Avenida Carlos Gomes, nº 258, Cj: 1701

Notícias

Por que suco de laranja brasileiro é maior beneficiado do recuo parcial de Trump (e o que Brasil ainda espera das negociações)


15/11/2025 21:31 - g1.globo.com

Donald Trump fala sobre redução das tarifas O vice-presidente Geraldo Alckmin detalhou neste sábado (15/11) o impacto para o Brasil da redução das tarifas de importação aplicadas pelos Estados Unidos a alguns produtos, anunciada no dia anterior pelo governo Donald Trump. A decisão, porém, beneficia apenas parcialmente o país, já que manteve a tarifa adicional de 40% aplicada sobre boa parte das exportações brasileiras a partir de agosto, o chamado "tarifaço". O que foi retirado foi apenas a aplicação de uma alíquota de 10%, anunciada em abril para diversos países, inclusive o Brasil. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Essa redução geral impactou alguns produtos. Entre eles, estão itens produzidos aqui, como o café, vários cortes de carne bovina, açaí, castanha-do-pará, tapioca, mandioca e frutas como banana, laranja e côco, dentre outros. Com a medida, o percentual das exportações brasileiras isentas de qualquer tarifa extra adotada na gestão Trump passou de 23% para 26%, disse Alckmin, o que representa, no total, cerca de US$ 10 bilhões em vendas aos EUA. LEIA MAIS: Tarifa menor: Entenda a medida de Trump e por que ela foi vista com ressalvas 'Piorou para o Brasil', dizem exportadores de café após redução de taxa Laranja Sheraz Shaikh/Unsplash O principal item beneficiado foi o suco de laranja, cujas exportações para os americanos somam cerca de US$ 1,2 bilhão ao ano. Vão para os EUA cerca de 40% de todo suco brasileiro enviado ao exterior, cuja produção se concentra no Estado de São Paulo. O produto já estava isento da tarifa de 40% sobre o Brasil - ao lado de itens como petróleo e aviões. Agora, o suco ficou livre também da taxa de 10%. Já o café, por exemplo, continuará taxado em 40%. "Nós vamos continuar trabalhando para reduzir mais. Realmente, no caso do café, não tem sentido, a tarifa ainda é alta, e o Brasil é o maior fornecedor de café para os Estados Unidos", destacou Alckmin, ao conceder coletiva a jornalistas no Palácio do Planalto. O vice-presidente, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, é um dos que está à frente da negociação com os Estados Unidos para redução das tarifas de 40% sobre o Brasil, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Há expectativa de que os três viajem aos Estados Unidos após a Cúpula do Clima, a COP 30, que acontece este mês em Belém. No entanto, Alckmin afirmou neste domingo que não há nada marcado ainda. "Vamos agora aguardar os próximos passos. Mas nós estamos otimistas que a gente vai ter novos avanços". O anúncio de sexta-feira não faz diretamente parte dessas negociações que estão sendo travadas entre Brasil e EUA sobre as tarifas aplicadas especificamente sobre produtos brasileiros e anunciadas em julho. Elas foram adotadas em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado ideológico de Trump, e incluem uma tarifa extra de 40% sobre boa parte dos produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, somada às taxas recíprocas de 10% anunciadas em abril — levando, portanto, as taxas sobre alguns produtos brasileiros a 50%. LEIA MAIS: Veja a lista de produtos com redução de tarifas pelos EUA Decisão retira tarifa de 10%, e sobretaxa de 40% para o Brasil continua 'Essa redução não tem nada a ver com as negociações entre Brasil e EUA', diz especialista Até o momento, Lula não se manifestou publicamente sobre a decisão do governo americano de retirar as tarifas de 10% sobre alguns produtos agropecuários. Desde o breve encontro entre Lula e Trump na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro, os dois países se reaproximaram e reabriram as conversas sobre as tarifas. Os dois presidentes se reuniram pessoalmente na Malásia no fim de outubro para tratar do tema. Nesta semana, o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, reuniram-se em duas ocasiões para discutir o tema, primeiro no Canadá e depois em Washington. Após os encontros, Vieira disse acreditar ser possível chegar a um acordo ainda neste mês, o que levaria a negociações mais amplas adiante. "[Um acordo] que estabelecesse um mapa do caminho para uma negociação, que poderia durar dois ou três meses, para então se concluir definitivamente todas as questões entre os dois países", disse Vieira. Segundo o ministro, durante uma reunião virtual em 4 de novembro, foi apresentada uma proposta aos americanos, que seria "uma resposta à primeira proposta que eles apresentaram, em 16 de outubro". Foi uma referência ao primeiro encontro com Rubio, na Casa Branca, para dar início ao processo de negociação. Vieira ressaltou que a resposta americana pode vir nos próximos dias. O presidente Donald Trump, em 10 de novembro de 2025 REUTERS/Kevin Lamarque Impacto no bolso dos americanos explica recuo de Trump A decisão de suspender parte das tarifas de 10%, anunciadas em abril, foi publicada em uma ordem executiva na sexta-feira, assinada por Trump. Na ordem executiva, Trump afirma que decidiu mudar o escopo de produtos sobre os quais essas taxas são cobradas após receber informações e recomendações de autoridades que monitoram a aplicação destas medidas, além de considerar o andamento das negociações com outros países, a demanda interna por certos produtos e a capacidade de produção americana destes itens. No documento, diz que a mudança será aplicada a uma série de produtos listados em um anexo e que ela entrará em vigor "em relação às mercadorias que entrarem para consumo, ou forem retiradas do armazém para consumo, a partir das 00h01 [no horário local] do dia 13 de novembro de 2025". Na terça-feira (11/11), Trump havia mencionado em entrevista à Fox News uma possível redução em tarifas sobre o café, sem citar quais países seriam beneficiados. Seu governo vem enfrentando crescente pressão devido ao aumento da inflação no país. O preço do café acumula neste ano uma forte inflação nos EUA, e a tarifa imposta sobre a produção brasileira estava agravando esse cenário — causando preocupação em Trump por pressioná-lo em uma frente importante para seu eleitorado, a economia. Segundo um cálculo da BBC News Brasil a partir de dados oficiais do MDIC, em setembro, a quantidade de café brasileiro enviada aos EUA caiu quase pela metade (-47%) em relação ao mesmo mês de 2024. Na primeira conversa travada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar das tarifas, no início de outubro, o presidente americano admitiu que os EUA estava "sentindo falta" de alguns produtos brasileiros afetados pelas tarifas, e citou especificamente o café, segundo apurou a BBC News Brasil na época. Saca de café em fazenda perto de Brasília em 15 de julho de 2025 Adriano Machado/Reuters O Brasil também é o quarto maior fornecedor de mangas e goiabas (que estão juntos na nomenclatura de mercadorias usada no comércio exterior) para os americanos, tendo embarcado cerca de US$ 56 milhões desses produtos ao país em 2024. O México é o principal fornecedor, com US$ 550 milhões, seguido do Peru (US$ 96,9 milhões) e do Equador (US$ 56 milhões), segundo o Observatório de Complexidade Econômica. Os EUA cultivam manga em Estados como Flórida, Califórnia e Havaí, mas boa parte do consumo interno é suprido com importações. O mesmo vale para a goiaba, com cultivo modesto na Flórida, no Havaí e em Porto Rico. Produtores brasileiros de manga foram duramente afetados pelas tarifas americanas, com produção encalhada diante do cancelamento de pedidos, como mostrou a BBC News Brasil. O Brasil é ainda o maior exportador de carne bovina do mundo e responde por 23% das importações americanas do produto, segundo cálculo da Genial Investimentos. Os EUA são o segundo maior mercado para o produto brasileiro, atrás apenas da China. Mas, ao contrário do café e de frutas como a manga, no caso da carne os EUA são também um grande produtor. No entanto, o país enfrenta uma queda histórica na oferta de carne bovina. Atualmente, os EUA têm o menor número de cabeças de gado em 74 anos, depois que os pecuaristas reduziram a produção após vários anos de seca e preços baixos. Paralelamente, a demanda dos consumidores se manteve firme, fazendo com que os preços nos supermercados aumentassem. A suspensão das tarifas sobre a carne também deve beneficiar a Argentina, que responde por 2,1% das importações americanas e é governada por Javier Milei, aliado de Trump. No início de novembro, Trump disse que compraria mais carne argentina para baratear o produto no mercado americano, o que deixou produtores nacionais enfurecidos. Trump sempre afirmou que suas tarifas não levariam ao aumento de preços para os consumidores americanos, mas as isenções recentes sinalizam uma mudança de postura. Economistas já haviam alertado que as empresas repassariam o custo das tarifas de importação, gerando preços mais altos para os consumidores. Embora a inflação tenha permanecido mais moderada do que muitos analistas previam em setembro, a maioria dos itens monitorados no relatório de inflação do Departamento do Trabalho apresentou aumento, com os alimentos subindo 2,7% em relação ao ano passado.



Entenda a redução de tarifas por Trump e por que ela foi vista com ressalvas no Brasil


15/11/2025 18:55 - g1.globo.com

EUA reduzem tarifa para café, carne, banana e açaí Os Estados Unidos anunciaram na noite da última sexta-feira (14) a redução das tarifas de importação de cerca de 200 produtos brasileiros. A medida foi comemorada por representantes do governo brasileiro, mas não agradou parte dos exportadores e da indústria, que consideram que o país continua em desvantagem competitiva em relação aos seus principais concorrentes. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo o Ministério da Agricultura, a decisão envolve apenas as chamadas tarifas de reciprocidade — no caso do Brasil, uma taxa de 10% imposta pelo republicano em abril deste ano. Isso fez com, que no caso do suco de laranja, por exemplo, a tarifa voltasse a ser zero. Em outros, como o café, caiu de 50% para 40% – e esse é um dos motivos pelos quais o recuo foi visto com ressalvas. Nesta reportagem, você vai entender: O que os EUA decidiram sobre as tarifas impostas ao Brasil? Por que a redução não agradou todos os exportadores e a indústria? A redução das tarifas tem relação com o encontro entre Trump e Lula? O que acontece agora? Consulte a lista de produtos que tiveram tarifa reduzida O que os EUA decidiram sobre as tarifas impostas ao Brasil? A Casa Branca anunciou, na noite de sexta-feira (14), uma redução das tarifas de importação de cerca de 200 produtos. Entre os produtos, estão alguns dos mais vendidos pelo Brasil aos norte-americanos, como o café, o suco de laranja, a carne bovina e frutas como manga, banana e açaí. A redução foi das chamadas tarifas de reciprocidade, impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a diversos países em abril. No caso brasileiro, a alíquota era de 10%. O governo brasileiro informou que, com a decisão de Trump desta sexta, o percentual das exportações brasileiras para os Estados Unidos não sujeitas a tarifas adicionais passou de 23% para 26%. 💵Com isso, cerca de US$ 10 bilhões das exportações brasileiras para os EUA estão isentas de tarifas. Por que a redução foi vista com ressalvas no Brasil? A redução de tarifas foi vista com ressalvas porque a sobretaxa de 40% sobre as exportações brasileiras, anunciada no fim de julho por Donald Trump em razão do que o presidente norte-americano considerou uma perseguição a Jair Bolsonaro (PL), segue em vigor. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, disse que a decisão dos EUA é "uma boa sinalização para o mercado brasileiro", mas "motivo de comemoração comedida". A Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse que, de 80 produtos agrícolas beneficiados pela redução, só quatro – três tipos de suco de laranja e castanha-do-pará – ficam isentos de taxas. Os outros 76 produtos, incluindo carne bovina e café, continuam sujeitos à taxa de 40%. "É muito importante negociar quanto antes um acordo para o produto brasileiro voltar a competir em condições melhores no principal destino das exportações industriais brasileiras", disse Ricardo Alban, presidente da CNI. Além disso, como a redução foi aplicada também a outros países que também tinham a tarifa de 10%, mas não, a de 40%, passaram a ficar mais competitivos em relação ao Brasil, segundo exportadores. No caso do café, a Colômbia – o principal concorrente brasileiro pelo mercado norte-americano, segundo o setor – passou a ter 0% de tarifa, enquanto o Brasil permanece com os 40%. "Melhorou para os nossos concorrentes e piorou para o Brasil", disse o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, ao g1. E nem todos os produtos foram beneficiados pelo corte. A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) diz que a uva — segunda fruta brasileira mais exportada para os EUA — ficou de fora. "Mais de US$ 40 milhões foram enviados no ano passado só para os Estados Unidos, de uva. Então vai afetar", disse o diretor-executivo da Abrafrutas, Eduardo Brandão. Em entrevista a jornalistas neste sábado (15), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que a redução das taxas está "na direção correta", mas admitiu que ainda existe uma "distorção" que "precisa ser corrigida". A redução das tarifas tem relação com o encontro entre Trump e Lula? Em entrevista a jornalistas na última sexta-feira (14), Trump indicou que a redução das taxas veio para corrigir o forte avanço visto nos preços de alguns produtos nos EUA. "Os preços do café estavam um pouco altos. Agora, ficarão mais baixos em um período muito curto", afirmou. Na ordem executiva para reduzir as tarifas, Trump não se referiu a nenhum país e disse que a decisão foi tomada após considerar informações sobre o andamento das negociações com vários países, a demanda interna e a capacidade doméstica de produção de alguns produtos. Ao comentar as tarifas, Alckmin disse que as conversas de Lula (PT) com Trump, assim como as do chanceler brasileiro Mauro Vieira com o secretário do comércio norte-americano, Marco Rubio, foram importantes para as negociações entre os dois países. "Por que teve essa medida? Justamente porque o consumidor norte-americano, a indústria norte-americana, o varejo norte-americano estão reclamando", diz Felippe Serigati, doutor em economia, coordenador do Mestrado Profissional em Agronegócio do FGVAgro. "Essa redução não tem nada a ver com as negociações do Brasil. Gerou uma externalidade positiva para alguns produtos brasileiros, e alguns que estavam precisando, em destaque as frutas tropicais, mas essa redução não tem nada a ver com as negociações entre o Brasil e os Estados Unidos." O que acontece agora? Segundo Alckmin, o governo brasileiro continuará trabalhando para reduzir as tarifas impostas por Trump. "Há uma distorção que precisa ser corrigida. Todo mundo teve 10% a menos. Só que, no caso do Brasil, que tinha 50%, ficou com 40%, que é muito alto. Você teve um setor muito atendido que foi o suco de laranja. Era 10% e zerou. Isso é US$ 1,2 bilhão. Então zerou, ficou sem nenhum imposto. O café também reduziu 10%, mas tem concorrente que reduziu 20%. Então esse é o empenho que tem que ser feito agora para melhorar a competitividade", completou Alckmin. Trump, por sua vez, descartou novos cortes das taxas à frente. Questionado por repórteres na noite de sexta-feira (14) sobre possíveis novas mudanças, o republicano respondeu: "Não acho que será necessário". Consulte a lista de produtos que tiveram a tarifa reduzida O presidente Donald Trump, em 10 de novembro de 2025 REUTERS/Kevin Lamarque



Indústria diz que Brasil continua em desvantagem mesmo com redução de tarifa pelos EUA


15/11/2025 18:28 - g1.globo.com

Estados Unidos revogam tarifas de importação sobre alguns produtos O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirma que a decisão dos Estados Unidos de retirar tarifas recíprocas de 10% para produtos agrícolas expõe a urgência de o Brasil avançar na negociação para remover a taxa extra de 40% aplicada aos produtos brasileiros. “Países que não enfrentam essa sobretaxa terão mais vantagens que o Brasil para vender aos americanos”, afirmou Alban. " "É muito importante negociar quanto antes um acordo para o produto brasileiro voltar a competir em condições melhores no principal destino das exportações industriais brasileiras", declarou também. Contexto: Os EUA reduziram as tarifas de importação de vários produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, na noite de sexta-feira (14). Dessa forma, para o Brasil, as taxas caíram de 50% para 40%; O Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia; e Vale destacar que alguns setores do agro brasileiro, como o do café, esperavam que a tarifa fosse zerada. Grão da xícara de café Dilvugação/Roasters Specialty Coffee Segundo o CNI, a lista de produtos isentos dos 10% inclui 238 produtos como carne, café, hortaliças, cera de carnaúba, frutas cítricas, castanha-do-Pará, suco de laranja, fertilizantes e produtos químicos agrícolas. Desses, o Brasil exportou 80 produtos no último ano. Em 2024, essas exportações somaram US$ 4,6 bilhões — cerca de 11% de tudo o que o país vendeu ao mercado americano no período. Para a Confederação, quatro produtos passam a ser isentos de tarifas adicionais, três tipos de suco de laranja e castanha-do-Pará. Os outros 76, antes taxados em 50%, permanecem com os 40% específicos ao Brasil, com destaque para café não torrado, cortes de carne bovina e cera de carnaúba.



Alckmin: Redução de tarifas dos EUA está na 'direção correta'


15/11/2025 15:16 - g1.globo.com

Alckmin: Redução de tarifas dos EUA está na 'direção correta' Presidente Donald Trump tirou taxa de 10% sobre produtos como café, carne e frutas, mas manteve sobretaxa de 40% ao Brasil. O vice-presidente Geraldo Alckmin falou neste sábado (15) sobre a redução de tarifas anunciada por Donald Trump.. Medida tira taxa global de 10% para cerca de 200 produtos, mas manteve a sobretaxa de 40% ao Brasil. Entenda.. Governo brasileiro considerou positiva a redução, mas segue atento aos produtos que continuam taxados.. Exportadores de café dizem que a medida, na verdade, piora a situação do Brasil. Outros setores veem avanço.



Tarifaço: Alckmin diz que redução de taxas pelos EUA está na 'direção correta', mas 'distorção' ainda precisa ser corrigida


15/11/2025 14:55 - g1.globo.com

Redução 'positiva' e na 'direção correta', diz Alckmin após EUA baixarem taxa de importação O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, classificou neste sábado (15) como "positiva" e na "direção correta" a redução de taxas pelo governo de Donald Trump. Ele afirmou que o governo "continuará trabalhando" para que as tarifas caiam ainda mais. Os Estados Unidos reduziram as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, na noite desta sexta-feira (14). Para o Brasil, as taxas, de maneira geral, caíram de 50% para 40%. Para Alckmin, a tarifa de 40% para uma série de produtos brasileiros, como o café, ainda é uma "distorção", que precisa ser "corrigida" com as negociações. "A última ordem executiva do presidente Trump foi positiva e na direção correta", afirmou. "Foi positiva. Vamos continuar trabalhando. Conversa do presidente Lula com Trump foi importante no sentido da negociação e, também, a conversa do chanceler Mauro Vieira com o secretário Marco Rubio", acrescentou o vice-presidente. "Há uma distorção que precisa ser corrigida. Todo mundo teve 10% a menos. Só que, no caso do Brasil, que tinha 50%, ficou com 40%, que é muito alto. Você teve um setor muito atendido que foi o suco de laranja. Era 10% e zerou. Isso é US$ 1,2 bilhão. Então zerou, ficou sem nenhum imposto. O café também reduziu 10%, mas tem concorrente que reduziu 20%. Então esse é o empenho que tem que ser feito agora para melhorar a competitividade", completou Alckmin. 🔎O governo brasileiro informou que, com a decisão de Trump desta sexta, o percentual das exportações brasileiras para os Estados Unidos não sujeitas a tarifas adicionais passou de 23% para 26%. 💵Com isso, cerca de US$ 10 bilhões das exportações brasileiras para os EUA estão isentas de tarifas. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a medida de Trump se aplica a 80 itens agrícolas vendidos pelo Brasil aos Estados Unidos. Porém, somente quatro produtos – três tipos de suco de laranja e castanha do pará – ficam isentos de taxas. Conforme a entidade, os outros 76 itens, que incluem carne bovina e café, tiveram redução de tarifas, mas ainda vão enfrentar 40% de taxa para entrar no mercado americano. Ordem de Trump abrange só taxas de reciprocidade Num primeiro momento, exportadores brasileiros tiveram dúvidas sobre o tamanho da redução. Posteriormente, o Ministério da Agricultura esclareceu que a ordem abrange apenas as chamadas taxas de reciprocidade, impostas a diversos países pelo presidente Donald Trump, em abril. No caso do Brasil, elas foram de 10%. Em julho, no entanto, o presidente dos EUA anunciou uma tarifa adicional, de 40%, para compra de produtos brasileiros, que continua valendo, segundo o governo. EUA não consideram novos cortes 'Essa redução não tem nada a ver com as negociações entre Brasil e EUA', diz especialista Alguns setores do agro brasileiro, como o do café, esperavam que a tarifa fosse zerada. ☕O café brasileiro estava sendo taxado em 50% nos EUA. Com o anúncio de sexta, a tarifa caiu para 40%, mas grandes concorrentes, como a Colômbia e o Vietnã, tiveram a sua tarifa zerada, o que dificulta a competição. Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram na última quinta para discutir o assunto. Após a reunião, Vieira disse que esperava uma resposta dos EUA sobre um "mapa do caminho" para nortear negociações. No fim desta sexta, porém, Trump afirmou que não acredita que sejam necessários novos cortes de taxas. “Acabamos de fazer um pequeno recuo”, disse a repórteres. “Os preços do café estavam um pouco altos; agora, em muito pouco tempo, eles estarão mais baixos", completou. O Brasil é o maior fornecedor de café para os EUA e um dos principais de carne, e ambos os produtos enfrentam forte alta nos preços no mercado norte-americano, o que pressiona o governo Trump. Em nota, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) lamentou o fato de o governo dos EUA não ter excluído "integralmente" as tarifas sobre o item. "Tal situação, de manutenção de elevada posição tarifária imposta ao Brasil, amplia as distorções no comércio e tende a intensificar, no curto prazo, a queda nas exportações de cafés especiais aos Estados Unidos", afirmou a entidade em nota. Alckmin fala em coletiva Reprodução



Supergoiabeira produz goiabas de até 1kg em Goiás


15/11/2025 12:51 - g1.globo.com

Supergoiabeira produz goiabas de até 1kg Um mistério e, ao mesmo tempo, uma bênção. Assim uma goiana define o pé de goiaba que possui no quintal da sua casa, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. A árvore produz frutos enormes o ano inteiro, que chegam a pesar até 1 kg. A assistente fiscal Valdivina Muniz Ferreira, de 42 anos, conhecida como Val, conta que ela e o marido, Eurilson da Silva Neves, de 50 anos, ganharam a muda há cerca de 8 anos, de uma amiga dela, que, por sua vez, recebeu a plantinha da Embrapa de Brasília. Desde então, a goiabeira é só fartura, produzindo goiabas de 300 gramas em diante. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Goiás no WhatsApp "Além dessa muda minha, ela fez mais mudas, só que nem todas dão fruto como a minha dá. Até hoje, das mudas que ela fez, a minha foi a maior. É um mistério. E uma bênção também", explica Val. Val Muniz e Eurilson da Silva Neves plantaram a muda há cerca de 8 anos e sempre colheram frutos enormes Arquivo pessoal/ Val Muniz Val explica que as goiabas são da polpa branca, que está sempre doce e crocante. Ela e o esposo comem in natura mesmo porque, segundo ela, a variedade não serve para suco e doces. A quantidade de frutos é tão grande que ela e o esposo dão para amigos e familiares. "Esta semana mesmo eu colhi uma que deu 750 gramas. Meu marido levou para o colega do trabalho", contou. Fruto de 1,040 kg foi o maior que a goiabeira deu até hoje Arquivo pessoal/ Val Muniz LEIA TAMBÉM Tema de música e paixão dos moradores de Goiânia: conheça cinco frutas do Cerrado e suas qualidades nutricionais Avenida com jabuticabeiras dando frutos atrai visitantes em Goiás; vídeos Melhor amiga dos sapos: Menina brinca com animais e impressiona nas redes sociais Val explica que a goiabeira rende frutos em todas as épocas do ano e que ela e o marido regam duas vezes por dia. Ela não sabe dizer com precisão, mas acredita que o tempo entre o surgimento até o amadurecimento de cada fruta é de cerca de dois meses. Benefícios nutricionais Além de saborosa, a goiaba branca possui diversos benefícios nutricionais. A nutricionista Lívia Alves, de Goiânia, explica que a fruta é rica em fibras, que ajuda a manter o funcionamento do intestino mais equilibrado. "Essas fibras presentes na fruta também auxiliam no controle da glicemia, favorecendo uma sensação de saciedade muito natural", detalha. Segundo a especialista, a fruta também tem vitamina C, fundamental na proteção do sistema imunológico, ajudando o organismo a responde melhor contra infecções. "A vitamina C também melhora a absorção do ferro, presente em outros alimentos, o que contribui para a prevenção de anemia", disse Lívia, acrescentando que a goiaba também tem potássio, mineral essencial para o equilíbrio da pressão arterial e bom funcionamento dos músculos e do coração. 📱 Veja outras notícias da região no g1



Herança jacente: quem fica com o patrimônio das pessoas que morrem sem deixar herdeiros?


15/11/2025 11:14 - g1.globo.com

Saiba quais são os bens que prefeituras e união incorporam de quem não tem herdeiros Ao menos 179 imóveis foram incorporados ao patrimônio público da União e de municípios de 14 estados entre 2020 e 2025, segundo levantamento do g1. Juntos, os bens somam R$ 219 milhões e incluem apartamentos a poucos metros das praias de Copacabana e Ipanema, no Rio de Janeiro, e do Pina, em Pernambuco. CONHEÇA OS CASOS: os bens de quem morre sem herdeiros e ficam com o governo federal e as prefeituras Esses imóveis pertenciam a pessoas que morreram sem deixar herdeiros nem testamento. Pela lei, quando isso acontece, o patrimônio passa por um processo judicial que determina a destinação dos bens — e, se ninguém se habilitar como sucessor, eles são transferidos para o poder público — procedimento chamado de herança jacente e vacante. 🔎 A herança jacente é declarada quando não há herdeiros até o quarto grau de parentesco — ou seja, pais, filhos, tios, sobrinhos e primos de primeiro grau. Depois de esgotadas as buscas e decorrido o prazo legal, o bem vira vacante, ou seja, é transferido para o município ou para a União. A procuradora e advogada Priscilla Paoliello de Sarti, autora do livro A Herança Jacente e Vacante: Aspectos práticos, desafios e possíveis soluções para a sua efetivação, explica que o fenômeno deve se tornar mais frequente. “A gente verifica um aumento desses casos decorrentes do envelhecimento da população, da queda na taxa de natalidade e das famílias unipessoais, de uma pessoa só, que não deixam herdeiros. É um contexto que tende a aumentar essas hipóteses de herança vacante”, afirma. Veja as perguntas e respostas: Para quem vão os bens? Por que o governo fica com o patrimônio dos falecidos? Quais são as fases do processo até o patrimônio ser público? Quem tem direito à herança? Quem pode cuidar do imóvel durante o processo? O Estado pode usar o imóvel como quiser? Como o juiz tenta encontrar herdeiros? O processo é o mesmo para todos os bens? O que acontece se um herdeiro aparecer depois? Arte - Como um bem sem herdeiros vira patrimônio público Arte/g1 Para quem vão os bens? Apartamentos da Rua Cinco de Julho, em Copacabana (RJ), incorporados ao patrimônio da cidade Reprodução Após a morte, se a pessoa que morreu não tiver cônjuge, filhos, pais vivos ou outros herdeiros, o Código Civil determina que os bens fiquem incorporados ao patrimônio da cidade em que morava. “A data da morte vai fixar essa competência também”, explica a professora de Direito Civil na PUC-SP, procuradora do município de São Paulo aposentada, Déborah Lambach. A regra é territorial: se o bem está em uma cidade, vai para o município; se está no Distrito Federal, fica com o DF; e se está em território federal, é incorporado à União. Quando os bens passam à União, ficam sob gestão da Secretaria do Patrimônio da União (SPU). Hoje, o Brasil não tem mais territórios federais — só o Distrito Federal e os estados com seus municípios. Volte ao índice. Por que o governo fica com o patrimônio dos falecidos? O Estado passa a ser o destinatário final do patrimônio de quem morre sem deixar herdeiros nem testamento porque o Código Civil determina que ele deve dar destinação pública aos bens sem dono. Déborah explica que o poder público atua como sucessor excepcional do falecido, garantindo que o patrimônio não fique sem administração nem uso social. “O Estado não pode renunciar. Ele é chamado pela lei a suceder quem não tem herdeiro, porque o ordenamento jurídico não admite bens sem dono”, afirma. Isso significa que, quando todos os herdeiros são desconhecidos, inexistentes ou renunciam à herança, o poder público assume a responsabilidade de representar, administrar e dar finalidade social aos bens. “O poder público tem essa responsabilidade, esse dever legal com a comunidade. A pessoa que estava ali naquele município construiu um patrimônio, então seria uma forma de cuidado — tanto pra devolver pros herdeiros, quanto pra sociedade”, explica Lambach. Volte ao índice. Quais são as fases do processo até o patrimônio ser público? Quando alguém morre sem deixar testamento nem herdeiros conhecidos, começa um processo chamado herança jacente. É quando a Justiça tenta descobrir se há familiares que possam herdar os bens. Nessa fase, o juiz nomeia um curador, que fica responsável por cuidar do que foi deixado e buscar informações sobre possíveis herdeiros. “A primeira providência é o juiz nomear um curador para aquela herança. Esse curador vai até o local, se é um imóvel, e procura amealhar informações sobre aquela pessoa”, explica a professora Déborah Regina Lambach. Em seguida, são publicados editais para busca de herdeiros. Se em um ano ninguém se apresentar, a herança é declarada vacante — o patrimônio passa ao domínio público, mas ainda de forma provisória. Cinco anos após a data da morte, se nenhum herdeiro aparecer, os bens são incorporados definitivamente ao poder público — à União, ao Distrito Federal ou ao município, conforme a localização. Volte ao índice. Quem tem direito à herança? Na primeira fase do processo — chamada de herança jacente, quando o Estado guarda os bens enquanto procura os herdeiros — têm direito à herança, segundo o Código Civil, os parentes até o quarto grau. Isso inclui: 1º grau: filhos e pais; 2º grau: avós e netos; 3º grau: tios e sobrinhos; 4º grau: primos. A sucessão segue uma ordem de prioridade, conhecida como “ordem de vocação sucessória”, que começa pelos descendentes e vai até os colaterais. “Morreu alguém, é como se fosse um trem, o juiz vai no primeiro vagão, onde estão os descendentes — os filhos. Se não houver filhos, passamos para o segundo vagão, onde estão os ascendentes — pais e mães. Se também não houver, vamos para o terceiro vagão, que são os cônjuges ou companheiros. E, por fim, o quarto vagão, onde ficam os colaterais, como irmãos, tios e primos. É preciso respeitar essa ordem de vocação” , explica Lambach. Se nenhum desses grupos for localizado, o patrimônio permanece sob guarda judicial até que, passado os cinco anos da morte, seja declarado vacante e incorporado ao poder público. Após incorporado, apenas pais, filhos ou companheiros podem requisitar o patrimônio ao Tesouro do munícipio. Volte ao índice. Quem pode cuidar do imóvel durante o processo? Na prática, o curador pode ser um advogado nomeado pelo juiz ou um representante do município. “Qualquer pessoa de confiança do juízo. Em regra, é um advogado que o juiz nomeia”, explica a procuradora Priscilla Paoliello de Sarti. O cargo é temporário e remunerado ao final do processo, já que o curador assume a responsabilidade de administrar o bem e prestar contas à Justiça. O papel do curador acaba quando o bem passa a ser público, quando a secretaria do patrimônio do município ou a União decide o que vai ser feito com o imóvel. Volte ao índice. O Estado pode usar o imóvel como quiser? Nos municípios, a administração é feita por procuradorias ou secretarias de patrimônio e finanças, que decidem o destino: podem usar o imóvel em programas públicos, ceder, alugar ou vender em licitação. “O bem é incorporado ao patrimônio do município e depois ele é destinado para atividades públicas de interesse local”, explica a procuradora Priscilla Paoliello. Qualquer ocupação irregular pode gerar ação de reintegração de posse. Volte ao índice. Como o juiz tenta encontrar herdeiros? Quem tem esse papel no decorrer do processo é o curador do imóvel. “Esse curador vai até o local — se é um imóvel — e procura amealhar informações sobre aquela pessoa. Hoje a gente pode até pedir acesso à parte digital, e-mails, perfis de Instagram, Facebook, tudo isso é possível judicialmente. Também se conversa com vizinhos", explica a professora de Direito Civil na PUC-SP. "O curador tenta obter o maior número de informações, faz um arrolamento dos bens, manda ofício para bancos. E, se a pessoa é estrangeira, vai uma carta rogatória para o país, a gente fala com as embaixadas, sempre por meio de documento judicial.” Volte ao índice. O processo é o mesmo para todos os bens? Sim. A regra vale para imóveis, dinheiro em conta, veículos, ações e até bens de valor afetivo. O curador é responsável por cuidar de tudo até a decisão judicial. Itens como obras de arte e objetos pessoais só podem ser vendidos após a vacância, com autorização do juiz. Volte ao índice. O que acontece se um herdeiro aparecer depois? Depois que o bem é incorporado ao poder público, apenas filhos, pais, avós ou cônjuges podem reivindicar o patrimônio. Se comprovarem o vínculo, podem propor uma ação de petição de herança, que tramita nas varas de Fazenda Pública. Volte ao índice.



Apartamentos na praia, fazendas, conta bancária: os bens de quem morre sem herdeiros e ficam com o governo federal e as prefeituras


15/11/2025 11:14 - g1.globo.com

Saiba quais são os bens que prefeituras e união incorporam de quem não tem herdeiros Apartamentos a poucos metros da praia, fazendas e residências de várias regiões do país passaram a fazer parte do patrimônio público depois que seus donos morreram sem deixar herdeiros. Levantamento do g1 mostra que, entre 2020 e 2025, ao menos 179 imóveis nessa situação passaram à administração da União ou de prefeituras de cidades em 14 estados. Juntos, os bens identificados pelo g1 somam cerca de R$ 219 milhões. 🔎 A herança é chamada de “vacante” quando não há herdeiros até o quarto grau de parentesco — pais, filhos, tios, sobrinhos e primos de primeiro grau — e, após esgotadas as buscas, o patrimônio é transferido para o poder público. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os imóveis foram identificados pelo g1 a partir de pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação (LAI) à União e às 27 capitais das unidades federativas. As respostas permitiram mapear bens localizados em 14 estados: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. 🗒️Tem alguma sugestão de reportagem? Mande para o g1 Segundo a procuradora e advogada Priscilla Paoliello de Sarti, autora do livro "A Herança Jacente e Vacante", o fenômeno deve se tornar mais comum. “A gente verifica um aumento desses casos decorrentes do envelhecimento da população, da queda na taxa de natalidade e das famílias unipessoais, de uma pessoa só, que não deixam herdeiros. É um contexto que tende a aumentar essas hipóteses de herança vacante”, afirma. Veja a seguir alguns dos casos identificados pela reportagem: Castelinho da Rua Apa, apartamentos na praia, fazendas: os imóveis sem herdeiros encoporados pela União ou estados. Reprodução Dois apartamentos em Copacabana e R$ 431 mil no banco A aposentada Yvonne Martins Gurjão, funcionária pública da Caixa Econômica Federal, morreu em setembro de 2016, aos 93 anos, sem deixar herdeiros nem testamento. O inventário revelou dois apartamentos em Copacabana, ambos a cerca de 600 metros da praia — um na Rua Barata Ribeiro e outro na Rua Cinco de Julho — e R$ 431 mil em conta bancária. Apartamentos da Rua Cinco de Julho, em Copacabana (RJ), incorporados ao patrimônio da cidade Reprodução O processo judicial se arrastou por quase nove anos. A disputa começou quando Juliana Ribeiro do Nascimento, filha da ex-empregada doméstica da família, alegou ter sido criada por Yvonne “como se fosse neta”. Nos autos, disse ter recebido da idosa apoio financeiro e afetivo por toda a vida. Outra mulher, Léa Espíndola de Almeida, identificada como prima distante, também se manifestou no processo, mas, segundo a Justiça, não comprovou vínculo familiar. Em 2020, a Prefeitura do Rio de Janeiro foi nomeada curadora dos bens, e, após a publicação de editais, a Justiça declarou a herança vacante em outubro de 2024. A Prefeitura do Rio informou ao g1 que os dois apartamentos — localizados na Rua Barata Ribeiro e na Rua Cinco de Julho, em Copacabana — estão em fase de avaliação para licitação de alienação, ou seja, serão leiloados. Não há informações sobre o uso atual dos imóveis. O g1 não localizou Léa e tentou contato com Juliana, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Entenda como o patrimônio de quem morre e não deixa herdeiros vai para o poder público Disputa por imóveis de polonesa termina com bens incorporados ao Rio Apartamentos da Rua Barata Ribeiro, em Copacabana (RJ), incorporados ao patrimônio da cidade Reprodução A polonesa Grazyna Rokicka, falecida em 1998, deixou quatro imóveis em Copacabana — três na Rua Barata Ribeiro e um na Rua República do Peru. Após a morte, o locatário Eliseu Bandeira Sobrinho permaneceu nos endereços e, anos depois, entrou na Justiça alegando posse dos bens desde 2008, em tentativa de usucapião. A Justiça, porém, rejeitou o pedido, reconheceu que ele não era herdeiro legítimo e determinou a transferência dos imóveis ao município em 2022. O g1 não localizou a defesa de Sobrinho. Fazenda visitada por Dom Pedro II é incorporada à União no Paraná Fazenda Baronesa, em Palmeiras (PR) José Fernando Ogura/AEN - Casa Civil do PR Em Palmeira (PR), a Fazenda Baronesa, com 17 km², foi incorporada ao patrimônio da União após a morte de Moisés Erichsen. Avaliada em R$ 17,2 milhões, a área passou à administração da 2ª Companhia do 5º Batalhão de Suprimento (2ª Cia Sup/5º B Sup), unidade do Exército sediada na cidade. Em 1880, a fazenda recebeu a visita do imperador Dom Pedro II durante uma viagem oficial pelo Paraná, conforme descrito pelo Exército em seus acervos históricos. Casarão centenário no Recife No Recife, dois imóveis da professora aposentada Maria da Conceição Guedes Pereira, morta aos 102 anos em 2013, foram incorporados ao patrimônio da cidade e da União. Um deles, na Avenida Rosa e Silva, está sendo reformado pela prefeitura para se tornar um Centro de Convivência para Idosos. Fachada do Casarão de Recife (PE), imóvel particular que foi incorporado ao patrimônio público Edson Holanda/Prefeitura do Recife Segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Maria da Conceição havia manifestado em vida o desejo de que o local fosse usado para acolhimento de idosos. “Ela confidenciou o desejo de que o imóvel fosse transformado em ambiente para o acolhimento e assistência de idosos”, afirmou a promotora Luciana Dantas, da 30ª Promotoria de Justiça da Capital. As obras começaram em maio de 2025, e a entrega está prevista até o fim do ano. O outro imóvel, a 260 metros da Praia de Pina, está incorporado ao patrimônio da União. Casa à 260 metros da Praia de Pina (PE) incorporado ao patrimônio da União Reprodução/Google Maps O ‘Castelinho’ da Rua Apa, em São Paulo Em São Paulo (SP), o histórico Castelinho da Rua Apa, avaliado em cerca de R$ 3 milhões, também foi incorporado ao patrimônio público. Construído em 1912 por arquitetos franceses, o imóvel ficou marcado pelo assassinato de mãe e dois filhos em 1937. Abandonado por décadas, o prédio foi cedido à ONG Clube de Mães do Brasil, que oferece assistência a moradores em situação de rua e pessoas em vulnerabilidade social. Castelinho da Rua Apa foi restaurado Rogério de Santis/Futura Press/Estadão Conteúdo Quem fica com o patrimônio e o que é feito dele? Arte - Como um bem sem herdeiros vira patrimônio público Arte/g1 Quando alguém morre sem deixar testamento nem herdeiros, a Justiça abre um processo de herança jacente. Um curador é nomeado para administrar os bens e buscar possíveis familiares. “Esse curador vai até o local, conversa com vizinhos, consulta bancos e até redes sociais, para tentar identificar possíveis herdeiros”, explica a professora Déborah Lambach, da PUC-SP Se em um ano ninguém se habilitar, a herança é declarada vacante. Cinco anos após a morte, os bens são incorporados definitivamente ao poder público — à União, ao Distrito Federal ou ao município, conforme o local onde estão Nos municípios, a administração é feita por procuradorias ou secretarias de patrimônio, que decidem o destino dos bens: podem ser usados em programas públicos, cedidos, alugados ou vendidos em leilão.



'Piorou para o Brasil', dizem exportadores de café após redução de tarifas globais dos EUA; setores de carnes e frutas veem avanço


15/11/2025 10:51 - g1.globo.com

Tarifa de 40% sobre o café 'continua proibitiva', diz presidente do Cecafé. Após comemoração inicial, exportadores brasileiros de carne, café e frutas adotaram um tom mais cauteloso e até pessimista em relação à redução das tarifas de importação pelos Estados Unidos. Na sexta-feira (14), os EUA reduziram a taxa global de 10% para cerca de 200 produtos, mas mantiveram a sobretaxa de 40% ao Brasil. "Melhorou para os nossos concorrentes e piorou para o Brasil", disse o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, ao g1. O café brasileiro estava sendo taxado em 50% nos EUA. Com o anúncio de sexta, a tarifa caiu para 40%, mas grandes concorrentes, como a Colômbia e o Vietnã, tiveram a sua tarifa zerada, explicou Matos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Muitos já tinham acordo bilateral formado, outros estavam com 10% como a Colômbia e a Etiópia", disse o diretor. À GloboNews, o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, reafirmou a preocupação do setor. "[A taxa de] 40%, se ficar, continua proibitiva e não muda nada. O Brasil continua totalmente fora do jogo". Os Estados Unidos são o principal comprador de café do Brasil e respondem por cerca de 16% de tudo o que o país exporta, segundo o Ministério da Agricultura. Com o tarifaço, as importações americanas de café brasileiro caíram pela metade (51,5%) entre agosto e outubro – meses de vigência da taxa de 50% –, em relação ao mesmo período de 2024, informou o Cecafé. LISTA: veja todos os produtos com redução de tarifas pelos EUA Repercussão: exportadores de carne comemoraram A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) se pronunciou neste sábado (14) lamentando que a decisão de Trump não incluiu a sobretaxa de 40%. "Tal situação amplia as distorções no comércio e tende a intensificar, no curto prazo, a queda nas exportações de cafés especiais aos Estados Unidos", afirmou a entidade. Entre agosto a outubro, as exportações de cafés especiais caíram cerca de 55% em quantidade, em relação a igual período de 2024. Casa Branca anuncia suspensão de tarifa de 10% sobre o Brasil De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a medida de Trump se aplica a 80 itens agrícolas vendidos pelo Brasil aos Estados Unidos. Porém, somente quatro produtos – três tipos de suco de laranja e castanha do pará – ficaram isentos de taxas. Carnes e frutas Já o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, afirmou que a decisão dos EUA é "uma boa sinalização para o mercado brasileiro". "Os Estados Unidos são o nosso segundo maior mercado para a exportação de carne bovina e estava fazendo falta". "É um motivo de comemoração comedida, mas com uma perspectiva muito positiva para que a gente possa ter a retirada total das tarifas", disse Perosa. A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) viu a medida como "um avanço relevante para o setor", mas disse que se preocupa com o fato de a uva, segunda fruta brasileira mais exportada para os EUA, ter ficado de fora da lista das exceções. "Mais de US$ 40 milhões foram enviados no ano passado só para os Estados Unidos, de uva. Então vai afetar", disse o diretor-executivo da Abrafrutas, Eduardo Brandão. O Brasil exporta uva para os EUA a partir de setembro, quando a colheita começa. Segundo a associação, as exportações da fruta para o país caíram 73% em valor e quase 68% em quantidade, no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2024. Repercussão no governo O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificaram a medida como uma boa notícia, mas ressaltaram estarem atentos também a itens que entraram no tarifaço e ainda não foram flexibilizados. Ao g1, Celso Amorim destacou que a decisão possui "uma racionalidade própria" relativa à situação da inflação americana, mas viu influência do bom clima entre Lula e Trump. Em uma rede social, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que a decisão "reforça a força do nosso país no cenário internacional". Para a GloboNews, o ministro Carlos Fávaro afirmou que se reuniu com sua equipe do ministério da Agricultura para avaliar a nova decisão de Trump. "Voltamos à boa diplomacia, ao diálogo, à amizade de 200 anos. O diálogo voltou", disse. Segundo o ministro, o governo ainda está observando na minúcia o que foi suspenso de fato e estão atentos também para madeira e mel. Caso não tenham sido incluídos ainda, o ministro que vai ficar para outro momento próximo. Trump diz não considerar novos cortes Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram na última quinta para discutir o assunto. Após a reunião, Vieira disse que esperava uma resposta dos EUA sobre um "mapa do caminho" para nortear negociações. No fim desta sexta, porém, Trump afirmou que não acredita que sejam necessários novos cortes de taxas. “Acabamos de fazer um pequeno recuo”, disse a repórteres “Os preços do café estavam um pouco altos; agora, em muito pouco tempo, eles estarão mais baixos.” Pressão da inflação sobre Trump O Brasil é o maior fornecedor de café para os EUA e um dos principais de carne, e ambos os produtos enfrentam forte alta nos preços no mercado norte-americano, o que pressiona o governo Trump. Sem dar detalhes, Trump adiantou que reduziria a tarifa sobre o café, em entrevista à Fox News, na última terça-feira (12). Dias antes, determinou uma investigação sobre frigoríficos que atuam nos EUA, acusando-os de subir o preço da carne artificialmente. Na ordem executiva desta sexta, Trump não se referiu especificamente a nenhum país. Ele afirmou que recebeu informações de autoridades que, sob sua orientação, monitoram as circunstâncias da ordem que estabeleceu o tarifaço. "Depois de considerar as informações e recomendações que esses funcionários me forneceram, o andamento das negociações com vários parceiros comerciais, a demanda interna atual por determinados produtos e a capacidade doméstica atual de produzi-los, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar ainda mais o escopo dos produtos sujeitos à tarifa recíproca." A redução vale para mercadorias importadas e retiradas em armazém desde a quinta-feira (13). Ao divulgar a medida, a Casa Branca atualizou a lista de produtos que têm algum grau de redução de tarifas, acrescentando carne e café, entre outros. Até então, a relação incluía somente itens já tinham recebido o benefício em julho, como o suco de laranja, que também tem peso nas vendas do Brasil para os EUA. Grão de café Mike Kenneally/Unplash



Funcionários do Nubank divulgam manifesto contra fim do home office; entenda


15/11/2025 07:00 - g1.globo.com

Funcionários relatam impactos do fim do remoto no Nubank Funcionários do Nubank divulgaram um manifesto na última quarta-feira (12), afirmando que a mudança para o modelo híbrido vai exigir uma reorganização profunda na vida pessoal e profissional de cada um. De acordo com os relatos, muitos teriam aceitado as vagas no banco por conta do regime de home office, e organizaram a vida familiar e financeira em outras cidades, inclusive comprando imóveis e assinando contratos de aluguel. Trabalhadores alegam que a exigência de retorno presencial pode dificultar a rotina familiar, especialmente para quem cuida de filhos, pais ou outros familiares, tornando mais difícil cumprir os novos requisitos da instituição. Esses pontos dominaram a plenária virtual organizada pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, realizada na última quarta-feira (12), que reuniu quase 300 participantes. O encontro trouxe críticas à forma como a mudança foi comunicada, questionamentos sobre falta de diálogo e preocupação com demissões por justa causa. O manifesto também cita estudos e aponta impacto maior sobre cuidadores de pessoas com deficiência. Além disso, afirma que deslocamentos para grandes centros urbanos podem reduzir a renda disponível e afetar a qualidade de vida. Entenda o caso A plenária foi realizada após o Nubank anunciar que vai adotar o modelo híbrido de trabalho. O plano prevê dois dias presenciais por semana a partir de julho de 2026 e três dias a partir de janeiro de 2027. A medida valerá para cerca de 70% do quadro e substituirá o formato atual, que exige apenas uma semana presencial por trimestre. A mudança gerou reação imediata. No mesmo dia do anúncio, em reunião com o CEO David Vélez, 12 funcionários foram demitidos por justa causa . Em comentários feitos por meio do LinkedIn, Vélez teria indicado que esses colaboradores teriam sido desligados por terem extrapolado os limites aceitáveis do ambiente profissional. Durante a plenária, trabalhadores afirmaram que as demissões impactaram principalmente pessoas de grupos minorizados, o que aumentou a mobilização. Em nota oficial enviada ao g1, o Nubank afirmou que mantém "canais e rituais abertos para o livre debate entre seus funcionários, mas não tolera desrespeito ou violações de conduta". "O Nubank não comenta casos individuais de desligamento", completou o banco. Logo do Nubank na Bolsa de Valores de Nova York. Brendan McDermid/ Reuters O que dizem os funcionários? Segundo relatos ao sindicato, a mudança para o modelo híbrido não foi negociada e há receio entre trabalhadores, que temem demissões caso não aceitem o aditivo contratual. Outro ponto recorrente foi o formulário de exceções, usado pelo Nubank para analisar casos específicos. Segundo relatos, o processo só está disponível para cargos com certo nível de senioridade, e algumas áreas não têm acesso à ferramenta. Entre as reivindicações dos trabalhadores está a reversão da política de retorno ao presencial e uma maior transparência sobre os critérios para concessão de exceções. Os funcionários também pedem a suspensão de advertências e punições aplicadas após manifestações contrárias à decisão. A reintegração dos 14 demitidos é considerada condição mínima para iniciar negociações. Os trabalhadores ainda defendem a construção de um acordo coletivo com regras claras e estáveis, garantindo previsibilidade para quem foi contratado em regime remoto. Defender home office nas redes custou o emprego deles O que acontece agora? O sindicato orientou trabalhadores a registrarem denúncias pelos canais oficiais, com garantia de sigilo, e anunciou que uma nova reunião será feita com a direção do Nubank em 19 de novembro. A entidade informou que pode entrar com ação judicial caso não haja avanço nas negociações, além de pleitear novas plenárias, consolidar relatos para envio ao RH e, se necessário, buscar mediação em órgãos públicos. O que diz o Nubank? Segundo o Sindicato, o Nubank ainda não apresentou um posicionamento sobre as demissões e os temas discutidos na plenária. Em nota enviada ao g1, no entanto, o Nubank afirmou que mantém o diálogo "aberto e transparente". "O Nubank esclarece que mantém diálogo aberto e transparente com todas as entidades representativas apropriadas", afirmou em nota. A instituição também afirmou que a transição para o modelo híbrido foi planejada para combinar “o melhor do presencial e do remoto”, reiterando que as alterações terão implementação gradual. Ainda segundo o banco, a mudança busca "fortalecer a cultura, aumentar colaboração e acelerar inovação, com base em estudos internos e comparações com empresas de alta performance". O Nubank informou que oferecerá suporte à realocação e analisará exceções para casos específicos, mas reforçou que o trabalho presencial será o novo padrão para a maior parte das equipes, destacando que continua a avaliar todos os feedbacks recebidos pelos funcionários. O banco ainda afirmou que está investindo em novos escritórios no Brasil e no exterior e reiterou que o período de transição permitirá ajustes individuais antes da implementação completa. Por que tantos profissionais preferem se demitir a deixar o home office? A sede do Nubank em São Paulo. Getty Images via BBC



Quanto custa viver no Brasil? Inflação e câmbio pressionam orçamento das famílias; entenda


15/11/2025 07:00 - g1.globo.com

A recente melhora na renda das famílias brasileiras ainda não foi suficiente para aliviar a percepção sobre a economia e o orçamento no fim do mês — e muitos brasileiros, principalmente das classes B, C, D e E continuam a destinar uma parte significativa do salário para cobrir despesas básicas. (Entenda mais abaixo) Um levantamento realizado pelo g1 comparou os gastos dos consumidores com uma cesta de itens similares no Brasil, nos Estados Unidos e em Portugal. A escolha dos itens considerou produtos comuns nos três países. Os dados têm caráter apenas ilustrativo, já que a comparação não leva em conta o consumo médio das famílias, nem a média geral de preços dos produtos. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Veja abaixo: Comparação de gastos em países diferentes. Arte/g1 Ascensão social está mais difícil para os mais pobres, diz estudo Os dados indicam que, enquanto um brasileiro que ganha um salário mínimo por mês gastaria cerca de 13,22% do orçamento com os itens selecionados, um trabalhador que ganha um salário mínimo em Portugal destinaria aproximadamente 5,13% do total. Nos EUA, esse percentual é ainda menor: 4,08%. Segundo especialistas, essa diferença pode ser atribuída a diversos fatores – entre eles, a inflação ainda alta no Brasil e a taxa de câmbio que, mesmo em desvalorização no ano, continua a pressionar parte dos preços por aqui. (Entenda mais abaixo) Como o poder de compra tem evoluído no Brasil? Segundo os especialistas consultados pelo g1, apesar da melhora no rendimento dos brasileiros vista nos últimos meses, a inflação elevada e o alto nível de incertezas econômicas continuam a limitar o avanço da renda real. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o valor recebido pelos brasileiros já descontada a inflação ficou em R$ 3.540 no terceiro trimestre deste ano – alta de 4% ante o mesmo período de 2024. Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, alcançou 4,68% em 12 meses, ainda acima do intervalo de tolerância da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%. Segundo Bertha Rohenkohl, economista e líder de pesquisa do projeto Our World In Data (OWID), embora o Brasil seja classificado pelo Banco Mundial como um país de renda média alta, seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita ainda é menor que em economias mais desenvolvidas e até de alguns vizinhos sul-americanos. “Ao juntar dados [de renda e preços], vemos que os brasileiros têm renda média mais baixa do que os habitantes de países ricos, e que, embora os preços internos também sejam menores, essa diferença não é suficiente para compensar a distância na renda”, diz. De acordo com o economista sênior do Banco Mundial, Hugo Ñopo, embora o salário mínimo real (descontada a inflação) do Brasil tenha crescido 91% entre 2001 e 2015, esse cenário mudou nos anos seguintes. “A inflação corroeu o poder de compra das famílias entre 2016 e 2021, com os preços gerais chegando a ficar 36% mais altos. A inflação dos alimentos atingiu 46% no período”, diz. “Como consequência, a renda real das famílias nos 40% mais pobres era menor em 2021 do que em 2016”, completa Ñopo. Em anos recentes, o avanço dos preços continuou a corroer o poder de compra dos brasileiros, principalmente das famílias de renda mais baixa. Segundo Rohenkohl, esse avanço da inflação foi puxado principalmente por alimentos, gasolina e pela valorização do dólar. Assim, ao comparar a trajetória do Brasil com a de outros países desde 2010, é possível ver que o país enfrentou preços mais altos do que muitas outras economias. “Se a renda média não cresceu muito nos últimos anos, como sugerem os dados de PIB per capita, o aumento dos preços sugere que o custo de vida no Brasil está encarecendo”, diz. Como comparar? Comparar o custo de vida entre os países é complexo porque envolve uma porção de dados econômicos. Para isso, o projeto Our World In Data (OWID), que conta com pesquisadores da Universidade de Oxford, formatou o Índice de Nível de Preços (PLI, na sigla em inglês). O indicador considera as Paridades de Poder de Compra (PPP, na sigla em inglês), calculadas pelo Banco Mundial, que mostram o quanto é preciso gastar em cada país para comprar a mesma cesta de bens e serviços de um país de referência — geralmente os Estados Unidos. As PPPs são importantes para comparações internacionais de indicadores econômicos, como PIB per capita, consumo e produtividade, além das diferentes moedas de cada local. Os dados do PLI mostram que os preços médios de bens e serviços no Brasil são mais caros do que o visto em mais da metade (52%) dos 192 países avaliados. Os dados comparam os preços em relação aos Estados Unidos, que é o país usado como referência pelo indicador. Veja abaixo a relação entre a média de preços e o PIB per capita nas maiores economias de cada um dos continentes: Relação entre o PIB per capita e a média de preços. Países representam as maiores economias de seus respectivos continentes. Arte/g1 Em geral, países mais ricos costumam ter preços mais elevados. No caso Brasil, no entanto, isso nem sempre se confirma: a média dos preços algumas vezes se iguala ou até supera a de países com o PIB per capita mais alto. Entre os países que têm preços mais baixos que os do Brasil, apesar do PIB mais elevado, estão: Armênia, Bulgária, República Dominicana, Cazaquistão, Malásia, Romênia, Rússia, Tailândia, Turquia, entre outros. “Isso mostra que as pessoas nesses países conseguem comprar mais com o que ganham. As diferenças no poder de compra das famílias acontecem por causa da forma como a economia é organizada, das políticas adotadas pelo governo e da produtividade de cada país”, diz Marko Rissanen, gerente do Programa de Preços e Comparações Internacionais do Banco Mundial. O especialista destaca que entre os fatores que explicam essas diferenças no poder de compra estão: O quanto as pessoas ganham e como a riqueza é distribuída entre as classes sociais — fatores que influenciam a capacidade de consumo; Características do mercado de trabalho, como níveis salariais e padrões de emprego; Quanto as famílias conseguem poupar e o quanto decidem destinar para o consumo; Políticas governamentais, como impostos e políticas de transferência de renda, que impactam o orçamento das famílias, principalmente de baixa renda; e Características mais profundas da economia, como produtividade, setores que formam a atividade econômica e comércio internacional; Por fim, Rohenkohl alerta que é preciso cautela ao comparar países. Isso porque o cálculo do Índice de Nível de Preços (PLI, na sigla em inglês) usa dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de 2021 – última pesquisa disponível do Banco Mundial. “Após esse ano, os valores passam a refletir mais projeções do que mudanças reais nos preços. Por fim, bom lembrar que esses preços são para os produtos que entram na cesta do PIB, e não captam diretamente o preço de consumo ou o custo de vida das famílias”, explica. O que esperar à frente? Os economistas consultados pelo g1 destacam, ainda, que a percepção de que está mais caro viver no Brasil deve continuar nos próximos anos. “Mesmo com melhora na renda, ainda existe grande desigualdade econômica e de riqueza, o que também explica a diferença de poder de compra entre países”, afirma o professor de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Joelson Sampaio. Rohenkohl, do OWID, explica que além da produtividade – especialmente no setor de serviços – a taxa de câmbio também é outro fator que pode influenciar os preços. Neste ano, apesar de o dólar acumular uma desvalorização de mais de 10%, a moeda segue em patamares acima do período pré-pandemia. Desde 2019 até o pregão da última sexta-feira (14), por exemplo, a moeda norte-americana subiu 32,1%, para R$ 5,2967. A economista destaca que os preços ainda elevados e as incertezas econômicas também têm limitado o crescimento da renda real pelo mundo, e o Brasil não foge à regra. “Além disso, tributação, subsídios, tarifas de importação e concorrência doméstica também influenciam os preços finais ao consumidor”, conclui. Supermercado Joédson Alves/Agência Brasil



Trump descarta nova redução de tarifas: 'Não acho que será necessário'


15/11/2025 00:23 - g1.globo.com

Estados Unidos revogam tarifas de importação sobre alguns produtos Após a Casa Branca anunciar a redução de tarifas de importação de café, carne, banana e outros produtos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (14) que não vê necessidade de novos cortes em taxas. O republicano foi questionado por repórteres, a bordo do Air Force One, sobre possíveis novas mudanças. Ele respondeu: “Não acho que será necessário”. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça “Acabamos de fazer um pequeno recuo”, afirmou. “Os preços do café estavam um pouco altos. Agora, ficarão mais baixos em um período muito curto.” Os EUA anunciaram nesta sexta a redução de tarifas de uma série de produtos. O Ministério da Agricultura brasileiro esclareceu que a ordem abrange apenas as chamadas taxas de reciprocidade, impostas a diversos países por Trump, em abril. No caso do Brasil, elas foram de 10%. Em julho, no entanto, o presidente dos EUA anunciou uma tarifa adicional de 40% para compra de produtos brasileiros, que continua valendo, segundo o ministério. Veja a lista de produtos com redução de tarifas pelos EUA Pressão da inflação sobre Trump O Brasil é o maior fornecedor de café para os EUA e um dos principais de carne, e ambos os produtos enfrentam forte alta nos preços no mercado norte-americano, o que pressiona o governo Trump. Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia. Sem dar detalhes, Trump chegou a mencionar que reduziria a tarifa sobre o café, em entrevista à Fox News, na última terça-feira (12). O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram na última quinta para discutir o assunto. Na ordem executiva desta sexta, Trump não se referiu especificamente a nenhum país. Ele afirmou que recebeu informações de autoridades que, sob sua orientação, monitoram as circunstâncias da ordem que estabeleceu o tarifaço. "Depois de considerar as informações e recomendações que esses funcionários me forneceram, o andamento das negociações com vários parceiros comerciais, a demanda interna atual por determinados produtos e a capacidade doméstica atual de produzi-los, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar ainda mais o escopo dos produtos sujeitos à tarifa recíproca", disse. Segundo o governo americano, a redução vale para mercadorias importadas e retiradas em armazém desde a quinta-feira (13). Ao divulgar a medida, a Casa Branca atualizou a lista de produtos que têm algum grau de isenção de tarifas, entre eles a carne e o café. Uma parte desses produtos já tinham recebido o benefício em julho, entre eles o suco de laranja, que também tem peso nas vendas do Brasil para os EUA. Veja a abaixo a tabela atualizada. Exportadores comemoram O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificaram a medida como uma boa notícia, mas ressaltaram estarem atentos também a itens que entraram no tarifaço e ainda não foram flexibilizados. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a medida. "A redução tarifária devolve previsibilidade ao setor e cria condições mais adequadas para o bom funcionamento do comércio", divulgou, em nota. "Os Estados Unidos são o segundo maior mercado da carne bovina do Brasil, com peso relevante para todo o fluxo de exportações. A decisão norte-americana fortalece essa relação e abre espaço para uma retomada mais equilibrada e estável das vendas", completou a Abiec. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que destacou a dúvida sobre o percentual de redução da tarifa, diz que "está em contato com seus pares americanos (...) para analisar, cuidadosamente, a situação e termos noção do real cenário que se apresenta". O presidente Donald Trump, em 10 de novembro de 2025 REUTERS/Kevin Lamarque



Mega-Sena, concurso 2.940: aposta simples leva sozinha prêmio de R$ 99 milhões


15/11/2025 00:06 - g1.globo.com

G1 | Loterias - Mega-Sena 2940 O sorteio do concurso 2.940 da Mega-Sena foi realizado na noite desta sexta-feira (14), em São Paulo. Uma aposta de Porto Alegre (RS) acertou as seis dezenas e levou sozinha o prêmio de R$ 99.085.707,38. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 07 - 08 - 09 - 13 - 22 - 53 Segundo a Caixa, o ganhador fez uma aposta simples, de seis números, em uma lotérica da cidade. 5 acertos - 170 apostas ganhadoras: R$ 28.007,64 4 acertos - 13.794 apostas ganhadoras: R$ 568,96 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (18). Mega-Sena, concurso 2.940 Reprodução/Caixa Como funciona a Mega-sena Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Inflação e eleições: por que Trump decidiu reduzir tarifas sobre café, carne e frutas?


15/11/2025 00:03 - g1.globo.com

Estados Unidos revogam tarifas de importação sobre alguns produtos O governo de Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (14) a redução das tarifas sobre café, carne, açaí, frutas e outros produtos importados pelos Estados Unidos. A decisão afeta diretamente exportadores do agronegócio brasileiro, que têm o mercado norte-americano como um dos principais destinos. O Brasil é, por exemplo, o maior fornecedor de café aos EUA e está entre os principais exportadores de carne para o país. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Desde agosto, produtos brasileiros importados pelos EUA estão sujeitos a uma sobretaxa de 50%. O chamado "tarifaço" foi aplicado em duas etapas: a primeira, em abril, quando foram impostas as chamadas tarifas recíprocas de 10%; a segunda, em agosto, com uma taxa adicional de 40% — e uma longa lista de itens isentos. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a medida anunciada nesta sexta pelo governo dos EUA elimina apenas as tarifas recíprocas, de 10%. Dessa forma, no caso do Brasil, as tarifas adicionais de 40% seguem em vigor para os itens listados. (veja a lista completa abaixo) Mas o que motivou o republicano a recuar sobre as tarifas? O comunicado emitido pela Casa Branca não especifica o motivo da decisão. Mas dois fatores principais estão por trás da medida: inflação e eleições nos EUA. Segundo a agência de notícias Reuters, a redução das taxas de importação faz parte do esforço de Trump e de seus principais assessores para enfrentar a crescente preocupação dos americanos com os preços altos nos supermercados. A decisão representa também uma mudança significativa para Trump: até agora, ele defendia que suas tarifas de importação não contribuíam para a inflação. O resultado de duas eleições estaduais, no entanto, acendeu um alerta para o presidente — que já está de olho nas eleições de meio de mandato. Os democratas, opositores de Trump, venceram neste mês disputas estaduais na Virgínia e em Nova Jersey, além das eleições na cidade de Nova York. Nessas regiões, o debate sobre preços acessíveis foi um tema central. Dados do Bureau of Labor Statistics, departamento de estatísticas dos EUA, mostram que os preços médios no varejo do café torrado e moído subiram mais de 40% no último ano até setembro. No mesmo período, os preços da carne moída e das bananas aumentaram 11,5% e 8,6%, respectivamente, bem acima da taxa geral de inflação, que ficou em cerca de 3%. De acordo com o jornal norte-americano Wall Street Journal, a alta nos preços dos alimentos nos supermercados tem pesado especialmente para americanos de baixa e média renda, que costumam destinar uma parte maior de sua renda à alimentação. A publicação também apontou esse como um dos motivos da derrota do partido de Trump nas eleições regionais deste mês. Negociações com o Brasil Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia. Sem dar detalhes, Trump chegou a mencionar que reduziria a tarifa sobre o café, em entrevista à Fox News, na última terça-feira (12). O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram na última quinta para discutir o assunto. Na ordem executiva desta sexta, Trump não se referiu especificamente a nenhum país. Ele afirmou que recebeu informações de autoridades que, sob sua orientação, monitoram as circunstâncias da ordem que estabeleceu o tarifaço. "Depois de considerar as informações e recomendações que esses funcionários me forneceram, o andamento das negociações com vários parceiros comerciais, a demanda interna atual por determinados produtos e a capacidade doméstica atual de produzi-los, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar ainda mais o escopo dos produtos sujeitos à tarifa recíproca", disse. Medida é retroativa e tem lista específica de produtos Segundo o governo americano, a redução anunciada hoje vale para mercadorias importadas e retiradas em armazém desde a quinta-feira (13). Ao divulgar a medida, a Casa Branca atualizou a lista de produtos que têm algum grau de isenção de tarifas, entre eles a carne e o café. Exportadores comemoram O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificaram a medida como uma boa notícia, mas ressaltaram estarem atentos também a itens que entraram no tarifaço e ainda não foram flexibilizados. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a medida. "A redução tarifária devolve previsibilidade ao setor e cria condições mais adequadas para o bom funcionamento do comércio", divulgou, em nota. "Os Estados Unidos são o segundo maior mercado da carne bovina do Brasil, com peso relevante para todo o fluxo de exportações. A decisão norte-americana fortalece essa relação e abre espaço para uma retomada mais equilibrada e estável das vendas", completou a Abiec. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que destacou a dúvida sobre o percentual de redução da tarifa, diz que "está em contato com seus pares americanos (...) para analisar, cuidadosamente, a situação e termos noção do real cenário que se apresenta". Trump dá entrevista a bordo do Air Force One antes de chegar à Malásia, neste sábado (25). Evelyn Hockstein/Reuters



Defesa de Cid é pega de surpresa por pedido da PF para ele ser incluído em programa de proteção à testemunha


14/11/2025 23:59 - g1.globo.com

Mauro Cid é o primeiro condenado da trama golpista a começar a cumprir a pena A defesa do tenente-coronel Mauro Cid afirmou ao g1 que foi pega de surpresa pela sugestão da Polícia Federal (PF) para que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) seja incluído no programa federal de proteção a testemunhas. Segundo os advogados, o acordo de colaboração firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) prevê que Cid possa receber proteção da PF se necessário, mas nunca mencionou sua inclusão — nem a de familiares — no programa formal de proteção. A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um informe no qual afirma que, para garantir a integridade física do réu e de seus familiares, “revela-se possível a inclusão destes no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas”. A PF não informou se Cid ou parentes sofreram ameaças, nem detalhou os motivos que embasaram a recomendação. A sugestão será analisada pela PGR, responsável por emitir parecer. A decisão final caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos penais sobre a trama golpista. O que é o programa de proteção a testemunhas? O programa federal de proteção é um conjunto de medidas para garantir segurança física e psicológica de pessoas ameaçadas em razão de colaboração com investigações ou processos criminais. Ele pode incluir: • mudança de endereço; • sigilo de informações; • medidas de proteção física; • apoio psicológico; • ações para preservação da rotina familiar. A inclusão depende de análise técnica e decisão judicial. O acordo de delação Cid firmou delação premiada no processo que investiga a atuação de uma organização criminosa liderada por Jair Bolsonaro para tentar se manter no poder após a derrota eleitoral de 2022. Por colaborar, ele recebeu a pena mais branda entre os condenados pela Primeira Turma do STF. O colegiado fixou: • 2 anos de reclusão em regime aberto; • cumprimento de medidas restritivas; • manutenção dos benefícios do acordo. No regime aberto, Cid: • deve permanecer em casa e só pode sair com autorização judicial; • está proibido de deixar o país.



Decisão de Trump retira tarifa de 10%, e sobretaxa de 40% para o Brasil continua, diz governo


14/11/2025 23:45 - g1.globo.com

Redução da tarifa dos EUA exclui alíquota recíproca de 10%, diz governo brasileiro A redução anunciada pelo governo dos Estados Unidos sobre tarifas aplicadas a produtos brasileiros é de 10 pontos percentuais, informou ao g1 o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luís Rua. Segundo ele, Washington confirmou oficialmente que a queda se limita à tarifa adicional de 10% imposta em abril. Assim, fica mantida a sobretaxa de 40% sobre as exportações brasileiras. A Casa Branca publicou nesta sexta-feira (14) uma ordem executiva reduzindo tarifas para café, carne, açaí e algumas frutas tropicais frescas ou congeladas. O texto, porém, não explicava de quanto seria a redução — o governo brasileiro agora esclarece o alcance da medida. O que muda Desde agosto, produtos do Brasil estavam sujeitos a um tarifaço de 50%, resultado de duas ações de Donald Trump: Abril: sobretaxa de 10%; Agosto: sobretaxa adicional de 40%, totalizando 50%. Com a ordem executiva desta sexta, só os 10% iniciais caem. A alíquota final, portanto, passa a ser: 40% de tarifa sobre os produtos elegíveis. A medida vale para mercadorias importadas e retiradas de armazém nos EUA desde quinta-feira (13). Contexto das negociações Brasil e Estados Unidos negociavam há semanas uma flexibilização do tarifaço. O tema ganhou força após o encontro entre Donald Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro, na Malásia. Os EUA enfrentam alta de preços da carne e do café, agravada pelas tarifas impostas sobre o Brasil — que é o maior fornecedor de café ao mercado norte-americano e um dos principais exportadores de carne. Exportadores comemoram A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) celebrou a decisão. “A redução tarifária devolve previsibilidade ao setor e cria condições mais adequadas para o bom funcionamento do comércio”, disse a entidade. “Os Estados Unidos são o segundo maior mercado da carne bovina do Brasil. A decisão norte-americana fortalece essa relação e abre espaço para uma retomada mais equilibrada e estável das vendas.”



Veja a lista de produtos com redução de tarifas pelos EUA


14/11/2025 22:36 - g1.globo.com

EUA reduzem tarifas de café, carne e açaí brasileiros; dúvida é de quanto será redução O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (14) que café, carne, açaí, algumas frutas tropicais frescas ou congeladas tiveram as tarifas de reciprocidade reduzidas por meio de uma ordem executiva da Casa Branca. Entre os produtos estão carnes, banana, coco, açaí, castanha-do-pará, tomate, laranja –a lista divulgada pelo governo dos EUA tem, pelo menos, 826 produtos. O Ministério da Agricultura brasileiro esclareceu que a ordem abrange apenas as chamadas taxas de reciprocidade, impostas a diversos países pelo presidente Donald Trump, em abril. No caso do Brasil, elas foram de 10%. Em julho, no entanto, o presidente dos EUA anunciou uma tarifa adicional, de 40%, para compra de produtos brasileiros, que continua valendo, segundo o ministério. Confira a lista de produtos que tiveram redução de tarifas: Na ordem executiva desta sexta, Trump afirmou que recebeu informações de autoridades que, sob sua orientação, monitoram as circunstâncias da ordem que estabeleceu o tarifaço. "Depois de considerar as informações e recomendações que esses funcionários me forneceram, o andamento das negociações com vários parceiros comerciais, a demanda interna atual por determinados produtos e a capacidade doméstica atual de produzi-los, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar ainda mais o escopo dos produtos sujeitos à tarifa recíproca." Articulação pela redução Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia. Na quarta-feira (13), o ministro de relações exteriores, Mauro Vieira, encontrou com o secretário de Estado americano, Marco Rubio. Ele disse que o Brasil aguarda uma resposta dos Estados Unidos sobre um “mapa do caminho” para orientar as negociações bilaterais destinadas a solucionar as pendências comerciais entre os dois países. EUA reduzem tarifa para café, carne, banana e açaí



Exportadores brasileiros de carne comemoram redução de tarifa: 'Estava fazendo falta exportar para os EUA'


14/11/2025 22:16 - g1.globo.com

Estados Unidos revogam tarifas de importação sobre alguns produtos Exportadores brasileiros de carne consideraram positiva a decisão dos Estados Unidos de reduzir a tarifa para este e outros produtos alimentícios. O setor de frutas, por outro lado, expressou preocupação com produtos que não foram contemplados pela medida. Segundo a ordem publicada nesta sexta-feira (14) pelo presidente Donald Trump, a compra de produtos brasileiros pelos EUA passa a ter uma sobretaxa de 40%, em vez de 50%. Num primeiro momento, os exportadores brasileiros tiveram dúvidas sobre o tamanho da redução. Posteriormente, o Ministério da Agricultura esclareceu que a ordem abrange a taxa de reciprocidade, imposta por Trumo a diversos países, em abril. No caso do Brasil, ela era de 10%. Mas continua valendo a sobretaxa de 40%, divulgada pelos EUA em julho, para produtos brasileiros, segundo o governo. No fim da noite, Trump afirmou que não vê necessidade de novas reduções. Café, carne, manga: veja todos os produtos com tarifa reduzida A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a mudança. "Os Estados Unidos são o nosso segundo maior mercado para exportação de carne bovina. E estava fazendo falta exportar para os EUA em um volume adequado", afirmou o presidente da Abiec, Roberto Perosa, à GloboNews. "A medida reforça a confiança no diálogo técnico entre os dois países e reconhece a importância da carne do Brasil, marcada pela qualidade, pela regularidade e pela contribuição para a segurança alimentar mundial", disse a Abiec, em nota. "A redução tarifária devolve previsibilidade ao setor e cria condições mais adequadas para o bom funcionamento do comércio". Segundo o governo americano, a redução vale para mercadorias importadas e retiradas em armazém desde a última quinta-feira (13). Uva fica de fora O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificaram a medida anunciada pelo governo de Donald Trump como uma boa notícia, mas ressaltaram estarem atentos também aos itens que entraram no tarifaço e ainda não foram flexibilizados. A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) viu a medida como "um avanço relevante para o setor", mas diz que se preocupa com "o fato de a uva, segunda fruta brasileira mais exportada para os EUA", ter ficado de fora da lista das exceções. "A exclusão ocorre em um momento sensível: no 3º trimestre deste ano, as exportações de uva para os Estados Unidos registraram uma queda de 73% em valor e quase 68% em volume em relação ao mesmo período de 2024, evidenciando os desafios enfrentados pelos produtores e exportadores nacionais", disse a associação. Café esperava tarifa zero O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgou, na última quarta-feira (12), que representantes da indústria cafeeira dos EUA informaram que a Casa Branca avaliava retirar as tarifas sobre o produto brasileiro. Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Lula, em outubro, na Malásia. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram na última quinta (13) para discutir o assunto. Após a reunião, o brasileiro disse que esperava uma resposta dos EUA nos próximos dias sobre um "mapa do caminho" para nortear negociações. O café estava na seção 3 da ordem executiva assinada por Trump, que inclui recursos naturais não produzidos pelos EUA. O objetivo do Cecafé era que o produto passasse para a seção 2, que permite a importação com tarifa zero. Até a última atualização desta reportagem, a associação não tinha comentado o fato de que as taxas foram reduzidas de 50% para 40%, e não zeradas. O peso do Brasil O país é o maior fornecedor de café para os EUA e um dos principais de carne, produtos que estão sobre forte inflação no mercado americano, o que pressiona Trump. Desde que o tarifaço de 50% entrou em vigor, em agosto, as vendas de café e de carne para o mercado norte-americano foram bastante reduzidas. Leia também: Tarifaço derruba importação de café brasileiro pelos EUA em mais de 50% Sem EUA, exportação de carne mira novos mercados e bate recorde Veja a lista de produtos que tiveram tarifa reduzida Ministro da Agricultura comemora redução das tarifas para produtos agrícolas



Trump reduz tarifas sobre café, carne e frutas, produtos exportados pelo Brasil


14/11/2025 21:45 - g1.globo.com

Estados Unidos revogam tarifas de importação sobre alguns produtos Os Estados Unidos reduziram as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, na noite desta sexta-feira (14). Para o Brasil, as taxas caíram de 50% para 40%. Num primeiro momento, exportadores brasileiros tiveram dúvidas sobre o tamanho da redução. Posteriormente, o Ministério da Agricultura esclareceu que a ordem abrange apenas as chamadas taxas de reciprocidade, impostas a diversos países pelo presidente Donald Trump, em abril. No caso do Brasil, elas foram de 10%. Em julho, no entanto, o presidente dos EUA anunciou uma tarifa adicional, de 40%, para compra de produtos brasileiros, que continua valendo, segundo o governo. LISTA: veja todos os produtos com redução de tarifas pelos EUA Repercussão: exportadores de carne comemoram Trump diz não considerar novos cortes Alguns setores do agro brasileiro, como o do café, esperavam que a tarifa fosse zerada. Brasil e os EUA vinham articulando, nas últimas semanas, uma flexibilização do "tarifaço". A negociação ganhou força com um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro, na Malásia. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram na última quinta para discutir o assunto. Após a reunião, Vieira disse que esperava uma resposta dos EUA sobre um "mapa do caminho" para nortear negociações. No fim desta sexta, porém, Trump afirmou que não acredita que sejam necessários novos cortes de taxas. “Acabamos de fazer um pequeno recuo”, disse a repórteres “Os preços do café estavam um pouco altos; agora, em muito pouco tempo, eles estarão mais baixos.” Pressão da inflação sobre Trump O Brasil é o maior fornecedor de café para os EUA e um dos principais de carne, e ambos os produtos enfrentam forte alta nos preços no mercado norte-americano, o que pressiona o governo Trump. Sem dar detalhes, Trump adiantou que reduziria a tarifa sobre o café, em entrevista à Fox News, na última terça-feira (12). Dias antes, determinou uma investigação sobre frigoríficos que atuam nos EUA, acusando-os de subir o preço da carne artificialmente. Na ordem executiva desta sexta, Trump não se referiu especificamente a nenhum país. Ele afirmou que recebeu informações de autoridades que, sob sua orientação, monitoram as circunstâncias da ordem que estabeleceu o tarifaço. "Depois de considerar as informações e recomendações que esses funcionários me forneceram, o andamento das negociações com vários parceiros comerciais, a demanda interna atual por determinados produtos e a capacidade doméstica atual de produzi-los, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar ainda mais o escopo dos produtos sujeitos à tarifa recíproca." A redução vale para mercadorias importadas e retiradas em armazém desde a quinta-feira (13). Ao divulgar a medida, a Casa Branca atualizou a lista de produtos que têm algum grau de redução de tarifas, acrescentando carne e café, entre outros. Até então, a relação incluía somente itens já tinham recebido o benefício em julho, como o suco de laranja, que também tem peso nas vendas do Brasil para os EUA. Veja a abaixo a tabela atualizada. Repercussão O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificaram a medida como uma boa notícia, mas ressaltaram estarem atentos também a itens que entraram no tarifaço e ainda não foram flexibilizados. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a medida. "Os Estados Unidos são o segundo maior mercado da carne bovina do Brasil, com peso relevante para todo o fluxo de exportações. A decisão norte-americana fortalece essa relação e abre espaço para uma retomada mais equilibrada e estável das vendas", disse a Abiec, em nota. A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) viu a novidade como "um avanço relevante para o setor", mas se preocupa com "o fato de a uva, segunda fruta brasileira mais exportada para os EUA", ter ficado de fora da lista das exceções.



Ministério define regras para investimentos em minerais estratégicos e espera captar R$ 5,2 bilhões ao ano


14/11/2025 17:18 - g1.globo.com

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou nesta sexta-feira (14) uma portaria com regras para emissão de títulos (debêntures) para projetos de exploração de minerais estratégicos para ações de transição energética. A portaria da pasta também trata das chamadas terras raras. O investimento total esperado é de R$ 5,2 bilhões por ano, sendo R$ 3,7 bilhões em transformação mineral. 🔎Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas não financeiras. Já os minerais críticos são recursos de importância estratégica para a economia. São essenciais para a fabricação de baterias, turbinas eólicas, painéis solares e eletrônicos. 🔎As terras raras, por sua vez, são um grupo de 17 elementos químicos com propriedades magnéticas e ópticas. Professor Rômulo Simões da UFPA explica um pouco mais sobre os minerais críticos. De acordo com a norma do MME, entre os recursos que serão explorados estão: cobalto; cobre; lítio; níquel; e os elementos químicos das chamadas terras raras. Segundo o governo, a portaria tem o objetivo de atrair investimentos privados, estimular a agregação de valor e fortalecer a indústria de transformação mineral. A medida deve beneficiar projetos estratégicos de sulfato de níquel e cobalto em São Paulo (SP) e Pará (PA), além de plantas de carbonato de lítio em Minas Gerais (MG). Isso, conforme o MME, pode impulsionar o desenvolvimento e as cadeias de baterias e armazenamento de energia. A estimativa da pasta é que até 49% dos recursos captados poderão ser destinados às etapas de lavra e desenvolvimento de minas, se estiverem vinculadas a projetos de transformação mineral. Interesse dos EUA por minerais críticos brasileiros expõe desafio de explorar reservas fundamentais à indústria de tecnologia Reprodução/TV Globo



Brasil tem 11 azeites entre os 100 mais premiados do mundo em 2025


14/11/2025 16:59 - g1.globo.com

Azeitonas verdes e pretas: nascem na mesma árvore? O gosto é diferente? Veja curiosidades Onze azeites brasileiros estão entre os 100 mais premiados do mundo, segundo a lista de 2025 da Evoo World Ranking, divulgada nesta sexta-feira (14). O ranking classifica as marcas que mais ganharam concursos ao longo de um ano. A Fazenda Estância das Oliveiras, que fica em Viamão (RS), foi destaque entre as fazendas brasileiras, com sete azeites de oliva reconhecidos no Top 100. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Lista de 2025 da Evoo World Ranking. Arte/g1 Em seguida, está Essenza Agroecológico, em Santo Antônio do Pinhal (SP), que teve três azeites ranqueados, e as Fazendas do Azeite Sabiá, na mesma cidade, que apareceu com um produto na lista (veja abaixo). Nenhum deles apareceu entre os dez primeiros lugares, somente da 22ª colocação para a frente. Os oito primeiros lugares ficaram com azeites da Espanha, seguidos por um de Portugal, no 9º lugar, e um da Turquia, em 10º. Governo já proibiu lotes de 25 marcas de azeite em 2025; veja quais são e o que fazer caso tenha comprado Fazendas mais premiadas Azeites da fazenda Estância das Oliveiras. Divulgação Além de classificar os azeites, a Evoo tem um ranking somente das empresas mais premiadas do mundo. Nele, a Estância das Oliveiras foi destaque e conquistou o 3º lugar, atrás de uma empresa da Turquia, a Nova Vera Gida ve Tarim San. Tic, e de uma de Portugal, a Gallo Worldwide. Em 2023, o g1 visitou a Estância das Oliveiras, comandada pelo produtor André Sittoni Goelzer, para mostrar o passo a passo da produção de azeite. Veja vídeo abaixo. Caroço da azeitona também tem azeite e oliveira só dá frutos quando passa frio Ranking por país Na lista dos países mais premiados, o Brasil aparece no 6º lugar atrás da Itália, Espanha, Turquia, Grécia e Portugal. Em 2024, o Brasil havia entrado, pela primeira vez, no Top 5, mas, neste ano, perdeu o lugar para Portugal. Sobre o ranking A Evoo World Ranking foi criada pela Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos, Licores e outros (WAWWJ) para promover os melhores azeites extravirgens do mundo. Para montar o ranking, a WAWWJ classifica as marcas de azeite que mais ganharam prêmios em concursos ao longo de um ano. Classificações de livros ou revistas que não sejam competições internacionais, bem como concursos realizados parcial ou totalmente de forma virtual, não são incluídos. As competições são classificadas por continente e país, sendo o Mario Solinas, do Conselho Internacional do Azeite, a mais importante. Elas também são organizadas por continente (ou sub-região do mundo), número de amostras e países participantes.



Hapvida: entenda o que aconteceu com as ações da companhia


14/11/2025 15:19 - g1.globo.com

Após apresentar um resultado corporativo pior do que o esperado pelo mercado financeiro na última quarta-feira (12), as ações da Hapvida desabaram no pregão da véspera — sinalizando uma forte pressão vendedora nos papéis da companhia. A empresa é a maior operadora de saúde da América Latina, com 15,9 milhões de beneficiários. 🤔 Mas o que isso significa? A forte queda de uma ação na bolsa de valores representa um maior volume de oferta do que de demanda — ou seja, significa que havia mais investidores tentando vender os papéis da empresa que tinham na carteira do que gente tentando comprar. A queda nas ações veio após a companhia anunciar um lucro líquido de R$ 338 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma alta de 12,7% em comparação ao registrado no mesmo período do ano anterior. Já o resultado operacional da empresa — medido pelo Ebitda, sigla em inglês para "lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização" — ficou em R$ 746,4 milhões no mesmo período, uma queda de 17,6% na mesma base de comparação. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O resultado, segundo analistas do Itaú BBA, veio pior do que o esperado, e indicou uma dinâmica mais desafiadora para a operação da empresa à frente. "Esse desempenho ruim também se deveu a fatores que não são necessariamente temporários, como a expansão da própria rede da empresa e dos cronogramas médicos", explicaram os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amancio em relatório do Itaú BBA divulgado na quarta-feira. Ainda segundo os analistas, esses fatores podem aumentar o custo que a Hapvida tem por beneficiário por um longo período de tempo — o que pode exigir que a empresa tenha um número elevado de novos clientes para conseguir atingir a meta de lucro estimada pelo mercado. Em uma teleconferência promovida pela Hapvida na quinta-feira (13), representantes da companhia reconheceram que o desempenho entre julho e setembro ficou abaixo do esperado. Além de um lucro operacional menor do que o esperado, a empresa também registrou o menor número de novos clientes no período, tíquete médio abaixo do previsto e um aumento de sinistros. A Hapvida — que terminou uma megafusão com a NotreDame Intermédica no ano passado, criando um dos maiores ecossistemas de saúde da América Latina — é uma empresa do setor de saúde suplementar, que vende planos de saúde e odontológicos e opera com rede própria. O resultado, considerado fraco pelos acionistas, resultou em um tombo de mais de 40% nos papéis da companhia na última quinta-feira. Hospital da Hapvida NotreDame Intermédica na Avenida do Contorno, em BH Divulgação Programa de recompra de ações Após a forte queda nos papéis, o conselho de administração da Hapvida divulgou um comunicado aos investidores na noite de quinta-feira (13), informando que aprovou um novo programa de recompra de ações, visando até 70 milhões de papéis da companhia. 🤔Um programa de recompra de ações é quando uma empresa decide comprar de volta suas próprias ações no mercado. Normalmente, essa compra é feita pelo próprio caixa da companhia, dentro de um limite previamente estipulado pelo conselho. Segundo a Hapvida informou em comunicado, a recompra dos papéis teria como objetivo "maximizar a geração de valores para os acionistas por meio de uma administração eficiente da sua estrutura de capital" — ou seja, a empresa vai usar seus recursos de forma a aumentar o valor entregue aos acionistas. O programa terá duração de 18 meses. As ações recompradas, segundo a companhia, serão mantidas em tesouraria ou canceladas, sem redução do capital social.



Como cultivar a pitomba, uma das frutas típicas do Nordeste


14/11/2025 14:25 - g1.globo.com

Você conhece a pitomba? Redonda, bem amarela e com um sabor que mistura o doce e o azedinho, ela é uma das frutas típicas do Nordeste que desperta curiosidade de muitos brasileiros. O Matheus Cavalcante, de Arcoverde (PE), que perguntou ao Globo Rural se existe alguma cartilha sobre o tema. Existe sim! Uma cartilha técnica produzida pela Epamig, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, detalha as características da árvore, a pitombeira, descreve os frutos e explica os principais aspectos da pitomba — incluindo informações sobre cultivo, manejo e potencial de uso. A cartilha está disponível gratuitamente e pode ajudar produtores, estudantes ou qualquer pessoa interessada em conhecer melhor essa fruta tão presente na cultura nordestina. 📲 Acesse aqui.



Após pressão de credores, Justiça suspende falência da Oi e empresa volta para recuperação judicial


14/11/2025 13:45 - g1.globo.com

Após pressão, Justiça suspende falência da Oi e volta para recuperação judicial A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu, nesta sexta-feira (14), os efeitos da falência da Oi decretada na última segunda-feira (11). A decisão, assinada pela desembargadora Mônica Maria Costa, da 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), atende a um pedido do Itaú, um dos maiores credores da operadora. Com a suspensão da falência, o processo volta ao modelo de recuperação judicial, com continuidade do plano aprovado pelos credores em 2024 e com uma liquidação organizada dos ativos do grupo. Esse formato é considerado menos prejudicial tanto aos credores quanto à prestação dos serviços da companhia. (Veja mais abaixo). Por que a falência foi suspensa? No recurso apresentado, o Itaú afirmou que a Oi não conseguiu cumprir o plano de recuperação judicial por não ter vendido ativos importantes — as chamadas Unidades Produtivas Isoladas (UPIs). Para o banco, decretar a falência agora causaria “prejuízos potencialmente mais graves não apenas aos credores, mas ao interesse público”, já que a empresa ainda presta serviços essenciais. Ao analisar o caso, a desembargadora concordou que havia motivos suficientes para suspender a falência. Segundo ela, os argumentos do Itaú são consistentes, e a manutenção da falência poderia gerar prejuízos maiores à sociedade. "A decretação de falência representa solução socialmente danosa, com efeitos adversos sobre a continuidade dos serviços prestados e o emprego de centenas de trabalhadores", disse. A desembargadora também destacou que manter a recuperação judicial permite uma venda “organizada e planejada dos ativos”, evitando perda de valor e aumentando as chances de pagamento aos credores. "A liquidação ordenada dos ativos empresariais [...] permite a transferência organizada da operação a novos investidores, preservando a utilidade social da atividade e viabilizando, ao mesmo tempo, a maximização do retorno econômico aos credores", afirmou a desembargadora. Administração judicial é mantida A decisão desta sexta-feira também devolve aos administradores judiciais — os escritórios Wald Administração de Falências e Preserva-Ação, representados por Bruno Rezende — a responsabilidade de acompanhar a execução do plano e a reorganização da empresa. O escritório havia sido afastado na decisão que decretou a falência no início da semana. Rezende continuará acumulando as funções de administrador e gestor judicial. A determinação ainda prorroga a suspensão das dívidas extraconcursais (que ficam fora da recuperação judicial) da Oi, tanto vencidas quanto futuras. A magistrada lembrou ainda que a Oi já passou por duas recuperações judiciais desde 2016 e que um novo pedido de ajustes no plano, apresentado em 2025, ainda está em análise. Para ela, é cedo para decretar falência enquanto existirem alternativas de reestruturação. União e Anatel devem ser intimadas Além da suspensão da falência e do retorno ao processo de recuperação judicial, a decisão também determinou a intimação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da União no caso. A desembargadora Mônica Maria Costa atendeu a um pedido do Ministério Público (MP), que defendeu que os dois órgãos precisam se manifestar sobre alternativas para garantir os serviços essenciais prestados pela Oi. O MP cobrou que a União avalie medidas de intervenção econômica — inclusive considerando um eventual aporte emergencial de recursos públicos — e que a Anatel apresente planos concretos para assegurar a manutenção das operações, especialmente em contratos deficitários que hoje dependem da Oi. Com a intimação, os dois entes deverão informar ao Tribunal se têm estudos, soluções ou ações em curso para evitar interrupções nos serviços e mitigar riscos ao interesse público. Além de telefonia, a Oi presta serviços essenciais de telecomunicações, tais como sistemas de tráfego aéreo, rede das lotéricas e linhas de emergência como polícia, bombeiros e defesa civil. A operadora também garante o funcionamento de orelhões e linhas fixas em locais onde outras empresas não atuam, oferecendo acesso básico à comunicação em comunidades rurais e isoladas. R$ 1,7 bilhão em dívidas A Oi teve a falência decretada na última segunda-feira (10) pela 7ª Vara Empresarial do TJ-RJ, após protagonizar uma das maiores recuperações judiciais da história do país. A decisão veio após o administrador judicial, Bruno Rezende, pedir o reconhecimento da insolvência na última sexta-feira (7). Em outubro, o valor devido a fornecedores fora do processo de recuperação somava R$ 1,7 bilhão — meio bilhão a mais que em junho. A juíza Simone Gastesi Chevrand, que assinou a decisão, informou no documento que, apesar da falência decretada, a companhia deveria continuar a operar, de forma provisória, serviços essenciais. A ideia era que essa manutenção provisória das atividades da Oi acontecesse até que a empresa conseguisse fazer a transição integral dos serviços que presta a outras operadoras. O objetivo era evitar danos aos clientes, e manter empregos, salários e encargos. A decisão também determinava que a Oi fizesse uma liquidação ordenada dos seus ativos — ou seja, vendesse seus ativos de forma estruturada e responsável, com o objetivo de maximizar o valor pago aos credores, manter empregos e garantir a continuidade dos serviços até que a transição fosse concluída. Qual é a diferença entre falência e recuperação judicial? A recuperação judicial é uma medida voltada para preservar a operação da empresa e evitar a falência. Ou seja, quando a Justiça aprova um pedido de recuperação judicial, ela permite que a companhia faça uma reestruturação de suas dívidas e reorganize suas finanças e administração. A ideia é dar condições para que a empresa consiga apresentar um plano de recuperação aos credores, trazendo propostas de pagamento e dando um prazo para o cumprimento de suas obrigações. Além disso, o processo também permite que a empresa continue a operar, desde que com a fiscalização da Justiça. Já a falência acontece quando a empresa não consegue mais pagar as suas dívidas e não tem mais condições de se recuperar. Nesse caso, a Justiça transforma o processo de recuperação judicial em falência e determina que a empresa venda seus ativos para conseguir quitar seus compromissos. Max Mustrangi, CEO da Excellance e especialista em reestruturação, avalia que a reversão da falência da empresa de telecomunicações atende sobretudo aos bancos. “A Oi já se mostrou inviável por quase uma década. A empresa não consegue gerar caixa nem para manter suas operações e, com isso, acumula mais dívidas, o que impede o pagamento das dívidas antigas. Mesmo vendendo ativos, o dinheiro não é suficiente.” Ele explica que, na recuperação judicial, os bancos teriam prioridade logo após os trabalhadores, mas na falência eles vão para o fim da fila. Quando isso acontece, os honorários da administração judicial vêm primeiro, seguidos das dívidas trabalhistas, fiscais e concursais, consumindo quase tudo. Segundo ele, os bancos sabem que dificilmente recuperarão seus créditos. “Não é que a empresa tenha solução. Ela não consegue se reestruturar, não há mais possibilidades. O que existe agora é uma batalha para mitigar danos.” Procurada, a Oi não manifestou posicionamento até a atualização desta reportagem. Logo da Oi visto em loja de São Paulo Paulo Whitaker/Reuters



Desemprego cai em dois estados brasileiros no 3º trimestre de 2025, diz IBGE


14/11/2025 12:01 - g1.globo.com

A taxa de desemprego ficou em 5,6% no terceiro semestre do ano Apenas dois estados brasileiros apresentaram uma queda mais significativa na taxa de desemprego no terceiro trimestre deste ano, indicou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, as maiores quedas foram observadas em Roraima, onde a taxa de desemprego caiu de 5,9% nos três meses encerrado em junho para 4,7% no terceiro trimestre, um recuo de 1,2 ponto percentual (p.p.). Já em Tocantins, a desocupação saiu de 5,3% para 3,8%, queda de 1,5 p.p.. As demais unidades da federação registraram oscilações menores. Veja abaixo. O IBGE ainda informou que a média geral de desemprego no Brasil foi de 5,6%, o menor patamar registrado pelo índice para o período desde o início da série histórica, em 2012. 🔎 O IBGE considera desocupadas as pessoas que não têm trabalho, mas estão ativamente procurando uma oportunidade, mesmo critério usado em padrões internacionais. Segundo o analista William Kratochwill, o terceiro trimestre costuma ser um período de ajuste no mercado de trabalho, para que as empresas se preparem para as demandas do fim do ano. “A taxa de desocupação diminuiu devido a um aumento marginal, não significativo, da ocupação e esse aumento promoveu a diminuição do tempo de procura”, explicou. Desemprego é maior entre mulheres e pessoas pretas A pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira também comparou os níveis de desemprego segundo gênero, cor ou raça e nível de escolaridade. Segundo o instituto, enquanto a taxa de desocupação entre mulheres ficou em 6,9% no trimestre encerrado em setembro, o desemprego entre homens ficou em 4,5% no período — uma diferença de 2,4 pontos percentuais. Já na comparação por cor ou raça, a desocupação é maior entre pessoas pretas e pardas. Veja abaixo: Brancos: 4,4% (abaixo da média nacional) Pretos: 6,9% (acima da média) Pardos: 6,3% (acima da média) Em relação aos níveis de instrução, o nível de desemprego é maior entre os trabalhadores que têm ensino médio incompleto: a taxa ficou em 9,8% no terceiro trimestre deste ano. Veja a comparação por nível de instrução: Ensino médio incompleto: 9,8% (maior taxa entre os grupos) Superior incompleto: 5,8% Superior completo: 3,0% (menor taxa) Maranhão tem maior taxa de informalidade A informalidade no Brasil ficou em 37,8% no 3º trimestre de 2025, mas o cenário é muito mais crítico em alguns estados, especialmente no Maranhão, que registrou a maior taxa do país, chegando a 57% da população ocupada sem registro. Em seguida vêm Pará (56,5%) e Piauí (52,7%). Os menores índices estão em Santa Catarina (24,9%), Distrito Federal (26,9%) e São Paulo (29,3%). Segundo o IBGE, a informalidade foi estável em relação ao trimestre anterior, com uma queda entre trabalhadores domésticos informais compensada pelo aumento de informais no setor público. O analista William Kratochwill reforça que os estados mais pobres, como o Maranhão, sofrem mais com a informalidade devido à baixa escolaridade e menor renda média da população. O destaque do Maranhão também se repete em outros indicadores. Entre os empregados do setor privado, 51,9% têm carteira assinada no estado, o menor percentual do país. No total nacional, o índice é de 74,4%, com Santa Catarina na liderança (88%). O Maranhão também figura entre os estados com maior proporção de trabalhadores por conta própria, parte de um grupo que representa 25,3% da população ocupada no Brasil. 🔎 Trabalho por conta própria é quando a pessoa trabalha para si mesma. Esse tipo de ocupação pode ser formal (com CNPJ) ou informal (sem registro). Já a informalidade é uma condição do trabalho e inclui todos que atuam sem proteção legal, como empregados sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria sem CNPJ, empregadores informais e familiares que ajudam sem remuneração. Rendimento cresce no Sul e Centro-Oeste No terceiro trimestre de 2025, o rendimento médio real do trabalho ficou em R$ 3.507, praticamente estável em relação ao trimestre anterior, mas acima do valor de um ano antes. As únicas regiões com aumento significativo na comparação trimestral foram Sul e Centro-Oeste, cujos rendimentos ultrapassaram R$ 4 mil. Na comparação anual, Nordeste, Sul e Centro-Oeste mostraram crescimento. Já a massa de rendimento real, que soma todos os ganhos dos trabalhadores, alcançou R$ 354,6 bilhões, estável frente ao trimestre anterior, mas maior que no mesmo período de 2024. O Sudeste registrou a maior massa de renda da série, com R$ 176 bilhões. Santa Catarina tem taxa de desemprego abaixo da média nacional. Foto: Roberto Zacarias/SECOM Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1



Ibovespa fecha em alta e acumula ganho de 2,39% na semana; dólar recua


14/11/2025 12:00 - g1.globo.com

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O Ibovespa fechou em alta de 0,36% nesta sexta-feira (14), aos 157.734 pontos. Com o resultado, acumulou valorização de 2,39% na semana. Já o dólar fechou o dia em leve queda de 0,02%, cotado a R$ 5,2967. A valorização da bolsa foi sustentada pelas ações da Petrobras, que avançaram em linha com a alta do preço do petróleo no mercado internacional. Além disso, os investidores reagiram aos dados de desemprego no Brasil e acompanharam declarações de dirigentes do Fed nos EUA. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ No Brasil, o IBGE informou que a taxa de desemprego caiu em 2 estados brasileiros no terceiro trimestre de 2025. Além disso, a média geral de desemprego no país foi de 5,6%, o menor patamar registrado pelo índice para o período desde o início da série histórica, em 2012. ▶️ A Petrobras ajudou a manter o Ibovespa no azul diante da alta de mais de 2% no preço do petróleo no mercado internacional. As ações ordinárias da estatal (PETR3) subiram 0,81% e as preferenciais (PETR4), 0,95%. ▶️ Nos Estados Unidos, os mercados acompanharam discursos de dirigentes do Federal Reserve. Jeffrey Schmid, presidente do Fed em Kansas City, declarou que o nível atual de juros é “moderadamente restritivo e está exatamente onde acredito que deve estar”. ▶️ O país ainda se reorganiza após o fim do shutdown de 43 dias, encerrado na quarta-feira (12) com a sanção do projeto de lei pelo presidente Donald Trump. A paralisação provocou um apagão de dados oficiais, o que dificulta a atuação do Fed na definição da política de juros. ▶️ Embora o fim da paralisação permita o retorno dos servidores, a normalização total das operações — assim como a divulgação de novos indicadores econômicos — pode levar dias ou até semanas em alguns órgãos. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,74%; Acumulado do mês: -1,54%; Acumulado do ano: -14,29%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +2,39%; Acumulado do mês: +5,48%; Acumulado do ano: +31,14%. Agenda econômica Desemprego nos estados A taxa de desemprego caiu em 2 estados brasileiros no terceiro trimestre de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, nas demais unidades da federação, o índice de desocupação ficou estável. Os maiores índices foram registrados em Pernambuco (10,0%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%); os menores, em Santa Catarina (2,3%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,6%). O levantamento também mostra queda no número de pessoas procurando trabalho em todas as faixas de tempo analisadas na comparação com o mesmo período de 2024. Duas delas — procura entre 1 mês e menos de 1 ano e entre 1 e menos de 2 anos — registraram os menores contingentes para um terceiro trimestre desde o início da série, em 2012. A busca por menos de um mês e por dois anos ou mais também chegou aos menores níveis desde 2015. Nesta última faixa, o recuo foi de 17,8% em um ano. Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 0,18% em novembro, após avanço de 0,08% em outubro. O resultado veio exatamente dentro das estimativas do mercado. No acumulado do ano, o indicador ainda mostra deflação de 0,80%, enquanto, nos últimos 12 meses, apresenta leve alta de 0,34%. Segundo a FGV, a principal influência para o aumento foi a aceleração nos preços da indústria de transformação, medida pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do IGP-10. Esse subíndice subiu 0,15%, revertendo a queda de 0,04% no mês anterior. Entre os destaques, bovinos avançaram 2,94% após recuo de 1,40%, soja em grão passou a subir 1,23% ante queda de 1,22%, e carne bovina acelerou para 2,14%, frente a 1,63%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no cálculo, desacelerou para 0,21%, após alta de 0,48% em outubro. Três das oito categorias tiveram queda, incluindo Habitação (-0,16%) e Transportes (0,13%). Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que representa 10% do IGP-10, avançou 0,30%, acima dos 0,21% do mês anterior. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados operavam com a cautela antes da divulgação dos dados econômicos represados, depois que o presidente Donald Trump assinou um projeto de lei que pôs fim à mais longa paralisação do governo na história do país. Esses dados econômicos são importantes para orientar as decisões do Fed — embora alguns relatórios, como os de emprego e inflação, possam não ser divulgados. O Dow Jones caiu 0,65%, para 47.147,48 pontos, e o S&P 500 recuou 0,05%, para 6.734,11 pontos. Já o Nasdaq avançou 0,13%, para 22.900,59 pontos. As bolsas europeias fecharam em queda, também refletindo o impacto do fim da paralisação nos EUA e assimilando dados de produção industrial da União Europeia. O STOXX 600 recuou 0,61%, o CAC 40 (França) caiu 0,11%, enquanto o DAX (Alemanha) perdeu 1,39% e o FTSE 100 (Reino Unido) teve baixa de 1,05%. Por fim, os mercados asiáticos fecharam em alta, impulsionados pelo setor de novas energias na China e pela expectativa de dados econômicos importantes que serão divulgados na sexta-feira, como vendas no varejo e produção industrial. O índice de Xangai atingiu seu maior nível desde 2015, enquanto Hong Kong alcançou a maior alta em um mês. No fechamento, Xangai subiu 0,73%, a 4.029 pontos, e o CSI300 avançou 1,21%, a 4.702 pontos. Hong Kong ganhou 0,56%, a 27.073 pontos, e Tóquio teve alta de 0,43%, a 51.281 pontos. Seul subiu 0,49%, Taiwan caiu 0,16% e Cingapura avançou 0,15%. *Com informações da agência de notícias Reuters. Cotação do dólar mostra menor confiança na economia brasileira devido a gastos e dívidas do governo Jornal Nacional/ Reprodução



FMU: entenda a briga judicial e o que pode acontecer com os alunos em eventual caso de falência


14/11/2025 07:00 - g1.globo.com

As famílias fundadoras da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) entraram neste mês com um pedido na Justiça para transformar o processo de recuperação judicial da instituição em falência. Apesar de não serem mais proprietários da faculdade, os ex-donos possuem 18 imóveis onde funcionam os centros universitários. Na ação, eles afirmam que a atual gestão está com pagamentos de aluguéis atrasados, em uma dívida que chega à casa dos R$ 40 milhões desde o início do processo de reestruturação (entenda o caso mais abaixo). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A universidade tem, atualmente, cerca de 60 mil alunos e mais de 100 cursos, incluindo graduação, pós e MBA. O pedido de falência feito pelos fundadores será avaliado pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, do Tribunal de Justiça de São Paulo. Não há data certa para uma decisão. Procurada pelo g1, a FMU, que pertence ao fundo de investimento Farallon desde 2020, não se posicionou sobre o assunto até a última atualização desta reportagem. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Mas o que acontece caso a FMU entre, de fato, em processo de falência? Se a Justiça aceitar o pedido, a universidade será administrada por um gestor judicial indicado pelo juiz. Esse profissional ficará encarregado de encerrar contratos e negociar a venda de bens do grupo, destinados ao pagamento das dívidas com os credores. Segundo advogados consultados pelo g1, entre os ativos do grupo educacional está justamente a chamada “carteira de alunos”, que, na prática, pode ser transferida para outra instituição. “Em caso de falência, outra instituição pode assumir os alunos para que eles não seja prejudicados, em uma operação que funciona como a compra da 'carteira'", explica Bruno Boris, sócio-fundador do escritório Bruno Boris Advogados. O real impacto para os estudantes, no entanto, dependeria de como um eventual processo de falência fosse conduzido. No caso de uma solução organizada — com venda ou transferência de cursos —, os alunos poderiam continuar em outra instituição, que assumiria as turmas e validaria as disciplinas já concluídas, diz Rodrigo Macedo, sócio e especialista em Recuperação Judicial e Falência na Andrade Silva Advogados. “Se houver interrupção abrupta das aulas, o aluno mantém seus direitos contratuais, mas deverá exigi-los junto à massa falida”, explica. “Massa falida” é o conjunto de bens administrado pelo gestor judicial para quitar dívidas com os credores, conforme a ordem de prioridade prevista em lei. O advogado destaca que o direito à informação é fundamental para os alunos em um eventual processo de falência. Eles devem ser informados sobre a continuidade ou transferência dos cursos e ter acesso completo ao acervo acadêmico, incluindo histórico, programas das disciplinas, TCCs e diplomas. O que diz o pedido de falência Segundo as famílias Alves da Silva e Fioravante, fundadoras da FMU, o não pagamento das dívidas de aluguel pela atual gestão ocorreria de forma “deliberada, injustificável e ilícita”. O documento afirma ainda que a FMU enfrenta uma “insolvência estrutural disfarçada sob o manto da recuperação judicial”. Dessa forma, ao justificar o pedido de falência, os ex-proprietários da universidade alegam que o processo de recuperação judicial, em vigor desde março deste ano, representa um "instrumento de postergação do inevitável". Qual é a diferença entre falência e recuperação judicial? A recuperação judicial, na qual a FMU está desde março deste ano, busca preservar a operação da empresa e evitar a falência. 🔎 Ou seja, quando a Justiça aprova um pedido de recuperação judicial, ela permite que a companhia faça uma reestruturação de suas dívidas e reorganize suas finanças e administração. No caso da instituição, foram reportadas dívidas de R$ 130 milhões. No processo, a empresa apresenta um plano de recuperação aos credores, trazendo propostas de pagamento e dando um prazo para o cumprimento de suas obrigações. Os principais credores da FMU são justamente as famílias fundadoras. A recuperação judicial também permite que a empresa continue a operar, desde que com a fiscalização da Justiça. Já a falência acontece quando a empresa não consegue mais pagar as suas dívidas e não tem mais condições de se recuperar. Nesse caso, a Justiça transforma o processo de recuperação judicial em falência e determina que a companhia venda seus ativos para conseguir quitar seus compromissos. O pedido de falência feito pelas famílias fundadoras da FMU, em meio à alegação de dívidas com aluguéis, ainda precisa ser avaliado pela Justiça. O caso está na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, do Tribunal de Justiça de São Paulo. “Falência não significa automaticamente ‘fechar as portas’. A lei permite que, mesmo na falência, as atividades continuem por um período, se isso ajudar a preservar valor e viabilizar a venda da operação em bloco — por um preço mais vantajoso”, diz Macedo, da Andrade Silva Advogados. “No caso de uma universidade, esse valor está justamente na base de alunos, nos cursos autorizados pelo MEC, no corpo docente e na marca. Isso tende a favorecer uma saída organizada, como a venda da operação para outro grupo educacional”, acrescenta. Negociação em andamento O advogado João Ricardo Pacca, representante das famílias fundadoras, afirma que elas estão dispostas a negociar. “Já houve várias concessões, mas ainda estamos longe de um acordo”, diz, acrescentando que uma redução temporária no valor do aluguel estaria em discussão. Segundo Pacca, a dívida total da FMU ligada aos imóveis dos antigos proprietários chega a R$ 300 milhões, dos quais R$ 40 milhões foram acumulados desde o início da recuperação judicial. O montante inclui também débitos de IPTU. A instituição foi vendida pelos fundadores ao Grupo Laureate em 2013. Desde 2020, está sob controle da gestora Farellon. João Ricardo Pacca afirma que a falta de pagamento dos aluguéis começou poucos meses após a primeira venda. Segundo o advogado, o impasse pode levar a um processo de despejo, paralelo ao pedido de conversão da recuperação judicial em falência. “Se o aluguel não for pago, os proprietários podem pedir o despejo. Caso a inadimplência persista mesmo após a recuperação judicial e não haja acordo, essa é a única saída”, afirma. Uma assembleia de credores está marcada para os dias 19 e 26 de novembro, dentro do processo de recuperação. Nessas reuniões, credores e instituição vão discutir o plano de reestruturação da FMU. Recuperação judicial A FMU entrou com pedido de recuperação judicial em 13 de março, para negociar dívidas de R$ 130 milhões. Na ocasião, a instituição informou ao g1 que o processo seria para "assegurar condições favoráveis para a manutenção do crescimento sustentável da operação". Entre as justificativas, o grupo afirmou que sofreu impactos diretos da pandemia de Covid-19, "com destaque para o aumento da inflação no país desde 2021 e a queda na renda da população". Segundo a FMU, o cenário elevou a inadimplência, a evasão escolar e reduziu o número de matrículas. "Diante desses contratempos, o recurso à recuperação judicial é a melhor alternativa para a FMU readequar sua estrutura de capital e, ao mesmo tempo, seguir com seus planos de crescimento", disse, em nota. O juiz Marcelo Stabel de Carvalho, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, deferiu o pedido em 14 de março. A partir dessa decisão, ficaram suspensas as cobranças contra a FMU, e a instituição iniciou a elaboração do plano de reestruturação financeira. Campus Santo Amaro da FMU, na Zona Sul de São Paulo Reprodução/Google Street View



Feriado da Proclamação da República: veja os direitos de quem trabalha em 15 de novembro


14/11/2025 03:01 - g1.globo.com

O Brasil comemora o feriado de Proclamação da República no sábado (15). A data oferece um dia extra de descanso para os trabalhadores, com possibilidade de emenda para quem folga no domingo. O dia 15 de novembro é considerado feriado nacional desde 1949, regulamentado pela Lei Federal 662, do presidente Eurico Gaspar Dutra. (Entenda o significado e a importância da data) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Apesar disso, nem todos são beneficiados. A legislação trabalhista permite o funcionamento de atividades em alguns setores considerados essenciais. (Confira mais abaixo) ⚠️ Mas atenção: quem for convocado para trabalhar na data tem direitos garantidos, como a remuneração em dobro ou um dia de folga compensatória. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Se o sábado já for um dia de folga habitual do trabalhador, nada muda. No entanto, para quem costuma trabalhar nesse dia, o feriado garante descanso remunerado — que deve ser pago em dobro ou compensado com outro dia de folga. O g1 conversou com advogados especialistas em direito trabalhista para te ajudar a entender mais sobre o assunto. Abaixo, você vai descobrir: 🤔 Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? ⚖️ Quais são os meus direitos? 💰 Remuneração em dobro ou folga? Quem define? ❌ Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? ⚠️ As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? ✍🏼 Como funciona no caso do trabalhador intermitente? 📆 Quais são os proximos feriados de 2025? Veja os vídeos que estão em alta no g1 1. Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? Sim. Embora o artigo 70 da CLT proíba atividades profissionais em feriados nacionais, há exceções para serviços considerados essenciais, como os setores de indústria, comércio, transportes, comunicações, serviços funerários, atividades ligadas à segurança, entre outros. Além disso, o empregador pode solicitar que o funcionário trabalhe durante o feriado quando houver uma Convenção Coletiva de Trabalho — acordo firmado previamente entre empregadores e sindicatos. No feriado da Proclamação da República, em 15 de novembro, hotéis tiveram 95% de ocupação Matheus Tagé/A Tribuna Jornal 2. Quais são os meus direitos? Quem é obrigado a trabalhar no feriado tem direito ao pagamento em dobro ou à compensação com folga em outro dia. " Havendo banco de horas também poderão ser lançadas essas horas de trabalho, nos termos do acordo individual ou coletivo", explica Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista e sócia do A. C Burlamaqui Consultores. 3. Remuneração em dobro ou folga? Quem define? A forma de compensação — seja o pagamento em dobro ou a folga compensatória — costuma ser definida em acordo entre empregador e sindicato. Na ausência de uma Convenção Coletiva de Trabalho, a decisão pode ser negociada diretamente entre empresa e funcionário. No entanto, é essencial que as ambas as partes estejam de acordo e que a compensação escolhida respeite a legislação. "O empregador não pode decidir sozinho. Se houver um acordo ou convenção coletiva prevendo a compensação por folga, essa regra prevalece. Caso contrário, o pagamento em dobro pelo trabalho no feriado é obrigatório", afirma Elisa Alonso, advogada trabalhista e sócia do RCA Advogados. 4. Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? Depende. A falta, quando há determinação do empregador para o comparecimento, pode ser coniderada insubordinação — ou seja, desobediência a uma ordem superior. "No entanto, a dispensa por justa causa, em geral, não decorre de um fato isolado, mas de um comportamento faltoso de forma reiterada", afirma Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista. Por isso, esse tipo de demissão costuma seguir um processo que inclui advertências formais e tentativas de correção de conduta. Se houver expediente normal, o trabalhador pode sofrer outras penalidades, como o desconto do dia não trabalhado, que será considerado falta injustificada. "A falta injustificada deve ser repreendida, mas para configurar justa causa é necessário avaliar outros fatores, como a recorrência da conduta, o impacto causado à empresa e a função desempenhada pelo empregado, por exemplo", completa a advogada trabalhista Elisa Alonso. Ubatuba registra movimento intenso de turistas no feriado de Proclamação da República Laurene Santos/TV Vanguarda 5. As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? As regras gerais sobre trabalho em feriados valem tanto a empregados fixos quanto temporários, incluindo o direito ao pagamento em dobro ou folga compensatória. Porém, trabalhadores com contratos temporários podem ter condições específicas previstas. 6. Como funciona no caso do trabalhador intermitente? No regime de trabalho intermitente — previsto na CLT desde a Reforma Trabalhista de 2017 — o pagamento por trabalho em feriados deve ser acordado no momento da contratação. O contrato deve especificar o valor da hora trabalhada, já considerando os adicionais por feriados ou horas extras. "Assim, o trabalhador intermitente recebe o valor previamente combinado para os dias em que presta serviço, inclusive em feriados", explica o advogado Luís Nicoli. 7. Quais são os próximos feriados de 2024? O próximo feriado é o Dia da Consciência Negra, que cai na próxima semana, na quinta-feira (20). A data se tornou feriado nacional apenas em 2023. A mudança foi aprovada pelo Congresso e sancionada em dezembro daquele ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Antes disso, a data não integrava o calendário nacional nem era considerada ponto facultativo, e a folga dependia de leis estaduais ou municipais. Após novembro, o próximo feriado nacional será o Natal, em 25 de dezembro, que cai numa quinta-feira — o que pode permitir emenda para quem folga na sexta, sábado ou domingo. A véspera de Ano Novo, em 31 de dezembro, também cai numa quinta-feira e é ponto facultativo a partir das 13h, permitindo emenda para quem folga em 1º de janeiro ou sai mais cedo do trabalho. O g1 preparou um calendário com todos os pontos facultativos e feriados nacionais de 2025. Confira: LEIA TAMBÉM As melhores datas para tirar férias em 2026: veja como emendar feriados e ganhar até seis dias de descanso Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada; veja como aproveitar VEJA MAIS EM: Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada Por que milhões seguem fora do mercado há anos?



Bolsa Família 2025: pagamentos de novembro começam nesta sexta; veja calendário


14/11/2025 03:01 - g1.globo.com

Bolsa Família 2025: veja as regras e o calendário de pagamentos de novembro A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de novembro do Bolsa Família 2025 nesta sexta-feira (14). Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (Veja mais abaixo o calendário completo) O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para novembro de 2025: Final do NIS: 1 - pagamento em 14/11 Final do NIS: 2 - pagamento em 17/11 Final do NIS: 3 - pagamento em 18/11 Final do NIS: 4 - pagamento em 19/11 Final do NIS: 5 - pagamento em 21/11 Final do NIS: 6 - pagamento em 24/11 Final do NIS: 7 - pagamento em 25/11 Final do NIS: 8 - pagamento em 26/11 Final do NIS: 9 - pagamento em 27/11 Final do NIS: 0 - pagamento em 28/11 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa.



Após reunião sobre tarifas, Rubio posta foto com Mauro Vieira e comenta encontro


14/11/2025 00:23 - g1.globo.com

Marco Rubio e Mauro Vieira após reunião em 13 de novembro de 2025 Reprodução/X O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, publicou uma foto com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, após o encontro do dois nesta quinta-feira (13) para falar sobre o tarifaço americano. Na publicação, Rubio comentou sobre o assunto da reunião. "Reuni-me hoje com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, no Departamento. Discutimos assuntos de importância mútua e um marco recíproco para a relação comercial entre os Estados Unidos e o Brasil", disse. Vieira também se pronunciou após o encontro. O ministro afirmou que o Brasil aguarda uma resposta dos Estados Unidos sobre um “mapa do caminho” para orientar as negociações bilaterais destinadas a solucionar as pendências comerciais entre os dois países. “Apresentamos nossas propostas para a solução das questões. Agora estamos esperando que eles nos respondam”, disse Vieira. O Brasil busca derrubar o tarifaço de 50% imposto pelos EUA a uma série de produtos do Brasil. Vieira se encontrou duas vezes com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, durante o G7 no Canadá, nesta quarta. E uma vez em Washington, capital dos EUA nesta quinta. Após a reunião, Vieira falou com a imprensa. Segundo o chanceler, Rubio demonstrou interesse pessoal — e do governo dos EUA — em avançar rapidamente nas tratativas com o Brasil. Mauro Vieira e Marco Rubio posam para foto antes de reunião em Washington Brasil já respondeu à lista de demandas americanas Vieira explicou que, em 4 de novembro, houve uma reunião virtual de alto nível entre autoridades do Itamaraty, do Ministério da Fazenda e do MDIC com suas contrapartes dos EUA. Nessa reunião, o Brasil apresentou uma resposta detalhada à lista de temas que Washington havia enviado em 16 de outubro. Rubio disse que resposta deve vir “muito rapidamente” Vieira relatou que Marco Rubio afirmou que os EUA estão analisando o documento brasileiro e devem responder ainda esta semana ou no início da próxima. Segundo o chanceler, Rubio expressou a intenção do governo americano de resolver rapidamente as pendências bilaterais. Trump quer avançar e gostou da reunião com Lula De acordo com Vieira, Rubio mencionou comentários do presidente Donald Trump, que disse ter gostado muito da reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Malásia e manifestou vontade de avançar na solução das questões comerciais. Objetivo é fechar acordo provisório até o fim do mês Vieira afirmou que os dois lados querem concluir até o fim deste mês — ou, no máximo, no início do próximo — um acordo provisório que crie um “mapa do caminho” para as negociações. Esse roteiro deverá guiar as discussões por um a dois anos, até a conclusão de um acordo abrangente. “É uma demonstração do interesse do governo americano em solucionar as questões pendentes e de se aproximar do Brasil”, disse o ministro. Temas técnicos seguem em outros canais Questionado sobre fim das tarifas especificamente para o café brasileiro, Vieira explicou que, nos encontros com Rubio, discutiu apenas o marco geral da negociação. O governo Trump sinalizou que pode derrubar as tarifas extras sobre o café, mas não detalhou ainda para quais países isso valeria.



Governo amplia critérios para auxílio a empresas afetadas pelo tarifaço dos EUA


13/11/2025 23:36 - g1.globo.com

Mauro Vieira fala sobre reunião com Marco Rubio O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma resolução que amplia o alcance do programa Brasil Soberano, ajustando encargos financeiros e critérios de elegibilidade. A principal mudança é a inclusão de fornecedores de empresas exportadoras entre os beneficiários das linhas de crédito. 🔎 O Brasil Soberano foi anunciado pelo governo federal em agosto para apoiar empresas afetadas pelo tarifaço imposto pelo governo Donald Trump às exportações brasileiras. O programa prevê uma linha de crédito de R$ 40 bilhões, com acesso condicionado à manutenção do número de empregos. Pela nova regra, fornecedores poderão acessar os financiamentos desde que ao menos 1% do faturamento, entre julho de 2024 e junho de 2025, venha de vendas para exportadoras que tenham 1% ou mais da receita afetada pelas tarifas norte-americanas. No caso das próprias exportadoras, o CMN reduziu de 5% para 1% o percentual mínimo de faturamento vinculado às vendas atingidas pelas tarifas. Segundo apurou o g1, empresários vinham pressionando por essa mudança, alegando que o critério anterior dificultava o acesso de empresas igualmente afetadas pela sobretaxa. A resolução também determina que a lista de produtos elegíveis passe a ser definida em ato conjunto dos ministros da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, para garantir alinhamento com a política industrial e comercial. As taxas de remuneração ao Fundo de Garantia à Exportação (FGE) variarão de 1% a 6% ao ano, conforme o porte da empresa e a finalidade do financiamento. A medida entra em vigor na data da publicação, e a implementação operacional ficará a cargo do BNDES e das demais instituições financeiras habilitadas.



Mauro Vieira diz que Brasil espera resposta dos EUA nos próximos dias sobre um 'mapa do caminho' para nortear negociações


13/11/2025 23:09 - g1.globo.com

Mauro Vieira e Marco Rubio posam para foto antes de reunião em Washington O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quinta-feira (13) que o Brasil aguarda uma resposta dos Estados Unidos sobre um “mapa do caminho” para orientar as negociações bilaterais destinadas a solucionar as pendências comerciais entre os dois países. O Brasil busca derrubar o tarifaço de 50% imposto pelos EUA a uma série de produtos do Brasil. Vieira se encontrou duas vezes com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, durante o G7 no Canadá, nesta quarta. E uma vez em Washington, capital dos EUA nesta quinta. Após a reunião, Vieira falou com a imprensa. Segundo o chanceler, Rubio demonstrou interesse pessoal — e do governo dos EUA — em avançar rapidamente nas tratativas com o Brasil. Brasil já respondeu à lista de demandas americanas O ministro explicou que, em 4 de novembro, houve uma reunião virtual de alto nível entre autoridades do Itamaraty, do Ministério da Fazenda e do MDIC com suas contrapartes dos EUA. Nessa reunião, o Brasil apresentou uma resposta detalhada à lista de temas que Washington havia enviado em 16 de outubro. “Apresentamos nossas propostas para a solução das questões. Agora estamos esperando que eles nos respondam”, disse Vieira. Rubio disse que resposta deve vir “muito rapidamente” Vieira relatou que Marco Rubio afirmou que os EUA estão analisando o documento brasileiro e devem responder ainda esta semana ou no início da próxima. Segundo o chanceler, Rubio expressou a intenção do governo americano de resolver rapidamente as pendências bilaterais. Trump quer avançar e gostou da reunião com Lula De acordo com Vieira, Rubio mencionou comentários do presidente Donald Trump, que disse ter gostado muito da reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Malásia e manifestou vontade de avançar na solução das questões comerciais. Objetivo é fechar acordo provisório até o fim do mês Vieira afirmou que os dois lados querem concluir até o fim deste mês — ou, no máximo, no início do próximo — um acordo provisório que crie um “mapa do caminho” para as negociações. Esse roteiro deverá guiar as discussões por um a dois anos, até a conclusão de um acordo abrangente. “É uma demonstração do interesse do governo americano em solucionar as questões pendentes e de se aproximar do Brasil”, disse o ministro. Temas técnicos seguem em outros canais Questionado sobre fim das tarifas especificamente para o café brasileiro, Vieira explicou que, nos encontros com Rubio, discutiu apenas o marco geral da negociação. O governo Trump sinalizou que pode derrubar as tarifas extras sobre o café, mas não detalhou ainda para quais países isso valeria.



EUA e Argentina firmam acordo de cooperação em comércio e investimentos


13/11/2025 22:37 - g1.globo.com

Os Estados Unidos e a Argentina assinaram um acordo de cooperação em comércio e investimentos, segundo declaração conjunta divulgada pela Casa Branca nesta quinta-feira (13). O governo de Donald Trump também anunciou entendimentos semelhantes com Equador, El Salvador e Guatemala. O acordo com a Argentina envolve temas como tarifas, propriedade intelectual, direitos trabalhistas e meio ambiente. Segundo o comunicado, o país sul-americano também se comprometeu a facilitar o comércio digital com os EUA, aceitando transferências de dados — inclusive pessoais. (Leia mais abaixo) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O acordo prevê ainda que a Argentina elimine gradualmente o imposto sobre produtos norte-americanos e dispense formalidades nas exportações dos EUA para o país. Em troca, o governo Trump se comprometeu a reduzir tarifas em categorias específicas de produtos argentinos e reavaliar medidas de segurança nacional que impactam o comércio. Veja abaixo os principais pontos do acordo: Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Tarifas O acerto prevê abertura mútua de mercados entre Argentina e EUA para produtos estratégicos. A Argentina dará acesso preferencial a bens norte-americanos como medicamentos, químicos, máquinas, tecnologia, dispositivos médicos, veículos e produtos agrícolas. Em contrapartida, os EUA removerão tarifas sobre recursos naturais e insumos farmacêuticos não patenteados, além de considerar impactos do pacto na segurança nacional. Ambos também se comprometeram a melhorar condições para o comércio de carne bovina. Fim de barreiras não tarifárias A Argentina irá eliminar diversas barreiras não tarifárias que, segundo a Casa Branca, dificultavam o acesso ao seu mercado, como exigências de licenciamento de importação, garantindo maior equilíbrio competitivo. Pelo acordo, o país também deixará de exigir formalidades consulares para exportações dos EUA e eliminará gradualmente o imposto estatístico sobre produtos americanos. Ajuste de normas e conformidade A Argentina vai adotar padrões internacionais para facilitar o comércio com os EUA. Isso significa aceitar produtos que sigam normas americanas ou globais sem exigir regras extras, incluindo veículos, dispositivos médicos e medicamentos certificados por órgãos dos EUA, como a FDA. Propriedade intelectutal Segundo o comunicado, o país sul-americano vai reforçar a proteção da propriedade intelectual, combatendo falsificação e pirataria, inclusive online. O país também promete corrigir problemas apontados pelos EUA, como critérios de patentes e acúmulo de pedidos, e alinhar suas regras aos padrões internacionais. Acesso ao mercado agrícola O governo de Donald Trump afirmou que a Argentina vai abrir mais espaço para produtos agrícolas dos EUA. O país permitirá a entrada de gado vivo e carne de frango americana, além de simplificar regras para carnes bovinas, suínas e laticínios. Também se comprometeu a não impor restrições a termos usados em queijos e carnes e a reduzir barreiras que dificultam o comércio de alimentos. "Estados Unidos e Argentina pretendem trabalhar juntos para enfrentar barreiras não tarifárias que afetam o comércio de alimentos e produtos agrícolas", diz o comunicado. Trump recebe Milei pela primeira vez na Casa Branca Jonathan Ernst/Reuters Trabalho Conforme o documento, a Argentina "reafirmou seu compromisso de proteger direitos trabalhistas reconhecidos internacionalmente". "Além disso, adotará e implementará uma proibição à importação de bens produzidos por trabalho forçado ou compulsório e fortalecerá a fiscalização das leis trabalhistas", diz o texto. Meio Ambiente Em relação ao meio ambiente, o governo de Donald Trump afirmou que o país sul-americano se comprometeu a: tomar medidas adicionais para combater o desmatamento ilegal; incentivar uma economia mais eficiente no uso de recursos, incluindo no setor de minerais críticos; e implementar integralmente as obrigações do Acordo da OMC sobre Subsídios à Pesca. Segurança econômica A Argentina e EUA também vão cooperar para reforçar a segurança econômica, diz o documento. Isso inclui combater o que chamaram de práticas comerciais desleais de outros países, além de alinhar regras sobre exportações, segurança de investimentos e tarifas. Oportunidades comerciais Os dois países também assumiram o compromisso de facilitar investimentos e comércio em minerais críticos, recursos estratégicos para os EUA e que ocupam posição central na disputa com a China. Esses minerais são fundamentais para setores estratégicos, como tecnologia, energia e defesa, com oferta restrita ou concentrada em poucos países, o que os torna indispensáveis para cadeias produtivas e para a segurança nacional. 🔎 Entre os principais exemplos estão lítio, cobalto, níquel, terras raras e grafite, utilizados na fabricação de baterias, dispositivos eletrônicos e equipamentos militares. Os dois países também concordaram em trabalhar para estabilizar o comércio global de soja. Comércio digital Por fim, segundo a Casa Branca, a Argentina vai facilitar o comércio digital com os EUA, permitindo transferências de dados — inclusive pessoais — e reconhecendo assinaturas eletrônicas válidas nos Estados Unidos. O país sul-americano também prometeu não impor restrições a serviços ou produtos digitais americanos. Outros acordos Os EUA também anunciaram novos acordos com a Guatemala, com o Equador e com El Salvador, e devem retirar tarifas sobre alguns alimentos e outras importações. Um alto funcionário do governo norte-americano disse à Reuters que esses tratados permitem um maior acesso dos produtos agrícolas e industriais dos Estados Unidos a esses mercados. Esses três países também se comprometeram a não cobrar impostos sobre produtos digitais. As tarifas alfandegárias devem ser mantidas, mas haverá algum alívio para áreas específicas. A expectativa é que os acordos completos com a maioria desses países sejam finalizados nas próximas duas semanas. O funcionário do governo norte-americano ainda disse à Reuters que os EUA também tiveram avanços nas tratativas com a Suíça, reiterando que caso o acordo proposto pelo país seja aceito por Trump, há a expectativa de uma redução das tarifas impostas ao país europeu. * Com informações da agência de notícias Reuters.



Falha no processo de inativação de vacina é causa provável de morte de mais de 600 animais, confirma laboratório


13/11/2025 22:35 - g1.globo.com

Ministério da Agricultura suspende utilização da vacina Excell 10 A principal causa provável da morte de mais de 600 animais após o uso da vacina Excell 10 nos estados do Piauí, Maranhão, Ceará e Sergipe, é uma falha no processo de inativação da vacina, segundo o laboratório Dechra Brasil, responsável pela produção do imunizante. As primeiras mortes de bovinos, caprinos e ovinos vacinados contra clostridiose com os lotes 016/24 e 018/24 da Excell 10 foram registradas em julho deste ano. O uso dos lotes foi suspenso em agosto. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp Em comunicado divulgado na quarta-feira (12), o Dechra Brasil confirmou a falha no processo de inativação da vacina como "fator mais provável" e anunciou a suspensão temporária de toda a fabricação na unidade de Londrina (PR), até a conclusão de uma "revisão completa das operações e processos". 🔎 Clostridiose é o nome dado a doenças causadas por bactérias do gênero Clostridium, que podem provocar morte súbita em animais. Nas vacinas inativadas, microorganismos patogênicos são mortos ou modificados com substâncias químicas ou agentes físicos, de modo que não possam causar a doença. Procurado pelo g1, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que vai se manifestar sobre o caso após avaliação dos laudos oficiais dos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA). A previsão é que os laudos fiquem prontos nos próximos dias. Mais de 600 mortes No dia 3 de setembro, o Mapa atualizou para 612 o número de animais mortos após serem vacinados com os lotes do imunizante Excell 10. Na ocasião, o Piauí concentrava a maior parte dos casos, com 488 mortes. Nesta quinta-feira (13), a Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) afirmou que somente o estado registrou, entre os meses de julho e novembro, mais de 600 mortes. O g1 aguarda confirmação do número atualizado de mortes. LEIA TAMBÉM: Entenda a cronologia dos casos ligados à vacina EXCELL 10 Confira na íntegra o comunicado divulgado pela Dechra Brasil A Dechra Brasil anuncia hoje a conclusão de sua investigação sobre a causa raiz dos eventos adversos que resultaram no recolhimento dos produtos Excell 10. Após relatos de eventos adversos em bovinos, caprinos e ovinos vacinados com os lotes 016/24 e 018/24 da Excell 10, a Dechra conduziu uma análise abrangente para identificar a causa principal. A conclusão da Dechra é que o fator mais provável foi uma falha no processo de inativação. Todas as informações relevantes foram compartilhadas com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). A Dechra continua trabalhando em estreita colaboração com o MAPA e está implementando todas as medidas necessárias para garantir que problemas semelhantes não ocorram com a Excell 10 nem com qualquer outro produto que fabricamos. Como parte desse trabalho, suspendemos temporariamente, de forma voluntária, toda a fabricação na unidade de Londrina, enquanto concluímos uma revisão completa das operações e processos. O fornecimento de alguns produtos será afetado durante esse período. Reafirmamos nosso compromisso inabalável em manter os mais altos padrões de segurança e qualidade em todos os nossos produtos. Clientes com dúvidas devem entrar em contato com seu representante local da Dechra ou com nosso SAC pelo telefone: 0800 400 7997. Ministério da Agricultura apreende lotes de vacina após morte repentina de quase 200 animais Reprodução/ TV Clube VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube



Ex-donos da FMU pedem à Justiça conversão de recuperação judicial em falência; entenda


13/11/2025 21:21 - g1.globo.com

As famílias fundadoras da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) entraram neste mês com um pedido na Justiça para transformar a recuperação judicial da instituição em falência (entenda abaixo a diferença entre os dois procedimentos legais). Apesar de não serem mais proprietários da faculdade, os ex-donos possuem 18 imóveis onde funcionam os centros universitários. Na ação, eles afirmam que a atual gestão está com pagamentos de aluguéis atrasados, em uma dívida que chega à casa dos R$ 40 milhões desde o início do processo de recuperação. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo as famílias Alves da Silva e Fioravante, o não pagamento das dívidas ocorre de forma "deliberada, injustificável e ilícita". O documento também afirma que a FMU enfrenta uma "insolvência estrutural disfarçada sob o manto da recuperação judicial". Dessa forma, ao justificar o pedido de falência, os ex-proprietários da universidade alegam que o processo de recuperação judicial, em vigor desde março deste ano, representa um "instrumento de postergação do inevitável". Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 A universidade tem, atualmente, cerca de 60 mil alunos e mais de 100 cursos, incluindo graduação, pós e MBA. Procurada pelo g1, a FMU, que pertence ao fundo de investimento Farallon desde 2020, não se posicionou sobre o assunto até a última atualização desta reportagem. Qual é a diferença entre falência e recuperação judicial? A recuperação judicial, na qual a FMU está desde março deste ano, busca preservar a operação da empresa e evitar a falência. 🔎 Ou seja, quando a Justiça aprova um pedido de recuperação judicial, ela permite que a companhia faça uma reestruturação de suas dívidas e reorganize suas finanças e administração. No caso da instituição, foram reportadas dívidas de R$ 130 milhões. No processo, a empresa apresenta um plano de recuperação aos credores, trazendo propostas de pagamento e dando um prazo para o cumprimento de suas obrigações. Os principais credores da FMU são justamente as famílias fundadoras. A recuperação judicial também permite que a empresa continue a operar, desde que com a fiscalização da Justiça. Já a falência acontece quando a empresa não consegue mais pagar as suas dívidas e não tem mais condições de se recuperar. Nesse caso, a Justiça transforma o processo de recuperação judicial em falência e determina que a companhia venda seus ativos para conseguir quitar seus compromissos. O pedido de falência feito pelas famílias fundadoras da FMU, em meio à alegação de dívidas com aluguéis, ainda precisa ser avaliado pela Justiça. O caso está na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, do Tribunal de Justiça de São Paulo. Negociação em andamento O advogado João Ricardo Pacca, representante das famílias fundadoras, afirma que elas estão dispostas a negociar. “Já houve várias concessões, mas ainda estamos longe de um acordo”, diz, acrescentando que uma redução temporária no valor do aluguel estaria em discussão. Segundo Pacca, a dívida total da FMU ligada aos imóveis dos antigos proprietários chega a R$ 300 milhões, dos quais R$ 40 milhões foram acumulados desde o início da recuperação judicial. O montante inclui também débitos de IPTU. A instituição foi vendida pelos fundadores ao Grupo Laureate em 2013. Desde 2020, está sob controle da gestora Farellon. João Ricardo Pacca afirma que a falta de pagamento dos aluguéis começou poucos meses após a primeira venda. Segundo o advogado, o impasse pode levar a um processo de despejo, paralelo ao pedido de conversão da recuperação judicial em falência. “Se o aluguel não for pago, os proprietários podem pedir o despejo. Caso a inadimplência persista mesmo após a recuperação judicial e não haja acordo, essa é a única saída”, afirma. Uma assembleia de credores está marcada para os dias 19 e 26 de novembro, dentro do processo de recuperação. Nessas reuniões, credores e instituição vão discutir o plano de reestruturação da FMU. Recuperação judicial A FMU entrou com pedido de recuperação judicial em 13 de março, para negociar dívidas de R$ 130 milhões. Na ocasião, a instituição informou ao g1 que o processo seria para "assegurar condições favoráveis para a manutenção do crescimento sustentável da operação". Entre as justificativas, o grupo afirmou que sofreu impactos diretos da pandemia de Covid-19, "com destaque para o aumento da inflação no país desde 2021 e a queda na renda da população". Segundo a FMU, o cenário elevou a inadimplência, a evasão escolar e reduziu o número de matrículas. "Diante desses contratempos, o recurso à recuperação judicial é a melhor alternativa para a FMU readequar sua estrutura de capital e, ao mesmo tempo, seguir com seus planos de crescimento", disse, em nota. O juiz Marcelo Stabel de Carvalho, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, deferiu o pedido em 14 de março. A partir dessa decisão, ficaram suspensas as cobranças contra a FMU, e a instituição iniciou a elaboração do plano de reestruturação financeira. Campus Santo Amaro da FMU, na Zona Sul de São Paulo Reprodução/Google Street View



Governo quer compensação financeira entre empresas para que estabelecimentos aceitem todos cartões de vale-refeição


13/11/2025 20:47 - g1.globo.com

G1 em 1 minuto: novas regras do governo para vale-refeição e vale-alimentação O secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Francisco Macena, afirmou nesta quinta-feira (13) que o governo busca uma solução tecnológica para que as empresas de vale-refeição façam compensações financeiras de modo que os restaurantes aceitem quaisquer bandeiras de cartões. Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que regulamenta as mudanças no vale-refeição e alimentação. 💳Entre as alterações, foi instituída a chamada "interoperabilidade", para permitir que qualquer maquininha de cartão passe a aceitar vales de todas as bandeiras. ⏱️O prazo para que essa regra comece a valer é de 360 dias. Em entrevista ao g1, Macena explicou que, com a mudança, o trabalhador que recebe o benefício não precisará mais ficar procurando em qual estabelecimento está credenciado seu vale. Ou seja, a ideia é que qualquer restaurante que aceite o benefício receba o pagamento independentemente da bandeira. "O restaurante é só credenciado da Alelo, por exemplo, e meu vale é VR. O restaurante recebe meu VR, registra dentro do sistema da Alelo e a Alelo recompensa o VR. Tem uma câmara de compensação entre todas as empresas que qualquer restaurante independente da bandeira que esteja credenciada receba todas e aquilo é compensado. Hoje, com a tecnologia, é totalmente possível fazer isso", disse o secretário. O secretário citou como exemplo o que ocorre atualmente no sistema das empresas de ônibus em São Paulo. "Você pega qualquer ônibus com bilhete único, são várias empresas, não é uma empresa só, e o trajeto que você andou isso vai para uma pizza única e depois distribui o pedaço dessa pizza para cada um segundo sua parte. É como aconteceria", explicou Macena. "Tem várias soluções no mercado, temos que estabelecer qual é a governança, tem critério de transparência. Isso vai ser costurado com todas as empresas, aliás, todo esse processo a gente costurou com todas as empresas", emendou. Outras mudanças Além da interoperabilidade, o decreto assinado na terça-feira pelo presidente Lula também prevê: criação de um teto de 3,6% na taxa cobrada de restaurantes por empresa de vale-refeição. As empresas terão 90 dias para se adequar a essas regras; prazo máximo de 15 dias para repasse dos valores pagos – entra em vigor em 90 dias. Atualmente, esse prazo é de até 30 dias após a transação, em média, podendo chegar a 60 dias; determinação para que os sistemas de pagamento com mais de 500 mil trabalhadores deverão migrar para o modelo de arranjo aberto em até 180 dias; proibição de práticas consideradas abusivas, como: deságios, descontos, benefícios indiretos, prazos incompatíveis com repasses pré-pagos; e vantagens financeiras não relacionadas à alimentação, com vigência imediata; e obrigação das empresas beneficiárias de orientar os trabalhadores e cumprir todas as normas do programa. Após o anúncio das mudanças, a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), que reúne mais de 20 empresas do segmento, criticou o decreto. Segundo a associação, as novas regras "ameaçam a essência do programa social, fragilizam a fiscalização da alimentação e reduzem controle dos benefícios". O secretário Macena afirmou que houve um processo de amplo diálogo com todo o setor e que o governo vai continuar o dialogando com toda a cadeia. "Agora, a prerrogativa de normatizar, a prerrogativa de acompanhar e fiscalizar é uma prerrogativa do governo, destinada ao Ministério do Trabalho a fiscalização e criou-se um comitê gestor com a Fazenda e Casa Civil para promover as regulamentações", disse. "Hoje, a Fazenda tem condição de acompanhar o desempenho financeiro dessas empresas para a gente não tomar nenhuma medida que inviabilize o programa, que não é nosso interesse, e também exercer as fiscalizações devidas contra benefícios indevidos, promoções, contra uso de um recurso que tem incentivo fiscal para objetivos que fogem ao objetivo central do programa", disse. Segundo Macena, atualmente são cerca de 740 mil estabelecimentos credenciados entre bares, restaurantes e supermercados. Com as alterações, há um potencial de se chegar a mais de dois milhões de empresas elegíveis para utilizar o benefício. Muitas dessas empresas, de acordo com o secretário, no momento não aceitam o vale pelas restrições atuais como taxa, prazo e critérios de credenciamento. "A gente vai rever todo o processo de credenciamento. O comitê gestor vai debruçar sobre o credenciamento das empresas. Novas empresas querem entrar no programa e deixar claro também que os critérios de credenciamento do estabelecimento que fornece a refeição, a alimentação, é uma responsabilidade de todos, todos vão ter que cumprir os mesmos critérios de credenciamento", disse. Ele afirmou ainda que as normas de fiscalização valerão para todos, que terão de respeitar as regras. "Com a tecnologia, nós temos condições de ampliar substantivamente para combater qualquer tipo de fraude", afirmou o secretário-executivo. "Não estamos inviabilizando nenhuma empresa de operar, pelo contrário. Estamos criando condições iguais para que todas possam operar, para que tenha competitividade e abra o mercado, preservando o direito dessas empresas continuarem atuando", concluiu. VA e VR: atualmente, são cerca de 740 mil estabelecimentos credenciados entre bares, restaurantes e supermercados. Marcelo Camargo/Agência Brasil



Acqua Vias SP vence leilão das travessias de balsa em SP e passa a administrar 14 trechos aquaviários no estado


13/11/2025 20:12 - g1.globo.com

Sistemas de travessias por balsas vai a leilão hoje, na B3 A empresa Acqua Vias SP venceu nesta quinta-feira (13) o leilão da concessão do sistema de travessias de balsa do estado de São Paulo, realizado na sede da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), ao oferecer desconto de 12,60% sobre a contraprestação do estado. Na prática, isso significa que a empresa vencedora aceitou receber um menor aporte financeiro do estado durante o processo de execução e operação do serviço público, o que é mais vantajoso para as finanças públicas. Outras três empresas apresentaram propostas para operar, administrar e manter 14 trechos aquaviários do estado: Comporte Participações S.A (ofertou desconto de 2,53%) Consórcio Travessias SP (ofertou desconto de 8,10%) CS Infra S.A (ofertou desconto de 5,53%) A concessão do sistema à iniciativa privada prevê um investimento de R$ 2,5 bilhões ao longo de 20 anos para operar, manter e administrar as 14 linhas de travessias por balsas em São Paulo. O governo afirma que a concessão vai modernizar o transporte por balsas no estado, com troca da frota por embarcações elétricas, melhorias em terminais e uso de novas tecnologias. O projeto foi elaborado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e aprovado em abril pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), com 62 votos a favor e 16 contra. Na ocasião, o governo disse que “a política tarifária do setor de travessias é demasiadamente sensível” e garantiu que a concessão não vai alterar os valores cobrados nem as gratuidades já existentes. As 14 linhas do leilão são: Litoral Norte: Travessia São Sebastião - Ilhabela Litoral Centro: Travessia Santos - Guarujá Travessia Santos - Vicente de Carvalho Travessia Bertioga - Guarujá Litoral Sul Travessia Cananéia - Ilha Comprida Travessia Cananéia - Continente Travessia Iguape - Juréia Travessia Cananéia - Ariri Região Metropolitana de São Paulo: Bororé - Grajaú Taquacetuba - Bororé João Basso - Taquacetuba Reservatório de Paraibuna: Porto Paraitinga Porto Varginha Balsa em Ilhabela Caio Gomes/ Tribuna do Povo Porto Natividade da Serra A concessão prevê a compra de 45 novas embarcações, incluindo modelos elétricos para reduzir poluição e reforçar a segurança climática. Com a troca das embarcações a diesel, o governo estima evitar a emissão de ao menos 18 mil toneladas de CO2 por ano. Também estão previstas reformas nos terminais. "Com prazo de concessão de 20 anos e investimentos de cerca de R$ 2,5 bilhões, a PPP das Travessias Hídricas prevê a substituição da frota atual por 45 novas embarcações, das quais 41 com motorização elétrica, além da construção e padronização de terminais com infraestrutura moderna, climatização, banheiros acessíveis e áreas de alimentação e informação", explica o governo. O governador Tarcísio de Freitas afirmou que o sistema atual tem problemas de operação e infraestrutura, o que afeta a qualidade do serviço. De acordo com ele, a modernização é necessária para atender à demanda com segurança e eficiência. Os investimentos também incluem obras em infraestrutura, acessos, calçamentos, apoio a funcionários, construção de novos terminais e reforma dos já existentes. O governo diz que a nova frota deve reduzir as suspensões do serviço em dias de vento forte, mas admite que interrupções ainda poderão ocorrer. A concessionária vai receber 20% da arrecadação das tarifas. Os outros 80% serão pagos pelo governo estadual. Atualmente, o sistema transporta cerca de 11 milhões de passageiros e 10 milhões de veículos por ano. Turistas enfrentam filas de espera de mais de 3h na balsa para deixar Ilhabela - imagem de arquivo João Mota/TV Vanguarda



Com juro alto, governo vê desaceleração maior do PIB neste ano e inflação ainda acima da meta


13/11/2025 17:00 - g1.globo.com

O Ministério da Fazenda estimou que a economia brasileira terá desaceleração mais forte do que o previsto inicialmente neste ano, com expansão menor, mas que, mesmo assim, a inflação continuará acima do teto do sistema de metas. Os dados constam no Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta-feira (13) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta. ➡️Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025, a projeção do governo recuou de uma alta de 2,3%, em setembro deste ano, para um crescimento menor: de 2,2%. Se confirmado, esse resultado, haverá uma forte desaceleração da economia, que apresentou crescimento de 3,4% em 2024. Também será a menor taxa de crescimento desde 2020, em meio à pandemia da Covid-19, quando houve uma retração de 3,3% no Produto Interno Bruto. Para este ano, o Banco Central estima uma expansão de 2% para o PIB, enquanto o mercado financeiro projeta uma alta de 2,16%. "O ritmo de atividade seguiu em desaceleração no terceiro trimestre, repercutindo o alto patamar dos juros reais (...) Essa desaceleração já era esperada, e repercute efeitos defasados e cumulativos da política monetária restritiva em vigor [taxa Selic elevada]", informou o Ministério da Fazenda. ➡️Para 2026, ano marcado por eleições presidenciais, a expectativa do Ministério da Fazenda foi mantida em 2,4% de crescimento. A projeção do governo para o PIB de 2026 está bem acima das estimativas do Banco Central (que projeta crescimento de 1,5%) e, também, dos economistas do mercado financeiro (+1,78%). "Ao longo do ano [que vem], espera-se que a política monetária se torne menos contracionista [com queda do juro], contribuindo para tornar o mercado de crédito menos restritivo junto com políticas de crédito habitacional e ao trabalhador", avaliou a Secretaria de Política Econômica. Implicações na discussão do orçamento A projeção da Secretaria de Política Econômica serve de base para as discussões do orçamento de 2026 no Congresso Nacional. No projeto de lei orçamentária de 2026, enviado pelo governo ao Congresso Nacional no fim de agosto, a equipe econômica estimou que o PIB deverá crescer 2,44% no ano que vem. Se confirmar uma projeção menor para o PIB do próximo ano, terá de admitir, também, que haverá menos arrecadação, levando a bloqueios maiores de despesas - em um ano eleitoral (para atingir a meta de um déficit zero, com intervalo de tolerância). Juro alto A forte desaceleração da economia acontece em meio a um processo de alta dos juros básicos da economia para tentar conter a inflação. Atualmente, a taxa Selic, fixada pelo Banco Central, está em 15% ao ano, o maior patamar em quase 20 anos. A manutenção do juro neste patamar na semana passada, definida pela diretoria chefiada por Gabriel Galípolo e por uma diretoria indicada em sua maioria pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi defendida pelo ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto (indicador por Bolsonaro) e criticado pelo atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país. A explicação é que, com um ritmo menor de crescimento, há menos pressões inflacionárias, principalmente no setor de serviços. Estouro da meta de inflação Mesmo nesse cenário de alta do juro básico e de desaceleração da economia, o Ministério da Fazenda prevê que a inflação continuará estourada (acima do teto) no ano de 2025 fechado. ➡️A Secretaria de Política Econômica baixou sua projeção para o IPCA, a inflação oficial, de 4,8% para 4,6% neste ano - ainda acima do teto vigente de 4,5%. Se confirmada a estimativa, haverá queda da inflação, que somou 4,83% em 2024. "A perspectiva de menor inflação no ano reflete efeitos defasados do real mais apreciado; a menor inflação no atacado agropecuário e industrial; e o excesso de oferta de bens em escala mundial como reflexo do aumento nas tarifas comerciais", informou o governo federal. ➡️ Para 2026, o Ministério da Fazenda projetou um IPCA de 3,6%, o mesmo patamar de setembro. Se confirmada a queda, a inflação retornará ao intervalo do sistema de metas. Desde o início deste ano, o governo adotou o sistema de meta contínua de inflação. O objetivo central é de 3% – e a meta será considerada cumprida se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida, algo que já aconteceu em junho deste ano. O Banco Central estimou, em setembro, que a inflação voltará a ficar abaixo do teto de 4,5% do sistema de metas somente no início de 2026. E não projetou um atingimento do centro da meta, de 3% (meta formal na definição da taxa de juros), até o primeiro trimestre de 2027.



Greve de pilotos da Latam no Chile cancela 173 voos e afeta 20 mil passageiros


13/11/2025 13:21 - g1.globo.com

Greve de pilotos da Latam no Chile cancela 173 voos e afeta 20 mil passageiros A greve dos pilotos da Latam Airlines no Chile, iniciada na quarta-feira (12), levou ao cancelamento de 173 voos e deve afetar cerca de 20 mil passageiros, segundo informou a companhia aérea. A paralisação ocorre após o fracasso nas negociações de um novo contrato coletivo entre a empresa e o Sindicato de Pilotos da Latam (SPL) do Chile e deve impactar a operação da empresa até 17 de novembro. Questionada, a empresa não informou sobre os reflexos em voos entre o Brasil e o Chile. A Latam, maior empresa aérea da América do Sul, emprega cerca de 39 mil funcionários e mantém uma frota superior a 350 aviões. A greve foi aprovada em assembleia com 500 dos 900 pilotos que atuam na companhia. A principal reivindicação é a recomposição dos salários e benefícios de 2020, período anterior à pandemia. De acordo com o sindicato, os pilotos foram os únicos funcionários da empresa que ainda não tiveram suas condições restabelecidas, mesmo após a recuperação financeira do grupo. Durante a crise provocada pela Covid-19, os profissionais aceitaram reduzir seus salários pela metade para ajudar a manter as operações em meio à paralisação global do setor aéreo. Agora, o SPL argumenta que, diante do bom desempenho financeiro e operacional da empresa, era esperado que a negociação fosse mais colaborativa. O sindicato também critica a postura da Latam nas negociações, alegando que a empresa “recusou-se a devolver as condições perdidas durante os anos de crise”, incluindo o período em que passou por reorganização judicial sob o Chapter 11 da lei de falências dos EUA. Apoio no Brasil No início do mês, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa os pilotos e comissários brasileiros, divulgou nota de apoio e solidariedade aos pilotos chilenos. A entidade destacou o papel essencial da categoria durante a pandemia, quando contribuíram “para a sobrevivência das empresas e a manutenção da segurança operacional”. Segundo o SNA, “um acordo sólido e equilibrado entre empresa e trabalhadores deve ser visto como investimento, e não como custo”. O sindicato brasileiro também reforçou a importância do diálogo, da boa-fé e do respeito ao direito constitucional de greve. O que diz a Latam Em nota ao g1, o Grupo Latam Airlines afirmou ter implementado medidas para minimizar os impactos aos passageiros, incluindo a reacomodação em outros voos, alteração gratuita de data ou reembolso integral das passagens. A empresa destacou que “a grande maioria dos passageiros já recebeu soluções de viagem” e que as ações adotadas permanecerão válidas enquanto durar a paralisação. “Estamos empenhados em oferecer a melhor solução possível a todos os passageiros afetados por esta situação no Chile, mantendo a conectividade em todo o país, principalmente nas regiões que mais precisam”, disse Paulo Miranda, vice-presidente de Clientes do grupo, em nota. A Latam recomenda que os passageiros verifiquem o status de seus voos antes de se deslocar aos aeroportos, por meio do site ou do aplicativo oficial, na aba “Minhas Viagens”, onde é possível acompanhar atualizações em tempo real. A companhia reforçou ainda que segue aberta ao diálogo com o sindicato para chegar a um acordo que ponha fim à paralisação. Confira a nota da Latam na íntegra O Grupo LATAM Airlines informa que, em decorrência da greve convocada por um dos sindicatos de pilotos no Chile, a empresa implementou medidas para proteger os passageiros, incluindo o cancelamento de voos programados entre 12 e 17 de novembro. Essa medida envolve a suspensão de 173 voos, afetando aproximadamente 20.000 passageiros, a grande maioria com soluções de viagem já aplicadas. A empresa também informou que as medidas implementadas permanecerão em vigor até o término da greve. Caso a solução proposta não atenda às necessidades dos passageiros afetados, eles poderão alterar a data ou o voo gratuitamente ou solicitar o reembolso integral da passagem. “Estamos empenhados em oferecer a melhor solução possível a todos os passageiros afetados por esta situação no Chile, mantendo a conectividade em todo o país, principalmente nas regiões que mais precisam”, afirmou Paulo Miranda, Vice-Presidente de Clientes do Grupo LATAM Airlines. A prioridade da LATAM é proteger seus passageiros, antecipar os impactos da greve e mantê-los informados prontamente por todos os canais disponíveis. Portanto, recomenda-se que os passageiros sempre verifiquem o status de seus voos antes de se dirigirem ao aeroporto, através do site latam.com ou do aplicativo LATAM, na seção Minhas Viagens, onde podem acessar atualizações em tempo real sobre seus voos. Por fim, a LATAM reafirma sua disposição em dialogar com o sindicato e seu compromisso em alcançar um acordo mutuamente benéfico. Em nota, o Grupo Latam Airlines afirmou ter implementado medidas para minimizar os impactos aos passageiros Divulgação/Latam



Dólar sobe e fecha em R$ 5,29, de olho no fim do shutdown e nas negociações Brasil-EUA; bolsa cai


13/11/2025 12:00 - g1.globo.com

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar fechou em alta de 0,10% nesta quinta-feira (13), cotado a R$ 5,2975. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em queda de 0,30%, aos 157.162 pontos. O cenário internacional voltou ao foco dos investidores, após o fim da paralisação do governo americano e diante das novas movimentações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. No campo doméstico, as atenções se voltam a indicadores econômicos e ao ambiente político, que seguem influenciando as projeções para os juros e as próximas eleições. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos EUA, o presidente Donald Trump sancionou o projeto que garante recursos para o funcionamento do governo, encerrando a paralisação de 43 dias — a mais longa da história. Com isso, abre-se espaço para a divulgação de indicadores econômicos atrasados, essenciais para as decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. ▶️ Em Washington, o chanceler brasileiro Mauro Vieira se reuniu nesta quinta-feira com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. O encontro tratou sobre as tarifas impostas por Trump sobre produtos brasileiros, como café e carne, que chegaram a 50% e atingem cerca de 60% das exportações desde agosto. (Entenda mais abaixo) ▶️ No Brasil, as vendas do comércio varejista caíram 0,3% em setembro, contrariando as expectativas de alta de 0,3%. Na comparação anual, o avanço foi de 0,8%, também abaixo da projeção de 2%. O resultado reforça sinais de desaceleração da economia em meio à política de juros elevados. ▶️ A pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje mostra que Lula segue à frente nos cenários de segundo turno para 2026, mas a diferença para Jair Bolsonaro diminuiu: 42% a 39%, ante 46% a 36% em outubro. O levantamento indica também redução da vantagem do presidente sobre outros possíveis adversários. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,72%; Acumulado do mês: -1,53%; Acumulado do ano: -14,28%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +2,01%; Acumulado do mês: +5,10%; Acumulado do ano: +30,66%. Fim da paralisação do governo americano Na noite da última quarta-feira (12), o presidente dos EUA, Donald Trump, sancionou um projeto de lei que põe fim à paralisação do governo americano, chamada de shutdown. Dessa forma, a maior paralisação da história do governo do país se encerrou após 43 dias. 🔎 “Shutdown” significa paralisação. Nos EUA, o termo é usado para descrever quando o governo federal suspende parte de suas atividades por falta de aprovação, pelo Congresso, do orçamento anual ou de um financiamento provisório para os gastos públicos. A assinatura do republicano ocorreu poucas horas após a Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, aprovar o mesmo texto. O projeto foi aprovado por 222 votos a favor e 209 contra. Vários parlamentares começaram a viagem de volta na terça-feira (11), depois de 53 dias de recesso. Alguns relataram dificuldades para chegar à capital devido a atrasos e cancelamentos de voos provocados pela falta de trabalhadores do setor aéreo. Além disso, alguns legisladores disseram que precisaram de caronas para voltar a Washington. O republicano Derrick Van Orden afirmou que faria a viagem de 16 horas de motocicleta. Após a sanção de Trump, o governo poderá voltar a funcionar plenamente em poucos dias, o que alivia a situação de servidores sem salário e de famílias de baixa renda que dependem de auxílio. A normalização do sistema aéreo, no entanto, deve levar mais tempo. Negociações entre Brasil e EUA Outro fator que ficou na mira dos investidores nesta quinta-feira foi o encontro entre o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. O encontro aconteceu em Niagara Falls, à margem da reunião do G7 — grupo dos sete países mais ricos do mundo —, e serviu para discutir o progresso das negociações tarifárias entre os dois países. Segundo a agência de notícias Reuters, Vieira teria dito a Rubio que o Brasil havia enviado uma proposta de negociação aos Estados Unidos na semana passada, ressaltando a importância de avançar nas tratativas. Ambos também teriam concordado em agendar uma reunião presencial em breve para avaliar melhor o estágio atual das negociações. Agenda econômica Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) O desempenho do comércio varejista brasileiro em setembro trouxe sinais mistos, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (13). O setor é acompanhado de perto porque ajuda a indicar o ritmo da economia e pode influenciar as expectativas sobre os juros. Em relação a agosto, as vendas do varejo caíram 0,3%, após uma leve alta de 0,1% no mês anterior. Na média dos últimos três meses, houve estabilidade (-0,1%). Comparado a setembro do ano passado, o setor cresceu 0,8%, registrando a sexta alta seguida. No acumulado de 2025, o avanço é de 1,5%, e nos últimos 12 meses, de 2,1%. No chamado varejo ampliado — que inclui veículos, motos, peças, material de construção e atacado de alimentos e bebidas — houve alta de 0,2% frente a agosto. Na comparação anual, o crescimento foi de 1,1%, mas no acumulado do ano o resultado ainda é negativo (-0,3%). Entre os oito segmentos pesquisados, seis tiveram queda na passagem de agosto para setembro: livros e papelaria (-1,6%), roupas e calçados (-1,2%), combustíveis (-0,9%), equipamentos de escritório (-0,9%), móveis e eletrodomésticos (-0,5%) e supermercados (-0,2%). Já artigos farmacêuticos e de perfumaria subiram 1,3%, e outros itens de uso pessoal avançaram 0,5%. Regionalmente, 15 das 27 unidades da federação registraram queda, com destaque para Maranhão (-2,2%) e Roraima (-2,0%). Entre as altas, Tocantins (3,2%) e Amapá (2,9%) lideraram. No varejo ampliado, Tocantins teve forte avanço (11,4%), enquanto Paraná (-1,8%) e São Paulo (-1,6%) ficaram entre as maiores quedas. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados operavam com a cautela antes da divulgação dos dados econômicos represados, depois que o presidente Donald Trump assinou um projeto de lei que pôs fim à mais longa paralisação do governo na história do país. Esses dados econômicos são importantes para orientar as decisões do Fed — embora alguns relatórios, como os de emprego e inflação, possam não ser divulgados. Às 11h35 (horário de Brasília), o Dow Jones caía 0,18%, para 48.167,81 pontos, o S&P 500 perdia 0,53%, para 6.814,89 pontos, e o Nasdaq tinha queda de 0,87%, para 23.192,28 pontos. Já as bolsas europeias fecharam em queda, também refletindo o impacto do fim da paralisação nos EUA e assimilando dados de produção industrial da União Europeia. O STOXX 600 recuou 0,61%, o CAC 40 (França) caiu 0,11%, enquanto o DAX (Alemanha) perdeu 1,39% e o FTSE 100 (Reino Unido) teve baixa de 1,05%. Por fim, os mercados asiáticos fecharam em alta, impulsionados pelo setor de novas energias na China e pela expectativa de dados econômicos importantes que serão divulgados na sexta-feira, como vendas no varejo e produção industrial. O índice de Xangai atingiu seu maior nível desde 2015, enquanto Hong Kong alcançou a maior alta em um mês. No fechamento, Xangai subiu 0,73%, a 4.029 pontos, e o CSI300 avançou 1,21%, a 4.702 pontos. Hong Kong ganhou 0,56%, a 27.073 pontos, e Tóquio teve alta de 0,43%, a 51.281 pontos. Seul subiu 0,49%, Taiwan caiu 0,16% e Cingapura avançou 0,15%. *Com informações da agência de notícias Reuters. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik



Azeites proibidos: veja como comprar produtos de boa qualidade


13/11/2025 12:00 - g1.globo.com

Entenda as fraudes de azeite mais comuns no Brasil Desde o início deste ano, 25 marcas de azeite foram banidas ou tiveram lotes proibidos pelo governo federal, após ações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura. A proibição mais recente foi de lotes das marcas Royal, Godio, La Vitta e Santa Lucia, na quarta-feira (12). Entre as várias irregularidades encontradas nas apreensões deste ano, estão a adulteração ou falsificação do produto e a incerteza sobre a origem do azeite. A fraude mais comum é a mistura de outros tipos de óleos vegetais, como o de soja, na composição do produto. Segundo o governo, o azeite é o segundo produto mais falsificado no mundo, depois dos pescados. Nesta semana, governo divulgou lotes de 4 marcas de azeites considerados impróprios para o consumo; veja quais O que é o azeite verdadeiro Para ser considerado azeite de oliva, o produto precisa ser obtido exclusivamente da azeitona - o fruto da oliveira. Ele não pode ter qualquer outro óleo na sua composição. Com a disparada nos preços do azeite nos últimos anos, muitos consumidores têm buscado alternativas como o óleo de oliva e o composto de soja com azeite de oliva. Assim como o azeite, eles são feitos a partir do óleo extraído das azeitonas. São produtos regulares, encontrados normalmente nos supermercados, mas que não podem ser chamados de azeite, segundo as regras do Ministério da Agricultura. 👉 Saiba a diferença entre azeite de oliva e outros óleos mais baratos feitos com azeitonas Como comprar um bom azeite e evitar fraudes Escolha um produto com envase recente ️Desconfie de preços muito baixos ️Não compre azeite a granel Veja se o produto já foi proibido pela Anvisa ou pelo Ministério da Agricultura Ministério da Agricultura dá algumas pistas para encontrar um azeite de qualidade Arte/g1 Para comprar um azeite de boa qualidade, prefira um que tenha sido envasado recentemente. O azeite tem três inimigos que o fazem estragar rapidamente: a luz, o oxigênio e o calor. Por causa da influência da luz, as embalagens costumam ser vidros escuros, isolando, assim, o contato com a claridade. Também existe o produto em lata. O Ministério da Agricultura recomenda desconfiar de preços muito baixos e não comprar azeite vendido a granel. Outra medida é verificar se a marca já teve a sua venda proibida ou entrou na lista de produtos falsificados. Caso o consumidor descubra que adquiriu um produto falsificado, a orientação do governo é não consumi-lo. Não há garantia das condições de higiene dos locais onde o azeite é falsificado. Muitos deles são fábricas clandestinas e sem registro junto ao governo e, portanto, não seguem as regras sanitárias do país. ➡️Como checar se a marca de azeite já teve a venda proibida pelo Ministério da Agricultura Marcas de azeite proibidas em 2025 Marcas de azeite proibidas em 2024 Marcas de azeite proibidas em dezembro de 2023 ➡️Como saber se a empresa tem registro no Ministério da Agricultura O Cadastro Geral de Classificação (CGC) permite verificar se distribuidora, importadora ou produtora de azeite está registrada no Ministério da Agricultura. A ferramenta está disponível neste link, onde é possível pesquisar pela empresa no campo "Estabelecimento". Segundo o Ministério, o registro no CGC é obrigatório para empresas que processam, industrializam, beneficiam ou embalam azeites e outros produtos vegetais. Ao serem registradas, elas ficam sujeitas à fiscalização. Imagem do Sipeagro, onde é possível consultar se uma empresa tem registro no Ministério da Agricultura. Reprodução Anvisa suspende venda de quatro lotes de azeite. Adobe Stock ➡️Como saber se o produto está na lista da Anvisa de produtos falsificados O órgão oferece neste link uma ferramenta em que o consumidor pode verificar se um produto está irregular ou é falsificado. Para usá-la, basta inserir o nome da marca no campo "Produto". Ferramenta de pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para saber se um produto é falsificado. Reprodução O que os fiscais encontram nos azeites falsificados? Geralmente, os fiscais encontram óleo de soja puro ou misturado a um azeite verdadeiro. O produto fraudado pode conter ainda corantes e aromatizantes sem autorização para uso. 👉 Entenda como funciona a fiscalização de azeite no Brasil Passo a passo de como o azeite é fiscalizado Arte/g1 Veja a diferença entre os tipos de azeite Extravirgem: é o tipo de azeite de maior qualidade, produzido a partir de azeitonas em ótimo estado, com acidez menor que 0,8%. Nas análises sensoriais, predominam atributos positivos de frutado, amargo e picante. Não apresenta defeitos. Virgem: é um azeite de qualidade intermediária, que também provém de extração de frutos de qualidade, mas com algum grau de oxidação e com acidez menor que 2%. Nas análises sensoriais, aparecem defeitos, mas sem muita intensidade. Lampante: é um azeite de péssima qualidade, com acidez maior que 2% e que não pode ser destinado ao consumo humano. É muito provável que tenha sido feito a partir de azeitonas em péssimo estado de qualidade (colhidas estragadas, do chão ou armazenadas inadequadamente). Nas análises sensoriais, predominam os defeitos. Tipo Único: é um azeite geralmente derivado da mistura com refinado, ou seja, que foi alterado quimicamente para eliminar impurezas e ser destinado ao consumo humano. É misturado com o azeite de oliva virgem. Ele não chega a ser avaliado sensorialmente, mas é bastante neutro, traz aromas e defeitos diluídos, indicado para fritar, por exemplo. Saiba como azeite é produzido De onde vem o azeite



Governo já proibiu lotes de 25 marcas de azeite em 2025; veja quais são e o que fazer caso tenha comprado


13/11/2025 03:01 - g1.globo.com

Entenda as fraudes de azeite mais comuns no Brasil Vinte e cinco marcas de azeite foram banidas ou tiveram lotes proibidos pelo governo federal em 2025 após ações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura. Tanto o ministério quanto a agência, que podem atuar em conjunto, mantêm uma lista com marcas e lotes vetados para consumo. Algumas marcas aparecem em ambas as relações. A proibição mais recente são de lotes das marcas Royal, a Godio, La Vitta e Santa Lucia, desclassificadas pelo Ministério da Agricultura na quarta-feira (12). As amostras coletadas apontaram a presença de óleos vegetais de outras espécies na composição, o que caracteriza fraude. Por isso, elas são consideradas impróprias para consumo. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Desde o início de 2024, o governo federal já proibiu lotes e marcas de azeite mais de 70 vezes. Quais os principais motivos para proibir uma marca? Segundo o governo federal, os principais motivos para proibição de marcas são: importação e distribuição por empresas sem CNPJ no Brasil; adulteração/falsificação; presença de óleos vegetais no produto; não atendimento às exigências sanitárias para suas instalações; não atendimento a padrões de rotulagem; falta de licenciamento junto à autoridade sanitária competente; incerteza sobre origem ou composição do produto. O que fazer se encontrar essas marcas no supermercado? Comercializar os azeites fraudados constitui infração grave e os estabelecimentos que fazem a venda podem ser responsabilizados, informa o Ministério da Agricultura. Caso a compra já tenha sido realizada, o governo orienta que o consumo seja interrompido imediatamente e que seja solicitada uma substituição, prevista pelo Código de Defesa do Consumidor. Denúncias sobre a venda desses produtos podem ser registradas no canal oficial Fala.BR. Leia também: O que fiscais costumam encontrar em frascos de azeites adulterados Passo a passo de como o azeite é fiscalizado Arte/g1 Dicas para comprar um bom azeite O Ministério da Agricultura sugere desconfiar de preços muito baixos e não comprar azeite vendido a granel. Outra medida é verificar se a marca já teve sua venda proibida ou entrou na lista de produtos falsificados. Ministério da Agricultura dá algumas pistas para encontrar um azeite de qualidade Arte/g1 ➡️Como saber se o produto está na lista da Anvisa de produtos falsificados A Anvisa oferece neste link uma ferramenta em que o consumidor pode verificar se um produto está irregular ou é falsificado. Para usá-la, basta inserir o nome da marca no campo "Produto". Ferramenta de pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para saber se um produto é falsificado. Reprodução ➡️Como saber se a empresa tem registro no Ministério da Agricultura O Cadastro Geral de Classificação (CGC) permite verificar se a distribuidora, importadora ou produtora de azeite está registrada no Ministério da Agricultura. A ferramenta está disponível neste link, onde é possível pesquisar pela empresa no campo "Estabelecimento". Segundo o Ministério, o registro no CGC é obrigatório para empresas que processam, industrializam, beneficiam ou embalam azeites e outros produtos vegetais. Ao serem registradas, elas ficam sujeitas à fiscalização. Imagem do Sipeagro, onde é possível consultar se uma empresa tem registro no Ministério da Agricultura. Reprodução De onde vem o azeite



Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões nesta quinta-feira


13/11/2025 03:01 - g1.globo.com

Como funciona a Mega-sena O concurso 2.940 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 100 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 21h desta quinta-feira (13), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última terça (11), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 20h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.



CNU 2025: prazo para envio de títulos começa; veja como fazer


13/11/2025 03:01 - g1.globo.com

CNU 2025: começa o prazo para envio de títulos O prazo para envio dos documentos para a avaliação de títulos do Concurso Nacional Unificado (CNU) começa nesta sexta-feira (14). ➡️ A prova de títulos é uma etapa do concurso que considera a experiência profissional e formação acadêmica — como pós-graduação, mestrado e doutorado — para compor a nota final dos candidatos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp Os documentos devem ser enviados pela página oficial do concurso no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), seguindo as regras do edital. (Veja abaixo como fazer) O prazo para envio dos títulos termina em 19 de novembro. O resultado preliminar será divulgado em 8 de janeiro de 2026, seguido do período de recursos, de 9 a 12 de janeiro. Nesse momento, os candidatos poderão contestar a pontuação atribuída. Após a análise dos recursos, o resultado final será publicado em 18 de fevereiro. As primeiras listas de classificação devem ser divulgadas em 20 de fevereiro. (Confira o cronograma completo abaixo) ➡️ Como será feita a Avaliação de Títulos? Essa etapa é classificatória e pode acrescentar até dois pontos para cargos de nível intermediário e até cinco pontos para cargos de nível superior. Os candidatos devem digitalizar e enviar certificados, diplomas e comprovantes de experiência profissional dentro do prazo, respeitando os formatos e limites de tamanho exigidos. Os títulos devem ser enviados em formato digital — imagem do documento original ou cópia autenticada, frente e verso — nos formatos JPG, JPEG, PNG ou PDF, com tamanho máximo de 5 MB por arquivo. Serão aceitos os seguintes documentos: Diplomas, certificados ou declarações de conclusão de cursos (em papel timbrado da instituição, com data de conclusão, carga horária e aprovação da banca); Para pós-graduação, é necessário incluir o histórico escolar junto à declaração; Títulos obtidos no exterior devem estar reconhecidos por instituições brasileiras e traduzidos por tradutor juramentado, se estiverem em língua estrangeira. Cada título será analisado pela comissão, que verificará sua autenticidade e relevância, atribuindo pontos conforme os critérios do edital. A soma dos pontos definirá a nota final nesta etapa. O resultado será publicado no sistema, com possibilidade de recurso em caso de divergência. Durante o envio dos documentos, o candidato deve observar algumas orientações importantes: Títulos exigidos como requisito básico para o cargo não serão pontuados; Cada título será considerado apenas uma vez; O envio fora do prazo ou por outro meio que não o sistema online será desconsiderado; A ausência de envio de títulos não elimina o candidato, mas resultará em nota zero nesta etapa. O resultado preliminar será divulgado em 8 de janeiro de 2026, com prazo para recursos entre 9 e 12 de janeiro. O resultado definitivo está previsto para 18 de fevereiro de 2026. 🤔 Como os títulos compõem a nota final do concurso? A Avaliação de Títulos é classificatória e integra a Nota Final Ponderada (NFP) do concurso, junto com as notas da prova objetiva e da prova discursiva. A soma funciona da seguinte forma: Nota da Prova Objetiva (NPO) + Nota da Prova Discursiva (NPD) + Nota da Avaliação de Títulos (NAT) = Nota Final Ponderada (NFP) Para cargos de nível superior, a prova objetiva vale até 150 pontos, a discursiva até 45 pontos e os títulos podem acrescentar até 5 pontos, totalizando 200 pontos. Ou seja, os títulos representam cerca de 2,5% da nota final. Nos cargos de nível intermediário, o total máximo é de 100 pontos: 68 na prova objetiva, 30 na discursiva e até 2 pontos nos títulos — o que equivale a cerca de 2% na nota final. Embora tenham impacto limitado na nota final, os títulos podem ser decisivos em casos de empate ou para melhorar a posição do candidato na disputa por vagas. A classificação final seguirá a ordem decrescente da Nota Final Ponderada, considerando a prioridade de escolha dos cargos e as modalidades de concorrência — ampla concorrência, candidatos negros, indígenas, quilombolas ou pessoas com deficiência. Para alguns cargos, etapas posteriores — como defesa de memorial, prova oral ou curso de formação — também podem influenciar o resultado final antes da homologação do concurso. 📌 Como será a próxima etapa? A próxima etapa do CNU 2025 é a prova discursiva, marcada para 7 de dezembro. Nessa fase, participam apenas os candidatos aprovados na prova objetiva. Os participantes serão avaliados conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo. Veja como serão as provas: Nível superior: os candidatos responderão duas questões discursivas, com duração de três horas (das 13h às 16h); Nível intermediário: os candidatos farão uma redação dissertativa-argumentativa, com duração de duas horas (das 13h às 15h). Além de avaliar a capacidade de argumentação e o domínio do conteúdo, essa etapa é decisiva para a classificação final dos candidatos. Nesta edição, a seleção segue um único edital, o que facilita o acesso às informações. As vagas estão distribuídas em nove blocos temáticos, que agrupam cargos por áreas como saúde, tecnologia, administração, justiça, entre outras. A versão impressa do Cartão de Confirmação de Inscrição, com o local da prova da discursiva, estará disponível em 1º de dezembro de 2025. A nota preliminar da prova discursiva, acompanhada do espelho de correção, será divulgada 23 de janeiro de 2026. Os candidatos poderão pedir revisão das notas nos dias 26 e 27 de janeiro. O resultado dos recursos e a nota final da prova discursiva serão divulgados em 18 de fevereiro de 2026. As primeiras listas de classificação devem sair em 20 de fevereiro de 2026. O cronograma prevê que as convocações comecem em março do próximo ano. Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU Ministério da Gestão e Inovação 📆 Confira o cronograma oficial Disponibilização da imagem do cartão de respostas: 12/11/2025 Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Convocação para a avaliação de títulos: 12/11/2025 Envio de títulos: de 14 a 19/11/2025 Cartão de confirmação de inscrição para prova discursiva: 1/12/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Resultado preliminar da avaliação de títulos: 2/1/2026 Divulgação da nota preliminar da prova discursiva: 6/1/2026 Pedidos de revisão das notas da discursiva: de 7 a 8/1/2026 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Como estudar para o CNU



Em corte de gastos, EUA encerram produção da moeda de um centavo após 232 anos


13/11/2025 00:46 - g1.globo.com

Moeda de um centavo de dólar REUTERS/Mike Blake Os Estados Unidos cunharam nesta quarta-feira (12) sua última moeda de um centavo. A medida visa cortar gastos, uma vez que a moeda perdeu sua relevância ao longo do tempo. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O último centavo foi cunhado na Filadélfia pelo tesoureiro dos Estados Unidos, Brandon Beach, que encerrou oficialmente os 232 anos de produção da moeda. "Embora a produção geral termine hoje, o legado do centavo continua", ressaltou Kristie McNally, diretora interina da Casa da Moeda. Cerca de 300 bilhões de moedas desse valor estão em circulação atualmente no país. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Em fevereiro, o presidente Donald Trump pediu ao Departamento do Tesouro que encerrasse a produção de centavos, para reduzir os gastos do governo. "Por muito tempo, os Estados Unidos cunharam centavos que, literalmente, custam para nós mais de dois centavos. É um desperdício total!", justificou. Inicialmente, as moedas de um centavo eram feitas de cobre puro. As atuais são menores e feitas de zinco revestido de cobre, o que lhes confere o tom rosado. Na última década, o custo de fabricação de cada moeda aumentou de 1,42 para 3,69 centavos, segundo a Casa da Moeda. LEIA TAMBÉM Trump quer barrar visto para obesos: como vai funcionar Volta de Jesus? Vaticano nega que Cristo apareceu mais de 40 vezes em uma colina na França Trump diz que e-mails de Epstein são 'armadilha' da oposição: 'Só um republicano muito burro cairia' VÍDEOS: mais assistidos do g1



Banco do Brasil tem lucro de R$ 3,8 bilhões no 3º trimestre, queda anual de 60%


12/11/2025 22:32 - g1.globo.com

Agência do Banco do Brasil Divulgação O Banco do Brasil (BB) reportou nesta quarta-feira (12) lucro líquido gerencial de R$ 3,8 bilhões no terceiro trimestre, queda de 60,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O ganho, registrado em um período de forte redução do retorno sobre o patrimônio, ficou acima da expectativa dos analistas, de R$ 3,7 bilhões. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O lucro contábil, por sua vez, totalizou R$ 3 bilhões, queda de 0,2% na comparação trimestral e de 66% em um ano. O banco também informou nesta quarta que revisou sua projeção anual de lucro, que passou da faixa de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões para a de R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões. A nova previsão fica abaixo do ponto médio das estimativas de analistas compiladas pela LSEG, de R$ 22,375 bilhões para o ano. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 A revisão acompanha uma piora na previsão para o custo do crédito, que foi ajustado para a faixa de R$ 59 bilhões a R$ 62 bilhões, frente aos R$ 53 bilhões a R$ 56 bilhões previstos anteriormente. "Para 2025, reconhecemos que, diante das dificuldades, entregaremos um lucro médio menor que o do ano passado, mas ainda com uma rentabilidade sólida, considerando o volume de provisões que vamos contabilizar", afirmou o vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores, Geovanne Tobias. A margem financeira bruta do BB atingiu R$ 26,4 bilhões no terceiro trimestre, alta de 5,1% em relação ao segundo trimestre e de 1,9% frente ao mesmo período de 2024. As receitas com serviços caíram 2,6% na comparação anual, mas avançaram 1,3% na trimestral. Agro ainda pressiona O custo do crédito saltou 77,7% no terceiro trimestre na comparação anual, para R$ 17,9 bilhões, que na base sequencial ainda significou uma alta de 12,7%. "Além do aumento da inadimplência, em especial na carteira agro, houve agravamentos em casos específicos em Grandes Empresas", afirmou o banco no material de divulgação do balanço. O indicador de inadimplência acima de 90 dias encerrou setembro em 4,93%, ante 4,21% em junho e 3,33% um ano antes. Na carteira agro, que tem pressionado os números do BB há alguns trimestres, esse percentual atingiu 5,34%, principalmente na cultura da soja e nas regiões Centro-Oeste e Sul do país, além do efeito dos pedidos de recuperação judicial no segmento. O indicador antecedente de operações vencidas há mais de 30 dias disparou de 5,53% no final de junho para 7,78% no trimestre encerrado em setembro. Carteiras de crédito Na carteira de pessoas físicas, o percentual subiu a 6,01%, o que o banco atribuiu, principalmente, à sobreposição de operações realizadas com produtores rurais, além de elevação da inadimplência na carteira renegociada e no cartão de crédito. Em pessoas jurídicas, a taxa ficou em 4,06%. Quando se considera apenas o segmento de micro, pequenas e médias empresas, a inadimplência das operações vencidas há mais de 90 dias foi de 10,25%. No período, a carteira de crédito expandida cresceu 7,5% ano a ano, para R$ 1,279 trilhão. Na base trimestral, contudo, mostrou queda de 1,2%. A carteira de pessoa física cresceu 7,9% em 12 meses e 2,3% no trimestre, enquanto pessoa jurídica avançou 10,4% na comparação anual, mas recuou 3,2% na base trimestral. O portfólio agro também apresentou retração na base sequencial, embora tenha registrado alta de 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O BB encerrou o terceiro trimestre com retorno sobre patrimônio líquido de 8,4%, bem menor do que os 21,1% registrados um ano antes, mas estável na comparação com o segundo trimestre de 2025. O índice de capital nível I aumentou para 13,92%, de 13,27% no segundo trimestre e 13,51% um ano antes. Mas o índice de eficiência piorou para 28,1%, de 27,7% três meses antes e 25,8% no mesmo período de 2024. O BB também anunciou nesta quarta-feira que o conselho de administração aprovou R$ 410,6 milhões em juros sobre capital próprio. * Com informações da agência de notícias Reuters.



Fazenda estima que trabalhador terá economia de R$ 225 por ano com novas regras para o vale-refeição


12/11/2025 22:26 - g1.globo.com

G1 em 1 minuto: novas regras do governo para vale-refeição e vale-alimentação O Ministério da Fazenda estima que as novas regras para o vale-refeição e alimentação terão impacto econômico de cerca de R$ 8 bilhões por ano, o que representa uma economia média de R$ 225 por trabalhador. A estimativa foi divulgada pela Secretaria de Reformas Econômicas e leva em conta o número de beneficiários do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), o volume de recursos movimentado e as reduções de custos esperadas com medidas como o teto nas tarifas cobradas dos estabelecimentos e o aumento da concorrência entre as operadoras. Segundo a Fazenda, as mudanças devem resultar em melhores serviços, mais inovação e ampliação da rede de aceitação dos vales, além de redução de custos operacionais para empresas e consumidores. O que muda com o decreto O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta terça-feira (11), o decreto que regulamenta as novas regras do vale-refeição e alimentação. As principais mudanças incluem: Teto de 3,6% na taxa cobrada de restaurantes por empresas de vale-refeição — o prazo de adaptação é de 90 dias; Interoperabilidade entre as bandeiras, permitindo que qualquer maquininha de cartão aceite vales de diferentes operadoras — entra em vigor em 360 dias; Prazo máximo de 15 dias para repasse dos valores aos lojistas — hoje, esse prazo pode chegar a 60 dias; Obrigatoriedade de migração para modelo aberto em até 180 dias para sistemas de pagamento com mais de 500 mil trabalhadores; Proibição de práticas abusivas, como deságios, prazos incompatíveis e vantagens financeiras fora do escopo alimentar; Obrigação de orientação aos trabalhadores e cumprimento integral das normas do PAT pelas empresas beneficiárias. As novas regras não alteram o valor do benefício recebido pelos trabalhadores, que continuará destinado exclusivamente à alimentação. Impacto para o trabalhador e o comércio O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), afirmou que as taxas cobradas hoje chegam a 15% e que a limitação deve ampliar o número de estabelecimentos que aceitam o vale. “Esse decreto é bom para supermercados, restaurantes, padarias, hortifrutis — para quem vende alimentos em todo o Brasil. Se é bom para todo mundo, é bom para o trabalhador também”, disse Lula após a assinatura. De acordo com o governo, o encurtamento dos prazos de repasse e a redução das taxas devem facilitar o ingresso de pequenos e médios comércios no sistema. A expectativa é que a economia gerada seja repassada gradualmente aos consumidores. Setor apoia as mudanças O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, afirmou que o decreto vai ampliar a concorrência e reduzir custos. “Temos certeza de que haverá uma transferência de mais de R$ 10 bilhões que hoje ficam na intermediação para milhões de estabelecimentos em todo o país”, disse. Em nota, a Câmara Brasileira de Benefícios ao Trabalhador (CBBT) considerou as medidas favoráveis ao mercado, afirmando que “corrigem distorções no Programa de Alimentação do Trabalhador” e fortalecem as políticas públicas voltadas aos empregados. Como funcionam os arranjos abertos e fechados Arranjo aberto: uma empresa define a bandeira do cartão, outra emite o benefício e uma terceira credencia os estabelecimentos — modelo mais competitivo e interoperável. Arranjo fechado: todas essas funções são exercidas pela mesma empresa, o que restringe a concorrência e aumenta custos.



Mauro Vieira e Marco Rubio devem se reunir nesta quinta em Washington para tratar de tarifaço


12/11/2025 22:09 - g1.globo.com

Mauro Vieira e Marco Rubio terão novo encontro nesta quinta (13) O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, vão se reunir nesta quinta-feira (13), às 17h, em Washington, para tratar da redução do tarifaço de 50% imposto pelos EUA a produtos brasileiros. Os dois conversaram nesta quarta (12), à margem da reunião do G7, no Canadá, e acertaram o encontro para dar continuidade às negociações sobre o chamado “tarifaço”. De acordo com interlocutores, o objetivo é alinhar os próximos passos após a sinalização do presidente norte-americano, Donald Trump, de que pretende reduzir “algumas tarifas” sobre o café. A medida beneficiaria diretamente o Brasil, principal fornecedor do produto aos EUA. Vieira afirmou que o Itamaraty ainda não recebeu comunicação oficial sobre a decisão, mas classificou a perspectiva como “muito bem-vinda e importante para a economia brasileira”. “Todas as notícias relativas à redução de tarifas e à volta ao ambiente anterior são auspiciosas e muito bem-vindas”, disse o chanceler nesta quarta. “Espero que isso esteja em andamento — vai passar pela nossa embaixada em Washington e pela nossa em Brasília. É uma notícia muito importante para a economia brasileira”, completou. Contexto das negociações A sobretaxa de 50% sobre o café brasileiro foi imposta por Trump durante a escalada protecionista de seu governo. O aumento contribuiu para a alta dos preços do café nos EUA e gerou pressão interna de importadores e redes varejistas. Em outubro, durante encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Malásia, Trump reconheceu que os EUA estavam “sentindo falta” de produtos brasileiros afetados pelas tarifas e citou o café como exemplo. O diálogo abriu espaço para a reabertura das negociações comerciais. Lula afirmou recentemente que, se não houver avanço até o fim da COP30, em Belém, ligará novamente para Trump. Oposição ao governo insistia nas redes sociais que a negociação estava estagnada e que Rubio não queria encontrar Vieira.



Mauro Vieira diz que ainda não foi avisado sobre eventual fim da tarifa extra dos EUA sobre o café


12/11/2025 21:52 - g1.globo.com

Mauro Vieira fala sobre reunião com Marco Rubio O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (12) que o Itamaraty ainda não foi notificado oficialmente sobre a eventual redução da tarifa extra imposta pelos Estados Unidos ao café brasileiro. O ministro está no Canadá, onde participou de encontro de chanceleres do G7, grupo das 7 economias mais ricas do mundo e países convidados. Ele se encontrou com seu equivalente dos Estados Unidos, o secretário de Estado, Marco Rubio. “Todas as notícias relativas a tarifas, à redução e à volta ao ambiente anterior são sempre auspiciosas e muito bem-vindas”, disse Vieira após o encontro. O ministro completou: “Eu vi hoje [quarta] pela manhã, quando acordamos aqui no Canadá, a notícia de que haveria redução das tarifas sobre o café. Não fomos abordados por nenhuma autoridade. Espero que isso esteja em andamento — vai para a nossa embaixada em Washington e a nossa embaixada em Brasília. É evidente que é uma notícia muito importante para a economia brasileira.” O que disse Trump O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na terça-feira (11), em entrevista à emissora Fox News, que pretende reduzir “algumas tarifas” sobre as importações de café. Ele não especificou quais países seriam afetados, nem detalhou a dimensão da redução. Trump falava genericamente sobre o desempenho da economia norte-americana e mencionava os preços da carne quando foi questionado sobre o café. “Vamos reduzir algumas tarifas do café. Vamos permitir que entre um pouco de café [no país]. Vamos resolver tudo isso muito rápido, facilmente. É cirúrgico. Mas os custos estão bem mais baixos”, disse o republicano. O contexto O Brasil é o principal fornecedor de café para os Estados Unidos, mas o produto foi afetado por uma sobretaxa de 50% imposta pelo governo Trump sobre as importações de produtos brasileiros. A medida contribuiu para a alta dos preços do café nos EUA, que acumula forte inflação no último ano. Em outubro, durante um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Malásia, Trump reconheceu que os EUA estavam “sentindo falta” de alguns produtos brasileiros atingidos pela sobretaxa — citando o café como exemplo. O encontro indicou um início de diálogo para reverter as tarifas, mas sem prazo definido. Lula afirmou no último dia 4 que, se as negociações não avançarem até o fim da COP30, em Belém, ligará novamente para Trump. Os Estados Unidos não enviaram representantes para a conferência do clima.



Inflação na Argentina acelera para 2,3% em outubro com alta do dólar


12/11/2025 21:31 - g1.globo.com

Entenda por que, na Argentina, jornal e DVD contam mais que streaming na inflação A inflação na Argentina foi de 2,3% em outubro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). O resultado veio ligeiramente acima da expectativa de economistas. O dado representa uma aceleração em relação aos 2,1% registrados em setembro. Já o índice acumulado em 12 meses até outubro ficou em 31,3%, abaixo dos 31,8% registrados no mês anterior. Segundo o ministro da Economia, Luís Caputo, trata-se da menor taxa anual desde julho de 2018. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os setores de maior alta em outubro foram o de transporte (3,5%) e o de habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (2,8%). Na sequência, vieram bens e serviços diversos (2,4%), roupas e calçados (2,4%) e bebidas alcoólicas e tabaco (2,4%). Os dados do Indec mostram que o índice oficial de preços da Argentina apresentou progresso ao longo do primeiro ano de gestão do presidente ultraliberal Javier Milei. Em 2025, no entanto, a taxa mensal estagnou entre 2% e 3%, ficando apenas algumas divulgações abaixo de 2%. O país passa por um forte ajuste econômico sob o comando de Milei. Nos últimos meses, uma crise política afetou as expectativas, e o líder argentino buscou o apoio de Donald Trump, nos Estados Unidos, para conter a instabilidade nos mercados e no câmbio. (leia mais abaixo) Ajuste econômico e impacto nos preços A Argentina, que já vinha enfrentando uma forte recessão, passa por uma ampla reforma econômica. Após tomar posse, em dezembro de 2023, Milei decidiu paralisar obras federais e interromper o repasse de dinheiro para os estados. Foram retirados subsídios às tarifas de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais. Com isso, houve um aumento expressivo nos preços ao consumidor. O país também observou uma intensificação da pobreza no primeiro semestre de 2024, com 52,9% da população nessa situação. Já no primeiro semestre de 2025, o percentual caiu para 31%. Por outro lado, o presidente conseguiu uma sequência de superávits (arrecadação maior do que gastos) e retomada da confiança dos investidores. Crise política Nos últimos meses, no entanto, Milei tem enfrentado uma forte crise política após um suposto escândalo de corrupção envolvendo Karina Milei, secretária-geral da Presidência e irmã do presidente. Um áudio gravado por um ex-aliado de Javier Milei, no qual Karina é acusada de corrupção, vazou para a imprensa e está sendo investigado pela Justiça. Leia mais aqui. Em meio à crise, Javier Milei sofreu uma dura derrota, em setembro, nas eleições da província de Buenos Aires — a mais importante da Argentina, que concentra quase 40% do eleitorado nacional. Os reflexos foram sentidos no mercado: os títulos públicos, as ações das empresas e o peso argentino despencaram um dia após o pleito. Com o resultado, a moeda argentina atingiu seu menor valor histórico até então, cotada a 1.423 por dólar. Conforme mostrou o g1, o peso derreteu mais de 27% frente ao dólar em 2025, liderando as perdas no ano. O cenário é bastante prejudicial para a inflação. Apoio de Trump e vitória nas eleições legislativas O pessimismo no mercado surgiu após investidores demonstrarem preocupação de que o governo de Javier Milei não conseguiria avançar com sua agenda de cortes de gastos e reestruturação das contas públicas na Argentina. A partir de então, ocorreram sucessivas quedas do peso em relação ao dólar, levando o Banco Central da Argentina a retomar intervenções no câmbio para controlar a disparada da moeda norte-americana (leia mais abaixo). A volatilidade só começou a ceder depois que o governo dos EUA anunciou apoio à Argentina. Em 20 de outubro, os países oficializaram um acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões. Além disso, foi prometido outro incentivo do mesmo valor, elevando o socorro financeiro para US$ 40 bilhões. Na prática, as medidas aumentam o volume de dólares nas reservas argentinas e buscam recuperar a confiança dos investidores. Após a confirmação do apoio financeiro pelo governo de Donald Trump, Javier Milei obteve, em 26 de outubro, uma vitória importante nas eleições para a Câmara dos Deputados e o Senado, o que ajudou a conter a disparada do dólar — e pode garantir a continuidade das reformas do atual governo. Milei anunciou pacote de medidas para tentar aumentar a circulação de dólares na economia argentina Agustin Marcarian/Reuters Acordo com o FMI No início do governo Milei, a melhora nos indicadores econômicos fez com que o líder alcançasse, em 11 abril, um acordo de US$ 20 bilhões em empréstimos junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A primeira parcela, de US$ 12 bilhões, foi disponibilizada ao país poucos dias depois. O repasse dos recursos representa um voto de confiança do fundo internacional no programa econômico do presidente argentino. Os valores anunciados se somam a dívidas antigas do país junto ao FMI, que já superavam os US$ 40 bilhões. Nesse cenário, reduzir a inflação é fundamental para o governo do líder argentino, que deseja eliminar completamente os controles de capitais que prejudicam os negócios e os investimentos. Para isso, Milei quer que a inflação permaneça abaixo de 2% ao mês. Logo após o acordo com o FMI, o banco central da Argentina anunciou uma redução dos controles cambiais, o chamado “cepo”. A flexibilização determinou o fim da paridade fixa para o peso argentino e introduziu o "câmbio flutuante" — quando o valor da moeda é determinado pela oferta e demanda do mercado. Com isso, o governo de Javier Milei passou a ensaiar o fim do sistema de restrição cambial que estava em vigor desde 2019, limitando a compra de dólares e outras moedas estrangeiras pelos argentinos. A deterioração recente nos mercados, porém, fez o país voltar a intervir no câmbio. (leia abaixo) Medidas econômicas Nos últimos meses, o governo e o Banco Central da Argentina lançaram medidas de naturezas monetária, fiscal e cambial para injetar dólar no país, com o objetivo de fortalecer o cumprimento do acordo com o FMI para a recuperação econômica. Em 22 de maio, o governo também anunciou sua decisão de permitir que os cidadãos utilizem dólares mantidos fora do sistema financeiro — ou seja, guardados "debaixo do colchão" — sem a obrigatoriedade de declarar a origem dos recursos. Em 10 de junho, lançou medidas como a flexibilização no uso de pesos e dólares no mercado de títulos públicos e um plano de captação de empréstimo de US$ 2 bilhões com emissões de títulos. Além disso, se comprometeu a reduzir a emissão de moeda pelo BC. Já na semana anterior às eleições de Buenos Aires — e em meio à forte queda do peso frente ao dólar —, o governo de Milei anunciou sua intervenção no mercado de câmbio. O secretário de Finanças, Pablo Quirno, afirmou em 2 de setembro que o Tesouro Nacional atuaria diretamente na compra e venda de dólares para garantir oferta suficiente e evitar desvalorizações abruptas. O objetivo do governo é estabilizar a inflação, reforçar as reservas comerciais, melhorar o câmbio e atrair investimentos, enquanto avança no rigoroso ajuste econômico promovido por Milei.



Governo divulga lotes de 4 marcas de azeites considerados impróprios para o consumo; veja quais


12/11/2025 21:09 - g1.globo.com

Entenda as fraudes de azeite mais comuns no Brasil Quatro marcas de azeite foram desclassificadas por fraude, divulgou o Ministério da Agricultura nesta quarta-feira (12). São elas a Royal, a Godio, a La Vitta e a Santa Lucia. Segundo nota do governo, os produtos não atendem aos padrões de identidade e qualidade estabelecidos pela legislação. As amostras coletadas apontaram a presença de óleos vegetais de outras espécies na composição, o que caracteriza fraude. Por isso, elas são consideradas impróprias para consumo. As 4 marcas foram desclassificadas e tiveram o recolhimento determinado. O g1 entrou em contato com as empresas, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Veja outras marcas que já tiveram lotes proibidos em 2025 O que fazer se encontrar essas marcas no supermercado? Comercializar os azeites fraudados constitui infração grave e os estabelecimentos que fazem a venda podem ser responsabilizados, informa o Ministério da Agricultura. Caso a compra já tenha sido realizada, o governo orienta que o consumo seja interrompido imediatamente e que seja solicitada uma substituição, prevista pelo Código de Defesa do Consumidor. Denúncias sobre a venda desses produtos podem ser registradas no canal oficial Fala.BR. Ministério da Agricultura dá algumas pistas para encontrar um azeite de qualidade Arte/g1 Saiba também: Tarifaço derruba importação de café brasileiro pelos EUA em mais de 50%, mas Trump quer isentar produto, diz associação Brasil sem tilápia? Entenda o que significa a inclusão do peixe em lista de espécies invasoras De onde vem o azeite



TCU cria força-tarefa para fiscalizar nove estatais com risco fiscal, incluindo Correios e Casa da Moeda


12/11/2025 20:48 - g1.globo.com

Presidente dos Correios diz que estatal "não se adaptou à nova realidade". O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, anunciou nesta quarta-feira (12) a criação de uma força-tarefa para fiscalizar nove estatais federais que apresentam riscos fiscais. Entre elas estão os Correios e a Casa da Moeda. A iniciativa foi motivada por um relatório do Tesouro Nacional que identificou fragilidades financeiras e possíveis riscos às contas públicas em nove das 27 empresas estatais analisadas. Além dos Correios e da Casa da Moeda, o documento cita as Companhias Docas (CDC, CDP, Codeba, CDRJ e Codern), a Empresa Gestora de Ativos (Emgea), a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) e a Infraero. Segundo Vital do Rêgo, a ação será estruturada em cinco eixos temáticos: gestão e inovação, desempenho financeiro, gestão de pessoal, contratações e tecnologia da informação. “O objetivo é ampliar o escopo da fiscalização para além do aspecto financeiro, incorporando dimensões de governança, eficiência operacional e qualidade da gestão”, afirmou o presidente do TCU. “Esses são fatores que frequentemente estão na raiz das dificuldades fiscais enfrentadas por essas entidades”, completou. O que diz o relatório do Tesouro O relatório alerta que “não está descartada a possibilidade de algumas empresas estatais não financeiras enfrentarem dificuldades de caixa”, o que poderia demandar aportes emergenciais de recursos públicos e comprometer as contas federais. Entre os casos destacados: Emgea – apresentou melhora significativa de caixa, reduzindo o risco de novos aportes. Codern – enfrenta risco de deterioração financeira devido a contratos de arrendamento, necessidade de investimentos em infraestrutura e possível desvinculação do Porto de Maceió, responsável por 72% da receita líquida em 2024. ENBPar – exposta a riscos de capital por causa dos altos investimentos em Angra 1 e das incertezas sobre a conclusão de Angra 3. Correios (ECT) – seguem em trajetória de deterioração de resultados, com risco de precisar de auxílio financeiro. Casa da Moeda – apesar do aumento da receita interna, registrou queda de 74% no lucro líquido em 2024, resultando em prejuízo operacional, embora ainda mantenha liquidez para cobrir passivos. Infraero – teve prejuízo de R$ 228,7 milhões e queda de 71% na receita líquida, impactada pelas concessões de aeroportos. A empresa prepara um novo plano de negócios para buscar equilíbrio financeiro. Panorama fiscal O documento integra a publicação anual do Tesouro Nacional sobre riscos fiscais, que resume a exposição do governo federal a passivos contingentes e busca identificar eventos capazes de afetar o planejamento fiscal. Segundo o Tesouro, a análise é fundamental para prevenir surpresas orçamentárias e reforçar a transparência das contas públicas.



Tarifaço derruba importação de café brasileiro pelos EUA em mais de 50%, mas Trump quer isentar produto, diz associação


12/11/2025 19:18 - g1.globo.com

Afinal, café bom vai todo pra fora do Brasil? As importações de café brasileiro pelos Estados Unidos caíram 51,5% no acumulado entre agosto e outubro, na comparação com o mesmo período de 2024, informou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), nesta quarta-feira (12). Entre o início do tarifaço e o fim de outubro, os Estados Unidos compraram 983.970 sacas de 60 kg. Nos mesmos três meses do ano anterior, foram mais de dois milhões. “O Brasil sempre foi o produtor mais competitivo e é o principal provedor ao mercado de café dos EUA, mas a taxação de 50% torna inviável o envio do produto para lá. Esses embarques que temos observado são de contratos antigos”, diz Márcio Ferreira, presidente do Cecafé. O presidente teme que, se as tarifas continuarem, o gosto do consumidor norte-americano mude, o que pode dificultar a retomada do mercado pelo Brasil. Isso porque já existem misturas de cafés (os chamados blends), sendo feitas nos EUA sem o grão brasileiro. De janeiro a outubro, a queda foi de 28,1% ante 2024, somando 4,7 milhões de sacas. Apesar disso, o conselho informa que os EUA continuam sendo o principal importador do café brasileiro, responsável por 14,2% das vendas. Segundo o Cecafé, representantes da indústria cafeeira dos EUA informaram que a Casa Branca avalia retirar as tarifas sobre o café brasileiro. O motivo seria a necessidade do produto e o aumento dos preços internos. "Mas depende de sinalização positiva do Palácio do Planalto sobre as condições desejadas", diz a nota da Cecafé. Na terça-feira, o presidente Donald Trump afirmou que vai reduzir "algumas tarifas" sobre as importações do café, sem dizer de quais países, segundo a agência Reuters. Atualmente, o café está na seção 3 da ordem executiva assinada por Trump, que inclui recursos naturais não produzidos pelos EUA. Para que as taxas sejam suspensas, é preciso um acordo bilateral entre os países. O objetivo do Cecafé é transferir o produto para a seção 2, que permite a importação com tarifa zero. Leia também: Trump se irrita com preço de carne e manda investigar frigoríficos nos EUA Não é só o tarifaço As exportações totais de café, incluindo para outros países além dos EUA, tiveram uma queda de 20% em outubro na comparação com o mesmo mês em 2024. Foram 4 milhões de sacas ante 5 milhões no ano anterior. Apesar da queda em volume, a receita cresceu 12,6% no mesmo período, somando US$ 1,6 bilhão. Desde janeiro, a queda em volume foi similar, de 20,3% frente ao mesmo período do ano anterior. Já a receita cambial teve um crescimento de 27,6%, saltando de US$ 9,9 bilhões para US$ 12,7 bilhões. Para Ferreira, além do tarifaço, outras questões têm prejudicado a exportação. "O recuo das exportações era aguardado, principalmente por virmos de remessas recordes em 2024 e de uma safra com menor potencial produtivo. O cenário foi agravado, contudo, pela infraestrutura defasada nos portos brasileiros, que segue impossibilitando o embarque de centenas de milhares de sacas", diz o presidente. As vendas também foram impactadas pelas maiores cotações no mercado internacional. A Alemanha, segundo maior comprador do café brasileiro, reduziu as importações em 35,4% entre janeiro e outubro, em comparação com 2024. No mesmo período, as compras da Itália caíram 19,7%, as do Japão cresceram 18,5% e os da Bélgica declinaram 47,5%. Saiba também: O tarifaço dos EUA ajudou a diminuir os preços dos alimentos no Brasil? Brasil sem tilápia? Entenda o que significa a inclusão do peixe em lista de espécies invasoras Trump se irrita com preço de carne e manda investigar frigoríficos nos EUA Xícara de café mais cara do mundo custa mais de R$ 3,6 mil e entra no Guinness



Galípolo chama poupança de 'Robin Hood às avessas' e defende novo modelo de crédito imobiliário


12/11/2025 18:45 - g1.globo.com

O presidente do Banco Central do Brasil (BC), Gabriel Galípolo, classificou a poupança como um “Robin Hood às avessas”, ao afirmar que o produto paga menos aos poupadores com menor acesso à informação para financiar crédito mais barato a outros segmentos. A declaração foi feita nesta quarta-feira (12), em evento do Bradesco Asset, ao explicar por que o BC vem promovendo mudanças estruturais no modelo de crédito imobiliário. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo Galípolo, a poupança é um instrumento “apoiado na desinformação”, pois oferece liquidez diária e rendimento abaixo da taxa básica de juros, enquanto financia o crédito habitacional. Para ele, esse arranjo beneficia quem toma o empréstimo e penaliza quem investe. “Ela [a poupança] é um Robin Hood às avessas. Você está sub-remunerando esse poupador para dar uma linha de crédito mais barata para alguém do outro lado — o que não necessariamente é o mais correto do ponto de vista da progressividade da política econômica." Veja os vídeos que estão em alta no g1 Ao analisar se a queda na aplicação é conjuntural ou estrutural, o presidente do BC defendeu que a mudança é permanente. Para ele, o avanço da educação financeira e a facilidade de acesso a outros produtos financeiros explicam a migração dos investidores. “É um processo de entender que a poupança sofre uma queda estrutural porque as pessoas vão ter mais acesso à informação e a outros tipos de produtos para investir. E isso afeta diretamente o funding para o mercado imobiliário." Ainda assim, Galípolo acrescentou que seria um erro tentar preservar a poupança por meio da falta de informação. “Eu acho até equivocado, do ponto de vista da coisa pública, pensar assim: ‘Não, vamos não informar as pessoas para preservar um produto’. Seria uma loucura pensar isso, né?”, indagou. Novo modelo de financiamento imobiliário O presidente do BC ainda destacou que a discussão sobre os juros no Brasil vai além do nível atual e envolve entender como as decisões de política monetária se propagam pela economia. Segundo ele, o ponto central está nos canais de transmissão — ou seja, nos mecanismos que fazem com que mudanças na taxa básica influenciem o crédito, o consumo e os investimentos. “O crédito é o mecanismo por excelência de transmissão da política monetária. Se falarmos de famílias, a principal dívida que uma família contrai é a da casa — é a sua hipoteca, né? Como ela vai financiar sua casa costuma ser a principal dívida.” Diante da queda nos depósitos da poupança, o Banco Central busca antecipar a transição para um novo modelo de financiamento imobiliário, sustentado por captações no mercado. Anunciada no início de outubro, a nova linha de crédito para compra da casa própria será voltada à classe média. Segundo Galípolo, a estratégia busca aproximar o prazo dos recursos captados pelos bancos ao período dos empréstimos concedidos. Isso permite um maior equilíbrio entre as entradas e saídas de dinheiro — o que reduz a necessidade de manter parte dos recursos parados como depósitos compulsórios no Banco Central. 🤔 Depósitos compulsórios são recursos que os bancos obrigatoriamente precisam deixar guardados no Banco Central, e que não podem ser usados para fazer empréstimos ou investimentos. O objetivo é garantir a segurança do sistema financeiro. Como era e como fica com o novo modelo: ➡️ Pelas regras atuais, 65% dos recursos captados pelos bancos por meio da caderneta de poupança têm que ser direcionados obrigatoriamente ao crédito imobiliário; 15% estão livres para outras operações; e 20% ficam retidos no BC (os chamados depósitos compulsórios). 👉 Nesse modelo, o volume de crédito imobiliário depende do quanto as pessoas mantêm na poupança. Nos últimos anos, como muita gente tirou dinheiro da poupança, o volume de crédito encolheu. Segundo Galípolo, esse novo desenho deve aproximar o custo do crédito imobiliário das variações da taxa básica de juros, fortalecendo o papel da Selic como instrumento de controle da atividade econômica. "Se você conseguir aumentar essa sensibilidade, no final do dia você vai até aumentar a potência da política monetária do ponto de vista estrutural." 🏠 Hoje, grande parte do crédito imobiliário é financiado pela poupança, que tem rendimento definido por regra e pouco sensível às variações da Selic. Assim, mesmo quando o BC eleva os juros para conter a inflação, os bancos continuam acessando recursos da poupança a custos baixos. Isso faz com que o crédito imobiliário responda pouco às mudanças na taxa básica — o que representa uma “sensibilidade baixa” à política monetária. Inflação em direção à meta Sobre a política monetária, Galípolo afirmou que a trajetória da inflação rumo à meta de 3% tem sido mais lenta que o previsto. "Até agora o que a gente assiste é que a política monetária funciona, mas de maneira mais lenta do que se vê no livro-texto", disse. O presidente do BC explicou, ainda, que a reação mais lenta da economia à política de juros reforça a necessidade de manter a taxa básica elevada. 🔎 Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 15% ao ano e reiterou que a taxa seguirá em patamares elevados por um "período prolongado”, até que a inflação alcance a meta. No entanto, parte do mercado considerou a ata do Copom divulgada ontem mais branda, inclusive ao já incorporar preliminarmente nas projeções o efeito da isenção do Imposto de Renda sobre a economia. Com a inflação abaixo do esperado em outubro, a ata disparou o aumento das apostas no mercado de que o BC poderia iniciar o ciclo de cortes da Selic já em janeiro de 2026. De acordo com Galípolo, os dados mostram que a economia brasileira "está desacelerando, crescendo a taxas menores", e a política monetária tem tido efeito, "mas de maneira gradual". Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de entrevista à imprensa em Brasília 27/03/2025 Reuters



Avanços tecnológicos devem ajudar consumidores a economizar na conta de luz, diz diretor da Aneel


12/11/2025 16:58 - g1.globo.com

Avanços tecnológicos e a queda no custo dos medidores inteligentes estão entre os fatores que incentivam a modernização das tarifas de energia e devem facilitar a economia na conta de luz, afirmou nesta quarta-feira (12) o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa. Na semana passada, a área técnica da agência propôs que a conta de luz passe a variar de acordo com o horário de consumo, com o objetivo de impulsionar o uso mais racional da energia elétrica e reduzir custos no sistema. A iniciativa ainda está em estudo (veja mais aqui). Para Feitosa, o modelo atual de tarifa de energia elétrica para baixa tensão é ineficiente. Ele reconhece, contudo, que, sem os recursos tecnológicos disponíveis hoje, havia poucas alternativas para aprimorá-lo. "A tarifa não traz sinais de preço, não reconhece o custo da energia elétrica ao longo do dia e também ao longo do ano. É uma formatação ineficiente", disse. Veja os vídeos que estão em alta no g1 "Mas nós tínhamos que conviver com essa tarifa porque não tínhamos inovação tecnológica para fazermos essa migração eficiente, sem pressionar a tarifa energia elétrica ao consumidor final", acrescentou. "A inovação tecnológica que barateou bastante o preço dos medidores, as tecnologias de digitalização, maior interconectividade da sociedade, e também demanda de consumo de energia cada vez mais qualificado, ou seja, tudo isso misturado dá um cenário ideal, perfeito, para que nós tenhamos uma resposta para uma realidade", destacou o diretor-geral da Aneel. Por outro lado, Feitosa observou que o perfil mais dinâmico do consumidor impõe novos desafios à operação tradicional do sistema elétrico. Segundo ele, o setor era historicamente baseado em uma matriz hidrotérmica, com ampla oferta de recursos hidrelétricos — o que permitia apenas complementar a geração com usinas térmicas nos horários de pico, quando o consumo de energia é maior. Mas, atualmente, a situação é diferente. "Hoje temos uma variabilidade na geração e temos também, de alguma forma, que respondermos a essa variabilidade na geração com uma variabilidade na carga", disse Sandoval, complementando que a forma mais adequada de fazê-la é com "sinal de preço". O que diz a proposta Como mostrou o g1, a proposta prevê a criação de três classificações de horário: 💡pico, com tarifa mais alta; 💡intermediário, que corresponde normalmente a uma hora antes e uma hora depois do pico; 💡e fora de pico, que inclui madrugada, fins de semana e feriados. Em cada faixa, o preço da energia seria diferente, refletindo a demanda do sistema. Sandoval ressaltou que, dependendo da área de concessão, a tarifa "fora de pico" pode ser até 50% mais barata que a tarifa de pico e 15% do que a convencional. 'Hora certa' para consumir energia Segundo técnicos envolvidos no estudo, a mudança busca dar um “sinal de preço” ao consumidor, deixando claro quanto custa a energia em cada momento do dia. “A ideia é indicar a hora certa de consumir”, explicou uma fonte que participa das discussões. Atualmente, a tarifa é uniforme, independentemente do horário de uso. Isso significa que quem consome energia nos períodos de pico paga o mesmo valor de quem utiliza o serviço em horários de menor demanda. Com o novo modelo, o objetivo é educar o consumidor para concentrar o consumo em horários mais baratos, o que poderia gerar redução na conta de luz ao longo do tempo. Fontes da Aneel admitem, porém, que a adaptação será gradual, já que o comportamento de consumo tende a mudar de forma lenta. Implementação gradual De início, o sistema deve abranger consumidores com maior consumo mensal, acima de 1.000 kWh/mês — grupo que inclui residências grandes e estabelecimentos comerciais. Essa fase atingiria cerca de 2,5 milhões de unidades consumidoras, responsáveis por 25% do consumo de baixa tensão no país, e começaria em 2026. Na segunda etapa, prevista para 2027, o modelo seria estendido a quem consome acima de 600 kWh/mês, o que incluiria outro grupo de 2,5 milhões de unidades. A proposta ainda não tem efeito imediato. Por enquanto, o texto é apenas uma nota técnica, documento de caráter instrutório que precisa ser submetido à consulta pública e, depois, aprovado pela diretoria da Aneel. Durante o debate, o colegiado também deve discutir se o consumidor poderá optar por retornar ao modelo atual após um período de adaptação. Sandoval de Araújo Feitosa Neto, diretor da Aneel, durante reunião em comissão do Senado Roque de Sá/Agência Senado



INSS prorroga para fevereiro prazo para contestar descontos indevidos em aposentadorias e pensões


12/11/2025 16:55 - g1.globo.com

O governo federal prorrogou nesta quarta-feira (12) o prazo para contestar descontos indevidos feitos por entidades e associações em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A data final para registrar a reclamação está prevista para esta sexta-feira (14). Mas esse limite foi estendido para 14 de fevereiro de 2026, segundo o governo. O objetivo é que os beneficiários tenham mais 90 dias para fazer o registro, como adiantou a TV Globo. Prazo para contestar descontos indevidos do INSS ​termina sexta-feira Esses descontos estão no centro do escândalo que desviou bilhões de reais de aposentados e pensionistas no país. Devoluções De acordo com o balanço mais recente divulgado pelo INSS, mais de 6 milhões de beneficiários afirmaram não ter reconhecido descontos feitos nos últimos anos – o que reduziu o valor que receberam de aposentadorias e pensões. Em alguns casos, as entidades apresentaram documentos para tentar comprovar a veracidade da autorização para os descontos. Ou seja, negam a irregularidade. Pedido pode ser feito pelo aplicativo do INSS INSS/Divulgação Mais de 4,8 milhões desses beneficiários que contestaram as cobranças (4.827.832 pessoas) estão aptos a aderir ao programa de devolução do dinheiro. Só que nem todos já pediram o ressarcimento. Até agora, 3,7 milhões (3.737.708 de pessoas) fizeram a adesão. Isso representa 77,4% do total de beneficiários que podem aderir ao acordo de devolução. Prazo O prazo prorrogado, portanto, é a primeira etapa para entrar no programa de ressarcimento das cobranças indevidas em aposentadorias e pensões. A contestação de descontos que foram feitos nos pagamentos pode ser realizada por três canais: Meu INSS (aplicativo ou site): serviço “Consultar Descontos de Entidades Associativas”; Central 135: ligação gratuita, de segunda a sábado, das 7h às 22h; Correios: mais de 5 mil agências oferecem atendimento assistido e gratuito. Até agora, foram devolvidos R$ 2,5 bilhões de reais a praticamente todos os 3,7 milhões de aposentados e pensionistas que fizeram a adesão ao programa de ressarcimento.



'Todo mundo pode brigar com o BC, o BC que não pode brigar com os dados', diz Galípolo sobre juros altos


12/11/2025 14:14 - g1.globo.com

BC afirma que manter juros em 15% ao ano por tempo bastante prolongado ajuda na estabilidade de preços O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira (12) que o órgão tem embasado suas decisões em fatos e dados. 🔎O Banco Central é responsável por definir a taxa básica de juros da economia para conter a inflação e buscar o atingimento da meta. Galípolo afirmou que a inflação ficou acima das metas em 2024, segue acima neste ano e que as projeções indicam que assim permanecerá nos próximos. Ele deu as declarações, em evento em São Paulo, ao ser questionado sobre a pressão de sindicatos e sobre a análise do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que já seria possível iniciar o processo de corte da Selic, atualmente em 15% ao ano – maior nível em duas décadas. "Entendo que é legítimo todos os ramos da sociedade poderem se manifestar sobre política monetária [definição do juro para conter a inflação]. Todo mundo pode brigar com o BC, o BC que não pode brigar com os dados. De todas instituições públicas, o BC, talvez, seja o que tem objetivos mais claros. Temos uma meta explícita [de inflação]", declarou Galípolo. ➡️Juro estável em 15% ao ano: antes mesmo de decisão, Banco Central de Lula foi defendido por Campos Neto e criticado por Haddad O presidente do Banco Central observou que as projeções do Ministério da Fazenda, divulgadas pela Secretaria de Política Econômica (SPE), também indicam que a inflação continuará acima da meta central de 3% em 2026. Para o ano que vem, a SPE estima um IPCA de 3,5%. "Está bem claro porque estamos com juros em patamar restritivo [elevado] e porque a gente entende que vamos permanecer. Para além disso, é normal que exista debate, até no mercado, sobre próximos passos. O BC tem calcado comunicação em fatos e dados. Reações tem sido dependentes de dados", acrescentou Galípolo. Nesta terça-feira (11), o Banco Central divulgou a ata do Copom, reunião realizada na semana passada que manteve o juro estável em 15% ao ano, e avaliou que a inflação segue pressionada pela demanda, o que requer uma política de juro contracionista. Reafirmou que seguirá vigilante, e não indicou quando poderá começar o ciclo de cortes da taxa Selic. O mercado financeiro estima início das reduções de juros a partir de janeiro de 2026. Definição dos juros Para definir a taxa básica de juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, é possível baixar os juros. Se estão acima, o Copom tende a manter ou subir a Selic. Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo foi fixado em 3% e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Com a inflação ficando seis meses seguidos acima da meta em junho, o BC teve de divulgar uma carta pública explicando os motivos. Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o segundo trimestre de 2027. Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 4,55% (com estouro da meta), 4,20%, 3,8% e em 3,5%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC.



Dólar sobe e fecha a R$ 5,29; Ibovespa recua após 12 recordes seguidos


12/11/2025 12:00 - g1.globo.com

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar fechou em alta de 0,37% nesta quarta-feira (12), cotado a R$ 5,2921. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em queda de 0,07%, aos 157.633 pontos, encerrando uma sequência de 12 recordes seguidos. Os investidores reagiram a novas declarações do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, e à expectativa de aprovação do fim do shutdown nos EUA. Além disso, a forte queda do petróleo no mercado global derrubou as ações da Petrobras e de outras petroleiras, pressionando o Ibovespa. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos Estados Unidos, a Câmara deve votar hoje um acordo para retomar o financiamento das agências federais até janeiro de 2026. O presidente Donald Trump já sinalizou que sancionará o texto assim que for aprovado, o que pode encerrar o shutdown após 43 dias. 🔎 “Shutdown” significa paralisação. Nos EUA, o termo é usado para descrever quando o governo federal suspende parte de suas atividades por falta de aprovação, pelo Congresso, do orçamento anual ou de um financiamento provisório para os gastos públicos. ▶️ No Brasil, o destaque da manhã foi a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços pelo IBGE. O setor cresceu 0,6% em setembro frente a agosto e 4,1% na comparação anual, superando as expectativas do mercado. Foi o oitavo mês seguido de alta, levando o índice ao maior nível da série histórica. 🔎 O desempenho do setor é considerado um termômetro importante para o PIB e pode influenciar as projeções sobre os próximos passos do Banco Central, num momento em que parte do mercado revisa as projeções de juros. ▶️ Na bolsa, após o Ibovespa registrar seu 12º recorde consecutivo na véspera, o dia foi de baixa. O recuo das ações da Petrobras e de outras petroleiras impactou o índice — reflexo da desvalorização do petróleo depois que a Opep sinalizou preocupação com aumento da produção e excesso de oferta. Além disso, a expressiva queda nos papéis do Itaú também pesou sobre o índice. ▶️ As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) recuaram 2,99%, enquanto as preferenciais do Itaú (ITUB4) tiveram queda de 2,28%. ▶️ Investidores também acompanharam as declarações do Banco Central. O presidente, Gabriel Galípolo, sinalizou que a taxa básica de juros deve permanecer alta por mais tempo e afirmou que a instituição “não pode brigar com os dados”. ▶️ Enquanto isso, foi divulgada hoje uma nova pesquisa Genial/Quaest. O levantamento confirma sinais já antecipados pelo mercado sobre uma interrupção na tendência de melhora da aprovação do governo Lula, apontada por sondagens recentes. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,82%; Acumulado do mês: -1,63%; Acumulado do ano: -14,36%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +2,32%; Acumulado do mês: +5,41%; Acumulado do ano: +31,05%. Agenda econômica Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) O setor de serviços no Brasil cresceu mais do que os economistas esperavam em setembro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira. Foi o oitavo mês seguido de alta, atingindo o maior nível da série histórica. Na comparação com agosto, o setor avançou 0,6%, já considerando ajustes sazonais. Em relação a setembro do ano passado, a alta foi de 4,1%. Economistas consultados pela Reuters esperavam aumentos menores: 0,4% no mês e 3,6% no ano. Entre as cinco atividades pesquisadas, três cresceram em setembro. O destaque foi o setor de transportes, que subiu 1,2%, impulsionado pelo transporte rodoviário de cargas. Segundo Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa no IBGE, “a recuperação do transporte rodoviário de cargas tem sido determinante para essa sustentação do setor de serviços”, explicando que há relação direta entre o aumento da receita das empresas e o escoamento da safra agrícola. Os serviços de informação e comunicação também avançaram 1,2%, enquanto o grupo “outros serviços”, que inclui seguros, planos de saúde e previdência, subiu 0,6%. Já os serviços profissionais e administrativos caíram 0,6%, e os prestados às famílias recuaram 0,5%, influenciados pela menor receita em restaurantes. Paralisação do governo americano no 43º dia A paralisação do governo dos Estados Unidos chegou ao 43º dia, com expectativa de encerramento nos próximos dias. A Câmara, controlada pelos republicanos, deve votar à tarde um acordo que restabelece o financiamento das agências federais. O presidente Donald Trump disse que vai sancionar o texto logo na sequência. O acordo foi aprovado pelo Senado na segunda-feira (10), pelo placar mínimo de 60 votos a 40. Oito democratas do Senado romperam com a liderança do partido para aprovar o pacote que estenderá o financiamento até 30 de janeiro, deixando o governo federal em um caminho para continuar adicionando cerca de US$1,8 trilhão por ano à sua dívida de US$38 trilhões. A proposta prevê o funcionamento do governo até 30 de janeiro de 2026, além de garantir o pagamento retroativo a funcionários como os controladores de tráfego aéreo, que foram criticados por Trump por se ausentarem do trabalho durante o período sem remuneração. A proposta gerou divisão entre os democratas. O partido tentou estender subsídios de saúde para 24 milhões de americanos além do fim do ano, quando expiram. Os republicanos do Senado concordaram em votar essa extensão em dezembro, mas não há garantia de aprovação. O presidente da Câmara, Mike Johnson, não informou se colocará o tema defendido pelos democratas em votação. A paralisação já provoca impactos em diversos serviços, incluindo o cancelamento de mais de mil voos apenas na terça-feira. Programas federais como o de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), também enfrentam instabilidade, após o governo orientar estados a suspenderem pagamentos iniciados no fim de semana. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados fecharam sem direção única, atentos às discussões para encerrar a paralisação do governo dos EUA. Enquanto isso, as ações de tecnologia oscilaram. Com isso, o S&P 500 subiu 0,06%, aos 6.851,01 pontos, e o Dow Jones avançou 0,68%, aos 48.255,07 pontos. Já o Nasdaq, com forte composição de empresas de tecnologia, recuou 0,26%, aos 23.406,46 pontos. As bolsas europeias fecharam em alta generalizada, mantendo o ritmo positivo observado desde o início da semana. O otimismo é sustentado pela expectativa de fim do shutdown nos EUA, o que tem atrasado a divulgação de dados econômicos importantes. O índice CAC 40, da França, avançou 1,04%, e o DAX, da Alemanha, subiu 1,22%. O FTSE 100, do Reino Unido, também fechou no azul, com alta de 0,12%. Na Ásia, os mercados fecharam com resultados variados. Hong Kong registrou alta expressiva, atingindo o maior nível em mais de um mês, apoiado pela expectativa de fim da paralisação nos EUA e pelo retorno do foco aos fundamentos econômicos. Já na China continental, houve queda, após o banco central sinalizar pouca disposição para flexibilizar a política monetária no curto prazo. No fechamento, Tóquio avançou 0,43%, a 51.063 pontos; Hong Kong subiu 0,85%, a 26.922 pontos; Xangai recuou 0,07%, a 4.000 pontos; e o CSI300 caiu 0,13%, a 4.645 pontos. Em outros mercados, Seul ganhou 1,07%, Taiwan subiu 0,58% e Cingapura teve alta de 0,59%. *Com informações da agência de notícias Reuters. Dólar Karolina Kaboompics/Pexels



BC não vê 'risco relevante' à estabilidade financeira, mas diz que ataques cibernéticos trazem preocupações concretas


12/11/2025 11:31 - g1.globo.com

Após ataques de hackers, BC anuncia limites para transferências via PIX e regras mais rígidas para autorização de novas instituições O Banco Central (BC) considerou nesta quarta-feira (12) que não há "risco relevante" para a estabilidade financeira no país, levando em conta que o sistema brasileiro permanece com "capitalização e liquidez confortáveis e provisões adequadas ao nível de perdas esperadas". Além disso, informou que os chamados "testes de estresse de capital e de liquidez (simulações feitas pelo BC com base em cenários alternativos) demonstram a robustez do sistema bancário". As informações constam no Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre deste ano. Criminosos com 'conhecimento avançado' Entretanto, a autoridade monetária avaliou que incidentes ocorridos em empresas que prestam serviços tecnológicos para instituições financeiras trazem "preocupações concretas sobre a possibilidade de materialização de eventos com repercussão para o sistema financeiro nacional". "Eventos recentes exigiram conhecimento avançado sobre a operação do sistema financeiro nacional", informou o BC. "As táticas, técnicas e procedimentos dos criminosos na execução de ataques cibernéticos indicam que esses grupos possuem conhecimento avançado sobre a operação, a organização e os processos, incluindo o conhecimento sobre aspectos específicos da arquitetura dos sistemas das instituições atacadas e das atividades desenvolvidas por pilotos de reserva dessas instituições", prosseguiu. Celular, smartphone, internet, crime cibernético (imagem ilustrativa) Gilles Lambert / Unsplash Fragilidades das instituições financeiras e de pagamento O BC observou que os incidentes mais impactantes foram caracterizados pelo ataque a provedores de serviços de tecnologia da informação (PSTI) — que são empresas importantes para a prestação de serviços de processamento de dados e de conectividade, que podem ser contratadas por instituições financeiras e de pagamento. "Incidentes relevantes nesse tipo de empresa podem comprometer simultaneamente a operação de um conjunto de instituições". "Os incidentes demonstraram fragilidades relacionadas a controles essenciais de instituições, como a gestão dos riscos associados a serviços providos por terceiros e as práticas de controle de acessos, bem como em serviços providos por meio de API [protocolos que permitem que sistemas se comuniquem entre si, possibilitando sua integração]", acrescentou o BC. Os incidentes revelaram, segundo o BC, que algumas instituições financeiras não possuíam controles adequados para a gestão do risco de serviços providos por terceiros. A instituição identificou que, entre 606 instituições pesquisadas: 453 informaram dispor de procedimentos para a gestão do relacionamento com terceiros; 317 reportaram que esse processo é avaliado pela segunda linha; 319 informaram que o tema é escopo dos trabalhos de sua auditoria interna. "O percentual de instituições pesquisadas que implementam as atividades tipicamente realizadas para a gestão do relacionamento com terceiros demonstra que é necessário aprimorar esse processo", concluiu. Eventos registrados Em setembro, após ataques de hackers a instituições financeiras, o BC anunciou medidas para reforçar a segurança do sistema financeiro. Entre elas, limites menores de transferência via PIX e TED, obrigatoriedade de aprovação prévia, pelo BC, para entrada de novas instituições no sistema financeiro e confirmação de "certificação técnica" para operar no sistema. No começo deste setembro, a fintech Monbank informou que foi alvo de um ataque hacker que resultou no desvio de R$ 4,9 milhões. Segundo a instituição, nenhuma conta de clientes foi comprometida, e R$ 4,7 milhões já foram recuperados. Também em setembro, a Sinqia, empresa responsável por conectar bancos ao sistema PIX, informou que um ataque hacker provocou o desvio de aproximadamente R$ 710 milhões em transações não autorizadas. Em julho, o Banco Central informou que a C&M Software — empresa que presta serviços tecnológicos e conecta instituições financeiras ao BC — comunicou ter sido alvo de um ataque à sua infraestrutura. Megaoperação realizada no fim de agosto para desarticular um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis identificou o uso de ao menos 40 fundos de investimento e diversas fintechs. "O crime organizado tem cooptado colaboradores das instituições financeiras, instituições de pagamento ou prestadores de serviço contratados por elas, o que reforça a importância de implementar práticas de higiene cibernética e coibir falhas no controle de acesso", avaliou o Banco Central. O Banco Central identificou que é necessário avançar em atividades como: revisar periodicamente os acessos configurados; utilizar autenticação multifator, em especial, para atividades como as conduzidas por pilotos de reserva; controlar o acesso no nível de porta, "Network Access Control".



Mototáxi volta a ser permitido em SP; veja regras, motos aceitas e onde o serviço já funciona


12/11/2025 06:00 - g1.globo.com

Mototáxi volta a ser permitido em SP; veja regras, motos aceitas O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou na última segunda-feira (10) a lei estadual de São Paulo que dava aos municípios paulistas o poder de proibir ou regular o serviço de mototáxi — transporte de passageiros em motocicletas. Entenda a decisão ao final desta reportagem. Com isso, a profissão de mototaxista volta a ser legalmente permitida em São Paulo, alinhando os municípios paulistas às demais cidades do país. O que é necessário para atuar como mototaxista? A legislação federal que regula o transporte de passageiros por motocicleta está prevista na lei nº. 12.009, de 2009. Segundo o texto, o serviço pode ser prestado se o condutor cumprir os seguintes requisitos: Ter no mínimo 21 anos; Possuir habilitação na categoria “A” há pelo menos dois anos; Ser aprovado em curso especializado; Utilizar colete de segurança com faixas retrorreflexivas. Além disso, a motocicleta deve estar equipada com: Dispositivo de proteção para as pernas e o motor, fixado na estrutura do veículo; Aparador de linha instalado no guidão; Alças metálicas traseiras e laterais para o transporte de passageiros. Entre os aplicativos, Uber e 99 — duas das maiores empresas do setor — seguem regras semelhantes à lei federal para quem deseja atuar como mototaxista. Veja abaixo: 99 A motocicleta deve estar com a documentação em dia; Deve estar regularizada conforme as normas municipais, quando houver regulamentação específica para mototáxi; Não é permitido o uso de motos alugadas; Não são aceitas motocicletas sem assento para o passageiro; Não há restrições quanto ao modelo ou à idade do veículo. Uber A motocicleta deve estar com a documentação em dia; Não é permitido o uso de motos alugadas; Não são aceitas motocicletas com placas vermelhas; Não são permitidas motocicletas sem assento para o passageiro. A principal diferença entre as duas plataformas está na lista de modelos aceitas. Embora haja restrições, todas as 10 motos mais vendidas de 2025 são permitidas. São elas: Honda CG 160 Honda Biz Honda Pop 110i Honda NXR 160 Bros Mottu Sport 110I Yamaha YBR 150 Honda CB300F Honda PCX 160 Yamaha Fazer 250 Shineray XY 125 Mototaxi em Porto Velho Prefeitura de Porto Velho/Divulgação Mais de 2 mil municípios já oferecem o serviço Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o serviço de mototáxi é oferecido por 2.925 dos 5.570 municípios do Brasil. A modalidade está presente em todos os estados brasileiros, sendo o terceiro meio de transporte mais popular do país. Os mototáxis estão atrás apenas da van (presente em 3.338 municípios) e do táxi convencional (4.427 municípios). O transporte por ônibus nas cidades é o menos popular entre os citados, aparecendo apenas em 1.735 municípios. Ainda segundo o instituto, o mototáxi é o único meio de transporte em 21 cidades brasileiras. São elas: Aldeias Altas (MA); Anapurus (MA); Bacuritiba (MA); Lagoa Grande do Maranhão (MA); Palmeirândia (MA); Turilândia (MA); Itajá (RN); Jardim de Angicos (RN); Jundiá (RN); Pureza (RN); Santana do Matos (RN); Viçosa (RN); São Domingos do Cariri (PB); Flores (PE); Ipecaetá (BA); Monte Santo (BA); Nova Soure (BA); Serra Nova Dourada (MT); Britânia (GO); Cromínia (GO); Professor Jamil (GO). O que disse o STF? Na segunda-feira (10), o STF declarou inconstitucional a lei estadual de São Paulo que dava aos municípios poder para autorizar ou regulamentar o transporte remunerado de passageiros por motocicleta — os mototáxis. O relator, ministro Alexandre de Moraes, aceitou o argumento da Confederação Nacional de Serviços de que a lei estadual invadia a competência da União para legislar sobre transporte e trânsito. Em outras palavras, a autorização para o serviço de mototáxi é uma atribuição exclusiva da legislação federal. Com a decisão, as cidades paulistas, assim como todos os outros municípios do país, podem apenas regulamentar o funcionamento do serviço — criando regras locais para a sua oferta, por exemplo —, mas sem proibir ou criar barreiras que inviabilizem a atividade. Ao g1, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes — que pleiteou pela proibição do serviço de mototáxi na cidade com base na segurança viária —, lamentou a decisão e argumentou que em 2024 foram 483 mortes de motociclistas no trânsito da cidade paulista, mesmo sem o serviço de transporte de passageiros. "A gente vai ter um número muito maior de acidentes e óbitos se, por acaso, a gente perder essa batalha. Tenho mutia fé em Deus que a gente não vai perder", disse. A prefeitura tem até o dia 8 de dezembro para regulamentar o serviço de mototáxi na cidade de São Paulo (SP). Já a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa empresas como a 99 e a Uber, disse que "a decisão traz segurança jurídica para São Paulo e para todo o Brasil". A associação ainda reforçou que o serviço é uma atividade privada e legal, regida pela Política Nacional de Mobilidade Urbana e sustentada pela Lei Federal n° 13.640. "Desta forma, os aplicativos têm autorização legal para atuar em todo o território nacional, cabendo aos municípios regulamentar a atividade, e não proibir", disse a Amobitec em nota.



CNU 2025: resultados são divulgados; veja como consultar e próximos passos


12/11/2025 03:01 - g1.globo.com

Gabaritos oficiais do 'Enem dos Concursos' são divulgados As notas finais das provas objetivas do Concurso Nacional Unificado (CNU), apelidado de “Enem dos concursos”, já podem ser acessadas nesta quarta-feira (12). Com os resultados, os candidatos saberão se foram aprovados para a prova discursiva, prevista para dezembro. (Veja o cronograma e saiba como acessar as notas mais abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp Além das notas finais, os candidatos também já podem acessar os gabaritos definitivos das provas objetivas, as respostas aos recursos contra os gabaritos preliminares das provas objetivas, os espelhos do seu próprio cartão-resposta, as listas de classificação de todos os cargos e a tabela com as notas mínimas para classificação em cada cargo. Logo após a liberação dos resultados às 16h, alguns candidatos relataram dificuldade para acessar a Área do Candidato. Em nota ao g1, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que houve lentidão pontual no site às 16h01, causada pelo pico inicial de acessos. Segundo a instituição, o episódio durou cerca de dois minutos e foi rapidamente normalizado pela equipe técnica, sem interrupção do serviço e sem caracterizar instabilidade. A FGV ressaltou que não há qualquer impacto no cronograma das próximas etapas do concurso. As convocações para a fase de envio de títulos — como pós-graduação, mestrado e doutorado — também serão divulgadas nesta quarta-feira e podem contribuir para a pontuação em determinados cargos. Os participantes que concorrem às vagas reservadas (para pessoas negras, indígenas, quilombolas e com deficiência) serão chamados para os procedimentos de verificação. Veja nesta reportagem: 🗒️Como acessar os resultados? 📌 Como será a próxima etapa? 🧮 Como será o procedimento de verificação? ➡️ Como será feita a Avaliação de Títulos? 📆 Confira o cronograma oficial Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 🗒️Como acessar os resultados? Para acessar as informações, o candidato precisará acessar a página oficial (clique aqui para ser direcionado), fazer login com os dados da conta gov.br e clicar na Área do Candidato. Ao abrir o menu de atividades, o candidato deve clicar em "Minhas Inscrições', localizar o card referente à sua inscrição do CNU 2 e clicar no botão "Ver Resultado". Após clicar em “Ver Resultado”, ele será direcionado para um tela na qual é possível visualizar o resultado da prova objetiva. Segundo o Ministério da Gestão, os inscritos também poderão consultar as imagens dos seus cartões de resposta e conferir como preencheram o gabarito das questões objetivas. 📌 Como será a próxima etapa? A próxima etapa do CNU 2025 será a prova discursiva, marcada para 7 de dezembro. Nessa fase, participarão apenas os candidatos aprovados na prova objetiva. Os participantes serão avaliados conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo pretendido. Veja como serão as provas: Nível superior: os candidatos responderão duas questões discursivas, com duração de três horas (das 13h às 16h); Nível intermediário: os candidatos farão uma redação dissertativa-argumentativa, com duração de duas horas (das 13h às 15h). Além de avaliar a capacidade de argumentação e o domínio do conteúdo, essa etapa será decisiva para a classificação final dos candidatos. Nesta edição, a seleção segue um único edital, o que facilita o acesso às informações. As vagas estão distribuídas em nove blocos temáticos, que agrupam os cargos por áreas como saúde, tecnologia, administração, justiça, entre outras. A versão impressa do Cartão de Confirmação de Inscrição, com o local da prova da discursiva, será disponibilizada em 1º de dezembro de 2025. A nota preliminar da prova discursiva, acompanhada do espelho de correção, será divulgada 23 de janeiro de 2026. Os candidatos poderão pedir revisão das notas nos dias 26 e 27 de janeiro. Já o resultado dos pedidos de revisão e a nota final da prova discursiva serão divulgados em 18 de fevereiro de 2026. As primeiras listas de classificação devem sair em 20 de fevereiro de 2026. O cronograma também prevê que as convocações comecem em março do próximo ano. Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU Ministério da Gestão e Inovação 🧮 Como será o procedimento de verificação? A nova edição traz regras mais rígidas para garantir a reserva de vagas para pessoas negras, indígenas, com deficiência e candidatos quilombolas. Segundo o governo, a medida reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. Os candidatos que optaram por disputar vagas reservadas a pessoas negras, indígenas, quilombolas ou pessoas com deficiência passarão por etapas de verificação da condição declarada. Segundo o edital, as avaliações ocorrerão entre 8 e 17 de dezembro. Quem se autodeclarou pessoa negra e concorre às vagas reservadas deverá se apresentar ao procedimento de confirmação complementar da autodeclaração (heteroidentificação). Essa etapa será presencial, realizada por uma comissão específica, que utiliza exclusivamente o critério fenotípico — ou seja, características físicas observáveis — para verificar a condição declarada. Durante o procedimento, o candidato terá dados biométricos coletados e passará por exame grafológico. Todo o processo será filmado para registro e análise da comissão, conforme regras previstas pelo edital. Perderá o direito à vaga reservada o candidato que: Não comparecer ao procedimento de heteroidentificação; Recusar-se a ser filmado; Recusar-se a coletar os dados biométricos ou a fazer o exame grafológico. Candidatos indígenas passarão por uma análise documental, feita por uma comissão formada majoritariamente por pessoas indígenas. Serão exigidos documentos oficiais que comprovem o pertencimento étnico, como declaração de comunidade reconhecida ou registros de órgãos públicos ligados à pauta indígena Candidatos quilombolas deverão apresentar documentos que comprovem o vínculo com comunidades reconhecidas pelo Estado, seguindo regras semelhantes à adotada para indígenas, com análise por uma comissão específica. Por fim, os candidatos que se declararam com deficiência deverão passar por uma perícia médica (avaliação biopsicossocial), que inclui a análise da documentação enviada durante a inscrição. Esses candidatos serão avaliados por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar, que poderá solicitar a presença física ou realizar avaliação complementar por telemedicina. A equipe será responsável por emitir parecer conclusivo sobre o enquadramento da deficiência conforme a legislação. Serão avaliados: Tipo e grau da deficiência; Compatibilidade com as atribuições do cargo; Possibilidade de uso de tecnologias assistivas. Se a condição não for confirmada, o candidato perde o direito à cota, mas poderá permanecer na lista de ampla concorrência, caso tenha nota suficiente. Os resultados preliminares dessas verificações serão divulgados em 15 de janeiro de 2026. O prazo para recursos será de 16 a 19 de janeiro, e as decisões finais serão publicadas em 18 de fevereiro de 2026. ➡️ Como será feita a Avaliação de Títulos? A Avaliação de Títulos será classificatória e poderá acrescentar até dois pontos para cargos de nível intermediário e até cinco pontos para cargos de nível superior. O envio dos documentos deve ser feito entre 13 e 19 de novembro, exclusivamente pelo site oficial do concurso. Os candidatos devem digitalizar e enviar certificados, diplomas e comprovantes de experiência profissional dentro do prazo, seguindo os formatos e limites de tamanho exigidos. Os títulos devem ser enviados em formato digital — imagem do documento original ou cópia autenticada, frente e verso — nos formatos JPG, JPEG, PNG ou PDF, com tamanho máximo de 5 MB por arquivo. Serão aceitos os seguintes documentos: Diplomas, certificados ou declarações de conclusão de cursos (em papel timbrado da instituição, com data de conclusão, carga horária e aprovação da banca); Para pós-graduação, é necessário incluir o histórico escolar junto à declaração; Títulos obtidos no exterior devem estar reconhecidos por instituições brasileiras e traduzidos por tradutor juramentado, se estiverem em língua estrangeira. Cada título será analisado pela comissão, que verificará sua autenticidade e relevância, atribuindo pontos conforme os critérios do edital. A soma dos pontos definirá a nota final nesta etapa. O resultado será publicado no sistema, com possibilidade de recurso em caso de divergência. Durante o envio dos documentos, o candidato deve observar algumas orientações importantes: Títulos exigidos como requisito básico para o cargo não serão pontuados; Cada título será considerado apenas uma vez; O envio fora do prazo ou por outro meio que não o sistema online será desconsiderado; A ausência de envio de títulos não elimina o candidato, mas resultará em nota zero nesta etapa. O resultado preliminar será divulgado em 8 de janeiro de 2026, com prazo para recursos entre 9 e 12 de janeiro. O resultado definitivo está previsto para 18 de fevereiro de 2026. 📆 Confira o cronograma oficial Disponibilização da imagem do cartão de respostas: 12/11/2025 Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Convocação para a avaliação de títulos: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Cartão de confirmação de inscrição para prova discursiva: 1/12/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Resultado preliminar da avaliação de títulos: 2/1/2026 Divulgação da nota preliminar da prova discursiva: 6/1/2026 Pedidos de revisão das notas da discursiva: de 7 a 8/1/2026 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Como estudar para o CNU



Trump diz que vai reduzir tarifas do café, mas não especifica de quais países


12/11/2025 01:02 - g1.globo.com

Pacotes de café em mercado em Nova Jersey, EUA; produto sofre forte inflação nos EUA Reuters O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que vai reduzir "algumas tarifas" sobre as importações do café. Segundo a agência Reuters, a declaração foi dada em entrevista à Fox News nesta terça-feira (11). O republicano não citou quais países seriam afetados, nem deu mais detalhes da redução. Trump falava genericamente sobre a economia norte-americana quando mencionou os preços da carne. "Estamos indo incrivelmente bem, é a maior economia que já tivemos . Dizem que os custos estão altos. A única coisa [com preço alto] é a carne. A carne está um pouco cara porque os pecuaristas estão indo muito bem", comentou Trump. Na sequência, o presidente foi questionado sobre o café. "Vamos reduzir algumas tarifas do café. Vamos permitir que entre um pouco de café [no país]. Vamos resolver tudo isso muito rápido, facilmente. É cirúrgico. Mas os custos estão bem mais baixos", disse Trump, sem dar mais detalhes. Trump e o café brasileiro como ativo político O Brasil é o principal fornecedor do produto para o país. O café acumula forte inflação nos EUA, agravada depois de Trump impor uma sobretaxa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros. Em outubro, quando se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Trump admitiu que os EUA estão "sentindo falta" de alguns produtos brasileiros afetados pelo tarifaço, e citou especificamente o café, segundo apurou a BBC News Brasil. O encontro dos dois, no final de outubro, na Malásia, indicou um início de acordo para as tarifas. Mas nenhum prazo foi combinado. Lula disse no último dia 4 que, se as negociações com os EUA não avançarem até o final da COP30, em Belém, vai ligar novamente para Trump. Os EUA não enviaram representante para a conferência do clima. Os 5 maiores produtores de café arábica do mundo Luisa Rivas/Arte g1 O que faz o café do Brasil ser tão cobiçado nos EUA Trump se irrita com preço de carne e manda investigar frigoríficos nos EUA Trump se irrita com preço de carne e manda investigar frigoríficos nos EUA



Mega-Sena, concurso 2.939: prêmio acumula e vai a R$ 100 milhões


12/11/2025 00:06 - g1.globo.com

G1 | Loterias - Mega-Sena 2939 O sorteio do concurso 2.939 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (11), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 100 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 22 - 31 - 33 - 37 - 42 - 49 5 acertos - 77 apostas ganhadoras: R$ 34.767,00 4 acertos - 4.159 apostas ganhadoras: R$ 1.061,00 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (13). Mega-Sena, concurso 2.939 Reprodução/Caixa Como funciona a Mega-sena Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



MG chega ao Brasil com elétrico esportivo de portas para cima que beira meio milhão


11/11/2025 23:45 - g1.globo.com

MG chega ao Brasil com elétrico esportivo de portas para cima que beira meio milhão Com alma britânica e investimento totalmente chinês, a MG é uma nova marca de carros que estreia no Brasil (veja mais abaixo). Os primeiros modelos são 100% elétricos e chamam atenção pela esportividade e pelo preço, que pode chegar perto de meio milhão de reais. O primeiro e mais acessível dos lançamentos é o MG4, um hatch médio com preço próximo ao de SUVs elétricos maiores, como o Geely EX5 (R$ 205,8 mil) e o BYD Yuan Plus (R$ 235,9 mil). O MG4 compensa o porte menor e o preço mais alto com um acabamento de personalidade marcante e linhas retas, que conferem um ar de esportividade ausente em outros modelos chineses. MG MG4 A esportividade também se reflete nos dois motores, que atuam com tração integral e somam 435 cv de potência — mais que o dobro dos modelos citados acima. A bateria, por outro lado, oferece uma autonomia um pouco abaixo do esperado: 279 km com carga completa. Ela tem capacidade de 64 kWh e pode ser recarregada de 30% a 80% em cerca de 22 minutos. O MG4 chega ao Brasil em versão única, com preço sugerido de R$ 224.800. O segundo lançamento é o MGS5, um SUV que deixa de lado o visual esportivo e aposta em formas mais arredondadas, com poucas linhas retas. MG MGS5 Mesmo com proporções maiores e mirando em SUVs a combustão, como o Jeep Compass, o modelo tem comportamento mais contido. O motor único, instalado no eixo traseiro, entrega 305 cv e 35,7 kgfm de torque. Por contar com apenas um motor, o consumo de energia é bem menor e isso significa mais quilômetros rodados. A autonomia é de 351 km por carga completa, que pode ser recarregada de 10% a 80% em cerca de 26 minutos. Assim como o design, claramente inspirado em outros modelos chineses, a lista de equipamentos segue o padrão dos carros asiáticos: Central multimídia de 12,8 polegadas; Central com aplicativos que dispensam pareamento com celular, como YouTube, Tiktok e Spotify; Painel de instrumentos de 10,25 polegadas; Câmera em 360 graus; Carregador de celular por indução; Piloto automático adaptativo; Controle remoto de funções do carro por aplicativo. O preço sugerido do MGS5 é de R$ 219.800. MG Cyberster é a cereja do bolo Entre os lançamentos, o modelo que mais chama atenção é o Cyberster — seja pelo nome pouco comum, seja pelo visual de roadster esportivo. Ele é o mais caro e potente da linha, com preço sugerido de R$ 499.800. O modelo traz dois motores elétricos — um em cada eixo — que garantem tração integral. Juntos, entregam 510 cv de potência e 73,9 kgfm de torque. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em apenas 3,2 segundos, superando os 3,4 segundos do superesportivo Porsche 911 GT3. MG Cyberster Os freios Brembo estão entre os destaques do conjunto e ajudam a conter a força do carro. A autonomia é de 342 km por carga completa, e a recarga vai de 10% a 80% em cerca de 38 minutos, usando um carregador rápido de 150 kW. O interior traz três telas. Uma delas fica entre o motorista e o passageiro e é dedicada exclusivamente ao controle do ar-condicionado — sim, uma tela apenas para ajustar a temperatura. Assim como os esportivos que serviram de inspiração, o Cyberster tem espaço apenas para duas pessoas e é conversível. Parte do porta-malas é ocupada pelo compartimento da capota. E, sim, o Cyberster segue a tradição dos esportivos dos anos 1980 e 1990, com portas que se abrem para cima. Quem é a MG? A MG nasceu no Reino Unido em 1924 e ficou conhecida por produzir veículos icônicos. Desde 2006, faz parte da SAIC Motor, multinacional chinesa fundada em 1940. Com isso, a MG se junta ao grupo de marcas chinesas que desembarcaram recentemente no Brasil, como BYD, GWM, Zeekr, Geely, GAC e Leapmotor. Na China, a SAIC Motor mantém algumas das parcerias internacionais mais duradouras do setor. Primeiro com a Volkswagen e, depois, com a General Motors. Dessa última colaboração surgiram modelos como Chevrolet Onix, Tracker e Montana. No caso do Onix, o modelo foi desenvolvido a partir de uma plataforma conjunta entre Chevrolet e SAIC, que também compartilha engenharia e outros componentes com o hatch, mesmo sendo produzido em Gravataí (RS).



De “supertele” à falência: a trajetória da Oi e os erros que levaram ao colapso


11/11/2025 18:16 - g1.globo.com

Justiça do Rio decreta falência do Grupo Oi A falência da Oi, decretada na última segunda-feira (10), coloca fim à trajetória da operadora, que já foi apontada como a “supertele nacional” e atuou por mais de duas décadas no Brasil, oferecendo telefonia fixa, internet e TV por assinatura. A empresa, que atingiu seu auge nos anos 2000, perdeu espaço diante das mudanças no perfil do consumidor brasileiro e de uma gestão ineficiente, com uma série de decisões que provocaram um forte aumento do endividamento da companhia. (Veja mais abaixo) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Com a falência decretada pela Justiça, a empresa — que já enfrentava dificuldades financeiras há quase dez anos e estava em sua segunda recuperação judicial — vai operar provisoriamente, até que consiga fazer a transição de seus contratos para outras operadoras. ⚖️ Recuperação judicial vs falência: A recuperação judicial é um processo que permite à empresa reorganizar suas dívidas e continuar operando, sob supervisão da Justiça. O objetivo é apresentar um plano de pagamento aos credores e evitar a falência. Já a falência ocorre quando a empresa não consegue mais se manter financeiramente. Nesse caso, a Justiça determina a venda dos ativos para quitar dívidas e encerrar as atividades. A seguir, veja a trajetória da Oi e os fatores que a levaram à crise. Privatização e criação da Telemar A história da Oi começa com a privatização do sistema Telebrás, em 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). No leilão, o consórcio Telemar comprou a Tele Norte Leste por R$ 3,4 bilhões, com apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com isso, a Telemar passou a administrar os serviços de telefonia fixa em 16 estados das regiões Norte, Nordeste e Sudeste. Três anos depois, em 2001, a empresa consolidou suas atividades e passou a atuar como uma única empresa. Em 2002, lançou a Oi Móvel, marcando sua entrada no mercado de telefonia celular. A marca Oi foi adotada oficialmente para todos os serviços veio em 2007, consolidando a empresa como uma das principais operadoras do país. O projeto da “supertele” nacional O grande impulso na trajetória da Oi ocorreu entre 2008 e 2009, durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com apoio financeiro do BNDES e de fundos de pensão ligados a estatais, a empresa se fundiu à Brasil Telecom (BrT), que operava nas regiões Sul e Centro-Oeste. A transação, de R$ 5,86 bilhões, tinha como objetivo criar uma “supertele nacional”, capaz de competir com gigantes como Vivo, Claro e TIM e de se expandir para o exterior. 🏆 Essa operação fazia parte da política de “campeões nacionais” do BNDES, que buscava consolidar grandes empresas brasileiras com potencial global. No papel, a fusão das duas empresas ampliava a presença da Oi em todo o território brasileiro. Na prática, no entanto, revelou problemas ocultos nas contas da BrT que adicionaram mais de R$ 6 bilhões em dívidas ao balanço da operadora. Parceria com a Portugal Telecom e o início da crise Em 2013, a Oi anunciou uma fusão com a Portugal Telecom. A ideia era criar um grupo luso-brasileiro de telecomunicações com presença internacional e maior capacidade de investimento. Durante o processo, a Oi levantou cerca de R$ 8,25 bilhões no mercado, com participação dos acionistas já existentes — como o BNDES e fundos de pensão — e novos investidores internacionais. A Portugal Telecom, por sua vez, não investiu dinheiro na operação, mas trouxe ativos avaliados em R$ 5,71 bilhões. Pouco após a conclusão, vieram à tona inconsistências contábeis na parceira europeia, revelando um rombo superior a 1 bilhão de euros. Junto ao avanço da crise financeira, as mudanças na liderança e os esforços para reorganizar as operações não foram suficientes para evitar o agravamento da situação. As medidas adotadas não conseguiram conter o colapso da empresa. Recuperações judiciais e desmonte Com dificuldades para pagar credores e manter suas atividades, a Oi entrou em recuperação judicial em 2016, com dívidas superiores a R$ 60 bilhões — o maior processo do tipo na história do país até então. 💰 Nos anos seguintes, a empresa vendeu ativos estratégicos para reduzir o endividamento, incluindo torres, data centers e parte de sua operação móvel. Mesmo após concluir a primeira recuperação em 2022, a companhia não conseguiu se reerguer. No ano seguinte, entrou com um novo pedido de proteção judicial — dessa vez com passivos de cerca de R$ 43,7 bilhões. Para tentar sobreviver, vendeu a operação de telefonia móvel para Claro, TIM e Vivo, além dos serviços de TV por assinatura e de sua rede de fibra óptica — adquirida pela V.tal, controlada pelo BTG Pactual. Em maio de 2024, o segundo plano de recuperação foi aprovado, prevendo reestruturação de dívidas e aumento de capital com conversão de créditos em ações — quando a empresa transforma débitos que tem com um credor em participação societária. A Oi tentou se reposicionar com foco no mercado corporativo e serviços de fibra, mas as dificuldades persistiram. Falência decretada Após várias tentativas frustradas de reestruturação, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou a falência do Grupo Oi na última segunda-feira (10). A decisão foi tomada pela 7ª Vara Empresarial após o administrador judicial, Bruno Rezende, pedir o reconhecimento da insolvência na semana passada. Em outubro, a dívida com fornecedores fora do processo de recuperação já somava R$ 1,7 bilhão — meio bilhão a mais que em junho. A juíza Simone Gastesi Chevrand, que assinou a decisão, determinou que, apesar da falência, a companhia deve continuar operando provisoriamente serviços essenciais, como: conectividade em órgãos públicos e privados; serviços de telefonia pública e de voz em localidades remotas; operação do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta); conectividade para a Caixa Econômica Federal, incluindo o suporte a 13 mil lotéricas, entre outros. Segundo a decisão judicial, a continuidade provisória visa garantir a conectividade da população e de órgãos públicos e privados. A medida, segundo o despacho, busca assegurar a transição completa dos serviços para outras empresas do setor, evitando prejuízos e preservando empregos, salários e encargos durante o processo. Além disso, a Oi deverá realizar uma liquidação ordenada de seus ativos — ou seja, vender seus bens de forma estruturada, com foco em garantir o pagamento aos credores, manter postos de trabalho e assegurar a continuidade dos serviços até que a transferência seja finalizada. A decisão judicial não estabelece um prazo para a conclusão da transição. FALÊNCIA DA OI: entenda como ficam clientes, tráfego aéreo e outros serviços essenciais Loja da Oi em São Paulo Marcelo Brandt/G1



Falência da Oi: entenda como ficam clientes, tráfego aéreo e outros serviços essenciais


11/11/2025 16:00 - g1.globo.com

Justiça do Rio decreta falência do Grupo Oi A Oi teve a falência decretada na última segunda-feira (10) pela 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), após protagonizar uma das maiores recuperações judiciais da história do país. Além dos serviços de telefonia, a companhia também presta serviços essenciais de telecomunicações — incluindo sistemas de tráfego aéreo, rede das lotéricas e linhas de emergência como polícia, bombeiros e defesa civil. (Correção: o g1 errou ao informar que a Oi TV, serviço de televisão por assinatura via fibra óptica, foi oficialmente descontinuada entre outubro e novembro de 2024. O serviço foi mantido em funcionamento. A informação foi corrigida às 19h58.) Mesmo em processo de falência, a Justiça determinou que a empresa mantenha os serviços essenciais durante a transição e a venda de ativos, evitando prejuízos à população e ao funcionamento de sistemas públicos e privados. Veja o que deve acontecer com os sistemas que dependem da empresa: Serviços que devem ser mantidos 🛜Conectividade pública e privada A Oi fornece infraestrutura de telecomunicações, como redes de fibra óptica e links dedicados, que garantem internet, telefonia e troca de dados entre instituições — como as Forças Armadas, o Judiciário e empresas privadas. Um exemplo é o projeto Ebnet Fronteiras, que conecta 66 pontos do Exército Brasileiro em 10 estados, garantindo comunicações seguras até em áreas de fronteira. Técnicos da Oi atuam diretamente nessas regiões, muitas vezes permanecendo em acampamentos militares durante as operações. Essas atividades deverão ser mantidas pela companhia durante a transição. 📞Telefonia em áreas remotas A operadora também garante o funcionamento de orelhões e linhas fixas em locais onde outras empresas não atuam, oferecendo acesso básico à comunicação em comunidades rurais e isoladas. Esse serviço deverá ser mantido pela Oi, segundo determinação judicial, até que outra operadora assuma a operação. orelhão, dificuldade, ligação, celular, Macapá, Amapá Jéssica Alves/G1 ✈️ Controle de tráfego aéreo No final de outubro, a Justiça do Rio de Janeiro, ainda durante o processo de recuperação judicial da companhia, homologou a transferência da operação do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), da Força Aérea Brasileira, para a Claro. ✈️ O Cindacta é responsável por monitorar, controlar e defender o espaço aéreo do país. Segundo a decisão, "os contratos destinados aos serviços que guarnecem o Cindacta serão assumidos pela empresa Claro, detentora de tecnologia e capilaridade necessárias à sua execução. Inclusive porque já presta parte dos serviços respectivos atualmente", apontou na ocasião a juíza Simone Gastesi Chevrand. 🏦Conectividade da Caixa Econômica Federal A Oi também mantém a rede que conecta a Caixa e suas 13 mil lotéricas em todo o país. Essa infraestrutura permite que serviços como saques, depósitos, pagamentos e transferências ocorram em tempo real. Para evitar que o serviço seja interrompido, a Oi também precisará manter essa operação até que a rede seja transferida para outra operadora. Outros serviços essenciais que devem ser mantidos 7.500 telefones públicos ativos, principalmente em cidades pequenas; Serviços de emergência (tridígito), como 190 (Polícia), 192 (Samu) e 193 (Bombeiros), que dependem da rede da Oi; Interconexão entre operadoras, permitindo que chamadas e dados circulem entre diferentes redes, como Vivo e Claro; Contratos com órgãos públicos e empresas privadas, que seguem válidos até a conclusão da transferência para outras prestadoras. Oi Móvel, Oi TV e Oi Fibra Vale lembrar que, em fevereiro de 2022, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda da Oi Móvel para o consórcio formado por Claro, TIM e Vivo. A Claro ficou com 27 DDDs, a Vivo com 11 e a TIM com 29. Os clientes foram transferidos automaticamente para a operadora correspondente à sua região, mas poderiam mudar de empresa sem custo, já que a fidelidade contratual deixou de valer. Em fevereiro de 2025, a Oi vendeu suas operações de TV por assinatura — tanto via satélite (DTH) quanto por fibra (IPTV) — para a Mileto Tecnologia, em um acordo de cerca de R$ 30 milhões. A nova empresa assumiu a base de cerca de 600 mil assinantes e os equipamentos associados. Com isso, os clientes da antiga Oi TV passaram a ser atendidos pela Mileto ou precisaram migrar para outros serviços de TV e streaming. Já a Oi Fibra, serviço de banda larga da operadora, também mudou de mãos. A Oi vendeu sua operação de internet por fibra óptica para a V.tal, empresa controlada por fundos do BTG Pactual. Após a compra, o serviço passou a operar sob a nova marca Nio, e a Oi deixou de atuar diretamente nesse segmento. Em nota, o Ministério das Comunicações informou que vai avaliar a decisão judicial e seus impactos. A ainda pasta esclareceu que "está empenhada em garantir a continuidade dos serviços de telecomunicações, mesmo que eles sejam assumidos por outra empresa". "A pasta tem acompanhado de perto todo o andamento do processo de recuperação judicial que corre na Justiça do Rio de Janeiro e o cumprimento das obrigações assumidas pela empresa", disse em nota. A logo da empresa de telecomunicações Oi é vista em um shopping de São Paulo em outubro de 2013 Nacho Doce/Reuters/Arquivo



Conselho do FGTS eleva teto de imóvel para faixas mais baixas do Minha Casa Minha Vida para até R$ 275 mil


11/11/2025 14:18 - g1.globo.com

Governo deve elevar teto de imóvel para faixas mais baixas do Minha Casa Minha Vida. O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) – formado por representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores – decidiu nesta terça-feira (11) elevar o valor máximo do imóvel para a população de baixa renda. A mudança beneficia quem está nas faixas 1 e 2 do programa, que engloba, respectivamente, famílias com renda de até R$ 2.850 mensais, e com rendimento acima de R$ 2.850 e R$ 4,7 mil por mês (em áreas urbanas). Nas áreas rurais, as mudanças beneficiam famílias com renda anual de até R$ 66 mil. 🏠A proposta aprovada eleva para até R$ 275 mil o teto do imóvel a ser comprado, beneficiando 263 municípios. O limite varia de acordo com o tamanho dos municípios. Veja abaixo: Para municípios acima de 750 mil habitantes: limite subiu de R$ 264 mil para R$ 275 mil; Em municípios entre 300 mil e 750 mil habitantes: limite do imóvel passou de R$ 250 mil para R$ 270 mil; Para municípios entre 100 mil e 300 mil habitantes: teto subiu de R$ 230 mil para R$ 245 mil; Proposta aumenta teto de valor do imóvel a ser financiado pelas famílias de menor renda do programa. Divulgação/PMBV Pacote do governo Recentemente, o governo lançou um pacote de estímulo ao setor imobiliário, com uma nova linha de crédito para compra da casa própria com foco na classe média. O objetivo é destinar mais recursos ao financiamento imobiliário, e, com isso, viabilizar a construção de mais moradias. No começo de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o valor máximo do imóvel financiado no âmbito do SFH (Sistema Financeiro de Habitação) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Essa medida é diferente da proposta ao Conselho do FGTS, que trata do Minha Casa Minha Vida. Governo lança novo modelo de crédito imobiliário



BC diz que 48,6 milhões de pessoas ainda têm direito a 'dinheiro esquecido' nos bancos; valor total soma R$ 9,73 bilhões


11/11/2025 14:05 - g1.globo.com

Como consultar e resgatar o 'dinheiro esquecido' no Banco Central O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira (11) que ainda existem, nas instituições financeiras, R$ 9,73 bilhões em "recursos esquecidos" pelos clientes. O balanço considera valores contabilizados até setembro. Deste total: R$ 7,6 bilhões são recursos de 48,6 milhões de pessoas físicas; R$ 2,12 bilhões são valores de 4,73 milhões de empresas. Até o momento, o Banco Central informou que já foram devolvidos R$ 12,21 bilhões em recursos que estavam esquecidos nas instituições financeiras (leia mais abaixo). O sistema do BC permite consultar se pessoas físicas (inclusive falecidas) e empresas deixaram valores para trás em bancos, consórcios ou outras instituições. O prazo oficial para buscar os recursos teria, em tese, acabado em 16 de outubro de 2024. Entretanto, o Ministério da Fazenda informou que não há prazo para clientes resgatarem os valores nas instituições financeiras. Como consultar o dinheiro esquecido O único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores para pessoas jurídicas ou físicas, incluindo falecidas, é o https://valoresareceber.bcb.gov.br. 🔑Via sistema do Banco Central, os valores só serão liberados para aqueles que fornecerem uma chave PIX para a devolução. 📞Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é criar uma chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação. 💰No caso de valores a receber de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é necessário preencher um termo de responsabilidade. Após a consulta, é preciso entrar em contato com as instituições nas quais há valores a receber e verificar os procedimentos. Dinheiro, real, notas de R$ 50, contagem de cédulas Marcello Casal Jr./Agência Brasil Pedido automático Desde 27 de maio, o BC informou que é possível habilitar uma solicitação automática de resgate de valores a receber. A novidade, segundo a instituição, é que a adesão ao novo serviço é facultativa. Agora, quem quiser, pode automatizar as solicitações. As demais funcionalidades do sistema continuam iguais. "O propósito é facilitar ainda mais a vida do cidadão, que não precisará consultar o sistema periodicamente nem registrar manualmente a solicitação de cada valor que existe em seu nome", informou o Banco Central, na ocasião. Entenda Para habilitar, é necessário acessar o SVR com uma conta gov.br de nível prata ou ouro e verificação em duas etapas ativada. A solicitação automática é exclusiva para pessoas físicas e está disponível apenas para quem possui chave PIX do tipo CPF. Quem ainda não possui essa chave deve cadastrá-la junto à sua instituição financeira. O cidadão não receberá aviso do Banco Central quando algum valor for devolvido. O crédito será feito diretamente pela instituição financeira na conta do cidadão. As instituições financeiras que não aderiram ao termo de devolução via PIX continuarão exigindo solicitação manual. Isso também se aplica a valores oriundos de contas conjuntas. Ferramenta de segurança Em fevereiro, o Banco Central mudou a verificação de segurança do Sistema Valores a Receber para evitar fraudes. 📱O acesso continua a ser feito com a conta gov.br nível "prata" ou "ouro". Mas o aplicativo passou a exigir duas etapas de verificação de segurança. 📲Quem não tem o gov.br no celular, precisa primeiro baixar o aplicativo. Depois, é necessário preencher as informações e fazer a validação facial para liberar as duas etapas. 🗝O acesso ao sistema de valores é com o CPF e a senha. Em seguida, o sistema vai pedir um código de acesso que precisa ser gerado no aplicativo.



11.11: como evitar problemas nas compras em prévia da Black Friday


11/11/2025 13:49 - g1.globo.com

11.11: como evitar problemas nas compras em prévia da Black Friday O 11 de novembro (11.11) se transformou em uma prévia das compras com descontos na Black Friday. Mas, com grandes ofertas, cupons e cashback prometidos pelas lojas on-line, é preciso prestar atenção para não cair em golpes. A data tem origem na China como o “Dia dos Solteiros” (os quatro números 1 representam as pessoas sozinhas) e se tornou um dos maiores dias de vendas do mundo quando o Alibaba (dono do AliExpress) começou a promover liquidações na data desde a década passada. Para referência do tamanho da data, o 11.11 representou cerca de R$ 1 trilhão em vendas em todo o mundo no ano passado, de acordo com dados divulgados pelo Alibaba. As recomendações de cautela na hora das compras no 11.11 são iguais às da Black Friday. Pesquise sempre antes de comprar A consulta pode ser feita por conta própria, diretamente nos sites das lojas, ou com o auxílio de buscadores especializados. A vantagem dos buscadores é que permitem fazer uma pesquisa muito mais ampla. Eles comparam preços em lojas diferentes e alguns mostram a evolução do preço ao longo do tempo. Em um dia de ofertas em muitos locais, os buscadores servem como referência para escolher o produto no local com maiores descontos. Algumas das principais ferramentas de busca disponíveis na internet são: BondFaro Buscapé Google Shopping JáCotei Zoom Vale lembrar que essa estratégia funciona melhor para produtos que seguem uma padronização, como eletrônicos e eletrodomésticos. Outros, como roupas, são mais difíceis de comparar, já que cada loja produz modelos diferentes. Cheque os detalhes Mesmo se, após a pesquisa, o preço for realmente atrativo, preste atenção em outros detalhes antes de finalizar a compra para garantir que a transação é segura. É importante analisar, durante a promoção, as condições de pagamento oferecidas, as taxas de juros cobradas e os prazos para quitação, segundo o Procon. Verifique se os sites ou aplicativos são oficiais e confiáveis. Antes do pagamento, verifique se o endereço eletrônico (URL) começa com “https://” e se há um cadeado ao lado do link, o que indica ambiente seguro. Desconfie de sites de lojas com erros ortográficos ou pequenas variações no nome da marca. É comum os golpistas costumam usar caracteres parecidos para enganar o consumidor. Dê preferência ao pagamento com cartões de crédito ou débito, caso seja necessário contestar a compra posteriormente. Utilize cartões virtuais temporários, disponíveis em aplicativos de bancos e carteiras digitais, para reduzir o risco de clonagem, recomenda o Serasa Experian. Se o pagamento for feito por PIX, verifique se o destinatário é realmente a loja e não outra pessoa ou CNPJ. Verifique se o perfil possui reclamações (se não houver comentários, desconfie) e dê preferência a fornecedores que informam canais de atendimento, CNPJ e endereço físico. Por fim, respire e avalie se o produto, mesmo em oferta, realmente cabe no seu orçamento e se é uma necessidade. Não compre impulsivamente, pois você pode se arrepender e pagar demais, ou pagar pouco por um produto ruim. Duvide das ofertas milagrosas Segundo uma pesquisa feita pelo Reclame Aqui, em agosto deste ano, cerca de 63% dos consumidores brasileiros não conseguem identificar um golpe feito com inteligência artificial. Mas dá para se precaver. As dicas são não se deixar levar pelos anúncios, comparar ofertas de lojas diferentes e tentar sempre analisar se o preço apresentado faz sentido para o seu bolso. Com a chegada das IAs, os golpes também podem ter a cara do seu ator ou cantor favorito, que podem ser vítimas dos chamados deepfakes, que são reproduções criadas virtualmente de rostos, corpos e até vozes de famosos. Segundo o Reclame Aqui, “consumidores confiam em outros consumidores”, por isso os golpistas podem tentar se aproveitar dessa confiança para enganar com vídeos falsos de ofertas. Sempre cheque diretamente no site da loja e nunca clique em links veiculados nas redes sociais. Se encontrar alguma irregularidade do tipo, o consumidor pode denunciar ao Procon. É fundamental apresentar documentos demonstrando essa prática, como um print das telas com as informações da alteração do preço. O celular atende sozinho: g1 testa a função no iPhone e no Galaxy Consumidores passam por uma loja com promoção em Londres, na Inglaterra. Reuters



Prejuízo de R$ 200 milhões e mais de mil clientes lesados: investidora imobiliária é acusada de esquema de pirâmide


11/11/2025 12:17 - g1.globo.com

Mais de mil pessoas são lesadas em pirâmide financeira que usava apartamentos na planta como garantia A Polícia Civil de São Paulo investiga um suposto esquema de pirâmide financeira que teria deixado mais de mil pessoas no prejuízo e movimentado cerca de R$ 200 milhões, segundo estimativas de advogados das vítimas. A empresa investigada é a Neoin Incorporadora, que prometia lucros altos e imóveis como garantia, mas não entregou os empreendimentos nem devolveu o dinheiro aos investidores (veja vídeo acima). Obras paradas e prédios inacabados são hoje o retrato do que, para muitas famílias, virou um pesadelo. A Neoin se apresentava como uma incorporadora “com propósito e ideal de transformação”, nas palavras do empresário Daniel Bernal, apontado como o principal responsável pelo negócio. A empresa lançou oito empreendimentos e vendia, além de apartamentos na planta, um tipo de investimento que prometia rendimentos mensais de 2% sobre o valor aplicado — acima da média do mercado. Em caso de falha do negócio, o contrato previa a entrega de um imóvel pronto como compensação. No início, os pagamentos foram feitos, o que animou investidores a aportar mais dinheiro. Teve gente que vendeu casa e carro para aplicar novamente. Mas, segundo relatos, os depósitos pararam em abril deste ano. “Começaram a falar que o mercado estava ruim quando a gente sabe que o mercado tá bom”, contou o aposentado Maurício Lopes, uma das vítimas. Ao ser cobrado pelos pagamentos, Bernal respondia com ameaças. "Se você ficar nessa de querer me ameaçar, fazer graça, você vai ficar o último da fila, meu querido, igual ao Jefferson. O Jefferson vai morrer de fome, meu querido. Nós temos patrimônio para pagar. Só precisa ter um pouco de paciência", disse a uma das vítimas, citando um homem que teria perdido R$ 700 mil. A Neoin investia pesado em marketing digital, promovendo eventos e festas luxuosas para atrair novos clientes. Vídeos mostram Bernal em palestras e celebrações com taças de espumante, reforçando a imagem de sucesso. Para a polícia, o padrão é típico de esquemas de pirâmide: os primeiros investidores recebem lucros pagos com o dinheiro dos novos, até que o sistema desaba. “A pirâmide financeira funciona no início. Eles começam trazer novos investidores. Só que isso uma hora a pirâmide corrompe quando começa a parar de entrar novos investidores. Toda pirâmide financeira ela tem algum produto atrelado, só que esse produto é irreal, não vai ser entregue, que foi o que aconteceu aqui com a Neoin”, explica o delegado Rodrigo Costa. Daniel Bernal e quatro sócios da Nelin são investigados por crimes contra a economia popular, estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os passaportes foram apreendidos, e os bens, bloqueados por decisão judicial. A defesa de Bernal nega qualquer tipo de fraude e atribui as perdas a “má gestão”. “Daniel é um mau administrador, mas de forma nenhuma uma pessoa desonesta”, afirmou o advogado dele. Investidores acusam incorporadora de São Paulo de fraude; polícia estima prejuízo de R$ 200 milhões Fantástico Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida.



IPCA: inflação desacelera para 0,09% em outubro, menor taxa para o mês em 27 anos


11/11/2025 12:00 - g1.globo.com

IPCA fica em 0,09% em outubro, menor taxa em 27 anos O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,09% em outubro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE. O resultado representa uma desaceleração de 0,39 ponto percentual em relação à setembro, quando os preços subiram 0,48% com o aumento na conta de luz. O recuo em outubro também ficou abaixo da expectativa do mercado, que previa um aumento entre 0,10% e 0,16% nos preços. Segundo o IBGE, a taxa é a menor para um mês de outubro desde 1998, quando foi registrado 0,02%. Com esses dados, a inflação oficial do país acumula alta de 3,73% em 2025 e 4,68% nos últimos 12 meses. Em outubro do ano passado, 2024, o IPCA havia avançado 0,56%. Em outubro, o grupo Vestuário liderou a alta dos preços, subindo 0,51% e contribuindo com 0,02 ponto percentual no índice geral. No mês passado, esse grupo teve um alta ainda maior, 0,63%. Por outro lado, a energia elétrica foi a principal influência negativa no índice do mês (-0,10 p.p.), com destaque para a energia elétrica residencial, que registrou queda de 2,39%. Veja o resultado dos grupos do IPCA em outubro Alimentação e bebidas: 0,01% Habitação: -0,30% Artigos de residência: -0,34% Vestuário: 0,51% Transportes: 0,11% Saúde e cuidados pessoais: 0,41% Despesas pessoais: 0,45% Educação: 0,06% Comunicação: -0,16% Conta de luz volta a registrar queda; calçados e acessórios mais caros Em setembro, a conta de luz voltou a pesar no bolso após constribuir para a deflação em agosto. Com o fim do Bônus de Itaipu nas faturas, a energia elétrica residencial subiu 10,31% nomês. Em outubro, no entanto, a conta de luz foi o principal motivo para a queda dos preços no mês passado. A energia elétrica residencial ficou 2,39% mais barata, segundo IBGE. Segundo Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, isso aconteceu porque a bandeira tarifária mudou: saiu da vermelha patamar 2, que cobrava R$ 7,87 a mais a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, para a vermelha patamar 1, com cobrança extra menor, de R$ 4,46. Outros itens que também ajudaram a segurar a inflação no mês passado foram a queda no preço de aparelhos telefônicos (-2,54%) e no seguro de carros (-2,13%). No IPCA de outubro, o grupo Alimentação e bebidas, que tem o maior peso na inflação, ficou praticamente estável, com alta de apenas 0,01%, interrompendo uma sequência de quedas. De acordo com o IBGE, esse foi o menor resultado do grupo para o mês desde 2017. Dentro desse grupo, a alimentação em casa caiu 0,16%, com destaque para a queda do arroz (-2,49%) e do leite longa vida (-1,88%). Já a batata-inglesa (8,56%) e óleo de soja (4,64%) ficaram mais caros. A alimentação fora de casa, por sua vez, subiu mais em outubro — passou de 0,11% em setembro para 0,46% no mês passado. Os lanches ficaram 0,75% mais caros, e as refeições, 0,38%. O grupo Vestuário teve a maior alta do mês (0,51%), puxada por calçados e acessórios (0,89%) e roupa feminina (0,56%). Em Despesas pessoais (0,45%), o destaque foi o aumento do empregado doméstico (0,52%) e do pacote turístico (1,97%). Saúde e cuidados pessoais (0,41%) foi o grupo que mais influenciou a inflação de outubro, com destaque para produtos de higiene (0,57%) e planos de saúde (0,50%). Nos Transportes (0,11%), o aumento veio principalmente das passagens aéreas (4,48%) e dos combustíveis (0,32%). O óleo diesel foi o único a cair (-0,46%), enquanto etanol (0,85%), gás veicular (0,42%) e gasolina (0,29%) tiveram leve alta. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 rawpixel.com/Freepik



Dólar cai e fecha a R$ 5,27, menor nível em 17 meses; Ibovespa bate 12º recorde seguido


11/11/2025 12:00 - g1.globo.com

Dólar cai a R$ 5,27 e atinge menor nível desde junho de 2024 O dólar fechou em queda de 0,64% nesta terça-feira (11), cotado a R$ 5,2727 — menor nível desde 6 de junho de 2024, quando encerrou em R$ 5,2498. Já o Ibovespa avançou 1,60%, aos 157.749 pontos, alcançando seu 12º recorde consecutivo. Investidores reagiram com otimismo à ata do Copom e ao IPCA de outubro, que ficou abaixo do esperado. Com isso, cresceram as apostas em cortes de juros em 2026 e a procura por ativos brasileiros, impulsionando o Ibovespa e derrubando o dólar. No exterior, o foco foi o possível fim do shutdown nos EUA — fator que elevou o apetite por risco e favoreceu mercados emergentes. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ A ata do Copom reforçou que o Banco Central está mais confiante de que a taxa Selic em 15% ao ano é suficiente para controlar a inflação. O texto aponta que os juros devem permanecer nesse patamar por um período prolongado, mas o mercado projeta cortes em 2026. Segundo o documento, a inflação recente tem se mostrado mais favorável, refletindo o câmbio valorizado e a queda nas commodities e nos alimentos. Ainda assim, a demanda aquecida e o mercado de trabalho resiliente seguem pressionando os preços, ponderou o Copom. ▶️ O IBGE informou que o IPCA de outubro subiu 0,09%, desaceleração de 0,39 ponto percentual frente a setembro, quando avançou 0,48%. Foi a menor taxa para outubro em 27 anos, o que levou a inflação acumulada a 3,73% no ano e 4,68% em 12 meses. ▶️ Nos Estados Unidos, a paralisação do governo (shutdown), que já dura 42 dias, pode estar perto do fim. O Senado aprovou uma medida provisória de financiamento, com apoio de democratas centristas, para tentar encerrar o impasse. 🔎 “Shutdown” significa paralisação. Nos EUA, o termo é usado para descrever quando o governo federal suspende parte de suas atividades por falta de aprovação, pelo Congresso, do orçamento anual ou de um financiamento provisório para os gastos públicos. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -1,19%; Acumulado do mês: -1,99%; Acumulado do ano: -14,68%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +2,39%; Acumulado do mês: +5,49%; Acumulado do ano: +31,15%. Ata da Copom O Banco Central informou nesta terça-feira (11) que o cenário para a economia tem se desenrolado conforme o esperado, e que já tem uma "maior convicção" de que a taxa de juros atual é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta. As avaliações constam na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, ocorrida na semana passada, quando a taxa básica de juros foi mantida estável em 15% ao ano - o maior nível em quase 20 anos. Foi a terceira manutenção seguida do juro neste patamar. "Endossando o cenário esperado do Comitê até aqui, há uma moderação gradual da atividade em curso, certa diminuição da inflação corrente e alguma redução nas expectativas de inflação", informou o Banco Central. Não há, porém, uma indicação de quando a taxa Selic pode começar a ser reduzida. O mercado financeiro projeta o início do ciclo de corte dos juros básicos da economia a partir de janeiro de 2026. "Mantém-se a interpretação de uma inflação pressionada pela demanda e que requer uma política monetária contracionista [juro alto] por um período bastante prolongado", informou. E acrescentou: "O Comitê seguirá vigilante e não hesitará em retomar o ciclo de alta se julgar apropriado. Reafirmou-se o firme compromisso com o mandato do Banco Central de levar a inflação à meta", acrescentou a autoridade monetária. Inflação de outubro O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,09% em outubro, segundo dados divulgados pelo IBGE. O resultado veio abaixo da expectativa do mercado, que previa um aumento entre 0,10% e 0,16% nos preços. ➡️ O dado representa uma desaceleração de 0,39 ponto percentual em relação à taxa de 0,48% observada em setembro. ➡️ No acumulado do ano, o indicador soma alta de 3,73%, e em 12 meses, a variação ficou em 4,68%, abaixo dos 5,17% registrados no período anterior. ➡️ Em outubro de 2024, o IPCA havia avançado 0,56%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três tiveram variação negativa no mês: Artigos de residência (-0,34%), Habitação (-0,30%) e Comunicação (-0,16%). Entre os grupos com alta, os resultados variaram de 0,01% em Alimentação e bebidas a 0,51% em Vestuário. A queda de 0,30% em Habitação foi influenciada principalmente pela redução de 2,39% na energia elétrica residencial, que exerceu o maior impacto negativo no índice do mês (-0,10 p.p.) O recuo reflete a troca da bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente em setembro, pela vermelha patamar 1, que reduziu a cobrança extra na conta de luz de R$ 7,87 para R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Paralisação do governo americano no 42º dia A paralisação do governo dos Estados Unidos chegou ao 42º dia, com expectativa de encerramento nos próximos dias. Na segunda-feira, o Senado aprovou uma proposta de financiamento temporário, elaborada no domingo, com apoio de oito democratas que se juntaram aos republicanos. O texto agora segue para votação na Câmara dos Representantes, prevista para as 16h (horário de Brasília). O presidente Donald Trump declarou apoio à medida, aumentando as chances de que o projeto seja sancionado e ponha fim ao impasse. “Temos apoio suficiente de democratas e vamos reabrir o nosso país", disse ele a jornalistas na segunda-feira. A proposta prevê o funcionamento do governo até 30 de janeiro de 2026, além de garantir o pagamento retroativo a funcionários como os controladores de tráfego aéreo, que foram criticados por Trump por se ausentarem do trabalho durante o período sem remuneração. A paralisação já provoca impactos em diversos serviços, incluindo o cancelamento de mais de mil voos apenas na terça-feira. Programas federais como o de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), também enfrentam instabilidade, após o governo orientar estados a suspenderem pagamentos iniciados no fim de semana. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados fecharam sem direção única, com investidores preocupados com a valorização excessiva das ações de tecnologia. Ao mesmo tempo, o clima foi de expectativa em torno do fim da paralisação do governo, que já dura mais de 40 dias. Por lá, dados de emprego da ADP mostraram que, nas últimas quatro semanas até 25 de outubro, empresas privadas cortaram em média 11.250 empregos por semana, o que também contribui para o clima de cautela. O índice Dow Jones atingiu um novo recorde de fechamento após subir 1,18%, aos 47.927,96 pontos. O S&P 500 avançou 0,22%, aos 6.847,36 pontos, enquanto o Nasdaq caiu 0,25%, aos 23.468,30 pontos, influenciado pela queda de quase 3% nas ações da Nvidia. Enquanto isso, as bolsas europeias fecharam em alta, dando continuidade ao movimento positivo da véspera. O bom desempenho foi impulsionado por balanços corporativos e dados econômicos locais, além da expectativa de que a paralisação do governo americano esteja próxima do fim. O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 1,15%, encerrando o dia em 9.899,60 pontos e renovando seu recorde de fechamento. O STOXX 600 avançou 1,33%, aos 580,41 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve alta de 0,53%, aos 24.088,06 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, ganhou 1,25%, aos 8.156,23 pontos. Na Ásia, os mercados fecharam mistos. Na China, investidores realizaram lucros em meio à ausência de novos fatores que impulsionem os negócios. Analistas projetam crescimento de 4,5% para a economia chinesa em 2026, com exportações em queda e o setor imobiliário ainda em desaceleração. Em Hong Kong, a fabricante de veículos elétricos Xpeng teve forte valorização após anunciar novos modelos de robotáxi com testes previstos para 2026. O índice Nikkei, de Tóquio, caiu 0,14%, fechando em 50.842 pontos. Em Xangai, o SSEC recuou 0,39%, a 4.002 pontos, e o CSI300 perdeu 0,91%, a 4.652 pontos. Já o KOSPI, de Seul, subiu 0,81%, a 4.106 pontos. Em Taiwan, o TAIEX caiu 0,30%, a 27.784 pontos, enquanto o índice Straits Times, de Cingapura, avançou 1,20%, a 4.542 pontos. *Com informações da agência de notícias Reuters. Notas de dólar. Luisa Gonzalez/ Reuters



BC não indica quando começará a baixar juro, mas diz ter 'maior convicção' que taxa atual é suficiente para atingir meta


11/11/2025 11:03 - g1.globo.com

Copom mantém selic em 15% ao ano O Banco Central informou nesta terça-feira (11) que o cenário para a economia tem se desenrolado conforme o esperado, e que já tem uma "maior convicção" de que a taxa de juros atual é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta. As avaliações constam na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, ocorrida na semana passada, quando a taxa básica de juros foi mantida estável em 15% ao ano - o maior nível em quase 20 anos. Foi a terceira manutenção seguida do juro neste patamar. "Endossando o cenário esperado do Comitê até aqui, há uma moderação gradual da atividade em curso, certa diminuição da inflação corrente e alguma redução nas expectativas de inflação", informou o Banco Central. 🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre. ➡️Não há, porém, uma indicação de quando a taxa Selic pode começar a ser reduzida. O mercado financeiro projeta o início do ciclo de corte dos juros básicos da economia a partir de janeiro de 2026. "Mantém-se a interpretação de uma inflação pressionada pela demanda e que requer uma política monetária contracionista [juro alto] por um período bastante prolongado", informou. E acrescentou: "O Comitê seguirá vigilante e não hesitará em retomar o ciclo de alta se julgar apropriado. Reafirmou-se o firme compromisso com o mandato do Banco Central de levar a inflação à meta", acrescentou a autoridade monetária. Desaceleração da economia O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país. A explicação é que, com um ritmo menor de crescimento, há menos pressões inflacionárias, principalmente no setor de serviços. ➡️Na ata da última reunião do Copom, divulgada nesta terça-feira (11), o BC informou que o chamado "hiato do produto" segue positivo. ➡️Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação. "A atividade econômica doméstica manteve trajetória de moderação no crescimento, reforçando a interpretação do cenário delineado pelo Comitê estar, até agora, se concretizando. Os dados mais recentes corroboram, em geral, o prosseguimento de uma redução gradual de crescimento, ainda que, em momentos de inflexão no ciclo econômico, seja natural observar sinais mistos advindos de indicadores econômicos ou alguma diferença entre as expectativas e as divulgações", informou o Banco Central. Mudanças no Imposto de Renda O Copom também informou, na ata de sua última reunião, que já incorporou em seus cálculos uma estimativa preliminar do impacto da medida de ampliação da isenção do Imposto de Renda, aprovada recentemente pelo Congresso Nacional, com validade a partir de janeiro do próximo ano. "O Comitê considera que tal estimativa é bastante incerta e acompanhará os dados para calibrar seus impactos. Esta opção por uma postura conservadora e dependente de dados é reforçada por exemplos recentes de medidas, fiscais e creditícias, que se conjecturava que poderiam levar a uma discrepância em relação ao cenário delineado, mas não provocaram divergências relevantes em relação ao que se esperava", informou o Banco Central. Com a ampliação da faixa de isenção do IR para até R$ 5 mil por mês, e redução do imposto para quem recebe até R$ 7,35 mil, analistas avaliam que haverá um estímulo ao Produto Interno Bruto (PIB), mas que, por outro lado, a medida tende a pressionar a inflação. Senado aprova projeto de lei que isenta de imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil Como o Banco Central atua? Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, é possível baixar os juros. Se estão acima, o Copom tende a manter ou subir a Selic. Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo foi fixado em 3% e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Com a inflação ficando seis meses seguidos acima da meta em junho, o BC teve de divulgar uma carta pública explicando os motivos. Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o segundo trimestre de 2027. Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 4,55% (com estouro da meta), 4,20%, 3,8% e em 3,5%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC. Na ata do Copom, o BC observou que as projeções de inflação seguem acima da meta de 3% para os próximos anos. "As expectativas de inflação, medidas por diferentes instrumentos e obtidas de diferentes grupos de agentes seguiram trajetória de declínio, mas permanecem acima da meta de inflação em todos os horizontes", informou. Veja outras análises do Banco Central Cenário externo ainda segue incerto, considerando a política comercial norte-americana (tarifaço para alguns países, como o Brasil), os altos juros praticados nos EUA e o "shutdown" da economia norte-americana. "Persiste maior incerteza no cenário externo e, consequentemente, o Copom deve preservar uma postura de cautela", acrescentou. A política fiscal, ou seja, o aumento de gastos públicos, tem um impacto de curto prazo, majoritariamente por meio de estímulo à demanda agregada, e uma dimensão mais estrutural, que tem potencial de afetar a percepção sobre a sustentabilidade da dívida e impactar o prêmio a termo da curva de juros. "Uma política fiscal que atue de forma contracíclica e contribua para a redução do prêmio de risco favorece a convergência da inflação à meta", acrescentou. Embora as expectativas de inflação estejam acima da meta, o BC notou que as leituras recentes seguem indicando uma dinâmica mais benigna em relação ao que se previa no início do ano. "A combinação de um câmbio mais apreciado e um comportamento mais benigno das commodities [produtos básicos, como alimentos] contribuiu para uma redução nas inflações de bens industrializados e alimentos', informou.



Integrantes da PF e STF veem em alterações no PL Antifacção uma tentativa de blindar investigações sobre emendas


11/11/2025 06:00 - g1.globo.com

PF diz que acompanha com preocupação alterações do relator no Projeto Antifacção Integrantes do governo federal, da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que as mudanças feitas pelo relator Guilherme Derrite (PP-SP) no Projeto Antifacção vão retirar da PF e dos tribunais superiores a condução de investigações envolvendo emendas parlamentares, lavagem de dinheiro e fluxos financeiros ligados a facções — inclusive as chamadas facções de colarinho branco. O diagnóstico é compartilhado por diferentes alas do Executivo e por delegados da PF que analisaram o texto revisado após negociação entre Derrite e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Apesar do aceno público de que o relatório seria ajustado para restaurar a autonomia da PF, a avaliação interna é de que o texto continua restringindo a atuação do órgão e abre caminho para deslocar casos sensíveis para a Justiça estadual, longe do STJ e do STF. Para Derrite, o debate está tomado por "ideologia política". "Estamos discutindo aqui o sexo dos anjos. Primeiro, precisa ler o relatório e realmente entender o que está no substitutivo. Acho que tem muita ideologia política e pouco conhecimento sobre o que realmente está no relatório", afirmou. O que diz o texto negociado Pelo esboço mais recente apresentado a integrantes da PF, a redação ficaria assim: A PF poderá atuar em investigações quando houver matéria de sua competência constitucional, mas: terá de comunicar as autoridades estaduais quando iniciar apuração por iniciativa própria; sua atuação não deslocará automaticamente o caso para a Justiça Federal. A cooperação envolverá: solicitação da polícia ou do MP estaduais; atuação própria da PF com aviso prévio às autoridades locais; A Justiça competente será a estadual, salvo regras específicas de competência federal. Para delegados e autoridades do governo, isso cria um mecanismo de “travamento”: a PF até poderia investigar, mas sob vigilância e com limitações operacionais, o que inibe a abertura de apurações sigilosas — especialmente em temas sensíveis como o rastreamento de dinheiro público. Com esse desenho, avaliam integrantes do governo, investigações sobre emendas e contratos públicos que hoje tramitam na PF e chegam aos tribunais superiores poderiam ser deslocadas para a esfera estadual, onde: o padrão de especialização é menor; há mais risco de interferência local; e há histórico de pressões políticas sobre delegacias e MPs estaduais. Avaliação dentro do Judiciário Uma fonte do Judiciário que acompanha as discussões classificou o movimento como “uma semi-blindagem”. Essa fonte se lembrou da PEC da Blindagem, que aumentava proteções a políticos, mas acabou não sendo aprovada: “Tentaram a PEC da Blindagem. Não deu certo. Estão agora em busca de uma semi-blindagem. Querem tirar da PF a investigação do fluxo financeiro e da lavagem das facções. Todas as facções, inclusive as de colarinho branco.” Para essa autoridade, o texto cria brechas para: contestar competência; provocar nulidades; e questionar decisões que hoje chegam aos tribunais superiores. “É obviamente inconstitucional", afirmou. Os ministros do Supremo consultados pelo blog também compartilharam da mesma percepção ao ler o texto. Fintechs e lavagem A mesma fonte mencionou que, nos casos de lavagem, os fluxos financeiros de facções e agentes políticos se cruzam, citando episódios recentes envolvendo aeronaves utilizadas em operações ilícitas. “Como é muito dinheiro, os canais de lavagem se encontram e se complementam. Lembra a história dos aviões? E aí entram as fintechs.” Segundo essa avaliação, o projeto — tal como está — dificultaria o alcance da PF sobre essas operações estruturadas que envolvem bancos digitais, criptoativos e mecanismos financeiros transnacionais. Hugo Motta (presidente da Câmara); Guilherme Derrite (deputado federal e secretário de Segurança de SP licenciado); presidente Lula; Ricardo Lewandowski (ministro da Justiça e Segurança Pública) Ton Molina/Estadão Conteúdo; Marcelo Estevão/TheNews2; Edgar Su/Reuters; Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo



Governo deve elevar teto de imóvel para faixas mais baixas do Minha Casa Minha Vida; limite pode subir para até R$ 275 mil


11/11/2025 03:00 - g1.globo.com

Governo deve elevar teto de imóvel para faixas mais baixas do Minha Casa Minha Vida. O governo deve propor que o Minha Casa Minha Vida financie imóveis mais caros para a população de renda mais baixa do programa. A proposta será apresentada ao Conselho Curador do FGTS, que se reúne nesta terça-feira (11), e reúne representantes do governo, de empregadores e trabalhadores. A ideia é que o valor máximo do imóvel, para quem tem renda familiar bruta, de até R$ 4.700,00 por mês, possa subir para R$ 275 mil, de acordo com o município​. Atualmente, esse teto é de R$ 264 mil, de acordo com o município​. Isso amplia as possibilidades de contratações por quem faz parte da Faixa 1 e Faixa 2 do programa habitacional –aquelas com famílias que têm renda mais baixa. Integrantes do governo argumentam que a mudança na regra é necessária diante do aumento dos custos no setor de construção civil. A medida depende de aval do Conselho, cuja reunião está prevista para a manhã desta terça. Proposta aumenta teto de valor do imóvel a ser financiado pelas famílias de menor renda do programa. Divulgação/PMBV Pacote do governo Recentemente, o governo lançou um pacote de estímulo ao setor imobiliário, com uma nova linha de crédito para compra da casa própria com foco na classe média. O objetivo é destinar mais recursos ao financiamento imobiliário, e, com isso, viabilizar a construção de mais moradias. No começo de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o valor máximo do imóvel financiado no âmbito do SFH (Sistema Financeiro de Habitação) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Governo lança novo modelo de crédito imobiliário Essa medida é diferente da proposta ao Conselho do FGTS, que trata do Minha Casa Minha Vida.



Criptomoedas: veja perguntas e respostas sobre as novas regras do Banco Central


11/11/2025 03:00 - g1.globo.com

Banco Central regulamenta criptomoedas pra proteger investidores e combater crimes O Banco Central do Brasil (BC) anunciou nesta segunda-feira (10) novas regras para a autorização e a oferta de serviços relacionados a ativos virtuais, como criptomoedas. Entre os principais pontos, a regulamentação institui as Sociedades Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (SPSAVs), nova categoria legal exigida para empresas que atuam no mercado de criptoativos no Brasil. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça 🔎 Na prática, empresas que oferecem serviços com criptoativos só poderão atuar no Brasil com autorização formal do BC. A instituição afirmou que a fiscalização deve ampliar a segurança e a transparência, além de combater fraudes, lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. As novas normas também definem quais operações com ativos virtuais passarão a ser tratadas como transações de câmbio e quais estarão sujeitas às regras de capitais internacionais — como pagamentos em criptomoedas para o exterior ou transferências entre carteiras fora do país. As regras entram em vigor em 2 de fevereiro de 2026, e as empresas terão nove meses, a partir dessa data, para se adequar às novas exigências. Veja abaixo perguntas e respostas sobre a regulamentação: O que muda para as empresas? Quais os principais objetivos da regulamentação? O que muda para o investidor? Minha corretora não atendeu às regras. O que acontece? Qual o capital mínimo exigido para as instituições operarem? O que passará a se enquadrar no mercado de câmbio? Há limites de valor para transferências internacionais? Quando as normas entram em vigor? O que o mercado diz sobre a regulamentação? Glossário do mundo cripto O que muda para as empresas? A principal mudança é que as operações com ativos virtuais passam a ser submetidas ao marco regulatório do Banco Central. Com isso, empresas que atuam com criptoativos passam a seguir regras de supervisão, governança e compliance semelhantes às aplicadas às instituições financeiras tradicionais. Entre as novidades está a criação das SPSAVs, uma nova categoria legal exigida para empresas que operam no mercado de criptoativos no Brasil. Essas sociedades se enquadram em três classificações: intermediárias de ativos virtuais; custodiantes de ativos virtuais; corretoras de ativos virtuais. Além disso, as instituições terão de cumprir exigências rigorosas de: governança corporativa; segurança cibernética; prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo; transparência nas relações com os clientes. A regulamentação também estabelece a integração do mercado de criptoativos ao sistema de câmbio. Ou seja, pagamentos, transferências internacionais e negociações envolvendo ativos virtuais referenciados em moedas fiduciárias passam a ser formalmente tratadas como operações cambiais. 🔎 As entidades poderão oferecer serviços com ativos virtuais que envolvam essas operações, mas sem realizar transações com moedas em espécie (entenda as regras mais abaixo). "Outra mudança importante é que os criptoativos dos clientes devem ficar separados do patrimônio da empresa, garantindo proteção caso a plataforma enfrente problemas", afirma Vanessa Butalla, vice-presidente do setor Jurídico, de Compliance e Riscos do Mercado Bitcoin. Voltar ao índice. Quais os principais objetivos da regulamentação? As novas normas buscam proteger os clientes e garantir a transparência nas relações comerciais, além de prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. Segundo o diretor de Regulação do Banco Central, Gilneu Vivan, a regulamentação deve aumentar a segurança para os investidores, já que as empresas passarão a ser supervisionadas e acompanhadas pelo BC. "Outra coisa importante é que a gente passa a inserir as negociações com ativos virtuais dentro do nosso mercado regulado. Medidas que vão reduzir o espaço para golpes, fraudes e uso desse mercado para lavagem de dinheiro", explicou Vivan. Voltar ao índice. O que muda para o investidor? Não há mudanças práticas para os investidores. A diferença é que eles passam a contar com mais segurança e transparência, já que as plataformas de negociação serão reguladas pelo BC. Por outro lado, será importante acompanhar se a corretora ou exchange utilizada obterá a autorização necessária para continuar operando após os prazos definidos. Voltar ao índice. Minha corretora não atendeu às regras. O que acontece? As empresas que não se adequarem às normas fixadas pelo Banco Central não poderão operar. Por isso, haverá um prazo de 30 dias para que seus clientes transfiram os ativos virtuais para empresas autorizadas. Voltar ao índice. Qual o capital mínimo exigido para as instituições operarem? O capital mínimo exigido pelo Banco Central para as instituições que operam com criptoativos varia de R$ 10,8 milhões a R$ 37 milhões, dependendo do conjunto específico de atividades que a empresa for oferecer. Segundo a Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto), o valor ficou cerca de 10 vezes superior ao proposto em consulta pública (leia mais abaixo). Voltar ao índice. O que passará a se enquadrar no mercado de câmbio? Segundo o Banco Central, as seguintes operações passam a ser tratadas como transações no mercado de câmbio quando realizadas com ativos virtuais: pagamentos ou transferências internacionais utilizando ativos virtuais; transferências de ativos virtuais para quitar obrigações decorrentes do uso internacional de cartão ou outro meio de pagamento eletrônico; transferências para ou a partir de carteiras autocustodiadas, mesmo sem envolver pagamento internacional — nesses casos, a prestadora de serviços deve identificar o proprietário e verificar a origem e o destino dos ativos; compra, venda ou troca de ativos virtuais referenciados em moeda fiduciária. As regras atingem diretamente as stablecoins — moedas digitais atreladas a um ativo, geralmente ao dólar. Voltar ao índice. Criptomoedas / Bitcoin / Ethereum Reuters Há limites de valor para transferências internacionais? Sim. Para as SPSAVs, o pagamento ou a transferência internacional com ativos virtuais terá um teto de US$ 100 mil por operação quando a contraparte não for uma instituição autorizada a atuar no mercado de câmbio. Voltar ao índice. Quando as normas entram em vigor? As resoluções nº 519, 520 e 521 do Banco Central entram em vigor em 2 de fevereiro de 2026. As empresas que já oferecem serviços com ativos virtuais terão nove meses para se adequar, solicitando autorização e cumprindo todos os requisitos previstos na regulamentação. Caso não obtenham a autorização dentro desse prazo, terá início o período adicional de 30 dias para que os clientes transfiram seus ativos para instituições autorizadas ou para carteiras próprias. Voltar ao índice. O que o mercado diz sobre a regulamentação? A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) afirmou, em nota, que concorda plenamente com os princípios e diretrizes contemplados nas resoluções do Banco Central. A entidade destacou que as novas normas protegem os clientes e garantem equilíbrio entre segurança e incentivo à inovação. A Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto) classificou a regulamentação como um “marco histórico” e “um passo decisivo” para a maturidade do setor cripto no Brasil. “É o resultado de um diálogo técnico e construtivo entre o regulador e o mercado, que trará mais segurança jurídica, competitividade e estabilidade para todos os agentes do ecossistema”, afirmou Bernardo Srur, CEO da ABcripto. Srur apontou, entretanto, pontos de atenção quanto ao “prazo de adequação curto” e ao capital mínimo exigido, que ficou cerca de dez vezes superior ao valor proposto na consulta pública. “Esses fatores ainda geram questionamentos no setor. É importante garantir que a regulação fortaleça a confiança e a integridade do mercado, mas sem criar barreiras desproporcionais que possam limitar a competitividade ou desestimular novos entrantes”, acrescentou. Para Vanessa Butalla, do Mercado Bitcoin, "somente instituições sólidas e tecnicamente preparadas poderão atuar no setor". "As empresas passam a ser responsabilizadas se não garantirem a segurança das operações, o que eleva o padrão de qualidade e confiança", diz. Voltar ao índice. Glossário do mundo cripto O que são criptoativos, blockchain, criptomoedas e moedas-meme? Os conceitos do universo cripto costumam ser complexos — e, muitas vezes, se confundem entre si. Entenda os principais: Criptoativos – Ativos digitais baseados em tecnologia blockchain. Estão inseridos no meio digital e protegidos por códigos criptográficos. As criptomoedas e as moedas-meme são tipos de criptoativos, assim como os NFTs (non-fungible tokens), que funcionam como colecionáveis digitais. Blockchain – Tecnologia que registra as transações dos criptoativos. É comparada a um grande livro contábil digital, que garante registros confiáveis e transparentes. Como o nome indica, é uma cadeia de blocos interligados que contém dados como remetente, destinatário e valor da transação. Criptomoedas – Moedas digitais criadas por protocolos que permitem transações seguras. São consideradas uma forma de dinheiro descentralizado, sem intermediários como bancos. As principais são Bitcoin e Ethereum, que possuem redes próprias de blockchain. Moedas-meme (memecoins) – Criptomoedas inspiradas em memes ou piadas que viralizaram na internet. Não têm tecnologia avançada nem ecossistema robusto, existindo sem propósito específico. Seu valor é puramente especulativo, baseado na oferta e demanda. Voltar ao índice.



PF não aceita mudanças negociadas entre Motta e Derrite no Projeto Antifacção


10/11/2025 23:01 - g1.globo.com

PF diz que acompanha com preocupação alterações do relator no Projeto Antifacção A Polícia Federal rejeitou as novas alterações negociadas entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o relator do Projeto Antifacção, Guilherme Derrite (PP-SP). Segundo integrantes da cúpula da PF, o texto ajustado continua retirando autonomia da corporação para iniciar investigações contra facções criminosas, mesmo após a conversa intermediada por Motta. Conversa entre Motta e Andrei Motta estava reunido com Derrite quando telefonou para o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmando que fariam mudanças no relatório para restabelecer a autonomia da PF em operações de combate ao crime organizado. A expectativa era de que o novo texto corrigiria os pontos mais sensíveis para a Polícia Federal. Mas, ao receber a versão revisada, a PF considerou que os problemas centrais permanecem. Por que a PF rejeitou o novo texto Segundo avaliação da cúpula da PF, os ajustes mantêm dispositivos que: 1. Obriga a PF a comunicar autoridades estaduais Pela forma como as mudanças foram discutidas, a PF teria de informar autoridades estaduais sobre operações e investigações. Para a corporação, essa regra representa risco de quebra de sigilo e possibilita vazamentos que comprometeriam ações delicadas — justamente em casos que envolvem facções criminosas de grande alcance. 2. Impede o deslocamento automático para a Justiça Federal Outro ponto criticado é que o novo texto estabelece que a atuação da PF não desloca automaticamente a competência para a Justiça Federal. Assim, mesmo com a PF investigando, os casos poderiam continuar tramitando na Justiça estadual, o que, segundo a PF, fragiliza a estrutura de combate ao crime organizado e gera insegurança jurídica na condução das apurações. Segundo integrantes do governo e na visão da própria PF, há uma tentativa de "amordaçar" a corporação. Clima segue tenso Mesmo após o contato de Hugo Motta com o diretor-geral Andrei Rodrigues, a Polícia Federal segue insatisfeita com os rumos do projeto. A avaliação interna é que o relatório — mesmo revisado — continua limitando a atuação federal, mantendo pontos classificados como: retrocesso institucional, risco para operações sigilosas, fragilização da coordenação nacional contra facções.



Grupo Oi: Anatel diz que vai acompanhar de perto cumprimento da decisão judicial por falência


10/11/2025 22:33 - g1.globo.com

Oi tem falência decretada pela Justiça A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou nesta segunda-feira (10) que acompanhará de perto o cumprimento das determinações da Justiça do Rio de Janeiro, que decretou nesta segunda-feira (10) a falência do Grupo Oi. Mesmo com a decretação da falência, o Tribunal de Justiça do Rio determinou a continuidade dos serviços prestados pela empresa. Entre eles estão a manutenção de telefones públicos em cerca de 7.500 localidades, o serviço tridígito para atendimentos de utilidade pública e emergência, as interconexões, além dos contratos firmados com órgãos federais, estaduais e municipais e com clientes da iniciativa privada. Segundo a decisão judicial, a prestação desses serviços está garantida, em processo de transição e liquidação ordenada. O que diz a decisão? O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro entendeu que a Oi descumpriu compromissos previstos no processo de recuperação judicial, além de outras obrigações financeiras fora dele. Além disso, foi constatado que a companhia chegou a uma situação de esgotamento dos seus recursos — o que a lei chama de “liquidação substancial”. "Não há mais surpresas quanto ao estado do Grupo em recuperação judicial. A Oi é tecnicamente falida", escreveu a juíza Simone Gastesi Chevrand, na decisão. O despacho ainda destacou que a operadora acumulou dívidas acima do que poderia pagar, enquanto seu patrimônio diminuía progressivamente com a venda de ativos e novas obrigações financeiras. Isso resultou em perda de valor sem trazer benefícios concretos à atividade da empresa. Justiça decretou falência da empresa, que estava em recuperação judicial desde 2016. Reprodução GloboNews Mesmo diante de uma situação considerada “falimentar”, a companhia não reconheceu oficialmente essa condição. Segundo a juíza, em vez disso, a empresa tentou aplicar “novas manobras gerenciais", incluindo a proposta de uma terceira recuperação judicial. De acordo com a decisão, a empresa tentou contornar sua insolvência combinando um complemento ao plano de recuperação e a abertura de um processo de proteção judicial nos Estados Unidos, conhecido como Chapter 11 (Capítulo 11, na tradução literal). A sentença determinou a suspensão de todas as ações e cobranças em andamento contra a companhia e autorizou a convocação de uma assembleia geral de credores para formar o comitê responsável por acompanhar o processo. Além disso, a magistrada decidiu pelo afastamento da diretoria e do Conselho de Administração da Oi, transferindo a administração da empresa para Bruno Rezende, que já atuava como gestor judicial. Em julho, a empresa já havia reconhecido a dificuldade de quitar suas dívidas e de cumprir o plano de recuperação judicial em vigor. Os problemas financeiros da Oi A Oi entrou com o primeiro pedido de recuperação judicial em 2016, pressionada por mais de R$ 60 bilhões em dívidas. Naquele primeiro processo, encerrado seis anos após o pedido de proteção contra credores, a Oi vendeu suas principais operações a outras operadoras — incluindo a Telefônica Brasil, Claro, Tim e V.Tal. O processo, no entanto, não foi suficiente para garantir a continuidade da operação da Oi. Com isso, a empresa precisou entrar com um novo pedido de recuperação judicial em 2023.



Casa Branca cita JBS e empresa controlada pela Marfrig, entre outras, ao falar de investigação de Trump contra 'cartel de frigoríficos'


10/11/2025 21:58 - g1.globo.com

Trump se irrita com preço de carne e manda investigar frigoríficos nos EUA A JBS e a empresa controlada pela Marfrig nos Estados Unidos, a National Beef, foram citadas em um artigo publicado na última sexta-feira (7) no site da Casa Branca , horas depois de o presidente Donald Trump pedir ao Departamento de Justiça (DOJ) para investigar os frigoríficos locais. A investigação foi anunciada em uma rede social pelo presidente americano. Apesar de não citar empresas na postagem, Trump disse que "sempre vai proteger os pecuaristas americanos, e eles estão sendo acusados por algo que tem sido feito por frigoríficos com maioria de capital estrangeiro". A Procuradora-Geral do país, Pamela Bondi, disse que a investigação já está em andamento. Recentemente, o presidente despertou a fúria dos produtores ao discutir a possibilidade de quadruplicar a cota tarifária de importação de carne bovina argentina, para reduzir os preços ao consumidor. Em um artigo cujo título cita "cartéis" de frigoríficos estrangeiros, o site da Casa Branca mencionou outras duas empresas norte-americanas, Cargill e Tyson Foods, para falar da concentração do mercado de carne. Estes frigoríficos dominam 85% do mercado do país, segundo um estudo de 2024 do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) citado pela Casa Branca. A JBS é a maior produtora de carne nos EUA, segundo o site da empresa. Já National Beef é a quarta maior, e reconhecida como a mais lucrativa do setor no país, diz a Marfrig. O artigo no site do governo afirma que, por muito tempo, um pequeno grupo de empresas pressionou os pecuaristas norte-americanos, reduzindo rebanhos e aumentando os preços nos supermercados. A investigação pedida por Trump vai apurar se os frigoríficos violaram leis antitruste ao combinar preços ou limitar a produção. Segundo o governo dos EUA, entre 1980 e 1990, a fatia de gado comprada por esses frigoríficos passou de um terço para mais de 80% do rebanho nacional. "Isso levou à exploração de consumidores, agricultores e pecuaristas americanos", diz o artigo. Uma reportagem do jornal norte-americano "The New York Times", que citou a publicação da Casa Branca, lembrou que tentativas anteriores de quebrar o domínio dos principais frigoríficos no mercado falharam. E que já faz tempo que os pecuaristas do país reclamam do poder excessivo dessas empresas. Saiba mais: Por que grandes frigoríficos brasileiros não deverão sentir tanto o tarifaço dos EUA O que diz o setor Procuradas pelo g1, JBS e Marfrig não se manifestaram. O Meat Institute, que reúne representantes da indústria dos EUA, como a Tyson Foods e JBS nos EUA, disse em comunicado o setor opera com prejuízos há mais de um ano, por causa da escassez de bois e da alta demanda. "Apesar dos preços altos ao consumidor, os processadores de carne estão perdendo dinheiro devido ao valor recorde do gado", diz em nota. O instituto afirma que o mercado de carne é altamente regulado e que as transações são transparentes. Além disso, diz que o governo tem os dados do USDA para confirmar que o setor está vivendo "perdas catastróficas", que devem se manter até 2026. O instituto também sustenta que os preços seguem a lógica da demanda. Menos gado no pasto Os estoques de gado dos EUA, em janeiro, caíram para o nível mais baixo em quase 75 anos, após os fazendeiros reduzirem seus rebanhos devido a uma seca de anos que queimou as terras de pastagem e aumentou os custos de alimentação. O fornecimento ficou ainda mais restrito porque os EUA suspenderam, desde maio, a maioria das importações de gado mexicano em meio a preocupações com a disseminação para o norte da bicheira-do-Novo-Mundo, uma praga carnívora que infesta o gado. Além disso, em agosto, os EUA aplicaram uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros exportados para o país, incluindo carne. O Brasil é o principal fornecedor de carne para a indústria norte-americana. É a carne que vira hambúrguer, por exemplo. Apesar de os EUA também serem grandes produtores de carne, ainda precisam importar o alimento para suprir a demanda dos seus consumidores, que se manteve firme, aumentando os preços. Mesmo com tarifaço, exportação de carne bovina do Brasil bate novo recorde Pecuaristas insatisfeitos Os pecuaristas norte-americanos criticam Trump desde outubro, depois do presidente sugerir que o país importe mais carne bovina da Argentina. Na ocasião, Trump disse que usaria a medida para reduzir os preços da carne bovina nos EUA, que atingiram níveis recordes. Os produtores viram o comentário como uma ameaça no momento em que lucram com os preços altíssimos do gado e com a forte demanda de consumidores americanos. Trump respondeu às críticas nas redes sociais e disse que eles estão em uma boa condição econômica graças ao tarifaço imposto ao Brasil e outros países. "Os pecuaristas, que eu amo, não entendem que a única razão pela qual estão indo bem, pela primeira vez em décadas, é porque eu impus tarifas sobre o gado que entra nos EUA, incluindo uma tarifa de 50% sobre o Brasil", disse Trump em sua rede social. Brasil sem tilápia? Entenda o que significa a inclusão do peixe em lista de espécies invasoras Veja também: Brasil sem tilápia? O que significa a inclusão do peixe em lista de espécies invasoras



Temu e Shein: entenda os efeitos da ‘invasão’ chinesa no mercado europeu


10/11/2025 21:56 - g1.globo.com

Temu e Shein: os efeitos da ‘invasão’ chinesa no mercado europeu Quando a varejista online chinesa de ultra fast fashion Shein inaugurou sua primeira loja física na Europa, na semana passada, houve protestos e uma multidão de compradores. A inauguração do espaço dentro da loja de departamentos BHV Marais, no centro de Paris, causou polêmica, e não apenas por estar localizada no berço da alta costura europeia. Foi uma reação de amor e ódio à empresa, como já foi visto em muitas outras áreas. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Ultrabarato e ainda livre de impostos A Shein, que muitas vezes é colocada na mesma categoria da plataforma online Temu – que permite que fabricantes vendam muito mais do que apenas moda diretamente aos consumidores –, tem sido criticada por questões como falsificações, marketing agressivo, más condições de trabalho e falhas de segurança nos produtos. Apesar disso, muitas pessoas estão felizes com as opções de compras mais amplas e os preços baixos. Embora as duas empresas sejam diferentes e tenham modelos de negócios distintos, o resultado costuma ser o mesmo: uma enxurrada de produtos chineses baratos com as embalagens que os acompanham. Além de serem extremamente baratos, outro fator que favoreceu essas empresas foi a isenção de impostos de importação da União Europeia (UE) para pacotes avaliados em menos de € 150 (R$ 920). Os EUA tinham uma brecha semelhante para pacotes avaliados em menos de 800 dólares (R$ 4,2 mil), mas o governo alterou as regras, o que levou a uma redução nas remessas. A UE está na fase final de aprovação de uma regra semelhante para fechar sua própria brecha de baixo valor, embora seja possível que ela não entre em vigor até 2028. No primeiro semestre de 2025, a Temu teve uma média de 115 milhões de usuários ativos mensais na UE e a Shein, 145 milhões, de acordo com seus próprios números. Para ambas as plataformas, isso representa um aumento de cerca de 12% em relação aos seis meses anteriores. Temu e Shein Reuters Milhões de pacotes da China Uma das maiores preocupações em relação a essas plataformas chinesas de comércio eletrônico é a sustentabilidade. A maioria dos produtos comprados nesses portais é enviada diretamente aos consumidores em todo o mundo, a partir de fabricantes na China. Esses produtos embalados individualmente são transportados por via aérea para entrega rápida, sobrecarregando as autoridades alfandegárias e, muitas vezes, não podem ser devolvidos. Grupos ambientalistas estão preocupados com o desperdício de roupas causado pela moda rápida e barata, com o lixo de embalagens de plástico e papelão, além das emissões de todos esses voos para transportar as mercadorias pelo mundo. E os números são realmente enormes. Em 2024, cerca de 4,6 bilhões de itens de baixo valor foram importados para a UE, de acordo com um relatório publicado em fevereiro pela Comissão Executiva do bloco. Esse número é o dobro do registrado em 2023 e mais que o triplo do registrado em 2022. Desses 12 milhões de pacotes por dia, 91% vêm da China. Nem todos esses pacotes são da Temu ou da Shein, mas juntas elas detêm uma grande fatia do mercado. "A Europa está sendo inundada por um tsunami de pequenos pacotes vindos da China, e isso não vai parar tão cedo", afirmou à DW Agustin Reyna, diretor-geral da Organização Europeia de Consumidores (BEUC), com sede em Bruxelas. Protegendo os consumidores na UE Além das questões de sustentabilidade, os órgãos de defesa do consumidor e a Comissão Europeia têm alertado repetidamente sobre produtos inseguros que não atendem aos padrões da UE. Novos resultados de testes publicados em 30 de outubro pelo Stiftung Warentest, uma organização independente com sede em Berlim especializada em testes de qualidade de produtos, reforçam o que muitos temiam. Os testes, que foram conduzidos com organizações da Bélgica e da Dinamarca, mostraram resultados alarmantes. Juntos, eles analisaram colares, carregadores USB e brinquedos para bebês. Dos 162 itens comprados de fabricantes que vendem através da Temu e da Shein, 110 não atendiam aos padrões da UE e cerca de um quarto era potencialmente perigoso. Alguns dos itens apresentavam altos níveis de formaldeído ou metais pesados como cádmio. Alguns dos carregadores USB simplesmente esquentavam demais. A Organização Europeia dos Consumidores considera que o desrespeito às normas de segurança leva à concorrência desleal, uma vez que algumas empresas vendem produtos que não cumprem as normas de segurança europeias, enquanto as locais são obrigadas a seguir essas normas. Pacotes de roupas em uma fábrica da Shein em Guangzhou, província de Guangdong, China, em 1º de abril de 2025. Reuters Países e autoridades da UE reagem Em maio, a Comissão Europeia notificou a Shein sobre práticas em sua plataforma que infringem a legislação de defesa do consumidor da UE. Entre as queixas estavam descontos falsos, pressão sobre os consumidores para que concluam compras, informações enganosas sobre os direitos legais dos consumidores, rótulos enganosos de produtos e alegações enganosas sobre sustentabilidade. Em julho, a Comissão concluiu preliminarmente que a Temu está violando suas obrigações sob a Lei de Serviços Digitais por não fazer o suficiente para impedir a venda de produtos ilegais. Investigações adicionais estão em andamento e podem resultar em uma multa considerável. Em outubro, a autoridade antitruste da Alemanha, o Departamento para Cartéis, iniciou um processo contra a Temu. Eles querem verificar se a plataforma está possivelmente influenciando os preços em seu marketplace online alemão, incluindo a definição dos preços finais de venda. Em agosto, a Shein foi multada em 1 milhão de euros pela autoridade de concorrência da Itália por usar alegações ambientais enganosas. Em julho, a Shein foi multada em 40 milhões de euros pela agência controladora de concorrência da França por descontos enganosos e alegações ambientais. Isso eleva o total de multas francesas para a empresa este ano para € 191 milhões. A França foi além e está trabalhando em novas regulamentações para empresas de fast fashion como Temu e Shein. Se aprovadas, as medidas proibirão os anúncios destas na França, as obrigariam a relatar os impactos ambientais de seus produtos e adicionariam uma taxa de até 10 euros por peça de roupa comprada. Necessidade de reformas na UE Grandes multas e mais regulamentações podem desacelerar as gigantes chinesas do comércio eletrônico, mas não as impedirão. "A Europa precisa se organizar e responsabilizar a Temu e a Shein", disse Agustín Reyna. "Precisamos de responsabilidades claras e consequências dissuasivas quando os produtos que elas vendem violarem nossas regras." Para que isso aconteça, a UE precisa de uma reforma aduaneira ambiciosa e de fiscalização de mercado. Mas se a Bruxelas permitir que pacotes com valor inferior a 150 euros entrem sem impostos até 2028, as empresas continuarão a se aproveitar dessa brecha e os consumidores europeus provavelmente continuarão comprando. Logo da Temu, empresa de comércio online. Reuters



INSS deve prorrogar prazo para contestar descontos indevidos em aposentadorias e pensões


10/11/2025 18:06 - g1.globo.com

Prazo para contestar descontos indevidos do INSS ​termina sexta-feira O governo federal deve prorrogar o prazo para contestar descontos indevidos feitos por entidades e associações em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A data final para registrar a reclamação está prevista para esta sexta-feira (14). Mas esse limite deverá ser estendido, segundo fontes. A ideia em discussão é que os beneficiários tenham mais 90 dias para fazer o registro. A expectativa é que o adiamento seja confirmado nesta segunda-feira (10) ou na terça-feira (11). Esses descontos estão no centro do escândalo que desviou bilhões de reais de aposentados e pensionistas no país. Devoluções De acordo com o balanço mais recente divulgado pelo INSS, mais de 6 milhões de beneficiários afirmaram não ter reconhecido descontos feitos nos últimos anos – o que reduziu o valor que receberam de aposentadorias e pensões. Em alguns casos, as entidades apresentaram documentos para tentar comprovar a veracidade da autorização para os descontos. Ou seja, negam a irregularidade. Pedido pode ser feito pelo aplicativo do INSS INSS/Divulgação Mais de 4,8 milhões desses beneficiários que contestaram as cobranças (4.827.832 pessoas) estão aptos a aderir ao programa de devolução do dinheiro. Só que nem todos já pediram o ressarcimento. Até agora, 3,7 milhões (3.737.708 de pessoas) fizeram a adesão. Isso representa 77,4% do total de beneficiários que podem aderir ao acordo de devolução. Prazo O prazo a ser prorrogado, portanto, é a primeira etapa para entrar no programa de ressarcimento das cobranças indevidas em aposentadorias e pensões. A contestação de descontos que foram feitos nos pagamentos pode ser realizada por três canais: Meu INSS (aplicativo ou site): serviço “Consultar Descontos de Entidades Associativas”; Central 135: ligação gratuita, de segunda a sábado, das 7h às 22h; Correios: mais de 5 mil agências oferecem atendimento assistido e gratuito. Até agora, foram devolvidos R$ 2,5 bilhões de reais a praticamente todos os 3,7 milhões de aposentados e pensionistas que fizeram a adesão ao programa de ressarcimento.



Com R$ 1,7 bilhão em dívidas, Oi tem falência decretada pela Justiça


10/11/2025 17:37 - g1.globo.com

Oi tem falência decretada pela Justiça O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), por meio da 7ª Vara Empresarial, decretou nesta segunda-feira (10) a falência do Grupo Oi. Com isso, a empresa — que já enfrentava dificuldades financeiras há anos e estava em sua segunda recuperação judicial — vai operar provisoriamente, até que consiga fazer a transição de seus contratos para outras operadoras (entenda mais abaixo). A falência da empresa foi decretada após o administrador judicial, Bruno Rezende, pedir o reconhecimento da insolvência na última sexta-feira (7). Em outubro, o valor devido a fornecedores fora do processo de recuperação somava R$ 1,7 bilhão — meio bilhão a mais que em junho. Veja o que diz a decisão e saiba o que fazer se você investiu na Oi. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem? Qual é a diferença entre falência e recuperação judicial? A recuperação judicial é uma medida voltada para preservar a operação da empresa e evitar a falência. Ou seja, quando a Justiça aprova um pedido de recuperação judicial, ela permite que a companhia faça uma reestruturação de suas dívidas e reorganize suas finanças e administração. A ideia é dar condições para que a empresa consiga apresentar um plano de recuperação aos credores, trazendo propostas de pagamento e dando um prazo para o cumprimento de suas obrigações. Além disso, o processo também permite que a empresa continue a operar, desde que com a fiscalização da Justiça. Já a falência acontece quando a empresa não consegue mais pagar as suas dívidas e não tem mais condições de se recuperar. Nesse caso, a Justiça transforma o processo de recuperação judicial em falência e determina que a empresa venda seus ativos para conseguir quitar seus compromissos. O que vai acontecer com a Oi? A juíza Simone Gastesi Chevrand, que assinou a decisão, informou no documento que, apesar da falência decretada, a companhia deve continuar a operar, de forma provisória, serviços essenciais. Entre eles, estão: a conectividade em órgãos públicos e privados; serviços de telefonia pública e de voz em localidades remotas; operação do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta); conectividade para a Caixa Econômica Federal, incluindo o suporte a 13 mil lotéricas, entre outros. Isso serviria, segundo a decisão, para garantir a "conectividade à população nacional e inúmeros e estratégicos órgãos públicos e privados". A ideia é que essa manutenção provisória das atividades da Oi aconteça até que a empresa consiga fazer a transição integral dos serviços que presta a outras operadoras. Isso deve evitar danos aos clientes, e manter empregos, salários e encargos. A juíza não deu um prazo para que essa transição seja concluída. A decisão também determinou que a Oi deverá fazer uma liquidação ordenada dos seus ativos — ou seja, vender seus ativos de forma estruturada e responsável, com o objetivo de maximizar o valor pago aos credores, manter empregos e garantir a continuidade dos serviços até que a transição seja concluída. Como ficam os credores e funcionários? Segundo a advogada do Efcan Advogados, Ana Paula Tomasi, os credores, bancos, fornecedores, investidores e trabalhadores da empresa passam a ser pagos dentro do processo de falência. "Isso significa que nenhum credor pode mais cobrar a Oi individualmente: todas as dívidas serão tratadas no juízo da falência", diz a advogada. Nesse caso, a expectativa é que a empresa apresente uma lista de credores, que deverá ser publicada em um edital pelo administrador judicial. Quando o edital for divulgado, os credores terão 15 dias para se manifestar — seja habilitando o seu crédito, ou contestando os valores que considerarem incorretos. "Na prática, os credores só começarão a receber após a venda dos ativos, o que deve levar alguns meses para ser estruturado. A lógica é preservar o valor da operação e manter a empresa viva o suficiente para que o que for vendido valha mais e permita um retorno maior aos credores", diz. Já quem trabalha na Oi deverá continuar empregado enquanto empresa estiver em operação. "Não há extinção imediata dos vínculos de trabalho. A massa falida assume a responsabilidade pelo pagamento de salários e encargos a partir da decretação da falência", completa Tomasi. Investi na Oi, e agora? Para os acionistas da companhia — ou seja, os investidores que colocaram parte dos seus recursos nas ações da Oi —, a expectativa é que o pagamento aconteça apenas depois que a empresa tiver quitado os compromissos que tem com outros credores. "Como um último elo da cadeia, o acionista não é um credor, é o investidor residual. E, de acordo com a ordem de preferência estabelecida pelo artigo 83 da Lei de Falências, somente após o pagamento dos demais credores é que poderia haver o pagamento aos acionistas, se existir algum saldo", explica o advogado especialista em recuperação judicial do escritório Volk & Giffoni Ferreira Sociedade de Advogado, Vinícius Mendes e Silva. O advogado afirma que, na prática, o investimento acionário na Oi se transformou em prejuízo consolidado. Isso porque, como a Oi não tem ativos suficientes para honrar seus compromissos, qualquer expectativa de ressarcimento se torna "inviável". "Mas ainda há o que fazer pelos acionistas, que mesmo diante do cenário desolador, ainda possuem direitos formais e caminhos jurídicos limitados, que devem ser analisados com cautela", diz Silva. Ainda segundo o advogado, os acionistas devem acompanhar os relatórios do administrador judicial, participar das assembleias, fiscalizar a condução da liquidação e até mesmo buscar a responsabilização de administradores e controladores se for comprovado algum ato de má gestão, fraudes ou negligência. "Trata-se de um caminho difícil, demorado e custoso, mas é a principal via para quem busca alguma forma de reparação", afirma. "Mas, para a maioria dos investidores, a alternativa mais racional é declarar a perda total das ações no Imposto de Renda, compensando o prejuízo com futuros ganhos de capital. É a forma mais direta (e quase sempre a única) de reduzir os danos econômicos", completa. Com a notícia da falência, as ações da Oi despencavam mais de 40% na bolsa de valores nesta segunda-feira (10). O que diz a decisão? O tribunal entendeu que a Oi descumpriu compromissos previstos no processo de recuperação judicial, além de outras obrigações financeiras fora dele. Além disso, foi constatado que a companhia chegou a uma situação de esgotamento dos seus recursos — o que a lei chama de “liquidação substancial”. "Não há mais surpresas quanto ao estado do Grupo em recuperação judicial. A Oi é tecnicamente falida", escreveu a juíza Simone Gastesi Chevrand, na decisão. O despacho ainda destacou que a operadora acumulou dívidas acima do que poderia pagar, enquanto seu patrimônio diminuía progressivamente com a venda de ativos e novas obrigações financeiras. Isso resultou em perda de valor sem trazer benefícios concretos à atividade da empresa. Mesmo diante de uma situação considerada “falimentar”, a companhia não reconheceu oficialmente essa condição. Segundo a juíza, em vez disso, a empresa tentou aplicar “novas manobras gerenciais", incluindo a proposta de uma terceira recuperação judicial. De acordo com a decisão, a empresa tentou contornar sua insolvência combinando um complemento ao plano de recuperação e a abertura de um processo de proteção judicial nos Estados Unidos, conhecido como Chapter 11 (Capítulo 11, na tradução literal). ➡️ O Capítulo 11 da Lei de Falências norte-americana é um mecanismo que pode ser acionado tanto por empresas que estejam com dificuldades financeiras, quanto por seus credores. O instrumento é usado para suspender a execução de dívidas e permitir que a companhia proponha um plano de reestruturação financeira e operacional. A sentença determinou a suspensão de todas as ações e cobranças em andamento contra a companhia e autorizou a convocação de uma assembleia geral de credores para formar o comitê responsável por acompanhar o processo. Além disso, a magistrada decidiu pelo afastamento da diretoria e do Conselho de Administração da Oi, transferindo a administração da empresa para Bruno Rezende, que já atuava como gestor judicial. Em julho, a empresa já havia reconhecido a dificuldade de quitar suas dívidas e de cumprir o plano de recuperação judicial em vigor. Procurada pelo g1, a Oi não se posicionou até a última atualização desta reportagem. Em nota, o Ministério das Comunicações informou que vai avaliar a decisão judicial e seus impactos. A pasta informou que está empenhada em "garantir a continuidade dos serviços de telecomunicações", mesmo que eles sejam assumidos por outra empresa e reiterou que tem acompanhado de perto o andamento do processo e o cumprimento das obrigações assumidas pela empresa. Os problemas financeiros da Oi A Oi entrou com o primeiro pedido de recuperação judicial em 2016, pressionada por mais de R$ 60 bilhões em dívidas. Naquele primeiro processo, encerrado seis anos após o pedido de proteção contra credores, a Oi vendeu suas principais operações a outras operadoras — incluindo a Telefônica Brasil, Claro, Tim e V.Tal. O processo, no entanto, não foi suficiente para garantir a continuidade da operação da Oi. Com isso, a empresa precisou entrar com um novo pedido de recuperação judicial em 2023. Logo da Oi visto em loja de São Paulo Paulo Whitaker/Reuters *Com informações da agência de notícias Reuters.



Transações via PIX sobem 27,6% no 1º semestre de 2025 e respondem por mais da metade do total, diz BC


10/11/2025 16:12 - g1.globo.com

Nos últimos sete meses, bancos cancelaram quase 250 milhões de chaves PIX O Banco Central informou nesta segunda-feira (10) que as transações de pagamento via PIX registraram crescimento de 27,6% no primeiro semestre deste ano, para 36,9 bilhões de operações. As informações constam nas Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil relativas ao primeiro semestre de 2025. "O PIX, que é hoje o instrumento mais utilizado, foi responsável por 50,9% das transações efetuadas no primeiro semestre de 2025", acrescentou o Banco Central. Em relação ao PIX, 89,2% de suas transações são liquidadas no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), infraestrutura operada pelo BCB. Tomando as transações liquidadas no SPI no primeiro semestre de 2025, 45% ocorreram entre duas pessoas físicas e 42,1% se deram entre uma pessoa física (pagador) e uma pessoa jurídica (recebedor). Os pagamentos de pessoas jurídicas a pessoas físicas ou a outras pessoas jurídicas somaram 12,5%, enquanto as transações envolvendo entes do governo totalizaram 0,4%. ▶️Já o instrumento de pagamento com maior participação percentual em volume financeiro transacionado no primeiro semestre continuou sendo a TED, com 37,1% de participação, seguido pelo PIX, com 26,5% do valor total transacionado. Reprodução/Redes sociais Total de operações Quando se consideram todas as transações de pagamento, incluindo os cartões de débito, de crédito e pré-pagos, TED (transferências bancárias), boletos, cheques e pagamentos em espécie (contemplando apenas os saques), entre outras, as operações avançaram 15,2% nos seis primeiros meses deste ano. O total de operações, no período, somou 72,5 bilhões, no valor de R$ 59,7 trilhões. Os números também mostram um crescimento de 14,5% no volume transacionado em comparação ao primeiro semestre de 2024, acrescentou o BC. "O mercado de cartões apresentou continuidade nos ritmos de expansão nas modalidades de crédito (+9,7%) e pré-pago (+8,9%), enquanto o cartão de débito se manteve praticamente estável (-0,1%). Juntos, respondem por 34,3% da quantidade total de transações efetuadas, com 24,9 bilhões de transações no primeiro semestre de 2025", informou a instituição. ▶️Dentre os cartões, o que mais cresceu em termos de volume financeiro, se comparado ao primeiro semestre de 2024, foi o da modalidade de crédito (+14,2%), informou o Banco Central. "Esse [cartão de crédito] é também o cartão com maior participação no volume financeiro transacionado considerando somente os instrumentos de pagamento cartões (69,3%). O cartão de crédito é também o instrumento com maior número de emissões, com 243 milhões de cartões ativos ao final do primeiro semestre de 2025, enquanto o de débito e o pré-pago tinham 159,3 milhões e 74,3 milhões, respectivamente", informou o Banco Central. Divulgação Os número mostram que os boletos apresentaram alta de 4,6% no valor transacionado no primeiro semestre de 2025, representando 8,1% do volume total das transações. Já os cheques tiveram queda de 16,5% no seu volume financeiro, somando apenas 0,6% do valor total transacionado no primeiro semestre de 2025, com 73,4 milhões de cheques emitidos e valor médio de R$ 4,7 mil. Os saques nas modalidades tradicionais (1,2 bilhões de transações no primeiro semestre) registraram queda de 12,7% na quantidade de transações no período.



Dia 15 de novembro é feriado? Veja os direitos de quem trabalha na data


10/11/2025 14:27 - g1.globo.com

O Brasil comemora o feriado de Proclamação da República no próximo sábado (15). A data oferece um dia extra de descanso para os trabalhadores, com possibilidade de emenda para quem folga no domingo. O dia 15 de novembro é considerado feriado nacional desde 1949, regulamentado pela Lei Federal 662, do presidente Eurico Gaspar Dutra. (Entenda o significado e a importância da data) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Apesar disso, nem todos são beneficiados. A legislação trabalhista permite o funcionamento de atividades em alguns setores considerados essenciais. (Confira mais abaixo) ⚠️ Mas atenção: quem for convocado para trabalhar na data tem direitos garantidos, como a remuneração em dobro ou um dia de folga compensatória. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Se o sábado já for um dia de folga habitual do trabalhador, nada muda. No entanto, para quem costuma trabalhar nesse dia, o feriado garante descanso remunerado — que deve ser pago em dobro ou compensado com outro dia de folga. O g1 conversou com advogados especialistas em direito trabalhista para te ajudar a entender mais sobre o assunto. Abaixo, você vai descobrir: 🤔 Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? ⚖️ Quais são os meus direitos? 💰 Remuneração em dobro ou folga? Quem define? ❌ Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? ⚠️ As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? ✍🏼 Como funciona no caso do trabalhador intermitente? 📆 Quais são os proximos feriados de 2025? Veja os vídeos que estão em alta no g1 1. Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? Sim. Embora o artigo 70 da CLT proíba atividades profissionais em feriados nacionais, há exceções para serviços considerados essenciais, como os setores de indústria, comércio, transportes, comunicações, serviços funerários, atividades ligadas à segurança, entre outros. Além disso, o empregador pode solicitar que o funcionário trabalhe durante o feriado quando houver uma Convenção Coletiva de Trabalho — acordo firmado previamente entre empregadores e sindicatos. No feriado da Proclamação da República, em 15 de novembro, hotéis tiveram 95% de ocupação Matheus Tagé/A Tribuna Jornal 2. Quais são os meus direitos? Quem é obrigado a trabalhar no feriado tem direito ao pagamento em dobro ou à compensação com folga em outro dia. " Havendo banco de horas também poderão ser lançadas essas horas de trabalho, nos termos do acordo individual ou coletivo", explica Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista e sócia do A. C Burlamaqui Consultores. 3. Remuneração em dobro ou folga? Quem define? A forma de compensação — seja o pagamento em dobro ou a folga compensatória — costuma ser definida em acordo entre empregador e sindicato. Na ausência de uma Convenção Coletiva de Trabalho, a decisão pode ser negociada diretamente entre empresa e funcionário. No entanto, é essencial que as ambas as partes estejam de acordo e que a compensação escolhida respeite a legislação. "O empregador não pode decidir sozinho. Se houver um acordo ou convenção coletiva prevendo a compensação por folga, essa regra prevalece. Caso contrário, o pagamento em dobro pelo trabalho no feriado é obrigatório", afirma Elisa Alonso, advogada trabalhista e sócia do RCA Advogados. 4. Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? Depende. A falta, quando há determinação do empregador para o comparecimento, pode ser coniderada insubordinação — ou seja, desobediência a uma ordem superior. "No entanto, a dispensa por justa causa, em geral, não decorre de um fato isolado, mas de um comportamento faltoso de forma reiterada", afirma Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista. Por isso, esse tipo de demissão costuma seguir um processo que inclui advertências formais e tentativas de correção de conduta. Se houver expediente normal, o trabalhador pode sofrer outras penalidades, como o desconto do dia não trabalhado, que será considerado falta injustificada. "A falta injustificada deve ser repreendida, mas para configurar justa causa é necessário avaliar outros fatores, como a recorrência da conduta, o impacto causado à empresa e a função desempenhada pelo empregado, por exemplo", completa a advogada trabalhista Elisa Alonso. Ubatuba registra movimento intenso de turistas no feriado de Proclamação da República Laurene Santos/TV Vanguarda 5. As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? As regras gerais sobre trabalho em feriados valem tanto a empregados fixos quanto temporários, incluindo o direito ao pagamento em dobro ou folga compensatória. Porém, trabalhadores com contratos temporários podem ter condições específicas previstas. 6. Como funciona no caso do trabalhador intermitente? No regime de trabalho intermitente — previsto na CLT desde a Reforma Trabalhista de 2017 — o pagamento por trabalho em feriados deve ser acordado no momento da contratação. O contrato deve especificar o valor da hora trabalhada, já considerando os adicionais por feriados ou horas extras. "Assim, o trabalhador intermitente recebe o valor previamente combinado para os dias em que presta serviço, inclusive em feriados", explica o advogado Luís Nicoli. 7. Quais são os próximos feriados de 2024? O próximo feriado é o Dia da Consciência Negra, que cai na próxima semana, na quinta-feira (20). A data se tornou feriado nacional apenas em 2023. A mudança foi aprovada pelo Congresso e sancionada em dezembro daquele ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Antes disso, a data não integrava o calendário nacional nem era considerada ponto facultativo, e a folga dependia de leis estaduais ou municipais. Após novembro, o próximo feriado nacional será o Natal, em 25 de dezembro, que cai numa quinta-feira — o que pode permitir emenda para quem folga na sexta, sábado ou domingo. A véspera de Ano Novo, em 31 de dezembro, também cai numa quinta-feira e é ponto facultativo a partir das 13h, permitindo emenda para quem folga em 1º de janeiro ou sai mais cedo do trabalho. O g1 preparou um calendário com todos os pontos facultativos e feriados nacionais de 2025. Confira: LEIA TAMBÉM As melhores datas para tirar férias em 2026: veja como emendar feriados e ganhar até seis dias de descanso Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada; veja como aproveitar VEJA MAIS EM: Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada Por que milhões seguem fora do mercado há anos?



Por que o yuan cresce, mas ainda está longe de desbancar o dólar


10/11/2025 13:20 - g1.globo.com

Quase um terço do comércio exterior da China é feito em yuan em vez de dólar. Pequim segue rígida estratégia para internacionalizar moeda, e também está de olho na dívida externa de países no Sul Global. O empenho da China em reduzir a dependência do dólar americano se consolidou durante a crise financeira global de 2008/2009. O Banco Popular da China (BPC), autoridade monetária do país, estava alarmado com a impressão agressiva de dinheiro pelo Banco Central americano, o Federal Reserve, o que ameaçava o valor de seus ativos estrangeiros, então avaliados em 1,9 trilhão de dólares (R$ 10,1 trilhões). A resposta de Pequim veio com o lançamento, em julho de 2009, de um projeto piloto para liquidar o comércio exterior em yuan, ou renminbi, pela primeira vez. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Foi o pontapé de uma campanha que, 16 anos depois, faria do yuan a moeda usada em 30% dos 6,2 trilhões de dólares (R$ 33 trilhões) em comércio global de bens da China, segundo o vice-governador do BPC, Zhu Hexin. Se consideradas todas as transações internacionais com a China, inclusive compras de títulos e investimentos estrangeiros, a participação do yuan salta para 53%, superando pela primeira vez o comércio em dólar do país em 2023. Em outro marco importante, o yuan superou brevemente o euro em 2024 como a segunda moeda mais usada no financiamento do comércio global, embora com apenas 5,8% do mercado, contra 82% do dólar, segundo a Swift, a rede global de mensagens usada pelos bancos para liquidar pagamentos internacionais. A participação do yuan nas reservas cambiais globais também foi recorde no segundo trimestre do ano, chegando a 2,4%, informou o Fundo Monetário Internacional (FMI) em outubro. A estratégia chinesa com o yuan Enquanto os países do Brics no Sul Global exploram alternativas ao dólar, inclusive propostas para uma moeda compartilhada, a China tem adotado uma abordagem mais pragmática, ampliando gradualmente o papel do yuan no comércio global, ao mesmo tempo em que mantém controles deliberados sobre o câmbio. "A China quer que o yuan se internacionalize para o comércio, para a economia real", afirma Miguel Otero-Iglesias, pesquisador sênior do Instituto Real Elcano, na Espanha. "Ela está menos interessada em fazer do yuan uma moeda financeira." Como ele explica, se Pequim permitisse o uso do yuan nos mercados financeiros globais para fluxos de capital, investimentos e instrumentos financeiros, além do comércio, isso reduziria o controle do Partido Comunista Chinês sobre o sistema de crédito doméstico. "Pequim acredita que as finanças devem ser escravas da economia real, e não senhoras", ressalta. As manchetes na imprensa frequentemente mostram a alta recente do yuan como um desafio direto à dominância do dólar, que há quase 80 anos é a moeda de reserva global e ainda é usada em mais de 58% das transações internacionais e reservas cambiais. Mas para Dan Wang, diretora da China na consultoria de risco político Eurasia Group, o que Pequim busca não é a desdolarização, e sim a regionalização do yuan em direção ao Sul Global. Nos últimos três anos, a China tem aproveitado seu vasto poder econômico e os desdobramentos geopolíticos da guerra na Ucrânia para garantir acordos favoráveis de energia e commodities – incluindo grandes descontos da Rússia –, com uma parcela crescente paga em yuan. "Com o tempo, especialmente quando a China tem poder de negociação, ela pode exigir uma proporção maior [de comércio em yuan]. É isso que as estatais chinesas já estão fazendo com fornecedores estrangeiros de commodities", observa Wang. A importância do yuan no crédito externo Um segundo pilar dos esforços de Pequim para impulsionar o uso do yuan é o crédito externo, que incorpora a moeda chinesa nas estruturas de dívida de países em desenvolvimento. As participações externas dos bancos chineses em yuan – empréstimos, depósitos e títulos – quadruplicaram para 480 bilhões de dólares em cinco anos (R$ 2,5 trilhões), segundo o Financial Times, representando uma fatia crescente dos cerca de 1 trilhão de dólares (R$ 5,33 trilhões) em crédito externo da China por meio da Nova Rota da Seda. Com as taxas de juros do yuan entre 200 e 300 pontos-base abaixo das do dólar, o FT aponta que Quênia, Angola e Etiópia converteram dívidas antigas em dólar para yuan este ano, enquanto Indonésia, Eslovênia e Cazaquistão estão agora emitindo títulos na moeda chinesa. Alternativa ao Swift e yuan digital Além do comércio e do crédito, Pequim construiu uma terceira linha de defesa: uma arquitetura financeira separada que pode operar independentemente dos sistemas dominados pelo dólar. No centro dela está o Sistema de Pagamentos Interbancários Transfronteiriços da China (CIPS), alternativa ao Swift para transações internacionais. Em centros financeiros importantes como Singapura, Londres e Frankfurt, foram abertos centros de compensação em yuan. O banco central chinês também está testando o yuan digital – que, com acesso expandido para mais de 20 países, deve agilizar ainda mais os pagamentos internacionais e reduzir a dependência de bancos ocidentais. "Esse pode ser outro canal pelo qual a China internacionaliza sua moeda, sendo pioneira na vanguarda do dinheiro soberano digital", diz Otero-Iglesias. A China também assinou acordos de swap cambial com mais de 50 países. Eles permitem que bancos centrais troquem suas moedas locais por yuan sob demanda, o que ajuda países como Rússia e Irã a lidar com sanções dos EUA que bloqueiam o acesso ao dólar. Os acordos também beneficiam países que dependem do comércio e investimento chineses, como Argentina, Paquistão e Turquia. Pequim deve manter controle rígido sobre o yuan Diferentemente de moedas ocidentais, o yuan segue sendo rigidamente administrado por Pequim, e não pode ser trocado livremente por outras moedas sem supervisão do governo. O sistema de crédito doméstico chinês ainda é em boa parte dirigido por bancos estatais sob controle político. Pequim sabe que permitir o livre entra e sai de dinheiro no país poderia expor a moeda a ataques especulativos e outros tipos de influência estrangeira. Por isso, a convertibilidade absoluta ainda está fora de cogitação. "Pequim não vai adotar uma abordagem liberal", afirma Otero-Iglesias. "A internacionalização do yuan vai seguir a lógica de comando e controle do Partido Comunista Chinês." Mas sem a convertibilidade absoluta, é improvável que o yuan vire uma moeda financeira dominante usada para investimentos e reservas globais. A estratégia cautelosa de Pequim pode limitar o alcance do yuan. O movimento para expandir o comércio em yuan também sofre com os desequilíbrios econômicos da própria China. O consumo interno está enfraquecido, consumidores e empresários gastam menos – em parte por causa de um colapso no mercado imobiliário. Fábricas chinesas estão produzindo mais do que o país necessita, o que deixa a economia mais dependente de exportações. Sem demanda estrangeira forte – resultado da guerra tarifária deflagrada por Donald Trump nos Estados Unidos –, a expansão do comércio em yuan pode estagnar. "O crescimento tem que vir de fora", afirma Wang. "Isso quer dizer que o comércio global se torna ainda mais importante agora para a China." Se Pequim passar a exigir que mais negócios sejam fechados usando o yuan, o sucesso dessa estratégia vai depender dos parceiros comerciais – e, segundo analistas, de mais confiança, instituições transparentes e uma economia mais robusta. O yuan atingiu a maior participação de todos os tempos nas reservas cambiais globais no início deste ano Carlos Garcia Granthon/ZUMA Press Wire/picture alliance



Para proteger clientes e evitar lavagem de dinheiro, Banco Central cria regras para criptomoedas


10/11/2025 12:46 - g1.globo.com

Banco Central cria regras para mercado de criptoativos. O Banco Central (BC) informou nesta segunda-feira (10) que estabeleceu regras para a autorização e a prestação de serviços de ativos virtuais (criptoativos), como as criptomoedas. Entre as normas definidas, o BC informou que as prestadoras desse serviço deverão seguir a legislação sobre transparência na relação com clientes, prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. As normas entram em vigor em fevereiro de 2026. A partir dessa data, as empresas terão um prazo de nove meses para comprovar que estão aderentes às novas regras. De acordo com o diretor de Regulação do Banco Central, Gilneu Vivan, as normas trarão mais segurança para quem investe, pois essas empresas estarão sujeitas à supervisão e ao acompanhamento do Banco Central. "Outra coisa importante é que a gente passa a inserir as negociações com ativos virtuais dentro do nosso mercado regulado. Medidas que vão reduzir o espaço para golpes, fraudes e uso desse mercado para lavagem de dinheiro", explicou Gilneu Vivan, do BC. Ilustração mostra representação de bitcoin. Dado Ruvic/ Reuters As entidades que prestarem serviços com ativos virtuais deverão seguir regras relativas a: proteção e transparência nas relações com os clientes; prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo; requisitos de governança; segurança; controles internos; e prestação de informação; entre outros. O que muda na prática Pelo texto do BC, as instituições vão precisar cumprir critérios que, hoje, não são obrigatórios. Os principais são: Quem precisa de aval do BC: corretoras de câmbio, corretoras e distribuidoras de valores mobiliários e empresas de cripto (VASPs) passam a seguir um roteiro único para autorização de funcionamento, troca de controle, fusão/cisão/incorporação, mudança de objeto/denominação, alteração de capital e posse de administradores. Sarrafo mais alto: o BC exigirá capital e patrimônio mínimos, TI e governança compatíveis com o risco, plano de negócios atualizado, origem lícita do capital, conhecimento do ramo e reputação ilibada e capacitação de administradores. Endereço físico obrigatório: a sede deve ter uso exclusivo da instituição. Coworking/escritório virtual não vale (salvo empresas do mesmo conglomerado). Transparência pública: o BC vai divulgar nomes de novos controladores e administradores propostos e pedidos de cancelamento, abrindo prazo para objeções da sociedade. Quem pode controlar: pessoas físicas, instituições autorizadas pelo BC, instituições financeiras estrangeiras ou holdings brasileiras com objeto exclusivo de participação. Fundos de investimento não podem ser controladores nem integrar o grupo de controle. Crivo sobre gestores: diretores precisam residir no Brasil e não ter impedimentos (condenações/inhabilitações). O BC pode indeferir, exigir substituição ou afastar administradores a qualquer tempo. Poder de fiscalização: o BC pode pedir documentos extras, entrevistar controladores/gestores e acessar dados (inclusive fiscais e de cadastros) para checar idoneidade e capacidade. Se a VASP for negada: empresas de cripto em atividade que tiverem o pedido indeferido/arquivado devem, em 30 dias, parar de operar, avisar clientes e devolver cripto e recursos (para instituições/contas indicadas pelos próprios clientes). Cancelamento de ofício: o BC pode cancelar a autorização por inatividade, endereço inexistente, falta de envio de informações por >4 meses ou descumprimento do plano de negócios – com notificação prévia e janela para objeções. Processo em duas fases (cripto já ativa): primeiro o BC checa atividade prévia, reputação de controladores/participações e requisitos de capital; depois, avalia governança, TI, viabilidade e demais pontos (podendo exigir demonstrações auditadas). Quando vale: a resolução entra em vigor em 2 de fevereiro de 2026. ➡️As empresas que não se adequarem às normas fixadas pelo Banco Central não poderão operar. Haverá um prazo de 30 dias para que seus clientes transfiram os ativos virtuais para empresas autorizadas. ➡️Quando o ativo virtual forem "stable coins", as normas serão ainda mais restritas. Esse tipo de criptoativo tem como principal característica o seu valor atrelado a uma moeda fiduciária ou a outro ativo estável "Não vamos aceitar esses ativos que têm como controle do lastro deles algoritmos", informou Vivan. No caso das sociedades prestadoras de serviços de ativos virtuais (SPSVAs), entidades que poderão atuar no mercado de criptoativos cuja criação foi autorizada pelo Banco Central, atuarão conforme sua classificação: intermediária, custodiante e corretora de ativos virtuais. 🔎A chamada "lavagem de dinheiro" é o processo pelo qual criminosos buscam ocultar a origem ilícita de recursos, fazendo com que pareçam provenientes de fontes legítimas. ➡️Organizações criminosas costumam usar criptoativos em crimes como descaminho, evasão de dívidas, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Com as novas regras, afirmou o diretor Gilneu Vivan, do BC, o Brasil passa estar alinhado com as melhores práticas internacionais. "A regra é um marco muito relevante na segurança, pois a gente traz regras explícitas para que as prestadoras de serviços tenham mecanismos para identificar mau uso, praticas espúrias, manipulação de preços e uso de informação privilegiada. Tem um bloco dedicado à segurança cibernética. Elas devem seguir padrões rígidos de proteção de dados", explicou o diretor. Fraudes financeiras: vêm crescendo os esquemas de pirâmide e golpes envolvendo criptomoedas Mohamed Hassan para Pixabay Operações cambiais Segundo o BC, a norma também atualiza os processos de autorização relacionados a alguns segmentos antes regulados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), como sociedades corretoras de câmbio; corretoras de títulos e valores mobiliários; e distribuidoras de títulos e valores mobiliários. "O texto traz regras gerais comuns a todos esses segmentos e regras específicas para assegurar uma transição segura e organizada para o segmento das SPSAVs", acrescentou a instituição. A partir de agora, são consideradas operações no mercado de câmbio as seguintes atividades realizadas com ativos virtuais: 💵pagamento ou a transferência internacional usando ativos virtuais; 💵transferência de ativo virtual para cumprir obrigações decorrente do uso internacional de cartão ou outro meio de pagamento eletrônico; 💵transferência de ativo virtual para ou a partir de carteira autocustodiada, que não envolva pagamento ou transferência internacional com ativos virtuais, observado que a PSAV deve identificar o proprietário da carteira autocustodiada e manter processos documentados para verificar a origem e o destino dos ativos virtuais; 💵compra, venda ou troca de ativos virtuais referenciados em moeda fiduciária. Mercado se manifesta A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) avaliou, por meio de nota, estar em plena concordância com os princípios e diretrizes contemplados nos normativos. "A definição de requisitos para autorização, transparência para o consumidor, regras robustas para os custodiantes e a integração das operações com ativos virtuais ao mercado de câmbio conferem maior proteção ao usuário, promovendo um equilíbrio adequado entre segurança e o incentivo à inovação", acrescentou. Já a Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto) considera um "marco histórico" a regulamentação para o mercado de ativos virtuais. “As resoluções do Banco Central representam um passo decisivo para a maturidade e institucionalização do setor cripto no Brasil. É o resultado de um diálogo técnico e construtivo entre o regulador e o mercado, que trará mais segurança jurídica, competitividade e estabilidade para todos os agentes do ecossistema”, afirmou Bernardo Srur, CEO da ABcripto. Srur apontou, entretanto, pontos de atenção quanto ao "prazo de adequação curto" e ao capital mínimo exigido, que veio cerca de dez vezes superior ao valor proposto na consulta pública. “Esses fatores ainda geram questionamentos no setor. É importante garantir que a regulação fortaleça a confiança e a integridade do mercado, mas sem criar barreiras desproporcionais que possam limitar a competitividade ou desestimular novos entrantes”, concluiu.



Laranja: entenda por que preço pago pela indústria no mercado brasileiro caiu em novembro


10/11/2025 12:16 - g1.globo.com

Preço da laranja pago pela indústria caiu em novembro, aponta Cepea da Esalq-USP em Piracicaba Claudia Assencio/g1 Os preços da laranja pagos pelas indústrias no mercado brasileiro caíram no início de novembro. A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) do campus da USP em Piracicaba (SP), divulgada em análise mais recente sobre as cotações do setor. As exportações do suco da fruta também recuaram. Veja na análise, abaixo, na reportagem. A caixa de 40,8 quilos de laranja, que vinha sendo negociada em torno R$ 50, foi ajustada para patamares próximos de R$ 45, na árvore, na primeira semana de novembro. "A pressão vem da demanda externa mais lenta, associada à maior oferta de fruta para processamento", observa pesquisadores do Cepea. Exportações Entre julho e outubro de 202, as exportações brasileiras de suco de laranja totalizaram 283,2 mil toneladas em equivalente concentrado. O volume representa redução de 7,1% sobre o mesmo intervalo da temporada anterior. As exportações brasileiras de suco de laranja, entre julho e setembro de 2025, tiveram desempenho menor do que o observado na parcial da safra deste ano quando comparado à temporada anterior. A receita com os embarques do produto recuou cerca de R$ 15%. Suco de laranja tem menor volume exportado na safra 24/25, mas atinge receita recorde Jornal Nacional/ Reprodução O início da safra, por outro lado, é marcado por novo panorama dos países destinos. Os Estados Unidos e a Europa mantiveram, neste ano, o mesmo volume comprado, aponta o Cepea. "Pela primeira vez em vários anos, os embarques aos Estados Unidos e à União Europeia se igualaram, com aproximadamente 48% de participação cada em volume", analisa o Cepea. Veja detalhes, abaixo: 📉De acordo com dados da Comex Stat, o volume de suco embarcado totalizou 199,7 mil toneladas em equivalente concentrado, queda de 4% frente a igual intervalo do ano anterior, e a receita recuou 15%, para US$ 751,3 milhões. "A retração no montante recebido por exportadores reflete o enfraquecimento dos preços internacionais, diante da ampliação da oferta global e do comportamento mais cauteloso de compradores, sobretudo os europeus", afirma o Cepea. Suco sem tarifaço Ainda segundo estudos dos pesquisadores do setor de hortifrúti do Cepea, a isenção da sobretaxa de 40% manteve os embarques aos Estados Unidos. Mas, os produtos derivados, óleos e farelo, seguem penalizados pela alíquota de 50%. Diante desse contraste, os pesquisadores do Cepea ressalta a importância de acordos bilaterais que garantam competitividade. "Apenas o suco de laranja, mas não seus subprodutos, foi isento da sobretaxa de 40%, permanecendo sujeito à tarifa de 10% acrescida da taxa fixa de US$ 415 a tonelada", detalharam os pesquisadores do Cepea em boletim de agosto. "Entre resiliência e prudência, o setor exportador entra em nova fase: menos euforia, mais estratégia. O futuro dependerá da inovação e da conquista de mercados em um ambiente de margens estreitas", completam. Mudança nos destinos O destaque do início da safra, indicam pesquisadores do Cepea, foi a mudança na composição dos destinos. "O avanço de 13% nas vendas ao mercado norte-americano, mesmo com a manutenção da tarifa residual de 10%, evidencia a elevada dependência dos Estados Unidos do suco brasileiro", indica o Cepea. "Já a União Europeia, tradicional principal destino, mostrou retração de 8%, influenciada pela redução da demanda após os altos preços e problemas de qualidade observados na safra anterior", completa. "Estamos casados com os EUA e eles com a gente", diz diretor da CitrusBR após suco de laranja escapar do tarifaço Safra anterior O volume de suco de laranja exportado pelo Brasil na safra 2024/25, que se encerrou em junho deste ano, foi o menor em quase 30 anos, mas a receita com os embarques foi recorde. O futuro do setor de citrus, no entanto, segue incerto. Agentes do mercado nacional já demonstravam incerteza quando o novo tarifaço foi anunciado pelo Presidente Donald Trump. - Entenda mais, abaixo. Na comparação com a safra anterior, a receita cresceu 28,4%, totalizando US$ 3,48 bilhões, conforme estudo do Cepea no início de julho deste ano. Oferta restrita: apesar do cenário de incerteza quanto à recuperação plena do consumo externo de suco e de uma safra 'turbulenta', nas palavras dos pesquisadores da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq-USP), o impacto da elevação de 10% nas tarifas foi minimizado pela oferta restrita do Brasil, que sustentou os embarques. Carta de Trump ao Brasil tem a tarifa mais alta 📲 Participe do canal do WhatsApp do g1 Piracicaba Agentes do setor de citricultura, consultados pelo Cepea, demonstraram receio de que demanda internacional não se restabeleça completamente. "Ora devido à estagnação do consumo, ora pelos efeitos ainda indefinidos dos aumentos tarifários implementados pelo governo Trump sobre produtos brasileiros", analisam. "No entanto, permanece incerta a magnitude dos efeitos de um possível aumento tarifário para patamares de até 50% sobre o suco de laranja, especialmente diante da perspectiva de maior produção nacional nas próximas temporadas", destacam. Assim, ainda conforme o Centro de Pesquisas, o acúmulo de divisas oriundas das exportações na temporada 2024/25 foi extremamente favorável, permitindo ao setor uma capitalização importante frente aos desafios futuros. 📃Leia mais Calor e greening impactam safra da laranja e preço da fruta alcança maior patamar em 30 anos em São Paulo, aponta estudo da USP O que é o greening O greening é uma bactéria considerada a mais destrutiva da citricultura mundial. Os sintomas dela podem ser observados nas folhas de pés de laranja, por exemplo, que apresentam um aspecto amarelado, e nas flores, que ficam secas e murchas. A bactéria afeta a saúde da planta e a produção de frutos. "A doença é transmitida por um inseto vetor, pelo psilídeo, e é justamente nessa região de Limeira, Avaré e Bebedouro, esse 'miolo' do estado de São Paulo, onde são capturadas as maiores populações de inseto. Consequentemente a gente tem as maiores taxas de transmissão", explica Guilherme Rodriguez, supervisor de projetos do Fundecitrus, em entrevista à EPTV em setembro de 2024. Greening aumenta nas laranjeiras da região de Limeira e contribui para alta de preços Veja mais notícias sobre a região no g1 Piracicaba



Ibovespa supera os 155 mil pontos com possível fim do shutdown nos EUA; dólar cai a R$ 5,30


10/11/2025 12:00 - g1.globo.com

Lula defende que Mercosul e União Europeia digam “sim” ao comércio internacional na próxima Cúpula O Ibovespa fechou em alta de 0,77% nesta segunda-feira (10), aos 155.257 pontos. Com isso, o principal índice da bolsa brasileira atingiu seu 11º recorde seguido. Já o dólar encerrou em queda de 0,55%, cotado a R$ 5,3069, em dia de desvalorização global da moeda americana. Investidores reagiram à aprovação de um projeto no Senado dos EUA que pode encerrar a maior paralisação governamental da história do país, conhecida como shutdown — o que impulsionou o apetite por risco, favorecendo mercados emergentes. A sessão também foi marcada pela atenção ao cenário político e econômico, com foco nas discussões da COP30. 🔎 “Shutdown” significa paralisação. Nos EUA, o termo é usado para descrever quando o governo federal suspende parte de suas atividades por falta de aprovação, pelo Congresso, do orçamento anual ou de um financiamento provisório para os gastos públicos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ No Brasil, o mercado avaliou o Boletim Focus após a decisão do Copom. Os economistas mantiveram as projeções para a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao fim de 2025, 12,25% em 2026, 10,50% em 2027 e 10% em 2028. ▶️ Na sexta-feira, o Ibovespa superou os 154 mil pontos, puxado pela expectativa de corte de juros no Brasil e nos EUA, e com o recuo do dólar, que havia encerrado a sessão no menor nível em um mês, a R$ 5,3361. ▶️ Ainda no Brasil, as atenções se voltam para o início da COP30, em Belém (PA), marcando a primeira conferência global do clima no Brasil desde a ECO-92. O país deve aproveitar o evento para reforçar compromissos ambientais e destacar ações na Amazônia. ▶️ Na abertura da conferência, destaque para o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre outros pontos, ele afirmou que é "mais barato financiar o clima do que guerras" e reforçou ser preciso "impor nova derrota" aos negacionistas. ▶️ Nos EUA, os ativos sobem com o avanço das negociações para encerrar a paralisação do governo (shutdown). Senadores democratas indicaram apoio a um acordo que pode garantir financiamento para parte das agências até o próximo ano. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,55%; Acumulado do mês: -1,36%; Acumulado do ano: -14,12%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,77%; Acumulado do mês: +3,82%; Acumulado do ano: +29,08%. Agenda econômica Boletim Focus Economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a taxa básica de juros (Selic) ao fim de 2025 e dos próximos três anos, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda. O resultado reflete a sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom), que na semana passada optou por manter a Selic em 15% ao ano e indicou que os juros devem permanecer nesse patamar por um período prolongado, sem sinalizar cortes no curto prazo. As estimativas para a Selic seguem em 15% ao final de 2025, 12,25% em 2026, 10,50% em 2027 e 10,00% em 2028. Esta foi a vigésima semana consecutiva em que os analistas mantiveram a projeção para o fim de 2025. Em relação à inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as expectativas também foram mantidas: 4,55% para 2025, 4,2% para 2026, 3,8% para 2027 e 3,50% para 2028. A meta oficial de inflação é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. As projeções para o crescimento da economia (PIB) permanecem em 2,16% para 2025 e 1,78% para 2026. Já o câmbio segue estimado em R$ 5,41 por dólar em 2025 e R$ 5,5 em 2026. Paralisação do governo americano no 41º dia A paralisação do governo dos Estados Unidos chegou ao 41º dia nesta segunda-feira, mas pela primeira vez em semanas há sinais concretos de avanço nas negociações para encerrar o impasse. No domingo, o Senado aprovou, por 60 votos a 40, a tramitação de um projeto que prevê o financiamento parcial de agências federais e a reabertura do governo. Embora não seja a votação final, o movimento representa um passo importante para destravar o funcionamento da máquina pública. O plano prevê financiamento integral para departamentos como Agricultura, Assuntos de Veteranos e Construção Militar até o fim do ano fiscal. As demais áreas receberiam recursos temporários até 30 de janeiro de 2026 — o que daria tempo para um acordo mais amplo. A proposta ainda precisa passar pela Câmara dos Representantes e ser sancionada pelo presidente Donald Trump. O fim da paralisação pode liberar cerca de US$ 953 bilhões em recursos do Tesouro, que estão represados desde o início do shutdown. Esse montante pode ajudar a destravar investimentos, pagamentos e programas sociais, além de aliviar a pressão sobre famílias de baixa renda que dependem de benefícios como o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP). O acordo também inclui compromissos com os trabalhadores afetados. A administração Trump se comprometeu a reintegrar os servidores demitidos e pagar os salários atrasados. Além disso, foi prometida uma votação em dezembro sobre a extensão dos subsídios da Lei de Cuidados Acessíveis (ACA), que ajudam milhões de americanos a pagar por planos de saúde. Apesar do avanço, parte dos democratas considera que o partido abriu mão de garantias importantes, como a inclusão direta dos subsídios no texto. Mesmo assim, o mercado acompanha os desdobramentos, já que o fim da paralisação pode aumentar a liquidez na economia e destravar pautas regulatórias — como projetos ligados ao setor de tecnologia e ativos digitais. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos começaram a semana em alta, impulsionados pela expectativa de um acordo bipartidário no Senado para encerrar a paralisação do governo federal, que já dura 41 dias. Embora o plano ainda não resolva questões como os subsídios de saúde defendidos pelos democratas, o avanço nas negociações trouxe otimismo aos investidores. O S&P 500 avançou 1,54%, aos 6.832,47 pontos. O Dow Jones teve ganhos de 0,81%, aos 47.368,54 pontos, e o Nasdaq registrou alta de 2,27%, aos 23.527,17 pontos — puxado pelo bom desempenho das ações de tecnologia. Na Europa, os mercados também operam em alta nesta segunda-feira, refletindo dados de crescimento econômico da zona do euro no terceiro trimestre, enquanto empresas da região avaliam os impactos das tensões comerciais para os próximos anos. Durante a manhã, os principais índices europeus registravam ganhos: STOXX 600 subia 1,38%, o DAX (Alemanha) avançava 1,7%, o CAC 40 (França) ganhava 1,3% e o FTSE 100 (Reino Unido) tinha alta de 1%. Já os mercados asiáticos fecharam em alta, com destaque para setores considerados mais estáveis, como bebidas alcoólicas e bens de consumo básicos. Além disso, o avanço foi impulsionado pelo aumento dos preços ao consumidor, que favoreceu empresas desses segmentos. No fechamento, o Nikkei (Tóquio) subiu 1,26%, o Hang Seng (Hong Kong) avançou 1,55%, o SSEC (Xangai) teve alta de 0,53% e o CSI300 ganhou 0,35%. O Kospi (Seul) liderou os ganhos com alta de 3,02%, enquanto o Taiex (Taiwan) subiu 0,79%. O Straits Times (Cingapura) foi exceção, com leve queda de 0,13%. *Com informações da agência de notícias Reuters. O dólar opera cotado acima de R$ 6,00 no mercado à vista na manhã desta quarta-feira, 9, estendendo ganhos frente ao real pelo quarto pregão consecutivo, diante do acirramento da guerra comercial entre os EUA e a China. Adriana Toffetti/Estadão Conteúdo



Por que dois diretores da BBC renunciaram ao mesmo tempo e o que isso tem a ver com Trump?


10/11/2025 11:36 - g1.globo.com

Tim Davie renunciou ao cargo de diretor-geral da BBC. Reuters via BBC O diretor-geral da BBC, Tim Davie, e a diretora da divisão de notícias da BBC News, Deborah Turness, renunciaram aos seus cargos no domingo (9/11). ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A BBC havia sido alvo de críticas por conta de um documentário do programa Panorama, que foi acusado de editar de forma enganosa um discurso do presidente americano, Donald Trump, dando a impressão de que ele estava incitando ataques ao Capitólio em janeiro de 2021. Em e-mails enviados aos funcionários, tanto Davie quanto Turness admitiram que "erros foram cometidos". Quem são Tim Davie e Deborah Turness? Tim Davie foi nomeado diretor-geral da BBC em setembro de 2020. Ele é responsável por supervisionar os serviços da corporação e é seu líder editorial, operacional e criativo. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Quando chegou ao cargo, ele não era uma figura nova na BBC — ele já havia sido diretor-executivo da BBC Studios por sete anos. Antes de ingressar na BBC, Davie trabalhou para organizações como Procter & Gamble e PepsiCo. Deborah Turness era CEO da BBC News desde 2022, supervisionando os programas de notícias e atualidades da BBC. Em sua função, ela é responsável por uma equipe de cerca de 6 mil pessoas, que transmitem programas e notícias para quase meio bilhão de pessoas em todo o mundo em mais de 40 idiomas. Antes, ela tinha sido CEO do grupo ITN e presidente da NBC News. Por que eles renunciaram a seus cargos? As renúncias seguem a polêmica em torno de um documentário do Panorama intitulado Trump: Uma Segunda Chance?, que foi transmitido uma semana antes das eleições presidenciais de 2024 nos EUA. Na sua declaração, Turness afirmou: "A atual polêmica em torno do Panorama sobre o presidente Trump atingiu um ponto em que está causando danos à BBC — uma instituição que eu adoro". "Como CEO da BBC News and Current Affairs, a responsabilidade final é minha — e tomei a decisão de apresentar a minha demissão ao diretor-geral na noite passada." E acrescentou: "Embora tenham sido cometidos erros, quero deixar absolutamente claro que as recentes alegações de que a BBC News é institucionalmente tendenciosa são falsas." Davie não mencionou o documentário do Panorama na nota em que comunica sua renúncia, mas disse: "Embora não seja a única razão, o debate atual em torno da BBC News contribuiu, compreensivelmente, para a minha decisão". "No geral, a BBC vem tendo um bom desempenho, mas foram cometidos alguns erros e, como diretor-geral, tenho de assumir a responsabilidade final." O que aconteceu com o programa de TV sobre Trump? Um documentário da BBC sobre Trump está no centro da polêmica. Getty Images via BBC Na semana passada, o jornal Telegraph publicou uma reportagem exclusiva, afirmando ter visto um memorando interno vazado da BBC. O memorando era de Michael Prescott, ex-consultor externo independente do comitê de padrões editoriais da emissora. Ele deixou o cargo em junho. O memorando sugeria que o documentário do Panorama, com uma hora de duração, havia editado partes do discurso de Trump de forma que ele parecesse encorajar explicitamente a invasão no Capitólio em janeiro de 2021. Em seu discurso em Washington em 6 de janeiro de 2021, Trump disse: "Vamos caminhar até o Capitólio e vamos aplaudir nossos bravos senadores e congressistas." No entanto, na edição do Panorama, ele aparece dizendo: "Vamos caminhar até o Capitólio... e eu estarei lá com vocês. E lutaremos. Lutaremos com todas as nossas forças." Os dois trechos do discurso de Trump foram editados, parecendo se tratar de apenas uma frase. Mas cada trecho foi falado com um intervalo de mais de 50 minutos de diferença. O comentário sobre lutar "com todas as nossas forças" foi retirado de uma parte em que Trump discutia o quão "corruptas" eram as eleições americanas. No total, ele usou as palavras "luta" ou "lutando" 20 vezes no discurso. De acordo com o Telegraph, o documento dizia que a "distorção dos eventos do dia" feita pelo Panorama deixaria os telespectadores se perguntando: "Por que a BBC deveria ser confiável e onde tudo isso vai parar?" Quando a questão foi levantada com os diretores da BBC, afirma o memorando, eles "se recusaram a aceitar que houve uma violação dos padrões". A BBC tem sido alvo de críticas por uma série de outras questões nas últimas semanas. O Telegraph também relatou que Prescott expressou preocupação com a falta de ação para lidar com os "problemas sistêmicos" de viés anti-Israel na cobertura da guerra em Gaza pelo serviço de notícias em árabe da BBC. O relatório também disse que Prescott havia expressado preocupação com a cobertura da BBC sobre questões relacionadas a pessoas transgênero. E na quinta-feira, a BBC acatou 20 reclamações de imparcialidade sobre a maneira como a apresentadora Martine Croxall alterou, no início deste ano, um roteiro que estava lendo ao vivo no BBC News Channel, que se referia a "pessoas grávidas". Homem passa mal em evento com Trump na Casa Branca Por que Davie pediu demissão neste momento? Tim Davie enfrentou muitos escândalos e crises durante seus cinco anos à frente da BBC, incluindo polêmicas envolvendo o ex-jogador e apresentador Gary Lineker, o cantor Bob Vylan no festival de música de Glastonbury, um documentário sobre Gaza e problemas específicos envolvendo diversos apresentadores. Davie recebeu o apelido de "Tim Teflon" de alguns na mídia porque nada parecia afetá-lo. Ele também tentou superar a mais recente polêmica, mas ela ganhou força nos últimos dias. A BBC deve emitir um pedido de desculpas nesta segunda-feira (10/11) pelo documentário do Panorama. Isso ocorre em um momento delicado para a BBC, com o governo prestes a revisar o documento que rege toda a sua relação com a empresa — antes do término da vigência atual em 2027. Em sua declaração, Davie disse: "Vocês vão perguntar por que agora, por que neste momento?" Ele afirmou ser "BBC de corpo e alma", que se importa profundamente com a emissora e deseja que ela tenha sucesso. "É por isso que quero criar as melhores condições e o melhor espaço para que um novo diretor-geral assuma o cargo e molde positivamente a próxima carta. Espero que, à medida que avançamos, uma conversa pública sensata, calma e racional possa ocorrer sobre o próximo capítulo da BBC." Como a BBC escolherá seu próximo diretor-geral? O diretor-geral é nomeado pelo Conselho da BBC, órgão responsável por garantir que a emissora cumpra sua missão e seus objetivos públicos. O Conselho da BBC é liderado pelo presidente Samir Shah, que é um dos 10 membros não executivos, além de quatro membros executivos, incluindo o diretor-geral. Quando Davie foi nomeado em 2020, o processo de escolha do sucessor foi conduzido pelo comitê de indicações do Conselho da BBC. A nomeação do diretor-geral é feita de acordo com os termos da Carta da BBC. O sucessor de Davie será o 18º diretor-geral nos 103 anos de história da BBC. Entre os nomes que têm sido cogitados como possíveis candidatos está Charlotte Moore, ex-diretora de conteúdo da BBC, responsável por toda a programação, exceto notícias, e que supervisionou sucessos como os programas The Traitors, The Wheel e Happy Valley. Outros nomes incluem Jay Hunt, um dos executivos mais experientes da televisão britânica, e James Harding, chefe de notícias da BBC de 2013 a 2018.



Banco Central permitirá que clientes bloqueiem abertura de chaves PIX em seu nome


10/11/2025 07:07 - g1.globo.com

Bancos já começaram a oferecer ferramenta para contestar fraudes em Pix O Banco Central (BC) lançará uma ferramenta que permitirá aos clientes bloquear a criação de novas chaves PIX em seu nome, informou o chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Breno Lobo, na última semana. Segundo ele, o modelo será semelhante a um novo serviço, que será ofertado a partir de dezembro, que permitirá ao cidadão informar aos bancos que não deseja abrir novas contas (corrente, de poupança ou de pagamento) em seu nome. O objetivo é evitar a abertura de chaves PIX fraudulentas e, no caso de contas bancárias, a inclusão de um novo titular em contas conjuntas ou de novos responsáveis em contas de pessoas jurídicas. Ainda não há data para o início do bloqueio de chaves PIX a pedido dos clientes. "No Registrato [sistema do BC], no começo de dezembro, haverá uma funcionalidade que a gente pode assinalar e proibir abertura de contas no seu nome. Se quiser de fato abrir uma conta, comunique ao BC, e volta no Registrato, aperta o botão e não permite abertura de conta. A gente vai fazer isso para chave PIX também em breve", declarou Breno Lobo, do BC. O Registrato é um sistema em que os clientes podem consultar empréstimos em seu nome, bancos onde tem conta, chaves PIX cadastradas, cheques sem fundos e dados de compra ou venda de moeda estrangeira. Para evitar fraudes, o Banco Central iniciou, em outubro, o bloqueio de chaves PIX marcadas pelas instituições participantes como utilizadas para golpes e fraudes. Além disso, mais de 245 milhões de chaves PIX foram excluídas pelas instituições financeiras e pelos próprios usuários nos últimos meses. O maior número está relacionado a problemas de grafia, que pode ser um indício de fraude, erros de digitação, morte do titular, além de cancelamentos a pedido do cliente ou por mudança de agência bancária. Desde o início de outubro, as instituições financeiras passaram a disponibilizar, no ambiente PIX de seus aplicativos, uma funcionalidade (botão de contestação) para que uma transação possa ser facilmente contestada, sem a necessidade de interação humana. Reprodução/TV Globo



DREX: Banco Central desiste da moeda digital brasileira, mas levará adiante infraestrutura


10/11/2025 07:01 - g1.globo.com

Moeda virtual vive momento de alta e empolga investidores O chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Breno Lobo, afirmou na semana passada que o autoridade monetária desistiu de ter uma moeda digital brasileira oficial. Durante evento da Associação Brasileira de Direito e Economia (ABDE) sobre segurança digital, ele disse, porém, que o BC levará adiante a infraestrutura que permitirá os chamados contratos inteligentes no futuro. "A gente deu um passo para trás. Não é uma CBDC, uma moeda digital do BC. É uma infraestrutura para permitir contratos inteligentes, para garantir a entrega contra pagamento. Mas tem que dar o passo inicial, a gente enxerga o DREX nessa função", afirmou Breno Lobo, do Banco Central. ▶️ Ao divulgar as diretrizes gerais de uma moeda digital para o Brasil, em 24 de maio de 2021, o site do BC se referiu ao Drex "como uma extensão da moeda física". ▶️Ao defender uma moeda digital oficial do Brasil no passado, o BC dizia que seu atrativo, frente aos criptoativos que circulam no mercado, seria a segurança das operações, uma vez que ela seria a extensão digital do real. Na última semana, Breno Lobo, do BC, avaliou que "pouco importa" para a população se é uma moeda emitida pelo Banco Central, ou se é moeda de uma instituição financeira. Ele não explicou porquê o BC desistiu do DREX. "Importante é ter uma infraestrutura que consegue registrar contratos inteligentes com liquidação vinculada, atrelada, ao alcance daquelas condições estabelecidas em contrato. DREX está indo nessa direção, que traz muito mais utilidade para a população brasileira", acrescentou ele. Entre os exemplos de contratos inteligentes, está, por exemplo, um documento que permitirá a transferência de bens móveis (carros) ou imóveis (casa própria), em um ambiente digital, no mesmo momento que o pagamento é liquidado. Evitando assim que uma parte seja lesada. Em outro caso, uma geladeira inteligente, por exemplo, poderá fazer pedidos de produtos em falta sem a intervenção humana, e utilizar uma carteira digital no pagamento. Com isso, não haveria necessidade de cadastro de um cartão de crédito ou débito, eliminando custos bancários. Criptomoedas, bitcoin, criptoativos Reprodução/TV Globo



Educação Financeira #317: como escolher entre pagamento à vista, financiamento ou consórcio na compra de um carro


10/11/2025 05:00 - g1.globo.com

Comprar um carro não é só escolher o modelo — é decidir como pagar. Neste episódio do podcast Educação Financeira, a planejadora Paula Bazzo explica quando vale mais a pena pagar à vista, financiar ou entrar em um consórcio — e como evitar erros que pesam no orçamento. Quem paga à vista elimina dívidas e pode conseguir descontos ou benefícios extras na concessionária. Em contrapartida, imobiliza um valor alto em um bem que se desvaloriza com o tempo, perdendo o rendimento que esse dinheiro poderia gerar em investimentos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp O financiamento é indicado para quem precisa do carro de imediato, mas não tem o valor total. Exige uma entrada e cobra juros — hoje em torno de 2% ao mês. Já o consórcio não tem juros, mas cobra taxa de administração e fundo de reserva — e serve para os compradores que não têm tanta pressa em ter o veículo, já que pode depender de sorteio ou lance para liberação da carta de crédito. Bazzo ainda recomenda que os compradores se atentem ao Custo Efetivo Total (CET) do financiamento — que inclui juros, Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), seguros e taxas — e avaliem o impacto da inflação no consórcio, já que as parcelas são corrigidas pelo IPCA. Segundo a educadora financeira, é essencial comparar planos equivalentes (mesmo valor e prazo) e desconfiar de ofertas que prometem “juros zero”, pois costumam ter entradas altas ou prazos curtos. OUÇA AQUI: Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. Veja os vídeos que estão em alta no g1



Bolsa Família 2025: pagamentos começam nesta semana; veja calendário


10/11/2025 03:01 - g1.globo.com

Bolsa Família 2025: veja as regras e o calendário de pagamentos de novembro Os pagamentos de novembro do Bolsa Família 2025 começam nesta semana pela Caixa Econômica Federal. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para novembro de 2025: Final do NIS: 1 - pagamento em 14/11 Final do NIS: 2 - pagamento em 17/11 Final do NIS: 3 - pagamento em 18/11 Final do NIS: 4 - pagamento em 19/11 Final do NIS: 5 - pagamento em 21/11 Final do NIS: 6 - pagamento em 24/11 Final do NIS: 7 - pagamento em 25/11 Final do NIS: 8 - pagamento em 26/11 Final do NIS: 9 - pagamento em 27/11 Final do NIS: 0 - pagamento em 28/11 Para dezembro, a previsão de pagamentos é: Dezembro: de 10/12 a 23/12. Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa. Bolsa Família pode ser solicitado em uma unidade do Cras. Divulgação/MDAS



Frango encarece, porco recua: análise da USP explica gangorra de preços das carnes concorrentes em outubro


09/11/2025 22:32 - g1.globo.com

Em fevereiro, o preço da carcaça suína registrou elevação de 10,8% na comparação com janeiro, passando para R$ 13,20 o quilo. Arquivo Secom A diferença entre as cotações das carnes de frango e de porco diminuiu em outubro. Após cinco meses seguidos de vantagem, o preço da carne de frango perdeu competitividade na comparação com o da proteína de porco em outubro, segundo boletim do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), divulgado na última sexta-feira (7). 📈Gangorra de preços: o resultado se deve à valorização da proteína avícola e à queda nos preços da suinícola. 🐔 Mercado de frango: O boletim do Cepea indica que, em outubro, o quilo do frango inteiro resfriado foi comercializado no atacado da Grande São Paulo a R$ 4,55 abaixo da cotação do da carcaça especial suína. A diferença é 1,5% menor que a verificada em setembro. Em relação a setembro, o frango inteiro resfriado se valorizou 6%, com a média passando para R$ 7,99 o quilo. "Esse cenário sustentou o avanço do preço médio mensal da carne em outubro, mesmo diante das retrações no encerramento do mês", analisam os pesquisadores do Cepea. Gripe aviária: pesquisadores do Cepea destacam que a retomada das exportações a patamares próximos aos observados antes da ocorrência da gripe aviária tem sido determinante para o enxugamento da oferta interna e para um maior equilíbrio entre disponibilidade e demanda doméstica. Disponibilidade de carne suína no mercado doméstico Veja os vídeos que estão em alta no g1 Levantamentos do Cepea indicam ainda que a disponibilidade interna de carne suína em outubro foi a segunda menor de 2025. Os cálculos do Centro de Estudos da Esalq estimam que o volume no mês só supera o de junho deste ano. 🐷Em outubro, foram destinadas ao mercado doméstico 191,5 mil toneladas de carne suína, contra 194 mil toneladas em setembro – em junho, a mínima do ano, foram 185 mil toneladas. "Esse cenário está atrelado ao avanço nas exportações brasileiras da proteína e à desaceleração no número de abate. O pico de 2025 foi observado em julho, quando quase 240 mil toneladas foram disponibilizadas internamente", detalham os pesquisadores do Cepea. Exportações Quanto às exportações brasileiras de carne, a média diária de embarques esteve em 15,1 mil toneladas em outubro, a maior para o período, considerando-se a série histórica da Secex, o que tende a resultar em escoamento total de 136,1 mil toneladas de carne suína in natura – o fechamento dos números de exportação de outubro deve ser divulgado ainda nesta semana pela Secretaria. Sobre os abates, estimativas realizadas pelo Cepea com base em dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apontam possível redução de 9% em outubro. Produção de carne suína Reprodução/TVCA Veja movimentos de preços das carnes desde maio Com recuo nos preços, a competitividade da carne de porco em relação à proteína de frango começa a melhorar em outubro após consecutivas perdas nos últimos meses. A reação do mercado de carne suína responde aos reflexos do caso da gripe aviária, registrado em maio em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. O Brasil se declarou livre da doença em junho. As exportações de frango retomaram recordes no segundo semestre. Entenda movimento no mercado das proteínas concorrentes, abaixo, na reportagem. Estudo do Cepea demonstra que o cenário pressionou os valores de comercialização da carne de frango e desfavoreceu a competitividade da proteína de porco de junho e o começo de setembro deste ano. "O movimento de alta nas cotações do frango segue firme, enquanto os valores do suíno estão em queda, resultando em ganho de competitividade da carne suína frente à de frango pela primeira vez desde o caso da gripe aviária", destaca. Setembro Os preços da carne de frango passaram a se recuperar, influenciados, conforme explicam pesquisadores, pela retomada das exportações brasileiras da proteína à União Europeia – os envios ao bloco estavam suspensos desde maio. Cotações Indicador Cepea/Esalq - Suíno Vivo Porco: produtor tem maior poder de compra Os produtores paulistas de carne de porco vivem o momento mais favorável em relação ao poder de compra do farelo de soja, insumo essencial para a suinocultura, aponta boletim do Cepea divulgado na primeira semana de outubro de 2025. Os pesquisadores do campus da USP, em Piracicaba (SP), ressaltam que o poder de compra atual está 54% acima da média da série histórica do Cepea, iniciada em janeiro de 2024, que é de 3,62 quilos. Farelo de soja Caíque Rodrigues/g1 RR Com a venda de um quilo do suíno vivo no interior de São Paulo, especialmente na região de Campinas (SP), o produtor conseguiu comprar 5,57 quilos de farelo em setembro. Essa é a maior quantidade registrada pelo Cepea desde dezembro de 2004, quando a relação de troca atingiu recorde, de 6,49 quilos. Preços Além dos preços mais firmes de venda do suíno vivo, levantamento do Cepea aponta que o valor médio do animal em setembro, de R$ 9,25 o quilo , foi o maior de 2025 –, esse cenário favorável ao suinocultor é influenciado pelas recentes fortes desvalorizações do farelo de soja. A Equipe de Grãos do Cepea mostra que a tonelada do derivado negociado na região de Campinas (SP) registrou média de R$ 1.660,53 em setembro, sendo 21,7% abaixo da verificada no mesmo período do ano passado. Brasil se declara livre da gripe aviária nesta quarta Exportações em alta O volume exportado de carne suína brasileira cresceu cerca de 72% entre janeiro e agosto de 2025, aponta análise do Cepea na segunda quinzena de agosto de 2025. Em janeiro, foram 7,7 mil toneladas da proteína exportada. Em agosto, a quantidade passou para 13,3 mil toneladas. No ranking dos principais países destinos dos embarques, Chile e Filipinas são destaques. Entenda panorama, abaixo."O destaque foi em julho, quando 14,5 mil toneladas de carne suína foram escoadas ao Chile. O dobro do volume de janeiro", aponta o Cepea. USP analisa movimentos de preços das carnes concorrentes e reflexos da estiagem em agosto Destinos Chile foi, em julho e agosto o segundo maior destino da proteína brasileira, assumindo a posição que até então vinha sendo sustentada pela China. As Filipinas se mantêm como maior destino da carne suína brasileira desde fevereiro deste ano. "O aumento dos embarques ao Chile está atrelado ao fato de o governo daquele país ter reconhecido, em abril deste ano (e oficializado em julho), o estado do Paraná (segundo maior produtor nacional), como livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica", destaca o Cepea. Preços Os preços do suíno vivo e da carne de porco mantiveram altas desde o fim do primeiro semestre de 2025 e as cotações de agosto seguiram firmes, contrariando cenário típico de recuos para esse período do ano. 🐖O mercado independente do suíno vivo, segundo o Cepea, foi favorecido pela demanda aquecida, típica no começo do mês e que ajudou a impulsionar as cotações. Na segunda metade de agosto, a procura seguiu firme, e os valores não recuaram como tradicionalmente ocorre. Desta forma, as médias mensais dos preços do vivo em quase todas as praças acompanhadas pelo Cepea avançaram em relação a julho", observa o Cepea em boletim desta quinta-feira. Quanto à carne, pesquisadores explicam que a demanda também esteve bastante elevada em agosto, levando a aumentos nas cotações da maior parte dos produtos suinícolas no período. 📈O indicador do Suíno Vivo Mensal Cepea/Esalq fechou em R$ 8,57 em Minas Gerais, R$ 8,27 no Paraná, R$ 8,15 no Rio Grande do Sul, R$ 8,19 em Santa Catarina e R$ 8,76 em São Paulo em agosto. Produção de frango em Santa Catarina Cristiano Estrela/Arquivo/Secom Frango: expectativa de recorde nos embarques A quantidade de carne de frango exportada em setembro foi a maior em 11 meses, e, nesta parcial de outubro, o ritmo diário de embarques está 9,6% superior ao de setembro/25 e expressivos 16% acima do de outubro/24, conforme dados da Secex. Os analistas de Cepea estimam que 2025 pode atingir recorde inédito nas exportações de carne de frango. "Caso o atual intenso desempenho das exportações brasileiras de carne de frango se mantenha nas próximas semanas, 2025 pode se encerrar com um novo recorde no volume escoado. Esse resultado seria verificado mesmo diante do caso de gripe aviária em maio deste ano em uma granja comercial do Rio Grande do Sul", aponta. Remotada europeia Pesquisadores do Cepea explicam que esse cenário é favorecido pela recente retomada das compras da proteína brasileira por parte da União Europeia, fator que contribui para consolidar a recuperação do ritmo exportador nacional a patamares pré-gripe. Frango Getty Images via BBC China: vendas seguem suspensas Os embarques de carne de frango para a China seguem suspensas. O Cepea indica que o retorno dos embarques ao país asiático poderia impulsionar ainda mais as exportações totais. "As perspectivas de vendas externas recordes em 2025, no entanto, dependem da ausência de novos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1 ou IAAP) em granjas comerciais, assim como de outros tipos de influenza", acrescentam os pesquisadores do Cepea. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba



Chefes da BBC renunciam após críticas a documentário sobre Trump


09/11/2025 21:37 - g1.globo.com

Após a BBC ser criticada na imprensa britânica por um documentário sobre Donald Trump e acusada pela Casa Branca de espalhar fake news, o diretor-geral da emissora, Tim Davie, e a CEO da BBC News, Deborah Turness, anunciaram neste domingo (09/11) que vão deixar seus cargos. No centro da polêmica está um programa sobre Trump veiculado pela BBC às vésperas da reeleição dele nos Estados Unidos, em novembro de 2024, com a reprodução de trechos de um discurso de 2021 do republicano a apoiadores momentos antes da invasão do Capitólio. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Como todas as organizações públicas, a BBC não é perfeita, e temos que ser sempre abertos, transparentes e responsáveis", declarou Davie em um comunicado publicado no site da emissora. "Embora não tenha sido o único motivo, o atual debate em torno da BBC News compreensivelmente contribuiu para a minha decisão. No geral, a BBC tem trabalhado bem, mas houve alguns erros e eu, como diretor-geral, tenho que assumir a responsabilidade." Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Já Turness afirmou em nota aos funcionários que a polêmica em torno do documentário sobre Trump "chegou a um estágio onde está causando danos à BBC – uma instituição que eu amo". "Embora erros tenham sido cometidos, quero que fique absolutamente claro que as alegações recentes de que a BBC News é institucionalmente enviesada são errôneas." A BBC está sob escrutínio permanente da imprensa britânica por ser uma empresa pública de comunicação, financiada por uma taxa de 174,5 libras esterlinas (R$ 1.224,75) cobrada de cada domicílio britânico. Um dos apresentadores da BBC, Nick Robinson, disse que a preocupação com os padrões editoriais da emissora é "genuína", mas que temia estar em curso "uma campanha política por pessoas que querem destruir a organização". Então diretor-geral da BBC, Tim Davie, nos escritórios do Serviço Mundial da BBC, em Londres, Reino Unido, em 28 de abril de 2022. Reuters Crise começou com denúncia à imprensa britânica A crise de imagem na BBC foi deflagrada com a publicação na imprensa britânica de partes de um dossiê crítico à emissora elaborado por Michael Prescott, que no passado prestou consultoria à empresa pública de comunicação. Prescott aponta que, no caso da reportagem sobre Trump, duas falas proferidas em momentos distintos do discurso de 2021 foram juntadas na edição para sugerir que o presidente teria incentivado a invasão do Capitólio. "Nós vamos marchar até o Capitólio e eu estarei lá com vocês [...]. E nós lutaremos. Nós lutaremos à beça", diz o trecho. A edição da BBC também não incluiu um trecho em que Trump, que não aceitou a derrota eleitoral para Joe Biden, dizia a apoiadores que queria que eles protestassem de forma "pacífica e patriótica". Prescott também criticou a redação árabe da BBC, acusando-a de ter um viés anti-Israel na cobertura da guerra na Faixa de Gaza e de trabalhar com colaboradores que manifestaram visões antissemitas. Também disse que a emissora adotou uma posição militante em relação a questões de gênero, recusando-se a cobrir "qualquer história que levantasse questões difíceis". Reagindo ao dossiê de Prescott na sexta-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, referiu-se à BBC como "100% fake news" e a chamou de "máquina de propaganda". As denúncias também repercutiram entre conservadores britânicos. Um deles, o ex-premiê Boris Johnson, disse que Davie tinha que "se explicar ou renunciar [ao cargo]", e acusou-o de adotar um "viés esquerdista" à frente da emissora. Sede da BBC em Londres. Reuters



Trump promete pagar US$ 2 mil a americanos com 'lucro' do tarifaço


09/11/2025 20:03 - g1.globo.com

Trump promete pagar US$ 2 mil a americanos com 'lucro' do tarifaço O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (9) que seu governo pagará ao menos US$ 2 mil (cerca de R$ 10,7 mil) aos americanos — exceto os de alta renda — como um "dividendo" da arrecadação obtida com o tarifaço imposto por sua gestão. Em uma publicação na Truth Social, Trump chamou de "tolas" as pessoas que criticam suas tarifas comerciais e afirmou que os EUA agora são "o país mais rico e mais respeitado do mundo, com quase nenhuma inflação e um recorde histórico na bolsa de valores". 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Estamos arrecadando trilhões de dólares e, em breve, começaremos a pagar nossa dívida enorme, de 37 trilhões de dólares", escreveu o presidente. "Há investimentos recordes nos EUA, com fábricas e indústrias sendo construídas por todos os lados. Um dividendo de pelo menos 2.000 dólares por pessoa (excluindo pessoas de alta renda!) será pago a todos", acrescentou. Trump promete pagar US$ 2 mil a americanos com 'lucro' do tarifaço Reprodução/Truth Social As declarações de Trump ocorrem em meio a críticas crescentes ao tarifaço e seus impactos, além de dúvidas sobre a legalidade de sua aplicação em larga escala com base em uma lei de emergências nacionais. Nesta semana, juízes da Suprema Corte dos EUA levantaram dúvidas sobre a legalidade das tarifas impostas por Trump. Ainda não há, porém, uma previsão para decisão definitiva sobre a revogação ou manutenção das taxas atualmente em vigor. O caso, que pode ter amplas repercussões na economia global, representa um teste relevante sobre os limites do poder de Trump como presidente. Questionado sobre a declaração de Trump, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, adotou um tom cauteloso durante entrevista à ABC. Ele sugeriu que o "dividendo" de US$ 2 mil — ainda sem proposta formal — poderia se materializar em diferentes tipos de benefícios econômicos. “Ainda não falei com o presidente sobre isso”, disse. “O dividendo de US$ 2 mil pode vir de muitas formas e por muitos caminhos”, acrescentou. Durante a entrevista, Bessent afirmou que o objetivo de longo prazo do tarifaço é "reequilibrar o comércio" e incentivar o retorno de indústrias aos EUA. O secretário também reconheceu que, inicialmente, a aplicação das taxas de importação gera aumento de receita para o governo. Segundo Bessent, a lógica é que o aumento da produção manufatureira reduziria a arrecadação com tarifas, mas fortaleceria a receita tributária. “Não se trata de arrecadar receita. Trata-se de reequilibrar”, afirmou. Dados oficiais mostram que o déficit orçamentário dos EUA encolheu US$ 41 bilhões, totalizando US$ 1,775 trilhão no ano fiscal de 2025, encerrado em 30 de setembro. Entre os fatores que contribuíram para o resultado está o aumento da arrecadação gerada pelo tarifaço, segundo a agência Reuters. O recuo no déficit foi impulsionado por um recorde de US$ 195 bilhões em receitas líquidas provenientes de tarifas alfandegárias, um crescimento de US$ 118 bilhões em relação ao ano anterior, após a entrada em vigor das novas medidas tarifárias anunciadas por Trump. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante fala sobre cartéis em 23 de outubro de 2025 REUTERS/Jonathan Ernst * Com informações de agências internacionais.



Cultivo de pepino ajuda na renda da pequena propriedade rural


09/11/2025 10:30 - g1.globo.com

Produtores colhem pepino japonês em Rancharia (SP) e Tupi Paulista (SP) TV TEM/Reprodução No Oeste Paulista, agricultores têm investido em estufas para garantir a produção de pepino japonês mesmo nos dias mais quentes. O cultivo protegido ajuda a controlar a temperatura, evitar pragas e manter o padrão exigido pelo mercado. Em Rancharia (SP), os produtores Ana Letícia Filetti e Reginaldo cultivam o pepino há quase dez anos. Na propriedade, mais de 600 pés estão em produção. A estufa facilita a colheita e reduz o impacto do sol forte sobre as folhas, o que melhora a aparência e a qualidade dos frutos. Segundo o engenheiro agrônomo Dario Sousa da Silva, o ambiente controlado permite regular umidade e temperatura, o que evita doenças e garante coloração mais verde, fator importante para o consumidor. A caixa com 22 quilos de pepinos retos, padrão comercial, é vendida por cerca de R$ 45. Os frutos fora do padrão custam em torno de R$ 15. Mesmo com a diferença, produtores consideram os preços satisfatórios. Em Tupi Paulista (SP), o agricultor Waldir Souza Delavalentina cultiva o pepino japonês a céu aberto. Por causa da exposição ao sol, vento e chuva, ele precisa dobrar o uso de adubos e fertilizantes. A produção leva mais tempo, mas parte é vendida na região e o restante segue para outros estados, como Mato Grosso. Apesar da diferença no manejo e na produtividade, os produtores seguem apostando na cultura. O ciclo rápido e a boa aceitação do pepino japonês no mercado mantêm o incentivo para continuar investindo no cultivo. Veja a reportagem exibida no programa em 09/11/2025: Cultivo de pepino ajuda na renda da pequena propriedade rural Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Plantio do milho segunda safra avança com chegada de chuvas


09/11/2025 10:30 - g1.globo.com

É época da safra do milho Reprodução/TV TEM A estiagem atrasou o plantio do milho em propriedades do interior paulista. Em uma delas, o cultivo já está mais avançado. O plantio foi feito no fim de agosto, mesmo sem o volume de chuva ideal, e só foi possível graças ao sistema utilizado na lavoura. A falta de chuva impediu que o trabalho começasse no período previsto, em setembro. Com a melhora das condições climáticas, os produtores têm aproveitado os momentos em que o tempo ajuda para acelerar o plantio, que ocorre em uma área de 220 hectares. A área, que antes era cultivada com soja, passou um período com crotalária e braquiária, uma estratégia usada para melhorar as condições do solo antes do novo cultivo. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de milho que está em andamento deve ser 13% maior que a anterior, atingindo mais de 1,8 milhão de toneladas. Em outra propriedade, em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), a área já está cultivada. O sistema de irrigação tem ajudado a manter o plantio dentro do cronograma previsto, mesmo com a irregularidade das chuvas. A lavoura tem quase 200 hectares, com produção estimada em mais de 2 mil toneladas. No ano passado, a saca de 60 quilos foi comercializada a cerca de R$ 50, e a expectativa é de que o valor chegue a R$ 70 no próximo ano. Veja a reportagem exibida no programa em 09/11/2025: Plantio do milho segunda safra avança com chegada de chuvas Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Produtores de lichia estão otimistas com a safra


09/11/2025 10:30 - g1.globo.com

Produtores de lichia no interior de São Paulo estão otimista com a produção neste ano Reprodução/TV TEM Considerada uma fruta exótica de origem chinesa, a lichia vem ganhando espaço no interior de São Paulo. As colheitas já começaram e, entre as características marcantes, além da casca rugosa, está a coloração rosa e avermelhada. Em Mirandópolis (SP), a família do produtor Julio Shimazaki, cultiva a fruta há 35 anos. A aposta da propriedade é em uma variedade vinda da Tailândia, que permite uma colheita precoce e que seja mais forte em relação ao calor sem precisar do frio. “A principal característica desse fruto é a precocidade, pois eu consigo colher 30 dias antes de qualquer outra propriedade de lichia do Brasil. Além disso, ela é mais doce e tem uma cor vibrante, que atrai o consumidor”, comenta Julio. Neste ano, o produtor aguarda uma produção maior em relação ao ano de 2024, em que a propriedade conseguiu colher apenas 100 quilos. Agora, a expectativa é que sejam colhidos 4 mil quilos do fruto. Tudo isso graças ao clima que foi mais favorável à safra. Julio também cultiva uma variedade chinesa chamada Souey Tung. Essa espécie do fruto exige um manejo mais cuidadoso. É necessário proteger com papéis para que as pragas e o sol não atinjam o fruto. Essa medida também traz mais qualidade e redução no uso de agrotóxicos. O cuidado segue também na hora de colher e embalar o fruto. O produtor explica que “é uma fruta delicada, não pode ser jogada, nem bater. A sacola tem que ser macia, para evitar o esmagamento”. Com o passar do tempo a casca da lichia perde sua coloração e fica com uma tonalidade marrom, mas isso não significa que ela esteja estragada. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o estado de São Paulo lidera a produção de lichia. Em 2024, o país registrou alta de 12% na colheita, totalizando mais de 6 mil toneladas. A 40 quilômetros da propriedade de Júlio, em Lavínia (SP), o produtor Edson Matsunaka, está aguardando a época certa da colheita e maturação dos frutos. O frio mais intenso atrasou o desenvolvimento, mas trouxe boas expectativas. “Esse ano atrasou quase 30 dias, mas acredito que a produção será a maior dos últimos 22 anos. Espero colher entre 9 e 10 mil quilos de lichia”, diz Edson. O engenheiro agrônomo Gilberto Watanabe, explica que as noites frias ajudaram a floração da lichia, mas ao mesmo tempo retardou a maturação do fruto. Mas, em meio a tudo isso, ele garante que a expectativa é positiva. “Esse ano a produção será muito melhor, com o retorno financeiro alto. E como a colheita coincide com as festas de fim de ano, que é o período de maior consumo, o produtor deve ter bons resultados”, afirma. O quilo da lichia está sendo vendido a R$60, um valor que é considerado excelente. E, com o aumento da oferta e da procura, que é puxado pelo início das festas, o mercado vai aquecer ainda mais, o que deixa otimista os produtores paulistas. Veja a reportagem exibida no programa em 09/11/2025: Produtores de lichia estão otimistas com a safra Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



'Alimentar o preconceito contra os mais velhos dá lucro', diz escritora


09/11/2025 07:01 - g1.globo.com

Entenda o que é etarismo “Alimentar o preconceito contra os mais velhos dá lucro! Somente nos Estados Unidos, o mercado antienvelhecimento movimenta 37 bilhões de dólares (quase 200 bilhões de reais). O marketing funciona tão bem que, aos 28 anos, as mulheres já usam produtos contra rugas. Quando as empresas vendem a ideia do antiaging, têm clientes para a vida toda: dos cremes à cirurgia plástica”, afirma a advogada Karen Walrond, que propõe uma revolução liderada pelos maduros. Karen Walrond: “contrariamente às mensagens com as quais nos bombardeiam, conheço cada vez mais gente que está vivendo sua velhice com vitalidade” Divulgação Esse é o tema do seu penúltimo livro, Radiant rebellion: reclaim aging, practice joy & raise a little hell, que pode ser traduzido para o português como Rebelião radiante: reivindique o envelhecimento, pratique a alegria e cause um pouco de confusão. “O que compartilho com as pessoas é o roteiro que elaborei para mim, de rejeitar as normas que alimentam o idadismo e criar uma visão do que desejamos, onde prevaleça nossa evolução como seres humanos, e não nosso declínio”. Entenda rebelião como resistência a todos os estereótipos. “O etarismo é uma violação dos direitos humanos e, ao contrário das mensagens com as quais somos bombardeados incessantemente, conheço cada vez mais gente vivendo sua velhice com vitalidade. Você sabe que vai encontrar um caminho para enfrentar os desafios que virão, porque já superou outros antes”, explica. Aos 55 anos quando escreveu o livro (hoje tem 58), Walrond decidiu investigar todas as áreas da sua vida – “inclusive, quis avaliar de que forma o idadismo tinha se instalado sorrateiramente dentro de mim” – e imaginar seu futuro com alegria e propósito. “Não quero ser uma superager, do tipo que resolve escalar montanhas aos 60 anos. Nunca fiz isso antes, por que faria agora?". Ela destaca que o caminho é apreciar a vida, mesmo diante de limitações físicas, e praticar o autocuidado e a autocompaixão: “o envelhecimento deve ser celebrado, não temido. Quando investimos em nós mesmos, em nossa saúde física e mental, estamos empoderando nossa jornada. O declínio não é inevitável”. A autora acaba de lançar In defense of dabbling: the brilliance of being a total amateur, algo como Em defesa da experimentação: a genialidade de ser um completo amador, onde faz uma defesa apaixonada dos hobbies. Argumenta que, no mundo atual, até os passatempos se transformaram em negócios para gerar renda extra – “parece que somos obrigados a nos tornar experts e, no fim, nem sabemos do que gostamos”. Walrond se aventurou em inúmeras atividades, apenas por prazer e diversão, e sem qualquer intenção de atingir um nível de excelência. Passou por cerâmica, surfe, aulas de piano e fotografar a Via Láctea – alternando descobertas emocionantes com fracassos retumbantes – e criou os sete atributos do amadorismo intencional: curiosidade, atenção plena, gentileza consigo mesmo, leveza, expansão da zona de conforto, conexão e encantamento. “Um hobby pode ir muito além de um passatempo. Pode ser uma forma de autocompaixão e transcendência”, ensina.