIX foi de 54,6% na comparação com 2023, quando as movimentações totalizaram R$ 17,12 trilhões (valor revisado). O valor total é mais que o dobro dos R$ 10,89 trilhões movimentados em 2022. Pesquisa do BC mostra queda no uso do dinheiro e alta do PIX O número de transações também bateu recorde no ano passado. Foram 63,5 bilhões de operações efetuadas contra 41,68 bilhões em 2023, de acordo com números oficiais do Banco Central. No começo de 2025, entre os dias 4 e 14, após notícias de que a Secretaria da Receita Federal ampliaria a fiscalização movimentações financeiras, incluindo "fintechs" e instituições de pagamento, o número de transações por meio do PIX recuou 14,65% contra o mesmo período de dezembro do ano passado. E os volumes transferidos caíram 19,89%. Entretanto, entre 4 e 14 de janeiro de 2024, contra o mesmo período de dezembro de 2023, ou seja, um ano antes, também foi registrada uma queda nesta comparação. Houve um recuo de 6,1% no volume de transações e de 36,79% nos valores transferidos. "O movimento do Pix está dentro da variação sazonal [característica] de início de ano", informou o Banco Central, ao ser questionado pelo g1 sobre a queda de transações e da recursos transferidos de dezembro do ano passado para janeiro de 2025. Em novembro de 2024, quando o PIX fez aniversário de quatro anos, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Gomes, comentou que o país estava próximo de ter toda a população adulta utilizando a ferramenta. "Uma das coisas que mais impressionam é o uso do PIX por pequenos comerciantes, o microempreendedor individual, pelo sujeito que antes tinha dificuldade em oferecer um meio de pagamento digital aos seus clientes. Isso permitiu novos modelos de negócios, a pessoa que passa vender produto na rede social, que precisa de um pagamento instantâneo. E também incluiu muita gente que mora em regiões remotas, que não tem agência bancária", avaliou o diretor do BC, Renato Gomes, no ocasião. No começo desta semana, a Receita Federal negou que as alterações previstas no acompanhamento de movimentações financeiras, revogadas nesta quarta, tinham por objetivo pegar pequenos comerciantes. Governo revoga norma da Receita que aumentava fiscalização sobre o PIX Polêmica, fake news e recuo do governo Com a virada do ano, a Receita Federal começou a contar com novos instrumentos de fiscalização sobre as transações financeiras realizadas pelos contribuintes. Além dos grandes bancos varejistas, já abrangidos pela regra anterior de envio de movimentações financeiras e cartão de crédito, entre elas o PIX, o órgão passou a cobrar também dados de cartão de crédito de "fintechs" e movimentações financeiras das instituições de pagamento. 🔎 As "fintechs", que reúnem milhões de clientes, são empresas que oferecem produtos financeiros inovadores, como novos meios de pagamento e cartões de crédito. 🔎As instituições de pagamento (IP) são empresas que viabilizam compra, venda e movimentação de recursos, mas não oferecem empréstimos e financiamentos a seus clientes. 🔎Varejistas de grande porte, bancos virtuais, carteiras digitais e as "maquininhas", entre outros, são alguns exemplos. As movimentações feitas pelos contribuintes por meio do PIX dos grandes bancos já estavam incluídas nas informações transmitidas à Receita Federal desde 2020, quando o novo sistema de transferências de recursos foi lançado. 💲 Com a mudança das regras, neste ano, os dados sobre movimentação financeira só passariam a ser enviados quando o montante total movimentado, por cada tipo de operação financeira (PIX, pagamento ou investimento, por exemplo), fosse: superior a R$ 5 mil, para pessoas físicas; superior a R$ 15 mil, para empresas. Com o aparecimento de fake news de que o PIX passaria a ser taxado pelo governo, o que foi negado pela área econômica, o governo recuou e decidiu suspender as mudanças no formato de fiscalização das movimentações financeiras. E anunciou que editará uma Medida Provisória assegurando que o PIX não será taxado. Com a revogação da norma que começou a valer no começo de 2025, as operações das "fintechs" e instituições de pagamento não terão mais de ser necessariamente reportadas ao Fisco. E os limites anteriores de envio das movimentações financeiras, pelos grandes bancos varejistas, também serão retomados. São eles: superior a R$ 2 mil, para pessoas físicas; superior a R$ 6 mil, para empresas. Ana Flor: governo perdeu para fake news no Pix Novidades do PIX Em meio à confusão que tomou conta das redes sociais, o Banco Central continua desenvolvendo o PIX, e promete novidades para o futuro. Em outubro do ano passado, a instituição iniciou o PIX Agendado Recorrente. 💡Essa modalidade do PIX permite que qualquer pessoa agende pagamentos de mesmo valor de forma recorrente, para cair na conta do recebedor sempre no mesmo dia de cada mês. Funciona, por exemplo, para quem paga aluguel diretamente para outra pessoa física e quer automatizar os pagamentos mensais. Em novembro de 2024, o BC passou a exigir o cadastro de dispositivos ainda não utilizados para realização de transações via PIX. "Quando o usuário troca de celular, ou computador, vai ter que cadastrar esse novo dispositivo, ou haverá um limite de R$ 200 por operação, ou R$ 1 mil por dia", disse o diretor do BC, Renato Gomes, no ano passado. Veja as novidades em gestação: Está prevista, para fevereiro de 2025, a universalização do PIX por aproximação, para permitir que os clientes bancários possam utilizar essa ferramenta para pagar contas com o telefone celular. "No Pix por aproximação, o cliente aproxima seu celular do dispositivo do recebedor (a 'maquininha') para que a transação possa ser realizada via Pix, de forma semelhante ao que já ocorre com os cartões de pagamento, usando a tecnologia NFC (Near Field Communication)", lembra o BC. O PIX por aproximação poderá ser feito por meio de uma carteira digital ou pelo aplicativo da instituição de relacionamento do cliente. A ideia é que esta ferramente esteja disponível também "offline" em 2026. O BC prevê, para junho deste ano, o PIX Automático. Essa modalidade de PIX poderá ser usada em cobranças recorrentes, como: contas de água e luz, escolas e faculdades, academias, condomínios. A ideia é permitir que o cliente agende previamente pagamentos que ele já sabe que precisará fazer a empresas. Hoje, isso pode ser feito no débito automático – mas as empresas precisam fechar parceria com cada banco para que o serviço esteja disponível. A instituição também promete aumentar a segurança da ferramenta ao ampliar, a partir do primeiro trimestre de 2026, o rastreamento de transferências. Uma nova versão do sistema vai permitir que os recursos de transferências fraudulentas possam ser rastreados para além da primeira conta receptora usada para cometer a fraude. A instituição quer, ainda, uma autenticação em dois fatores para cadastrar novos dispositivos, para evitar que o golpistas tente cadastrar dispositivo novo usando informações ou senhas do usuário (conseguidas em golpes por telefone, por exemplo). O Banco Central segue trabalhando para adotar, no futuro, o PIX internacional, que já é aceito em alguns países, como Argentina; Estados Unidos (Miami e Orlando) e Portugal (Lisboa), entre outros. O BC avalia que o formato atual de utilização do PIX, em outros paises, é "parcial", focada em estabelecimentos específicos. A ideia é que os pagamentos transfronteiriços possam ser feitos de forma definitiva, entre países, possa ocorrer no futuro. Mas ainda não há uma data definida. A ideia é interligar sistemas de pagamento instantâneos, disse o diretor do BC, Renato Gomes. A instituição também segue trabalhando no desenvolvimento do chamado "PIX Garantido", que possibilitará o parcelamento de compras pelos clientes no futuro com base nesse sistema de pagamentos. Ainda não há uma data prevista para o lançamento da funcionalidade, que poderá ser uma alternativa ao parcelamento no cartão de crédito, que é muito popular nas compras de produtos de maior valor. O BC informou, entretanto, que não pretende desenvolver ferramentas de crédito construídas dentro do sistema PIX. Que apenas incentivará que as instituições financeiras ofereçam o serviço com base na ferramenta. PIX: Governo vai acionar Justiça contra fake news e golpes, diz Haddad



Ministro encara fusão da Gol e da Azul como 'federação partidária' e diz que não vai permitir aumento de tarifa


16/01/2025 13:51 - g1.globo.com


Na quarta-feira (15), as empresas anunciaram um memorando de intenção para realizar uma fusão. Com a medida, as empresas vão controlar 60% do mercado de aviação civil nacional. Aviões da Azul e da Gol Ministério da Saúde/Divulgação e Celso Tavares/G1 O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse nesta quinta-feira (16) que encara a possível fusão das companhias aéreas Gol e Azul como uma "federação partidária", com manutenção de autonomia financeira e governança. Na quarta-feira (15), as empresas anunciaram um memorando de intenção para realizar uma fusão. O negócio depende de aval da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em Ponto entrevista: ministro Silvio Costa Filho LEIA TAMBÉM: Ações da Azul e da Gol disparam após anúncio de fusão Governo deve leiloar 50 aeroportos regionais na Amazônia Legal e no Nordeste; veja por estado Valor médio das passagens aéreas caiu 5% em 2024, diz ministro de Portos e Aeroportos "Eu encaro essa possível fusão, se o Cade avaliar, meio como uma federação partidária. Eles vão se fortalecer, pensando no fortalecimento da aviação brasileira. Mas, pelo que entendi, eles vão querer preservar as suas autonomias financeiras e de governança", declarou. 🔎 Uma federação partidária permite que os partidos atuem de forma unificada, inclusive lançando e apoiando candidatos, mas mantendo as suas legendas. "Qual o intuito nosso? É que a gente possa continua na agenda do fortalecimento da aviação brasileira. O pior cenário para o Brasil seria que essas empresas quebrassem. Acho que o pior cenário para o país é esse", disse. Para Costa Filho, o governo precisa oferecer uma "mão amiga" para fortalecer o setor e preservar empregos. Com a fusão, as empresas vão controlar 60% do mercado de aviação civil nacional. De acordo com o ministro, a pasta não vai permitir o incremento no preço das passagens aéreas. "Tanto Anac quanto ministério, todo nosso conjunto vai estar vigilante em relação ao preço da passagem aérea, para que isso não aconteça [o aumento]", disse em conversa com jornalistas. "A gente não vai permitir qualquer movimento errático de uma possível fusão, mas a gente precisa ainda entender essa fusão tecnicamente. A gente respeita o Cade, vamos aguardar o Cade", declarou. O ministro disse ainda que vai se reunir com as empresas na próxima semana, quando a possível fusão deve ser detalhada. Costa Filho disse que o governo não vai aceitar aumentos abusivos, mas ressaltou que o governo não pode intervir no preço da passagem. "A gente espera que possa haver solidariedade das companhias em relação aos preços, que é o que tem acontecido", disse. O ministro disse ainda que a possível fusão pode levar a um aumento no número de destinos, transferindo aviões que se sobreponham em alguns destinos atendidos por ambas as empresas, Azul e Gol. Fusão entre Gol e Azul O grupo Abra, controlador das companhias aéreas Gol e Avianca, assinou um memorando de entendimento com a Azul com o objetivo de unir negócios no Brasil. A informação foi divulgada na noite desta quarta-feira (15). Em comunicado a investidores, a Gol informou que o acordo representa a fase inicial de um processo de negociação que visa "explorar a viabilidade de uma possível transação". Caso a combinação se confirme, as duas companhias devem manter suas marcas e certificados operacionais de forma independente. Em janeiro de 2024, a Gol entrou com pedido de reestruturação nos Estados Unidos. O chamado "Chapter 11", que se refere ao Capítulo 11 da Lei de Falências norte-americana, é semelhante ao processo de recuperação judicial no Brasil. À época, a empresa afirmou que o objetivo do processo seria reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e "fortalecer sua estrutura de capital para ter sustentabilidade no longo prazo". As dívidas da companhia eram estimadas em R$ 20 bilhões. Depois do anúncio da possível fusão, ações da Azul disparavam mais de 4% e as da Gol subiam quase 8%.



Ações da Azul e da Gol disparam após anúncio de fusão


16/01/2025 13:36 - g1.globo.com


Papéis chegaram a disparar mais de 8% na quinta-feira. Grupo controlador da Gol informou que assinou um memorando de entendimento com a Azul para unir negócios no Brasil. Negociação está em fase inicial. Aviões da Gol e da Azul. Igor Santorsula/PlaneSpotters | Divulgação/Embraer As ações da Azul e da Gol fecharam em forte alta nesta quinta-feira (16), após a notícia de uma possível fusão entre as duas companhias aéreas. As ações da Azul fecharam em alta de 3,63% e as da Gol subiram 4,29%. A Gol está listada na B3, a bolsa de valores brasileira, sob "Outras Condições" devido ao pedido de reestruturação nos EUA. (entenda mais abaixo) O grupo Abra, controlador da Gol e Avianca, assinou um memorando de entendimento com a Azul para unir negócios no Brasil. Se concretizada, a fusão criaria uma gigante do setor de aviação, com 60% do mercado doméstico e superando os 40% da Latam, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em comunicado a investidores, a Gol informou que o acordo representa a fase inicial de um processo de negociação que visa "explorar a viabilidade de uma possível transação". Se o negócio for adiante, as duas companhias devem manter suas marcas e certificados operacionais de forma independente. "As melhorias nas ofertas aos clientes e as eficiências geradas por esta operação permitirão que a entidade resultante continue crescendo e desenvolvendo a aviação no Brasil, através de uma malha que serve o maior número de destinos no Brasil, apoiada por uma frota flexível, com foco na excelência do atendimento", afirmou a Azul em comunicado divulgado a investidores, na véspera. Conforme o acordo assinado nesta quarta, a união dos negócios entre Gol e Azul está sujeita à "consumação do plano de reorganização no âmbito do procedimento de Chapter 11" e a "outras condições e aprovações para o fechamento a serem negociadas". Dificuldades pós-Covid As duas companhias aéreas têm enfrentado dificuldades financeiras desde a pandemia de Covid-19, tendo sido forçadas a reestruturar dívidas e gerenciar custos. De um lado, a Azul precisou fechar acordos no ano passado para conseguir eliminar obrigações financeiras e obter mais capital. De outro, a Gol precisou entrar com um pedido de reestruturação nos Estados Unidos, o chamado "Chapter 11", que se refere ao Capítulo 11 da Lei de Falências norte-americana e é semelhante ao processo de recuperação judicial no Brasil. "A companhia continua focada em concluir as etapas restantes dos seus procedimentos do Chapter 11 em andamento, com o objetivo de emergir de seu processo de reestruturação como uma companhia independente e capitalizada", disse a Gol em comunicado. À época do pedido, a empresa afirmou que o objetivo do processo seria reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e "fortalecer sua estrutura de capital para ter sustentabilidade no longo prazo". As dívidas da companhia eram estimadas em R$ 20 bilhões. Governo fecha acordo com aéreas e vai reduzir em R$ 5,8 bi dívidas da Gol e Azul Recuperação da Gol: entenda a reestruturação da empresa e por que tantas aéreas estão em crise Gol entra com pedido de recuperação judicial nos EUA



Governo deve leiloar 50 aeroportos regionais na Amazônia Legal e no Nordeste; veja por estado


16/01/2025 13:33 - g1.globo.com


Previsão é que o edital seja lançado entre março e abril, com os primeiros contratos assinados ainda no primeiro semestre de 2025. Avião Freepik O governo deve leiloar 50 aeroportos regionais na Amazônia Legal e no Nordeste, movimentando R$ 3,4 bilhões em investimentos na primeira fase do programa AmpliAR (veja lista abaixo). A previsão é que o edital seja lançado entre março e abril, com os primeiros contratos assinados ainda no primeiro semestre de 2025. Anac realiza fiscalização especial em 14 aeroportos brasileiros até o fim de janeiro As informações são do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, em conversa com jornalistas nesta quinta-feira (16). Como adiantou o g1 em novembro, o programa inclui pistas de administração municipal ou estadual, localizadas em municípios como Balsas (MA), Rorainópolis (RR) e Oiapoque (AP). O objetivo é sanar o déficit de infraestrutura nesses locais, assim como estimular a aviação comercial em alguns desses municípios. Segundo o ministro, algumas concessionárias já demonstraram interesse em administrar os aeroportos e estão realizando visitas técnicas. O g1 apurou que a Aena, GRU (que administra Guarulhos) e RIOgaleão (que opera o Galeão, no Rio de Janeiro) estão entre as empresas. Aeroportos por estado O ministério deve leiloar 15 aeroportos na Amazônia e 11 no Pará. Veja os estados com aeroportos regionais previstos para leilão: Aeroportos por estado Aeroportos regionais Acre (AC) Tarauacá Marechal Thaumaturgo Amazonas (AM) Carauari Eirunepé Lábrea São Paulo de Olivença Santo Antônio do Içá Barcelos Manicoré São Gabriel da Cachoeira Fonte Boa Santa Isabel do Rio Negro Itacoatiara Borba Maués Parintins Apuí Pará (PA) Almeirim Breves Salinópolis Itaituba Oriximiná Jacareacanga Novo Progresso Tucuruí Redenção Paragominas São Félix do Xingu Rondônia (RO) Guajará-Mirim Vilhena Cacoal Costa Marques Bahia (BA) Lençóis Paulo Afonso Guanambi Pernambuco (PE) Serra Talhada Araripina Garanhuns Piauí (PI) São Raimundo Nonato Maranhão (MA) Barreirinhas Bacabal Balsas Tocantins (TO) Araguaína Mato Grosso (MT) Aripuanã Juína Cáceres Tangará da Serra Canarana Porto Alegre do Norte Primavera do Leste Qual o plano do governo? Ao todo, o programa deve contar com 100 aeroportos regionais deficitários. Por isso, o governo não espera conseguir transferir todos dessa lista para empresas privadas. Eles serão apresentados para as concessionárias que já operam no país. E, no leilão, serão divididos em blocos para tornar a operação mais atrativa. Na disputa, as concessionárias vão se comprometer a fazer investimentos e operar os terminais regionais (fora dos grandes centros urbanos). Em troca, as empresas vão poder mudar os termos dos contratos já vigentes nos grandes aeroportos que estão sob sua operação. Há quatro formas de ajustar esses contratos em andamento em grandes aeroportos: desconto em outorga, se ainda tiver valor a ser quitado; aumento de prazo do contrato a até mais cinco anos; aumento de tarifa (alternativa que o governo tentará evitar pelo impacto político); substituição de obrigação contratual de investimento, como construção de novas pistas em aeroportos que já estão operando e não serão mais necessárias. A ideia é ampliar investimentos nessas regiões mais afastadas dos grandes centros, pois mais empresas passam a ter interesse por locais mais conectados com o país. É possível que esses terminais tenham aumento de aviação comercial, mas o governo acredita que as concessões terão mais viés de crescimento econômico da região, além de permitir que moradores de comunidades isoladas possam ser socorridos mais rapidamente em casos de emergência.



Valor médio das passagens aéreas caiu 5% em 2024, diz ministro de Portos e Aeroportos


16/01/2025 13:18 - g1.globo.com


Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o valor médio no ano passado foi de R$ 632,16. De acordo com o ministro, metade dos passageiros pagou menos de R$ 500. Ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Vanessa Rodrigues/Jornal A Tribuna O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse nesta quinta-feira (16) que a tarifa média das passagens aéreas caiu 5,1% em 2024. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o valor médio no ano passado foi de R$ 632,16. De acordo com o ministro, metade dos passageiros pagou menos de R$ 500. Muita gente está trocando o avião pelo ônibus por causa do preço das passagens aéreas no fim do ano "A gente precisa fazer esse debate de tentar incutir na cultura do brasileiro a possibilidade de comprar passagens com mais antecedência", disse em conversa com jornalistas nesta quinta-feira (16). Em 2024, a taxa de ocupação das aeronaves chegou a 84% — maior índice desde 2002. O preço das passagens é um dos componentes da inflação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, a inflação teve alta de 0,52%. O grupo de transportes teve peso na inflação do mês, com alta de 4,54% para as passagens aéreas. Costa Filho afirmou que o aumento no preço das passagens desde a pandemia, em 2020, é uma questão que afeta o Brasil e o mundo. O ministro também atribui a pressão inflacionária à falta de aeronaves no mercado. "Hoje temos um processo muito preocupante no mundo que é a falta de aeronaves. Qualquer aeronave dessas demora quatro ou cinco anos [a entrega do avião]", declarou. Voa Brasil Questionado sobre o impacto do Voa Brasil, o ministro disse que as tarifas a R$ 200 não foram consideradas no levantamento da Anac sobre o valor médio das passagens. Costa Filho afirmou que o objetivo do programa é ampliar o acesso ao transporte aéreo e não reduzir o custo médio das passagens. "O intuito do Voa Brasil não é reduzir o preço da passagem. É efetivamente incluir o aposentado que não tem a oportunidade de viajar pelo Brasil, ou seja, é muito mais o papel institucional de inclusão social", disse. O ministro disse ainda que a pasta pretende divulgar o programa por meio de campanhas publicitárias para alcançar o público alvo do Voa Brasil, que são aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). "O ministério não tinha publicidade, a gente está trabalhando para fazer um processo licitatório para o ministério e a gente poder também ampliar uma maior divulgação do Voa Brasil, porque muitas vezes o aposentado que está no sertão de Pernambuco, ou na região Norte, no Amazonas, ele não tomou conhecimento do programa", declarou. Segundo dados de dezembro, o programa Voa Brasil fechou o quarto mês de funcionamento com 20 mil passagens reservadas. Lançado em julho, o Voa Brasil beneficia aposentados com passagens aéreas de até R$ 200 o trecho. A previsão era de reservar até 3 milhões de bilhetes em um ano.





Concurso dos Correios: resultados serão divulgados nesta sexta; veja como acessar e próximos passos


16/01/2025 12:20 - g1.globo.com


Mais de 1 milhão de pessoas realizaram as provas em dezembro. A seleção vai preencher 3.511 vagas imediatas, com salários que variam de R$ 2.429,26 a R$ 6.872,48. Concurso dos Correios oferece mais de 3 mil vagas de nível médio e superior Joédson Alves/Agência Brasil Os resultados preliminares das provas objetivas do concurso público dos Correios e o cronograma atualizado do certame serão divulgados nesta sexta-feira (17), informou a estatal em nota enviada ao g1. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. As informações estarão disponíveis no site dos Correios e do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), a banca responsável pela organização do processo seletivo. Mais de 1 milhão de pessoas realizaram as provas do concurso em dezembro. Esse é o maior concurso da estatal nos últimos 13 anos. ➡️ Acesse os gabaritos oficiais do concurso dos Correios O número de inscritos nesta edição foi de 1,6 milhão, o que faz com que a taxa de comparecimento tenha sido de 59,85%. O total de inscritos foi maior que o último concurso nacional da empresa em 2011, quando 1,1 milhão de pessoas se cadastraram para mais de 9 mil oportunidades. A seleção vai preencher 3.511 vagas imediatas, sendo 3.099 de nível médio, para o cargo de carteiro, no qual concorrem 93% (1.560.704) dos inscritos. O restante dos candidatos (111.967) concorre aos cargos de nível superior: advogado, analista de sistemas, arquiteto, arquivista, assistente social e engenheiro. Os salários variam de R$ 2.429,26 a R$ 6.872,48. Do total de vagas a serem preenchidas, 30% são reservadas para negros (pretos e pardos) e indígenas, e 10% para pessoas com deficiência. Além da remuneração, que aumenta conforme o tempo de serviço e o mérito do funcionário, os Correios oferecem uma série de benefícios que ajudam a complementar a renda dos trabalhadores selecionados, como: Vale-alimentação/refeição: quase R$ 1,4 mil por mês. Vale-transporte: disponível para todos os funcionários. Plano de saúde: possibilidade de adesão. Auxílio-creche/auxílio-babá: até R$ 714,72 para empregadas com filhos menores de 7 anos. Reembolso de despesas para filhos dependentes de cuidados especiais: até R$ 1.030,58. Adicional de atividades externas: 30% do salário-base (inicialmente R$ 728). Adicional por serviço no fim de semana: 15% do salário-base pelas horas trabalhadas. Gratificação de "quebra de caixa": R$ 267,64 para quem atua em guichês de agências. As vagas ofertadas estão distribuídas em cidades de todo o país, e os candidatos vão concorrer somente com os inscritos da mesma localidade, selecionada no momento da inscrição. (veja o mapa) ➡️ No caso do cargo de carteiro, as vagas foram divididas em "macrorregiões", que receberam o nome de uma cidade, mas englobam vários municípios naquela área. É possível ver essa relação no Anexo II do edital. ➡️ Já para as carreiras de nível superior, as oportunidades estão distribuídas nas superintendências estaduais (SE) dos Correios. São 28, no total, em todos os estados brasileiros. O prazo de validade do concurso dos Correios será de um ano a partir da data de homologação do resultado final, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. G1 em 1 Minuto: Concurso dos Correios: o que faz o carteiro O maior concurso dos últimos 13 anos Os Correios não realizavam um concurso público em âmbito nacional desde 2011, quando 1,1 milhão de pessoas se inscreveram para mais de 9 mil oportunidades. Nesta edição, o processo preencherá mais de 3,5 mil vagas. No entanto, os sindicatos alegam que essa quantia não é suficiente para suprir o déficit de mão de obra na empresa. Recentemente, inclusive, a estatal abriu um Programa de Desligamento Voluntário (PDV), que viabilizou a saída de trabalhadores. Por isso, especialistas em concursos públicos acreditam que um número bem maior de candidatos será chamado para ocupar os cargos nos próximos meses, apesar de os editais publicados não especificarem oportunidades de cadastro reserva. Ainda em 2024, a empresa também abriu as inscrições para outro concurso, com 33 vagas e salários iniciais de até R$ 6,8 mil. As oportunidades eram para cargos da área de medicina e segurança do trabalho. Correios lançam edital pra mais de 3 mil vagas com salários de até R$ 6 mil



'Prévia do PIB' do BC tem expansão de 0,1% em novembro, com estabilidade no ritmo de alta


16/01/2025 12:17 - g1.globo.com


Esse foi o quarto mês seguido de expansão do indicador que mede o nível de atividade. Na parcial do ano, índice subiu 3,8% e, em 12 meses até outubro, o IBC-Br apresentou crescimento de 3,6%. Indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços. Jornal Nacional O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (16), mostrou expansão de 0,1% em novembro, na comparação com o mês anterior. Com isso, houve relativa estabilidade no índice, que teve crescimento de 0,1% também em outubro. Esse foi o quarto mês seguido de alta do indicador. O cálculo é feito após ajuste sazonal — ou seja, uma forma de comparar períodos diferentes. O IBC-Br é considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB) — soma de todos os bens e serviços produzidos no país, que mede a evolução da economia. Na comparação com novembro do ano passado, o indicador alcançou aumento de 4,1%, segundo o Banco Central. Nos onze primeiros meses de 2024, o aumento acumulado é de 3,8% em relação ao mesmo período de 2023. Já em 12 meses até novembro, a alta foi de 3,6%. Banco Central melhora projeção do PIB de 2024 para 3,5% Desaceleração esperada Os números da atividade têm surpreendido tanto o mercado financeiro quanto o Banco Central, que têm elevado sistematicamente, com o passar do tempo, suas projeções de expansão da economia. 🔎No terceiro trimestre deste ano, o PIB avançou 0,9%, acima novamente das projeções dos economistas. O Banco Central avaliou, por meio do comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que "o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo". Entretanto, em um cenário de juros altos, com a taxa brasileira em 12,25% ao ano, uma das maiores do mundo em termos reais, com o objetivo de conter as pressões inflacionárias, economistas projetam desaceleração da economia. Na semana passada, o mercado financeiro projetou uma expansão de 3,5% para 2024, de 2% para 2025 e de 1,8% para 2026. PIB e IBC-Br O PIB mede o desempenho da economia. Se o indicador cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. 🔎 Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total são menores. Contudo, nem sempre a alta do PIB equivale a bem-estar social. Já o IBC-Br é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente — o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.



Dólar sobe e fecha a R$ 6,05, de olho em dados de atividade no Brasil e no exterior; Ibovespa cai


16/01/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda norte-americana avançou 0,48%, cotada a R$ 6,0532. Já o principal índice da bolsa recuou 1,15%, aos 121.234 pontos. Cédulas de dólar Pexels O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (16), cotado a R$ 6,05, após ter ficado abaixo de R$ 6 ao longo da sessão — nível que não era atingido há mais de um mês. Na mínima do dia, a moeda chegou a ser negociada a R$ 5,99. Investidores ficaram de olho em novos dados de atividade econômica no Brasil e na China. Além disso, as notícias sobre um possível cessar-fogo entre Israel e Hamas também permaneceram no radar. Na agenda, o principal destaque ficou com a divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), do Banco Central, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O indicador registrou alta de 0,1% em novembro, indicando relativa estabilidade do índice. O mercado também segue à espera da divulgação de novos dados na China, incluindo o PIB do 4º trimestre, a produção industrial de dezembro e os números de investimento e consumo para avaliar a recuperação econômica do gigante asiático e a eficácia do pacote de apoio de Pequim. Já no Oriente Médio, após 467 dias de guerra em Gaza e quase 48 mil mortos, a expectativa é que o tratado entre em vigor no domingo (19). Esse é o segundo acordo de trégua desde o início do conflito em outubro de 2023, que intensificou as tensões no Oriente Médio. Desta vez, a proposta é implementar medidas para acabar com o conflito em fases. Saiba mais na reportagem do g1. Por fim, investidores acompanharam os desdobramentos da polêmica envolvendo o PIX e continuaram a monitorar resultados corporativos. Também seguiram atentos a eventuais sinalizações sobre o impacto dos últimos números de emprego e inflação na condução dos juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumula alta 27% no ano; Ibovespa tem recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar neste fim do ano O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar O dólar subiu 0,48%, cotado a R$ 6,0532. Na mínima, chegou a R$ 5,9955, abaixo de R$ 6 pela primeira vez em mais de um mês. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,79% na semana; recuo de 2,05% no mês e no ano. Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,36%, cotada a R$ 6,0241. Ibovespa O Ibovespa recuou 1,15%, aos 121.234 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 2% na semana; ganho de 0,79% no mês e no ano. Na véspera, o índice fechou em alta de 2,81%, aos 122.650 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Os investidores movimentaram os negócios desta quinta-feira (16) de olho em uma série de indicadores econômicos no Brasil e no mundo. Por aqui, o foco ficou com o IBC-Br do Banco Central. Apesar da expectativa de que o indicador registre uma desaceleração da atividade econômica do país, o mercado não espera uma mudança na postura do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na condução dos juros. A próxima reunião do comitê acontecerá no final deste mês. A maior parte dos economistas e analistas do mercado financeiro espera que o colegiado promova pelo menos mais duas altas da taxa básica de juros (Selic) ao longo deste ano. No quadro fiscal, as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 4,5 bilhões em novembro, uma melhora em relação ao déficit de R$ 38 bilhões no mesmo período do ano passado. Nos primeiros onze meses deste ano, o déficit acumulado foi de R$ 66,82 bilhões, comparado a R$ 112,46 bilhões no mesmo período do ano passado. Ainda no cenário doméstico, o mercado também ficou de olho nas polêmicas envolvendo o PIX. Após gerar uma repercussão negativa, o governo decidiu revogar o ato que ampliou as normas de fiscalização no sistema de pagamentos. A medida veio após uma enxurrada de fake news que invadiu as redes, dizendo que o PIX seria taxado, o que não é verdade. Integrantes da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — e até mesmo o próprio presidente — chegaram a gravar vídeos e dar declarações para esclarecer as medidas, mas não obtiveram sucesso. Além da revogação da norma, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também informou que o governo vai editar uma medida provisória para assegurar que as transferências realizadas por meio do PIX não possam ser tributadas. A MP também vai determinar que seja proibido diferenciar preços de produtos e serviços para o pagamento em dinheiro ou via PIX. Cenário internacional Já no exterior, a agenda recheada de indicadores econômicos ficou no radar. Além da temporada de balanços corporativos, o mercado ainda aguarda novos dados de atividade e emprego nos Estados Unidos. Do lado dos juros, apesar de os últimos dados de inflação nos EUA, divulgados nesta semana, terem sido bem recebidos pelo mercado, a expectativa é que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) continue com uma condução cautelosa da política monetária por lá. Na véspera, o presidente da distrital do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou acreditar que a inflação está progredindo em direção à meta de 2%, e que está particularmente encorajado pela recente flexibilização da inflação relacionada ao setor imobiliário e otimista quanto à continuidade da desaceleração econômica em 2025. Ao mesmo tempo, Goolsbee afirmou, durante um fórum sobre perspectivas econômicas no Fed de Chicago, que os sinais recentes de arrefecimento da inflação são desanimadores, porque se encaixam no que tem sido um padrão persistente de melhorias sazonais nas pressões sobre os preços. Esse cenário de dólar forte e juros mais altos do que o previsto nos EUA fica ainda mais evidente com a eleição de Donald Trump para a Casa Branca. O novo presidente dos EUA promete uma agenda protecionista, priorizando a atividade interna e limitando a concorrência estrangeira. Isso pode pressionar a inflação e impedir novos cortes de juros pelo Fed. Do outro lado do mundo, na China, dados do PIB, da produção industrial e de investimento e consumo ficam na mira, conforme investidores avaliam a recuperação econômica do paós e a eficácia do pacote de apoio de Pequim. *Com informações da agência de notícias Reuters



Importações de arroz em 2024 são as maiores em 21 anos no Brasil, aponta levantamento


16/01/2025 09:00 - g1.globo.com


Mercado do arroz passou por turbulências e oscilações de preços, especialmente após enchentes de abril e maio de 2024 no Rio Grande do Sul, que afetaram a produção. Mercado do arroz foi marcado por turbulências e oscilações de preços, especialmente após as enchentes enchentes de abril e maio de 2024 no Rio Grande do Sul, que afetaram a produção Jornal Nacional/ Reprodução Após seis anos de superávit na balança comercial, as importações de arroz são as maiores já registradas nos últimos 21 anos e superam as exportações. Segundo dados compilados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), foram importados 1,49 milhão de toneladas de arroz em casca. A marca ultrapassa o volume de 1,41 milhão de toneladas compradas do cereal no ano anterior. O mercado do arroz foi marcado por turbulências e oscilações de preços, especialmente após as enchentes de abril e maio de 2024 no Rio Grande do Sul, que afetaram as lavouras no maior estado produtor do cereal no Brasil. - Entenda cenário, abaixo, na reportagem. 📲Participe do canal do g1 Piracicaba no WhatsApp Quanto aos preços domésticos, levantamentos do Cepea mostram que os valores parecem ter encontrado certo nível de suporte nas regiões do Rio Grande do Sul. Produção de arroz Reprodução Importações superam exportações As exportações somaram 1,42 milhão de toneladas no balanço de 2024, contra 1,75 milhão em 2023, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), compilados pelo Cepea. Com esse resultado, as importações superaram as exportações em cerca de 74 mil toneladas no ano. "O mercado de arroz passou por expressivas oscilações e turbulências ao longo de 2024. Segundo levantamentos do Cepea, no primeiro trimestre, os preços caíram fortemente, refletindo a expectativa de crescimento da oferta. A catástrofe climática no Rio Grande do Sul, no final de abril, porém, trouxe incertezas quanto ao impacto sobre as áreas que ainda precisavam ser colhidas, assim como sobre perdas de produto estocado, impulsionando as cotações rapidamente", analisa pesquisadores do Cepea para o setor. Notícias sobre leilões públicos para importação de arroz beneficiado acentuaram o cenário turbulento no setor. LEIA MAIS Tragédia no RS afeta produções de arroz; entenda importância do estado no agro Da pecuária ao hortifruti: entenda como enchentes no Sul afetam produção, preços e logística de distribuição do Agro Valores Os valores seguiram firmes até meados de novembro, voltando a se enfraquecer no encerramento do ano, ainda conforme pesquisas do Cepea. Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,61 milhão de hectares com arroz, 8,6% a mais que na temporada anterior. A produtividade foi estimada em 6,59 t/ha, 2,8% menor que a de 2023. "Com isso, a produção somou 10,59 milhões de toneladas, aumento de 5,52% sobre a safra anterior, segundo dados da Conab. Somada aos estoques iniciais de 2,02 milhão de toneladas em fev/24 e às importações de 1,7 milhão de toneladas, a disponibilidade interna ficaria em 14,3 milhões de toneladas", aponta o Cepea. Desse total, a previsão é que 11 milhões de toneladas sejam consumidas internamente e 1,3 milhão de toneladas, exportadas. Assim, o estoque final está estimado em 2 milhões toneladas em fevereiro de 2025, gerando uma relação estoque/consumo de 18,2%, a menor desde a temporada 2018/19. Chuvas no RS causam destruição no campo VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba



Gracyanne Barbosa consome 55 vezes mais ovos do que brasileiro comum; 'ovômetro' monitora consumo no BBB


16/01/2025 07:01 - g1.globo.com


Medo de ficar sem ovos já levou a influenciadora a compra de 600 caixas e virar meme. No Big Brother Brasil 25, musa fitness come cerca de 9 unidades por dia. Ovômetro no BBB monitora o consumo de ovos por Gracyanne Barbosa Reprodução / TV Globo Gracyanne Barbosa estreou na segunda-feira (13) no Big Brother Brasil e um item importante na sua dieta já ganhou destaque: o ovo. Nos dois primeiros dias de confinamento, a influenciadora fitness consumiu, em média, 9 unidades por dia, segundo o "ovômetro", criado para monitorar o seu consumo no programa. Mas quem segue a musa do carnaval sabe que ela está comendo bem menos do que em casa: em 2022, ela revelou consumir 40 ovos por dia, durante uma entrevista para o podcast "De onde vem o que eu como". Ovo caipira, orgânico, convencional e enriquecido: g1 explica as diferenças E este número não considera os ovos usados nas receitas que ela compartilha nas redes sociais, disse Gracyanne. A modelo de fisiculturismo explicou que gosta mais das claras, mas que as gemas também fazem parte da dieta — duas por refeição, no máximo. O g1 fez as contas: 40 ovos por dia são 14.600 por ano, mais de 55 vezes o consumo do brasileiro em 2024. E olha que no ano passado o país bateu recorde: foram cerca de 263 ovos por habitante, segundo projeção da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) de novembro. Em 2024, a estimativa da produção brasileira de ovos foi de mais de 57 bilhões e, este ano, o número deve subir para 59 bilhões de unidades, aponta a ABPA. Vai ter também mais gente comendo ovos: o consumo per capta deve subir para 272 em 2025, diz a instituição. Escute o podcast abaixo e relembre a entrevista: No episódio, Gracy lembrou que, durante a greve dos caminhoneiros em 2018, ela comprou 600 caixas de ovos por medo de ficar sem o alimento. "Em casa só tinha ovo!", brinca. Initial plugin text Ela carrega sua marmitinha com comida caseira para todo lado. E a fama de fã de ovos também provoca situações inusitadas com os fãs. “Cada vez que eu falava: Caramba, meu voo atrasou! Minha comida vai acabar! Aí os fãs levavam ovo para mim no aeroporto. É a coisa mais fofa, né? Ovo pronto, cru, de tudo quanto é jeito”, disse ela. E o memes? São muitos. “Todos os memes que existem no mundo de ovo, as pessoas me marcam, me mandam. Eu recebo todos os dias!”, contou. E, não, ela diz que não enjoa de comer ovo todo dia, nos últimos 20 anos. Gracyanne Barbosa em ensaio da escola de samba União da Ilha em 2020 Marcos Serra Lima/G1 Saiba mais: Joselma faz comentários divertidos sobre o 'shape' de Gracyanne Barbosa: 'Vou comer 60 ovos' No BBB 25, Gracyanne Barbosa conta em qual exercício 'não teve futuro' Mas será que pode? Gracyanne contou que sua dieta elaborada por um nutrólogo, um médico especializado e responsável por avaliar a ingestão de nutrientes e o risco de doenças relacionadas à alimentação. No caso da modelo, a ingestão de 40 ovos por dia faz parte de uma rotina intensa de exercícios físicos. “Está de acordo com o que eu preciso, com os gastos com as minhas atividades. Nunca passei mal”, afirmou. Mas, atenção: isso não vale para todo mundo. Regra nº 1: não se compare A nutricionista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Cintia da Silva alertou que não dá para sair fazendo as dietas de outras pessoas. "Não existe esse negócio de copiar dieta. Cada indivíduo tem uma necessidade energética, tem um metabolismo diferente. Precisa ser adequado para cada caso", explica. Os ovos são os queridinhos de atletas e praticantes de atividades físicas intensas porque são fonte de proteína, de vitaminas e de minerais. Regra nº 2: procure um profissional Os nutricionistas são profissionais capacitados para calcular a ingestão diária de proteínas necessárias para o metabolismo. Além disso, outros profissionais podem auxiliar. “O endocrinologista pode verificar questões relacionadas aos hormônios e o educador físico, à quantidade de exercícios. Se a pessoa tiver alguma comorbidade, deve procurar também um cardiologista”, orienta a nutricionista. Regra nº 3: melhor variar Cintia orienta que a busca deve ser pela variedade da dieta: "Mesmo os ovos sendo uma boa fonte de proteína, o ideal é você revezar com as carnes, as leguminosas, os lácteos, e não utilizar um alimento como única fonte de nutriente”. Leia também: Initial plugin text Frango em alta, porco e ovos em baixa: entenda cenário de oscilação de preços das proteínas em janeiro Galinha que produz ovo orgânico tem direito a banho de areia, dieta controlada e escolhe seu ninho Veja também: Como saber se o ovo está bom? g1 testa truques que bombam nas redes sociais Carne de segunda? Conheça o shoulder, uma alternativa para um churrasco mais barato



Mega-Sena pode pagar R$ 38 milhões nesta quinta-feira


16/01/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.816 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 38 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (16), em São Paulo. No concurso da última terça (14), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



AGU pede à PF abertura de inquérito policial para investigar fake news sobre o PIX


16/01/2025 00:34 - g1.globo.com


Medida ocorre após uma onda de desinformação nas redes sociais sobre uma suposta taxação do PIX. Mais cedo nesta quinta, governo revogou medida que ampliaria fiscalização sobre o PIX e gerou rumores de tributação. Governo revoga norma da Receita que aumentava fiscalização sobre o PIX A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou nesta quarta-feira (15) um ofício à Polícia Federal pedindo a abertura de um inquérito para investigar a disseminação de informações falsas e a prática de golpes relacionados ao PIX. A medida ocorre após uma onda de desinformação nas redes sociais sobre uma suposta taxação do PIX. "Os resultados negativos da ampla disseminação de desinformações sobre o PIX já estão sendo sentidos com a maior queda de número de transações desde a implementação do sistema, após desinformação sobre sua taxação, conforme dados do Banco Central", afirmou a AGU no pedido à PF. As fake news se intensificaram após o governo anunciar, no início do mês, uma ampliação da fiscalização de operações financeiras, que passariam a incluir o PIX. Mas o governo disse que pequenos comerciantes ou usuários do PIX não eram os alvos. E também ressaltou que não haveria taxação da ferramenta. Mesmo assim, a repercussão negativa foi tão grande, assim como o temor de taxação, que o governo voltou atrás e revogou a medida nesta quarta. Agora, o Executivo vai buscar a penalização de quem divulgou as informações falsas. "Manifestações em plataformas digitais não podem ser realizadas para gerar desinformação sobre políticas públicas nem minar a legitimidade das instituições democráticas, nem causar pânico na população, porquanto tal atuar causa prejuízos concretos ao funcionamento eficiente do Estado Democrático de Direito", argumentou a AGU à PF. O que foi revogado pela Receita Federal? A instrução normativa da Receita, que agora será revogada, ampliava a fiscalização sobre operações financeiras realizadas por contribuintes. A medida previa que instituições de pagamento, como operadoras de cartão e carteiras digitais, enviassem dados à Receita quando valores ultrapassassem: R$ 5 mil, para pessoas físicas; R$ 15 mil, para empresas. Esses dados já eram coletados de bancos tradicionais para operações como PIX, aplicações financeiras e investimentos. A ampliação, no entanto, gerou repercussão negativa e foi usada como pretexto para disseminar notícias falsas sobre uma suposta taxação do PIX.



Azul e dona da Gol assinam acordo para unir negócios no Brasil


15/01/2025 23:30 - g1.globo.com


Documento prevê que as companhias aéreas mantenham suas marcas e certificados operacionais de forma independente. Negociação está em fase inicial. Aviões da Azul e da Gol Ministério da Saúde/Divulgação e Celso Tavares/G1 O grupo Abra, controlador das companhias aéreas Gol e Avianca, assinou um memorando de entendimento com a Azul com o objetivo de unir negócios no Brasil. A informação foi divulgada na noite desta quarta-feira (15). Em comunicado a investidores, a Gol informou que o acordo representa a fase inicial de um processo de negociação que visa "explorar a viabilidade de uma possível transação". Caso a combinação se confirme, as duas companhias devem manter suas marcas e certificados operacionais de forma independente. "O acordo não tem impacto na estratégia, na condução dos negócios ou nas operações rotineiras da Gol", diz o documento. "A companhia continua focada em concluir as etapas restantes dos seus procedimentos do Chapter 11 em andamento, com o objetivo de emergir de seu processo de reestruturação como uma companhia independente e capitalizada". LEIA TAMBÉM: Gol entra com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos Capítulo 11: entenda o que é e qual a diferença para a recuperação judicial brasileira Governo fecha acordo com aéreas e vai reduzir em R$ 5,8 bi dívidas da Gol e Azul Em janeiro de 2024, a Gol entrou com pedido de reestruturação nos Estados Unidos. O chamado "Chapter 11", que se refere ao Capítulo 11 da Lei de Falências norte-americana, é semelhante ao processo de recuperação judicial no Brasil. À época, a empresa afirmou que o objetivo do processo seria reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e "fortalecer sua estrutura de capital para ter sustentabilidade no longo prazo". As dívidas da companhia eram estimadas em R$ 20 bilhões. Conforme o acordo assinado nesta quarta, a união dos negócios entre Gol e Azul está sujeita à "consumação do plano de reorganização no âmbito do procedimento de Chapter 11" e a "outras condições e aprovações para o fechamento a serem negociadas". Em nota, a Azul diz que o objetivo da combinação de negócios é "promover o crescimento da indústria aeronáutica brasileira, por meio de mais destinos, rotas, conectividade e serviços aos consumidores, com aumento da oferta de voos domésticos e internacionais". "As duas empresas têm aproximadamente 90% de rotas complementares e não sobrepostas. (...) A intenção de materializar sinergias entre as malhas aéreas e o uso das frotas da Azul e da Gol resulta em benefícios para o consumidor, como mais opções e produtos; e para o Brasil, com o aumento de novos destinos atendidos pela aviação brasileira", conclui a companhia. Gol entra com pedido de recuperação judicial nos EUA



Exportação recorde de café faz setor questionar Conab sobre dado de safra; produtores de arroz também reclamam


15/01/2025 22:34 - g1.globo.com


País teria produzido 54 milhões de sacas do grão, mas enviado 50 milhões para o exterior. Arrozeiros afirmam que dados do cereal também estão "equivocados". Prato do Futuro: café torrado no Sítio Berelu, em Cerqueira César (SP) Stephanie Rodrigues/g1 Após o Brasil fechar 2024 com exportação recorde de 50,443 milhões de sacas de 60 kg de café — não muito distante dos números atuais da safra brasileira estimados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) —, representantes de exportadores avaliaram nesta quarta-feira que os dados oficiais de produção do país devem estar subestimados. As estimativas governamentais para a safra de café do Brasil, maior produtor e exportador mundial, são historicamente mais baixas do que as apuradas pelo mercado, consultorias e órgãos como o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Mas a exportação de café do país ficar tão próxima da produção brasileira estimada pela Conab, de 54,8 milhões de sacas, se tornou razão de debate para melhorar os números, disseram dirigentes do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), ao serem instados a falar sobre o tema em entrevista coletiva. O Cecafé considera que o Brasil poderia ter exportado ainda mais em 2024, considerando 1,6 milhão de sacas que ficaram paradas nos portos por gargalos logísticos. "Uma projeção de produção de 54 e exportação que poderia ter sido 52 (considerando o volume não embarcado), ou realmente vamos chegar à conclusão de que não estamos consumindo absolutamente nada (de café internamente) ou que o número da Conab está completamente errado", disse o diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron. Ele lembrou que o Brasil é o segundo consumidor mundial de café, com demanda em torno de 20 milhões de sacas por ano. "Acredito que em 2024 será a grande oportunidade de comparar 54 [sacas] e 52 [sacas]. Ou temos estoque de café escondido embaixo dos colchões dos produtores", acrescentou, em tom de brincadeira O diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, lembrou que o problema é histórico e citou um caso. "Fomos chamados pela Conab há alguns anos, eles mostraram uma tabela grande de 2000 a 2020, fazendo um exercício de quanto o Brasil produziu, segundo ela própria, quanto consumiu, segundo a Abic [Associação Brasileira da Indústria de Café], e exportou, segundo o Cecafé. Isso dava uma falta de 103 milhões de sacas. É um problema gravíssimo", disse Matos. Segundo ele, os equívocos nos levantamentos de safra de café arábica existem, mas acontecem principalmente nos grãos canéforas, cuja produtividade cresceu nos últimos anos Ele disse que o Cecafé está liderando um processo para um georreferênciamento do parque cafeeiro e admitiu que em algum momento no futuro poderá ajudar a Conab a melhorar seus números. O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, disse que é preciso evitar fazer "críticas pejorativas" à Conab, mas destacou que "a metodologia (da estatal) pode estar bastante errada, e os números indicam que está". Ferreira afirmou que tem conversado com integrantes do governo e lideranças do setor produtivo para aprimorar os levantamentos estatais. "Não podemos admitir que uma Organização Internacional do Café (OIC) tenha como base um número para efeito de estatística, uma estimativa do USDA que conversa muito mais com uma realidade do que obviamente os números da Conab." Procurada, a Conab afirmou apenas que a estimativa do fechamento da safra 2024 de café do Brasil será divulgada na próxima terça-feira. A estatal costuma fazer quatro levantamentos da colheita brasileira ao longo do ano, e atualiza os números conforme os dados apurados. Calor deixa o café 'estressado', pode derrubar a produção brasileira e encarecer a bebida Produtores de arroz também questionam Os comentários dos dirigentes do Cecafé foram feitos no mesmo dia em que integrantes do setor produtivo do arroz do Rio Grande do Sul, maior Estado produtor brasileiro do cereal, divulgaram uma nota reclamando que a estimativa de safra da Conab está superestimada. "Agora, o mesmo governo divulga, através da Conab, dados equivocados sobre a produção de arroz, superestimando a produção com o intuito claro de intervir nos preços do cereal, o que pode causar mais problemas para produtores, indústrias, varejistas e, principalmente, consumidores", afirmou a nota da Farsul e da Fedearroz, em referência à estimativa divulgada na véspera. De acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a área plantada com arroz no Estado "efetivamente" cresceu em relação à 2024, "mas 2,69% e não 9,7%, como erroneamente está sendo informado pela Conab". "Embora pareça pouco, esse erro pode custar bilhões de reais ao país", acrescentou o comunicado. Questionado sobre o tema, a Conab afirmou que "refuta qualquer ilação quanto à manipulação de dados com o objetivo de influenciar o comportamento do mercado agrícola". A estatal afirmou que o acompanhamento da safra brasileira, realizado mensalmente pela Conab, reflete a expectativa de produção no mês anterior à publicação do relatório mensal de safra. "Destaca-se que a semeadura do arroz, no Rio Grande do Sul, finalizou na segunda semana de janeiro. A equipe técnica da Conab voltará a campo a partir da próxima semana. Esses dados serão publicados no relatório de fevereiro." A Conab afirmou ainda que tem feito parcerias para aprimorar os números e poderá dirimir quaisquer dúvidas relativas à área plantada de arroz no próximo levantamento. Saiba também: Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho Cafezinho em risco: como sombra de árvores pode ser solução para aumento da temperatura Leia também: Vai ter café para todo mundo? Entenda como calor extremo eleva preço e baixa quantidade e qualidade do grão De onde vem o que eu bebo: como é o café especial que faz o Brasil ser premiado internacionalmente



Polêmica do PIX: governo mirou sonegadores e recuou derrotado por fake news


15/01/2025 22:31 - g1.globo.com


Governo tentou cobrar imposto de quem sonegava, mas voltou atrás diante de mentiras, má comunicação e repercussão ruim. Governo não teve coragem de dizer verdade sobre taxação e sofreu duro golpe, diz Joel Pinheiro Na polêmica envolvendo o PIX o governo não teve coragem de dizer o óbvio: que iria cobrar imposto de quem sonegava. As novas regras de fiscalização da Receita Federal serviriam para monitorar transações financeiras e combater a sonegação, mas o governo recuou nesta quarta-feira (15) diante de uma onda de fake news, má comunicação e repercussão ruim. A história começa no dia 5 de janeiro após a Receita atualizar regras de monitoramento de transações financeiras, com o objetivo de impedir fraudes. Nessa data surgiram menções nas redes sociais sobre a possibilidade de taxação do PIX, o que sempre foi mentira. A desinformação rapidamente se espalhou, alimentada por um vídeo falso do ministro Fernando Haddad, criado com Inteligência Artificial. Essas fake news geraram uma grande reação nas redes sociais e forçou o governo, e até o próprio presidente Lula, a esclarecer que não haveria taxação do PIX. Uma das verdades no meio de um monte de fake news é que o governo estava de olho em quem não declarava devidamente o Imposto de Renda, mas não teve coragem de bancar e dizer que faria um cerco contra esses sonegadores, mostrou um ponto fraco e foi fortemente atacado. Entre as pessoas que poderiam ser alcançadas pela medida que havia sido anunciada pela Receita está um público que o governo tenta se aproximar, que são os trabalhadores informais e os empreendedores. Nas regras que o governo havia implementado e das quais recuou, estava a de monitorar quem movimentava acima de R$ 5 mil fora dos bancos tradicionais. Transações acima desse valor que eram realizadas por fintechs ou maquininhas, por exemplo, passariam a ser alvo da Receita Federal. Se essas pessoas estavam sonegando e deixando de declarar Imposto de Renda, muito provavelmente seriam cobradas. Recuo O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta que o governo vai revogar o ato que ampliou as normas de fiscalização sobre o PIX. Ele também afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assinar uma medida provisória para garantir que transações via PIX não possam ser tributadas. O que motivou esse recuo do governo foram fake news que se espalharam sobre o PIX. De acordo com Haddad, nunca houve intenção de taxar essa modalidade de pagamento. Ele informou que o governo vai soltar uma medida provisória para garantir que não terá imposto sobre o PIX. Norma de fiscalização do PIX No início deste mês, a Receita Federal atualizou regras para monitoramento de transações financeiras dos cidadãos, com o objetivo de impedir fraudes e sonegação fiscal (veja detalhes mais abaixo). Essa atualização estabelecia um monitoramento de movimentações acima de R$ 5 mil por mês, no caso de pessoas físicas, e R$ 15 mil mensais, no caso de pessoas jurídicas. Segundo a Receita, outras modalidades de pagamento — como cartão de crédito e depósitos — já eram monitoradas quando os valores excediam em R$ 2 mil para pessoa física e R$ 6 mil no caso de pessoa jurídica. Na atualização, o PIX seria incluído nessas regras, assim como os cartões. E os valores para disparar o monitoramento por parte da Receita seriam alterados. Desde o início, a Receita informou que intenção nunca foi pegar o pequeno comerciante como alvo. Mas as fake news acabaram gerando um efeito inesperado e o governo voltou atrás.



Banco Central ironiza nas redes fake news sobre taxação do PIX e usa hit do verão: 'Descer para o BC'


15/01/2025 21:32 - g1.globo.com


Postagem usou música da dupla Brenno e Matheus para criticar, de forma bem-humorada, a onda de desinformação sobre mudanças no PIX. Mais cedo, governo voltou atrás em medida que aumentava fiscalização. Em vídeo bem-humorado, Banco Central esclarece fakenews sobre tributação do PIX O Banco Central (BC) usou as redes sociais nesta quarta-feira (15) para ironizar os boatos de que o PIX seria taxado ou que o sigilo bancário dos usuários estaria em risco. O BC ironizou as fake news e fez referência ao hit do verão "Descer pro BC [Balneário Camboriú]", da dupla Brenno e Matheus. Na publicação, o BC começa com: “Faaaaala meus amantes de teoria da conspiração e caçadores de tarifa em serviço de pagamento gratuito! BC Sincero na área para aliviar o coraçãozinho de quem desceu pro BC com a cabecinha cheia de fake news sobre cobrança de taxa no PIX e fim do sigilo bancário das suas movimentações financeiras. Hora de ouvir umas verdades que o vacilão da fake não quer te contar, bebê.” Nos últimos dias, uma onda de desinformação nas redes sociais levantou rumores de que o governo estaria planejando taxar as transferências feitas pelo PIX e acabar com o sigilo bancário dos usuários. As fake news geraram confusão e foram usadas por golpistas para aplicar fraudes, como boletos falsificados. O BC aproveitou o momento para reafirmar que o PIX continua sendo gratuito para pessoas físicas e que o sigilo das movimentações financeiras está assegurado por lei. Governo recua Mais cedo nesta quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo vai revogar o ato que ampliou as normas de fiscalização sobre o PIX. Ele também afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assinar uma medida provisória para garantir que transações via PIX não possam ser tributadas. O que motivou esse recuo do governo foram fake news que se espalharam sobre o PIX. De acordo com Haddad, nunca houve intenção de taxar essa modalidade de pagamento. Ele informou que o governo vai soltar uma medida provisória para garantir que não terá imposto sobre o PIX. A MP também vai determinar que seja proibido diferenciar preços de produtos e serviços para o pagamento em dinheiro ou via PIX. Isst é, não será permitido cobrar uma taxa adicional dos consumidores que queiram pagar com o meio de pagamento digital. 🔍O que aconteceu em 4 passos: O governo havia atualizado normas para monitorar movimentações financeiras O PIX entraria nessas normas, como já acontece com cartões de crédito e débito Surgiu uma onda de fake news, dizendo que o PIX seria taxado, o que não é verdade O governo abriu mão da atualização das regras e tudo volta a ser como antes. No início deste mês, a Receita Federal atualizou regras para monitoramento de transações financeiras dos cidadãos, com o objetivo de impedir fraudes e sonegação fiscal (veja detalhes mais abaixo). Essa atualização estabelecia um monitoramento de movimentações acima de R$ 5 mil por mês, no caso de pessoas físicas, e R$ 15 mil mensais, no caso de pessoas jurídicas. Segundo a Receita, outras modalidades de pagamento — como cartão de crédito e depósitos — já eram monitoradas quando os valores excediam em R$ 2 mil para pessoa física e R$ 6 mil no caso de pessoa jurídica. Na atualização, o PIX seria incluído nessas regras, assim como os cartões. E os valores para disparar o monitoramento por parte da Receita seriam alterados. Desde o início, a Receita informou que intenção nunca foi pegar o pequeno comerciante como alvo. Mas as fake news acabaram gerando um efeito inesperado e o governo voltou atrás.



Voos internacionais: Brasil tem quase 25 milhões de passageiros em 2024 e bate recorde


15/01/2025 21:25 - g1.globo.com


Número cresceu 17,23% em relação a 2023. Demanda nacional também aumentou, apesar da leve redução da oferta de voos dentro do país, diz a Anac. Brasil tem recorde de passageiros em voos internacionais A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) irá publicar nesta quarta-feira (15) os dados da movimentação aérea do país em 2024. A divulgação ocorrerá após uma reunião da agência com o Ministério de Portos e Aeroportos, em Brasília. A GloboNews e o g1 tiveram acesso com exclusividade ao balanço, que mostra que o Brasil registrou 24,9 milhões de passageiros transportados em voos internacionais, uma alta de 17,23% em relação a 2023. Essa foi a maior movimentação da série histórica, iniciada no ano 2000. Os dados se referem exclusivamente a voos comerciais. LEIA MAIS A diferença entre sigilo bancário e o monitoramento da Receita para transações financeiras Haddad: governo vai publicar MP para que PIX não seja taxado Por que o governo voltou atrás sobre a norma que estabelecia fiscalização do PIX A quantidade de decolagens internacionais a partir do Brasil também cresceu. Foram 141.607 voos em 2024, uma alta de 15,57% em relação ao ano anterior. Já no mercado doméstico, houve alta de 2,10% no número de passageiros transportados em relação a 2023. Ao todo, 93,3 milhões de pessoas realizaram voos nacionais em 2024. Apesar disso, a oferta de voos domésticos teve uma redução de 0,64%. Foram 784 mil decolagens no ano. Segundo a Anac, o fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), pode ter contribuído para a queda no número de voos ofertados no país em 2024. O terminal foi fechado em 3 de maio, consequência da inundação da pista de pouso e de parte do terminal de passageiros durante as enchentes no Rio Grande do Sul. Em 2024, houve mais de 925 mil decolagens domésticas e internacionais no Brasil. O número total de passageiros ficou acima de 118 milhões de pessoas, o segundo maior da história. Em 2019, último ano antes da pandemia de Covid-19, a movimentação total foi de 118,6 milhões de passageiros. Veja os aeroportos mais movimentados do país em 2024 (em total de passageiros): Guarulhos (SP) - 42,7 milhões Congonhas (SP) - 22,8 milhões Brasília (DF) - 14,9 milhões Galeão (RJ) - 14,2 milhões Viracopos (SP) - 12,1 milhões Confins (MG) - 11,9 milhões Recife (PE) - 9,5 milhões Salvador (BA) - 7,3 milhões Santos Dumont (RJ) - 6 milhões Curitiba (PR) - 5,6 milhões Passageiros no terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Rovena Rosa/Agência Brasil



PIX: por que o governo desistiu das novas regras de fiscalização


15/01/2025 20:46 - g1.globo.com

Governo se viu obrigado a tomar essa decisão após a enxurrada de fake news que invadiu as redes dizendo que o PIX seria taxado. Lula chegou a fazer uma doação para o Corinthians via PIX, para convencer de que não havia imposto. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta quarta-feira (15) um dos maiores recuos destes dois anos de mandato até agora: decidiu revogar o ato que ampliava a fiscalização sobre transações financeiras, incluindo o PIX. O governo tomou essa decisão após a enxurrada de fake news que invadiu as redes dizendo que o PIX seria taxado, o que não é verdade. Integrantes da equipe de Lula, e até o próprio presidente, chegaram a gravar vídeos e a dar declarações para esclarecer as medidas, mas não obtiveram sucesso. PIX: Governo vai acionar Justiça contra fake news e golpes, diz Haddad Diante do volume de desinformação e da popularidade do PIX, o governo voltou atrás. Veja abaixo o passo a passo do recuo: 1- As medidas anunciadas No início deste mês, a Receita Federal atualizou regras para monitoramento de transações financeiras dos cidadãos, com o objetivo de impedir fraudes e sonegação fiscal (veja detalhes mais abaixo). Essa atualização estabelecia um monitoramento de movimentações acima de R$ 5 mil por mês, no caso de pessoas físicas, e R$ 15 mil mensais, no caso de pessoas jurídicas. Segundo a Receita, outras modalidades de pagamento — como cartão de crédito e depósitos — já eram monitoradas quando os valores excediam em R$ 2 mil para pessoa física e R$ 6 mil no caso de pessoa jurídica. Na atualização, o PIX seria incluído nessas regras, assim como os cartões. E os valores para disparar o monitoramento por parte da Receita seriam alterados. Desde o início, a Receita informou que intenção nunca foi pegar o pequeno comerciante como alvo. 2 - A avalanche de fake news A onda de desinformação começou logo após começarem a valer as novas regras. Uma das mensagens falsas que circularam nas redes foi postada por um perfil falso, cuja foto mostrava um símbolo que imitava o logo da Receita. O texto dizia que uma pessoa foi taxada por usar mais de R$ 5 mil no PIX no mês, e que ela precisaria pagar R$ 845 para evitar o bloqueio do CPF. Era um golpe. Houve também uma série de vídeos nas redes sociais falando sobre uma suposta cobrança de um imposto do PIX, que iria prejudicar o pequeno comerciante, o pipoqueiro, o vendedor da praia. 3- Lula entra em cena No fim da semana passada, Lula publicou um vídeo nas redes sociais explicando que as mudanças anunciadas pela Receita Federal não representavam um aumento no imposto das transferências via PIX. Lula fez o alerta à população após afirmar que fez uma doação para o Corinthians quitar a dívida da construção de seu estádio. A campanha com a "vaquinha" foi lançada em novembro do ano passado. Nem isso foi suficiente para conter a desinformação. 4- Pedido de investigações Esta semana começou com autoridades do governo buscando o contra-ataque e anunciando pedidos de investigação contra quem estava espalhando as fake news. "A AGU [Advocacia-Geral da União] foi envolvida para tomar providências judiciais contra os golpistas. Quem está divulgando fake news está patrocinando organizações criminosas no país, que estão atuando, mandando boleto para a casa das pessoas, cobrando a mais indevidamente, dizendo que estão sendo taxados", disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. 5- O recuo O governo finalmente decidiu voltar atrás na tarde desta quarta. Haddad e o secretário da Receita, Robson Barreirinhas, fizeram o anúncio no Palácio do Planalto. Haddad disse que quem espalhou as fake news, na opinião dele, cometeu um crime: "O ato que o Barreirinhas acaba de anunciar é justamente para dar força à tramitação de uma medida provisória que o presidente está para assinar, o texto dela foi fechado agora. [...] Uma medida provisória que reforça os princípios tanto da não oneração, da gratuidade do uso do PIX, quanto de todas as cláusulas de sigilo bancário em torno do PIX, que foram dois objetos de exploração por parte dessas pessoas que estão, na nossa opinião, cometendo um crime, porque quando você desacredita um instrumento público, você está cometendo um crime", afirmou o ministro.



Haddad: governo vai publicar MP para que PIX não seja taxado e para garantir venda no mesmo preço que no dinheiro


15/01/2025 19:43 - g1.globo.com


Segundo o ministro da Fazenda, a medida visa combater a desinformação que tem circulado nas redes sociais, com boatos de que o governo planejava taxar o uso do PIX. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (15) que o governo federal vai revogar a norma que ampliava a fiscalização sobre transações financeiras, incluindo o PIX. Além disso, o governo editará uma medida provisória para assegurar que as transferências realizadas por meio do PIX não possam ser tributadas. A MP também vai determinar que seja proibido diferenciar preços de produtos e serviços para o pagamento em dinheiro ou via PIX. Isst é, não será permitido cobrar uma taxa adicional dos consumidores que queiram pagar com o meio de pagamento digital. PIX: Governo vai acionar Justiça contra fake news e golpes, diz Haddad Segundo Haddad, a medida visa combater a desinformação que tem circulado nas redes sociais, com boatos de que o governo planejava taxar o uso do PIX. “O ato que [Robinson Barreirinhas, diretor da Receita] acaba de anunciar é para dar força a uma MP que o presidente vai assinar. Essa MP reforça tanto os princípios de não oneração do Pix quanto as cláusulas de sigilo bancário do sistema, que foram objeto de exploração por criminosos”, explicou o ministro. Fake news e golpes envolvendo o PIX A decisão do governo vem em meio a uma onda de fake news e tentativas de golpes financeiros que têm explorado a desinformação sobre o PIX. Golpistas usaram o momento para aplicar fraudes, como boletos falsificados, e causar confusão entre os usuários do sistema de pagamento. Haddad afirmou que o governo irá acionar a Justiça contra quem está disseminando informações falsas ou aplicando golpes. Ele destacou que a Advocacia-Geral da União (AGU) foi acionada para tomar medidas judiciais contra os criminosos. “Tem havido crimes envolvendo relações de consumo, e isso precisa ser enfrentado com rigor”, declarou o ministro. O que foi revogado pela Receita Federal? A instrução normativa da Receita, que agora será revogada, ampliava a fiscalização sobre operações financeiras realizadas por contribuintes. A medida previa que instituições de pagamento, como operadoras de cartão e carteiras digitais, enviassem dados à Receita quando valores ultrapassassem: R$ 5 mil, para pessoas físicas; R$ 15 mil, para empresas. Esses dados já eram coletados de bancos tradicionais para operações como Pix, aplicações financeiras e investimentos. A ampliação, no entanto, gerou repercussão negativa e foi usada como pretexto para disseminar notícias falsas sobre uma suposta taxação do Pix. Medida provisória e transparência Com a assinatura da MP, o governo reforçará que o Pix permanecerá livre de qualquer tributação e que seu sigilo bancário será protegido. “Voltamos à regra que estava em vigor nos últimos 20 anos. A instrução foi revogada para impedir que a oposição continue distorcendo os fatos e desvirtuando o debate público”, afirmou Haddad. O ministro também destacou a importância de ocupar o espaço público com informações verdadeiras para evitar que boatos e fake news se espalhem. Ele mencionou que o fortalecimento do sistema financeiro e a transparência sobre o uso do Pix continuarão sendo prioridades para o governo.



Após repercussão negativa e fake news, governo decide revogar ato sobre fiscalização do PIX


15/01/2025 19:02 - g1.globo.com


Ministro da Fazenda afirmou mais cedo que 'tem havido crimes envolvendo relações de consumo' e que a AGU foi acionada para tomar medidas judiciais. Governo revoga norma da Receita que aumentava fiscalização sobre o PIX O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (15) que o governo vai revogar o ato que ampliou as normas de fiscalização sobre o PIX. Ele também afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assinar uma medida provisória para garantir que transações via PIX não possam ser tributadas. O que motivou esse recuo do governo foram fake news que se espalharam sobre o PIX. De acordo com Haddad, nunca houve intenção de taxar essa modalidade de pagamento. Ele informou que o governo vai soltar uma medida provisória para garantir que não terá imposto sobre o PIX. A MP também vai determinar que seja proibido diferenciar preços de produtos e serviços para o pagamento em dinheiro ou via PIX. Isst é, não será permitido cobrar uma taxa adicional dos consumidores que queiram pagar com o meio de pagamento digital. 🔍O que aconteceu em 4 passos: O governo havia atualizado normas para monitorar movimentações financeiras O PIX entraria nessas normas, como já acontece com cartões de crédito e débito Surgiu uma onda de fake news, dizendo que o PIX seria taxado, o que não é verdade O governo abriu mão da atualização das regras e tudo volta a ser como antes. No início deste mês, a Receita Federal atualizou regras para monitoramento de transações financeiras dos cidadãos, com o objetivo de impedir fraudes e sonegação fiscal (veja detalhes mais abaixo). Essa atualização estabelecia um monitoramento de movimentações acima de R$ 5 mil por mês, no caso de pessoas físicas, e R$ 15 mil mensais, no caso de pessoas jurídicas. E incluía nesse monitoramento das "instituições de pagamento" — que ofertam o serviço das "maquininhas", por exemplo. Segundo a Receita, várias modalidades de pagamento — como cartão de crédito e depósitos — já eram monitoradas quando os valores excediam em R$ 2 mil para pessoa física e R$ 6 mil no caso de pessoa jurídica. Na atualização, o PIX operadp pelas instituições financeiras seria incluído nessas regras, assim como os cartões. E os valores para disparar o monitoramento por parte da Receita seriam alterados. Desde o início, a Receita informou que intenção nunca foi pegar o pequeno comerciante como alvo. Mas as fake news acabaram gerando um efeito inesperado e o governo voltou atrás. Mentiras sobre o PIX se espalham e alimentam golpes com boletos falsificados O anúncio da revogação da norma foi feito por Haddad e pelo secretário da Receita Federal, Robson Barreirinhas, após reunião no Palácio do Planalto. O ministro argumenta que a transação via PIX é instantânea de conta a conta, não caracterizando uma operação de crédito, como as vendas via cartão de crédito e débito. "O ato que o Barreirinhas acaba de anunciar é justamente para dar força à tramitação de uma medida provisória que o presidente está para assinar, o texto dela foi fechado agora. [...] Uma medida provisória que reforça os princípios tanto da não oneração, da gratuidade do uso do PIX, quanto de todas as cláusulas de sigilo bancário em torno do PIX, que foram dois objetos de exploração por parte dessas pessoas que estão, na nossa opinião, cometendo um crime, porque quando você desacredita um instrumento público, você está cometendo um crime", afirmou o ministro". De acordo com Haddad, volta a valer o que estava em vigor nos últimos 20 anos, antes da instrução normativa (veja mais abaixo). "Instrução está sendo revogada porque ela não pode ser usada de pretexto para desvirtuar a tramitação da MP. Não queremos que a oposição continue distorcendo essa medida", seguiu. Ações judiciais Mais cedo, Haddad afirmou que o governo vai acionar a Justiça contra quem está propagando fake news sobre a taxação do PIX ou aplicando golpes. Haddad afirmou que "tem havido crimes envolvendo relações de consumo" e que a AGU foi acionada para tomar medidas judiciais. Os crimes, segundo o ministro, envolvem cobrança adicional pelo pagamento com o PIX em comércios. O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que oficiará a Polícia Federal para que a instituição abra um inquérito para identificar os autores das notícias falsas. Messias também afirmou que a AGU vai acionar a Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, para acionar os Procons estaduais e apurar possíveis prejuízos a consumidores e criar campanhas de informações sobre o uso do PIX. Os ministros também afirmaram que vão investigar a utilização da identidade visual e o nome da Receita Federal para a aplicação de golpes. Questionado sobre uma eventual campanha publicitária contra as notícias falsas, Haddad disse que "o fortalecimento do sistema financeiro está sempre na agenda". O que foi revogado? Com a virada do ano, a Receita Federal começou a contar com novos instrumentos de fiscalização sobre as transações financeiras realizadas pelos contribuintes. Além dos grandes bancos varejistas, já abrangidos pela regra anterior de envio de movimentações financeiras e cartão de crédito, o órgão passou a cobrar também dados de cartão de crédito de fintechs e movimentações financeiras das instituições de pagamento — que ofertam o serviço das "maquininhas", por exemplo. 🔎 As fintechs, que reúnem milhões de clientes, são empresas que oferecem produtos financeiros inovadores, como novos meios de pagamento e cartões de crédito. 🔎As instituições de pagamento (IP) são empresas que viabilizam compra, venda e movimentação de recursos, mas não oferecem empréstimos e financiamentos a seus clientes. Varejistas de grande porte, bancos virtuais, carteiras digitais são alguns exemplos. 💲 Com a mudança das regras, neste ano, os dados sobre movimentação financeira só passariam a ser enviados quando o montante total movimentado, por cada tipo de operação financeira (PIX, pagamento ou investimento, por exemplo), fosse: superior a R$ 5 mil, para pessoas físicas; superior a R$ 15 mil, para empresas. Regra anterior volta a valer Com a revogação da norma que começou a valer no começo de 2025, as operações das fintechs e instituições de pagamento não serão mais reportadas ao Fisco. Os limites anteriores de envio das movimentações financeiras, pelos grandes bancos varejistas, também serão retomados. São eles: superior a R$ 2 mil, para pessoas físicas; superior a R$ 6 mil, para empresas.



Renegociação da dívida dos estados deve levar a perda de R$ 20 bilhões por ano, diz secretário do Tesouro


15/01/2025 18:47 - g1.globo.com


Presidente Lula sancionou, na terça-feira (14), a lei que cria regras mais flexíveis para o pagamento das dívidas bilionárias dos estados com o governo federal. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta quarta-feira (15) que a renegociação da dívida dos estados deve levar a uma perda de R$ 20 bilhões por ano para o governo federal. ➡️ Esse prejuízo é financeiro, ou seja, não vai impactar o resultado primário — que mede as receitas com tributos e impostos em relação às despesas do governo. "É claro que ele tem um impacto. O impacto não é fácil de estimar porque vai depender do comportamento de cada um [cada estado], são várias opções, é uma matriz de possibilidades. Mas, pensando nos cenários mais extremos, é da ordem de R$ 20 bilhões ao ano", declarou o secretário, em entrevista a jornalistas. Na terça-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que cria regras mais flexíveis para o pagamento das dívidas bilionárias dos estados com o governo federal. Lula vetou trechos que, na visão do governo, geravam impacto no resultado primário das contas públicas — ou seja, na busca pelo equilíbrio entre receita e despesas em 2025 e nos próximos anos. Lula sanciona alívio na dívida dos estados com aval a federalização de estatais O Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag), criado pela lei, é de adesão voluntária pelos governos estaduais. Considerando que todos os estados com dívidas com a União entrem no programa, as perdas financeiras chegariam aos R$ 20 bilhões citados por Ceron. "Com o projeto, olhando pelo lado positivo do projeto, ele resolve a dívida de todos os estados. Não há argumentos contrários a isso. Ele resolve. A dívida não crescerá mais em proporção às receitas dos estados, dependendo das opções dos estados que aderirem, obviamente", declarou. Os vetos de Lula foram criticados pelos governadores do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os trechos voltam ao Congresso, que pode decidir manter ou derrubar os vetos. Segundo dados do Tesouro Nacional, os estados devem à União R$ 800 bilhões. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul são os maiores devedores e respondem, juntos, por 90% das dívidas. O que prevê a nova lei Pelas novas regras, os estados poderão renegociar as dívidas com desconto nos juros e parcelamento em até 30 anos com a União. Para isso, terão que comprovar o atendimento a algumas regras de boa gestão. 💰 No atual modelo, as dívidas são corrigidas pelo que for menor entre: a taxa básica de juros, a Selic, e a inflação oficial mais 4% ao ano. 💰 O texto do projeto aprovado pelos parlamentares mantém o formato atual dos juros (IPCA + 4%), mas prevê mecanismos para reduzir e até zerar esses 4% adicionais. Estados que comprovarem "boa situação fiscal" terão direito, ainda, a usar um fundo de "equalização federativa". Além disso, os estados também podem federalizar ativos para abater o valor da dívida com a União. No ano passado, a hipótese foi levantada no caso da estatal mineira Cemig — que controla ativos de distribuição e transmissão de energia elétrica. Para Ceron, o governo precisa ter cuidado ao regulamentar esse ponto para não gerar questionamentos sobre o valor do ativo federalizado. A tentativa de renegociar a dívida dos estados se estende, pelo menos, desde 1993. Em 1997, a União assumiu os débitos dos entes junto ao mercado. Então, os estados passaram a dever ao Tesouro Nacional. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 2000, trouxe mais rigidez ao punir estados que atrasam os pagamentos.



Contas do governo têm déficit de R$ 4,5 bilhões em novembro; no ano, resultado negativo recua 40%


15/01/2025 17:31 - g1.globo.com


Números foram divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional. De janeiro a novembro de 2024, déficit somou R$ 66,8 bilhões contra saldo negativo de R$ 112,4 bilhões no mesmo período do ano anterior. Notas, moeda, Real, dinheiro, notas de dinheiro Reprodução/Pixabay As contas do governo registraram déficit primário de R$ 4,5 bilhões em novembro deste ano, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (15). ➡️O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Haddad prevê déficit dentro da meta em 2024 Se as receitas ficam acima as despesas, o resultado é de superávit primário. Os valores não englobam os juros da dívida pública. Na comparação com igual período do ano passado, quando foi registrado um saldo negativo de R$ 38 bilhões, houve melhora. O resultado das contas do governo em novembro foi influenciado pelo valor da arrecadação — que somou R$ 209 bilhões, o melhor resultado para esse mês em 13 anos. De acordo com o Tesouro Nacional, a receita líquida total somou R$ 167,78 bilhões no mês retrasado, com alta real de 22,2% contra novembro de 2023, enquanto a despesa total alcançou R$ 172,3 bilhões (queda real de 1,7%). Parcial do ano No acumulado dos onze primeiros meses deste ano ano, as contas do governo registraram um déficit de R$ 66,82 bilhões. Isso representa melhora em relação ao resultado do mesmo período do ano passado, quando o rombo somou R$ 112,46 bilhões. Com isso, houve uma queda de 40,6% no saldo negativo no acumulado de 2024. "Em termos reais, no acumulado até novembro, a receita líquida registrou aumento de 7,7% (+R$ 139,8 bilhões), enquanto a despesa cresceu 4,6% (+R$ 89,6 bilhões)", informou o Tesouro Nacional. 🔎 Para este ano, a meta é de zerar o déficit das contas públicas. Entretanto, pelas regras do arcabouço fiscal, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a R$ 28,8 bilhões (veja vídeo acima); Além disso, para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 28,8 bilhões em créditos extraordinários. Esse montante foi reservado para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul, Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público. Há, ainda, R$ 514,5 milhões foram direcionados para o combate a incêndios, principalmente no Pantanal e na Amazônia; Também foi concedido um crédito extraordinário de R$ 1,35 bilhão em favor do Judiciário e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).



Entenda a diferença entre sigilo bancário e o monitoramento da Receita para transações financeiras


15/01/2025 16:00 - g1.globo.com


Fiscalização já existia, mas, agora, mais instituições financeiras serão obrigadas a repassar informações ao Fisco. Medida não implica cobrança direta de nenhum imposto, nem deve alterar o dia a dia dos clientes. Entenda o que muda na fiscalização da Receita sobre compras com cartões e PIX A notícia de que a Receita Federal ampliou as regras de fiscalização sobre transações financeiras dos contribuintes gerou confusão desde a última semana. Atualização: com a repercussão negativa e a onda de fake news que tomaram conta das redes sociais, o governo desistiu de ampliar o monitoramento da Receita sobre transações por PIX. Um dos receios era de que o Fisco fosse vasculhar as transações dos cidadãos, em busca de saídas para aumentar a taxação. A Receita esclareceu que o recebimento de informações não implica aumento de tributação e será feito "em absoluto respeito às normas legais dos sigilos bancário e fiscal". 🔎 O sigilo bancário é uma obrigação que as instituições financeiras têm de proteger a privacidade das operações financeiras e informações de seus clientes. Ele está regulamentado pela lei complementar 105/2001. Em resumo, o sigilo bancário impede que terceiros, incluindo o governo, tenham acesso a informações sobre as transações financeiras de um indivíduo, exceto em caso de decisão judicial. Essa quebra de sigilo bancário só pode acontecer para apuração de ilícitos, como suspeitas de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e crimes contra o sistema financeiro, por exemplo. Os detentores da informação, portanto, são os próprios bancos e financeiras, e o Banco Central (BC). A lei diz que a Receita pode receber informações sobre as transações financeiras dos contribuintes, mas os dados são protegidos por sigilo fiscal. De acordo com a Receita Federal, o sigilo seguirá sendo respeitado na nova fiscalização porque, no repasse das informações pelas instituições financeiras, não existe "qualquer elemento que permita identificar a origem ou a natureza dos gastos efetuados". “Não se individualiza sequer a modalidade de transferência, se por PIX ou outra”, acrescentou a Receita. O órgão explicou que, ao final de um mês, somam-se todos os valores que saíram da conta, inclusive saques e, se ultrapassado o limite de R$ 5 mil para uma pessoa física, ou de R$ 15 mil para uma pessoa jurídica, por tipo de operação financeira, a instituição financeira prestará essa informação à Receita Federal. "Todos os valores são consolidados e devem ser informados os totais movimentados a débito e a crédito numa dada conta", detalhou. Essas informações serão incorporadas à base de dados da Receita Federal com objetivo de “identificar irregularidades e dar efetividade ao cumprimento das leis tributárias”. Ou seja, a Receita está atrás de indícios de sonegação, não de multar quem opera vez ou outra acima dos limites. Até o ano passado, o Fisco já recebia esse tipo de informação dos bancos tradicionais, públicos e privados. A partir de 2025, outras instituições foram incluídas na obrigação. Initial plugin text São elas: as operadoras de cartão de crédito, que cuidam das famosas "maquininhas", e as instituições de pagamento (IP), empresas de menor porte como os bancos virtuais, que viabilizam a movimentação de recursos, mas não oferecem empréstimos e financiamentos. A norma também trouxe uma especificação de que as transações via PIX, cartões de débito, cartões de loja e moedas eletrônicas fazem parte das operações que devem ser informadas. Veja abaixo como era a regra e o que mudou a partir das perguntas abaixo: Como era antes? O que mudou agora? Quando foi anunciada a mudança? O PIX será taxado? A que dados a Receita tem acesso? O que eu preciso fazer? Devo me preocupar? 1. Como era antes? A Receita Federal recebe informações consolidadas dos bancos sobre as movimentações financeiras dos contribuintes desde 2003, quando foi instituída a Decred. Na época, o foco eram as operações de cartão de crédito. Conforme a Receita, "a evolução tecnológica e as novas práticas comerciais" trouxeram a necessidade de atualizar a norma, para alcançar outros tipos de operação financeira. A Decred foi substituída pela plataforma "e-Financeira", criada em 2015. O sistema funciona da mesma forma: serve para que as instituições financeiras informem as operações à Receita, sem que o contribuinte tenha que fazer nada. Desde então, os bancos tradicionais (públicos e privados) passaram a ser obrigados a informar ao Fisco os montantes globais mensalmente movimentados pelos contribuintes quando os valores fossem, por tipo de operação financeira: maiores que R$ 2 mil por mês, por pessoa física (CPF); maiores que R$ 6 mil por mês, por empresa (CNPJ). Volte ao índice. 2. O que mudou agora? Além dos bancos tradicionais, outras instituições foram incluídas na obrigação de repassar à Receita Federal os dados das movimentações financeiras dos seus clientes. São elas: as operadoras de cartão de crédito, que cuidam das famosas "maquininhas", e as instituições de pagamento (IP), empresas de menor porte como os bancos virtuais, que viabilizam a movimentação de recursos, mas não oferecem empréstimos e financiamentos. A norma também trouxe uma especificação de que as transações via PIX, cartões de débito, cartões de loja e moedas eletrônicas passaram a fazer parte das operações que devem ser informadas. O valor mínimo que o contribuinte precisa movimentar para que a instituição seja obrigada a enviar seus dados à Receita também foi estipulado: na soma de todas as transações, por cada tipo de operação financeira, precisa ser: maior que R$ 5 mil por mês, por pessoa física (CPF); maior que R$ 15 mil por mês, por empresa (CNPJ). Volte ao índice. 3. Quando foi anunciada a mudança? A ampliação da fiscalização foi anunciada em setembro do ano passado e entrou em vigor em 1º de janeiro de 2025. O envio dos dados à Receita começa em agosto, relativos às transações feitas entre janeiro e julho deste ano. As informações referentes ao segundo semestre serão enviadas até fevereiro de 2026. Volte ao índice. Receita Federal aumenta monitoramento das transações financeiras 4. O PIX será taxado? As novas regras não implicam a cobrança direta de nenhum imposto. Conforme a Receita, "não existe tributação sobre o PIX e nunca vai existir, até porque a Constituição não autoriza imposto sobre movimentação financeira". O órgão, inclusive, emitiu um alerta para uma nova tentativa de golpe sobre o assunto que está circulando nas redes sociais. Criminosos estão abordando possíveis vítimas dizendo que há uma suposta cobrança de taxas pela Receita Federal sobre transações via PIX em valores acima de R$ 5 mil e, por isso, pedem que um boleto seja pago. No entanto, a notícia é falsa. A Receita não envia cobranças ou comunicados por WhatsApp, SMS ou redes sociais. Volte ao índice. 5. A que dados a Receita tem acesso? A Receita tem acesso a informações fundamentais para cumprir a sua função de órgão do governo responsável por administrar tributos federais, além de atuar no combate à pirataria, à sonegação fiscal, ao tráfico de drogas e ao contrabando. Entre essas informações estão: Dados pessoais como: nome, nacionalidade, residência fiscal, endereço e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); Número da conta bancária ou equivalente; Número de Identificação Fiscal (NIF) no exterior, caso seja adotado pelo país de residência fiscal informado; Valores movimentados mensalmente; Moeda utilizada em movimentações financeiras; Demais informações cadastrais, entre outras. No entanto, segundo a Receita, no repasse das informações pelas instituições financeiras e administradoras de cartão de crédito, não existe "qualquer elemento que permita identificar a origem ou a natureza dos gastos efetuados". O segredo das operações é garantido pelo sigilo bancário. "Por exemplo, quando uma pessoa realiza uma transferência de sua conta para um terceiro, seja enviando um PIX ou fazendo uma operação do tipo DOC ou TED, não se identifica, na e-Financeira, para quem ou a que título esse valor individual foi enviado", informou a Receita Federal. O que a Receita pretende com a mudança nas regras é prender pessoas que buscam ocultar a origem ilícita de recursos, muitas vezes oriunda de crimes como lavagem de dinheiro ou do crime organizado. Em entrevista ao g1, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, negou que as alterações anunciadas tenham por objetivo multar as pessoas físicas, como os pequenos trabalhadores que trabalham por aplicativo ou no mercado informal, por exemplo. (veja abaixo os cuidados a tomar) Ele também lembrou que o órgão possui há décadas informações sobre as transações financeiras dos contribuintes, mas que elas têm se concentrado principalmente no PIX nos últimos anos. Volte ao índice. Receita Federal passa a monitorar movimentações acima de R$ 5 mil no PIX; entenda 6. O que eu preciso fazer? Em relação ao envio dos dados sobre movimentações financeiras à Receita, não há nada que o contribuinte precise fazer. A responsabilidade de repassar as informações é das instituições bancárias e de pagamento. Agora, como já ocorria antes, quem recebe rendimentos tributáveis acima de R$ 2.824 por mês tem a obrigação de entregar a declaração anual do Imposto de Renda. Com a declaração, a Receita já consegue saber se as transações do contribuinte são compatíveis com os rendimentos do trabalho. "Os dados recebidos poderão, por exemplo, ser disponibilizados na declaração pré-preenchida do Imposto de Renda da pessoa física no ano que vem, evitando-se divergências", diz a Receita. Volte ao índice. 7. Devo me preocupar? O aumento da fiscalização da Receita sobre o pagamento de impostos pode atingir quem não declara os seus rendimentos de forma correta. "A omissão de receitas pode levar à inclusão na malha fina, cobrança de multas e, em casos mais graves, processos por sonegação fiscal", alerta o advogado Gabriel Santana Vieira, especialista em direito tributário. O secretário Robinson Barreirinhas negou que as alterações tenham por objetivo multar as pessoas físicas, que trabalham por aplicativo ou no mercado informal, por exemplo. De acordo com ele, "uma pessoa que tem um salário de R$ 10 mil e gasta R$ 20 mil todos os meses no cartão de crédito", durante vários anos seguidos, pode vir a chamar a atenção da Receita. No entanto, antes de chamá-la para explicar os gastos, o órgão ainda vai cruzar outras informações. "A Receita Federal tem as informações das empresas ligadas a ela, dos parentes relacionados a ela, e pode, nesse cruzamento especial", ver que ela está simplesmente pagando a despesa de um familiar, disse Barreirinhas. "E vamos dizer que, mesmo depois de todo esse cruzamento, ainda haja uma inconsistência relevante. Nesse caso, e somente nesse caso, ela pode ser notificado para explicar. E vai poder explicar. Às vezes tem outras razões para esse tipo de despesa." Volte ao índice. LEIA TAMBÉM Receita diz ter dados de movimentações há décadas e nega intenção de 'pegar' trabalhador informal Veja situações que podem acender um alerta da Receita Como declarar renda obtida por 'freelas', trabalho autônomo ou informal? Receita aperta fiscalização e passa a receber dados de cartões de crédito e PIX de instituições financeiras



Inflação da Argentina desacelera e fecha 2024 em 117,8%


15/01/2025 15:56 - g1.globo.com


Resultado é 94 pontos percentuais (p.p.) menor do que o registrado em 2023, de 211%. Presidente do país, Javier Milei, tem adotado uma série de medidas de combate ao aumento dos preços. Inflação na Argentina fecha em 117,8%, em 2024 A inflação na Argentina ficou em 117,8% no ano passado, um recuo de quase 94 pontos em relação aos 211,4% de 2023. Os dados foram divulgados na terça-feira (14) pelo Instituto Oficial de Estatísticas do país, o Indec. Os números indicam ainda que o aumento de preços ficou em 2,7% em dezembro na comparação mensal. Essa foi a terceira medição mensal consecutiva abaixo dos 3%. O dado confirma "a continuidade do processo de desinflação", escreveu no X o ministro da Economia, Luis Caputo, após a divulgação do dado. "Isto ocorre em um mês no qual o índice apresenta uma sazonalidade positiva, vinculada às festas e ao início do período de férias de verão, e em um contexto no qual tanto a atividade econômica quanto as rendas reais da população apresentam forte recuperação", acrescentou. O indicador foi impulsionado sobretudo pelos setores "moradia, água, eletricidade, gás e outros combustíveis", que tiveram um aumento de 5,3%, e comunicação, com 5%. Os setores com menor crescimento foram "equipamento e manutenção do lar", com 0,9%, e peças de vestuário e calçados, com 1,6%. Risco-país da Argentina caiu para o nível mais baixo desde 2018 No início do mês, a notícia de que o índice de risco-país da Argentina caiu para o nível mais baixo desde maio de 2018 já havia indicado um maior otimismo dos investidores com os ativos locais, projetando uma recuperação econômica significativa em 2025. O indicador é uma espécie de "seguro contra calote" dos países e funciona como um comparativo entre as economias: quanto mais alto, mais arriscado o país é considerado pelos investidores. O país vem enfrentando uma forte reorganização econômica há pouco mais de um ano, com a implementação do "Plano Motosserra" do presidente argentino, Javier Milei. O plano inclui cortes de todos os tipos: de gastos, de normas burocráticas e de tudo o que Milei via como intervenção excessiva do estado no dia a dia da economia. Em dezembro, o g1 foi até a Argentina para ver os resultados do plano na prática. Foram flexibilizadas regras trabalhistas e políticas de aluguéis. Empresas públicas foram privatizadas e funcionários públicos, demitidos. O presidente da Argentina, Javier Milei, completou seu primeiro ano de mandato Agustin Marcarian/Reuters Argentina de Milei: g1 mostra o que mudou na vida e na economia do país, um ano após o Plano Motosserra Restrições a exportações deixaram de existir. Essas restrições costumam ser adotadas como uma forma de preservar a oferta e evitar o encarecimento de produtos, principalmente alimentos. O princípio dos liberais, porém, é deixar o mercado livre para operar como quiser e, além disso, mais exportações também impulsionam a moeda nacional contra o dólar. Também foram derrubados antigos congelamentos de preços e subsídios a serviços básicos, como transporte público, contas de água e luz. A ideia com tudo isso era reduzir os gastos do governo, liberalizar a economia, gerar maior entrada de dólares no país e aumentar a confiança no futuro da Argentina. E, claro, o principal: reduzir uma hiperinflação, que era de impressionantes 211,4% em 12 meses ao final de 2023. A inflação cedeu e se tornou a grande vitória de Milei em seu primeiro ano. Vieram também os superávits: pela primeira vez em 13 anos, a Argentina terá um ano em que arrecadou mais do que gastou. Depois de registrar superávit de 357 bilhões de pesos em novembro (cerca de US$ 337,43 milhões), 11° mês consecutivo de resultado positivo, o governo espera encerrar o ano com um superávit primário correspondente a cerca de 1,9% do PIB. Esse é um pilar fundamental das políticas de Milei, já que o país precisa urgentemente fazer reservas em dólar, mostrar que pode cumprir seus compromissos e é um porto seguro para investidores. Mas esse resultado veio a duras penas para a população mais pobre. Com desemprego e preços em alta, a pobreza subiu e passou a atingir mais da metade da população — consequência direta dos cortes de subsídios e fim dos controles de preços, que encareceram transporte, energia, água e outros produtos e serviços básicos. Quando Milei tomou posse, eram 41,7% de pobres (12,3 milhões). Ao final do primeiro semestre de governo, eram 52,9% (15,7 milhões de pessoas). Com a paralisação da economia, causada pela motosserra, a atividade econômica desabou. No terceiro trimestre de 2024, o último que se tem dados divulgados até aqui, o PIB argentino teve queda de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Deve fechar o ano com contração de 3,5%, segundo as projeções do FMI. Mesmo assim, a popularidade de Milei continua alta. Por mais dolorosas que sejam as medidas, os argentinos parecem considerar que esse é um caminho necessário para uma melhora da economia e que o presidente ainda tem um tempo para reverter o jogo. Segundo os relatos ouvidos pelo g1, no entanto, Há quem tenha pouca esperança de que a vida vá melhorar. Veja mais detalhes no vídeo abaixo. Argentina de Milei: o que mudou um ano após o Plano Motosserra



PIX: Governo vai acionar Justiça contra fake news e golpes, diz Haddad


15/01/2025 15:03 - g1.globo.com


Ministro da Fazenda afirmou que 'tem havido crimes envolvendo relações de consumo' e que a AGU foi acionada para tomar medidas judiciais. Crimes, segundo o ministro, envolvem cobrança adicional pelo pagamento com o PIX em comércios. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Diogo Zacarias/MF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (15) que o governo vai acionar a Justiça contra quem está propagando fake news sobre a taxação do PIX ou aplicando golpes (leia mais abaixo). "A AGU [Advocacia-Geral da União] foi envolvida para tomar providências judiciais contra os golpistas. Quem está divulgando fake news está patrocinando organizações criminosas no país, que estão atuando, mandando boleto para a casa das pessoas, cobrando a mais indevidamente, dizendo que estão sendo taxados", declarou. PIX: Governo vai acionar Justiça contra fake news e golpes, diz Haddad Compras com cartões e PIX: estados já recebem dados detalhados de pagamentos desde 2018 Haddad afirmou que "tem havido crimes envolvendo relações de consumo" e que a AGU foi acionada para tomar medidas judiciais. Os crimes, segundo o ministro, envolvem cobrança adicional pelo pagamento com o PIX em comércios. Como mostrou o Jornal Nacional, há casos de golpes com boletos falsificados enquanto circulam nas redes sociais mentiras sobre o PIX. Uma das mensagens falsas usa a foto de perfil que imita o logo da Receita Federal. O texto diz que a pessoa foi taxada por usar mais de R$ 5 mil no PIX no mês, e que ela precisa pagar R$ 845 para evitar o bloqueio do CPF. É golpe. "Isso está na ótica da AGU, o presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] pediu providências judiciais — as cabíveis, claro, na forma da lei, e nós vamos tomar providências em relação a isso", completou o ministro. Questionado sobre uma eventual campanha publicitária contra as notícias falsas, Haddad disse que "o fortalecimento do sistema financeiro está sempre na agenda". Fato ou Fake: Impostos sobre movimentação no pix acima de R$ 5 mil Novas regras da Receita No último dia 3 de janeiro, a Receita Federal informou que passou a contar com novos instrumentos para fiscalizar as transações financeiras realizadas pelos contribuintes. ➡️O órgão vai passar a receber também informações das chamadas "instituições de pagamento", aquelas que fazem transferências, mas não ofertam empréstimos. Com as mudanças, as transferências feitas por meio das "carteiras eletrônicas ou digitais" de instituições de pagamento, englobando pagamentos por aproximação via celulares ou relógios (com pagamento a débito ou via cartão de crédito) também entraram no radar, além das operações feitas por meio das "maquininhas". 💲 Os dados só serão enviados quando o montante total movimentado, por cada tipo de operação financeira (PIX, pagamento ou investimento, por exemplo), for: superior a R$ 5 mil, para pessoas físicas; superior a R$ 15 mil, para empresas. Até o fim de 2024, a Receita já recebia esse tipo de informação dos bancos tradicionais, públicos e privados, em operações como PIX, aplicações financeiras, seguros, planos de previdência e investimentos em ações. Contudo, o anúncio da Receita motivou o aparecimento de informações falsas, que afirmam que as transações acima de R$ 5 mil serão taxadas.



Resultado do concurso TSE Unificado é divulgado; veja como acessar


15/01/2025 14:53 - g1.globo.com


Processo seletivo vai preencher 412 vagas para cargos efetivos na Justiça Eleitoral, distribuídos no TSE e em 26 TREs do país; salários iniciais variam entre R$ 8,5 mil e quase R$ 14 mil. Fachada do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Luiz Roberto/Secom/TSE Os resultados do primeiro concurso público unificado da Justiça Eleitoral, o "TSE Unificado", foram divulgados no fim da manhã desta quarta-feira (15) no site do Cebraspe. Foram publicados os resultados finais nas provas objetivas para todos os cargos, e o resultado provisório na prova discursiva para os cargos de analista judiciário. ➡️ ACESSE AQUI O RESULTADO 📲 Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp Além disso, houve a convocação para o teste de aptidão física para as vagas de agente da polícia judicial. Candidatos que se declararam negros, indígenas ou com deficiência também foram chamados para os procedimentos de verificação para a reserva de vagas. As provas do TSE Unificado foram realizadas em dezembro, para preencher 412 vagas de nível superior para os cargos de analista e técnico judiciário. Os salários iniciais variam entre R$ 8,5 mil e quase R$ 14 mil. As oportunidades estão distribuídas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em 26 tribunais regionais eleitorais (TREs). (veja no mapa abaixo) De acordo com o TSE, o resultado final do certame está previsto para sair em junho deste ano. As nomeações estão programadas para o mês seguinte, julho. Distribuição das vagas O salário inicial para a carreira de analista judiciário é de R$ 13.994,78, e as oportunidades estão divididas da seguinte forma: área administrativa: qualquer área de formação e contabilidade; área de apoio especializado: arquitetura; arquivologia; biblioteconomia; enfermagem; engenharia civil; engenharia elétrica; engenharia mecânica; estatística; medicina (clínica médica); medicina (psiquiatria); medicina do trabalho; odontologia; psicologia; serviço social; tecnologia da informação; área judiciária: direito. Já as vagas de técnico judiciário foram separadas em três cargos, e os salários podem ser diferentes. Veja: área administrativa (qualquer área de formação) - salário de R$ 8.529,65; agente da polícia judicial (área administrativa) - salário de R$ 9.773,56; programação de sistemas (área de apoio especializado) - salário de R$ 8.529,65. Veja dicas para estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso



Davos: conflitos armados, tensões econômicas e mudanças climáticas são riscos para 2025, diz pesquisa


15/01/2025 13:40 - g1.globo.com


Pesquisa ouviu mais de 900 líderes globais e apontou principais perspectivas para o mundo no curto e no longo prazo. Prédios destruídos na Faixa de Gaza durante conflito entre Israel e Hamas, vistos do sul de Israel Kai Pfaffenbach/Reuters O aumento dos conflitos armados entre países, o avanço das mudanças climáticas e as tensões econômicas pelo mundo são os principais fatores de risco para 2025, mostrou uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta-feira (15). A pesquisa ouviu mais de 900 líderes globais do mundo acadêmico, empresarial, governamental, de organizações internacionais e da sociedade civil. Esse quadro, de acordo com a economista e diretora-executiva do WEF, Saadia Zahidi, tem trazido um maior pessimismo para o mundo, em um cenário caracterizado por “maior instabilidade, polarização de narrativas, erosão da confiança e insegurança”. No topo da lista de maiores preocupações para este ano estão os conflitos armados, com 23% dos respondentes assinalando esse como um dos principais fatores de risco. Em seguida, vieram os eventos climáticos extremos (14%) e os confrontos geoeconômicos (8%). Inflação, calor e seca: mudanças climáticas devem encarecer alimentos e energia no longo prazo; entenda Veja a lista abaixo: Segundo o documento, o atual clima geopolítico no mundo – que vem na esteira da invasão da Ucrânia pela Rússia e das guerras vistas no Oriente Médio e no Sudão – tem aumentado a expectativa de uma crise ao longo deste ano. Em comparação com o ano passado, esse risco subiu do 8º para o 1º lugar no ranking. De acordo com o relatório, as tensões geopolíticas também estão associadas ao risco crescente de confronto geoeconômico – como pela aplicação de sanções ou tarifas, por exemplo – que, por sua vez, é impulsionado pela desigualdade e pela polarização social, entre outros fatores. Já entre os riscos ambientais, o documento reporta que os impactos negativos das mudanças climáticas têm se tornado cada vez mais evidentes. Isso porque o uso contínuo de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás, tem levado a eventos climáticos extremos com frequência e gravidade cada vez maiores. “Ondas de calor em todas as partes da Ásia; inundações no Brasil, na Indonésia e em partes da Europa; incêndios florestais no Canadá; e furacões Helene e Milton nos Estados Unidos são apenas alguns exemplos recentes de tais eventos”, diz o relatório. Ventos de furacão ainda ameaçam combate aos incêndios florestais em Los Angeles, EUA Falta de conhecimento e desinformação são preocupações no curto prazo O relatório ainda indica que a falta de conhecimento e a desinformação sobre tópicos importantes da política e da economia são os principais pontos de preocupação no curto prazo, tendo liderado o ranking de riscos para 2027. “Existem muitas maneiras pelas quais a proliferação de conteúdo falso ou enganoso está complicando o ambiente geopolítico”, diz o documento. Segundo o relatório, essa divulgação de conteúdo falso ou enganoso pode ser um mecanismo usado para influenciar as intenções de eleitores, pode semear dúvidas entre o público geral sobre o que está acontecendo em zonas de conflito e pode até mesmo ser usada para manchar a imagem de produtos ou serviços de outros países. “Além disso, fica cada vez mais difícil diferenciar quando essas desinformações estão sendo geradas por inteligência artificial [IA] ou por seres humanos”, afirma o documento, reiterando que as ferramentas de IA têm permitido a proliferação dessas informações em formato de vídeo, áudio, imagens ou texto. Pessimismo também alcança o longo prazo O relatório do WEF indica, ainda, que os entrevistados também estão mais pessimistas em relação aos próximos 10 anos, sinalizando um caminho desafiador até 2035. Segundo a pesquisa, 62% dos respondentes têm uma perspectiva “turbulenta” sobre o período. Nesse caso, o documento mostra que o risco ambiental é o principal fator de preocupação, com previsões de que os eventos climáticos extremos se tornem cada vez mais severos. Há ainda preocupações com a perda da biodiversidade e o colapso do ecossistema. Mudanças dos sistemas ambientais da Terra, escassez de recursos naturais e poluição também são citadas. As preocupações do longo prazo também envolvem riscos tecnológicos – com desenvolvimentos adversos do uso de tecnologias de IA – e riscos sociais. “Esse é um importante par de riscos a se observar, dado o quão relacionados eles podem ser nos cenários de instabilidade social, política e geoestratégica. Em sociedades superenvelhecidas [...], as condições demográficas desfavoráveis tendem a acentuar esses riscos ao longo dos próximos 10 anos”, aponta o documento. O Fórum Econômico Mundial é uma organização internacional independente que realiza encontros anuais com líderes do mundo inteiro para tratar sobre tópicos importantes para o crescimento e desenvolvimento mundial. Neste ano, o evento, que acontece em Davos, na Suíça, acontecerá entre os dias 20 e 24 de janeiro.



Dólar fecha aos R$ 6,02, com dados de inflação nos EUA e cessar-fogo em Gaza; Ibovespa sobe quase 3%


15/01/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda norte-americana fechou em queda de 0,36%, cotada a R$ 6,0241. Já o principal índice da bolsa subiu 2,81%, aos 122.650 pontos. Dólar freepik O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (15), aos R$ 6,02. Investidores acompanham os dados de inflação dos Estados Unidos desta semana e a notícia de um cessar-fogo entre Israel e Hamas. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em forte alta, de quase 3%. Após 467 dias de guerra em Gaza e quase 48 mil mortos, o tratado entra em vigor no domingo (19). Esse é o segundo acordo de trégua desde o início do conflito em outubro de 2023, que intensificou as tensões no Oriente Médio. Desta vez, a proposta é implementar medidas para acabar com o conflito em fases. Saiba mais na reportagem do g1. Nos EUA, a inflação ao consumidor subiu 0,4% em dezembro, com custos mais altos dos produtos de energia e acima da expectativa de 0,3%. Em 12 meses, a inflação ficou em 2,9%, conforme esperado. Apesar da alta, os dados do núcleo da inflação de dezembro foram mais baixos do que o esperado, o que animou os mercados aqui e lá fora. Os três principais índices de Wall Street subiram mais que 1,5%. Além disso, a temporada de balanços corporativos nos EUA começa, com grandes empresas financeiras divulgando resultados nesta quarta-feira. Já no cenário doméstico, as atenções ficam com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado das contas públicas em novembro também ficou na mira durante o dia. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumula alta 27% no ano; Ibovespa tem recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar neste fim do ano O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar O dólar fechou em queda de 0,36%, cotado a R$ 6,0241. Na mínima do dia, foi a R$ 6,0114. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 1,27% na semana; recuo de 2,52% no mês e no ano. Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,85%, cotada a R$ 6,0458. Ibovespa O Ibovespa fechou em alta de 2,81%, aos 122.650 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 3,19% na semana; ganho de 1,97% no mês e no ano. Na véspera, o índice fechou em alta de 0,25%, aos 119.299 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? A inflação nos EUA e seus possíveis efeitos na política de juros do Federal Reserve (Fed) continuam a impactar os mercados. Segundo o Departamento de Trabalho dos EUA, a inflação ao consumidor subiu 0,4% em dezembro, acima da expectativa de 0,3%. Em 12 meses, a inflação ficou em 2,9%, conforme esperado. Na véspera, o Departamento do Trabalho dos EUA indicou que o índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,2% em dezembro, após um aumento revisado de 0,4% em novembro. Em 12 meses, o índice avançou 3,3%. Com os núcleos mais comportados, porém, o mercado entende que o Fed pode realizar mais cortes de juros este ano. Juros mais baixos nos EUA diminuem a rentabilidade dos títulos públicos do país, considerados os mais seguros do mundo, e podem tirar a força do dólar frente a outras moedas, incluindo o real. Por outro lado, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, disse nesta quarta que ainda acredita que a inflação está progredindo em direção à meta de 2%, e que está particularmente encorajado pela recente flexibilização da inflação relacionada ao setor imobiliário e otimista quanto à continuidade da desaceleração econômica em 2025. Ao mesmo tempo, Goolsbee afirmou, durante um fórum sobre perspectivas econômicas no Fed de Chicago, que os sinais recentes de arrefecimento da inflação são desanimadores, porque se encaixam no que tem sido um padrão persistente de melhorias sazonais nas pressões sobre os preços. Esse cenário de dólar forte e juros mais altos do que o previsto nos EUA fica ainda mais evidente com a eleição de Donald Trump para a Casa Branca. O novo presidente dos EUA promete uma agenda protecionista, priorizando a atividade interna e limitando a concorrência estrangeira. Isso pode pressionar a inflação e impedir novos cortes de juros pelo Fed. Além disso, a temporada de balanços corporativos nos EUA começa com a divulgação dos resultados de BlackRock, Citigroup, Goldman Sachs, J.P. Morgan e Wells Fargo nesta quarta-feira. No Brasil, o destaque é a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de novembro, divulgada pelo IBGE. O setor de serviços apresentou uma retração de 0,9% no mês, contra a expectativa de recuo de 0,3%. Apesar disso, o setor deve ter encerrado 2024 com desempenho positivo. Por fim, investidores continuam atentos ao cenário fiscal brasileiro. Em novembro, as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 4,5 bilhões, uma melhora em relação ao déficit de R$ 38 bilhões no mesmo período do ano passado. Nos primeiros onze meses deste ano, o déficit acumulado foi de R$ 66,82 bilhões, comparado a R$ 112,46 bilhões no mesmo período do ano passado. Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto que flexibiliza o pagamento das dívidas bilionárias dos estados com o governo federal. Lula vetou trechos que, segundo o governo, impactariam o resultado primário das contas públicas, buscando equilíbrio entre receita e despesas em 2025 e nos próximos anos. Esses trechos serão analisados novamente pelo Congresso, que pode restaurá-los se atingir um número mínimo de votos. "A sanção presidencial reforça o compromisso com a solução das dívidas dos estados, permitindo a redução dos juros, o alongamento da dívida e o uso de ativos para abater débitos, incentivando uma gestão fiscal responsável e investimentos em áreas prioritárias para o desenvolvimento do país", afirmou o governo. Nesta quarta-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que a renegociação da dívida dos estados deve levar a uma perda de R$ 20 bilhões por ano para o governo federal. Esse prejuízo é financeiro e não vai impactar o resultado primário — que mede as receitas com tributos e impostos em relação às despesas do governo.



CNU: entenda como serão os cursos de formação do 'Enem dos Concursos'


15/01/2025 11:23 - g1.globo.com


Edital específico sobre o assunto foi publicado nesta quarta (15). Candidatos aprovados para vagas imediatas serão convocados em fevereiro e deverão confirmar interesse em participar. Carreiras com curso de formação no Concurso Público Nacional Unificado (CNU) Reprodução/Youtube O Ministério da Gestão publicou nesta quarta-feira (15) um edital específico sobre os cursos de formação do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), o "Enem dos Concursos". ➡️ VEJA O EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA OS CURSOS DE FORMAÇÃO Ao todo, 2.305 candidatos serão aprovados para as vagas imediatas das nove carreiras do CNU que exigem essa etapa (veja a imagem acima) e devem manifestar interesse em participar dos cursos, da seguinte forma: No dia 4 de fevereiro, será divulgada a 1ª lista de classificação do concurso, e os participantes aprovados terão até o dia 5 para confirmar, na área do candidato, o interesse no curso de formação, etapa obrigatória para assumir o cargo; Como alguns candidatos, provavelmente, não vão confirmar a participação, uma segunda lista de aprovados sairá no dia 11 de fevereiro, e uma terceira, no dia 18 de fevereiro; Esses participantes também terão até o dia seguinte à convocação para manifestar interesse em seguir no processo para ocupar a vaga; No dia 28 de fevereiro, será divulgada a lista definitiva de aprovados, e eles serão convocados para matrícula nos cursos de formação. No CNU, os candidatos fizeram uma única prova para concorrer a quantos cargos desejassem dentro de uma mesma área de atuação (bloco temático). E, na hora da inscrição, deveriam ordenar a sua preferência entre as carreiras selecionadas. Agora, de acordo com o Ministério da Gestão, cada candidato só poderá participar de um curso de formação. Funciona assim: ➡️ Se um participante for convocado para o curso de formação do 2º cargo na sua lista de preferência, ele será automaticamente eliminado das disputas das vagas menos desejadas, mas seguirá na lista de espera da carreira preferida. A partir disso, terá duas opções: O candidato pode manifestar interesse em participar do curso do 2º cargo. E se, mais tarde, ele for convocado para a sua carreira preferida, será automaticamente realocado. Não precisará confirmar a participação novamente. Agora, se ele não manifestar interesse no curso do 2º cargo dentro do prazo estabelecido, será eliminado da disputa de vagas relativas a ele, mas poderá aguardar uma possível convocação para o cargo preferido e, aí sim, confirmar a participação. Durante o curso, os convocados receberão 50% da remuneração inicial prevista para o cargo, com exceção dos servidores públicos, que poderão optar por manter os vencimentos atuais. A maioria dos cursos de formação será realizada em Brasília (DF). A duração varia de 140 a 580 horas, com modalidades presenciais e híbridas. As instituições responsáveis incluem a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), além do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). Veja as cidades, duração e instituições responsáveis pela realização dos cursos de formação: Segundo o Ministério da Gestão, a formação tem como objetivo desenvolver competências técnicas, gerenciais e estratégicas, além de proporcionar um entendimento mais profundo sobre as funções e responsabilidades dos cargos. O regime de aulas e a duração dos cursos serão determinados em regulamentos específicos das instituições responsáveis. Durante o curso, os matriculados deverão cumprir diversas obrigações, como: Frequentar todas as aulas e atividades programadas pontualmente; Realizar e entregar trabalhos e avaliações nos prazos estipulados; Cumprir atividades não presenciais; Dedicar-se integralmente e exclusivamente ao curso de formação, tendo em vista que essa etapa é classificatória e eliminatória. Novo cronograma CNU: governo antecipa divulgação da lista de aprovados Nesta terça-feira (14), o governo anunciou que vai antecipar a divulgação dos resultados do CNU para o dia 4 de fevereiro. ✅ Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp. No caso dos cargos do bloco 8, de nível médio, a lista publicada neste dia já será a definitiva. Já para as vagas de nível superior, dos blocos 1 a 7, serão feitas as três convocações descritas acima, nos dias 4, 11 e 18. ➡️ VEJA O EDITAL QUE ALTERA O CRONOGRAMA DOS BLOCOS 1 AO 7 ➡️ VEJA O EDITAL QUE ALTERA O CRONOGRAMA DO BLOCO 8 Até então, a primeira lista de classificação do CNU estava prevista para sair no dia 11 de fevereiro, depois de ser adiada por uma decisão judicial que reintegrou ao concurso cerca de 32 mil candidatos, por dois motivos: garantir a correção da prova escrita dos participantes que concorrem a vagas reservadas para negros em quantidade equivalente a dos candidatos de ampla concorrência; cancelar a eliminação dos participantes que deixaram de preencher uma das formas de identificação do gabarito ("bolinha" ou frase da capa). Desde o anúncio deste novo cronograma, em novembro, esses participantes tiveram as notas divulgadas e foram convocados para as etapas do concurso que não tinham tido a oportunidade de realizar anteriormente. Nesta quarta-feira (15), inclusive, sai o resultado preliminar da avaliação de títulos dos candidatos reintegrados. As provas do "Enem dos concursos" foram aplicadas no dia 18 de agosto de 2024, após um adiamento por causa da tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul. Inédito, o CNU centralizou em um único processo seletivo os concursos autorizados para contratação de servidores públicos em diferentes órgãos do governo federal, reunindo mais de 6,6 mil vagas. E é o maior concurso do país em número de inscritos (2,1 milhões). 📆 Principais datas do cronograma atualizado LEIA TAMBÉM: 22 concursos públicos para ficar de olho em 2025 ICMBio: inscrições para concurso serão reabertas MPU também vai ter concurso, saiba mais: Saiba mais sobre o concurso público do MPU