Avenida Carlos Gomes, nº 258, Cj: 1701

Notícias

Veja como o PIX vai facilitar a devolução de valores em casos de fraudes


24/11/2025 17:44 - g1.globo.com


PIX ganha novo mecanismo para recuperar dinheiro de vítimas de fraudes Entraram em vigor neste domingo (23) novas regras do Banco Central (BC) que aprimoram o mecanismo de segurança do PIX e ampliam as possibilidades de devolução de valores a vítimas de fraudes, golpes ou coerção. O BC afirma esperar que a medida aumente a identificação de contas usadas em fraudes e a devolução de valores, ajudando a desestimular esse tipo de crime. O BC também acredita que o compartilhamento dessas informações ajudará a impedir que essas contas sejam usadas em novas fraudes. Antes, a devolução só podia ser feita a partir da conta usada na fraude. No entanto, os golpistas costumam sacar ou transferir rapidamente o dinheiro para outras contas, perdendo a possibilidade de rastreio. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Com as novas regras — de adoção opcional até 2 de fevereiro, quando passam a ser obrigatórias para os bancos — o sistema de devolução do PIX vai rastrear com mais precisão o caminho do dinheiro e permitir que valores desviados sejam recuperados mesmo após deixarem a conta original do golpista. "​Essa identificação vai ser compartilhada com os participantes envolvidos nas transações e permitirá a devolução de recursos em até 11 dias após a contestação", disse o BC quando anunciou as alterações, em agosto. Autoatendimento Desde 1º de outubro, todos os bancos e instituições financeiras disponibilizam, no ambiente PIX nos respectivos aplicativos, funcionalidade para que uma transação possa ser facilmente contestada, sem a necessidade de interação humana. "Esse será o canal por meio do qual o usuário deve solicitar a devolução dos valores extraídos por meio de fraude. O autoatendimento do MED [mecanismo de devolução] dará mais agilidade e velocidade ao processo de contestação de transações fraudulentas, o que aumenta a chance de ainda haver recursos na conta do fraudador para viabilizar a devolução para a vítima", informou o BC, em agosto. Usuários do PIX ganham nova ferramenta contra golpes e fraudes Reprodução/TV Globo Pix enviado por engano pode virar caso de polícia Reprodução/Redes sociais



Caso Master expõe necessidade de reforçar supervisão, diz Galípolo


24/11/2025 17:29 - g1.globo.com


Liquidação do Banco Master: como ficam os correntistas e investidores? O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o caso envolvendo o Banco Master reforça a necessidade de aprimorar e modernizar o perímetro de supervisão do sistema financeiro. 🔎 O chamado “perímetro de supervisão” é o conjunto de instituições e operações que o Banco Central acompanha para garantir a segurança do sistema financeiro. Incluir mais instituições e atividades no escopo pode evitar que riscos escapem para áreas menos vigiadas. Durante o Almoço Anual dos Dirigentes de Bancos, organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta segunda-feira (24), Galípolo comentou sobre as investigações que levaram à operação da Polícia Federal. “A obra de supervisão nunca está completa, não só da supervisão. O trabalho do Banco Central não tem ponto de chegada, é um movimento contínuo”, disse. Ele destacou a atuação conjunta entre BC, Ministério Público e PF, e ressaltou que o trabalho regulatório é permanente, já que novas fragilidades podem surgir à medida que o setor evolui. Segundo Galípolo, a diretoria de fiscalização do BC identificou as irregularidades e notificou as autoridades conforme previsto em lei, permitindo que cada órgão atuasse sem interferir no trabalho do outro. Além disso, ao contextualizar o tema, o presidente lembrou que falhas bancárias não são exclusividade do Brasil e seguem ocorrência natural em sistemas financeiros complexos — citando que episódios semelhantes aparecem periodicamente em países como Estados Unidos e Suíça. “Bancos são instituições falíveis [...] Esses problemas vão acontecer. O importante é a gente sempre aprender e conseguir inovar para que você não caia na repetição de problemas que aconteceram no passado, né?” Cobranças do governo Durante o evento, o presidente do Banco Central também comentou sobre as pressões em torno da política monetária e a necessidade de manter equilíbrio emocional em um cenário de juros altos — tema que provoca tensões dentro e fora do governo Lula Galípolo tem sido cobrado após a avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que já seria possível iniciar o corte da Selic, atualmente em 15% ao ano, o maior nível em duas décadas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou também a criticar o Banco Central e a cobrar redução dos juros no país. Ao responder às críticas, o presidente reforçou que o BC não pode se deixar influenciar por pressões políticas ou setoriais. “O Banco Central não pode se emocionar porque realmente se perde nas tensões que são decorrentes naturais aí de um aperto monetário”, afirmou. O presidente do BC reconheceu que há “tensões naturais e até tensões dentro do próprio governo em relação à taxa de juros”. Mesmo assim, considera o embate saudável. “Se governo não puder falar, não puder debater, não puder procurar, quem vai poder?”, disse. O presidente ainda recorreu a metáforas para explicar como lida com pressões, citando sua vivência acompanhando jogos do Palmeiras. “A torcida do Palmeiras é uma coisa que reclama sistematicamente sobre qualquer coisa”, comentou. Papel de “comandante” Galípolo comparou o trabalho do BC ao de pilotos de avião, relatando conversa com um brigadeiro durante uma decolagem. “Sempre que alguém vê a rota fala assim: ‘Essa rota é a pior, você devia fazer essa outra’. Eu explico, mas as pessoas sabem que você tá enrolando”. Segundo o comandante, a prioridade é “seguir fazendo o que é certo para ser mais seguro para as 400 pessoas que estão aqui no voo”. Para Galípolo, “é muito parecido com o Banco Central”. Ele reforçou o papel da instituição como última barreira contra riscos econômicos. “O Banco Central é, por definição, o primeiro dos pessimistas e o último dos otimistas. Quando o presidente me convidou, eu falei: ‘O senhor tem consciência que eu sou o zagueiro agora? Sua última linha de defesa. De mim a bola não pode passar’”. Sobre expectativas de cortes de juros, afirmou que as críticas virão de qualquer forma. “Quando ocorrer ou deixar de ocorrer, vão existir críticas de que foi feito por pressão ou que foi tarde demais. Isso tá dado. Se você não está acostumado com isso [...] você não deveria ir para o Banco Central”. Mesmo assim, destacou que a instituição permanece aberta ao diálogo. “De maneira nenhuma quero dizer que o Banco Central não deve ouvir as críticas”. Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, durante a apresentação do Relatório de Política Monetária. Raphael Ribeiro/BC



INSS inicia pagamento de benefícios de novembro nesta segunda; veja calendário


24/11/2025 15:40 - g1.globo.com


O Ministério da Previdência Social inicia nesta segunda-feira (24) o pagamento para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em novembro de 2025. Para quem recebe o piso nacional (até um salário mínimo), os depósitos vão do dia 24 de novembro até 5 de dezembro. Segurados com renda mensal acima do salário mínimo terão seus pagamentos creditados a partir de 1º de dezembro. Confira o calendário do INSS de novembro para quem recebe até um salário mínimo: Cartão final 1: pagamento em 24/11 Cartão final 2: pagamento em 25/11 Cartão final 3: pagamento em 26/11 Cartão final 4: pagamento em 27/11 Cartão final 5: pagamento em 28/11 Cartão final 6: pagamento em 1º/12 Cartão final 7: pagamento em 2/12 Cartão final 8: pagamento em 3/12 Cartão final 9: pagamento em 4/12 Cartão final 0: pagamento em 5/12 Confira o calendário do INSS de novembro para quem recebe acima de um salário mínimo: Cartão final 1 e 6: pagamento em 1º/12 Cartão final 2 e 7: pagamento em 2/12 Cartão final 3 e 8: pagamento em 3/12 Cartão final 4 e 9: pagamento em 4/12 Cartão final 5 e 0: pagamento em 5/12 Ao longo de 2025, a previsão de pagamentos é: Dezembro: de 22/12 a 8/1; Como conferir o dígito verificador O calendário leva em conta o número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço. Para quem ganha até o mínimo, o calendário começa com benefício com final 1. Para os que recebem acima desse valor, o calendário inicia com os cartões de final 1 e 6. No dia seguinte, são pagos os finais 2 e 7, e assim por diante. Como consultar os valores a receber? Aposentados e pensionistas do INSS podem consultar o valor a receber do seu benefício pelo aplicativo "Meu INSS" ou no site meu.inss.gov.br. Outra opção é pelo telefone, ligando na central 135. Neste caso, o atendimento é feito de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h; o beneficiário precisa o informar o número de CPF e confirmar dados cadastrais. Com o reajuste do salário mínimo previsto para 1º de janeiro, o valor corrigido só será pago entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. Resumão do g1: julgamento das redes; aposentadoria em 2025 e Mega da Virada



Lula diz que Brasil não será exportador de minerais críticos: 'Quem quiser vai ter que industrializar no nosso país'


24/11/2025 13:59 - g1.globo.com


Lula diz que Brasil não será exportador de minerais críticos: 'Quem quiser vai ter que industrializar o nosso país' O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (24) que o Brasil não será um mero exportador de minerais críticos e que os países que quiserem explorar os recursos terão que desenvolver indústrias no território brasileiro. 🔎Os minerais críticos são recursos de importância estratégica para a economia. São essenciais para a fabricação de baterias, turbinas eólicas, painéis solares e eletrônicos. Países como os Estados Unidos têm grande interesse sobre esses minerais brasileiros. O petista deu as declarações durante participação em um fórum com empresários brasileiros e moçambicanos em Maputo, capital do país africano. "Nós não vamos ser exportadores dos minerais críticos. Se quiser, vai ter que industrializar no nosso pais para que o nosso pais possa ganhar esse dinheiro", disse Lula. O presidente disse ainda considerar "urgente" que os países que possuem minerais críticos definam seus modelos de exploração. "Ou nós aproveitamos essas riquezas que Deus nos deu e fazemos disso uma riqueza para o nosso povo ou nós vamos ver os países de sempre cavarem buraco no nosso pais, levar o nosso mineiro e a gente ficar com a fome e pobreza", acrescentou. Lula está em visita oficial ao Moçambique. Ele viajou a Maputo depois de participar, na África do Sul, da cúpula do G20 – fórum que reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. Na cúpula do G20, o petista já havia afirmado que os minerais críticos são fundamentais, não só para o desenvolvimento das tecnologias de ponta, mas também para a transição energética. O setor de energia foi responsável por 85% do crescimento total da demanda por esses minerais em 2024, segundo o governo brasileiro. "Falar sobre minerais críticos também é falar sobre soberania. A soberania não é medida pela quantidade de depósitos naturais, mas pela habilidade de transformar recursos através de políticas que tragam benefícios para a população", disse no último sábado (22). Estabilidade para atrair investimentos Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante declaração conjunta à imprensa. Palácio Presidencial, Sala dos Grandes Atos – Maputo (Moçambique) Ricardo Stuckert / PR Durante a fala, Lula afirmou ainda que o que faz um país crescer é "paz, tranquilidade e democracia" e que ninguém vai investir em um país que tem uma guerra a cada três meses. O petista destacou ainda cinco coisas que, segundo ele, governantes precisam oferecer para que a população confie neles. Entre elas estão a estabilidade política, econômica e fiscal. "A primeira coisa que nós temos que oferecer é estabilidade política. Ninguém vai investir num país que tem uma guerra a cada três meses. A segunda coisa que nós temos que oferecer é estabilidade econômica", listou. "A terceira coisa que nós temos que oferecer é estabilidade fiscal. A quarta coisa que nós temos que oferecer é estabilidade social. E a quinta coisa que a gente tem que oferecer é previsibilidade", completou Lula. Título em universidade O presidente Lula recebeu o título de doutor honoris causa na Universidade Pedagógica de Maputo Reprodução/Canal Gov Durante a visita a Moçambique, o presidente Lula ainda recebeu o título de doutor honoris causa em Ciência Política, Desenvolvimento e Cooperação Internacional pela Universidade Pedagógica de Maputo. O título foi conferido em razão da contribuição do Brasil ao avanço da cooperação educacional e científica com Moçambique. Em seu discurso, Lula afirmou que a honraria expressa a fraternidade entre os dois países e disse se sentir "voltando para casa" sempre que vai ao continente africano. Emocionado, o presidente também reforçou que educação e democracia são pilares que andam juntos e destacou medidas que considera avanços feitos em seus mandatos. "Não há democracia verdadeira quando o povo não tem acesso ao conhecimento e não há desenvolvimento quando as riquezas se concentram em poucas mãos", disse Lula. "Ninguém pode ser preterido de estudar pelo lugar que nasceu, pela religião que professa ou pela origem financeira da sua família. Cabe ao estado garantir a todos a mesma oportunidade", completou o petista.



Arrecadação soma R$ 261,9 bilhões em outubro; valor é recorde para o mês, apesar de desaceleração no ritmo do aumento


24/11/2025 13:30 - g1.globo.com


A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$ 261,9 bilhões em outubro deste ano, informou nesta segunda-feira (24) a Receita Federal. O resultado representa um aumento real de 0,92% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 259,5 bilhões (valor corrigido pela inflação). ▶️Esse também foi a maior arrecadação já registrada para meses de outubro desde o início da série histórica da Receita Federal, em 1995, ou seja, em 31 anos. ▶️O recorde na arrecadação foi obtido com ajuda do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pelo governo em meados de maio. ▶️Além do aumento do IOF, a taxação das bets (incluindo a arrecadação de loterias) também contribuiu para o aumento da arrecadação, fator que rendeu R$ 1 bilhão em outubro deste ano. A alta na arrecadação foi fruto, ainda, do crescimento do Imposto de Renda sobre aplicações financeiras – decorrente da elevada taxa de juros – e também dos juros sobre capital próprio. "O IRRF-Capital apresentou uma arrecadação de R$ 11,57 bilhões, representando acréscimo real de 28,01%. Esse desempenho decorre dos aumentos nominais de 42,10% na arrecadação do item “Aplicação de Renda Fixa (PF e PJ)”, de 41,36% na arrecadação do item 'Fundos de Renda Fixa' e de 32,93% na arrecadação do item 'Juros sobre Capital Próprio'", informou a Receita Federal. ▶️Os números da Receita Federal, porém, mostram desaceleração da arrecadação nos últimos meses, com taxas de crescimento bem menores do que o registrado até até julho deste ano. Parcial do ano Nos dez primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, a arrecadação federal somou R$ 2,37 trilhões — sem a correção pela inflação. Em valores corrigidos pela variação dos preços, a arrecadação totalizou R$ 2,4 trilhões de janeiro a outubro, o que representa um crescimento real (acima da inflação) de 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando somou R$ 2,32 trilhões. Nos dez primeiros meses deste ano, a arrecadação também bateu recorde histórico para o período. ▶️Além da alta do IOF, o governo também contou com o aumento de outros tributos, efetuados nos últimos anos, para melhorar a arrecadação em 2025. São eles: Tributação de fundos exclusivos, os "offshores"; Mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados; Retomada da tributação de combustíveis; Tributação das bets; Imposto sobre encomendas internacionais (taxa das blusinhas); Reoneração gradual da folha de pagamentos; Fim de benefícios para o setor de eventos (Perse). Meta fiscal de 2025 A alta da arrecadação está na mira do governo para tentar zerar o rombo das contas públicas neste ano, meta que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. Porém, há um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual previsto no arcabouço fiscal (a nova regra das contas públicas). O governo pode ter um déficit de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões. Para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 44,1 bilhões em precatórios, ou seja, decisões judiciais. ▶️Para 2026, o governo tem uma meta mais ousada ainda, busca um superávit primário (sem contar despesas com juros) de 0,25% do PIB - algo como R$ 34 bilhões. Marcello Casal Jr/Agência Brasil



Dólar opera em queda com mercado atento a projeções do Focus e cenário fiscal; bolsa avança


24/11/2025 12:00 - g1.globo.com


Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar opera em queda de 0,13% nesta segunda-feira (24), cotado a R$ 5,3939 perto das 14h30. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, tinha alta de 0,40% no mesmo horário, aos 155.397 pontos. A semana começa com uma agenda carregada no Brasil e sinais importantes no exterior. Entre dados econômicos e eventos políticos, os investidores monitoram fatores que podem mexer com expectativas para inflação, contas públicas e juros. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ O boletim Focus, divulgado antes da abertura, mostrou novo recuo nas projeções de inflação para 2025, mantendo as estimativas abaixo do teto do sistema de metas. Para o final deste ano, a previsão passou de 4,46% para 4,45%. ▶️ A política fiscal também segue no radar, com foco no relatório bimestral de receitas e despesas. O documento reduziu o bloqueio de gastos para R$ 4,4 bilhões e reabriu um contingenciamento de R$ 3,3 bilhões. ▶️ Ainda na agenda, a divulgação da arrecadação federal de outubro e a participação de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, em evento da Febraban, ficaram sob os holofotes. ▶️ No exterior, a semana será encurtada pelo feriado de Ação de Graças, que fecha os mercados norte-americanos na quinta-feira e reduz a liquidez na sexta. Mesmo com divergências internas no Fed, o mercado mantém apostas em um possível corte de juros em dezembro. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: +1,97%; Acumulado do mês: +0,32%; Acumulado do ano: -12,60%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -1,88%; Acumulado do mês: +3,50%; Acumulado do ano: +28,67%. Arrecadação federal A arrecadação do governo federal somou R$ 261,9 bilhões em outubro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Receita Federal. Esse valor representa um aumento real de 0,92% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram arrecadados R$ 259,5 bilhões (corrigidos pela inflação). Esse também foi o maior resultado para meses de outubro desde o início da série histórica, em 1995 — ou seja, um recorde em 31 anos. O desempenho foi impulsionado pelo aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pelo governo em maio. Outro fator que contribuiu foi a taxação das apostas online e loterias, que adicionou cerca de R$ 1 bilhão à arrecadação no mês. Além disso, houve crescimento no Imposto de Renda sobre aplicações financeiras, favorecido pelos juros altos, e nos valores pagos como juros sobre capital próprio, enquanto vigorou a Medida Provisória que elevou tributos — depois derrubada pela Câmara. Segundo a Receita, o IRRF sobre capital arrecadou R$ 11,57 bilhões, alta real de 28,01%. Esse resultado veio do aumento nas aplicações de renda fixa para pessoas físicas e jurídicas (+42,10%), nos fundos de renda fixa (+41,36%) e nos juros sobre capital próprio (+32,93%). Agenda econômica Boletim Focus Os analistas reduziram novamente as previsões de inflação para os próximos anos. Os dados fazem parte do boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, que reúne estimativas de mais de 100 instituições financeiras. Na semana passada, pela primeira vez no ano, a expectativa para 2025 caiu para um nível abaixo do teto da meta de 4,5%. Veja como ficaram as projeções: ➡️ 2025: passou de 4,46% para 4,45% ➡️ 2026: caiu de 4,20% para 4,18% ➡️ 2027: manteve-se em 3,80% ➡️ 2028: permaneceu em 3,50% Já a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB), que mede a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, não mudou: 2,16% para 2025 e 1,78% para 2026. Em relação à taxa Selic, que influencia os juros cobrados em empréstimos e financiamentos, também segue estável para 2025, em 15% ao ano. Para 2026, a estimativa caiu de 12,25% para 12%, e para 2027 continua em 10,50%. Bolsas globais Os mercados americanos começaram a semana sem direção definida, refletindo a expectativa sobre um possível corte nos juros pelo banco central dos EUA. A falta de dados recentes, causada pela paralisação do governo, aumentou a incerteza, enquanto investidores ainda avaliam se o entusiasmo com inteligência artificial pode ter gerado uma bolha. Perto das 14h30, os três principais índices de Wall Street operavam em alta: Dow Jones subia 0,46%, enquanto S&P 500 tinha alta de 1,37% e Nasdaq avançava 2,42%. Na Europa, as bolsas também tiveram um dia majoritariamente positivo, impulsionadas por ações de empresas de tecnologia e diante da melhora do apetite por risco em meio às crescentes expectativas de um novo corte nas taxas básicas de juros dos EUA. A agenda local ficou esvaziada nesta segunda, mas no Reino Unido cresce a expectativa para o anúncio do Orçamento de Outono, que pode incluir aumento de impostos. Além disso, investidores acompanham negociações entre Washington e Kiev sobre um plano de paz na Ucrânia, após críticas à proposta inicial. Ao final da sessão por lá, o índice STOXX 600 subiu 0,31% e encerrou aos 563,8 pontos. Veja o fechamento dos principais índices europeus: O DAX, da Alemanha, subiu 0,64%, aos 23.239,18 pontos; O FTSE MIB, da Itália, caiu 0,85%, aos 42.298,17 pontos; O CAC 40, da França, recuou 0,29%, aos 7.959,67 pontos; O PSI 20, de Portugal, caiu 0,04%, aos 8.052,29 pontos; O FTSE 100, do Reino Unido, teve queda de 0,05%, aos 9.534,91 pontos; Já os mercados asiáticos fecharam em alta. No Japão, não houve negociação por conta de feriado nacional. No fechamento, os índices mostraram ganhos: Shanghai (China) +0,05%, Hang Seng (Hong Kong) +1,97% e Nifty 50 (Índia) +0,04%. O Nikkei permaneceu fechado. Dólar Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo



Boletim Focus: analistas mercado financeiro reduzem estimativas de inflação em 2025 e 2026


24/11/2025 11:35 - g1.globo.com


Mercado financeiro reduz expectativa de inflação em 2025 e 2026 Os economistas do mercado financeiro reduziram suas estimativas de inflação para os anos de 2025 e de 2026. As projeções fazem parte do boletim "Focus", divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana. Na semana retrasada, o mercado baixou, pela primeira vez neste ano, a expectativa de inflação para um patamar abaixo do teto de 4,5% do sistema de metas. Desde o início de 2025, com a adoção do sistema de meta contínua, o objetivo é manter a inflação em 3%, sendo considerado dentro da meta se variar entre 1,5% e 4,5%. Isso quer dizer que, se confirmada a expectativa, não haverá "estouro" da meta de inflação neste ano fechado. No ano de 2024 fechado, e em doze meses até junho deste ano, a inflação ficou acima do teto do sistema de metas. Veja a expectativa de inflação do mercado para os próximos anos: ➡️ Para 2025, a projeção recuou de 4,46% para 4,45% ; ➡️ Para 2026, a projeção caiu de 4,20% para 4,18%; ➡️ Para 2027, a expectativa ficou estável em 3,80%; ➡️ Para 2028, a previsão continuou em 3,50%. 🔎 Por que isso importa? Quanto maior a inflação, menor o poder de compra da população — especialmente entre quem recebe salários mais baixos. Isso ocorre porque os preços sobem, mas os salários não acompanham esse aumento. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Inflação x vida real: por que os preços do dia a dia podem subir muito mais do que o IPCA Produto Interno Bruto A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu estável em 2,16%. Para 2026, a projeção de crescimento do PIB continuou em 1,78%. ➡️ O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é utilizado para medir o desempenho da economia. Taxa de juros Economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 2025. Para o fechamento de 2025, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros. Para o fim de 2026, a projeção recuou de 12,25% para 12% ao ano. Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado permaneceu em 10,50% ao ano. Inflação ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,40. Para o encerramento de 2026, a estimativa continuou R$ 5,50. Balança comercial: a projeção de superávit da balança comercial em 2025 ficou estável em US$ 62,1 bilhões. Para 2026, a estimativa de saldo positivo continuou em US$ 66 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2025 foi mantida em US$ 70,3 bilhões. Para 2026, a estimativa também permaneceu inalterada, em US$ 70 bilhões.



Gás do Povo começa recarga gratuita de botijões nesta segunda (24); veja como vai funcionar


24/11/2025 11:33 - g1.globo.com


Gás do Povo começa recarga gratuita de botijões nesta segunda (24) A operação nacional do programa Gás do Povo, que oferece recarga gratuita de botijões de gás de cozinha para famílias de baixa renda, será realizada a partir desta segunda-feira (24). A implementação será gradual e, nesta primeira etapa, a previsão é atender 1 milhão de famílias em dez capitais: Salvador (BA); Fortaleza (CE); Goiânia (GO); Belo Horizonte (MG); Belém (PA); Recife (PE); Teresina (PI); Natal (RN); Porto Alegre (RS); e São Paulo (SP). Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 A Caixa Econômica Federal operacionalizará o benefício, ou seja, será a responsável pela distribuição dos vales-cargas, cadastrando as revendedoras participantes e validando os meios de acesso do usuário. 📈 Até o final de março, o programa espera alcançar mais de 15 milhões de famílias. Governo lança programa que amplia acesso ao gás de cozinha Reprodução/TV Globo Entenda como funciona o programa Quem tem direito ao Vale Gás? Famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), que tenham renda de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para aquelas que recebem Bolsa Família (renda per capita de até R$ 218). Também é preciso que o registro no CadÚnico tenha sido atualizado nos últimos 24 meses. Quando o programa começa a valer? A previsão é que os primeiros botijões comecem a ser entregues na última quinzena de novembro. Porém, ainda não foi lançado um cronograma oficial. A expectativa é que, em março de 2026, o programa já esteja alcançando todos os beneficiários. Como vão ser as retiradas? A recarga gratuita do botijão de gás poderá ser realizada diretamente nas revendedoras que aderiram voluntariamente ao programa, sem intermediários, por meio de validação eletrônica na solução tecnológica utilizada pela revenda e fornecida pela Caixa. O responsável familiar poderá retirar o gás utilizando: Cartão com chip do Bolsa Família e senha; Cartão de débito de conta CAIXA e senha; CPF com código de validação enviado ao celular cadastrado. Quantos botijões posso retirar? A quantidade de auxílios anuais para botijões gratuitos será definida conforme o número de integrantes por família: família de duas ou três pessoas - quatro auxílios por ano; família de quatro ou mais pessoas - seis auxílios por ano. ➡️ Os auxílios não serão cumulativos. Qual a validade do benefício? A disponibilização do auxílio terá validade máxima a depender da quantidade de pessoas por família, contada desde a data que o voucher ficar disponível. Veja: família de duas ou três pessoas - três meses de validade; e família de quatro ou mais pessoas - dois meses de validade. Como identificar se uma revenda participa do programa? O programa prevê que a revenda que desejar participar do programa deverá obedecer as regras de identidade visual, como: Portarias de revenda; Botijões de GLP; Veículos de transporte; Materiais de comunicação. Além disso, o aplicativo do beneficiário mostrará os pontos de revenda mais credenciadas mais próximas de sua residência.



Prisão de Bolsonaro leva a disputa pelo capital político do ex-presidente além da direita


24/11/2025 10:45 - g1.globo.com

Solidariedade de centro e direita a Bolsonaro tem a ver com apoio em 2026 A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada no último sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, iniciou um novo capítulo no xadrez político, especialmente com a proximidade das eleições de 2026. O cenário atual é que há uma grande disputa pelo espólio político-eleitoral de Jair Bolsonaro não apenas na direita, mas também no entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde o momento em que Bolsonaro foi levado à sede da Polícia Federal, na manhã de sábado (22), políticos de centro e direita se manifestaram nas redes sobre o caso, com mensagens de apoio e solidariedade. Isso mostra que há uma grande estratégia para buscar o apoio do ex-presidente, que é um agente ainda com grande capital eleitoral, apesar de estar inelegível. Sem falar no próprio fato de que partidos de centro-direita gostariam que Bolsonaro adiantasse sua decisão sobre o candidato que pretende apoiar para a Presidência, no ano que vem. A candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ainda é incerta, considerando que ele sinalizou que só pretende se lançar se for amplamente apoiado pelo entorno do ex-presidente. A questão não tem movimentado apenas a direita. Do lado do presidente Lula, também é possível observar certo cuidado em suas manifestações sobre o caso. Em entrevista nesse domingo (23), durante viagem a Joanesburgo, o presidente foi seco e direto em sua manifestação, e afirmou que o processo jurídico está sendo cumprido. Para o entorno de Lula e a esquerda como um todo, é importante não antagonizar com eleitores que simpatizam com Bolsonaro – que votam no ex-presidente e podem, em um eventual cenário eleitoral, mudar de ideia nas urnas. A regra na esquerda, no entorno de Lula, é não brigar com o eleitor que poderia sair do polo bolsonarista e, quem sabe, migrar para o espectro da esquerda.



Educação Financeira #319: é melhor comprar um carro 0 km básico ou um usado bem equipado?


24/11/2025 05:00 - g1.globo.com


O carro zero mais barato hoje gira em torno de R$ 80 mil — e muita gente nas redes pergunta: vale mais comprar um 0 km pouco equipado ou um usado bem equipado? No episódio 319 do podcast Educação Financeira, o especialista Murilo Briganti, sócio da Bright Consulting, explica que a resposta depende do perfil do comprador e de três pilares fundamentais: procedência, conservação e custo total do veículo. Procedência significa entender de onde veio o carro: histórico de uso, número de proprietários, registros de sinistro e regularidade documental. Murilo reforça que o barato pode sair caro quando há pendências — RENAVAM, chassi e motor são o “CPF” do veículo — e que compras com documentação duvidosa transformam-se em dor de cabeça jurídica e financeira. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Conservação e custo total são igualmente decisivos. Um 0 km básico traz previsibilidade — garantia, revisões programadas e menos surpresas técnicas — enquanto um usado pode exigir revisão inicial, troca de peças e, às vezes, seguro mais caro. Para comparar, Murilo recomenda projetar um ciclo de 2 a 3 anos: some preço de compra, combustível, IPVA, seguros, manutenção e depreciação para ver qual opção é mais alinhada ao seu bolso. Há sinais de alerta que devem inviabilizar uma compra: histórico confuso de proprietários, quilometragem incompatível com o desgaste, pinturas e soldagens recentes, e resistência do vendedor em mostrar documentos. Murilo aconselha que quem não tem conhecimento técnico prefira comprar em revendas ou concessionárias que oferecem respaldo jurídico; quem aceita o risco e faz checklist rigoroso pode economizar comprando de particular — desde que contrate vistoria especializada quando necessário. No fim, não há resposta universal: escolha o que cabe no seu orçamento e no seu momento de vida. Se você busca previsibilidade e tranquilidade, um 0 km básico tende a ser mais adequado; se prioriza conforto e conteúdo, um usado equipado pode ser a solução — desde que procedência e conservação estejam comprovadas. Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. Veja os vídeos que estão em alta no g1



13º salário: parcela única e 1ª parte serão pagas nesta semana; calculadora mostra valores


24/11/2025 03:01 - g1.globo.com


13º salário: datas de pagamento, valores e quem tem direito O prazo para o pagamento da primeira parcela ou da parcela única do 13º salário foi antecipado para sexta-feira (28). Conhecido como um "salário extra", esse benefício é garantido por lei e, normalmente, é pago em duas parcelas, cada uma com datas definidas. A legislação brasileira determina que a primeira parcela deve ser paga até 30 de novembro. Mas, como este ano essa data cai em um domingo, os depósitos serão feitos antes, garantindo que todos recebam o valor dentro do prazo legal. A segunda parcela deve ser paga até 20 de dezembro e já vem com os descontos obrigatórios, como INSS e Imposto de Renda. O valor do 13º depende do salário bruto e do tempo trabalhado no ano, o que costuma gerar algumas dúvidas entre os trabalhadores. Preencha a calculadora abaixo com as suas informações e veja quanto deve receber. Ao longo desta reportagem, o g1 reuniu as principais perguntas e explica tudo que você precisa saber: Quem tem direito ao 13º salário? Qual é o tempo mínimo de registro para ter direito ao 13º? Como é feito o cálculo do 13º salário? Como funciona o 13º proporcional para quem foi demitido ou pediu demissão? Quais são os prazos legais para o pagamento do 13º? O empregador pode antecipar ou parcelar o 13º de outras formas? Estagiários, trabalhadores temporários e autônomos têm direito ao 13º? E se a empresa atrasar o pagamento? 13º salário Foto/Reprodução Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil 1. Quem tem direito ao 13º salário? Todo trabalhador contratado pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem direito ao 13º salário. Isso inclui empregados domésticos, rurais, urbanos e avulsos. Além dos trabalhadores da iniciativa privada, aposentados e pensionistas do INSS também recebem o benefício, conforme previsto na legislação brasileira. O advogado trabalhista Luís Gustavo Nicoli explica que o direito é garantido mesmo para quem não completou um ano na empresa. "O pagamento é proporcional ao tempo trabalhado. Ou seja, mesmo que o funcionário tenha sido contratado em julho, ele ainda assim receberá o valor referente aos meses em que esteve na empresa", afirma. 2. Qual é o tempo mínimo de registro para ter direito ao 13º? Para que um mês seja considerado no cálculo do 13º salário, o trabalhador precisa ter trabalhado pelo menos 15 dias naquele mês. Isso significa que não é necessário ter o mês completo de serviço para que ele entre na conta. "Cada mês com mais de 15 dias de trabalho conta como um mês integral para o cálculo do 13º. Se o empregado trabalhou menos de 15 dias em um determinado mês, aquele período não será considerado no cálculo do benefício”, explica Luís Gustavo. 3. Como é feito o cálculo do 13º salário? O cálculo do 13º salário é proporcional ao tempo de serviço no ano. Para fazer a conta, é preciso dividir o salário bruto mensal por 12 (referente aos meses do ano) e multiplicar pelo número de meses trabalhados. O resultado é o valor total do benefício, que normalmente é pago em duas parcelas. Na base de cálculo entram o salário-base, adicionais como insalubridade, periculosidade e adicional noturno, além da média de horas extras e comissões. Já benefícios eventuais ou indenizatórios, como vale-transporte ou auxílio-alimentação, não entram na conta. A primeira parcela corresponde à metade do valor calculado, enquanto a segunda parcela vem com os descontos obrigatórios, como INSS e Imposto de Renda. 4. Como funciona o 13º proporcional para quem foi demitido ou pediu demissão? Quem foi demitido sem justa causa tem direito ao 13º proporcional, calculado com base nos meses trabalhados no ano. O mesmo vale para quem pediu demissão voluntariamente: o benefício é pago de forma proporcional ao tempo de serviço. No entanto, há uma exceção importante. “O trabalhador que foi dispensado por justa causa perde o direito ao 13º salário”, explica Nicoli. Por isso, é essencial entender o tipo de desligamento para saber se o benefício será pago ou não. 5. Quais são os prazos legais para o pagamento do 13º? A primeira parcela do 13º salário deve ser paga até o dia 30 de novembro. Em 2025, essa data cai em um domingo, então o depósito deve ser feito até sexta-feira (28) para evitar atrasos. Já a segunda parcela precisa ser paga até o dia 20 de dezembro. Algumas empresas optam por antecipar a primeira parcela e pagá-la junto com as férias do empregado, desde que ele tenha solicitado isso até janeiro do mesmo ano. Essa antecipação é permitida por lei, mas o pagamento deve respeitar os prazos máximos estabelecidos. 6. O empregador pode antecipar ou parcelar o 13º de outras formas? Sim, o empregador pode antecipar o pagamento do 13º salário, inclusive quitando o valor integral de uma só vez. No entanto, essa antecipação deve respeitar os prazos legais: até 30 de novembro para a primeira parcela e até 20 de dezembro para a segunda. ➡️ O que não é permitido, segundo a legislação trabalhista, é dividir o pagamento em mais de duas parcelas. “A CLT e o Decreto 57.155/1965 estabelecem que o 13º deve ser pago em até duas vezes. Qualquer outra forma de parcelamento não está prevista na lei”, esclarece Nicoli. 7. Estagiários, trabalhadores temporários e autônomos têm direito ao 13º? Estagiários não têm direito ao 13º salário, pois o estágio é regido por uma legislação específica (Lei 11.788/2008) e não configura vínculo empregatício. Já os trabalhadores temporários, contratados conforme a Lei 6.019/1974, têm direito ao benefício, pois há vínculo de emprego durante o período do contrato. Autônomos e prestadores de serviço (como os que trabalham como pessoa jurídica, os chamados PJs) também não têm direito ao 13º. "Como não há relação de emprego, não se aplica a eles o pagamento do benefício", explica o advogado. 8. E se a empresa atrasar o pagamento? O atraso no pagamento do 13º salário pode gerar multa para o empregador. O trabalhador que não receber o benefício dentro do prazo pode denunciar a empresa à Superintendência Regional do Trabalho, órgão responsável por fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas. Por isso, é importante que as empresas se organizem para fazer os depósitos nas datas corretas.



PIX ganha novo mecanismo para recuperar dinheiro de vítimas de fraudes


23/11/2025 14:00 - g1.globo.com


PIX ganha novo mecanismo para recuperar dinheiro de vítimas de fraudes Entram em vigor neste domingo (23) novas regras do Banco Central (BC) que aprimoram o mecanismo de segurança do PIX e ampliam as possibilidades de devolução de valores a vítimas de fraudes, golpes ou coerção. Antes, a devolução só podia ser feita a partir da conta usada na fraude. No entanto, os golpistas costumam sacar ou transferir rapidamente o dinheiro para outras contas, perdendo a possibilidade de rastreio. Com as novas regras — de adoção opcional até 2 de fevereiro, quando passam a ser obrigatórias para os bancos — o sistema de devolução do PIX vai rastrear com mais precisão o caminho do dinheiro e permitir que valores desviados sejam recuperados mesmo após deixarem a conta original do golpista. O BC afirma esperar que a medida aumente a identificação de contas usadas em fraudes e a devolução de valores, ajudando a desestimular esse tipo de crime. O BC também acredita que o compartilhamento dessas informações ajudará a impedir que essas contas sejam usadas em novas fraudes. "​Essa identificação vai ser compartilhada com os participantes envolvidos nas transações e permitirá a devolução de recursos em até 11 dias após a contestação", disse o BC quando anunciou as alterações, em agosto. Autoatendimento Desde 1º de outubro, todos os bancos e instituições financeiras disponibilizam, no ambiente PIX nos respectivos aplicativos, funcionalidade para que uma transação possa ser facilmente contestada, sem a necessidade de interação humana. "Esse será o canal por meio do qual o usuário deve solicitar a devolução dos valores extraídos por meio de fraude. O autoatendimento do MED [mecanismo de devolução] dará mais agilidade e velocidade ao processo de contestação de transações fraudulentas, o que aumenta a chance de ainda haver recursos na conta do fraudador para viabilizar a devolução para a vítima", informou o BC, em agosto. Usuários do PIX ganham nova ferramenta contra golpes e fraudes Reprodução/TV Globo Pix enviado por engano pode virar caso de polícia Reprodução/Redes sociais



Lula diz que pretende assinar acordo entre União Europeia e Mercosul em 20 de dezembro


23/11/2025 12:00 - g1.globo.com


Lula diz que pretende assinar acordo entre União Europeia e Mercosul em 20 de dezembro O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (23) em Joanesburgo, na África do Sul, que pretende assinar o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia no próximo dia 20 de dezembro. "[...] Pretendo não viajar mais esse ano, a não ser para Brasília ou para Foz do Iguaçu para assinar o acordo Mercosul-União Europeia, que eu penso que será assinado no dia 20 de dezembro", disse Lula ao descartar novas viagens internacionais até o fim do ano. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A data coincide com a próxima reunião da Cúpula dos Líderes do Mercosul, marcada para Foz do Iguaçu (PR) – o Brasil ocupa a presidência rotativa do bloco neste semestre. Na fala, Lula destacou que o acordo vai criar a maior zona de livre comércio do mundo. "É um acordo que envolve praticamente 722 milhões de habitantes e envolve 22 trilhões de PIB. É uma coisa extremamente importante, possivelmente seja o maior acordo comercial do mundo." Lula fala a jornalistas durante o G20 Reprodução Acordo UE-Mercosul: o que está em jogo para quem apoia e para quem resiste? Até este domingo, o presidente da Argentina, Javier Milei, ainda não tinha confirmado presença no encontro de líderes. Em julho, Milei disse que o grupo "prejudicava" a maioria dos cidadãos. No início do mês, na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Lula já tinha defendido que o Mercosul e a União Europeia deveriam avançar o acordo em suas respectivas cúpulas. Relembre: Lula defende que Mercosul e União Europeia digam “sim” ao comércio internacional na próxima Cúpula Em setembro, o acordo de livre comércio entre os blocos foi apresentado formalmente pela Comissão Europeia. Agora, o Parlamento Europeu e os estados-membros da União Europeia precisam aprovar a adesão. Do lado de cá, os países do Mercosul precisam fazer o mesmo. É essa etapa que Lula pretende avançar na cúpula de líderes, no próximo mês.



Busca por orquídeas especiais não tem pausa


23/11/2025 10:30 - g1.globo.com


Busca por orquídeas especiais não tem pausa TV TEM/Reprodução As orquídeas estão entre as flores mais admiradas. São milhares de espécies e uma quantidade ainda maior de híbridos. Os orquidófilos são incansáveis na busca por exemplares especiais. Valdecir Souza, morador de Jarinu (SP), se apaixonou pelas orquídeas há 15 anos. Na época, ele trabalhava como mecânico e apenas colecionava exemplares da planta. Mas, com o passar do tempo, a paixão virou um negócio. Valdecir vende, em média, quatro mil orquídeas por mês. São diversos formatos, tamanhos e preços, das mais populares, como a Dendrobium, e outras mais difíceis de encontrar. Os preços dependem de alguns fatores, como espécie, origem, tamanho e exclusividade. Um exemplar comercial custa em média R$ 25. Já uma orquídea mais rara pode sair a partir de R$ 90. Valdecir faz a semeadura manualmente na estufa e aguarda seis meses até surgir a cápsula. Ela é enviada para o laboratório, onde será feita a distribuição das sementes. Depois, tudo é enviado novamente para a estufa. No laboratório da família do orquidófilo Arthur D'Andrea Calore, onde a germinação é realizada, são retiradas as células da orquídea, e elas são colocadas em meio de multiplicação para obter milhares de mudas a partir delas. De lá, saem quarenta mil mudas por mês. Além da reprodução, os cruzamentos levam a melhoramentos genéticos. Veja a reportagem exibida no programa em 23/11/2025: Busca por orquídeas especiais não tem pausa Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Acerola está em época de colheita


23/11/2025 10:30 - g1.globo.com


Pomar de acerola em Irapuru (SP) teve florada atrasada pela estiagem e pelas temperaturas mais baixas TV TEM/Reprodução A safra de acerola no Oeste Paulista sentiu os efeitos do clima neste ano. A combinação de estiagem prolongada e temperaturas mais baixas atrasou a florada em cerca de 30 dias, segundo produtores da região. Em Irapuru (SP), a irrigação tem sido fundamental para evitar perdas maiores. O produtor Antônio Eugênio Vicentin, que cultiva a fruta há 30 anos e mantém 3 mil pés no sítio, explica que o atraso foi consequência direta da seca e do frio fora de época. Mesmo assim, ele espera colher cerca de 200 toneladas, volume possível graças ao sistema de irrigação que cobre 100% do pomar. As acerolas colhidas passam por congelamento em câmara fria, o que permite a venda direta para clientes de vários estados. A região de Presidente Prudente (SP) é hoje a principal produtora de acerola do estado. Dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA) apontam que, na safra entre 2024 e 2025, os municípios da região somaram 84 mil pés em produção, responsáveis por quase 12 mil toneladas da fruta. Em outra propriedade de Irapuru, parte dos pés já está sendo colhida porque foram irrigados. Os que dependem apenas da chuva ainda estão em floração, o que pode indicar desempenho melhor que o da safra anterior, avalia o produtor José Alves Barbosa. Ele relata que a primeira florada teve perda por causa do pulgão, mas que a produção atual está mais favorável. José cultiva manga e acerola, sendo esta a atividade principal pela rentabilidade. Ele trabalha com as variedades Manolo e Olivier, e destina toda a produção para a Cooperativa Agrícola de Junqueirópolis (Coopaj), que concentra boa parte das entregas da região. Veja a reportagem exibida no programa em 23/11/2025: Acerola está em época de colheita Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Produtores colhem safra de melancia em SP


23/11/2025 10:30 - g1.globo.com


Produtores do Centro-Oeste Paulista estão otimistas com a produção da melancia e com os bons valores na hora da venda Reprodução/TV TEM Considerada uma das frutas mais consumidas no Brasil, a safra de melancia começou um pouco mais tarde neste ano no Centro-Oeste Paulista. O clima seco foi o maior responsável pelo atraso. Em Agudos (SP), uma plantação de 120 hectares reúne mais de 20 trabalhadores para realizar a primeira parte da colheita. Para o produtor Jair Fernando Gabriel, que junto com a sua família cultiva há 50 anos a fruta, a variedade plantada é a Manchester, caracterizada pela doçura, boa produtividade e resistência ao clima. A região do Centro-Oeste Paulista é considerada uma das mais indicadas para a produção, com dias mais quentes e longos e com terras que não encharcam muito, garantindo aos produtores um ótimo retorno na hora da colheita. Mesmo assim, as plantas precisam receber um pouco de água. É o que explica o engenheiro Romeu Batista. Ele diz que, mesmo a região tendo boas condições para o cultivo, a “estiagem prejudicou o desenvolvimento das plantas”. Ele lembra ainda que a polinização feita por abelhas também é essencial para garantir a produção. Na cidade de Duartina (SP), o produtor José Luiz Gabriel colhe quase 120 toneladas por dia, e ele também enfrentou o atraso. Ele também enfrenta outro desafio natural: a chuva. Ele explica que, com a terra molhada e os caminhões pesados e carregados, sempre atolam na hora de levar o fruto. Por isso, ele usa também um trator para puxar os veículos. Porém, faça chuva ou sol, os produtores de melancia do Centro-Oeste Paulista seguem otimistas para o fim da safra, que está prevista até dezembro. O preço também tem os deixado bastante felizes. Veja a reportagem exibida no programa em 23/11/2025: Produtores colhem safra de melancia em SP Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Mega-Sena, concurso 2.942: prêmio acumula e vai a R$ 18 milhões


23/11/2025 00:02 - g1.globo.com


G1 | Loterias - Mega-Sena 2942 O sorteio do concurso 2.942 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (22), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 18 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 12 - 30 - 40 - 46 - 54 - 60 5 acertos - 26 apostas ganhadoras: R$ 80.236,08 4 acertos - 2.092 apostas ganhadoras: R$ 1.643,73 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (25). Mega-Sena, concurso 2.942 Reprodução/Caixa Como funciona a Mega-sena Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



PF tem informação de que interrupção em tornozeleira de Bolsonaro não foi falta de bateria


22/11/2025 15:29 - g1.globo.com


PF tem informação de que tornozeleira de Bolsonaro não ficou sem bateria e avaliará necessidade de perícia A Polícia Federal (PF) tem informação de que a intercorrência na tornozeleira do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) ao Supremo Tribunal Federal (STF) não foi falta de bateria. A violação da tornozeleira foi o fato decisivo para a prisão de Bolsonaro. A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, aponta que o ex-presidente tinha elevado risco de fuga durante a vigília convocada pelo filho, Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A Seape-DF vai enviar um relatório sobre a tornozeleira eletrônica direto para o STF. A partir dessas informações, o ministro Alexandre de Moraes pode pedir investigação e perícia adicionais à PF. A ordem expedida por Moraes também apontou risco à ordem pública. Bolsonaro foi preso em casa na manhã deste sábado (22) e levado à sede da Polícia Federal em Brasília. Ele vai passar por uma audiência com um juiz no domingo (23). A prisão é preventiva, sem prazo determinado, e foi solicitada pela PF ao STF. A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a prisão. Bolsonaro mostra tornozeleira após encontro com deputados aliados na Câmara Adriano Machado/Reuters A Polícia Federal pediu a prisão preventiva do ex-presidente Bolsonaro ao STF por volta das 23h desta sexta-feira (21), com base na convocação de uma vigília por Flávio Bolsonaro. Ao analisar a representação feita pela PF, o relator do processo no STF, ministro Alexandre de Moraes, foi informado pelo Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), do Distrito Federal, que Bolsonaro havia tentado violar a tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado (22). Veja abaixo a cronologia: Por volta das 17h de sexta-feira (21) Senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) convoca, pelas redes sociais, uma vigília próxima à casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, no bairro Jardim Botânico, em Brasília. O convite previa que a vigília começaria às 19h deste sábado (22). Por volta das 23h de sexta-feira (21) A Polícia Federal pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva de Bolsonaro com base na convocação feita por Flávio. A PF afirmou haver "a possibilidade concreta de que a vigília convocada ganhe grande dimensão, com a concentração de centenas de adeptos do ex-presidente nas imediações de sua residência, estendendo-se por muitos dias, de forma semelhante às manifestações estimuladas pela organização criminosa nas imediações de instalações militares, especialmente no final do ano de 2022". Para a PF, havia risco de a vigília dificultar que Bolsonaro cumprisse a pena de prisão no processo da tentativa de golpe, que está próximo de ser encerrado. "Tal fato [a vigília] tem o condão de gerar um grave dano à ordem pública, podendo inclusive inviabilizar o cumprimento de eventuais medidas em decorrência do trânsito em julgado da ação Penal 2.668/DF [da trama golpista], ou exigir o indesejável emprego de medidas coercitivas pelas forças de segurança pública para o seu cumprimento, colocando em risco a segurança de moradores do condomínio de residência e imediações, apoiadores, policiais designados para a missão e até mesmo o condenado e seus familiares", afirmou a PF. 0h08 de sábado (22) Em paralelo ao pedido da PF, o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), ligado à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, registra a "ocorrência de violação" da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro. O Cime informou nesta manhã, em nota, que não fornece detalhes sobre casos concretos. Alexandre de Moraes registrou a comunicação do órgão. "O Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a esta Suprema Corte a ocorrência de violação do equipamento de monitoramento eletrônico do réu Jair Messias Bolsonaro, às 0h08min do dia 22/11/2025. A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho", escreveu o ministro. 1h25 de sábado (22) Acionado por Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, assina um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) informando que não se opunha à prisão preventiva solicitada pela PF. "Diante da urgência e gravidade dos novos fatos apresentados, a Procuradoria-Geral da República não se opõe à providência indicada pela Autoridade Policial", afirmou Gonet ao Supremo. Ordem de prisão Moraes decreta a prisão preventiva do ex-presidente por ver risco de fuga nos fatos novos — a vigília convocada por Flávio e a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. A decisão é tomada na madrugada, após o ministro consultar a PGR — não há um horário expresso no documento. "Não bastassem os gravíssimos indícios da eventual tentativa de fuga do réu Jair Messias Bolsonaro acima mencionados, é importante destacar que o corréu Alexandre Ramagem, a sua aliada política Carla Zambelli, ambos condenados por esta Suprema Corte; e o filho do réu, Eduardo Nantes Bolsonaro, denunciado pela Procuradoria-Geral da República no Supremo Tribunal Federal, também se valeram da estratégia de evasão do território nacional, com objetivo de se furtar à aplicação da lei penal", afirmou Moraes na decisão. O ministro determina que a prisão seja cumprida na manhã deste sábado, "com todo o respeito à dignidade do ex-presidente [...], sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática", e que Bolsonaro fique recolhido na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. Por volta das 6h de sábado (22) A PF vai até o condomínio do ex-presidente e cumpre a ordem de prisão. Bolsonaro é levado em um comboio de veículos para a Superintendência da PF, na Asa Sul, em Brasília.



Reforma tributária: atualização de processos e sistemas até 2026 é desafio para empresas


22/11/2025 07:01 - g1.globo.com


Miriam Leitão: Última etapa da Reforma Tributária mostra divisão de recursos A reforma tributária sobre o consumo exige ações na área de processos de gestão e de sistemas de emissão da nota fiscal por parte das empresas como forma de evitar problemas a partir de 2026. Essa é a avaliação de especialistas em tributação. Uma nova plataforma tecnológica que será inédita no mundo, 150 vezes maior do que o PIB, entra em funcionamento no próximo ano para operacionalizar os pagamentos dos impostos sobre produtos e serviços. ➡️ O novo sistema vai viabilizar e estruturar o pagamento dos futuros impostos sobre valor agregado (IVA), previstos na reforma tributária sobre o consumo (aprovada em 2024 pelo Congresso Nacional e sancionada no início deste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva). Já em fase de testes, o objetivo da Receita Federal é de que a plataforma esteja funcionando em 2026 sem gerar cobrança efetiva (alíquota pequena de 1%, que será "destacada", ou seja, abatida em outros tributos). A partir de 2027, quando haverá extinção do PIS e da Cofins federais, o sistema do "split payment" começará a operar em toda a economia para a CBS (tributo federal), focado principalmente nas negociações entre empresas — o chamado "business to business", sem abranger o varejo. De 2029 a 2032, haverá a transição do ICMS estadual e do ISS municipal para o IBS, com a redução gradual das alíquotas do ICMS e do ISS e o aumento gradual da alíquota do IBS (o futuro tributo sobre consumo dos estados e municípios). ➡️A Receita Federal não considera a perspectiva de grande complexidade para as empresas em 2026 (leia mais abaixo nessa reportagem). Lula sanciona com vetos a regulamentação da Reforma Tributária O que dizem especialistas De acordo com o especialista em TI e CSMO da Logithink, Fernando Brolo, o verdadeiro "calcanhar de Aquiles" das empresas está no processo de entrada documentos considerando o novo formato do sistema da Receita Federal. Para ele, as consequências práticas desse gargalo vão desde mercadorias paradas e incapacidade do contas a pagar, liquidar a fatura, até a possibilidade de a empresa não aproveitar os créditos tributários, gerando um impacto direto no fluxo de caixa. “As empresas estão subestimando a complexidade de receber e processar as notas de seus fornecedores, que virão com cerca de 200 novos campos. Se o sistema de gestão (ERP) não souber ler e validar essas informações, o processo simplesmente para”, disse Fernando Brolo, da Logithink. Segundo Reginaldo Stocco, CEO da vhsys, empresa de tecnologia voltada para micro e pequenos negócios, o novo sistema exige que as empresas reorganizem seu controle fiscal e contábil, atualizem os sistemas de gestão, simulem cenários, planejem o fluxo de caixa, capacitem equipes e revisem processos internos. "A reforma muda a estrutura de cálculo e de declaração de impostos, o que exige que as PMEs revisem desde o regime tributário até a forma como emitem notas fiscais e registram suas operações. Quem começar esse processo agora vai chegar em 2026 com vantagem. Essa mudança deve ser vista como uma oportunidade de modernizar a operação”, afirmou Reginaldo Stocco, da vhsys. Para Jhonny Martins, vice-presidente do SERAC, hub de soluções em contabilidade, educação e gestão corporativa, as empresas devem adequar os sistemas de gestão, de notas fiscais e de meios de pagamento, integrando-os aos bancos e às plataformas de arrecadação, o que demandará investimento tecnológico. "Adaptar a operação agora evita que o imposto se torne o gargalo do crescimento amanhã (...) O 'Split Payment' [um dos módulos do sistema da Receita Federal] traz mais previsibilidade para o fisco, mas também exige maturidade financeira das empresas. Quem se preparar agora vai atravessar essa transição com vantagem competitiva”, avaliou Jhonny Martins, do SERAC. Cláudio Costa, Head da Selbetti Business Consulting, avaliou que a transição para as empresas vai muito além da atualização de sistemas. Ele apontou a necessidade de integração entre áreas, de automação inteligente e de criação de indicadores confiáveis, o que torna a reforma "não apenas um desafio de conformidade mas também um catalisador para a transformação digital e das rotinas fiscais". "O custo de uma adaptação tardia pode ser alto: perda de competitividade, riscos de autuação e desorganização do fluxo financeiro. A reforma, por sua natureza, não é opcional. A urgência em se adequar não está apenas em atender a uma exigência legal, mas em proteger a continuidade operacional", acrescentou Cláudio Costa, da Selbetti Business Consulting. Levantamento da AG Tax, empresa do Grupo AG Capital especializada em inteligência tributária, revela que a maior parte das companhias ainda não fez os ajustes necessários para emitir notas fiscais no novo formato. A adaptação envolve atualização dos sistemas de ERP, revisão de cadastros fiscais e mapeamento das operações sujeitas aos novos tributos. "Sem esses ajustes, as empresas podem enfrentar inconsistências operacionais, atrasos no faturamento e riscos de autuação ao longo de 2026 (...) A reforma vai afetar margem, preço final, decisão de investimento e estrutura de operação. Quem tratar o tema apenas como obrigação acessória vai perder eficiência e mercado”, disse Douglas Farah, CPO da AG. Receita Federal minimiza preocupações A Secretaria da Receita Federal negou que haverá um aumento de complexidade na emissão das notas fiscais, e também afastou interpretações de que poderá haver um cenário caótico para as empresas a partir de 2026. Segundo o órgão, os campos das notas fiscais serão praticamente os mesmos de hoje, como: CNPJ ou CPF, de compradores ou vendedores, além da quantidade de produtos, valor da venda e códigos tributários, por exemplo. ➡️A novidade é que o empresário terá de indicar se a venda é para o setor privado, para órgãos públicos ou entidades ligadas ao Prouni ( Programa Universidade para Todos). Em um primeiro momento, explicou o Fisco, as empresas terão de alimentar o sistema com o código de cada produto, ou serviço. Uma vez feita essa "amarração", o produto será reconhecido na hora da venda pelo sistema — viabilizando a emissão automática do documento fiscal. "Esses que imaginam que vai ser o fim do mundo, acredito eu que não conhecem o sistema. Recomendo muito que assistam às lives do projeto-piloto, que leiam os manuais da CBS. Acredito eu que boa parte de quem pensa que é o apocalipse não assistiu às lives do projeto-piloto que estão no canal da Receita Federal", disse o gerente do Programa de Implementação dos Sistemas da Reforma Tributária do Consumo da Receita, Marcos Flores. Ele admitiu que serão incluídos novos campos na confecção do sistema de notas fiscais, algo considerado rotineiro (pois ocorre com frequência) e relacionado unicamente com o trabalho desenvolvido pelas empresas de "software" - responsáveis por adequar os sistemas. Mas explicou isso não representará mudanças para o empresário, que compra os sistemas de gestão e emissão de notas prontos. "O contribuinte [empresário] só tem que fazer uma coisa: confirmar que a calculadora que a Receita disponibilizou gratuitamente já está acoplada ao sistema que emite as notas. Baixa a calculadora. Fez, vai funcionar, a nota vai sair. Para o colaborador que está na boca do caixa, não muda nada", afirmou Marcos Flores, do Fisco. Interface gráfica da calculadora da Receita que estará acoplada aos sistemas Reprodução de apresentação da Receita Segundo ele, o sistema foi desenhado para dar incentivos econômicos positivos aos empresários, conferindo também maior segurança. "Hoje, o empresário tem que contratar um contador, um advogado, para interpretar a legislação, colocar no sistema, emitir os documentos, fazer uma declaração, rezar para a interpretação ser a mesma das administrações tributárias e passar cinco anos torcendo para não dar problema. Agora ele tem a calculadora que mostra: essa aqui é a administração da Receita federal. Fica muito mais seguro", acrescentou Marcos Flores, do Fisco. ➡️No caso do controle dos créditos tributários de cadeias anteriores de produção, que passarão a ser pagos rapidamente, conforme premissa da reforma tributária, haverá três cenários: Apropriado: tributo efetivamente pago pelo fornecedor, ou pelo adquirente, gerando crédito para o comprador. Apropriado parcialmente: tributo foi pago parcialmente, o que pode estar relacionado com uma venda parcelada ainda não integralmente quitada, por exemplo. Não apropriado: sistema vai indicar quando não houver o pagamento, o que pode estar relacionado com vendas a prazo com vencimento futuro e consumo pessoal, entre outros. Sistema de apuração dos créditos tributárois Reprodução de apresentação da Receita Federal No caso de crédito não apropriado, segundo a Receita Federal, o empresário tem a opção de gerar um documento de arrecadação (Darf) como adquirente, realizar o pagamento, e quando for pagar o fornecedor, enviar só o valor líquido. O recolhimento pelo adquirente poderá ser utilizado quando o "split payment" não estiver disponível. Também pode esperar o fornecedor pagar, ou no futuro usar o "split payment" - que faz o recolhimento imediato. Como ficam os impostos com a reforma tributária Arte g1



Reuniões diplomáticas, 'química' entre Lula e Trump, ação de Vieira e Alckmin: as negociações para derrubada do tarifaço


22/11/2025 07:01 - g1.globo.com

Oliver Stucker analisa EUA zerarem tarifaço sobre produto do Brasil Após diversas rodadas de negociação entre representantes dos governos brasileiro e norte-americano, o presidente Donald Trump anunciou na quinta-feira (20) a retirada da tarifa adicional de 40% aplicada a 238 produtos brasileiros. Para o governo brasileiro, a decisão resulta tanto de uma reavaliação interna da medida, por parte dos Estados Unidos, quanto do diálogo entre os dois países. Do lado do governo Trump, um dos fatores que pesaram foi a inflação para o consumidor norte-americano, decorrente da taxação de produtos como café e carne. Reuniões diplomáticas Nos últimos meses, houve encontros formais — como as reuniões entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado americano, Marco Rubio — e também conversas de bastidor, reveladas apenas após terem ocorrido. Internamente, Mauro Vieira é visto como peça central para ter viabilizado o encontro entre Lula e Trump, que abriu caminho para as negociações. Ao longo do período mais tenso da disputa comercial, o chanceler dialogou com interlocutores diretos de Trump, entre eles Marco Rubio (secretário de Estado), Jamieson Greer (assessor especial de Trump) e Richard Grenell (diplomata) — todos com acesso frequente ao presidente e capacidade real de influenciar decisões na Casa Branca. Em março, quando surgiram as primeiras sobretaxas sobre aço e alumínio, Lula orientou Mauro Vieira e o vice-presidente Geraldo Alckmin a reforçarem o diálogo com autoridades americanas. Com o anúncio da tarifa extra de 10%, a ordem foi intensificar as conversas. Naquele período, eles se reuniram com o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e com o representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer. As reuniões tinham dois objetivos: apresentar dados da balança comercial — favorável aos Estados Unidos — e demonstrar que, nos últimos 15 anos, os americanos acumularam superávit de US$ 410 bilhões no comércio de bens e serviços com o Brasil. A expectativa era de que esses números pudessem destravar um acordo, o que não ocorreu. Ao todo, foram sete rodadas virtuais de negociação e uma presencial, com a ida do então secretário de Assuntos Econômicos do Itamaraty, Maurício Lyrio, a Washington. Mas o cenário mudou quando Trump publicou uma carta endereçada a Lula anunciando a tarifa adicional de 40% e relacionando o tema a questões políticas, como a situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro. A avaliação em Brasília foi de que não havia mais espaço para negociação, já que nenhum interlocutor de Trump estava autorizado a tratar de comércio, e o governo brasileiro não discutiria o caso Bolsonaro. Encontro com Rubio Mauro Vieira fala sobre reunião com Marco Rubio Nesse contexto, Mauro Vieira aproveitou uma viagem a Nova York — onde participaria de uma cúpula sobre a Palestina — para sinalizar à Casa Branca que poderia ir a Washington, caso alguma autoridade aceitasse recebê-lo. A reunião com Marco Rubio acabou confirmada apenas depois de realizada, por receio de que uma divulgação prévia levasse setores conservadores americanos a pressionar por seu cancelamento — como já havia ocorrido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em encontro cancelado pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent. No encontro, Mauro Vieira apresentou novamente dados do comércio bilateral e reiterou que o processo contra Bolsonaro seguiria o rito judicial normal, sem interferência do Executivo. Mesmo assim, as conversas seguintes mostraram pouca abertura real para negociação. O governo brasileiro fez chegar, em reservado, que não aceitaria discutir qualquer tipo de pressão sobre o Supremo Tribunal Federal. Com a condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, houve nova mudança de tom em diálogos informais, sugerindo que poderia existir margem para uma negociação comercial caso fosse aberta uma conversa formal. 'Química' entre Trump e Lula Em setembro, pouco antes de Lula embarcar para Nova York — para participar da Assembleia da ONU — Mauro Vieira se deslocou ao Rio de Janeiro e se reuniu com Richard Grenell, enviado de Trump para missões especiais. Foi discutido um cenário hipotético: como cada presidente reagiria caso se encontrassem na ONU. Grenell disse que Trump não seria indelicado; Mauro Vieira disse o mesmo sobre Lula. Esse encontro é considerado o “sinal verde” para que as equipes tentassem criar a oportunidade. No dia seguinte, às vésperas da Assembleia Geral da ONU, Grenell também conversou discretamente com Celso Amorim, assessor especial de Lula, e ambos concluíram que os presidentes estavam abertos a um cumprimento informal. Assim foi feito. No dia da abertura da Assembleia, Trump permaneceu em um ponto específico por onde Lula poderia passar; Lula, por sua vez, foi informado de que o americano poderia estar ali. “Na hora H, o Trump decidiu ficar onde o Lula poderia sair, e o Lula saiu por onde o Trump poderia estar. A partir daí, o processo acelerou”, disse um integrante do governo. Esse encontro breve é descrito como crucial. A partir dali, os dois presidentes autorizaram seus assessores a negociar um diálogo direto. A questão deixou de ser “se” haveria conversa e passou a ser “como”: presencial ou virtual. Optou-se por um telefonema, focado exclusivamente na agenda comercial, sem tratar de Bolsonaro. Lula e Trump na Malásia Trump diz que abraçou Lula e que tiveram ótima química Com a avaliação positiva da conversa, autorizou-se um encontro presencial, realizado na Malásia, durante reunião de países asiáticos. A partir desse momento, afirmam os interlocutores brasileiros, as tratativas passaram a fluir entre diplomatas brasileiros, a embaixada em Washington e autoridades americanas. Foi nesse contexto que Rubio, Greer e Lutnick passaram a discutir, de fato, uma saída comercial. Já havia sinais de que os EUA poderiam rever unilateralmente a tarifa de 40%, mas não se sabia como. Nesta semana, Trump anunciou a remoção de parte das tarifas adicionais. O governo brasileiro avalia que um possível encontro entre Lula e Trump em Washington ainda depende de novas negociações. Papel de Alckmin Integrantes do governo também destacam o papel do vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin. De perfil mais discreto, ele esteve com auxiliares de Trump ao menos cinco vezes antes da conversa entre os presidentes, em outubro. Em julho, quando o tarifaço foi anunciado, encontrou-se duas vezes com o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e teve reuniões com representantes de big techs. O diálogo continuou ao longo dos meses, servindo, segundo fontes, para “medir o pulso”, manter o canal político aberto e preparar o terreno para a aproximação entre Lula e Trump.



Navio com 3 mil vacas à beira da morte é visto no Mediterrâneo; Europa é pressionada a salvar animais


22/11/2025 03:13 - g1.globo.com


Navio que vaga há meses tenta voltar ao Uruguai com vacas e bezerros à beira da morte Quase três mil vacas estão em um navio cargueiro voltando para o Uruguai depois de ficar presas na costa da Turquia sem poderem ser descarregadas. A última atualização sobre a embarcação, chamada Spiridon II, mostrava que ela estava no Mar Mediterrâneo, mais precisamente na costa da Líbia, voltando à América do Sul. A organização sem fins lucrativos Animal Welfare Foundation, com atuação internacional na área de bem-estar animal e especializados em animais de fazenda, está acompanhando a rota do navio e diz que ele ainda deve ficar uma semana em águas da Europa. Em seu site, a ONG publicou uma petição para que países europeus acolhesse os animais, muitas delas são vacas prenhes, que correm risco de morrer. "Não podemos simplesmente abandonar esses animais à própria sorte. Agora é o momento de pressionar. O navio Spiridon II permanecerá em águas europeias por mais uma semana, aproximadamente. A janela de oportunidade para intervenção é mínima", diz a petição. Entenda o caso As quase 3 mil vacas estão voltando ao Uruguai após ficarem presas no navio cargueiro por meses. O navio de condições precárias partiu de Montevidéu em 19 de setembro com destino ao porto de Bandirma, e só deve chegar de volta em dezembro. ⚠️Com escassez de alimento e água, a maioria dos animais não deve sobreviver à travessia, alertam ativistas. A tripulação também vive em condições precárias e não tem treinamento para cuidar dos animais moribundos. Metade do rebanho está prenha. Abortos são quase inevitáveis devido às condições anti-higiênicas. Mais de 140 bezerros nasceram, mas têm pouca chance de sobreviver. O carregamento tinha 2.901 vacas destinadas a atividades de engorda e reprodução. A embarcação chegou à Turquia em 22 de outubro, após uma viagem de cerca de um mês. No entanto, as autoridades turcas negaram a permissão para o desembarque da carga. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O problema foi a burocracia: os fiscais turcos identificaram que 469 animais estavam sem os brincos ou chips eletrônicos obrigatórios. Devido ao impasse sobre a certificação, o Spiridon II ficou ancorado por mais de três semanas, sem poder descarregar os animais. Com o passar dos dias, a situação a bordo piorou drasticamente. Grupos de defesa dos animais denunciaram condições precárias, incluindo superlotação e problemas de ventilação. LEIA MAIS: Pecuária que preserva: como o dinheiro do clima chega ao campo Tarifas retiradas: entenda por que só alguns produtos foram beneficiados Navio Spiridon II vaga há meses no mar com quase 3 mil vacas presas em condições precárias Divulgação / Animal Welfare Foundation Estimativas iniciais apontaram que pelo menos 58 vacas já haviam morrido durante o período de espera. Representantes de fundações de bem-estar animal alertaram que o navio não levava ração suficiente para uma viagem prolongada. Foi necessária uma intervenção para que a embarcação atracasse brevemente e reabastecesse a água e a comida antes de iniciar a volta. 🗓️ Após tentativas fracassadas de acordo entre autoridades da Turquia e do Uruguai, o navio iniciou nesta semana a longa viagem de volta a Montevidéu. A chegada à capital uruguaia está prevista para 14 de dezembro. O retorno, que exige mais um mês de viagem, foi classificado como uma "viagem de morte" por Maria Boada Saña, representante da fundação Animal Welfare, que considera improvável que a maioria dos animais sobreviva a essa jornada. A ONG alerta que os animais "não devem sobreviver". O navio Spiridon II, de bandeira de Togo e construído em 1973, já tinha mais de 80 deficiências documentadas em inspeções anteriores. Uma veterinária experiente alertou que as condições apertadas e anti-higiênicas tornam abortos quase inevitáveis e dificultam a sobrevivência dos bezerros. A situação também é dramática para a tripulação, que está vivendo em condições precárias e não possui o treinamento necessário para cuidar de animais gravemente doentes. Há um grande receio de que os animais mortos sejam jogados ao mar, uma prática difícil de controlar. Organizações de proteção animal enfatizam que essa tragédia não é um caso isolado, mas sim uma falha sistêmica que ocorre enquanto embarcações carregadas de animais cruzam os oceanos. Por isso, exigem o banimento total da exportação de animais vivos por via marítima. arte g1



Mega-Sena pode pagar R$ 10 milhões neste sábado


22/11/2025 03:01 - g1.globo.com


Como funciona a Mega-sena O concurso 2.942 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 10 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 21h deste sábado (22), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última terça-feira (18), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 20h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.



Banco Master: o que acontece com conta-salário, consignados e pensões após a liquidação


22/11/2025 03:01 - g1.globo.com


PF investiga investimento bilionário que fundos de previdência de estados e municípios fizeram no Banco Master Antes de ser liquidado pelo Banco Central, na terça-feira (18), o Banco Master vinha tentando ampliar a participação no mercado de crédito consignado para servidores, beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e trabalhadores da iniciativa privada. O principal produto nesse mercado, segundo o Master, é um cartão de benefícios intitulado Credcesta, que ao final de 2024 era oferecido em 20 estados e 176 municípios, ante 130 e 176, respectivamente, em 2023. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça No setor público, o banco diz ter convênio com mais de 80 órgãos, entre prefeituras, governos estaduais e o Comando da Aeronáutica. Segundo o último balanço, o Master tinha, ao final de 2024, R$ 919 milhões a receber em créditos consignados, um valor menor que os R$ 2,6 bilhões do final de 2023. 🗒️Tem alguma sugestão de reportagem? Mande para o g1 A liquidação — em que o BC afasta a gestão de um banco e coloca uma empresa para administrar os ativos — não anula a obrigação de quem tomou empréstimo do Master de pagá-lo, segundo especialistas ouvidos pelo g1. "Os contratos não foram extintos. Estava sendo feita a liquidação de um banco e não dos contratos. Os contratos seguem vigentes", afirma o economista e professor de Finanças do Insper Alexandre Chaia. "Esse contrato tem valor. Então, essa pessoa que está devendo para o banco, se agora que o banco liquidou, não pagar mais, ela vai pagar multa, vai ser responsabilizada", explica Cesar Bergo, economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal. O que acontece se eu tiver conta-salário no Master? Caso alguém tenha conta-salário — que costuma estar associada a crédito consignado — no Banco Master, os pagamentos devem continuar a ser feitos normalmente, segundo os especialistas. E as empresas ou órgãos provavelmente migrarão essas folhas para outras instituições financeiras. Quem deve garantir a continuidade dos pagamentos é a EFB Regimes Especiais de Empresas, escolhida pelo BC para administrar os negócios do banco. “O liquidante pode ultimar negócios pendentes, como o pagamento de salário. É muito improvável que o Banco Central deixasse de priorizar isso, porque não pagar salário gera repercussão grave e risco de contágio" , afirma Márcio Valadares, mestre em Direito e Finanças pela Universidade de Oxford. Para o economista Cesar Bergo, é provável que empresas e órgãos que tenham conta-salário no Master migrem para outras instituições. “Manter folha num banco liquidado é algo que nenhuma empresa vai querer, porque o principal ativo de um banco é a confiança.” O mesmo procedimento acontece com as pensões. “Do ponto de vista bancário, pensão segue exatamente a mesma lógica da conta-salário. O liquidante pode pagar agora, e o órgão responsável vai ter que migrar o repasse depois”, explica Valadares, de Oxford. O INSS informou que o Banco Master já estava proibido de conceder novos empréstimos consignados a aposentados e pensionistas desde 18 de outubro, quando o órgão decidiu não renovar o Acordo de Cooperação Técnica que autorizava a instituição a operar essa modalidade. "Entre os elementos considerados estão o volume expressivo de reclamações em bases oficiais e públicas — com relatos de dificuldades para cancelamento, cobranças indevidas e operações não reconhecidas — e indícios de descompasso entre práticas adotadas e parâmetros normativos", disse a autarquia, em nota. Conselho Monetário Nacional já havia tomado medidas para coibir modelo de negócios do Banco Master Jornal Nacional/ Reprodução



Bloqueio no Orçamento cai para R$ 7,7 bilhões, e governo libera R$ 644 milhões que estavam contingenciados


22/11/2025 00:22 - g1.globo.com

Miriam Leitão: Haddad acerta quando diz que inflação permite queda dos juros O governo decidiu liberar R$ 644 milhões em despesas que estavam congeladas neste ano. Com isso, a contenção de gastos no Orçamento de 2025 cai de R$ 8,3 bilhões para R$ 7,7 bilhões. Esse impedimento vale tanto para despesas obrigatórias como discricionárias (não obrigatórias). A decisão foi publicada no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 5º bimestre de 2025, divulgado na noite desta sexta-feira (21). O documento atualiza a projeção para as contas públicas até o fim do ano. A liberação de despesas foi causada por uma redução na projeção de despesas esperadas pra os dois últimos meses de 2025. A liberação só não foi maior porque o governo passou a colocar fora da meta fiscal gastos na área de defesa. Além disso, houve aumento na projeção de déficit nas estatais, que estava com previsão de R$ 6,2 bilhões e o rombo subiu para R$ 9,2 milhões. Isso é explicado pelo desempenho negativo dos Correios A meta fiscal de 2025 é de déficit zero – equilíbrio entre gastos e despesas, desconsiderando os precatórios. No entanto, o governo tem uma margem que flexibiliza o centro da meta, permitindo até um déficit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a R$ 31 bilhões. O detalhamento oficial de quais ministérios e políticas serão contemplados com a liberação de gastos será divulgado até o fim deste mês. Meta fiscal Com o relatório publicado nesta sexta, o governo volta a prever que as contas fecharão o ano no limite da meta, ou seja, em cerca de R$ 31 bilhões de déficit. O detalhamento oficial de quais ministérios e políticas serão contemplados com a liberação de gastos será divulgado até o fim deste mês



Preços globais do café despencam após Trump retirar tarifas sobre Brasil


21/11/2025 20:47 - g1.globo.com


Trump retira sobretaxa de 40% sobre produtos agrícolas como café, carne e frutas Os preços globais do café caíram nesta sexta-feira (21) depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou as tarifas de 40% sobre o grão brasileiro, na noite de quinta (20). O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo e abastecia cerca de um terço do mercado dos Estados Unidos, o maior consumidor global da bebida. Às 10h30 (horário de Brasília), os contratos futuros de café arábica na bolsa ICE, referência global para o setor, caíam 4,3% e eram negociados a US$ 3,6040 por libra-peso. Mais cedo, chegaram a cair mais de 6%, no menor nível em dois meses. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os futuros do café robusta, usado em cafés solúveis e misturas para o torrado e moído, também caíam mais de 4% no mesmo horário, para US$ 4.415 por tonelada métrica. Mais cedo, chegaram a baixar 8%. A decisão de Trump ocorreu depois de outra ordem do presidente americano, na semana passada, que estabeleceu a redução de tarifas, para diversos países, sobre o café e cerca de 200 produtos alimentícios. Leia mais sobre a retirada das tarifas: Veja o que continua com 40% e o que deixou de ser taxado pelos EUA Entenda por que só parte dos produtos brasileiros foram beneficiados Fim das tarifas foi 'presente de Natal', dizem exportadores de café Saca de café em fazenda perto de Brasília em 15 de julho de 2025 Adriano Machado/Reuters Os preços do café no varejo dos Estados Unidos subiram 40% em setembro, na comparação com 2024, em parte por causa das tarifas. A inflação dos alimentos tem contribuído para a queda da aprovação de Trump, hoje no menor patamar desde seu retorno ao poder, segundo pesquisa Reuters/Ipsos. Oliver Stucker analisa EUA zerarem tarifaço sobre produto do Brasil Oferta limitada Apesar do otimismo com a retirada das tarifas, um trader de uma grande comerciante global de café diz não acreditar que o preço ficará muito abaixo do patamar atual. Segundo ele, a safra global do café arábica ainda está deficitária, os estoques estão baixos e o mercado ainda enfrenta riscos de oferta por causa do fenômeno climático La Niña. Um corretor de Londres afirmou que o mercado reagiu de forma exagerada ao recuo nas tarifas, já que a decisão era, até certo ponto, esperada. "(A medida) pareceu chocar mais do que provavelmente deveria", disse ele. Além das tarifas, operadores também avaliam os danos provocados por enchentes e deslizamentos na principal região cafeeira do Vietnã, maior produtor mundial de robusta. Um corretor de café sediado em Londres disse que o mercado havia reagido de forma um pouco exagerada à reviravolta das tarifas de Trump, uma vez que ela era, até certo ponto, esperada. "(A medida) pareceu chocar mais do que provavelmente deveria", disse ele. Valdo: recuo de Trump é derrota para Eduardo Bolsonaro e vitória para Lula



Tarifaço de Trump: fim da taxação de 40% nos EUA deve normalizar exportações de café e carne em MS


21/11/2025 20:03 - g1.globo.com


EUA retira taxação de alguns produtos brasileiros, entre eles a carne Os produtores de Mato Grosso do Sul devem sentir alívio imediato nas exportações após os Estados Unidos (EUA) anunciarem, nesta quinta-feira (20), a retirada da tarifa de 40% sobre alguns produtos brasileiros, como carne e café. O anúncio foi feito pela Casa Branca e resulta de negociação entre os dois governos. A isenção vale para mercadorias que entraram no mercado norte-americano a partir de 13 de novembro. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp No primeiro semestre de 2025, os Estados Unidos foram o segundo principal destino das exportações sul-mato-grossenses, atrás apenas da China. Com o aumento das tarifas no segundo semestre, produtores do estado buscaram rotas alternativas para evitar perdas. O setor de carnes redirecionou parte do volume para o México, que posteriormente reenviava a carga aos EUA. Já o café enfrentou mais dificuldade, mesmo com parte da produção passando pela Colômbia antes de seguir para o mercado norte-americano. Em julho, os frigoríficos de Mato Grosso do Sul suspenderam a produção destinada aos EUA. Segundo o vice-presidente do sindicato, Alberto Sérgio Capucci, a paralisação foi uma medida logística para evitar o acúmulo de estoques que não seriam comercializados. Com a retirada da taxação, a expectativa é que as vendas externas retomem o ritmo habitual. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertone, afirma que a decisão foi bem recebida pelos produtores. “Com essa livre taxação, melhorou muito para nós produtores, principalmente porque o diálogo prevalece”, disse. Segundo Bertone, o impacto sobre a carne foi menor devido às alternativas adotadas, enquanto o café foi mais afetado. Ele afirma ainda que a pressão inflacionária sobre alimentos nos Estados Unidos contribuiu para a revisão da política comercial. Com o acordo, o setor produtivo do estado espera recuperar competitividade e retomar o crescimento das exportações aos EUA. LEIA TAMBÉM Trump reduz tarifas sobre café, carne e frutas, produtos exportados pelo Brasil O que continua com 40% e o que deixou de ser taxado pelos EUA MAPA suspendeu a autorização do frigorífico da JBS em Campo Grande para exportar para os EUA. Reprodução/TV Morena Governo brasileiro celebrou decisão O governo do Brasil comemorou a retirada da tarifa. O presidente Lula afirmou que está “muito feliz porque o presidente Trump começou a reduzir a taxação de alguns produtos brasileiros". "Essas coisas vão acontecer à medida que a gente conversa”, afirmou. Lula acrescentou que seguirá buscando “diálogo e racionalidade” para eliminar as demais tarifas ainda aplicadas aos produtos brasileiros. Para o Itamaraty, a decisão foi um avanço importante, especialmente por fazer menção às negociações com o Brasil e porque a data retroativa (13 de novembro) coincide com o dia da reunião entre Marco Rubio e Mauro Vieira. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, afirmou que a medida é uma “excelente notícia”. Segundo ele, o Brasil volta a competir em condições equilibradas no mercado dos EUA, o que ajuda a estabilizar preços dos produtos. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul



Fabricante do Mounjaro, Eli Lilly se torna a primeira farmacêutica a alcançar US$ 1 trilhão em valor de mercado


21/11/2025 19:40 - g1.globo.com


Fabricante do Mounjaro, Eli Lilly se torna a primeira farmacêutica trilionária A empresa Eli Lilly atingiu um valor de mercado de US$ 1 trilhão, tornando-se a primeira farmacêutica a entrar no clube exclusivo dominado por gigantes da tecnologia e reforçando sua ascensão como uma potência no setor de emagrecimento. A valorização de mais de 35% das ações da empresa este ano foi impulsionada principalmente pelo crescimento explosivo do mercado de medicamentos para perda de peso, como o Mounjaro. Nos últimos dois anos, com o lançamento no mercado de novos tratamentos altamente eficazes para a obesidade, essa categoria emergiu como um dos segmentos mais lucrativos da área da saúde. As vendas do tirzepatide da Lilly, comercializado como Mounjaro para diabetes tipo 2 e Zepbound para obesidade, também superaram as da Merck Keytruda como o medicamento mais vendido do mundo. Nos últimos dois anos, com o lançamento de novos tratamentos eficazes para a obesidade, essa categoria emergiu como um dos segmentos mais lucrativos da área da saúde. divulgação Lilly A Novo Nordisk teve uma vantagem inicial no setor, mas a Mounjaro e a Zepbound ganharam popularidade rapidamente e ajudaram a empresa a superar sua rival em número de prescrições. A Lilly saiu na frente em parte porque o lançamento do Wegovy da Novo Nordisk, em 2021, foi prejudicado pela escassez de suprimentos, dando à Lilly espaço para ganhar terreno. Os medicamentos da empresa americana também demonstraram maior eficácia clínica, e a Lilly foi mais rápida em ampliar a produção e expandir a distribuição. As ações da empresa, que chegaram a atingir um recorde histórico, estavam sendo negociadas a US$ 1.051, uma alta de quase 1%. Receita anual de US$ 2 bilhões Atualmente, as ações da Lilly são negociadas a um dos patamares mais altos do setor farmacêutico, cerca de 50 vezes o lucro previsto para os próximos 12 meses, segundo dados da LSEG. Isso reflete as apostas dos investidores de que a demanda por medicamentos para obesidade permanecerá forte. As ações também superaram em muito o mercado acionário americano em geral. Desde o lançamento do Zepbound no final de 2023, a Lilly valorizou mais de 75%, em comparação com uma alta de mais de 50% no índice S&P 500 no mesmo período. No último trimestre divulgado, a Lilly registrou uma receita combinada de mais de US$ 10,09 bilhões proveniente de seu portfólio de produtos para obesidade e diabetes, o que representa mais da metade de sua receita total de US$ 17,6 bilhões. "A avaliação atual aponta para a confiança dos investidores na sustentabilidade a longo prazo da franquia de saúde metabólica da empresa. Também sugere que os investidores preferem a Lilly à Novo na corrida armamentista da obesidade", disse Evan Seigerman, analista da BMO Capital Markets. Em outubro, a Lilly elevou sua previsão de receita anual em mais de US$ 2 bilhões, considerando o ponto médio, devido ao aumento da demanda global por seus medicamentos para obesidade e diabetes. Wall Street estima que o mercado de medicamentos para perda de peso atingirá US$ 150 bilhões até 2030, com a Lilly e a Novo controlando juntas a maior parte das vendas globais projetadas. Os investidores estão agora focados no medicamento oral para obesidade da Lilly, o orforglipron, cuja aprovação é esperada para o início do próximo ano. Em uma nota divulgada na semana passada, analistas do Citi afirmaram que a última geração de medicamentos GLP-1 já se tornou um "fenômeno de vendas", e que o orforglipron está prestes a se beneficiar dos "avanços conquistados por seus predecessores injetáveis". Acordo com governo Trump A Lilly deverá se beneficiar de um acordo com o governo Trump e de seus investimentos bilionários planejados para impulsionar a produção nos EUA. Analistas afirmaram que o acordo de preços com a Casa Branca pode afetar a receita a curto prazo, mas expande significativamente o acesso, adicionando até 40 milhões de potenciais candidatos ao tratamento da obesidade nos EUA. A Lilly está começando a se parecer novamente com os "Sete Magníficos", disse James Shin, diretor de Pesquisa de Ações Biofarmacêuticas do Deutsche Bank, referindo-se às gigantes da tecnologia, incluindo a Nvidia e a Microsoft, que impulsionaram grande parte dos retornos do mercado este ano. Em determinado momento, os investidores a consideravam parte desse grupo de elite, mas após algumas notícias e resultados decepcionantes, ela caiu em desuso. Agora, porém, pode representar uma alternativa para os investidores, especialmente considerando as recentes preocupações e a fragilidade de algumas ações de empresas de IA, acrescentou ele. Ainda assim, analistas e investidores estão de olho para ver se a Lilly conseguirá manter seu crescimento atual, visto que os preços do Mounjaro e do Zepbound estão sob pressão, e se seus planos de expansão, juntamente com seu portfólio diversificado e aquisições, compensarão uma possível redução de margem.



Tarifas de Trump: entenda por que nem todos os produtos brasileiros ficaram livres das taxas


21/11/2025 18:38 - g1.globo.com


Negociadores do Brasil veem data da retirada do tarifaço como sinal político de Trump A decisão dos Estados Unidos de reduzir tarifas sobre parte das exportações brasileiras combina fatores internos da economia americana com o andamento das negociações entre os dois países, marcando o primeiro movimento de flexibilização desde o tarifaço anunciado em julho. Para Abrão Neto, presidente da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil), a pressão inflacionária foi o ponto central da mudança. “Com a alta de preços pesando sobre o consumidor americano, especialmente nos alimentos, o governo buscou formas de conter custos internos.” 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Não por acaso, os 238 produtos liberados da tarifa de 40% têm forte relação com a cadeia agroindustrial americana, incluindo itens como carnes bovinas e suínas, café, cacau, frutas tropicais, sucos, castanhas, alguns fertilizantes e insumos nos quais o Brasil é um fornecedor difícil de substituir. (veja mais abaixo) 🔎 Com o governo americano paralisado, a divulgação de indicadores oficiais — como os dados de inflação — ficou suspensa nos últimos meses. ⚠️ Mesmo assim, uma pesquisa do instituto Ipsos indica que 59% dos americanos atribuem a Donald Trump a responsabilidade pela alta dos preços dos alimentos ao longo do ano. Nas contas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os itens contemplados na ordem executiva respondem por cerca de 37% das exportações do Brasil aos EUA. Assim, a maior parte dos embarques — especialmente os industriais — permanece sujeita às tarifas. Frederico Lamego, diretor de relações internacionais da CNI, lembra que setores como máquinas e equipamentos, móveis, couro, calçados, aviação, óleos e minerais seguem arcando com o adicional de 40% imposto em julho. Para ele, a continuidade dessas cobranças reforça a necessidade de avanço nas tratativas. “Existe a questão da pressão inflacionária, mas também a urgência de um processo dinâmico de negociação para resolver o problema o quanto antes. É uma situação delicada para a indústria”, afirma. Tarifas aplicadas pelos EUA. Arte/g1 Avanço diplomático Além da motivação econômica, a decisão dos EUA também carrega um componente diplomático. Lamego reforça que a ordem executiva faz referência — pela primeira vez desde julho — ao processo de negociação com o Brasil, o que sinaliza mudança no clima político entre os dois países. “Foi um gesto de boa vontade de Washington para o avanço das negociações comerciais com o Brasil.” Abrão Neto, da Amcham Brasil, ainda acrescenta que a medida não surgiu de forma espontânea: ela responde a uma proposta apresentada pelo governo brasileiro e marca a retomada de conversas que estavam paralisadas. Para ele, o ambiente político recente ajudou a destravar esse movimento. “O distensionamento político entre Brasil e EUA, com a aproximação entre os dois presidentes e o início de uma negociação, também contribuiu para abrir espaço e criar condições para que essa decisão se materializasse”, reforça. Apesar do avanço, a maior parte das exportações brasileiras continua fora da lista de isenção e permanece sujeita às tarifas ampliadas. A avaliação é que esses setores foram mantidos de fora porque os Estados Unidos aguardam uma proposta mais consistente do governo brasileiro. “Algo que vá além da discussão tarifária e aprofunde a integração e as contrapartidas”, afirma Frederico Lamego. Nem tudo está isento Segundo João Henrique Gasparino, diretor executivo da NimbusTax, o alívio tarifário anunciado pelos EUA não alcança todas as exportações brasileiras, já que a isenção se aplica apenas aos produtos listados na nova ordem executiva. “Todos os demais itens brasileiros, que não aparecem no anexo, seguem sujeitos ao adicional de 40%, especialmente aqueles com forte pressão de produtores americanos ou usados como moeda de troca nas negociações com o governo brasileiro”, afirma. Ele ressalta que, mesmo entre os produtos contemplados, o benefício é limitado, pois só elimina a sobretaxa de 40%. “Permanecem as tarifas de base, medidas antidumping e barreiras sanitárias, o que mantém custos relevantes para parte das exportações”, reforça o especialista. Gasparino também observa que a medida tem efeito retroativo a 13 de novembro, o que permite solicitar o reembolso do valor pago desde essa data. O que dizem os setores que ficaram de fora da isenção? Mesmo com o alívio tarifário concedido a parte das exportações brasileiras, setores importantes da indústria continuam totalmente expostos à sobretaxa aplicada pelos Estados Unidos. Entre eles estão os fabricantes de calçados e de móveis, que não foram incluídos na lista de produtos beneficiados. A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) recebeu a medida com cautela, ainda que veja algum avanço no diálogo entre os dois países. Embora o setor tenha ficado de fora da retirada da tarifa extra, o presidente-executivo Haroldo Ferreira afirma que a iniciativa abre uma porta para negociações mais amplas. “A decisão traz esperança de uma resolução para o imbróglio que vem prejudicando as exportações de calçados desde agosto”, diz. Segundo ele, o impacto continua significativo: “O tarifaço de 50% vem causando enormes prejuízos, especialmente para empresas do Rio Grande do Sul e de São Paulo, os principais exportadores para aquele país.” Entre as indústrias moveleiras, representadas pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), o entendimento é ainda mais crítico. Para a entidade, a ordem executiva praticamente não altera o quadro atual. “O setor segue lidando com revisão de pedidos, renegociação de contratos e redirecionamento de exportações, enquanto tenta mitigar as perdas”, afirma a associação. A Abimóvel afirma atuar junto às autoridades brasileiras e americanas para demonstrar que a manutenção das tarifas “não contribui para a segurança econômica dos EUA e encarece o produto para o consumidor americano”. A entidade avalia que a decisão é um gesto inicial de abertura, mas insuficiente para recuperar previsibilidade e competitividade. A expectativa é que a lógica aplicada aos alimentos — com foco na inflação e na garantia de oferta — seja considerada também para bens industriais nas próximas rodadas de negociação. O g1 também procurou o Instituto Aço Brasil e a Associação Brasileira do Alumínio, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. Complexo Industrial e Portuário do Pecém Divulgação/CNI



Alckmin diz que 238 produtos saíram do tarifaço dos EUA: 'Estamos otimistas'


21/11/2025 18:38 - g1.globo.com


Negociadores do Brasil veem data da retirada do tarifaço como sinal político de Trump O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (22) que 238 produtos brasileiros foram retirados do tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Segundo Alckmin, a decisão anunciada pela Casa Branca representa “um passo importante” na negociação bilateral e melhora a competitividade de setores exportadores brasileiros, especialmente alimentos. "Nós dissemos anteriormente que estávamos otimistas e queremos reiterar que continuamos otimistas. O trabalho não terminou. Avança e agora com menos barreiras", afirmou Alckmin. Para ele, "o trabalho continua". "As barreiras estão sendo vencidas. Abrimos um canal muito importante de negociação. O O presidente Lula sempre orientou diálogo e negociação", disse. Impacto Depois de o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciar que 238 produtos brasileiros foram retirados do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, detalhou o tamanho do impacto real da medida e os desafios que permanecem. Segundo Prazeres, 22% das exportações brasileiras aos EUA seguem sujeitas às sobretaxas de 40% — ou de 10% somadas aos 40%, dependendo do produto. Outros 15% ainda enfrentam apenas a tarifa extra de 10%. Na outra ponta, 36% do que o Brasil vende aos EUA está totalmente livre de tarifas adicionais. E 27% está sujeito às chamadas tarifas horizontais da Seção 232, aplicadas a setores como siderurgia, alumínio e autopeças. Quanto isso representa em valores Com base nas exportações brasileiras de US$ 40,4 bilhões para os EUA em 2024, o governo fez a seguinte divisão: US$ 8,9 bilhões seguem sob o tarifaço de 40%; US$ 6,2 bilhões continuam com tarifa extra de 10%; US$ 14,3 bilhões estão isentos de sobretaxas; US$ 10,9 bilhões são afetados pelas tarifas da Seção 232. O governo destacou que a decisão de Trump desta quinta-feira (21) — que retirou a alíquota adicional de 40% de parte dos produtos — representa uma queda de 37% na parcela do comércio brasileiro que estava sujeita ao tarifaço desde julho. Por outro lado, a fatia das exportações livres de tarifas adicionais aumentou 42% desde o início da crise. Indústria preocupa mais que o agro A avaliação interna do governo é que, apesar do alívio para alimentos como carne e café, o setor industrial segue sendo o ponto mais sensível nas negociações. As exportações industriais têm maior valor agregado e conteúdo tecnológico, e sofrem mais com perdas de mercado. Substituir mercados é mais difícil para produtos industriais, especialmente aqueles feitos sob encomenda. A Embraer, por exemplo, continua enfrentando tarifa de 10% sobre aeronaves. Sanções contra autoridades Após o anúncio dos Estados Unidos sobre a retirada da tarifa adicional de 40% aplicada a alguns produtos exportados pelo Brasil, o governo Lula e a diplomacia brasileira seguirão negociando para revogar também as sanções impostas a autoridades brasileiras. Entre elas estão a suspensão de vistos de ministros e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo Alckmin, o governo segue em negociação sobre esse pleito e na mesa de propostas não há tema proibido. "O presidente Lula, quando conversou com o presidente Trump, fez dois pleitos: redução tarifária e também colocou a questão da Lei Magnitsky, em relação a ministros afetados", disse. "Não tem tema proibido. Brasil está sempre aberto (nas negociações). Têm temas tarifários e temas não tarifários. Temas não tarifários tem datacenter, limite da inteligência artificial no mundo é energia e o Brasil tem energia abundante e renovável, terras raras, big techs." Em julho, o secretário de Estado Marco Rubio anunciou a revogação dos vistos de ministros do STF. A decisão ocorreu no mesmo dia em que Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Poucos dias depois, o governo Trump aplicou sanções da Lei Magnitsky contra Moraes — instrumento usado pelos Estados Unidos para punir estrangeiros por corrupção ou violações de direitos humanos. Em setembro, a esposa do ministro também foi incluída na lista de penalidades. Segundo o Itamaraty, a revogação dessas punições sempre fez parte das discussões entre Brasil e Estados Unidos nas negociações bilaterais



Tarifaço: café solúvel do Brasil ainda sofre taxa de 50% nos EUA; associação lamenta


21/11/2025 16:48 - g1.globo.com


Oliver Stucker analisa EUA zerarem tarifaço sobre produto do Brasil O café solúvel brasileiro ainda está sendo taxado em 50% nos Estados Unidos, informou a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS) nesta sexta-feira (21). Na quinta-feira (20), o governo americano suspendeu a tarifa adicional de 40% sobre alguns produtos brasileiros. A medida veio uma semana após os EUA retirarem a taxa de reciprocidade de 10% para cerca de 200 mercadorias de vários países. Os anúncios beneficiaram o café em grão, mas deixaram de fora o solúvel. "Embora celebremos a reversão das tarifas para outras categorias agrícolas, a Abics lamenta profundamente que o café solúvel brasileiro [...] tenha sido mantido na lista de produtos sujeitos à taxa adicional de 40%, que totaliza 50% quando somadas aos 10% de tarifas recíprocas que prevalecem sobre o solúvel", disse a Abics. "Esta realidade contrasta com o progresso geral nas negociações bilaterais e representa um desafio contínuo para o setor", acrescentou. O café solúvel representa cerca de 10% de todas as exportações da indústria brasileira de café, disse Marcos Matos, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Imagem de café solúvel sendo preparado com leite. Reprodução/TV Gazeta Segundo a Abics, as vendas de café solúvel aos EUA rendem US$ 1,1 bilhão ao Brasil. Matos diz que o setor segue negociando para reverter a tarifa sobre o produto. "Nós temos reunião com o MRE [Ministério das Relações Exteriores], com o chanceler [Mauro Vieira], dia 28 de novembro. Temos uma rodada de negociações com o Mdic [Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços], com o Mapa [Ministério da Agricultura e Pecuária], nos dias 27 e 28. Temos esse trabalho para fazer em prol do café solúvel", disse Matos, ao g1. "O que é importante é que as negociações estão indo bem. Quando o presidente [dos EUA, Donald] Trump cita a boa relação, na ordem executiva, é um sinal de que isso pesou também", afirmou. ENTENDA A DECISÃO: Veja a lista de produtos brasileiros que ficam de fora do tarifaço Decisão cita conversa com Lula e 'progresso' nas negociações Leia a íntegra da medida que retirou tarifa de 40% de alguns produtos Relembre esforços do governo brasileiro para reduzir tarifaço de Trump Negociações entre Lula e Trump 'Ninguém respeita quem não se respeita", diz Lula após recuo nas tarifas dos EUA Diferentemente da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão de quinta-feira (20) se aplica somente ao Brasil. Nela, Trump cita a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no início de outubro, e afirma que a retirada das tarifas é resultado das negociações entre os dois governos. "Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento", diz Trump no documento. "Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários [...] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional [...] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil", acrescenta o presidente. Veja alguns dos produtos que tiveram a tarifa de 40% retirada: café; carne bovina; açaí; cacau; banana; tomate; coco; castanha de caju; mate; especiarias, como pimenta, canela, baunilha, cravo e noz-moscada. Governo brasileiro celebrou decisão O governo do Brasil comemorou a retirada da tarifa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está “muito feliz porque o presidente Trump começou a reduzir a taxação de alguns produtos brasileiros". "Essas coisas vão acontecer à medida que a gente conversa”, afirmou. Lula acrescentou que seguirá buscando “diálogo e racionalidade” para eliminar as demais tarifas ainda aplicadas aos produtos brasileiros. Para o Itamaraty, a decisão foi um avanço importante, especialmente por fazer menção às negociações com o Brasil e porque a data retroativa (13 de novembro) coincide com o dia da reunião entre Marco Rubio e Mauro Vieira. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, afirmou que a medida é uma “excelente notícia”. Segundo ele, o Brasil volta a competir em condições equilibradas no mercado dos EUA, o que ajuda a estabilizar preços dos produtos. Alívio para exportadores A retirada de taxas do café e da carne, especificamente, representa um alívio para exportadores brasileiros desses produtos. Os Estados Unidos são o principal comprador de café do Brasil e respondem por cerca de 16% de tudo o que o país exporta. Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as importações caíram pela metade entre agosto e outubro, na comparação com 2024, por causa do tarifaço. O diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, disse, na quinta, que a decisão é resultado de “um trabalho muito intenso”. "Para nós, é um momento de celebração, um presente de Natal antecipado. Vamos concorrer com nossa sustentabilidade e competitividade em pé de igualdade, como a gente sempre quis", afirmou ao g1. No caso da carne, os EUA eram o segundo maior comprador do produto brasileiro antes do tarifaço, importando 12% de todo o volume que o Brasil vende para o exterior. Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a decisão do governo americano. Segundo a entidade, "a reversão reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira." A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) também celebrou a retirada da tarifa. "Esta nova ordem corrige a distorção criada pelas tarifas entre o principal mercado comprador e consumidor de café, os EUA, e o principal produtor e exportador global, o Brasil." "A partir de agora, a tendência é que seja restabelecido o fluxo normal de comércio de cafés especiais entre as nações, que vinham sendo duramente impactadas pelas distorções criadas pelas tarifas."



Saiba o que está por trás da crise dos Correios que se arrasta por 12 trimestres de prejuízos


21/11/2025 16:30 - g1.globo.com


A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, os Correios, enfrenta uma crise econômico-financeira, que começou em meados de 2022, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que continua na gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde 2022, são 12 trimestres seguidos de prejuízos na empresa pública, que alcançou um déficit de R$ 4,36 bilhões no primeiro semestre de 2025. 🔎O termo "déficit" significa que os gastos somados foram maiores que a receita que os Correios conseguiu gerar no ano. Em outubro, a estatal anunciou a busca por R$ 20 bilhões em empréstimo para tentar conter a crise. Nesta sexta-feira (21), a nova gestão aprovou o plano de reestruturação da empresa e informou que espera que a tomada de empréstimo ocorra até o fim deste mês. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Os resultados negativos em sequência resultaram, no ano passado, no primeiro prejuízo bilionário da empresa desde 2016. Naquele ano, os Correios tiveram prejuízo de R$ 1,5 bilhão (R$ 2,3 bilhões, em valores atualizados). Em 2024, o prejuízo foi de R$ 2,6 bilhões. Veja abaixo, em tópicos, o principais fatores que levaram os Correios à atual situação: Gastos com pessoal Remessa Conforme Fluxo de Caixa Investimentos Precatórios Unidades deficitárias Medidas contenciosas Alternativas Correios anunciam plano para cobrir rombo bilionário nas contas da empresa Gastos com pessoal Um dos motivos que levaram ao primeiro prejuízo em 2022 não é muito diferente do que acontece na atual gestão: gastos com pessoal. À época, a gestão do presidente Floriano Peixoto Vieira Neto informou que os custos tinham aumentado em função de dois reajustes salariais, um de 9,75%, retroativo a agosto de 2021, após acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), em setembro de 2022. E outro de 10,12%, quase duas vezes maior que a inflação daquele ano, mais um abono indenizatório de R$ 1 mil para cada empregado. Os acordos coletivos de trabalho dos Correios são firmados ao longo do ano e por isso têm validade em um intervalo de 12 meses que atinge dois anos diferentes, geralmente o segundo semestre de um e o primeiro semestre do seguinte. Só naquele ano, o impacto dos dois reajustes salariais nas contas dos Correios foi de R$ 820,5 milhões. Entretanto, o segundo reajuste salarial, que também envolveu os vales de alimentação e de refeição, causou um impacto de R$ 1,3 bilhão para o ano de 2023, já sob a gestão do presidente Fabiano Silva. No ano seguinte, em 2024, os Correios assinaram um novo acordo coletivo que concedeu até 6,57% de reajuste salarial para 71 mil empregados, a inflação no ano foi de 4,83%. Somado a isso, também foi aprovado um reajuste aumentando a base salarial em 30%. E o impacto em 2024 foi uma elevação de gastos com folha de pagamento de R$ 894 milhões. Já o acordo coletivo estabelecido no ano passado previu um reajuste linear de 4,11% para os empregados e um benefício de gratificação de 70% a ser recebido nas férias seguintes à assinatura. Com isso, só no primeiro semestre deste ano de 2025 o aumento na folha de pagamento foi de R$ 547 milhões. Além desses gastos, em 2024 os Correios fecharam um acordo com a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) para assumir uma dívida referente ao "Plano de Benefício Definido (PBD)" de aposentadoria e pensão para os funcionários. Com isso, a empresa acordou pagar agora R$ 2,4 bilhões, corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 349 meses. E mais uma previsão de R$ 5,4 bilhões que deverão ser pagos conforme a aposentadoria dos beneficiários do plano. Correios: saiba o que está por trás da crise que se arrasta por 12 trimestres de prejuízos Remessa Conforme Outro fator que impactou diretamente a situação econômico-financeira da estatal foram as mudanças implementadas pelo programa "Remessa Conforme", criado pelo Ministério da Fazenda em 2023. O governo passou a cobrar imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, que até então estavam isentas para empresas. A medida ficou conhecida como "taxa das blusinhas". Com a instituição do programa, a legislação brasileira passou a permitir que empresas de transportes façam o frete pelo Brasil de mercadorias internacionais, deixando de ser obrigatória a distribuição das encomendas junto aos Correios, como era feito até então. E isso gerou um impacto significativo nas receitas dos Correios. Um estudo produzido pela empresa no começo do ano apontou que a estatal teve uma frustração de receita de R$ 2,2 bilhões após o implemento do programa. As demonstrações financeiras de 2024 apontam que houve uma redução de receita com encomendas internacionais de R$ 531 milhões, em relação a 2023. 'Taxa das blusinhas': Veja como ficam os preços de produtos internacionais com novo imposto Já para o primeiro semestre de 2025, os Correios obtiveram R$ 815 milhões de receita com as encomendas internacionais e viram a redução dessa renda despencar em R$ 1,3 bilhão em relação ao mesmo período do ano passado, quando registrou R$ 2,1 bilhões. Com a difusão das compras por meio de marketplaces internacionais, nos últimos anos, essa receita chegou a responder por quase 25% de todo o faturamento da empresa. Ainda no primeiro semestre deste ano, os Correios até conseguiram aumentar suas receitas com transporte de encomendas em território brasileiro, entretanto não foi o suficiente para melhorar o resultado financeiro da empresa. Fluxo de caixa Com o aumento de despesas e a redução de receitas, o maior impactado é o caixa da empresa. Em 2023, a empresa fechou o ano com R$ 3,2 bilhões disponíveis para uso ou em aplicações financeiras. Entretanto, após uma série de medidas que geraram despesas, a empresa fechou o ano de 2024 com R$ 249 milhões em caixa. Uma redução de 92%. Ao fim do ano passado, a situação já era considerada crítica e os Correios tomaram R$ 550 milhões em empréstimos junto aos bancos Daycoval e ABC para conseguir pagar as contas de final de ano. Ao todo, os Correios estimam pagar R$ 69 milhões em juros com esses empréstimos, o equivalente a 13% do valor total captado. A empresa pegou os empréstimos e decidiu quitá-los integralmente em 2025. As parcelas começaram a vencer neste mês de julho e seguem até dezembro. Sem dinheiro em caixa, os Correios estão desde o final do ano passado com relevantes dificuldades fiscais, o que tem gerado atrasos nos pagamentos de credores. Em julho, o g1 obteve acesso a um documento no qual a empresa formaliza o adiamento no pagamento de diversas obrigações, que somam R$ 2,75 bilhões. “Com foco na continuidade das operações, essa iniciativa teve como objetivo central preservar a liquidez e reequilibrar, ainda que temporariamente, a estrutura do fluxo de caixa, mitigando os efeitos imediatos do desequilíbrio financeiro entre entradas e saídas”, afirma o texto. E, para pagar os dois empréstimos de 2024 e parte das demais contas, em junho, a gestão do ex-presidente Fabiano Silva tomou outro empréstimo, com um consórcio de bancos, no valor de R$ 1,8 bilhão e com a expectativa de pagar R$ 367 milhões em juros. A empresa estima que a taxa de juros efetiva para esse empréstimo é de 21,99% ao ano. O atual presidente da empresa, Emmanoel Schmidt Rondon, justificou que os Correios estão em busca de um empréstimo de R$ 20 bilhões também como forma de diminuir a taxa de juros contratada na gestão passada. Ao todo, o dinheiro seria usado para liquidar os empréstimos em aberto e dar fôlego ao caixa da empresa. “A gente precisa recuperar a liquidez da empresa para que a gente possa, por exemplo, ter capacidade de pagar o Plano de Demissão Voluntária (PDV). Estamos fazendo uma operação com bancos para a realizar uma operação de tomada de recursos”, afirmou o presidente em outubro. Em meio à crise com Lula, União Brasil pressiona pelos Correios e Banco do Brasil Investimentos Nas Demonstrações Financeiras de 2024, os Correios informaram que, mesmo em meio a dificuldades financeiras, investiram R$ 830 milhões ao longo do ano, totalizando R$ 1,6 bilhões desde que a nova gestão assumiu. Nos últimos dois anos, foram R$ 698 milhões na aquisição de novos veículos e outros R$ 600 milhões gastos em manutenção da infraestrutura operacional da empresa. 🚐Parte dos veículos adquiridos faz parte do plano estratégico da empresa de 5 anos para transição ecológica de suas atividades. Desta forma, apenas em 2024 foram adquiridos: 50 furgões elétricos; 3.996 bicicletas cargo com baú; e 2.306 bicicletas elétricas. A empresa ainda comprou 1.502 veículos para renovar a frota já existente. E, apesar do prejuízo em 2024, a empresa reafirmou que manterá sua estratégia de investimentos que ampliem "soluções tecnológicas" e reduzam o impacto no meio ambiente. "A sustentabilidade continuará a ser tema central em nosso dia a dia. Esperamos evoluir ainda mais em nossos propósitos de caráter social e ambiental", afirmou a empresa. Precatórios Em grandes empresas, como os Correios, uma conta que tem muita importância é a de processos judiciais. Segundo regras contábeis, nelas são registrados todas as estimativas de prováveis perdas que a empresa pode ter em função de disputas judiciais. E, no caso das empresas públicas, quando uma decisão judicial é desfavorável e precisa ser paga, ela se torna um precatório, que é a promessa de pagamento mas em um determinado período, respeitando os limites orçamentários – uma vez que o governo não pode pagar algo que não foi previsto anteriormente na elaboração do orçamento. Durante o ano de 2023, a gestão do então presidente Fabiano Silva optou por fazer um acordo de intenção de desistência com Tribunal Superior do Trabalho (TST), com o objetivo de reduzir o número de processos trabalhistas em tramitação, aceitando a derrota e se comprometendo a não recorrer de decisões. O acordo afetou 3.781 ações que corriam no tribunal. Além disso, as despesas com precatórios dispararam no período, atingindo R$ 1,6 bilhão em junho de 2025, mais de três vezes o que foi registrado em 2022. De acordo com uma estimativa de quitação feita pelos Correios nas Demonstrações Financeiras de junho deste ano, a empresa ainda tem a pagar em 2025 R$ 913 milhões em precatórios. Para todo o ano de 2026 o valor previsto é de R$ 1 bilhão e para 2027, R$ 44 milhões. Entretanto, esses valores podem aumentar em caso de novas derrotas ou acordos de desistência na Justiça. Unidades deficitárias Entre as justificativas para o resultado negativo de 2024, dadas pelos Correios na apresentação das Demonstrações Financeiras está a de que apenas 15% das 10.638 unidades de atendimento têm superávit – quando as receitas são maiores do que as despesas. "Ainda que 85% das unidades sejam consideradas deficitárias, os Correios garantem o acesso universal de todas e todos aos serviços postais, com tarifas justas, em cada um dos 5.567 municípios atendidos", ponderou os Correios. Lidar com agências deficitárias é um problema que a estatal brasileira passa por ser membro da União Postal Universal (UPU), que a obriga, por exemplo, a garantir a distribuição de encomendas em todo território nacional. Assim, ela fica impedida de se desfazer de algumas unidades que trazem prejuízo por serem postos de apoio necessários para cumprir com as exigências da UPU. Agência dos Correios Marcelo Camargo/Agência Brasil Medidas contenciosas Para tentar contornar os recorrentes prejuízos e a baixa disponibilidade de dinheiro em caixa, por três vezes as gestões dos Correios anunciaram planos estratégicos, o último em 15 de outubro. Entretanto, este último plano é uma releitura das medidas que já estavam sendo adotadas pela gestão anterior dos Correios. Ainda não se sabe os impactos que tiveram desde que anunciadas em maio. “Não temos o impacto total que as medidas anteriores tiveram, mas elas foram emergenciais, e não reestruturantes como agora”, afirmou o atual presidente da empresa, Emmanoel Schmidt Rondon. Em 15 de outubro, o atual presidente um plano de medidas se divide em três grupos: Corte de despesas operacionais e administrativas; Busca pela diversificação de receitas, com recuperação da capacidade de geração de caixa; Recuperação da liquidez da empresa. Correios anunciam novas medidas para estancar prejuízo de quase R$ 3 bi Para atender ao primeiro grupo, Rondon informou que será aberto um novo Plano de Demissão Voluntária (PDV) dos funcionários para equilibrar as contas. Mas o presidente dos Correios não entrou em detalhes sobre como o programa será feito. Em maio, a empresa encerrou outro PDV, que teve uma adesão de 2.500 funcionários e um impacto de R$ 220 milhões no balanço. A empresa também colocará à venda imóveis ociosos e buscará renegociar os contratos com os maiores fornecedores, “sem colocar em risco a segurança jurídica das operações”, que por vários momentos foram paralisadas em função de atrasos. De acordo com as Demonstrações Financeiras de junho de 2025, até o momento a empresa conseguiu vender R$ 2,9 milhões de imóveis ociosos. Para atender o segundo ponto, o presidente dos Correios pontuou que a empresa vai buscar ampliar a receita da empresa por meio de novos produtos, que não foram detalhados. E o terceiro tópico é a busca pelo empréstimo de R$ 20 bilhões, que aliviará o caixa da empresa entre 2025 e 2026, ajudando na reestruturação a longo prazo. Medidas tomadas em maio de 2025: ➡️ Revisão da estrutura dos Correios Sede: redução de pelo menos 20% do orçamento de funções (redução dos cargos comissionados); ➡️ Incentivo à redução da jornada de trabalho: diminuição do horário de trabalho para 6 horas diárias e 34h semanais. Atualmente, são 8h diárias e 44h semanais. ➡️ Suspensão temporária de férias: a partir de 1º de junho de 2025, referente ao período aquisitivo deste ano. As férias voltarão a ser usufruídas a partir de janeiro de 2026; ➡️ Prorrogação das inscrições para o Programa de Desligamento Voluntário (PDV): até 18 de maio de 2025, mantendo os atuais requisitos de elegibilidade; ➡️ Incentivo à transferência, voluntária e temporária, de agente de correios: o pagamento do adicional de atividade será o mais vantajoso para empregados; ➡️ Convocação para o retorno ao regime de trabalho presencial: todos os empregados devem retornar ao trabalho presencial a partir de 23 de junho de 2025, com exceção daqueles protegidos por decisão judicial; ➡️ Lançamento de novos formatos de planos de saúde: a escolha da rede credenciada será dialogada com as representações sindicais. A economia estimada será de 30%; ➡️ Lançamento do marketplace próprio ainda em 2025; ➡️ Captação de R$ 3,8 bilhões com o New Development Bank (NDB), para investimentos internos. ➡️ Compartilhamento de unidades operacionais ➡️ Venda de imóveis ociosos ➡️ Redução de custos com manutenção ➡️ Otimização da malha operacional e logística ➡️ Revisão de contratos nas 10 maiores Superintendências Estaduais ➡️ Reestruturação da rede de atendimento ➡️ Aprimoramento da malha de transporte aéreo e terrestre Alternativas Além da busca por um equacionamento econômico-financeiro por meio da redução de despesas e aumento de receitas e do empréstimo de R$ 20 bilhões que a empresa está buscando, um velho tema volta à tona como opção para a empresa nos bastidores da Esplanada dos Ministérios: a privatização dos Correios. Para o jurista Fernando Vernalha, o assunto deve, sim, ser reconsiderado como uma alternativa ao modelo atual de gestão que vem sendo praticado. "Deveríamos debater o assunto, com mais pragmatismo e com desprendimento ideológico. A gente precisa olhar para o problema dos Correios com uma visão mais pragmática, o que é melhor para nós, para o cidadão, para União, do ponto de vista econômico?", afirmou Vernalha em entrevista ao g1 em outubro. Entretanto, ele pondera que uma possível privatização pode ter dificuldade em função da forma como pode ser feito o desmembramento da empresa, que precisa atender todos os municípios brasileiros mesmo que essas operações apresentem prejuízo. "A gente já teve o desafio de universalizar vários serviços públicos, como telefonia, e houve concessões ou privatizações com modelagens que conseguiram associar o filé e o osso, com frentes mais rentáveis e frentes deficitárias", avaliou o especialista.



Navio que vaga há meses tenta voltar ao Uruguai com 3 mil vacas e bezerros à beira da morte: 'Não devem sobreviver'


21/11/2025 15:04 - g1.globo.com


Navio que vaga há meses tenta voltar ao Uruguai com vacas e bezerros à beira da morte Quase 3 mil vacas estão voltando ao Uruguai após ficarem presas em um navio cargueiro por meses, impedidas de descarregar na Turquia. O navio em condições precárias, chamado Spiridon II, partiu de Montevidéu em 19 de setembro com destino ao porto de Bandirma, e só deve chegar de volta em dezembro. ⚠️ Com escassez de alimento e água, a maioria dos animais não deve sobreviver à travessia, alertam ativistas. A tripulação também vive em condições precárias e não tem treinamento para cuidar dos animais moribundos. Metade do rebanho está prenha. Abortos são quase inevitáveis devido às condições anti-higiênicas. Mais de 140 bezerros nasceram, mas têm pouca chance de sobreviver. O carregamento tinha 2.901 vacas destinadas a atividades de engorda e reprodução. A embarcação chegou à Turquia em 22 de outubro, após uma viagem de cerca de um mês. No entanto, as autoridades turcas negaram a permissão para o desembarque da carga. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O problema foi a burocracia: os fiscais turcos identificaram que 469 animais estavam sem os brincos ou chips eletrônicos obrigatórios. Devido ao impasse sobre a certificação, o Spiridon II ficou ancorado por mais de três semanas, sem poder descarregar os animais. Com o passar dos dias, a situação a bordo piorou drasticamente. Grupos de defesa dos animais denunciaram condições precárias, incluindo superlotação e problemas de ventilação. LEIA MAIS: Pecuária que preserva: como o dinheiro do clima chega ao campo Tarifas retiradas: entenda por que só alguns produtos foram beneficiados Navio Spiridon II vaga há meses no mar com quase 3 mil vacas presas em condições precárias Divulgação / Animal Welfare Foundation Estimativas iniciais apontaram que pelo menos 58 vacas já haviam morrido durante o período de espera. Representantes de fundações de bem-estar animal alertaram que o navio não levava ração suficiente para uma viagem prolongada. Foi necessária uma intervenção para que a embarcação atracasse brevemente e reabastecesse a água e a comida antes de iniciar a volta. 🗓️ Após tentativas fracassadas de acordo entre autoridades da Turquia e do Uruguai, o navio iniciou nesta semana a longa viagem de volta a Montevidéu. A chegada à capital uruguaia está prevista para 14 de dezembro. O retorno, que exige mais um mês de viagem, foi classificado como uma "viagem de morte" por Maria Boada Saña, representante da fundação Animal Welfare, que considera improvável que a maioria dos animais sobreviva a essa jornada. A ONG alerta que os animais "não devem sobreviver". O navio Spiridon II, de bandeira de Togo e construído em 1973, já tinha mais de 80 deficiências documentadas em inspeções anteriores. Uma veterinária experiente alertou que as condições apertadas e anti-higiênicas tornam abortos quase inevitáveis e dificultam a sobrevivência dos bezerros. A situação também é dramática para a tripulação, que está vivendo em condições precárias e não possui o treinamento necessário para cuidar de animais gravemente doentes. Há um grande receio de que os animais mortos sejam jogados ao mar, uma prática difícil de controlar. Organizações de proteção animal enfatizam que essa tragédia não é um caso isolado, mas sim uma falha sistêmica que ocorre enquanto embarcações carregadas de animais cruzam os oceanos. Por isso, exigem o banimento total da exportação de animais vivos por via marítima. Infográfico: o caminho até o Uruguai do navio com vacas em risco Arte/g1



Como proteger hortas de lesmas e caramujos


21/11/2025 14:51 - g1.globo.com

Produtores que enfrentam problemas com caramujos e lesmas em hortas podem acessar gratuitamente uma publicação da Embrapa com orientações práticas sobre como fazer o controle. O material explica como preparar iscas caseiras e detalha os cuidados necessários durante a catação manual dos bichos – método bastante usado em hortas domésticas. A Embrapa destaca que existem diferentes tipos de caracóis e caramujos que podem causar prejuízos às hortaliças. Em casos de infestações mais severas, a recomendação é buscar orientação profissional para avaliar a necessidade de controle químico. 📲 Acesse aqui.



Tarifaço de Trump: apesar de nova lista de exceções, dois terços das exportações não estão isentas, diz CNI


21/11/2025 14:24 - g1.globo.com


Oliver Stucker analisa EUA zerarem tarifaço sobre produto do Brasil Com a nova lista de produtos brasileiros isentos da tarifa de 40%, cerca de 37% das exportações do Brasil aos Estados Unidos — que responde por cerca de US$ 15,7 bilhões — passam a entrar no mercado americano sem a cobrança extra. A avaliação é de Frederico Lamego, superintendente de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base nos dados de 2024. Mesmo assim, 63% dos embarques seguem sujeitos às tarifas ampliadas em julho, sobretudo os do setor industrial. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Lamego classifica o efeito da medida como misto e afirma que as negociações entre Brasília e Washington entram agora em uma fase decisiva. “A ordem publicada ontem complementa a de 14 de novembro, ampliando para 238 o número de produtos isentos da tarifa adicional de 40%”, afirma. A lista inclui café, carne, frutas, castanha-do-pará, fertilizantes e insumos agrícolas (veja mais abaixo). Apesar desse avanço para parte do agronegócio, Lamego destaca que a maior parte dos bens manufaturados permanece sob o tarifaço, enfrentando barreiras relevantes no mercado americano. “Máquinas e equipamentos, móveis, couro, calçados, aviação, alguns óleos, cera de carnaúba e minerais como a vermiculita seguem enfrentando custos adicionais para entrar no mercado americano”, ressalta Lamego. Além disso, ele lembra que a aviação, por exemplo, opera com alíquota de 10%, desvantagem relevante frente ao acordo que zera tarifas entre EUA e União Europeia. Tarifas aplicadas pelos EUA. Arte/g1 Frederico Lamego, diretor de Relações Internacionais da CNI Divulgação/CNI Avanço nas negociações Ainda assim, o superintendente destaca que a menção às negociações com o Brasil — a primeira desde o tarifaço de julho — representa um sinal diplomático relevante. “O gesto indica boa vontade de Washington para avançar nas tratativas e também reflete a preocupação do governo americano com a inflação interna — que pressiona por soluções que reduzam custos de importação.” Ao comentar a possibilidade de buscar novos mercados diante das tarifas, Lamego observa que, para diversos segmentos industriais, o impacto vai além do aumento de custos. Isso porque produtos regulados, como máquinas e equipamentos, nem sempre podem ser facilmente redirecionados para terceiros mercados. “O que dificulta o escoamento, reduz margens e enfraquece o poder de negociação das empresas”, diz. O superintendente afirma que a CNI prepara um estudo para mapear se os setores afetados estão conseguindo compensar perdas por meio da realocação de vendas. Além disso, ele reforça que o governo brasileiro está empenhado em buscar uma solução, e que os EUA esperam uma proposta robusta, que vá além da discussão tarifária. “A CNI apresentou ao governo brasileiro, há cerca de duas semanas, uma proposta de subsídio para mitigar os efeitos mais urgentes enquanto as negociações avançam”, afirma. Lamego reconhece que iniciativas como o programa "Acredita Exportação" podem trazer algum alívio, mas reforça que se trata de uma resposta temporária. “Embora o plano ofereça um respiro, o mais importante é que as negociações avancem o quanto rápido para que a questão seja resolvida de forma definitiva.” Produtos brasileiros sob tarifaço dos EUA Exceções desde o início (30/jul) 🧃 Suco de laranja ✈️ Aviões civis ⛽ Combustíveis 🧪 Fertilizantes ⛏️ Minério Retirados da lista (20/nov) 🥩 Carne bovina ☕ Café 🍵 Chá 🍅 Tomate 🍐 Frutas 🥤 Sucos 🍫 Cacau Seguem taxados 🏭 Máquinas 👟 Calçados 🪑 Móveis 🍯 Mel 🐟 Pescados Exportação de molduras de madeiras é 100% dependente do mercado dos EUA, diz associação Divulgação/Abimci



Bitcoin encosta em US$ 80 mil, no menor nível em sete meses


21/11/2025 12:50 - g1.globo.com


O bitcoin e o ether atingiram mínimas em vários meses nesta sexta-feira (21), pressionados pela venda generalizada de ativos de risco, em meio a preocupações com as avaliações antes otimistas das empresas de tecnologia e à redução das apostas em cortes de juros nos Estados Unidos no curto prazo. O bitcoin chegou a uma mínima de sete meses, cotado a US$ 81.668 no pior momento do dia. Por volta das 9h05, caía 5,87%, a US$ 82.100,88. O ether recuava 6,68%, a US$ 2.686,17, o menor nível em quatro meses. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça As criptomoedas são vistas como um termômetro do apetite dos investidores por risco, e a queda recente evidencia a fragilidade dos mercados nos últimos dias. Ações ligadas ao setor de inteligência artificial — que vinham exibindo desempenho robusto — despencaram, e a volatilidade do mercado aumentou com força. Veja os vídeos que estão em alta no g1 "Se isso estiver refletindo o sentimento de risco como um todo, as coisas podem começar a ficar muito, muito feias, e essa é a preocupação agora", disse o analista de mercado Tony Sycamore, da IG, sobre a queda do bitcoin.   Segundo a empresa de monitoramento CoinGecko, cerca de US$ 1,2 trilhão em valor de mercado das criptomoedas foi perdido nas últimas seis semanas. A queda do bitcoin vem após uma trajetória excepcional neste ano, que o levou a uma máxima histórica acima de US$ 120.000 em outubro, impulsionada por mudanças regulatórias favoráveis aos criptoativos em diversos países. Analistas lembram, porém, que o mercado ainda sente os efeitos da queda recorde registrada no mês passado, que resultou na liquidação de mais de US$ 19 bilhões em posições. "O mercado parece um pouco desestabilizado, um pouco fragmentado, um pouco quebrado, na verdade, desde que tivemos aquela queda acentuada", disse Sycamore. Desde então, o bitcoin perdeu todos os ganhos acumulados no ano e agora acumula queda de 12% em 2025, enquanto o ether recua quase 19%. O analista Alex Saunders, do Citi, afirmou que os US$ 80.000 representam um nível importante, por estarem próximos da média de reservas de bitcoin nos ETFs. Ilustração mostra representação de bitcoin. Dado Ruvic/ Reuters



Bancos, Bolsa, INSS: saiba o que funciona nesta sexta-feira (21)


21/11/2025 12:38 - g1.globo.com


Bancos, Bolsa, INSS: saiba o que funciona nesta sexta-feira (21) Serviços como bancos, Bolsa e INSS voltam a operar normalmente nesta sexta-feira (21), depois do feriado da Consciência Negra. "Contas de consumo (água, energia, telefone, etc.) e carnês com vencimento no feriado poderão ser pagos, sem acréscimo, no dia útil seguinte", explica Walter Tadeu de Faria, diretor-adjunto de Serviços da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Bancos De acordo com a Febraban, as agências bancárias estarão abertas para atendimento ao público nesta sexta-feira, exceto em locais onde há feriado estadual ou municipal. B3 Todas as operações da B3 ficaram paradas na quinta-feira (20), mas retomam nesta sexta. O pregão funciona das 10h às 18h. INSS O atendimento presencial do INSS também esteve fechado na quinta-feira (20), mas volta ao normal nesta sexta. Notas de 50 e 100 reais. Willian Moreira/Futura Press/Estadão Conteúdo Bolsa Família 2025: veja as regras e o calendário de pagamentos de novembro Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar



Banco Master: dois presos em operação da Polícia Federal são soltos


21/11/2025 12:07 - g1.globo.com


Empresários ligados a fraudes do Banco Master são soltos em SP Dois presos pela Polícia Federal na operação que investiga um esquema fraudulento no Banco Master foram soltos na noite de quinta-feira (20) e deixaram a sede da Superintendência da corporação em São Paulo. Com validade de três dias, o pedido de prisão deles era temporário e não foi renovado. A informação foi confirmada pela defesa de ambos. Os dois que foram liberados são: André Felipe de Oliveira Seixas Maia, diretor de uma empresa suspeita de envolvimento no esquema; Henrique Souza Silva Peretto, sócio de empresa investigada por ligação com o esquema. Eles deixaram a Superintendência segurando travesseiros nas mãos e tentando cobrir os rostos. Os outros cinco presos na operação, batizada de Compliance Zero, são executivos do banco e continuam na Superintendência da PF porque o pedido de prisão deles é preventivo. Ou seja, sem prazo previsto para serem liberados. São eles: Daniel Bueno Vorcaro, dono e presidente do Banco Master; Augusto Ferreira Lima, ex-CEO e sócio do Master; Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos, Compliance, RH, Operações e Tecnologia do Master; Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de Tesouraria do Master; Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, sócio do Master. Dois presos em operação da PF deixam a Superintendência Reprodução/TV Globo Crise A crise do Banco Master eclodiu na terça-feira (18) e se desenrolou ao longo de todo o dia. Em poucas horas, a instituição passou do anúncio de compra pela Fictor Holding Financeira para a decretação de liquidação extrajudicial pelo Banco Central (BC). 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o BC encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. A EFB Regimes Especiais de Empresas foi nomeada pelo BC para conduzir a administração especial. Com isso, qualquer negociação de compra do Banco Master é automaticamente suspensa. A decisão também impacta diretamente os investidores que adquiriram títulos da instituição. (leia mais abaixo) Além disso, Daniel Vorcaro, dono do banco, foi preso pela Polícia Federal (PF) no aeroporto Guarulhos na noite de segunda-feira (17). Segundo investigadores, ele estava tentando fugir do país em um avião particular para Malta, país na Europa. A defesa nega. Veja a seguir o que já se sabe e o que ainda falta esclarecer. A origem da crise Tentativas de venda Prisão de Vorcaro R$ 1,6 milhão na casa de diretor BC determina liquidação extrajudicial Como ficam os correntistas e investidores? Como reaver seu dinheiro pelo FGC? Investigação atinge o BRB Os principais pontos da investigação Impactos políticos Presidente do BRB é afastado do cargo Risco para servidores aposentados no Rio Quem são os alvos da operação e o que dizem Banco Central decreta liquidação do Banco Master LEIA MAIS Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master SAIBA MAIS: Como ficam correntistas e investidores após a liquidação pelo BC? ENTENDA: O que é FGC e qual seu papel no caso do Banco Master? PASSO A PASSO: Tem investimento no Master? Saiba como reaver seu dinheiro A origem da crise O Banco Master teve forte crescimento nos últimos anos, mas com uma estratégia de captação de recursos considerada arriscada por analistas do mercado. O banco oferecia CDBs (Certificado de Depósito Bancário) com taxas muito acima das praticadas por outras instituições, atraindo investidores com base na proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). 🔎 O FGC, que protege até R$ 250 mil por investidor, oferece garantia em caso de falência de um banco associado. O fundo é formado pelas próprias instituições financeiras — ou seja, trata-se de um fundo privado que assegura os recursos dos investidores. Com esse tipo de operação, o Master acumulou um passivo bilionário, sustentado por ativos de baixa liquidez, como precatórios e participações em empresas em dificuldades. Essa prática elevou os custos e gerou desconfiança sobre a saúde financeira do banco. Voltar ao índice. Tentativas de venda Para tentar contornar a crise, Daniel Vorcaro iniciou a busca por um comprador para a instituição. O Banco de Brasília (BRB) chegou a anunciar a aquisição, mas, em setembro, o Banco Central vetou a operação. A instituição continuou procurando outro comprador no mercado. Na segunda-feira (17), a Fictor Holding Financeira anunciou a compra do Banco Master. O acordo previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar a estrutura de capital da instituição. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Prisão de Vorcaro Poucas horas após o anúncio, ainda na noite de segunda-feira, a Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro no aeroporto de Guarulhos. De acordo com os investigadores, ele tentava deixar o país em um avião particular com destino a Malta. A defesa de Vorcaro, por sua vez, “nega veementemente que ele estivesse fugindo do país”. Segundo os advogados, “o destino final do voo era Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde Vorcaro pretendia se encontrar com parte dos compradores Banco Master". 🔎 O consórcio responsável pela aquisição do Banco Master, liderado pela Fictor, inclui investidores dos Emirados Árabes Unidos, conforme comunicado divulgado pelo banco na véspera. Continua sem explicação a diferença nas informações fornecidas pela defesa de Vorcaro. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. R$ 1,6 milhão na casa de diretor A PF encontrou R$ 1,6 milhão na casa de um dos investigados durante a operação desta terça-feira que mirou a venda de títulos de crédito falsos do Master. O investigado é o diretor do Banco Master Augusto Ferreira Lima, ex-CEO — que teve a prisão decretada pela PF. Além de Lima e de Vorcaro, outros três diretores foram detidos. SAIBA MAIS ABAIXO. Saiba quem são os diretores do Banco Master presos pela PF nesta terça Voltar ao índice. BC determina liquidação extrajudicial Paralelamente, o Banco Central decidiu nesta terça-feira (18) instaurar administração especial temporária por 120 dias no Banco Master e decretar a liquidação extrajudicial do conglomerado. Na prática, o BC encerra as atividades do banco e nomeia um liquidante, responsável por assumir o controle, encerrar operações, vender ativos e quitar credores conforme a ordem legal, até extinguir a instituição. Com isso, o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. A decisão ocorreu poucas horas após a Fictor Holding anunciar a proposta de compra da instituição de Daniel Vorcaro — e pouco mais de dois meses depois de o BC ter rejeitado a aquisição pelo BRB. No ofício assinado pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a liquidação do Banco Master é justificada pela “situação econômico-financeira da instituição” e pela “infringência às normas que disciplinam a atividade bancária”. SAIBA MAIS ABAIXO. Como funciona a liquidação de um banco? Liquidação do Banco Master: como ficam os correntistas e investidores? Voltar ao índice. Como ficam os correntistas e investidores? Para correntistas — aqueles que mantêm recursos em conta corrente, poupança ou têm pagamentos pendentes — os saldos são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição. No caso dos investidores, a cobertura varia conforme o tipo de aplicação. Estão dentro das regras do FGC: CDB e Recibo de Depósito Bancário (RDB); Letra de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCAs). A indenização considera o valor investido somado aos rendimentos acumulados até a data da liquidação, limitado ao teto de R$ 250 mil. ⚠️ EXEMPLO: Quem tinha R$ 200 mil investidos e R$ 70 mil para receber em rendimentos terá acesso a até R$ 250 mil. O valor que exceder esse limite deve ser solicitado no processo de liquidação conduzido pelo BC. Por outro lado, não têm direito à cobertura do FGC os investidores que aplicaram em produtos sem garantia do fundo, como debêntures debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Fundos de investimento. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Como reaver seu dinheiro pelo FGC? Pessoas físicas: devem usar o aplicativo do FGC. Após realizar um cadastro básico, é necessário solicitar o pagamento da garantia; Pessoas jurídicas: devem fazer o pedido diretamente pelo site da instituição. Segundo o FGC, o pedido de pagamento da garantia para pessoas físicas deve ser feito pelo aplicativo do fundo, disponível no Google Play e na Apple Store. Após a assinatura do termo de solicitação, o FGC informa que a liberação costuma ocorrer em até 48 horas úteis, desde que os dados estejam corretos. Ainda assim, o período entre a decretação da liquidação e o pagamento aos investidores variou entre 14 e 40 dias nas operações mais recentes. VEJA O PASSO A PASSO ABAIXO. Voltar ao índice. Investigação atinge o BRB A investigação da Polícia Federal que levou à prisão de Daniel Vorcaro também encontrou indícios de que os dirigentes do Banco de Brasília (BRB) cometeram gestão fraudulenta da instituição. Em uma decisão obtida pela TV Globo, consta que o Ministério Público Federal identificou "indícios de participação consciente dos dirigentes do BRB no suposto esquema fraudulento engendrado pelos gestores do Banco Master". ➡️ Ao longo de meses, o BRB tentou fechar um acordo para comprar o Banco Master. A operação tinha o apoio do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), mas foi barrada pelo Banco Central. Segundo o documento, o BRB injetou R$ 16,7 bilhões no Master entre 2024 e 2025. Desses, pelo menos R$ 12,2 bilhões envolvem operações em que há fortes indícios de fraude. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Os principais pontos da investigação Segundo a investigação da PF: O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em CDBs prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte do dinheiro dos CDBs em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB – que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master – e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. Voltar ao índice. Impactos políticos Segundo a PF, grande parte das operações do Banco Master envolveu bancos e fundos de pensão, escapando ao controle dessas instituições devido à pressão de políticos com influência sobre elas. O blog do Valdo Cruz informou que governadores e parlamentares ligados a Daniel Vorcaro, com influência sobre esses bancos e fundos de pensão, estão na mira das investigações. De acordo os investigadores, diz o blog, a venda anunciada nesta segunda-feira do Banco Master para a Fictor foi uma “bomba de fumaça” lançada no mercado diante do avanço das investigações. O objetivo seria dar uma última cartada para evitar a exposição dos negócios fraudulentos da instituição de Daniel Vorcaro. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Presidente do BRB é afastado do cargo O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, foi afastado do cargo por decisão judicial nesta terça-feira (18). A medida tem prazo de 60 dias e está relacionada à operação da Polícia Federal deflagrada no mesmo dia. De acordo com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), Paulo Henrique Costa está nos Estados Unidos. Além dele, o diretor-executivo de finanças e controladoria do BRB, Dario Oswaldo Garcia Junior, também foi afastado do cargo. Em nota, o BRB informou que "sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master". SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Risco para servidores aposentados no Rio O Rioprevidência, fundo que garante aposentadorias e pensões a 235 mil servidores inativos do Rio de Janeiro, investiu bilhões de reais em fundos do grupo liderado pelo Banco Master. Até julho, R$ 2,6 bilhões — cerca de 25% dos recursos aplicados pelo Rioprevidência — estavam expostos a operações do Banco Master, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Em maio, o Tribunal já havia alertado para “graves irregularidades”. Em outubro, o TCE reiterou as críticas aos aportes e determinou uma tutela provisória, proibindo o fundo de realizar novas transações com o Master. O conselheiro José Gomes Graciosa afirmou que as operações colocam “em risco a aposentadoria daqueles que colaboraram com a construção deste estado”. Em nota, o Rioprevidência informou que o valor efetivamente investido no Banco Master foi de cerca de R$ 960 milhões. Acrescentou que o pagamento de aposentadorias e pensões está garantido, sem risco para os segurados do Estado do Rio de Janeiro. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Quem são os alvos da operação e o que dizem A operação Compliance Zero, realizada pela Polícia Federal na terça-feira, resultou em sete prisões, sendo cinco preventivas e duas temporárias. Os presos preventivamente — ou seja, sem prazo previsto para serem liberados — são: Daniel Bueno Vorcaro, presidente do Banco Master; Augusto Ferreira Lima, ex-CEO e sócio do Master; Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos, Compliance, RH, Operações e Tecnologia do Master; Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de Tesouraria do Master; Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, sócio do Master. ➡️ A defesa de Daniel Vorcaro afirmou que ele planejava voar para Dubai para se encontrar com os compradores do Banco Master. Declarou ainda estar à disposição para colaborar com as autoridades. ➡️ A defesa de Augusto Lima disse ter recebido a operação com surpresa. Acrescentou que ele se desligou das funções no Master em maio de 2024 e que os atos investigados são posteriores à sua saída. O espaço segue aberto para o posicionamento dos outros alvos da operação. Os dois presos temporariamente, por três dias, já foram soltos na quinta (20). São eles: André Felipe de Oliveira Seixas Maia, diretor de empresa envolvida no esquema; Henrique Souza Silva Peretto, sócio de empresa envolvida no esquema. Além das prisões, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou o afastamento dos cargos, por 60 dias, de: Paulo Henrique Costa, presidente do Banco de Brasília (BRB); Dario Oswaldo Garcia, diretor financeiro do BRB. ➡️ Paulo Henrique Costa afirmou que a investigação da PF é "legítima, necessária e positiva" para o sistema financeiro. Declarou ainda que adotou uma série de medidas para preservar o banco público e que irá cooperar com as investigações. ➡️ O BRB esclareceu que não foi alvo de bloqueio de bens na operação Compliance Zero. O banco informou que mantém suas operações normalmente e que tem compromisso com a transparência, a legalidade e o cumprimento rigoroso de normas. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Infográfico - Entenda a polêmica dos CDBs do Banco Master Arte/g1 Fachada do Banco Master na cidade de Ssão Paulo, nesta terça-feira, 18 de novembro de 2025. Werther Santana/Estadão Conteúdo



Dólar fecha em R$ 5,40 e tem maior nível em mais de um mês; bolsa cai


21/11/2025 12:00 - g1.globo.com


Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (21), em um ajuste após o feriado do Dia da Consciência Negra. A moeda norte-americana avançou 1,18%, cotada a R$ 5,4010, no maior patamar em mais de um mês. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve queda de 0,39%, aos 154.770 pontos. Os investidores dividiram a atenção entre fatores internos e externos nesta volta do feriado. Por aqui, o destaque ficou a retirada da tarifa de 40% a uma série de produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos. Já no cenário internacional, novos dados de emprego e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) ficaram no radar. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ O principal destaque no noticiário brasileiro foi a redução das tarifas de 40% sobre vários produtos brasileiros por parte do presidente norte-americano, Donald Trump, na véspera. A lista conta com carne bovina, café, cacau e açaí, mas ainda deixa de fora uma série de exportações. A expectativa, agora, fica pelos próximos passos da negociação entre Brasil e EUA. ▶️ No noticiário internacional, o foco fica com os novos dados do payroll, relatório oficial de emprego dos EUA, que voltaram a ser divulgados após o fim da paralisação do governo do país. O documento trouxe dados mistos do mercado de trabalho norte-americano e reacendeu dúvidas sobre os próximos passos do Fed na condução dos juros. O relatório mostrou criação de 119 mil vagas fora do setor agrícola, acima das estimativas, mas indicou um aumento da taxa de desemprego para 4,4% na última leitura. ▶️Com isso, discursos de dirigentes do Fed também ficaram sob os holofotes. Nesta sexta-feira, uma autoridade importante do BC norte-americano indicou que os juros podem cair no curto prazo, fazendo aumentar no mercado as apostas de um novo corte na reunião de dezembro. ▶️ No noticiário, destaque também para os resultados e projeções otimistas da Nvidia, divulgados após o fechamento dos mercados na quarta-feira. Entre os indicadores, o foco ficou com os índices de gerentes de compra (PMI na sigla em inglês) da Europa e dos EUA. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: +1,97%; Acumulado do mês: +0,32%; Acumulado do ano: -12,60%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -1,88%; Acumulado do mês: +3,50%; Acumulado do ano: +28,67%. Redução das tarifas para o Brasil O principal destaque da sessão desta sexta-feira (21) ficou com a redução das tarifas de 40% sobre produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos. A medida beneficia carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. A retirada da tarifa vale para itens que chegaram aos Estados Unidos a partir de 13 de novembro. A data coincide com a reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, quando o tema foi discutido. Na semana passada, o governo Trump já havia reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, para vários países. No caso do Brasil, a alíquota havia caído de 50% para 40%. Agora, itens como café, carne e frutas, incluídos nas duas decisões recentes, voltam às taxas de exportação praticadas antes do tarifaço anunciado por Trump. Veja a lista de produtos brasileiros que ficam de fora do tarifaço Entenda por que só parte dos produtos brasileiros foram beneficiados A notícia foi bem recebida pelo governo, mas representantes da indústria reforçam que pelo menos dois terços das exportações brasileiras seguem afetados pelo tarifaço de Trump. “Máquinas e equipamentos, móveis, couro, calçados, aviação, alguns óleos, cera de carnaúba e minerais como a vermiculita seguem enfrentando custos adicionais para entrar no mercado americano”, explica Frederico Lamego, superintendente de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A expectativa, agora, é pelos próximos passos da negociação entre Brasil e EUA. Dados de emprego e os sinais sobre os juros Outro fator que também ficou na mira dos investidores foi a divulgação, na véspera, do payroll — relatório de emprego oficial dos EUA e um dos documentos utilizados pelo Fed para determinar o futuro das taxas de juros norte-americanas. A divulgação dos dados havia sido interrompida por conta da paralisação do governo dos EUA. Segundo o documento, a economia norte-americana gerou 119 mil postos de trabalho em setembro — resultado bem acima do esperado pelo mercado, de 50 mil novas vagas. Apesar disso, no entanto, a taxa de desemprego subiu para 4,4%, ante previsão de 4,3%. Os dados mistos do mercado de trabalho levantaram dúvidas sobre os próximos passos do Fed na condução da política monetária norte-americana e levou os holofotes desta sexta-feira (21) para novas falas de dirigentes da instituição. Durante a tarde, o presidente da distrital do Fed em Nova York, John Williams — membro permanente do Fed com direito a voto na política de juros e vice-presidente do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) — afirmou ainda ver espaço para novas reduções de juros no curto prazo. "Considero que a política monetária está sendo modestamente restritiva. [...] Portanto, ainda vejo espaço para um ajuste adicional no curto prazo na faixa da meta da taxa básica para aproximar a postura da política da faixa neutra", disse. Além disso, o diretor do Fed Stephen Miran também afirmou nesta sexta-feira que votaria a favor de mais um corte das taxas no próximo mês. Após os comentários, o mercado passou a prever uma chance de quase 60% de um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Fomc, em dezembro, revertendo a convicção anterior de que o Fed faria uma pausa decido a preocupações com a inflação. Agenda econômica Índice de Gerentes de Compras (PMI) O índice da zona do euro, divulgado pelo S&P Global, indicou que a atividade empresarial na região cresceu de forma constante neste mês, com o setor de serviços expandindo no ritmo mais rápido em um ano e meio, enquanto a fraca demanda levou o setor manufatureiro de volta à contração. Entre os destaques: Na Alemanha , a maior economia do bloco, o crescimento do setor privado perdeu força em novembro devido a uma contração inesperada no setor manufatureiro e a um crescimento abaixo do esperado no setor de serviços. Mas na França , a atividade empresarial praticamente se estabilizou, uma vez que o crescimento no setor de serviços quase compensou uma queda mais acentuada do que a prevista na produção industrial. Na Grã-Bretanha , fora da União Europeia , o crescimento empresarial praticamente parou este mês, com as empresas adiando seus planos antes da apresentação do orçamento governamental na próxima semana. Já nos Estados Unidos, a atividade industrial desacelerou para o menor nível em quatro meses neste mês, devido ao aumento dos preços em função das tarifas de importação impostas por Donald Trump. Isso porque as taxas restringiram a demanda e levaram a um acúmulo de mercadorias não vendidas, o que pode prejudicar o crescimento da economia em geral. Bolsas globais Nos EUA, os principais índices de Wall Street operam em alta nesta sexta-feira. O Dow Jones subiu 0,10%, para 46.138,77 pontos. O S&P 500 teve alta de 0,38%, a 6.642,19, enquanto o Nasdaq avançou 0,59%, para 22.564,23 pontos. Já as bolsas europeias fecharam mistas, conforme investidores repercutiam os sinais sobre juros nos EUA e a indicação de que novos progressos haviam sido feitos para acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia. No fechamento, o índice STOXX 600 caiu 0,30%. Entre os principais mercados, Londres (FTSE 100) subiu 0,13%, Frankfurt (DAX) caiu 0,80%, e Paris (CAC 40) ganhou 0,02%. Já na Ásia, os mercados despencaram, acompanhando a onda de vendas nos mercados globais da véspera, com ações de tecnologia liderando as perdas. Em Tóquio, o Nikkei caiu 2,40%, a 48.626 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 2,4%, enquanto Xangai teve perdas de 2,5% e o CSI300 teve queda de 2,4%. Notas de dólar. Murad Sezer/ Reuters



Golpistas criam lojas online falsas da Shopee e Havan para a Black Friday; veja como se proteger


21/11/2025 11:55 - g1.globo.com


Golpistas criam lojas falsas da Shopee e Havan para a Black Friday; veja como se proteger Divulgação/ESET Golpistas estão aproveitando a proximidade da Black Friday para criar lojas online falsas e enganar consumidores. Páginas fake da Shopee e da Havan foram identificadas recentemente por pesquisadores da empresa de segurança digital ESET (veja como se proteger). Os sites imitam o visual das lojas oficiais, oferecem produtos com descontos de até 70% e aceitam apenas pagamento via PIX. A página que finge ser da Shopee, por exemplo, anunciava um videogame por R$ 2 mil, abaixo do valor de R$ 3 mil cobrado pelo mesmo modelo em lojas confiáveis. O g1 encontrou em contato com a Shopee, que disse que "sempre que suspeitas de fraude são detectadas, atua imediatamente junto às autoridades competentes" (leia o comunicado ao final da reportagem). A Havan não retornou ao contato do g1. Black Friday: madrugada é período mais visado por golpistas, diz Serasa 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Golpistas aproveitam momentos de alta demanda, como a Black Friday, para aplicar técnicas de engenharia social", alerta Daniel Barbosa, pesquisador de segurança da ESET no Brasil. Veja os vídeos que estão em alta no g1 "A partir da criação de URLs falsas e simulação visual, eles conseguem atrair vítimas para fazer pagamentos e fornecer informações pessoais que podem ser usadas em fraudes posteriores", completa o especialista. Em outubro, foram registrados mais de 1.519 novos domínios (URLs) usando nomes como "Amazon", "AliExpress" e "Alibaba", alta de 24% em relação a setembro (1.288) e de 12% na comparação com outubro de 2024, segundo levantamento da empresa de segurança Check Point Software para a Black Friday. De acordo com a ESET, os links falsos da Havan e Shopee têm sido divulgados por anúncios nas redes sociais, além de e-mails e mensagens SMS. Celulares fininhos: g1 testa Galaxy S25 Edge e iPhone Air Ao acessar os sites, é possível perceber outro padrão usado pelos golpistas: a urgência. As páginas exibem contagem regressiva, quantidade limitada de produtos ou mensagens como "últimas unidades" para pressionar o consumidor a comprar rapidamente. Ao acessar a tela de pagamento, os sites falsos solicitam dados pessoas da vítima, como nome, e-mail e telefone. Páginas falsas de loja que imita a Shopee. Divulgação/ESET ➡️ Veja abaixo alguns elementos presentes nesse tipo de fraude e como se proteger: 🌎 Observe o endereço (URL): o site de grandes empresas brasileiras geralmente termina em ".com.br". Alguns usam apenas ".com", mas vale conferir se não há nada estranho na URL. Um dos links falsos identificados terminava, por exemplo, em ".app". No caso da loja fake da Shopee, o endereço aparecia como "Shope" em vez de "Shopee" (nome oficial). Sempre prefira digitar o endereço diretamente no navegador do celular ou computador, ou acessar pelo aplicativo oficial da marca. Anúncios em redes sociais, às vezes, podem levar a páginas fraudulentas. 🦹‍♂️ Analise a estrutura do site: golpistas costumam copiar páginas oficiais, mas sempre há inconsistências visuais. No caso da loja fake da Havan, por exemplo, os ícones de redes sociais não direcionavam para lugar nenhum. 📣 Desconfie de mensagens que criam senso de urgência: páginas falsas costumam exibir alertas de tempo esgotando ou "últimas unidades" para pressionar a vítima a clicar e concluir a compra rapidamente. 🤑 Atenção a preços muito abaixo do mercado: criminosos frequentemente anunciam produtos por valores bem menores do que os praticados por lojas confiáveis. Desconfie sempre. 💳 Desconfie quando só houver uma forma de pagamento: em muitos golpes, o PIX é a única opção disponível. "E mesmo quando os descontos não sejam tão exagerados, esse é um sinal típico de fraude", alerta Daniel, da ESET. ⚠️ Caiu em um golpe? Entre em contato com o banco o quanto antes e solicite o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para tentar reverter o Pix. O que disse a Shopee “A informação sobre uma página externa que seria da Shopee com ofertas de Black Friday é falsa. Reforçamos que as promoções e as comunicações do marketplace são feitas pelo aplicativo, site oficial ou nas redes sociais proprietárias, e que todas as compras devem ocorrer somente dentro da plataforma. A Shopee leva muito a sério a segurança de seus usuários e realiza monitoramento contínuo para identificar possíveis golpes ou usos indevidos da marca. Sempre que suspeitas de fraude são detectadas atuamos imediatamente junto às autoridades competentes e aos provedores para solicitar a retirada de qualquer página irregular.” Criminosos podem usar suas fotos nas redes para aplicar golpes financeiros? Anatel tira obrigatoriedade do prefixo 0303 em ligações de telemarketing Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas



Tarifaço de Trump: o que continua com 40% e o que deixou de ser taxado pelos EUA


21/11/2025 11:09 - g1.globo.com


'Ninguém respeita quem não se respeita", diz Lula após recuo nas tarifas dos EUA Os EUA anunciaram na quinta-feira (20) a retirada do tarifaço de 40% sobre alguns produtos brasileiros, como carne e café. A decisão, publicada pela Casa Branca, aconteceu uma semana depois de o governo de Donald Trump suspender a taxa de reciprocidade de 10% sobre 200 mercadorias, impostas a diversos países. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os anúncios trouxeram alívio para boa parte dos produtos do agronegócio, mas ainda afetam a principalmente a indústria, já que os produtos manufaturados seguem com taxa de 40%. A seguir, veja alguns dos produtos que ainda estão no tarifaço e os que saíram. Produtos com tarifaço Máquinas Motores Calçados Móveis Café Solúvel Pescados Mel Produtos sem tarifaço Carne bovina (todas as categorias) Café (verde, torrado e derivados) Frutas frescas, congeladas e processadas — incluindo laranja, abacaxi, banana, manga, açaí Cacau e derivados Especiarias (pimenta, gengibre, canela, cúrcuma etc.) Raízes e tubérculos (mandioca em todas as formas) Sucos e polpas de frutas Fertilizantes (ureia, nitratos, potássicos, fosfatados) Tarifas aplicadas pelos EUA. Arte/g1 Negociações entre Brasil e EUA A retirada da tarifa de 40% vale para produtos que chegaram aos Estados Unidos a partir de 13 de novembro. A data coincide com a reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, quando o tema foi discutido. Diferentemente da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão de quinta se aplica somente ao Brasil. Na ordem desta quinta, Trump cita a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de outubro, e afirma que a retirada das tarifas é resultado das negociações entre os dois governos. "Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento", diz Trump no documento. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático - ASEAN em Kuala Lampur, Malásia. Ricardo Stuckert/Presidência da República Governo brasileiro celebrou decisão O governo do Brasil comemorou a retirada da tarifa. O presidente Lula afirmou que está “muito feliz porque o presidente Trump começou a reduzir a taxação de alguns produtos brasileiros". "Essas coisas vão acontecer à medida que a gente conversa”, afirmou. Lula acrescentou que seguirá buscando “diálogo e racionalidade” para eliminar as demais tarifas ainda aplicadas aos produtos brasileiros. Para o Itamaraty, a decisão foi um avanço importante, especialmente por fazer menção às negociações com o Brasil e porque a data retroativa (13 de novembro) coincide com o dia da reunião entre Marco Rubio e Mauro Vieira. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, afirmou que a medida é uma “excelente notícia”. Segundo ele, o Brasil volta a competir em condições equilibradas no mercado dos EUA, o que ajuda a estabilizar preços dos produtos. Alívio para exportadores A retirada de taxas do café e da carne, especificamente, representa um alívio para exportadores brasileiros desses produtos. Os Estados Unidos são o principal comprador de café do Brasil e respondem por cerca de 16% de tudo o que o país exporta. Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as importações caíram pela metade entre agosto e outubro, na comparação com 2024, por causa do tarifaço. O diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, disse que a decisão é resultado de “um trabalho muito intenso”. "Para nós, é um momento de celebração, um presente de Natal antecipado. Vamos concorrer com nossa sustentabilidade e competitividade em pé de igualdade, como a gente sempre quis", afirmou ao g1. No caso da carne, os EUA eram o segundo maior comprador do produto brasileiro antes do tarifaço, importando 12% de todo o volume que o Brasil vende para o exterior. Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a decisão do governo americano. Segundo a entidade, "a reversão reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira."



Virada sustentável no Cerrado: agricultura regenerativa reduz emissões de poluentes em fazendas do sudoeste de Goiás


21/11/2025 06:01 - g1.globo.com

A agropecuária e o aquecimento global Produtores rurais de Montividiu, no sudoeste de Goiás, estão apostando em práticas de agricultura regenerativa para diminuir as emissões de gases poluentes na atmosfera geradas pela produção de alimentos (veja vídeo acima). 🔎A agricultura regenerativa tem como objetivo restaurar a saúde do solo. A ideia não é regenerar o meio ambiente ao seu estado inicial, mas usar técnicas que causem um menor impacto no meio ambiente, conciliando de forma equilibrada o cultivo, a produtividade e a natureza, diz a bióloga Marla Hassemer. Algumas dessas técnicas são a rotação de culturas, o uso de adubos orgânicos e o plantio direto. Leia também: Cafezinho em risco: como sombra de árvores ajuda planta a lidar com o planeta mais quente Como calor e seca já deixam café mais caro Resultados da agricultura regenerativa Na fazenda da família do produtor Eric Van Den Broek, a transição para a agricultura regenerativa tem sido feita, por exemplo, por meio da rotação de culturas, a partir do revezamento do plantio de feijão, milho e outros cultivos. O produtor relata ter sentido, na prática, os efeitos do aquecimento global. "O que vem ocasionando com mais frequência é ou estresse hídrico, muito tempo sem chuva ou excesso de chuva aqui. Pancadas bem isoladas com volume alto de chuva", conta. Parte dessas mudanças climáticas está ligada à forma como os agricultores usam o solo. ➡️Fertilizantes sintéticos à base de nitrogênio são hoje uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa na agricultura. Diluídos na água, eles liberam óxido nitroso, um potente gás que contribui para o aquecimento global. Mas as mesmas lavouras que geram emissões também podem ajudar a reduzi-las. O solo funciona como um reservatório natural para capturar carbono da atmosfera — estratégia central da agricultura regenerativa. Eric afirma ter alcançado 76% menos emissões de gases de efeito estufa em comparação a propriedades que seguem o modelo tradicional. O ponto de partida foi uma análise detalhada do solo, que permitiu ajustar o uso de insumos e adotar fertilizantes mais eficientes, como o chamado fertilizante complexado, que combina compostos orgânicos com produtos químicos e reduz perdas para a atmosfera. Leia também: Pecuária que preserva, cacau que refloresta: como o dinheiro do clima chega ao campo Cafezinho em risco: como sombra de árvores pode ser solução para aumento da temperatura Adubo orgânico e economia circular A fazenda também investe em adubo orgânico produzido em larga escala. A mistura leva esterco de boi, bagaço de cana e cama de frango, que fermentam por cerca de 45 dias. Ela alcança altas temperaturas, próximas a 70°C, indicando a intensa atividade de fungos e bactérias responsáveis pela decomposição. O sistema funciona em ciclo: o esterco da pecuária vai para a compostagem; a compostagem gera adubo orgânico para a lavoura; a lavoura alimenta o gado; e o gado produz mais esterco. Há ainda outro processo mais lento, feito com capim e madeira picada, que resulta num composto rico em micro-organismos usado para recuperar a vida do solo. Os resultados já aparecem no campo. O feijão cresce com raízes mais desenvolvidas e presença de minhocas, sinais de um solo vivo. Joaninhas, que ajudam no controle de pragas, também indicam equilíbrio ecológico. Como indígenas usam financiamento do governo para montar agroflorestas Plantio direto e tradição familiar A preocupação ambiental vem de longa data. O pai de Eric, Mário Van Den Broek, comprou a propriedade nos anos 1980, quando o solo ainda era degradado e ácido. Ele decidiu apostar no plantio direto, técnica que mantém uma camada de palha sobre a terra e reduz o revolvimento do solo, evitando perda de carbono e melhorando a estrutura. “Quanto mais palha vai compondo no lugar, que é matéria orgânica, você começa a criar os fungos e a terra não esquenta tanto”, explica Broek. A professora Darliane Castro, do Instituto Federal Goiano, destaca que o plantio direto reduz emissões ao manter o carbono armazenado nas plantas e no solo, sem devolvê-lo para a atmosfera. Os guardiões do campo nativo: como pequenos pecuaristas estão regenerando o Pampa Tecnologia para reduzir emissões Outra estratégia adotada pela fazenda é o uso de drone elétrico para pulverização, substituindo tratores a diesel e diminuindo a liberação de CO₂. Para implementar todas essas mudanças, Eric e Mário contam com uma rede de pesquisadores que presta consultoria. “A ciência nos ajuda a tomar decisão correta”, afirma o produtor. Crescimento e desafios da agricultura regenerativa Durante um encontro sobre agricultura regenerativa no Cerrado, a experiência de Eric inspirou outros agricultores e especialistas. Há cinco anos, apenas sete propriedades da região adotavam esse modelo. Hoje, são pelo menos 67. Apesar do avanço, muitos produtores ainda têm receio de mudar. “O produtor não pode ficar sem renda, então ele tem medo de fazer essa transição”, diz o professor emérito da UFLA-MG Francisco Siqueira. Para ele, o apoio técnico é fundamental.



Custo de vida impactou a agenda política de Trump: o que disse a imprensa internacional sobre a suspensão do tarifaço


21/11/2025 05:22 - g1.globo.com


Trump retira sobretaxa de 40% sobre produtos agrícolas como café, carne e frutas O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu suspender nesta quinta-feira (20) o tarifaço de 40% sobre diversos produtos brasileiros. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A tarifa, anunciada em abril como retaliação diante do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje condenado por golpe de Estado, foi retirada de produtos como carne, café, cacau, manga, açaí, dentre outros. A agência Reuters noticiou a suspensão da tarifa, que será retroativa a partir de 13 de novembro, lembrando que o aumento dos preços dos alimentos é um dos principais fatores por trás da queda nos índices de aprovação de Trump. Segundo a agência britânica, a aprovação do presidente americano caiu "para o nível mais baixo desde seu retorno ao poder, segundo uma pesquisa da Reuters/Ipsos". A Reuters também lembrou que a ordem de Trump não mencionou as ações contra as autoridades brasileiras envolvidas no processo e condenação de Bolsonaro por golpe de Estado. A mais emblemática delas foi sancionada contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e sua esposa, Viviane Moraes. Ambos foram incluídos na Lei Global Magnitsky, utilizada para punir terroristas e violadores dos direitos humanos. Outros ministros tiveram seus vistos e de seus familiares para os EUA revogados. O presidente Donald Trump Brendan Smialowski/AFP O jornal espanhol El País afirmou que Trump iniciou uma "revisão de sua política comercial após perceber, embora não tenha admitido publicamente, que o custo de vida está impactando sua agenda política". Segundo o periódico, "a questão da acessibilidade financeira se transformou em um elemento central do debate público após a vitória do socialista Zohran Mamdani na eleição para prefeito de Nova York". Tendo o custo de vida como principal argumento de sua campanha, Mamdani foi o primeiro prefeito muçulmano eleito na cidade. O El País diz que a Casa Branca vem estudando há semanas medidas para enfrentar o problema do custo de vida no país. E afirma que Trump busca reduzir os preços dos supermercados na semana em que as famílias celebram o Dia de Ação de Graças, o feriado mais popular do país, como um símbolo de sua nova estratégia política. LEIA TAMBÉM Tarifas de Trump: veja a nova lista de produtos brasileiros que ficam de fora do tarifaço Produtos manufaturados, como máquinas e calçados, seguem com tarifa de 40% para exportação para os EUA Lula diz que está feliz com derrubada de parte do tarifaço por Trump: 'Vitória do diálogo e do bom senso' Zohran Mamdani durante campanha eleitoral em 26 de outubro de 2025 REUTERS/Shannon Stapleton O jornal argentino La Nación diz que Trump suspendeu as tarifas e suavizou a guerra comercial travada contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O periódico também afirma que a suspensão do tarifaço teve como objetivo "reduzir os custos para os consumidores americanos, numa tentativa da Casa Branca de reagir à sua derrota nas eleições locais no início deste mês. Foi também um reconhecimento implícito de que a política tarifária estava pressionando os preços." Já o português Público diz que Trump "se rendeu à química" que ele disse ter tido com Lula quando se encontraram na cúpula da ONU, em Nova York. "Química entre Trump e Lula zera tarifaço sobre centenas de produtos brasileiros", diz a manchete. "Com isso", diz o jornal, "o Brasil, que estava na liderança dos países mais punidos pelos EUA, agora, está no time das nações menos taxadas pelo governo norte-americano." O Público lembrou que o Brasil não fez concessão alguma aos Estados Unidos e que a suspensão do tarifaço tem como pano de fundo a alta da inflação dos alimentos sofrida pelos americanos. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa da cerimônia de entrega de credenciais a novos embaixadores no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta segunda-feira, 20 de outubro de 2025. Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo VÍDEOS: em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1



Brasileiros usam memes para comemorar retirada das tarifas sobre produtos pelos EUA


21/11/2025 01:35 - g1.globo.com


EUA retiram tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros Logo após a retirada da tarifa de 40% de uma lista de produtos brasileiros, usuários das redes sociais passaram a publicar memes para celebrar a queda das taxas. Os EUA anunciaram nesta quinta-feira (20) a retirada da tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros. A decisão foi publicada pela Casa Branca (veja a íntegra). A medida beneficia carne bovina, café, açaí, cacau, entre outros produtos. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista de exceções do tarifaço imposto anteriormente ao Brasil. As redes foram tomadas por piadas sobre o recuo dos EUA após negociação com o governo brasileiro. Meme sobre o tarifaço. Reprodução/X Meme sobre o tarifaço. Reprodução/X Meme sobre o tarifaço. Reprodução/X 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça LEIA MAIS: Lula diz que está 'muito feliz' com derrubada de parte do tarifaço Decisão que retira tarifa cita conversa com Lula e 'progresso' nas negociações Veja a repercussão da retirada da tarifa sobre os produtos brasileiros Donald Trump em pronunciamento na Casa Branca, em 15 de outubro de 2025 ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP



Tarifaço de Trump: relembre esforços do governo brasileiro para reduzir as taxas dos EUA


21/11/2025 01:11 - g1.globo.com


Negociadores do Brasil veem data da retirada do tarifaço como sinal político de Trump Nesta quinta-feira (21), os EUA anunciaram a retirada da tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros. Com aplicação a partir de 13 de novembro, a medida beneficia carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. Ao fazer o anúncio, Trump citou sua conversa com o presidente Lula em outubro e afirmou que sua decisão é resultado das negociações entre os dois governos. Relembre a seguir alguns desses esforços que o governo brasileiro teve desde o início da taxação americana. Lula e Trump se encontram na Malásia. Ricardo Stuckert/PR Defesa ao diálogo Em 3 de abril, um dia após Trump anunciar mudanças na taxação sobre produtos nacionais, o governo brasileiro avaliou que tinha elementos para reagir à postura comercial americana e defendeu o diálogo como negociação. Na época, o presidente Lula falou das tarifas americanas em um evento que apresentou um balanço das ações do governo federal. "Defendemos o multilateralismo e o livre comércio e responderemos a qualquer tentativa de impor o protecionismo que não cabe mais hoje no mundo. Diante da decisão dos Estados Unidos de impor uma sobretaxa aos produtos brasileiros, tomaremos todas as medidas cabíveis para defender as nossas empresas e os nossos trabalhadores brasileiros", , afirmou Lula na época. "Tendo como referência a lei da reciprocidade econômica aprovada ontem pelo Congresso Nacional e a diretiva da Organização Mundial do Comércio." Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, disse que a decisão de Trump era ruim para todos: "Enfraquece a OMC, diminui previsibilidade, cria insegurança para investimento. Então, nós entendemos que esse não é o caminho. O que nós defendemos é o diálogo e a negociação. Não se faz guerra para obter a paz. Quer dizer, a guerra tarifária, todos perdem". Cartas e conversas no bastidor Em julho, Trump assinou um decreto que impôs uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. Representantes do governo brasileiro relataram à Globonews ter iniciado em Brasília e em Washington conversas de bastidor com integrantes do governo americano e com empresários em busca de uma aproximação. Nessa época, o governo Lula enviou duas cartas a integrantes do governo Trump, de acordo com os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Os órgãos disseram que não tinham tido respostas formais, no entanto. Em entrevista à Globonews em 23 de novembro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que já tinham sido feitas mais de dez rodadas de negociações. Lula fala em mundo 'civilizado' Às vésperas da taxação, Lula disse que esperava que Trump refletisse sobre "a importância do Brasil" e adotasse "uma postura de diálogo em vez de impor tarifas unilaterais". "Eu espero que o presidente dos EUA reflita a importância do Brasil e resolva fazer aquilo que no mundo civilizado a gente faz. Tem divergência? Senta numa mesa, coloca a divergência do lado e vamos tentar resolver", disse Lula em 28 de julho. "E não de forma abrupta, individual, tomar a decisão de que vai multar, taxar o Brasil em 50%." Tentativa de adiamento Como forma de atenuar os efeitos da medida que se aproximava, o governo brasileiro tentou adiar o tarifaço nos últimos dias de julho. Nesse mesmo período, também fez esforço para pelo menos excluir alimentos e a Embraer do aumento das tarifas. Vitória para celulose e ferro-níquel Em 11 de setembro, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) anunciou que o governo dos EUA tinha retirado a alíquota de 10% sobre a maior parte das exportações brasileiras de celulose e de ferro-níquel ao país. “Essa decisão representa um avanço, sobretudo para o setor de celulose do Brasil. Mas ainda há muito a ser feito e seguimos trabalhando para reduzir as tarifas”, afirmou o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, na época. Encontro com ''química excelente' Em 23 de setembro, Trump disse na Assembleia Geral da ONU que havia encontrado com Lula no evento e que havia tido "uma química excelente" com o presidente brasileiro. Ele também disse que Lula parecia ser "um cara muito agradável". "Eu estava entrando (no plenário da ONU), e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu, e nos abraçamos. Na verdade, concordamos que nos encontraríamos na semana que vem", disse Trump. "Não tivemos muito tempo para conversar, tipo uns 20 segundos." "Ele parece um cara muito legal, ele gosta de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com gente de quem eu gosto. Quando não gosto deles, eu não faço. Quando eu não gosto, eu não gosto. Por 39 segundos, nós tivemos uma ótima química e isso é um bom sinal." Fontes do governo brasileiro, então, confirmaram que haveria uma reunião entre Trump e Lula em outubro. Lula e Trump no telefone "Em 6 de outubro de 2025, participei de uma ligação com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para tratar das preocupações identificadas na Ordem Executiva 14323", afirmou Trump. "Também recebi informações adicionais e recomendações de vários funcionários que, sob minha orientação, vêm monitorando as circunstâncias relacionadas à emergência declarada na Ordem Executiva 14323. Por exemplo, na opinião deles, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à tarifa adicional ad valorem imposta sob a Ordem Executiva 14323 porque, entre outros fatores relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil." Trump retira tarifas de 40% sobre dezenas de produtos brasileiros, entre eles café e carne



Tarifaço de Trump: veja a nova lista de produtos brasileiros que ficam de fora das tarifas de 40%


21/11/2025 00:49 - g1.globo.com


EUA retiram tarifas de 40% de café, carnes e outros produtos do Brasil Os EUA anunciaram nesta quinta-feira (20) uma nova lista de produtos que terão a tarifa de 40% retirada. A decisão foi publicada pela Casa Branca. Veja a íntegra da decisão. A medida beneficia carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos que foram adicionados à lista de exceções do tarifaço imposto anteriormente ao Brasil pelo presidente norte-americano, Donald Trump. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A retirada da tarifa vale para produtos que chegaram aos Estados Unidos a partir de 13 de novembro. A data coincide com a reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, quando o tema foi discutido. Veja a nova lista de produtos que estão de fora do tarifaço Negociações entre Lula e Trump Diferentemente da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão de hoje se aplica somente ao Brasil. Na ordem desta quinta, Trump cita a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de outubro, e afirma que a retirada das tarifas é resultado das negociações entre os dois governos. "Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento", diz Trump no documento. "Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários [...] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional [...] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil", acrescenta o presidente. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático - ASEAN em Kuala Lampur, Malásia. Ricardo Stuckert/Presidência da República Governo brasileiro celebra decisão O governo do Brasil comemorou a retirada da tarifa. O presidente Lula afirmou que está “muito feliz porque o presidente Trump começou a reduzir a taxação de alguns produtos brasileiros". "Essas coisas vão acontecer à medida que a gente conversa”, afirmou. Lula acrescentou que seguirá buscando “diálogo e racionalidade” para eliminar as demais tarifas ainda aplicadas aos produtos brasileiros. Para o Itamaraty, a decisão foi um avanço importante, especialmente por fazer menção às negociações com o Brasil e porque a data retroativa (13 de novembro) coincide com o dia da reunião entre Marco Rubio e Mauro Vieira. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, afirmou que a medida é uma “excelente notícia”. Segundo ele, o Brasil volta a competir em condições equilibradas no mercado dos EUA, o que ajuda a estabilizar preços dos produtos. Alívio para exportadores A retirada de taxas do café e da carne, especificamente, representa um alívio para exportadores brasileiros desses produtos. Os Estados Unidos são o principal comprador de café do Brasil e respondem por cerca de 16% de tudo o que o país exporta. Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as importações caíram pela metade entre agosto e outubro, na comparação com 2024, por causa do tarifaço. O diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, disse que a decisão é resultado de “um trabalho muito intenso”. "Para nós, é um momento de celebração, um presente de Natal antecipado. Vamos concorrer com nossa sustentabilidade e competitividade em pé de igualdade, como a gente sempre quis", afirmou ao g1. No caso da carne, os EUA eram o segundo maior comprador do produto brasileiro antes do tarifaço, importando 12% de todo o volume que o Brasil vende para o exterior. Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a decisão do governo americano. Segundo a entidade, "a reversão reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira."



Imprensa internacional repercute retirada de tarifa dos EUA a produtos brasileiros


21/11/2025 00:43 - g1.globo.com

EUA retiram tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros A decisão dos Estados Unidos de retirar a tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros, publicada pela Casa Branca, repercutiu na imprensa mundial. A seleção inclui carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista de exceções do tarifaço aplicado ao Brasil. A agência Reuters destacou que o Brasil é responsável por fornecer cerca de um terço do café consumido nos EUA e que o país recentemente se tornou o maior parceiro para o envio de carnes, como as usadas na fabricação de hambúrgueres. "Os preços do café no varejo dos EUA subiram até 40% este ano devido às tarifas e a outros fatores de mercado, como a queda na produção causada por condições climáticas adversas", aponta a agência. A Investing.com afirmou que as tarifas impostas ao Brasil eram as mais altas entre os países visados pela agenda comercial de Trump e que o americano destacou as negociações com o Brasil. "Na ordem executiva, Trump afirmou que as negociações comerciais com o Brasil estavam em andamento, após ter conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de outubro", destacou. O site americano que trata de internacional relembrou que as taxas mundiais foram abaixadas em 10%, mas que, agora, o Brasil tem o alívio dos outros 40% adicionais que ainda vigoravam. "Os Estados Unidos importaram US$ 42,3 bilhões em mercadorias do Brasil em 2024, incluindo cerca de US$ 8 bilhões em produtos alimentícios da potência agrícola", citou. Veja alguns dos produtos que tiveram a tarifa de 40% retirada: café; carne bovina; açaí; cacau; banana; tomate; coco; castanha de caju; mate; especiarias, como pimenta, canela, baunilha, cravo e noz-moscada. Na semana passada, os EUA já haviam reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga. Para o Brasil, as taxas haviam caído de 50% para 40%. Agora, a tarifa para os produtos brasileiros como o café e a carne, que aparecem nas duas decisões da Casa Branca, retorna para os patamares anteriores ao tarifaço de Trump. Negociações entre Lula e Trump Diferentemente da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão de hoje se aplica somente ao Brasil. Na ordem desta quinta, Trump cita a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de outubro, e afirma que a retirada das tarifas é resultado das negociações entre os dois governos. "Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento", diz Trump no documento. "Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários [...] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional [...] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil", acrescenta o presidente.



Tarifaço de Trump: produtos manufaturados, como máquinas e calçados, seguem com taxa de 40%


21/11/2025 00:41 - g1.globo.com


'Ninguém respeita quem não se respeita", diz Lula após recuo nas tarifas dos EUA A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que retirou tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros nesta quinta-feira (20), não incluiu produtos como máquinas, motores e calçados. Manufaturados seguem com os adicionais de 40%. A medida beneficia carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista de exceções do tarifaço imposto anteriormente ao Brasil (veja abaixo). A ordem é válida para os produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro. A data coincide com a reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, quando o tema foi discutido. Um auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a nova decisão como "uma boa notícia e um passo na direção certa", mas disse que o governo brasileiro segue preocupado com a situação dos manufaturados, visto como um setor importante para a economia. Na semana passada, o governo Trump já havia reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, para vários países. No caso do Brasil, a alíquota havia caído de 50% para 40%. Agora, itens como café, carne e frutas, incluídos nas duas decisões recentes, voltam às taxas de exportação praticadas antes do tarifaço anunciado por Trump. Veja alguns dos produtos que tiveram a tarifa de 40% retirada: Carne bovina (todas as categorias) Café (verde, torrado e derivados) Frutas frescas, congeladas e processadas — incluindo laranja, abacaxi, banana, manga, açaí Cacau e derivados Especiarias (pimenta, gengibre, canela, cúrcuma etc.) Raízes e tubérculos (mandioca em todas as formas) Sucos e polpas de frutas Fertilizantes (ureia, nitratos, potássicos, fosfatados) Tarifas aplicadas pelos EUA. Arte/g1



Suspensão de tarifas por Trump 'é passo na direção certa', diz Celso Amorim


21/11/2025 00:41 - g1.globo.com


Celso Amorim atribuiu suspensão ao sucesso das negociações promovidas pelo governo brasileiro SERGIO LIMA/AFP via Getty Images O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, avaliou que a suspensão das tarifas de 40% sobre alguns produtos agrícolas brasileiros feita pelo governo dos Estados Unidos e anunciada nesta quinta-feira (20/11) é "um passo na direção certa". "É uma medida positiva. É resultado de um trabalho cuidadoso no nível político, diplomático e no das negociações. É um passo na direção certa", disse o embaixador pouco antes de embarcar para a África do Sul, onde será realizada a Cúpula de Líderes do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo. No entanto, um integrante do governo brasileiro que falou à BBC News Brasil em caráter reservado apontou que apesar da sinalização positiva do governo americano, a redução das tarifas desta quinta-feira ainda não resolve totalmente o imbróglio. Segundo esta fonte, a medida corrige o que ele classificou como um "erro" cometido pelos americanos em julho ao anunciar a tarifa de 40% com a principal justificativa de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria sofrendo uma perseguição política classificada por Trump como uma "caça às bruxas" que precisava parar. EUA retiram tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros O integrante do governo acrescentou que é preciso haver uma negociação para a redução das tarifas sobre produtos manufaturados brasileiros que ainda enfrentam sobretaxas. Um outro funcionário do governo brasileiro ouvido pela BBC News Brasil em caráter reservado chamou atenção para o fato de que o decreto assinado por Trump fazer uma menção direta às conversas mantidas com Lula. Segundo ele, essa menção serviria tanto como um recado aos negociadores brasileiros, indicando que o processo deverá continuar, quanto aos integrantes do governo americano que, eventualmente, ainda apoiem Bolsonaro Nesta quinta-feira, o governo americano anunciou a retirada de tarifas de 40% sobre café, alguns cortes de carne bovina, açaí, manga e cacau. A medida, segundo o decreto, vale para as mercadorias que chegaram aos Estados Unidos a partir do dia 13 de novembro. Desde a aplicação do tarifaço, o governo brasileiro reagiu afirmando que não cederia à pressão americana e que o julgamento de Bolsonaro seguiria de acordo com os trâmites determinados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos começou a dar sinais de que poderia diminuir em setembro, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump se encontraram em Nova York, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas. O encontrou, segundo relatos, durou menos de um minuto e abriu caminho para uma aproximação entre os dois. No dia 26 de outubro, os dois voltaram a se encontrar, na Malásia, na sua primeira reunião bilateral. Na ocasião, a dupla acertou que as diplomacias dos dois países deveriam se encontrar nas semanas seguintes para dar sequência às negociações sobre o tarifaço.



Governo vê com satisfação queda parcial do tarifaço e seguirá negociando revogação total, diz Itamaraty


21/11/2025 00:21 - g1.globo.com

Brasil volta a ter acesso competitivo ao mercado dos EUA, avalia Ministério da Agricultura Em nota, o MInistério das Relações Exteriores disse que o governo brasileiro recebeu com “satisfação”, a decisão dos Estados Unidos de revogar a tarifa adicional de 40% aplicada a uma série de produtos agropecuários importados do Brasil. Passam a ficar isentos da taxa extra diferentes tipos de carne, café e diversas frutas, como manga, coco, açaí e abacaxi. A ordem executiva que implementa a medida faz referência à conversa telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Donald Trump, realizada em 6 de outubro, quando ambos concordaram em iniciar negociações para tratar das tarifas. O texto da Casa Branca acrescenta que Trump recebeu recomendações de altos funcionários de seu governo de que parte das importações agrícolas brasileiras não deveria mais permanecer sujeita à sobretaxa, em razão do “avanço inicial das negociações” com o Brasil. A medida tem efeito retroativo a 13 de novembro — data que coincide com a última reunião entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio, em Washington, na qual os dois países discutiram formas de acelerar o processo para redução das tarifas. O governo brasileiro afirmou que continuará empenhado no diálogo: “O Brasil reitera sua disposição para continuar o diálogo como meio de solucionar questões entre os dois países, em linha com a tradição de 201 anos de excelentes relações diplomáticas.” O Itamaraty informou ainda que o país seguirá negociando com os Estados Unidos para buscar a retirada das tarifas adicionais restantes que incidem sobre produtos da pauta comercial bilateral



Brasil volta a ter acesso competitivo ao mercado dos EUA, avalia Ministério da Agricultura


20/11/2025 23:57 - g1.globo.com

Brasil volta a ter acesso competitivo ao mercado dos EUA, avalia Ministério da Agricultura O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, considera que a decisão do governo dos Estados Unidos de retirar as tarifas adicionais de 40% ao Brasil de produtos como café, carne e frutas volte a ter acesso competitivo ao mercado dos Estados Unidos. "É uma excelente notícia para o Brasil, que é um importante provedor de alguns produtos agropecuários, e agora passa novamente a ter acesso competitivo ao relevante mercado dos EUA, apoiando assim na estabilização de preços para alguns produtos", disse à Globonews. Além da carne, do café e das frutas, Rua destaca a relevância da decisão especialmente sobre as cadeias produtivas da água de coco e das castanhas. "São produtos são muito relevantes." Ele explicou que o governo brasileiro procurou as autoridades americanas na semana passada, após o anúncio da tarifa linear de 10% para diversos países, incluindo o Brasil. Na ocasião, Rua citou que o Brasil "questionou" e "chamou atenção" para o fato de a tarifa de 40% ter prevalecido. No Itamaraty, a avaliação é que houve um "avanço importante". Um dos principais motivos de comemoração foi o fato de a decisão de retirada das tarifas valer desde o dia 13 de outubro, ocasião da reunião entre o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em Washington. Entenda o que Trump revogou Os EUA anunciaram a retirada da tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros. A decisão foi publicada pela Casa Branca. A seleção inclui carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista de exceções do tarifaço aplicado ao Brasil. A decisão é válida para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro, mesma data da reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que tratou sobre as tarifas. Na semana passada, o governo Trump já havia reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, aplicadas a diversos países. No caso específico do Brasil, as taxas haviam caído de 50% para 40%.



Leia a íntegra do documento que retirou tarifas de 40% de produtos brasileiros nos EUA


20/11/2025 23:45 - g1.globo.com


EUA retiram tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros Os EUA anunciaram nesta quinta-feira (21) a retirada da tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros. A decisão foi publicada pela Casa Branca em uma ordem executiva no início da noite. Entre os produtos que perderam a taxa, estão carne bovina, café, açaí e cacau. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista de exceções do tarifaço aplicado ao Brasil. A decisão é válida para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro, mesma data da reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que tratou sobre as tarifas. LEIA TAMBÉM: EUA retiram tarifas de 40% de café, carnes, frutas e outros produtos do Brasil Leia abaixo a íntegra do documento: "Pelo poder a mim conferido como Presidente pela Constituição e pelas leis dos Estados Unidos da América, incluindo a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (50 U.S.C. 1701 e seguintes) (IEEPA), a Lei de Emergências Nacionais (50 U.S.C. 1601 e seguintes), a seção 604 da Lei de Comércio de 1974, conforme alterada (19 U.S.C. 2483), e a seção 301 do título 3 do Código dos Estados Unidos, ordeno o seguinte: Seção 1. Contexto. Na Ordem Executiva 14323, de 30 de julho de 2025 (“Enfrentando Ameaças aos Estados Unidos pelo Governo do Brasil”), concluí que o alcance e a gravidade das políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos, cuja origem está total ou substancialmente fora do território norte-americano. Declarei emergência nacional em relação a essa ameaça e, para lidar com ela, determinei ser necessário e apropriado impor uma tarifa adicional ad valorem de 40% sobre determinados artigos provenientes do Brasil. Além disso, no Anexo I da Ordem Executiva 14323, listei certos artigos que, a meu ver, não deveriam estar sujeitos à tarifa adicional imposta por aquela ordem. Em 6 de outubro de 2025, participei de uma ligação com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para tratar das preocupações identificadas na Ordem Executiva 14323. Essas negociações estão em andamento. Também recebi informações adicionais e recomendações de vários funcionários que, sob minha orientação, vêm monitorando as circunstâncias relacionadas à emergência declarada na Ordem Executiva 14323. Por exemplo, na opinião deles, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à tarifa adicional ad valorem imposta sob a Ordem Executiva 14323 porque, entre outros fatores relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil. Após considerar as informações e recomendações fornecidas por esses funcionários e o andamento das negociações com o Governo do Brasil, entre outros aspectos, determinei que é necessário e apropriado modificar o escopo dos produtos sujeitos à tarifa adicional ad valorem imposta pela Ordem Executiva 14323. Especificamente, determinei que determinados produtos agrícolas não estarão sujeitos à tarifa adicional. Assim, uma versão atualizada do Anexo I da Ordem Executiva 14323 está anexada a esta ordem, que entrará em vigor para bens registrados para consumo, ou retirados de armazém para consumo, a partir de 13 de novembro de 2025, às 00h01 (horário padrão da Costa Leste dos EUA). Em meu entendimento, essas modificações são necessárias e apropriadas para lidar com a emergência nacional declarada naquela ordem. Sec. 2. Modificações Tarifárias. A Tabela Harmonizada de Tarifas dos Estados Unidos será modificada conforme previsto no Anexo II desta ordem. As modificações entrarão em vigor para bens registrados para consumo, ou retirados de armazém para consumo, a partir de 13 de novembro de 2025, às 00h01 (horário padrão da Costa Leste dos EUA). Na medida em que a implementação desta ordem exija reembolso de tarifas cobradas, os reembolsos serão processados conforme a lei aplicável e os procedimentos padrão da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA. Sec. 3. Implementação. (a) O Secretário de Estado continuará monitorando as circunstâncias relacionadas à emergência declarada na Ordem Executiva 14323 e deverá consultar regularmente quaisquer autoridades superiores que considerar apropriadas. O Secretário de Estado deverá me informar sobre qualquer circunstância que, em sua opinião, possa indicar a necessidade de ação adicional pelo Presidente. (b) O Secretário de Estado, em consulta com o Secretário do Tesouro, o Secretário de Comércio, o Secretário de Segurança Interna, o Representante de Comércio dos EUA, o Assistente do Presidente para Assuntos de Segurança Nacional, o Assistente do Presidente para Política Econômica, o Conselheiro Sênior para Comércio e Manufatura e o Presidente da Comissão de Comércio Internacional dos EUA, deverá tomar todas as medidas necessárias para implementar e efetivar esta ordem, conforme a legislação aplicável, e está autorizado a empregar todos os poderes concedidos ao Presidente pela IEEPA na medida necessária para cumprir os objetivos desta ordem. O Secretário de Estado pode, conforme a legislação aplicável, redelegar as autoridades estabelecidas nesta ordem dentro do Departamento de Estado. Cada departamento e agência executiva deverá adotar todas as medidas apropriadas dentro de sua autoridade para cumprir esta ordem. Sec. 4. Separabilidade. Se qualquer disposição desta ordem, ou sua aplicação a qualquer indivíduo ou circunstância, for considerada inválida, o restante da ordem e a aplicação de suas demais disposições a outros indivíduos ou circunstâncias não serão afetados. Sec. 5. Disposições Gerais. (a) Nada nesta ordem deverá ser interpretado de maneira a prejudicar ou afetar: (i) a autoridade conferida por lei a um departamento, agência ou dirigente do Poder Executivo; ou (ii) as funções do Diretor do Escritório de Gestão e Orçamento relacionadas a propostas orçamentárias, administrativas ou legislativas. (b) Esta ordem será implementada em conformidade com a legislação aplicável e sujeita à disponibilidade de recursos. (c) Esta ordem não pretende, nem cria, qualquer direito ou benefício, material ou processual, executável judicialmente ou em equidade por qualquer parte contra os Estados Unidos, seus departamentos, agências ou entidades, seus oficiais, funcionários ou agentes, ou qualquer outra pessoa. (d) Os custos de publicação desta ordem serão arcados pelo Departamento de Estado." Semana Internacional do Café (SIC). Reunião da Comissão Nacional de Café da CNA. Wenderson Araujo/Trilux/CNA 👉 Decisão de Trump que retira tarifa cita conversa com Lula e 'progresso' nas negociações Veja a repercussão da retirada da tarifa sobre os produtos brasileiros



Negociadores do Brasil veem data da retirada do tarifaço como sinal político de Trump


20/11/2025 22:58 - g1.globo.com

EUA retiram tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros Negociadores brasileiros, especialmente do Itamaraty, avaliaram como sinalização política a data escolhida pelo governo Donald Trump para retirar a tarifa adicional de 40% que incidia sobre alguns produtos brasileiros. A ordem executiva publicada nesta quinta-feira (20) pela Casa Branca informa que as tarifas deixaram de valer a partir de 13 de novembro — exatamente o dia da reunião, em Washington, entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Segundo integrantes da diplomacia brasileira, a coincidência temporal foi interpretada como um gesto diretamente ligado às negociações entre Lula e Trump. "É resultado dos nossos esforços desde julho para reabrir canais com eles", disse ao blog um negociador brasileiro do Itamaraty. Trump ainda não deu sinais de revogar sanções dos EUA contra autoridades brasileiras. O que mudou com a ordem de Trump Os EUA anunciaram hoje a retirada da tarifa extra de 40% sobre 249 produtos brasileiros, entre eles: carne bovina, café, açaí, cacau, e diversos outros itens alimentícios. A decisão adiciona esses produtos à lista de exceções do tarifaço aplicado contra o Brasil no início do ano. Na prática: os produtos que estavam sujeitos à sobretaxa de 40% retornam aos patamares anteriores ao tarifaço; produtos que estavam sujeitos à sobretaxa de 10%, como o café, também voltam à tarifa regular de antes das medidas de Trump. A regra vale para mercadorias que entraram nos EUA a partir de 13 de novembro, reforçando a leitura de que o governo americano quis associar a retirada à rodada de negociações com o Brasil. Decisão é específica para o Brasil Diferentemente da ordem executiva da semana passada — que reduziu tarifas de cerca de 200 produtos alimentícios para vários países — a decisão de hoje é exclusiva para o Brasil. No texto publicado nesta quinta, Trump cita explicitamente sua conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de outubro: “Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento.” Ele também afirma ter recebido recomendações internas para retirar a sobretaxa de parte dos produtos brasileiros em razão de “progresso inicial nas negociações com o governo do Brasil”.



Decisão de Trump que retira tarifa de 40% de produtos brasileiros cita conversa com Lula e 'progresso' nas negociações


20/11/2025 22:48 - g1.globo.com


EUA retiram tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que retirou tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros nesta quinta-feira (20) menciona a conversa por telefone que Trump teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro deste ano e afirma que houve um "progresso inicial nas negociações com o governo do Brasil". A lista inclui carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. A ordem é válida para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro. Um auxiliar de Lula classificou a nova decisão como "uma boa notícia e um passo na direção certa", mas disse que o governo brasileiro segue preocupado com a situação dos manufaturados como máquinas, motores e calçados, que continuam com a taxação de 40%. Na ordem publicada pela Casa Branca, Trump afirmou que na conversa telefônica que teve com Lula, em 6 de outubro deste ano, os dois líderes concordaram "em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas na Ordem Executiva 14323". Trump afirmou que essas negociações estão em andamento. O presidente norte-americano disse que também recebeu informações e recomendações adicionais de funcionários que opinaram: "Certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional 'ad valorem' imposta pelo decreto porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o governo do Brasil", diz o documento. Lula durante encontro com Trump na 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático - ASEAN em Kuala Lampur, Malásia. Ricardo Stuckert/Presidência da República Ao contrário da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão desta quinta se aplica somente ao Brasil. Na semana passada, o governo Trump já havia reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga. Para o Brasil, as taxas haviam caído de 50% para 40%. 💰 Agora, a tarifa para os produtos brasileiros como o café e a carne, que aparecem nas duas decisões da Casa Branca, retorna para os patamares anteriores ao tarifaço de Trump. Negociação direta O tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump foi anunciado de forma paulatina e progressiva com o passar dos meses — culminando em uma sobretaxa de 50% com início em 6 de agosto a cerca de 36% das vendas externas aos EUA. O mandatário norte-americano chegou a citar questões econômicas, como um suposto déficit com o Brasil, mas também apontou questões políticas relacionadas com o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e "direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos". Desde que as tensões comerciais com os Estados Unidos se intensificaram, o presidente Lula manteve um discurso de defesa da soberania nacional, termo que virou novo mote da comunicação do Palácio do Planalto. Os dois líderes afirmavam publicamente estarem dispostos a dialogar, mas a primeira conversa de fato só ocorreu durante um breve encontro durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou parte de seu discurso no evento para elogiar Lula. O americano disse, na ocasião, que teve "uma química excelente" com o presidente brasileiro, "que pareceu um cara muito agradável". A partir dessa declaração de Trump, as equipes diplomáticas de Brasil e EUA costuraram uma conversa telefônica, realizada no começo de outubro. Depois do diálogo, Trump usou uma rede social para dizer que teve uma “chamada telefônica muito boa” com Lula. Após a conversa, o governo brasileiro divulgou uma nota oficial com os principais pontos da reunião. Na ocasião, Lula também pediu para que o líder norte-americano revogasse o tarifaço No telefonema, os dois chefes de Estado trocaram telefones para "estabelecer via direta de comunicação". Vinte dias depois, no dia 26 de outubro, os dois presidentes se encontraram presencialmente na Malásia. O encontro, que durou cerca de 45 minutos, foi o primeiro entre os dois desde a rápida conversa durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro. "Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras", afirmou Lula após o encontro. Depois da reunião, em um evento com empresários na Malásia, Lula se disse agradecido e afirmou que ele e Trump conseguiram "fazer uma reunião que parecia impossível".



Lula 'feliz', 'presente de Natal' e 'desfecho positivo': veja repercussão após EUA retirarem tarifas de produtos brasileiros


20/11/2025 22:44 - g1.globo.com


EUA retiram tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (21) a retirada da tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros, decisão publicada pela Casa Branca. A decisão é válida para produtos que entraram nos EUA a partir de 13 de novembro. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A seleção inclui carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista de exceções do tarifaço aplicado ao Brasil. Na semana passada, os Estados Unidos já haviam reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga. Para o Brasil, as taxas haviam caído de 50% para 40%. Agora, a tarifa para os produtos brasileiros como o café e a carne, que aparecem nas duas decisões da Casa Branca, retorna para os patamares anteriores ao tarifaço de Trump. Veja o que setores e autoridades dizem sobre a decisão: Lula, presidente do Brasil O presidente Lula afirmou estar "feliz" com a decisão do governo Donald Trump de começar a retirar tarifas adicionais sobre produtos brasileiros. Ele comparou o momento atual à crise internacional de 2008 e disse que não costuma reagir "com 39 graus de febre". "Estou feliz. Me lembro que quando houve a crise de 2008, quando o mundo todo estava caindo, eu dizia que seria uma "marolinha" no Brasil -- e foi. Agora, quando presidente dos EUA tomou a decisão de fazer a super taxação, todo mundo fica nervoso, mas eu não costumo tomar decisão com febre. E hoje estou feliz porque o presidente Trump decidiu reduzir algumas taxações", afirmou o presidente, em São Paulo. Decisão de Trump cita conversa com Lula e 'progresso' nas negociações Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) O setor de carnes comemorou a decisão por considerar que reforça a estabilidade no comércio dos países e mantém condições equilibradas. Em nota, afirmou a "medida demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, que contribuíram para um desfecho construtivo e positivo". 'Ninguém respeita quem não se respeita", diz Lula após recuo nas tarifas dos EUA Marcos Matos, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) Representante do setor de café considerou um "presente de Natal antecipado" a decisão dos EUA em incluir o café entre os produtos que terão as tarifas retiradas. Ele citou a decisão anterior que envolvia o mundo inteiro, a qual piorou a situação dos cafeicultores brasileiros. "Agora estamos com isonomia, vamos procurar recuperar todos os espaços com as marcas. Foi um trabalho muito intenso dos nossos parceiros nos EUA, principalmente após a última modificação da ordem executiva. Para nós, é um momento de celebração, um presente de natal antecipado. Vamos concorrer com nossa sustentabilidade e competitividade em pé de igualdade, como a gente sempre quis", afirmou ao g1. Confederação Nacional da Indústria (CNI) Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou como um “avanço concreto” a decisão dos Estados Unidos de retirar a alíquota de 40% aplicada a parte da pauta exportadora brasileira. Para a entidade, o gesto norte-americano alimenta a expectativa de avanço nas negociações que envolvem também os bens industriais — justamente os mais afetados pelo tarifaço. "Vemos com grande otimismo a ampliação das exceções e acreditamos que a medida restaura parte do papel que o Brasil sempre teve como um dos grandes fornecedores do mercado americano”, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI, em nota à imprensa. Amcham Brasil, Câmara Americana de Comércio para o Brasil A Câmara Americana de Comércio para o Brasil definiu como "muito positiva" a decisão dos Estados Unidos e reforçou a necessidade de intensificar o diálogo entre Brasil e EUA para "estender a eliminação dessas sobretaxas aos demais produtos ainda impactados". "A medida representa um avanço importante rumo à normalização do comércio bilateral, com efeitos imediatos para a competitividade das empresas brasileiras envolvidas e sinaliza um resultado concreto do diálogo em alto nível entre os dois países", disse a Amcham, em nota. ANA FLOR: Negociadores do Brasil veem data da retirada do tarifaço como sinal político Carlos Fávaro, ministro da Agricultura O ministro classificou como “excelente notícia” e “tranquilizadora” a decisão dos Estados Unidos de retirar a tarifa adicional de 40% sobre parte dos produtos brasileiros. “É uma excelente notícia e muito tranquilizadora, porque é boa para os produtos brasileiros e para os consumidores americanos”, afirmou. "Ainda tem muito a negociar, mas para a agropecuária brasileira foi excelente", afirmou e citou o presidente Lula. "Como diz o presidente Lula, não tem assunto proibido. Tudo é possível no diálogo de alto nível". Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais "Essa é uma grande vitória do presidente Lula na defesa do país. Desde o primeiro momento ele se manteve firme diante dos ataques à nossa soberania, mobilizou a sociedade e contou com o trabalho de uma grande equipe de negociadores, sob a comando do vice-presidente Geraldo Alckmin em coordenação com o Itamaraty. Vitória do Brasil e enorme derrota dos traidores da pátria, Jair e Eduardo Bolsonaro, e daqueles que comemoraram o tarifaço contra o país, como o governador Tarcísio de Freitas e outros mais", afirmou, em publicação na rede social X. Eduardo Bolsonaro (PP-SP), deputado federal Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal, que está nos Estados Unidos, afirmou que a diplomacia brasileira "não teve qualquer mérito" na decisão do governo Trump. Segundo ele, a imposição das taxas se deve à "instabilidade jurídica" causada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). "A tarifa-Moraes de 50% sobre a maioria dos produtos brasileiros é consequência direta da crise institucional causada pelo ministro Alexandre de Moraes, cujos abusos já preocupam o mundo e afetam a confiança internacional no Brasil", escreveu no X. "É preciso ser claro: a diplomacia brasileira não teve qualquer mérito na retirada parcial dessas tarifas de hoje. Assim como beneficiou outros países, a decisão dos EUA decorreu apenas de fatores internos, especialmente a necessidade de conter a inflação americana em setores dependentes de insumos estrangeiros". Leia a íntegra do documento que retirou tarifas de 40% de produtos brasileiros nos EUA Luis Rua, secretário de comércio e relações internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária: Responsável pela área de relações exteriores do ministério, Luís Rua afirmou que além de carne, café e frutas, a decisão é "muito importante" para água de coco e castanhas, cadeias produtivas também incluídas na retirada de tarifas. "É uma excelente notícia para o Brasil, que é um importante provedor de alguns produtos agropecuários, e agora passa novamente a ter acesso competitivo ao relevante mercado dos EUA, apoiando assim na estabilização de preços para alguns produtos", afirmou. Lindberg Farias, líder do PT na Câmara dos Deputados Líder do PT na Câmara, deputado federal exaltou a "liderança" do presidente Lula, o "trabalho estratégico" do vice-presidente Geraldo Alckmin e a "diplomacia firme e competente" do ministro Mauro Vieira, para a decisão dos EUA. "A medida fortalece o setor produtivo primário do nosso país, reduz custos e amplia a competitividade dos nossos produtores. É resultado direto de uma política econômica alinhada com uma política externa profissional que negocia, dialoga e constrói soluções em vez de gerar crise, isolamento e entrega de soberania. Com diálogo real, diplomacia ativa e compromisso com o interesse nacional, o Brasil volta a ocupar seu lugar como ator confiável, previsível e relevante nas grandes mesas globais", escreveu em sua página na rede social X. Paulo Figueiredo, aliado de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos Figueiredo repetiu o termo de "tarifa Moraes" usada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro e amenizou a decisão dos Estados Unidos e considerou como uma "continuidade" das quedas de tarifas ocorridas na última semana. "Às vezes, é uma tarefa inglória ficar destruindo narrativas, mas se alguém se der ao mínimo de trabalho vai ver que a Ordem Executiva de Trump retirando a Tarifa-Moraes de alguns produtos do Brasil é uma continuidade, inclusive com o texto atribuindo a negociações bem sucedidas, da EO [Executive Order] que ele emitiu na semana passada a tantos outros países. Lula vai reclamar o crédito desta também?", escreveu no X. Humberto Costa (PT-PE), integrante da Comissão de Relações Exteriores e Defesa nacional "Mais de 1.200 produtos brasileiros tiveram as sobretaxas retiradas pelos EUA. A decisão do presidente Trump é fruto direto do trabalho do presidente Lula. Uma vitória do diálogo e uma derrota para os traidores da pátria que tanto se esforçaram para prejudicar a nossa economia", escreveu na rede social X. Donald Trump, presidente dos EUA, e Lula, do Brasil, durante encontro na Malásia, no dia 26 de outubro Evelyn Hockstein/Reuters



Tarifaço de Trump: EUA retiram tarifas de 40% de café, carnes, frutas e outros produtos do Brasil


20/11/2025 21:54 - g1.globo.com


EUA retiram tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros Os EUA anunciaram nesta quinta-feira (20) a retirada da tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros. A decisão foi publicada pela Casa Branca. (veja a íntegra do documento) A medida beneficia carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista anterior de quase 700 exceções ao tarifaço imposto ao Brasil. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A retirada da tarifa vale para produtos que chegaram aos Estados Unidos a partir de 13 de novembro. A data coincide com a reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, quando o tema foi discutido. Na semana passada, o governo Trump já havia reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, para vários países. No caso do Brasil, a alíquota havia caído de 50% para 40%. Agora, itens como café, carne e frutas, incluídos nas duas decisões recentes, voltam às taxas de exportação praticadas antes do tarifaço anunciado por Trump. Tarifas aplicadas pelos EUA. Arte/g1 'Ninguém respeita quem não se respeita", diz Lula após recuo nas tarifas dos EUA ENTENDA A DECISÃO: Veja a lista de produtos brasileiros que ficam de fora do tarifaço Decisão cita conversa com Lula e 'progresso' nas negociações Leia a íntegra da medida que retirou tarifa de 40% de alguns produtos Relembre esforços do governo brasileiro para reduzir tarifaço de Trump Veja alguns dos produtos que tiveram a tarifa de 40% retirada: café; carne bovina; açaí; cacau; banana; tomate; coco; castanha de caju; mate; especiarias, como pimenta, canela, baunilha, cravo e noz-moscada. VEJA A REPERCUSSÃO: Lula diz que está 'muito feliz' com derrubada de parte do tarifaço 'Presente de Natal': o que disseram os exportadores do Brasil Celso Amorim: Suspensão de tarifas 'é passo na direção certa' Imprensa internacional repercute retirada de tarifa dos EUA Negociações entre Lula e Trump Diferentemente da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão de hoje se aplica somente ao Brasil. Na ordem desta quinta, Trump cita a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no início de outubro, e afirma que a retirada das tarifas é resultado das negociações entre os dois governos. "Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento", diz Trump no documento. "Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários [...] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional [...] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil", acrescenta o presidente. Donald Trump em pronunciamento na Casa Branca, em 15 de outubro de 2025 ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP Governo brasileiro celebra decisão O governo do Brasil comemorou a retirada da tarifa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está “muito feliz porque o presidente Trump começou a reduzir a taxação de alguns produtos brasileiros". "Essas coisas vão acontecer à medida que a gente conversa”, afirmou. Lula acrescentou que seguirá buscando “diálogo e racionalidade” para eliminar as demais tarifas ainda aplicadas aos produtos brasileiros. Para o Itamaraty, a decisão foi um avanço importante, especialmente por fazer menção às negociações com o Brasil e porque a data retroativa (13 de novembro) coincide com o dia da reunião entre Marco Rubio e Mauro Vieira. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, afirmou que a medida é uma “excelente notícia”. Segundo ele, o Brasil volta a competir em condições equilibradas no mercado dos EUA, o que ajuda a estabilizar preços dos produtos. Alívio para exportadores A retirada de taxas do café e da carne, especificamente, representa um alívio para exportadores brasileiros desses produtos. Os Estados Unidos são o principal comprador de café do Brasil e respondem por cerca de 16% de tudo o que o país exporta. Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as importações caíram pela metade entre agosto e outubro, na comparação com 2024, por causa do tarifaço. O diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, disse que a decisão é resultado de “um trabalho muito intenso”. "Para nós, é um momento de celebração, um presente de Natal antecipado. Vamos concorrer com nossa sustentabilidade e competitividade em pé de igualdade, como a gente sempre quis", afirmou ao g1. No caso da carne, os EUA eram o segundo maior comprador do produto brasileiro antes do tarifaço, importando 12% de todo o volume que o Brasil vende para o exterior. Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a decisão do governo americano. Segundo a entidade, "a reversão reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira." A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) também celebrou a retirada da tarifa. "Esta nova ordem corrige a distorção criada pelas tarifas entre o principal mercado comprador e consumidor de café, os EUA, e o principal produtor e exportador global, o Brasil." "A partir de agora, a tendência é que seja restabelecido o fluxo normal de comércio de cafés especiais entre as nações, que vinham sendo duramente impactadas pelas distorções criadas pelas tarifas."



Salão do Automóvel 2025: Caoa anuncia volta da Changan, inicialmente com carros elétricos


20/11/2025 20:13 - g1.globo.com


Changan Avatr 012 é apresentado no Salão do Automóvel 2025 A Caoa anunciou, nesta quinta-feira (20), no Salão do Automóvel 2025, uma nova parceria com uma marca chinesa que chega ao Brasil sob o nome Caoa Changan. A Changan não é nova no Brasil. A marca vendeu veículos comerciais leves entre 2006 e 2016, então sob o nome Chana Motors. Em 2011, adotou o nome Changan, antes de encerrar suas atividades no país. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Changan Avatr 12 Vinicius Montoia/g1 O retorno da marca já vinha sendo especulado no mercado, e modelos da empresa foram flagrados em testes antes da confirmação desta semana. À época, um Uni-T camuflado chegou a ser visto circulando em Santos (SP). Apesar de compartilhar o prefixo Caoa, a nova marca atuará no Brasil junto da Caoa Chery. As duas dividirão o pavilhão de exposições do Salão do Automóvel, cada uma com seu próprio espaço, separados pelo estande da Honda. Ainda não foram divulgados muitos detalhes sobre os primeiros carros, mas dois modelos subiram ao palco do Salão: Avatr 11 e 12. O primeiro é um SUV cupê urbano e luxuoso, enquanto o segundo é um sedã cupê com apelo mais esportivo, mas sem abandonar o requinte. Para o Brasil, o único modelo com dados divulgados pela Changan foi o Avatr 11. Ele utiliza um conjunto elétrico com tração traseira que entrega 308 cv de potência e alcança até 730 km de autonomia com uma carga — segundo o ciclo chinês, sempre mais generoso que o Inmetro com os números. A marca também confirmou que o modelo oferece diversos assistentes de condução, como: Piloto automático adaptativo; Frenagem automática de emergência; Assistente de permanência em faixa. Changan Avatr 011 é apresentado no Salão do Automóvel 2025 A Caoa Changan ainda não divulgou planos concretos para o lançamento dos veículos, nem informou se eles serão produzidos no Brasil ou se chegarão ao país apenas por importação. Na China e em outros mercados, a Changan oferece não só carros elétricos, mas também modelos a combustão, híbridos e veículos alimentados apenas por bateria para mover as rodas. Para além da parceria com a Changan, a Caoa possui uma fábrica no Brasil. A planta fica em Anápolis (GO) e foi inaugurada em 2007. De lá saem os modelos produzidos para com a também chinesa Chery, como os SUVs das linhas Tiggo 5, 7 e 8. Changan Avatr 11 Vinicius Montoia/g1 Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



Salão do Automóvel 2025: BYD traz sua marca de luxo Denza ao Brasil com SUV 4x4, perua esportiva e van


20/11/2025 19:02 - g1.globo.com


Denza B5 será o primeiro SUV da marca de luxo da BYD A divisão de luxo da BYD, chamada Denza, foi apresentada ao público brasileiro nesta quinta-feira (20), durante o Salão do Automóvel de São Paulo. A marca terá três carros à venda no Brasil: um SUV, um esportivo e uma van de transporte executivo. Os carros confirmados para o mercado brasileiro são o Denza B5, que já começa a ser vendido neste mês, o Z9 GT, previsto para o primeiro semestre de 2026, e o D9, que chega no segundo semestre de 2026. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Denza B5, o primeiro SUV híbrido aventureiro da marca Denza B5 tem mais de duas toneladas e acelera de 0 a 100 km/h em menos de cinco segundos Vinicius Montoia/g1 O outro produto trazido pela Denza é o B5, um SUV que concorre com o GWM Tank 300, o Jeep Wrangler Rubicon e o Land Rover Defender. Esse será o primeiro SUV da marca com capacidade off-road. O carro tem um interior com design que remete a correntes, sobretudo nas saídas de ar-condicionado. Há três telas: uma de 12,3 polegadas para o painel de instrumentos, outra de 15,6 polegadas para a multimídia e uma terceira, também de 12,3 polegadas, para o passageiro dianteiro. O modelo mede 4,89 metros de comprimento, 1,97 m de largura, 1,92 m de altura e tem 2,80 m de entre-eixos. Denza B5 tem 677 cv de potência Vinicius Montoia/g1 No ciclo chinês, segundo a Denza, é possível alcançar até 1.200 km de autonomia. Por ser um híbrido plug-in, o B5 pode ser recarregado na tomada. A bateria é de 31,8 kWh. Com motorização híbrida, o carro acelera de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos. E isso só é possível graças aos 677 cv de potência e 76,6 kgfm de torque extraídos do conjunto híbrido, que une a força de um motor 1.5 turbo à tração integral proveniente de dois motores elétricos (um em cada eixo). Além disso, o veículo possui suspensão inteligente, com 20 sensores que leem o terreno e adaptam o comportamento e a altura dos amortecedores para extrair o máximo do carro. O ajuste do curso pode chegar a 14 cm (sendo 9 cm de elevação e 5 cm de rebaixamento em relação à altura tradicional). O carro será vendido em cinco opções de cor externa e três acabamentos diferentes para o habitáculo. Denza B5 tem três telas na cabine e um head-up display, dispositivo que projeta alguns dados do carro no para-brisas Vinicius Montoia | g1 Denza Z9 GT Denza Z9 GT Divulgação | Denza A perua será o segundo modelo — ao estilo da Audi RS6 — com 965 cv de potência e 97 kgfm de torque. Ao menos, é isso que a montadora divulga sobre o veículo na China. O Denza Z9 GT tem 5,23 m de comprimento, 1,99 m de largura, 1,50 m de altura e 3,13 m de distância entre-eixos. É um carro bastante largo, pois explora fortemente a esportividade. E um carro largo sempre contribui para garantir mais estabilidade. A dianteira possui faróis bem afilados, criando um design mais agressivo. A traseira segue outro caminho, com lanternas pronunciadas que vão de ponta a ponta. Denza Z9 GT Divulgação | Denza Segundo a marca, a prova de 0 a 100 km/h é feita em apenas 3,4 segundos, desempenho parecido com o de Porsche topo de linha que ultrapassam R$ 1 milhão, como o 911 GT3. No padrão chinês, o Denza Z9 GT dispõe de 630 km de autonomia. Lembrando que o Brasil não adota essa medição e segue uma metodologia própria, executada pelo Inmetro. O pacote de baterias tem 100,1 kWh de capacidade, uma das maiores do mercado. Para se ter noção, um BYD Dolphin Plus tem bateria de 60 kWh e, pelo ciclo de avaliação brasileiro, oferece 330 km de autonomia. Os preços ainda não foram divulgados. Denza Z9 GT Divulgação | Denza O que é a Denza A história da Denza começou há 15 anos, com uma parceria firmada com a Mercedes-Benz, marca alemã de carros de luxo. Denza significa: D = Diverse (diverso); E = Elegance (elegância); N = Novel (novo); Z = Zenith (apogeu); A = Aspirational (aspiracional). “Nós, que conhecemos a Denza, sabemos que ela surgiu de uma parceria com a Mercedes-Benz. Mas ela será apresentada no Salão do Automóvel nos próximos dias para que o público fique sabendo. É uma marca que une sofisticação, elegância e tecnologia”, afirmou Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD, e diretor comercial e de marketing da BYD Auto. “O objetivo da BYD é ter grande volume, enquanto o da Denza é conquistar o consumidor do mercado de luxo. Nós podemos produzir a Denza no Brasil; só depende da aceitação do público brasileiro. O Brasil é o país mais importante para a BYD fora da China”, garantiu o executivo. O terceiro veículo prometido pela Denza é a D9, uma van de luxo com a qual o g1 já teve um primeiro contato no Festival Interlagos de 2024. A van chega para rivalizar com a Wey G9 Max, equivalente da marca de luxo da GWM. O modelo pode ter motor híbrido tradicional, híbrido plug-in ou 100% elétrico, mas a BYD não informou quais versões serão vendidas por aqui. Confira mais imagens abaixo: Galerias Relacionadas



Salão do Automóvel 2025: veja os principais lançamentos do 2º dia de evento


20/11/2025 18:00 - g1.globo.com


Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. Os dois primeiros dias são reservados à imprensa, que acompanha os principais lançamentos das marcas participantes da exposição. O g1 acompanhou mais um dia de apresentações e traz um compilado sobre o que há de melhor desembarcando no mercado brasileiro. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Jeep Avenger Vinicius Montoia/g1 A Jeep apresentou, nesta quinta-feira (20), durante o Salão do Automóvel 2025, novos detalhes do SUV Avenger, que chegará ao Brasil no próximo ano. Com dimensões menores que as do Renegade, estreia como o SUV mais acessível da marca, com produção nacional em Porto Real (RJ). O objetivo é claro: enfrentar a concorrência de marcas que vêm apostando em SUVs menores e mais baratos, como Volkswagen Tera, Renault Kardian e Citroën Basalt. O Chevrolet Sonic também entra nessa disputa ao ser apresentado como o “SUV do Onix”. Saiba mais na reportagem abaixo. Jeep apresenta o Avenger, SUV mais barato da marca Fiat Fiat Abarth André Fogaça/g1 Cercada de expectativa, a Fiat revelou apenas o Pulse Stranger Things, modelo inspirado na série de suspense da Netflix, durante o Salão do Automóvel de 2025. O carro traz um acabamento distinto do padrão, ao estilo da linha Abarth de esportivos da marca. No interior, o acabamento escurecido e os tons mais sóbrios da cabine aproximam o visual do estilo adotado pela série. Saiba mais na reportagem abaixo. Fiat mostra o Pulse Stranger Things, baseado na série de TV Leapmotor Leapmotor C16 divulgação/Leapmotor A Leapmotor apresentou o C16. O modelo é um SUV de luxo de seis lugares que foge do foco mais acessível dos demais veículos da marca já vendidos no país. A central multimídia tira proveito do espaço e segue outra tendência ao trazer inteligência artificial embarcada. Diferente dos rivais, a IA é da Deepseek, mas o objetivo é o mesmo: aumentar a capacidade do carro entender comandos de voz menos diretos e objetivos. Mesmo marcando presença no Salão do Automóvel, a Leapmotor ainda não confirmou o lançamento do C16 no Brasil. Segundo a marca, a exibição do modelo serve para testar o interesse do público. Saiba mais na reportagem abaixo. Leapmotor apresenta C16, SUV de luxo com IA na central multimídia Lecar Flávio Figueiredo, CEO da Lecar André Fogaça/g1 A Lecar apresentou apresentou um protótipo da picape Campo, modelo que chegará para brigar com a Fiat Toro e foi revelado com exclusividade pelo g1. A picape apareceu também como mock-up, ou seja, apenas um esboço do produto, não funcional. A cor azul é a mesma utilizada no mostruário do SUV 459. Muitas partes do carro foram forjadas em isopor. A marca também mostrou o Tático, um conceito de jipe híbrido flex que a marca pretende fabricar no Espírito Santo. Segundo a Lecar, o "jipão" terá 1 mil quilômetros de autonomia. Lecar Tático divulgação/Lecar Apesar de ainda ser um conceito, a Lecar garante que o projeto traz reforços estruturais, suspensão preparada para trilhas e um interior amplo e funcional. A empresa ajustou seu cronograma sobre o complexo industrial da Lecar em Sooretama (ES) e confirmou que as obras começam no primeiro trimestre de 2026, com início da produção no segundo semestre de 2027. Em entrevista ao g1 em 2024, Figueiredo Assis havia prometido os protótipos da Lecar rodando já no primeiro semestre de 2025, com as primeiras unidades entregues em agosto de 2026. Saiba mais na reportagem abaixo. Lecar mostra picape Campo e anuncia jipe como terceiro carro da marca BYD Denza B5 tem mais de duas toneladas e acelera de 0 a 100 km/h em menos de cinco segundos Vinicius Montoia/g1 A divisão de luxo da BYD, chamada Denza, foi apresentada ao público brasileiro nesta quinta-feira (20), durante o Salão do Automóvel de São Paulo. A marca terá três carros à venda no Brasil: um SUV, um esportivo e uma van de transporte executivo. Os carros confirmados para o mercado brasileiro são o Denza B5, que já começa a ser vendido neste mês, o Z9 GT, previsto para o primeiro semestre de 2026, e o D9, que chega no segundo semestre de 2026. Saiba mais na reportagem abaixo. BYD traz sua marca de luxo Denza ao Brasil com SUV 4x4, perua esportiva e van Caoa Changan Changan Vinicius Montoia/g1 A Caoa anunciou uma nova parceria com uma marca chinesa que chega ao Brasil sob o nome Caoa Changan. A Changan não é nova no Brasil. A marca vendeu veículos comerciais leves entre 2006 e 2016, então sob o nome Chana Motors. Em 2011, adotou o nome Changan, antes de encerrar suas atividades no país. Ainda não foram divulgados muitos detalhes sobre os primeiros carros, mas dois modelos subiram ao palco do Salão: Avatr 11 e 12. O primeiro é um SUV cupê urbano e luxuoso, enquanto o segundo é um sedã cupê com apelo mais esportivo, mas sem abandonar o requinte. Saiba mais na reportagem abaixo. Caoa anuncia volta da Changan, inicialmente com carros elétricos Salão do Automóvel 2025 A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



Salão do Automóvel 2025: Lecar mostra picape Campo e anuncia jipe como terceiro carro da marca


20/11/2025 16:56 - g1.globo.com


Lecar Campo André Fogaça/g1 A Lecar apresentou nesta quinta-feira (20), no Salão do Automóvel 2025, um protótipo da picape Campo, modelo que chegará para brigar com a Fiat Toro e foi revelado com exclusividade pelo g1. A picape apareceu também como mock-up, ou seja, apenas um esboço do produto, não funcional. A cor azul é a mesma utilizada no mostruário do SUV 459. Muitas partes do carro foram forjadas em isopor. (veja mais detalhes abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Flávio Figueiredo, CEO da Lecar André Fogaça/g1 Terceiro modelo Além da picape, a montadora brasileria apresentou o Tático, um conceito de jipe híbrido flex que a marca pretende fabricar no Espírito Santo. A proposta combina um visual quadrado — inspirado nos clássicos — com tecnologia híbrida elétrica flex da categoria Range Extender (EREV), sistema em que o motor a combustão não traciona o carro: ele funciona apenas para alimentar o gerador e manter o motor elétrico sempre ativo. Segundo a Lecar, ele terá 1 mil quilômetros de autonomia. Lecar Tático terá versões 4x2 e 4x4 divulgação/Lecar O Tático foi projetado, segundo a Lecar, para uso misto, atendendo tanto ao ambiente urbano quanto ao fora de estrada, e terá versões 4x2 e 4x4. O motor elétrico HEPU Power entrega 165 cv, enquanto o conjunto híbrido é abastecido pelo gerador WEG movido a etanol. É a mesma proposta encontrada no híbrido da Leapmotor, o C10, que tem um motor à combustão que só trabalha para alimentar o motor elétrico e a bateria. Com isso, a promessa é ambiciosa: autonomia de até 1.000 km usando só 30 litros de etanol, sem necessidade de recarga externa. Segundo o CEO da Lecar, Flávio Figueiredo Assis, o Tático será um carro para o consumidor que quer encontrar várias soluções em um único veículo. Lecar Tático será híbrido, com motor que vai abastecer apenas a bateria e o motor elétrico, sem a função de dar tração para o veículo divulgação/Lecar “Tradição de um jipão, eficiência energética e redução de emissões, sem a complexidade mecânica dos sistemas híbridos mais convencionais.” Apesar de ainda ser um conceito, a Lecar garante que o projeto traz reforços estruturais, suspensão preparada para trilhas e um interior amplo e funcional. A Lecar posiciona o Tático acima dos SUVs compactos, mirando o segmento dos utilitários médios — como Jeep Compass e Volkswagen Taos —, faixa super explorada pela indústria brasileira nos últimos anos. Lecar Tático vai disputar mercado com Jeep Compass, segundo a marca divulgação/Lecar Novo cronograma da fábrica da Lecar no Espírito Santo A empresa ajustou seu cronograma sobre o complexo industrial da Lecar em Sooretama (ES) e confirmou que as obras começam no primeiro trimestre de 2026, com início da produção no segundo semestre de 2027. Em entrevista ao g1, Figueiredo Assis havia prometido os protótipos da Lecar rodando já no primeiro semestre de 2025, com as primeiras unidades entregues em agosto de 2026. A revisão do calendário ocorreu por exigências legais e técnicas do processo de homologação da fábrica — segundo a empresa, uma medida necessária para garantir conformidade regulatória e solidez da operação desde o início. Lecar Tático design de carro Jipão da Mercedes, com linhas bastante quadradas divulgação/Lecar O projeto prevê: 120 mil veículos por ano de capacidade produtiva; 1.300 empregos diretos e indiretos; 90 mil m² de área construída em um terreno de 420 mil m²; 330 mil m² preservados como área verde; uso de energia solar, reuso de água e certificações internacionais de sustentabilidade. O mock-up do Lecar 459 já está pronto e o protótipo deve ser testado no fim do primeiro semestre Divulgação | Lecar A fábrica dará vida aos primeiros modelos da marca: o sedan Lecar 459 e a picape Lecar Campo, ambos com o mesmo sistema híbrido flex de autonomia estendida. O Tático, apesar de apresentado como conceito, também integra o roadmap industrial da marca. Durante o evento, a Lecar confirmou ainda que estuda um acordo de transferência tecnológica com uma das maiores fabricantes automotivas da China, o que pode acelerar o desenvolvimento da plataforma elétrica e atrair investimentos adicionais ao projeto. Lecar venderá carros com vendedores independentes Lecar Campo André Fogaça/g1 Além de veículos e fábrica, a Lecar apresentou um dos pilares mais ousados da estratégia: um modelo de vendas híbrido, que mistura loja física, estrutura digital e representantes independentes. E a meta é ousada: a empresa pretende instalar mais de 150 concessionárias até 2026, com inaugurações já em andamento. As primeiras unidades estão em São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, São Paulo (Zona Leste), Marília (SP) e Vitória (ES). Segundo a montadoras, outras 90 estão em negociação avançada. O destaque é o formato de entrada de parceiros: a rede será formada principalmente por lojistas de seminovos multimarcas, que poderão vender carros da Lecar sem abandonar suas operações atuais. O investimento inicial pode ser de até R$ 150 mil, aproveitando estruturas já existentes. Lecar Campo terá tamanho entre as Fiat Strada e Toro, segundo executivo da montadora Divulgação | Lecar Esses parceiros passam a comercializar os veículos da marca por meio da modalidade Compra Programada, um sistema de aquisição sem juros e com previsibilidade de parcelas. Os prazos são de 48, 60 ou 72 meses, com pagamentos a partir de R$ 2.212,50, e preço único para os dois primeiros modelos: R$ 159.300 para 459 e Campo. Além disso, a Lecar criou o Programa Executivos Lecar, uma rede de representantes comerciais independentes conectados diretamente à fábrica. Eles cuidam do relacionamento com o cliente, enquanto o fechamento da venda ocorre nas concessionárias — seguindo a Lei Ferrari, que regulamenta o comércio de veículos no Brasil. O programa já tem 20 profissionais ativos e mais de 200 em treinamento online. Para manutenção, a empresa planeja uma rede própria de oficinas especializadas, separada das revendas. Lecar tem planos para produzir a primeira picape híbrida brasileira Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



Salão do Automóvel 2025: Leapmotor terá fabricação no Brasil e mostra SUV de luxo C16


20/11/2025 14:29 - g1.globo.com


Fábrica da Jeep, em Goiana, na Região Metropolitana do Recife Inês Campelo/Jeep/Divulgação A Leapmotor anunciou nesta quinta-feira (20), durante o Salão do Automóvel 2025, que passará a produzir seus modelos elétricos e híbridos na antiga fábrica da Jeep, em Goiana (PE). Ainda não há definição sobre quais serão os primeiros veículos montados ali, nem detalhes sobre o processo de produção. Concorrentes que já iniciaram a produção nacional, como a BYD em Camaçari (BA) e a GWM em Iracemápolis (SP), começaram a operação com kits que chegam quase prontos do exterior. Os veículos são apenas montados no Brasil e, depois, entregues aos clientes. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Em ambos os casos, o objetivo é reduzir gradualmente esse tipo de montagem, aumentando a nacionalização dos componentes ao longo do tempo. Dessa forma, a linha de produção diminui o tempo de espera pela chegada de peças e melhora o pós-venda, oferecendo prazos menores para quem depende desses itens para reposição — como oficinas e concessionárias. Veja os vídeos que estão em alta no g1 C16 é o maior e mais completo carro da Leapmotor Além disso, a marca apresentou um SUV de luxo com seis lugares que se distancia do perfil mais acessível dos outros modelos da marca vendidos no país: o Leapmotor C16. O C16 pode vir equipado com um sistema totalmente elétrico que entrega 299 cv de potência e 36,7 kgfm de torque. O conjunto de baterias de 81,9 kWh oferece mais de 600 km de autonomia no ciclo chinês, ainda sem equivalência segundo os parâmetros do Inmetro. Além da versão elétrica, o C16 também é oferecido no exterior em configuração híbrida, que utiliza um motor 1.5 aspirado apenas como gerador de energia, com promessa de até 1.000 km de autonomia — exatamente como no Leapmotor C10, que já é vendido no Brasil. Leapmotor C16 Divulgação/Leapmotor Mesmo com mais lugares, o modelo preserva várias semelhanças com o C10. Entre elas, a assinatura de iluminação frontal em LED que une as extremidades do veículo por meio de uma barra luminosa. Outra semelhança aparece na carroceria, que quase não tem ângulos retos, e nas caixas de roda, que dispensam peças plásticas aparentes. A central multimídia aproveita o espaço e segue a tendência de modelos como Volkswagen Tera e Jeep Avenger ao incorporar inteligência artificial embarcada. Diferentemente dos rivais, a IA é da Deepseek, mas o objetivo é o mesmo: aprimorar a capacidade do carro de compreender comandos de voz menos diretos. A central multimídia flutuante segue a tendência dos carros chineses, que apostam em telas grandes. O mesmo minimalismo se repete no C16, que elimina até os controles físicos dos retrovisores e transfere os ajustes para comandos virtuais. Esses comandos substituem parte das funções dos botões físicos do volante e, como há poucos controles táteis, o interior adota um visual ainda mais minimalista — lembrando bastante a proposta da Tesla. Tela central do Leapmotor C16 divulgação/Leapmotor Para todos os ocupantes, o C16 oferece um sistema com 21 alto-falantes com suporte a Dolby Atmos, tela central de 15,6 polegadas voltada ao entretenimento e um compartimento de 8 litros que pode resfriar ou aquecer o que for colocado ali. Por fim, um sistema embarcado no C16 memoriza as vagas de estacionamento mais usadas pelo motorista. Com esse recurso, o veículo pode entrar e sair do local de forma autônoma. Mesmo com presença confirmada no Salão do Automóvel, a Leapmotor ainda não anunciou o lançamento do C16 no Brasil. Segundo a marca, a exibição do modelo serve para medir o interesse do público em um veículo que, dentro do portfólio atual, seria o mais caro, espaçoso e completo da companhia no país. Leapmotor tem ajuda da dona da Fiat A chinesa Leapmotor chegou ao Brasil. Com o apoio da Stellantis — dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot, Citröen e Ram — a empresa deu início às suas operações no mercado nacional no começo de e conta com uma linha inicial de SUVs totalmente eletrificados. Fundada em 2015 na cidade de Hangzhou, na China, a Leapmotor é uma fabricante de veículos eletrificados. Em 2023, a Stellantis se tornou acionista da empresa e, no ano seguinte, as duas companhias formaram uma joint venture global — chamada Leapmotor International BV — com o objetivo de expandir a marca para além do mercado chinês. “Temos uma estratégia de longo prazo para o país, sempre com produtos voltados aos consumidores locais”, afirmou Fernando Varela, vice-presidente da Leapmotor para a América do Sul. O Brasil é o primeiro país fora da China para o qual a empresa vai comercializar oficialmente seus veículos. A operação inicia com 36 concessionárias do grupo Stellantis, distribuídas em 29 cidades. Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



CEO da Nvidia ganha R$ 23 bilhões em um dia após lucro disparar 65%


20/11/2025 14:17 - g1.globo.com


O CEO da Nvidia, Jensen Huang, viu sua fortuna aumentar US$ 4,4 bilhões (cerca de R$ 23,4 bilhões) nesta quinta-feira (20), após a companhia divulgar resultados que animaram o mercado. Com o avanço, o patrimônio do executivo alcançou US$ 162 bilhões (aproximadamente R$ 863,5 bilhões), segundo a revista Forbes. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Huang ficou ainda mais rico depois que a fabricante de chips apresentou números trimestrais acima do esperado pelos investidores. A Nvidia informou que registrou lucro líquido de US$ 31,9 bilhões no terceiro trimestre fiscal, alta de 65% em relação ao mesmo período do ano anterior. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 📈 As ações da Nvidia avançavam mais de 5% nas negociações que acontecem antes da abertura oficial da bolsa (pré-mercado), a cerca de US$ 196 por papel. 💰 Se essa alta continuar quando o pregão começar, a empresa pode acrescentar cerca de US$ 243 bilhões ao seu valor de mercado. Mesmo com o salto na fortuna, Huang continua ocupando a 8ª posição na lista de bilionários da Forbes. Números da Nvidia surpreendem e afastam temor de bolha Além do lucro acima do esperado, a receita da fabricante de chips e semicondutores atingiu US$ 57 bilhões, alta de 62% em um ano. A Nvidia também anunciou que, para o quarto trimestre, passou a projetar receita de US$ 65 bilhões — acima da expectativa do mercado. No mês passado, a Nvidia se tornou a primeira empresa de capital aberto a atingir um valor de mercado de US$ 5 trilhões. Atualmente, continua sendo a companhia mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 4,55 trilhões. Só em 2025, as ações da empresa acumulam alta de 38,9%. Esse resultado se soma aos ganhos robustos de 171% em 2024 e 239% em 2023. O principal fator para a rápida valorização das ações da empresa desde o início de 2023 é a alta demanda por chips destinados a sistemas de inteligência artificial. Os resultados trimestrais e as projeções da Nvidia são acompanhados de perto pelo mercado para medir a força do avanço da inteligência artificial e verificar se as preocupações sobre uma possível bolha são justificadas. 🔎 Uma bolha de IA acontece quando empresas do setor têm seus valores disparando por expectativas exageradas, sem que os resultados reais sustentem essa alta. Se o mercado esfriar ou as promessas não se confirmarem, os preços podem cair de forma brusca. “Investir envolve emoções como medo e ganância, e a ideia de que a inteligência artificial pudesse estar inflando uma bolha vinha ganhando força”, afirmou Jay Hatfield, presidente-executivo da InfraCap, à Reuters. Segundo ele, a Nvidia tem um papel central nesse debate. “A empresa é chave para responder à pergunta: estamos ou não em uma bolha? É natural que exista certo otimismo antes da divulgação dos resultados”, completou. Ao divulgar os resultados nesta quarta-feira, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, começou falando justamente sobre os temores do mercado em relação a uma possível bolha de IA. "Muito se fala sobre uma bolha de IA. Do nosso ponto de vista, vemos algo bem diferente. Para lembrar: a Nvidia não é como qualquer outro acelerador. Estamos presentes em todas as etapas da IA — do pré-treinamento e pós-treinamento à inferência", afirmou Huang. “Em meio a uma onda de preocupação antes da divulgação, a Nvidia apresentou não apenas resultados sólidos e projeções, mas um desempenho acima das expectativas que surpreendeu até os mais otimistas”, disseram analistas do J.P. Morgan. Segundo os especialistas do banco, o desempenho é uma demonstração da capacidade da empresa de coordenar com eficiência toda a sua cadeia de suprimentos, que envolve diversas etapas e fornecedores responsáveis por produzir e entregar os componentes usados em seus chips. Enquanto parte do mercado viu os resultados da Nvidia como sinal de que o avanço da inteligência artificial continua firme, outra parcela demonstrou cautela. Analistas destacaram riscos externos, como possíveis cortes nos investimentos de clientes e obstáculos para ampliar a infraestrutura de data centers — que hoje enfrentam limitações de energia disponível e falta de alguns componentes, como chips de memória. Além disso, a Nvidia concentra grande parte de suas vendas em um grupo restrito de compradores. Esse cenário acendeu alertas sobre a sustentabilidade do atual ritmo de negócios, especialmente porque muitas startups de IA ainda têm dificuldade para transformar projetos em lucro, apesar dos investimentos bilionários que recebem. *Com informações da agência de notícias Reuters Jensen Huang, CEO da Nvidia, durante feira em Taiwan em junho de 2024 REUTERS/Ann Wang/File Photo



Ações do estúdio criador de 'Baby Shark' disparam com entrada na Bolsa de Seul


20/11/2025 13:41 - g1.globo.com


Vídeo viral Reprodução/Youtube As ações do estúdio sul-coreano que criou o personagem "Baby Shark", o vídeo mais assistido no YouTube, dispararam até 60% nesta terça-feira (18), dia em que a empresa iniciou sua cotação na Bolsa de Seul. Adorado pelas crianças pequenas, "Baby Shark Dance" acumula mais de 16 bilhões de visualizações na plataforma de vídeos do Google, quase o dobro do segundo vídeo mais assistido, a canção "Despacito". A música foi publicada na plataforma há quase uma década pela The Pinkfong Company, proprietária de um portfólio de franquias de animação e educação infantil. LEIA TAMBÉM Cofundador do Google supera Bezos e se torna a 3ª pessoa mais rica do mundo após anúncio do Gemini 3 Imposto de Renda: Receita abre nesta sexta consultas a lote residual de restituições de quase R$ 500 milhões Na sessão da manhã, as ações da empresa subiram quase 17% em relação ao preço de estreia de 38.000 wons (26 dólares, 138 reais), após uma disparada de 60% durante a sessão. Palavra Cantada reage a Baby Shark A The Pinkfong Company foi fundada em 2010 e a maior parte de sua receita procede da venda de conteúdos online e de espetáculos ao vivo. "Baby Shark", que apresenta uma família de tubarões um a um ao som de uma melodia alegre, é o maior sucesso da empresa. A empresa registrou receitas de 97,4 bilhões de wons (66 milhões de dólares, 351 milhões de reais) em 2024, o que representa um aumento de 11%, e um lucro operacional de 18,8 bilhões de wons, quase quatro vezes mais que no ano anterior. A Coreia do Sul é uma potência mundial da cultura popular, berço da banda de K-pop BTS e origem de sucessos televisivos recentes da Netflix, como "Round 6" e "Guerreiras do K-pop".



Salão do Automóvel 2025: Fiat mostra o Pulse Stranger Things, baseado na série de TV


20/11/2025 12:32 - g1.globo.com


Fiat apresenta o Pulse Stranger Things no Salão do Automóvel 2025 Cercada de expectativa, a Fiat revelou apenas o Pulse Stranger Things, modelo inspirado na série de suspense da Netflix, durante o Salão do Automóvel de 2025. O carro traz um acabamento distinto do padrão, ao estilo da linha Abarth de esportivos da marca. No interior, o acabamento escurecido e os tons mais sóbrios da cabine aproximam o visual do estilo adotado pela série. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Fiat Pulse Stranger Things foi a novidade apresentada pela Fiat no Salão do Automóvel 2025 André Fogaça/g1 "A Fiat é preocupada em trazer para o consumidor o que antes não era acessível", disse Frederico Battaglia, vice-presidente da marca na América do Sul, nesta quinta-feira (20). A fabricante também apresentou uma nova identidade de design que servirá de base para os próximos lançamentos. Os veículos, de linhas mais retas, adotam um visual retrô-futurista, com faróis quadrados e carrocerias que lembram caixotes. Segundo a equipe de design, a proposta é transmitir uma sensação de robustez. Fiat Dolce Camper determina como será a nova linha de design da marca Divulgação | Fiat A cabine, porém, adota formas arredondadas, em contraste com o exterior. Por fim, a marca italiana anunciou que terá cinco lançamentos nos próximos cinco anos, mas não revelou quais modelos nem as datas de apresentação. Interior do Dolce Camper Divulgação | Fiat Salão do Automóvel 2025: veja os principais lançamentos do 1º dia de evento Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



Salão do Automóvel 2025: Jeep apresenta o Avenger, SUV mais barato da marca


20/11/2025 11:45 - g1.globo.com


Jeep Avenger é apresentado no Salão do Automóvel 2025 A Jeep apresentou, nesta quinta-feira (20), durante o Salão do Automóvel 2025, novos detalhes do SUV Avenger, que chegará ao Brasil no próximo ano. Com dimensões menores que as do Renegade, estreia como o SUV mais acessível da marca, com produção nacional em Porto Real (RJ). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Mesmo com preços próximos e voltados ao mesmo público, Avenger e Renegade continuarão sendo vendidos lado a lado no Brasil por algum tempo. O objetivo é claro: enfrentar a concorrência de marcas que vêm apostando em SUVs menores e mais baratos, como Volkswagen Tera, Renault Kardian e Citroën Basalt. O Chevrolet Sonic também entra nessa disputa ao ser apresentado como o “SUV do Onix”. Jeep Avenger chegará ao Brasil no próximo ano Vinicius Montoia/g1 Como dito, o Avenger é mais compacto que o Jeep Renegade. Mede 4,08 metros de comprimento, ante 4,27 metros do atual SUV. Também é mais baixo (1,53 metro contra 1,69 metro), mais estreito (1,77 metro contra 1,80 metro) e tem entre-eixos levemente menor (2,56 metros contra 2,57 metros). Por dentro, o acabamento é mais simples para ajudar a conter custos e manter o preço competitivo. Há mais plástico, o que reduz as áreas com toque macio. Em compensação, o porta-malas do Avenger é maior: tem capacidade para até 380 litros, ante 351 litros do Renegade. Entre as novidades, o modelo traz o ChatGPT integrado à central multimídia, capaz de oferecer respostas mais naturais às perguntas feitas pelos ocupantes do veículo. Jeep Avenger chegará ao Brasil no próximo ano Vinicius Montoia/g1 A presença do ChatGPT não é coincidência: a Volkswagen também incorporou uma inteligência artificial ao Tera, com proposta semelhante. No caso da Volks, a solução tem nome próprio: Otto. No Tera, o motorista pode fazer pedidos indiretos e ainda assim receber uma resposta precisa — como dizer “estou com frio” e o carro entender que deve reduzir a intensidade do ar-condicionado. Sob o capô, o Jeep Avenger traz o motor 1.0 turbo da Stellantis, o mesmo usado em modelos como Fiat Pulse, Fastback e Peugeot 208. Nesse conjunto, o propulsor entrega 130 cv de potência e 25 kgfm de torque, podendo funcionar com gasolina ou etanol. A transmissão é automática do tipo CVT, com sete marchas simuladas. Salão do Automóvel 2025: veja os principais lançamentos do 1º dia de evento Jeep Avenger estreia no Salão do Automóvel de São Paulo Vinicius Montoia/g1 Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



Imposto de Renda: Receita abre nesta sexta consultas a lote residual de restituições de quase R$ 500 milhões


20/11/2025 11:07 - g1.globo.com


A Receita Federal informou que abre nesta sexta-feira (21), a partir das 10h, as consultas a um lote residual de restituições do Imposto de Renda de Pessoa Física 2025, referente ao ano-base 2024, e também relativa a anos anteriores. Os lotes residuais são os de contribuintes que caíram na malha fina do IR, ou seja, que ficarem retidas por conta de inconsistências, mas que regularizaram as pendências. Declarações da malha fina estão sendo liberadas As consultas podem ser feitas: na página da Receita na internet; pelo aplicativo para tablets e smartphones. Ao todo, 214,3 mil contribuintes receberão R$ 494 milhões em 28 de novembro, de acordo com a Receita. Desses, R$ 297 milhões referem-se a contribuintes com prioridade no recebimento dos valores (idosos, pessoas com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e aqueles cuja maior fonte de renda seja o magistério). Outros 138.164 contribuintes receberão com prioridade por terem utilizado a Declaração Pré-preenchida ou optado por receber via PIX. Também foram incluídas 23.602 restituições para contribuintes não prioritários. "Esses pagamentos representam mais que o cumprimento de uma obrigação fiscal: para muitos beneficiários, especialmente os prioritários, a restituição funciona como reforço de renda essencial, capaz de apoiar despesas médicas, alimentação, educação e cuidados familiares", avaliou a Receita Federal. Imposto de Renda Marcello Casal Jr./ Agência Brasil Malha fina De acordo com dados da Receita Federal, 3,97 milhões das declarações do IR 2025 foram retidas para verificações por conta de inconsistências, ou seja, ficaram retidas na malha fiscal. Até o início de outubro, 66% das declarações já haviam sido liberadas, restando, naquele momento, 1,29 milhão de documentos ainda retidos em malha. Para saber se há alguma inconsistência ou pendência na declaração do IR, os contribuintes podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal, no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, por meio de uma declaração retificadora do IR, ou após o contribuinte apresentar comprovação ao Fisco de que sua declaração está correta.



Cofundador do Google supera Bezos e se torna a 3ª pessoa mais rica do mundo após anúncio do Gemini 3


20/11/2025 11:02 - g1.globo.com


Larry Page, cofundador do Google. Divulgação Larry Page, cofundador do Google, ultrapassou o fundador da Amazon, Jeff Bezos, e se tornou a terceira pessoa mais rica do mundo, informou a revista Forbes na quarta-feira (19). A alta na fortuna dele ocorre um dia após o Google anunciar o Gemini 3, sua IA mais poderosa até agora com "raciocínio em nível de PhD". De acordo com a Forbes, o patrimônio de Page chegou a cerca de US$ 7,6 bilhões após as ações da Alphabet, dona do Google, avançarem 6% nas primeiras negociações do dia. A revista afirma que Page possui 3,2% de participação na companhia. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Já Sergey Brin, também cofundador do Google, viu seu patrimônio crescer em cerca de US$ 7 bilhões nesta quarta. Ele detém 2,9% de participação na Alphabet. Elon Musk, dono do X, da SpaceX e da Tesla, continua no topo da lista das pessoas mais ricas do mundo. Segundo a Forbes, sua fortuna é estimada em US$ 466,2 bilhões. Em segundo lugar aparece Larry Ellison, presidente da Oracle, com US$ 276,5 bilhões. Quem é Larry Page Larry Page fundou o Google em 1998 ao lado de Sergey Brin, colega de doutorado em Stanford. Ele foi CEO até 2001 e voltou ao comando da empresa entre 2011 e 2015. Em 2015, Page e Brin criaram a Alphabet, estrutura que reúne as várias empresas do grupo — entre elas o Google, responsável pelo buscador, YouTube, Chrome, Android e Gmail. Larry Page e Sergey Brin lançaram o Google em 1998 Reprodução - Getty Imagens Page deixou o cargo de CEO da Alphabet em 2019, mas permaneceu como membro do conselho e acionista controlador. Fora do Google, Page foi um dos investidores da Planetary Resources, empresa voltada à mineração de asteroides e adquirida pela companhia de blockchain ConsenSys em 2018. Deu ruim: lançamento de óculos da Meta é marcado por falhas Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas Por que a nova IA do Google virou a queridinha dos vídeos bizarros e bobos no TikTok



Menos arroto de boi: conheça sistema desenvolvido na Amazônia que reduz emissão de metano


20/11/2025 06:01 - g1.globo.com


O que o arroto do boi tem a ver com o aquecimento global? A pecuária ainda é a principal fonte de gases de efeito estufa no Brasil. Mas já existem técnicas capazes de reduzir esse impacto e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade. Criado na Amazônia, o Sistema Guaxupé reduz a produção de metano, gás liberado no arroto e no pum do gado. Entenda mais abaixo. A técnica desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi considerada uma alternativa que une sustentabilidade e rentabilidade por Ricardo Abramovay, professor sênior do Instituto de Estudos Avançados e do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), no podcast O Assunto da segunda-feira (10). O protagonista desse sistema é o amendoim, mas não é aquele que a gente come: se trata do amendoim forrageiro, que funciona como capim. Ele também ajuda a diminuir o uso de agrotóxicos na lavoura. Isso porque deixa o solo mais nutritivo e dificulta o crescimento de plantas daninhas. Contudo, o cultivo não pode ser usado em qualquer área. Seu desenvolvimento precisa de solos bem úmidos. O investimento inicial também pode ser mais elevado para o produtor, já que a planta é mais rara de se encontrar e demora mais para se desenvolver, explica Daniel Lambertucci, chefe adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa. Amendoim forrageiro Divulgação Embrapa Como funciona o Sistema Guaxupé O Sistema Guaxupé é formado por quatro pilares. Confira quais são a seguir. ➡️Diversificação inteligente das espécies forrageiras ou capim: consiste em plantar a pastagem certa para cada tipo de solo na propriedade. "Sempre você tem uma área mais baixa, que é mais úmida, uma área mais alta, que é mais seca, e quando você usa diferentes tipos de capim, você diminui a chance de erro", explica o pesquisador. Além disso, ele afirma que, quando é plantada uma variedade só, há mais riscos de uma praga ou doença dizimar a lavoura. Quando há diversidade, algumas espécies podem resistir, mantendo a produtividade. ➡️Autossuficiência em nitrogênio com o amendoim forrageiro: o nitrogênio é o principal nutriente do solo para manter a pastagem produtiva. O amendoim forrageiro fixa o nitrogênio da atmosfera, que é rico em proteína, no solo. Esse processo também ajuda no ganho de peso do gado. ➡️Tolerância zero com plantas daninhas: o pecuarista precisa manter o pasto sempre limpo, sem deixar que plantas invasoras cresçam. ➡️Pasto bem manejado e gado bem alimentado o ano inteiro: para isso, o pecuarista não pode colocar mais cabeças na fazenda do que ela suporta. "O que causa degradação de pastagens é o excesso de gado na propriedade", diz Lambertucci. Leia também: O que o arroto do boi tem a ver com o aquecimento global? Gramínea X leguminosa Existem dois tipos de plantas que podem ser usados no pasto: as gramíneas e as leguminosas. 🌱Gramíneas: são os capins que vêm na cabeça quando pensamos em pasto, que têm folhas mais finas. Elas acumulam carbono e produzem volume de massa rapidamente, porém com menos valor nutricional. Gramínea forrageira Divulgação Embrapa 🌱Leguminosas: não se trata de cenoura e batata, mas de um tipo de planta que tem folhas mais largas. Também existem árvores que são leguminosas. Essa categoria é mais nutritiva para o animal. Novo amendoim forrageiro tem mais proteína e produtividade em três biomas Arquivo/Embrapa As leguminosas possuem nas raízes bactérias fixadoras de nitrogênio, que permitem que haja a transferência do nitrogênio na atmosfera para o solo. Esse processo é conhecido como "adubação verde", já que, ao nutrir a terra, não há necessidade do uso de fertilizantes químicos, como a ureia. Outro ponto positivo é que, por ser nutritivo também para o gado, ele vai engordar mais rápido e vai ser abatido mais cedo. Como resultado, há uma queda na emissão de gases do efeito estufa por quilo do animal. O amendoim forrageiro também tem componentes que afetam o processo de ruminação e diminuem a produção de metano. Ao gerar menos metano, o gasto de energia do animal também diminui, aumentando a sua produtividade. Outra característica do amendoim forrageiro é que ele se espalha pelo solo, não dando espaço para ervas daninhas. Sem precisar lidar com as plantas invasoras, o criador usa menos agrotóxico. "Ao longo do tempo, o produtor gasta menos com manutenção de pastagem com herbicida, tornando a pecuária mais limpa e menos agressiva ao meio ambiente", diz o pesquisador. Saiba também: Brasil sem tilápia? Entenda o que significa a inclusão do peixe em lista de espécies invasoras Para além da Amazônia O Sistema Guaxupé surgiu depois de vários produtores do Acre relatarem que seu pasto estava morrendo afogado. O problema ficou conhecido como Síndrome da Morte do Braquiarão, uma vez que a gramínea mais usada para pastagem é a braquiária. Na pesquisa, foi descoberto que as leguminosas resistem mais a solos úmidos, como o da Amazônia. O sistema funciona em qualquer ambiente similar, como o litoral brasileiro, a Mata Atlântica e algumas áreas do Cerrado. Contudo, os produtores que decidirem começar a usar o amendoim forrageiro precisam de paciência: o desenvolvimento é lento e o custo inicial é mais elevado. Isso porque existem poucos lugares que fornecem as sementes e a colheita ainda é manual. Leia mais: Pecuária que preserva, cacau que refloresta: como o dinheiro do clima chega ao campo Quanto custa conter o aquecimento global e quem banca sustentabilidade no campo O que a pecuária tem a ver com o desmatamento da Amazônia? Os guardiões do campo nativo: como pequenos pecuaristas estão regenerando o Pampa



Ministério Público pede que TCU investigue fiscalização do Banco Master pelo BC


19/11/2025 23:37 - g1.globo.com


O subprocurador-geral do Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu que a Corte analise se houve falhas ou omissões do Banco Central (BC) na fiscalização e supervisão do Banco Master e suas subsidiárias. Banco Central decretou liquidação extrajudicial do Master e preserva sistema financeiro nacional. Reprodução/TV Globo Na mesma representação, ele pede ainda que seja verificado se há risco sistêmico bancário diante da decretação da liquidação extrajudicial do banco. Nesta terça-feira (18), a autoridade monetária decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master. 🔎Este processo ocorre quando o BC encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. Veja os vídeos que estão em alta no g1 No documento, o subprocurador também solicita que o TCU: acompanhe o processo de liquidação extrajudicial do Banco Master; proponha medidas para o fortalecimento do setor de fiscalização bancária nacional; determine a realização de auditoria operacional no BC para avaliar a eficácia dos processos e procedimentos de supervisão e fiscalização atualmente adotados e identificar eventuais falhas ou omissões; em casos de identificação de possíveis irregularidades, adote as providências cabíveis para responsabilizar os agentes públicos e privados que, por ação ou omissão, tenham contribuído para a ocorrência dos fatos narrados, em especial no que tange à proteção do interesse público e à preservação da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Avaliação de risco sistêmico Furtado argumenta que a liquidação extrajudicial de um banco do porte como o do Banco Master pode acarretar "impactos profundos e de grande magnitude no sistema financeiro nacional, com o potencial de desencadear um risco sistêmico de proporções significativas". "Esse risco sistêmico decorre, essencialmente, da possibilidade de que prejuízos em cascata sejam gerados, afetando uma ampla gama de agentes econômicos, incluindo credores, investidores e correntistas", afirma o representante do Ministério Público. "Entre esses, destacam-se os mais vulneráveis, que, em última instância, acabam sendo os mais prejudicados, arcando com os ônus decorrentes de falhas regulatórias e de supervisão", completa. PF investiga investimento bilionário que fundos de previdência de estados e municípios fizeram no Banco Master Para ele, a situação compromete não apenas o sistema financeiro como também a confiança do público no que diz respeito ao funcionamento das instituições financeiras e a capacidade do Estado em garantir a segurança do sistema. Segundo Furtado, "a gravidade do caso do Banco Master sugere, de forma preocupante, a possibilidade de um histórico de falhas na fiscalização e supervisão dessa instituição por parte do Banco Central (Bacen)." "Digo isso pois, como órgão regulador e supervisor do SFN, o Bacen possui a responsabilidade primordial de zelar pela estabilidade do sistema financeiro, prevenindo riscos sistêmicos e assegurando que as instituições financeiras cumpram rigorosamente as normas legais e regulamentares", afirma o subprocurador do MP. "É fundamental que o Bacen adote uma postura mais transparente e responsiva em relação às suas atividades de supervisão. A transparência não apenas aumenta a confiança do público no sistema financeiro, mas também permite que os agentes econômicos compreendam melhor os riscos envolvidos e tomem decisões mais informadas", acrescenta Furtado.



Nvidia tem lucro de US$ 31,9 bilhões no 3º trimestre, alta de 65%; ações disparam


19/11/2025 21:55 - g1.globo.com


Pessoa passa por painel com logomarca da Nvidia na Computex em Taiwan em junho de 2024 Ann Wang/Reuters A Nvidia registrou lucro líquido de US$ 31,9 bilhões no terceiro trimestre fiscal, um avanço de 65% frente ao mesmo período do ano anterior. O desempenho, que superou as projeções do mercado, reduziu as preocupações sobre uma possível bolha nas empresas ligadas à inteligência artificial. (leia mais abaixo) 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Além do lucro acima do esperado, a receita da fabricante de chips e semicondutores atingiu US$ 57 bilhões, alta de 62% em um ano. A Nvidia também anunciou que, para o quarto trimestre, passou a projetar receita de US$ 65 bilhões — acima da expectativa do mercado. Com esses resultados, as ações da empresa avançavam mais de 5% no after-market, período de negociações após o fechamento do pregão. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Disparada em meio à alta demanda por chips de IA No mês passado, a Nvidia se tornou a primeira empresa de capital aberto a atingir um valor de mercado de US$ 5 trilhões. Atualmente, continua sendo a companhia mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 4,55 trilhões. Só em 2025, as ações da empresa acumulam alta de 38,9%. Esse resultado se soma aos ganhos robustos de 171% em 2024 e 239% em 2023. O principal fator para a rápida valorização das ações da empresa desde o início de 2023 é a alta demanda por chips destinados a sistemas de inteligência artificial. “As vendas do Blackwell estão fora de série, e as GPUs para nuvem estão esgotadas”, disse o CEO da Nvidia, Jensen Huang, em comunicado ao mercado. 🔎 Blackwell é a nova e mais poderosa família de chips de inteligência artificial da empresa, criada para treinar e rodar modelos gigantes de IA, como o ChatGPT e o Gemini. As GPUs são unidades de processamento gráfico projetadas para lidar com tarefas intensivas em dados — especialmente em aplicações de IA. A Nvidia ganhou vantagem ao adaptar seus chips gráficos, os chamados GPUs, originalmente usados em videogames, para treinar sistemas avançados de inteligência artificial, como os que sustentam o ChatGPT e geradores de imagens. A demanda aumentou rapidamente conforme mais pessoas começaram a usar chatbots de inteligência artificial. Com isso, as companhias de tecnologia se apressaram para obter mais chips e viabilizar a criação e operação desses sistemas. “As empresas clientes da Nvidia estão se expandindo e seguem aumentando os investimentos em infraestrutura de IA, o que deve elevar ainda mais a demanda por chips”, disse Rob Haworth, estrategista sênior de investimentos do U.S. Bank Wealth Management, à agência Reuters. Resultados amenizam temor de bolha na IA Os resultados trimestrais e as projeções da Nvidia são acompanhados de perto pelo mercado para medir a força do avanço da inteligência artificial e verificar se as preocupações sobre uma possível bolha são justificadas. 🔎 Uma bolha de IA acontece quando empresas do setor têm seus valores disparando por expectativas exageradas, sem que os resultados reais sustentem essa alta. Se o mercado esfriar ou as promessas não se confirmarem, os preços podem cair de forma brusca. “Investir é uma questão de medo e ganância, e os temores de que a IA esteja em uma bolha estavam se espalhando rapidamente”, disse Jay Hatfield, presidente-executivo da InfraCap, à agência Reuters. “A Nvidia é fundamental para responder à pergunta: ‘Estamos ou não em uma bolha?’ Há algum otimismo — como deveria haver — antes da divulgação dos resultados", acrescentou. Ao divulgar os resultados nesta quarta-feira, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, começou falando justamente sobre os temores do mercado em relação a uma possível bolha de IA. "Muito se fala sobre uma bolha de IA. Do nosso ponto de vista, vemos algo bem diferente", afirmou. “Para lembrar: a Nvidia não é como qualquer outro acelerador. Estamos presentes em todas as etapas da IA — do pré-treinamento e pós-treinamento à inferência", acrescentou. O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo O que faz a Nvidia? A Nvidia produz chips para treinar modelos de inteligência artificial, como o ChatGPT, que demandam alta capacidade computacional. Entre seus clientes estão quase todas as grandes empresas de tecnologia, como Microsoft, Google, Amazon, Meta e Spotify. Segundo análises do mercado, a companhia controla até 80% do mercado de chips de inteligência artificial de ponta. Os principais produtos da Nvidia nesse segmento são as GPUs H100 e A100. A empresa também lançou o Blackwell (B100), sua geração mais avançada, com maior capacidade, desempenho e eficiência, projetada para superar a H100. A produção de chips vai além da inteligência artificial: a Nvidia fabrica versões para computadores pessoais, essenciais para rodar games. Foi nesse mercado, inclusive, que a empresa ganhou fama mundial. O H100, principal produto da Nvidia, é hoje o chip mais procurado do setor e custa dezenas de milhares de dólares por unidade. Segundo a consultoria TrendForce, o ChatGPT precisa de cerca de 30 mil GPUs para funcionar. A empresa projeta seus processadores, mas não os produz em fábricas próprias, diferentemente da AMD ou da Apple. A maior parte dos chips é fabricada pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), referência mundial no setor. * Com informações da agência de notícias Reuters.



Greve de pilotos da Latam no Chile chega ao fim após acordo com sindicato


19/11/2025 21:31 - g1.globo.com


A greve dos pilotos da Latam Airlines no Chile, iniciada na última semana, chegou ao fim nesta quarta-feira (19) após um acordo entre a companhia aérea e o sindicato da categoria. A paralisação — a primeira de pilotos da empresa em quase 30 anos — provocou cancelamentos em massa e comprometeu os planos de viagem de milhares de passageiros. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Em nota enviada ao g1, a companhia informou que o acordo estabelece "condições justas e responsáveis, em linha com o objetivo de garantir a sustentabilidade da empresa e manter condições de trabalho competitivas para os pilotos da Latam no Chile". Ainda segundo a empresa, os cancelamentos anunciados até 24 de novembro permanecem em vigor, e as operações retornarão à normalidade a partir de 25 de novembro. (leia mais abaixo) Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 A greve começou em 12 de novembro, após o fracasso nas negociações de um contrato coletivo entre a empresa e o Sindicato de Pilotos da Latam (SPL) do Chile. A entidade informou nesta quarta-feira que o novo acordo contratual valerá até 2028. A Latam, maior empresa aérea da América do Sul, emprega cerca de 39 mil funcionários e mantém uma frota superior a 350 aviões. Início da greve A greve foi aprovada em assembleia na última semana, com 500 dos 900 pilotos que atuam na companhia. A principal reivindicação era a recomposição dos salários e benefícios de 2020, período anterior à pandemia. De acordo com o sindicato, os pilotos foram os únicos funcionários da empresa que ainda não tiveram suas condições restabelecidas, mesmo após a recuperação financeira do grupo. Durante a crise provocada pela Covid-19, os profissionais aceitaram reduzir seus salários pela metade para ajudar a manter as operações em meio à paralisação global do setor aéreo. Na negociação atual, o SPL argumentou que, diante do bom desempenho financeiro e operacional da empresa, era esperado que a negociação fosse mais colaborativa. O sindicato também criticou a postura da Latam nas negociações, alegando que a empresa “recusou-se a devolver as condições perdidas durante os anos de crise”, incluindo o período em que passou por reorganização judicial sob o Chapter 11 da lei de falências dos EUA. Apoio no Brasil No início do mês, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa os pilotos e comissários brasileiros, divulgou nota de apoio e solidariedade aos pilotos chilenos. A entidade destacou o papel essencial da categoria durante a pandemia, quando contribuíram “para a sobrevivência das empresas e a manutenção da segurança operacional”. Segundo o SNA, “um acordo sólido e equilibrado entre empresa e trabalhadores deve ser visto como investimento, e não como custo”. O sindicato brasileiro também reforçou a importância do diálogo, da boa-fé e do respeito ao direito constitucional de greve. Confira a nota da Latam na íntegra O Grupo LATAM Airlines informa que, após intensas negociações, a empresa e o sindicato dos pilotos do Chile chegaram a um acordo que encerra a paralisação. Após diversas discussões, foi alcançado um entendimento que estabelece condições justas e responsáveis, em linha com o objetivo de garantir a sustentabilidade da empresa e manter condições de trabalho competitivas para os pilotos da LATAM no Chile. A LATAM valoriza e reconhece o trabalho e o profissionalismo de cada um de seus pilotos, cujo papel é fundamental para a prestação de um serviço seguro e de excelência aos passageiros. “Apesar de todos os nossos esforços, lamentamos profundamente o impacto que esta greve possa ter gerado a alguns de nossos passageiros. Ao mesmo tempo, agradecemos o empenho de todas as equipes que trabalharam durante esses dias para proteger os passageiros. O bem-estar das pessoas — tanto dos passageiros quanto dos que fazem parte da LATAM — continua sendo nossa principal prioridade”, afirmou Paulo Miranda, vice-presidente de Clientes do Grupo LATAM Airlines. Os cancelamentos anunciados até 24 de novembro permanecem em vigor, e as operações retornarão à normalidade a partir de 25 de novembro. Em caso de alterações, a LATAM comunicará proativamente aos passageiros afetados por meio de seus canais oficiais. A LATAM reitera seu compromisso com um diálogo trabalhista honesto e transparente que leve a acordos justos para todas as partes e garanta a sustentabilidade da empresa. Reconhece também o profissionalismo demonstrado pela Direção Nacional do Trabalho no processo de mediação voluntária. A LATAM Airlines Brasil reforça que não houve voos de ou para o Brasil afetados pelos cancelamentos preventivos realizados pelo Grupo LATAM Airlines para proteger seus passageiros, em decorrência da greve do sindicato dos pilotos no Chile. Em nota, o Grupo Latam Airlines afirmou ter implementado medidas para minimizar os impactos aos passageiros Divulgação/Latam



Pela segunda vez, países da UE adiam em 1 ano lei antidesmatamento e flexibilizam regras


19/11/2025 20:44 - g1.globo.com


Desmatamento na Amazônia. Ibama Os países europeus apoiaram uma nova flexibilização da lei da União Europeia contra o desmatamento, incluindo um adiamento para o final de 2026, indicaram diplomatas à AFP nesta quarta-feira (19). A pedido da Alemanha e da Áustria, que são países críticos ao texto, os europeus também validaram uma cláusula de revisão em abril de 2026, para abordar esta lei antes de sua entrada em vigor. O texto, considerado pioneiro por organizações ambientais, busca proibir a comercialização na Europa de produtos cultivados em terras que tenham sido desmatadas desde 2020, como óleo de palma, cacau, café, soja e madeiras . Mas o documento continua sendo criticado por setores da agroindústria e países, como Brasil e Estados Unidos. A União Europeia já havia adiado pela primeira vez de 2024 para 2025, antes do novo prazo alcançado nesta quarta-feira. Veja os vídeos que estão em alta no g1 A Comissão Europeia abriu caminho para esse adiamento suplementar invocando problemas informáticos para implementar o sistema de rastreabilidade dos produtos. Mas, após mencionar um prazo de um ano, Bruxelas acabou por propor aos 27 membros adiar a lei por seis meses. Os países europeus decidiram ir mais longe, especialmente sob o impulso da Alemanha. O compromisso que ainda terá que ser submetido ao Parlamento Europeu busca uma entrada em vigor no final de 2026. Mas as muitas dúvidas em torno desta lei causaram a fúria das ONGs, que acabam por se perguntar se a União Europeia realmente tem a intenção de aplicá-la. "Os sinais são desastrosos de todos os pontos de vista, em plena COP, a conferência da ONU sobre o clima no Brasil", lamenta Pierre-Jean Sol Brasier, da ONG Fern, especialista em proteção das florestas. Esta regulamentação contra o desmatamento recebeu o apoio de algumas empresas europeias, como o grupo italiano Ferrero, que produz, entre outras coisas, o Nutella. "Fizemos investimentos de boa fé porque pensamos que havia uma direção e agora isso está sendo questionado", disse Francesco Tramontin, um dos executivos da empresa. Após adotar por vários anos medidas ambiciosas, a União Europeia freou algumas disposições sobre o clima para dar um respiro às empresas submetidas a uma feroz concorrência. Leia também: Pecuária que preserva, cacau que refloresta: como o dinheiro do clima chega ao campo Quanto custa conter o aquecimento global e quem banca sustentabilidade no campo Financiamento climático: quem banca o agro sustentável



TCU determina medidas para reduzir fraudes no sistema de auxílio incapacidade do INSS


19/11/2025 20:00 - g1.globo.com

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o Ministério da Previdência Social, o INSS e o Dataprev adotem, em até 120 dias, medidas para reduzir o risco de fraudes no Atestmed, sistema que permite a concessão de auxílio por incapacidade temporária mediante apresentação de atestado médico. Entre as exigências estão a verificação da autenticidade dos atestados, a organização dos dados relevantes — como o número de registro dos profissionais no Conselho Regional de Medicina — e o reforço dos controles internos. O TCU também definiu que, no mesmo prazo, o Ministério da Previdência e o Dataprev tomem providências para garantir a realização de exame médico-pericial nos processos de concessão pelo Atestmed. As medidas incluem: avaliar a real incapacidade do segurado; determinar o período adequado de afastamento; prever o indeferimento do pedido em caso de indícios de fraude ou falta de direito ao benefício. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Além disso, o tribunal determinou que o Ministério da Previdência implemente mecanismos para controlar a qualidade das decisões dos peritos que concedem benefícios via Atestmed. A pasta deverá assegurar também que a pontuação da tarefa de análise documental seja compatível com o tempo e a complexidade do trabalho, bem como com a pontuação das perícias presenciais. As decisões foram tomadas na sessão plenária desta quarta-feira (19), durante a análise de uma auditoria operacional sobre o funcionamento do Atestmed. O período auditado vai de julho de 2023 a maio de 2025. O volume de recursos fiscalizados (VRF) chegou a R$ 18,4 bilhões, valor estimado da despesa total com auxílios por incapacidade temporária concedidos via Atestmed no período. A auditoria identificou avanços — mas também retrocessos — na redução do tempo de espera para a concessão dos benefícios, além de desigualdades entre as unidades da federação. “No período de setembro de 2023 a outubro de 2024, a equipe apontou melhoria operacional significativa, refletida na redução dos requerimentos pendentes por mais de 45 dias e no aumento da capacidade de análise dentro desse prazo legal. Apesar disso, a partir de novembro de 2024 houve piora nos resultados”, afirmou o relator, ministro Jorge Oliveira. “Essa piora pode estar relacionada à elevação da demanda por benefícios e à greve dos peritos médicos, de 22/8/2024 a 11/4/2025”, ponderou. Em contrapartida, o relatório apontou piora no tempo de concessão em várias regiões do país. O TCU destacou como exemplos: Acre: o tempo de concessão via perícia passou de 43 dias (julho de 2023) para 104 dias (maio de 2025); Amapá: a espera subiu de 134 para 230 dias no mesmo período.



Salão do Automóvel 2025: veja os principais lançamentos do 1º dia de evento


19/11/2025 20:00 - g1.globo.com


Salão do Automóvel: veja os destaque da manhã do 1º dia de evento Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. Os dois primeiros dias são reservados à imprensa, que acompanha os principais lançamentos das marcas participantes da exposição. O g1 acompanhou o dia de apresentações e traz um compilado sobre o que há de melhor desembarcando no mercado brasileiro. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Renault Renault Koleos chega no primeiro semestre de 2026 Fábio Tito/g1 A Renault apresentou o SUV de grande porte Koleos. O modelo híbrido chega no primeiro semestre de 2026 como a aposta da marca diante das novas opções chinesas no mercado nacional. Segundo Ariel Montenegro, presidente da Renault Geely do Brasil, o Koleos será um híbrido pleno, mas ainda não há informações sobre preços ou versões. O projeto do Koleos é resultado da parceria entre a Renault e a chinesa Geely. A parceria prevê um investimento de R$ 3,8 bilhões para adaptar a fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, à produção de veículos elétricos e híbridos. Saiba mais na reportagem abaixo. Renault apresenta Koleos, SUV híbrido grande para rivalizar com chinesas Geely Geely EX5 será produzido no Brasil Fábio Tito/g1 A Geely anunciou que iniciará a produção do seu primeiro carro no Brasil: o EX5. A fabricação começa no primeiro semestre do próximo ano, enquanto as vendas estão previstas para o segundo semestre de 2026. Antes disso, será vendido importado. A marca também apresentou o EX5 EM-I, um híbrido plug-in com diferenças claras em relação ao elétrico. Também estará presente no Salão o SUV EX2, modelo urbano recém-lançado que se destaca pelo custo-benefício. Saiba mais na reportagem abaixo. Geely produzirá o EX5 no Brasil para brigar com Jeep Compass Jaecoo Jaecoo 8 Fábio Tito/g1 A Jaecoo apresentou seus próximos lançamentos para o Brasil: os SUVs Jaecoo 5 e Jaecoo 8. Ambos chegam já neste mês de novembro. Entre as novidades, o Jaecoo 5 é o mais simples da linha. No Brasil, será oferecido apenas com motorização híbrida tradicional, com cerca de 200 cv de potência — já considerando o conjunto com o motor 1.5 turbo. Já o Jaecoo 8 é maior e comporta até sete ocupantes, mas será vendido no Brasil em versão para seis. Este SUV prioriza luxo e desempenho, além de oferecer acabamento de nível superior. Saiba mais na reportagem abaixo. Jaecoo 5 e 8 chegam ao Brasil em novembro; veja como serão os SUVs GWM GWM Tank 700 Fábio Tito/g1 A GWM apresentou os luxuosos jipe Tank 700 e perua Wey G9 Max. Os dois novos modelos chegam em um momento crucial para a marca enfrentar a concorrência: a BYD lançou a divisão Denza, focada em veículos de alto padrão. O novo Tank 700 remete bastante ao Tank 300, que o g1 testou neste mês. Ambos mantêm o apelo off-road, mas o novo modelo adota uma carroceria menos quadrada, com linhas mais agressivas e um toque extra de esportividade. A Wey G9 Max é uma van executiva com um conjunto híbrido plug-in menos potente, mas que se destaca pela bateria: são 51 kW, capacidade superior à de alguns modelos totalmente elétricos, como o GWM Ora 03 Skin, que tem 48 kW. Entre os itens de luxo, há geladeira para os passageiros, controles elétricos para todos os assentos e até uma TV retrátil instalada no teto. Saiba mais na reportagem abaixo. GWM traz os luxuosos Tank 700 e Wey G9 ao Brasil; veja detalhes Salão do Automóvel: veja os destaques da tarde do 1º dia de evento Honda Honda Prelude Rafael Peixoto/g1 A Honda apresentou o novo Honda Prelude, após um hiato de 24 anos. Trata-se de um esportivo cupê com toque de carro de corrida. Ele conviverá com o Civic Type-R e será lançado no Brasil no segundo semestre de 2026. O Prelude terá 203 cv e 32,1 kgfm graças ao conjunto híbrido plug-in. A suspensão e os freios serão inspirados nas configurações do Civic Type-R, o modelo mais esportivo da marca. O WR-V também foi outra novidade importante apresentada pela Honda. O SUV chega para rivalizar com modelos como Volkswagen Tera, Renault Kardian e Hyundai Creta. O g1 já testou o modelo, lançado neste mês. Saiba mais na reportagem abaixo. Honda voltará a vender o Prelude, esportivo com conjunto do Type-R Hyundai Hyundai Ioniq 9 Rafael Peixoto/g1 A Hyundai confirmou que o SUV Ioniq 9 será vendido no Brasil, ainda sem revelar as datas de lançamento e venda. O modelo é um SUV totalmente elétrico de sete lugares, com autonomia de até 620 quilômetros graças à bateria de 110,3 kWh. O carregamento vai de 10% a 80% em 24 minutos, desde que haja um carregador de 350 kW disponível — ainda muito raro no Brasil. O sistema elétrico também pode servir como fonte de energia para outros equipamentos, alimentando dispositivos como notebooks e até uma geladeira. Sob o capô, o Ioniq 9 entrega até 422 cv de potência. Na segurança, oferece 10 airbags e assistentes como piloto automático adaptativo, sistema de permanência em faixa e frenagem automática de emergência. Saiba mais na reportagem abaixo. Hyundai confirma o Ioniq 9, SUV elétrico de luxo, que chega ao Brasil em 2026 Toyota Toyota Yaris Cross tem preço inicial de R$ 161.390 Rafael Peixoto/g1 A Toyota anunciou o lançamento do Yaris Cross, o primeiro SUV compacto com opções híbridas flex do país. Ele chega às concessionárias em fevereiro de 2026. O SUV será oferecido em quatro versões — XRE, XRE Hybrid, XRX e XRX Hybrid — com preços entre R$ 161.390 e R$ 189.990. Será um concorrente de peso de Volkswagen T-Cross, Hyundai Creta, Honda HR-V, Chevrolet Tracker, Nissan Kicks e Fiat Pulse. Outra novidade apresentada ppela Toyota no Salão do Automóvel de 2025 foi o Yaris GR, hatch esportivo que estará disponível a partir de abril de 2026. Saiba mais na reportagem abaixo. Toyota Yaris Cross chega a partir de R$ 161 mil, com duas versões híbridas flex Salão do Automóvel 2025 A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



Salão do Automóvel 2025: Toyota Yaris Cross chega a partir de R$ 161 mil, com duas versões híbridas flex


19/11/2025 19:30 - g1.globo.com


Toyota Yaris Cross chega para rivalizar com T-Cross, Creta e HR-V A Toyota anunciou nesta quarta-feira (19) o lançamento do Yaris Cross, o primeiro SUV compacto com opções híbridas flex do país. Outra novidade apresentada pela Toyota no Salão do Automóvel de 2025 foi o Yaris GR, hatch esportivo que estará disponível a partir de abril de 2026. (saiba mais abaixo) ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Salão do Automóvel 2025: veja os principais lançamentos do 1º dia de evento Produzido em Sorocaba (SP), o SUV Yaris Cross está em pré-venda e chega às concessionárias em fevereiro de 2026. Ele será oferecido em quatro versões, com preços entre R$ 161.390 e R$ 189.990. Veja abaixo os valores. XRE – R$ 161.390; XRE Hybrid – R$ 172.390; XRX – R$ 178.990; XRX Hybrid – R$ 189.990. Ainda não foi confirmado qual será o novo preço do Yaris Cross após o esgotamento das 8.500 unidades ofertadas em pré-venda. Segundo a marca, o objetivo é ampliar a presença no segmento de SUVs, que representou mais da metade das vendas do mercado brasileiro em 2025. Toyota Yaris Cross tem preço inicial de R$ 161.390 Rafael Peixoto | g1 O modelo chega para complementar a linha composta por Corolla Cross, SW4 e RAV4, mas aponta sua mira contra Volkswagen T-Cross, Hyundai Creta, Honda HR-V, Chevrolet Tracker, Nissan Kicks e Fiat Pulse. Além desses, ele também disputa espaço em uma faixa mais baixa de preço, onde está seu principal rival, o Honda WR-V na versão EXL, de R$ 149.900. Veja os valores dos concorrentes: Volkwagen T-Cross: de R$ 119.990 a R$ 198.490; Hyundai Creta: de R$ 151.290 a R$ R$ 199.590; Honda HR-V: de R$ 163.200 a R$ 209.900; Honda WR-V: de R$ 144.900 a R$ 149.900; Chevrolet Tracker: de R$ 119.900 a R$ 175.990; Nissan Kicks: de R$ 166.990 a R$ 199.000; Fiat Pulse: de R$ 101.990 a R$ 158.990. Nessa estratégia, o Yaris Cross chega para ser o modelo de maior volume da Toyota, embora a marca continue apostando no Corolla Cross como seu principal campeão de vendas. Assim fica a linha de SUVs da fabricante: Yaris Cross: de R$ 161.390 a R$ 189.990; Corolla Cross: de R$ 188.990 a R$ 219.890; RAV4: R$ 349.290 e R$ 402.420; SW4: de R$ 412.190 a R$ 469.890. Toyota Yaris Cross tem versões somente a combustão e híbridas Divulgação | Toyota SUV compacto mais econômico do país O Yaris Cross estreia uma motorização inédita no segmento: um sistema híbrido flex que combina um motor 1.5 a combustão com dois motores elétricos — um que atua como gerador de energia para a bateria e outro que auxilia na tração. Com etanol, o conjunto entrega até 111 cv e promete consumo de 17,9 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada, segundo o Inmetro. A Toyota não divulga o torque total de seus veículos híbridos. O motor a combustão oferece 12,3 kgfm de torque, enquanto o elétrico entrega 14,4 kgfm. Contudo, como os valores não se somam diretamente no uso real, a marca não especifica um valor combinado. Toyota Yaris Cross chega com medidas semelhantes às dos rivais Divulgação | Toyota Esse conjunto é diferente do usado no Corolla e no Corolla Cross, que contam com um motor 1.8 flex nas versões híbridas, ambos com 122 cv. As versões não híbridas utilizam o motor 1.5 flex de 122 cv e 15,3 kgfm de torque, combinado ao câmbio CVT Multidrive. Em comparação, o 1.5 flex do Honda WR-V oferece 4 cv e 0,5 kgfm a mais. Com esse conjunto, o lançamento se torna o SUV compacto com sistema híbrido mais econômico do Brasil. Veja as médias de consumo: Yaris Cross híbrido Cidade: 13,2 km/l (com etanol) e 17,9 km/l (com gasolina); Estrada: 10,7 km/l (com etanol) e 15,3 km/l (com gasolina); Yaris Cross a combustão Cidade: 8,8 km/l (com etanol) e 12,6 km/l (com gasolina); Estrada: 10,2 km/l (com etanol) e 14,3 km/l (com gasolina). A Toyota afirma que a tecnologia pode reduzir o consumo em até 30% em comparação às versões não eletrificadas e emitir até 77% menos CO₂ quando abastecida com etanol. Galerias Relacionadas Espaço, conforto e estilo Com 4,31 m de comprimento, 1,77 m de largura, 1,65 m de altura e 2,62 m de entre-eixos, o Yaris Cross tem dimensões próximas às de WR-V e Creta. Ele é 1 cm mais curto, 2 cm mais estreito e tem entre-eixos 3 cm menor que o WR-V. A altura é a mesma do modelo da Honda. O porta-malas segue a média do segmento: 400 litros na versão convencional e 391 litros na híbrida. A diferença ocorre porque a bateria do sistema híbrido fica no assoalho, reduzindo levemente o espaço. Nessa capacidade, o porta-malas da versão a combustão é 22 litros menor que o do Hyundai Creta e 58 litros menor que o do WR-V. Equipamentos As versões XRE e XRE Hybrid trazem: Seis airbags; Freio de estacionamento eletrônico com Auto Hold; ISOFIX; ABS com EBD; Controle de estabilidade e tração; Assistente de partida em rampa; Faróis de LED; Rodas diamantadas de 17”; Chave presencial; Ar-condicionado digital automático; Multimídia com tela de 10" com espelhamento sem fio; Carregador por indução; Painel digital de 7”; Câmera de ré e sensor traseiro; Versões XRX e XRX Hybrid (topo de linha) acrescentam: Rodas diamantadas de 18”; Iluminação ambiente interna; Monitor de ponto cego; Visão panorâmica 360°; Sensor dianteiro; Abertura elétrica do porta-malas com movimento do pé; Teto solar panorâmico Wi-Fi para até 10 dispositivos (gratuito por um ano); E app com informações do veículo, como: histórico de viagens, diagnóstico do veículo, avisos de revisão e monitoramento remoto. O Yaris Cross terá o programa Toyota 10, que pode estender a garantia total para até 10 anos, sem custo adicional, desde que as revisões sejam feitas na rede autorizada. O sistema híbrido tem garantia de 8 anos ou 200 mil km. Veja o vídeo do novo Honda WR-V: Honda WR-V reúne ótimo espaço e equipamento para ser o SUV com melhor custo-benefício Toyota confirma o novo esportivo GR Yaris Toyota GR Corolla terá motor 1.6 turbo com 300 cv e 40,2 kgfm de torque Divulgação | Toyota Além do Yaris Cross, a Toyota também apresentou o GR Yaris, um esportivo menor que o GR Corolla. O único detalhe compartilhado pela diretoria da Toyota está ligado à transmissão, que terá duas opções: manual de seis velocidades ou automático. Por enquanto, o GR Corolla é o único hatch esportivo da Toyota à venda no Brasil e só é equipado com transmissão manual. Os preços são, respectivamente, de R$ 416.990 para a versão Core e R$ 461.990 para a Circuit. Toyota GR Yaris é novo esportivo que será vendido em abril de 2026



Salão do Automóvel 2025: Hyundai apresenta Ioniq 9, SUV elétrico de luxo com espaço para sete pessoas


19/11/2025 19:02 - g1.globo.com


Hyundai Ioniq 9 A Hyundai apresentou nesta quarta-feira (19), no Salão do Automóvel de 2025, o Ioniq 9. O SUV totalmente elétrico tem sete lugares e autonomia de até 620 quilômetros, proporcionada pela bateria de 110,3 kWh. O carregamento vai de 10% a 80% em 24 minutos, desde que esteja disponível um carregador de 350 kW — ainda pouco comum no Brasil. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp O sistema elétrico também pode funcionar como fonte de energia para outros equipamentos, permitindo alimentar dispositivos como notebooks e até uma geladeira. Sob o capô, o Ioniq 9 entrega até 422 cv de potência. Na parte de segurança, traz 10 airbags e recursos como piloto automático adaptativo, assistente de permanência em faixa e frenagem automática de emergência. Hyundai Ioniq 9 Rafael Peixoto/g1 Ao todo, há espaço para sete ocupantes — ou seis, dependendo da configuração escolhida. A opção por levar menos passageiros busca oferecer mais conforto, com assentos mais amplos para cada pessoa. Nessa configuração, os assentos podem ser girados para ficarem voltados à terceira fileira. Segundo a Hyundai, isso permite que os ocupantes conversem de frente uns com os outros. Por fora, o Ioniq 9 também se destaca pelas dimensões amplas. Ele ultrapassa os 5 metros de comprimento (5,06 metros) e tem 3,13 metros de entre-eixos. Para comparação, essa distância é apenas um pouco menor que os 3,20 metros do comprimento total do Caoa Chery iCar e cerca de 40 cm inferior ao tamanho completo de um Fiat Mobi (3,59 metros). Mesmo com sete lugares — configuração que geralmente reduz o porta-malas — o Ioniq 9 ainda oferece 620 litros de capacidade para bagagens. Hyundai Ioniq 9 Rafael Peixoto/g1 Data indefinida O Ioniq chega ao Brasil no ano que vem, ainda sem mês definido pela marca. O lançamento ocorre em um momento em que a Hyundai concentra seus esforços na eletrificação. O modelo mais recente voltado a esse objetivo é o Hyundai Kona, apresentado em maio deste ano. Ele traz linhas mais modernas e promete rodar 18,3 km/l com gasolina. Até 2030, a marca pretende comercializar 2 milhões de veículos totalmente elétricos no mundo. A Hyundai também planeja produzir modelos movidos a hidrogênio, que, na prática, utilizam motores elétricos para tracionar as rodas. O modelo Nexo é um conceito já em teste pela Hyundai no Brasil, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). Ele utiliza hidrogênio obtido a partir da queima do etanol. Hyundai Ioniq 9 Rafael Peixoto/g1 Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



FGC: entenda como funciona e quanto tempo pode demorar o pagamento


19/11/2025 17:55 - g1.globo.com


Liquidação do Banco Master: como ficam os correntistas e investidores? A liquidação extrajudicial do Banco Master, anunciada pelo BC nesta terça-feira (18), gerou dúvidas sobre o destino dos recursos dos clientes. Nesses casos, parte dos depósitos é garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O FGC é uma associação privada, sem fins lucrativos, que integra o Sistema Financeiro Nacional e atua na manutenção da estabilidade do sistema, na prevenção de crises bancárias e na proteção de depositantes e investidores. Na prática, funciona como um fundo privado que atua como um seguro. É ele quem garante que os recursos depositados ou investidos em um banco permaneçam protegidos caso a instituição financeira enfrente alguma crise ou dificuldade. O dinheiro usado para essas indenizações vem dos próprios bancos, que contribuem mensalmente para o fundo. Assim como ocorre em seguros, o ressarcimento segue regras específicas, com limites e condições. A seguir, o g1 explica como funciona o FGC, o que ele protege, os valores cobertos e o histórico do prazo de pagamentos. Veja abaixo: Como solicitar o ressarcimento? Quanto tempo o FGC pode demorar a pagar? Quem está protegido pelo FGC? Quem não está protegido pelo FGC? E quando o saldo ultrapassa R$ 250 mil? Como solicitar o ressarcimento? Embora exista a garantia, o pagamento do FGC não é imediato. Para solicitar o ressarcimento: Pessoas físicas: devem usar o aplicativo do FGC. Após realizar um cadastro básico, é necessário solicitar o pagamento da garantia; Pessoas jurídicas: devem fazer o pedido diretamente pelo site da instituição. Após a assinatura do termo de solicitação, o FGC informa que a liberação costuma ocorrer em até 48 horas úteis, desde que os dados estejam corretos. Para eventuais dúvidas, o FGC orienta que correntistas e investidores entrem em contato pelo e-mail atendimento.credores@fgc.org.br. Veja o passo a passo para reembolso pelo FGC: Baixe o aplicativo do FGC e complete o cadastro, informando nome completo, CPF e data de nascimento; Solicite o pagamento de garantia. Essa etapa só ficará disponível após o envio, pelo liquidante, da lista completa de credores e valores devidos ao fundo. Depois, basta informar uma conta bancária de sua titularidade para receber os recursos, realizar a validação biométrica e enviar eventuais documentos solicitados. Para pessoas jurídicas, o FGC informa que o representante legal da empresa deve solicitar a garantia por meio do Portal do Investidor. Após o preenchimento das informações, o fundo envia um e-mail com o passo a passo necessário. Nos casos em que o pagamento precisar ser feito a inventariantes ou ao espólio, o FGC tratará diretamente com os beneficiários, não sendo possível fazer a solicitação pelo aplicativo. ⚠️ATENÇÃO: Valores que ultrapassarem o limite de cobertura do FGC, de R$ 250 mil, permanecerão sujeitos ao processo de liquidação. Nessa situação, o credor passa a integrar a massa falida como credor quirografário, sem garantia de recebimento dos valores. Quanto tempo o FGC pode demorar a pagar? Segundo o FGC, não há um prazo legal para a instiuição começar a pagar os clientes, a depender do tempo em que o liquidante envie a lista de credores ao BC. Esse tempo, inclusive, pode variar a depender de cada situação (veja mais abaixo). Há casos de liberação praticamente imediata, como no Banco Banorte e no Hexabanco, em que os valores foram pagos no mesmo dia da liquidação. Em instituições de médio porte — como Banco Dracma, Banco do Estado do Amapá, Banco Neon e Domus Hipotecária — o FGC finalizou os depósitos em prazos que variaram de 14 a 25 dias. Há, no entanto, casos em que o processo levou mais tempo, geralmente por fatores alheios ao FGC. Em determinadas situações, decisões judiciais ou pendências administrativas atrasaram o início dos pagamentos — como no Banco Rural, onde o ressarcimento levou pouco mais de três meses, e no BFI, cujo processo se estendeu por mais de três anos devido a entraves extrajudiciais. Veja abaixo a lista completa de instituições financeiras com ressarcimentos efetuados pelo FGC. Quem está protegido pelo FGC? Em 2024, o FGC acumulava patrimônio de R$ 140,4 bilhões — 12% acima do registrado no ano anterior. Em setembro deste ano, o volume total já somava R$ 153,5 bilhões, dos quais R$ 122 bilhões estavam disponíveis em caixa para cumprir sua função de proteção. Os saldos de correntistas e investidores são protegidos pelo fundo em até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição. No caso dos investidores, a cobertura varia conforme o tipo de aplicação. Estão dentro das regras do FGC: CDB e Recibo de Depósito Bancário (RDB); Letra de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCAs). O FGC só atua em casos de intervenção ou liquidação de uma instituição financeira. A indenização considera o valor investido somado aos rendimentos acumulados até a data da liquidação, limitado ao teto de R$ 250 mil. ⚠️ EXEMPLO: Quem tinha R$ 180 mil investidos e R$ 100 mil para receber em rendimentos terá acesso a até R$ 250 mil. O valor que exceder esse limite deve ser solicitado no processo de liquidação conduzido pelo BC. Quem não está protegido pelo FGC? Não têm direito à cobertura do FGC os investidores que aplicaram em produtos sem garantia do fundo, como: Debêntures; Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs); Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs); Fundos de investimento; Títulos emitidos fora do sistema de proteção. Nesses casos, não há indenização automática: todo o valor investido entra integralmente na fila da liquidação e só poderá ser recuperado se houver recursos suficientes após o pagamento das obrigações prioritárias. Segundo o advogado Eduardo Brasil, sócio do Fonseca Brasil Serrão Advogados, o tratamento é diferente para os investidores que possuem aplicações não cobertas pelo FGC. “Esses recursos passam a integrar a massa de credores da liquidação, e a recuperação dependerá da venda de ativos e da capacidade financeira do banco ao longo do processo. O resultado pode ser pagamento integral, parcial ou até inexistente, dependendo do patrimônio disponível.” E quando o saldo ultrapassa R$ 250 mil? Quem possui valores acima do limite coberto pelo FGC precisa se habilitar como credor na liquidação. Para isso, é necessário acompanhar o site da empresa liquidante, onde serão publicadas as orientações e a lista de documentos exigidos. 🔎 O BC recomenda que o credor busque orientação jurídica para entender os prazos, organizar a documentação e garantir que todos os direitos sejam respeitados ao longo do processo. Para saldos em conta corrente e poupança, vale a mesma regra aplicada aos investimentos cobertos: o FGC garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição. O valor que excede esse limite não é coberto e entra na fila da liquidação — tanto no caso de depósitos quanto de aplicações protegidas, como CDBs, RDBs e LCIs/LCAs. ⚠️ EXEMPLO: Um correntista com R$ 300 mil na poupança pode receber até R$ 250 mil pelo FGC. Os R$ 50 mil restantes entram no processo de liquidação e só serão pagos se houver recursos após o atendimento das prioridades legais, como dívidas trabalhistas e tributos. Cédulas de real Marcello Casal Jr/Agência Brasil



Salão do Automóvel 2025: Honda voltará a vender o Prelude, esportivo com conjunto do Type-R


19/11/2025 17:07 - g1.globo.com


Honda Prelude A Honda apresentou nesta quarta-feira (19), no Salão do Automóvel 2025, o novo Honda Prelude, após um hiato de 24 anos. Trata-se de um esportivo cupê com toque de carro de corrida. Ele conviverá com o Civic Type-R e será lançado no Brasil no segundo semestre de 2026, segundo Marcello Langrafe, diretor comercial da Honda do Brasil. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Honda Prelude será vendido no Brasil no segundo semestre de 2026 Vinicius Montoia/g1 O modelo tem linhas mais leves e fluidas que as do Civic Type-R. A queda da carroceria é bem acentuada e reforça seu visual esportivo. Além disso, traz o novo logotipo “Honda” na traseira, escrito por extenso. O Prelude terá 203 cv e 32,1 kgfm graças ao conjunto híbrido. A suspensão e os freios serão inspirados nas configurações do Civic Type-R, o modelo mais esportivo da marca. A suspensão terá capacidade de ajustar altura e comportamento para que o motorista aproveite ao máximo o carro. A Honda não divulgou mais informações sobre o modelo. Prelude terá 32 kgfm de torque Vinicius Montoia/g1 Honda WR-V O WR-V também foi outra novidade importante apresentada pela Honda. O SUV chega para rivalizar com modelos como Volkswagen Tera, Renault Kardian e Hyundai Creta. O g1 já testou o modelo, lançados neste mês. Honda WR-V EXL 2026 Divulgação | Honda O Honda WR-V 2026 chegou ao mercado brasileiro apostando em espaço interno, boa lista de equipamentos e preço competitivo no segmento de SUVs subcompactos. Vendido nas versões EX (R$ 144.900) e EXL (R$ 149.900), o modelo se destaca pelo porta-malas de 458 litros, maior que o de rivais. Suas dimensões também chamam atenção, aproximando-o de SUVs compactos maiores. O WR-V utiliza o motor 1.5 aspirado de 126 cv, combinado ao câmbio automático CVT. O desempenho é apenas suficiente: o SUV leva cerca de 10 segundos para ir de 0 a 100 km/h e exige rotações altas em acelerações e ultrapassagens. O peso maior em relação ao City Hatch — com o qual compartilha a base mecânica — também afeta seu fôlego, fazendo com que funcione melhor na cidade do que na estrada. Honda WR-V reúne ótimo espaço e equipamento para ser o SUV com melhor custo-benefício No conforto, a Honda adotou uma suspensão mais macia para o mercado brasileiro, o que ajuda a filtrar melhor as irregularidades do asfalto. O WR-V inclina um pouco nas curvas, mas mantém boa estabilidade. Por outro lado, o isolamento acústico é um ponto fraco: motor e pneus entram com facilidade na cabine, e o acabamento revela simplicidades, como ausência de portas USB traseiras e uso de lâmpadas halógenas. Em tecnologia e segurança, o modelo se destaca por oferecer o Honda Sensing de série, com frenagem autônoma, alerta e correção de faixa e piloto automático adaptativo — itens ausentes em muitas versões básicas de concorrentes. Mesmo com pontos a melhorar, o WR-V se fortalece pela combinação de bom espaço, equipamentos completos e preço competitivo, atributos valorizados no segmento. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Honda WR-V desafia rivais com mais espaço e preço competitivo; veja o teste Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



$LIBRA: comissão de investigação na Argentina decide que Milei cometeu 'suposta fraude' com criptomoeda


19/11/2025 15:47 - g1.globo.com


Uma comissão de investigação do Congresso argentino concluiu, nesta terça-feira (18), que a promoção da criptomoeda $LIBRA pelo presidente, Javier Milei, poderia constituir fraude. O caso aconteceu em fevereiro deste ano e resultou em prejuízos milionários a investidores. (Saiba mais abaixo) Segundo relatório divulgado pela comissão da Câmara dos Deputados, presidida pela oposição a Milei, os fatos analisados seriam "compatíveis com uma suposta fraude". O documento também atribuiu a Milei e sua irmã, Karina, secretária-geral da Presidência, a "responsabilidade política" pelo caso. O relatório, agora, foi submetido ao Congresso argentino, para que os parlamentares avaliem se Milei cometeu "má conduta no exercício de suas funções". Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Relembre o caso Em meados de fevereiro, Milei fez uma publicação em suas redes sociais para promover uma criptomoeda recém-criada, a $LIBRA. O presidente argentino chegou a se retratar em seguida, mas o estrago já estava feito: a moeda desconhecida subiu de valor e despencou pouco tempo depois, o que causou prejuízos de milhões de dólares a argentinos e estrangeiros. Milei disse que divulgou a criptomoeda, mas que não a promoveu. "Sou um otimista tecnológico fanático e quero que a Argentina se torne um polo de tecnologia", declarou o presidente após o escândalo. "Por querer ajudar um argentino, levei uma bofetada." Dezenas de denúncias foram apresentadas contra Milei e os envolvidos no projeto da criptomoeda, algumas delas nos Estados Unidos. Elas foram centralizadas em uma juíza e em um promotor, responsáveis pela investigação. A comissão parlamentar informou ter encaminhado à Justiça suas conclusões. Além da investigação criminal, o futuro da atuação parlamentar no caso é incerto. A partir de 10 de dezembro, quando os novos legisladores assumem seus cargos, Milei terá um Congresso menos inclinado a dar prosseguimento ao caso. Os deputados não puderam interrogar o presidente nem sua irmã, que não compareceram quando citados. Milei x $LIBRA: entenda como a criptomoeda gerou uma crise política na Argentina O presidente da Argentina, Javier Milei, em foto de maio de 2024 Violeta Santos Moura/Reuters Entenda nesta reportagem: A cronologia da polêmica; Como funciona a suposta fraude; Qual foi a resposta de Milei; O que diz quem está por trás da $LIBRA. Entenda a cronologia da polêmica 1️⃣ Na noite de 14 de fevereiro, o presidente da Argentina fez uma publicação no X promovendo uma nova criptomoeda chamada $LIBRA. Ele afirmou que o ativo seria a base de um projeto para financiar pequenos negócios na Argentina, chamado “Viva la Libertad”, uma referência a seu famoso slogan de campanha. A postagem, que incluía um link para a compra do ativo, foi feita apenas alguns minutos após a criação e lançamento da criptomoeda. "Este projeto privado será dedicado a incentivar o crescimento da economia argentina, financiando pequenos negócios e empreendimentos argentinos. O mundo quer investir na Argentina. $LIBRA", dizia a postagem. Com o apoio do presidente, que conferiu credibilidade estatal ao ativo, a cotação da criptomoeda valorizou rapidamente, passando de US$ 0,25 para US$ 5,54 em questão de minutos. Antes da postagem, o ativo não registrava nenhuma movimentação. 2️⃣ Assim que Milei fez a publicação, a plataforma Solana, em que a $LIBRA foi registrada, começou a mostrar as primeiras compras da criptomoeda. Essa informação foi apurada pelo jornal “La Nación” com a ajuda do engenheiro de dados especializado em criptomoedas, Fernando Molina. O que chama a atenção é que as primeiras compras da $LIBRA foram de valores elevados: uma única compra de mais de US$ 3,5 milhões e outras quatro compras idênticas de US$ 250 mil cada. Ao jornal, o especialista explicou que as transações indicaram um comportamento de robôs, que ativam a compra a partir de um determinado estímulo. A teoria de Molina é que eles foram programados para comprar grandes quantidades de $LIBRA assim que Milei promovesse o investimento. Para que os robôs realizassem essas compras, contudo, os investidores responsáveis por programá-los precisariam ter acesso a uma informação privilegiada: saber que Milei faria a tal publicação. 3️⃣ Menos de uma hora após o post de Milei, o fluxo de investidores era tão grande que a $LIBRA atingiu uma capitalização de US$ 4,5 bilhões. A capitalização de mercado é calculada multiplicando o preço do ativo pela quantidade de unidades em circulação. 4️⃣ A partir daí, os primeiros grandes investidores da criptomoeda passaram a vender enormes quantidades de $LIBRA, fazendo lucros milionários. Poucas horas depois do lançamento, foram feitas duas vendas que se desfizeram de cerca de mais de US$ 7 milhões da criptomoeda. 5️⃣ Com isso, a $LIBRA colapsou, conforme os primeiros investidores, que detinham as maiores quantidades do ativo, embolsaram seus lucros. A cotação da criptomoeda passou dos US$ 5,54 para apenas US$ 0,96. Voltar ao menu. Como funcionou a suposta fraude Especialistas acreditam que a movimentação rápida de compra e venda de $LIBRA, logo após a publicação de Milei, pode ter sido uma fraude. As autoridades argentinas vão investigar essa possibilidade. E por que há suspeita de fraude? ➡️ Suspeita-se que tenha ocorrido um "Rug Pull" (ou "puxada de tapete"). Esse golpe ocorre quando os criadores de uma criptomoeda vendem grandes quantidades do ativo após inflacionar seu valor, deixando os investidores no prejuízo. Nesse caso, o post de Milei teria servido para inflar o fluxo de investimentos no ativo, aumentando seu preço. Assim, o pequeno grupo que criou e investiu primeiro no ativo vende suas participações por um alto valor, obtendo lucros milionários. Voltar ao menu Qual foi a resposta de Milei? Horas após a primeira publicação, Milei apagou seu tweet e postou outro comunicado, retirando seu apoio à criptomoeda. O presidente afirmou que “não estava ciente dos detalhes do projeto” e que, “depois de tomar conhecimento, decidiu não continuar difundindo”. Tweet de Milei após a polêmica Reprodução/X O tweet, claro, não foi suficiente. A oposição ao governo entrou com ações judiciais e pedidos de impeachment contra Milei, acusando-o de formar uma "associação ilícita" que fraudou milhares de pessoas. A juíza federal María Romilda Servini, que liderou o caso, consolidou várias ações contra Milei por crimes de fraude e violação da lei de Ética Pública. O governo, por sua vez, negou ligação com a criação da $LIBRA e tomou duas medidas: Acionou o Gabinete Anticorrupção para investigar possíveis condutas impróprias; e Criou uma Unidade Tarefa de Investigação (UTI), liderada por Karina Milei, irmã do presidente, para analisar o caso e o possível envolvimento do presidente. Em entrevista ao canal argentino TN feita na época, Milei chegou a afirmar que quem investe nesse tipo de investimento “são traders de volatilidade” e negou ter qualquer culpa se alguém perdeu dinheiro. "Se você vai ao cassino e perde dinheiro, qual é a reclamação se você sabe que o cassino tem essas características?", disse. "Aqueles que participaram o fizeram voluntariamente. É um problema entre particulares, porque o Estado não tem nenhum papel aqui". Além dos problemas na Argentina, porém, Milei ainda pode ser investigado nos Estados Unidos pelo FBI. Um documento obtido pelo La Nación mostra que pelo menos uma denúncia foi apresentada ao departamento americano por advogados argentinos do escritório Moyano & Asociados que representam as vítimas da suposta fraude. Voltar ao menu De quem é a $LIBRA e o que o criador diz Um dos responsáveis pelo lançamento da $LIBRA é o empresário americano Hayden Mark Davis, da Kelsen Ventures. Ele afirmou nas redes sociais que estava trabalhando com Milei em projetos de tokenização de ativos na Argentina. Inicialmente, Davis culpou a Kelsen Ventures pelo fracasso da criptomoeda e prometeu reinvestir US$ 100 milhões para dar liquidez à $LIBRA (isto é, facilitar a conversão do ativo em dinheiro real). Ele também culpou Milei pelo colapso da moeda, dizendo que a retirada de seu apoio público prejudicou a credibilidade do projeto. Davis deu entrevistas a canais de personalidades norte-americanas famosas no YouTube, em que expôs mais detalhes do projeto e de um suposto envolvimento do próprio governo argentino. Ele afirmou que estava em contato com a equipe de Milei para o lançamento do projeto e que o plano de valorização da criptomoeda consistia em três etapas: O primeiro tweet de Milei, logo após o lançamento da $LIBRA, promovendo a criptomoeda; Um segundo tweet do presidente argentino com um vídeo também falando sobre o ativo; Várias personalidades influentes também passariam a promover a $LIBRA. Davis disse que, ao perceber que Milei não faria o segundo tweet devido às reações negativas, começou a traçar outros planos para garantir a sustentabilidade da criptomoeda. Ele afirmou que foi mal orientado sobre o que fazer com os US$ 100 milhões de custódia, para assegurar a liquidez do ativo. Segundo Davis, esse dinheiro não é dele, mas sim da Argentina, e foi a própria equipe de Milei que o orientou a não investir o dinheiro em meio ao colapso da criptomoeda. Por fim, Davis afirmou ter medo do que pode acontecer com ele e disse que não quer mais se envolver em projetos políticos com criptomoedas. Voltar ao menu



Defesa do dono do Banco Master, preso pela PF, entra com habeas corpus pedindo que seja solto


19/11/2025 15:22 - g1.globo.com


Operação da Polícia Federal prende banqueiro Daniel Vorcaro do Banco Master Os advogados de defesa do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, preso pela Polícia Federal, entraram nesta quarta-feira (19) com um pedido de habeas corpus pedindo a soltura dele. O recurso foi apresentado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília. A relatora sorteada para apreciar o HC é Solange Salgado da Silva. Vorcaro e mais seis executivos ligados ao banco foram detidos durante a chamada Operação Compliance Zero, da PF. Eles são acusados de fraude em papéis vendidos ao banco BRB, de Brasília. A instituição também é acusada de vender títulos de crédito falsos. A instituição emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões. 🔎 O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa onde você empresta dinheiro para um banco e, em troca, recebe juros sobre o valor investido. Ele funciona com rentabilidade pré-fixada (taxa definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a um indicador como o CDI). A prisão de Vorcaro aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Na terça, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, a negociação de compra foi automaticamente interrompida. Argumentos da defesa No pedido de soltura, a defesa de Vorcaro argumentou que não há necessidade de manutenção da prisão do banqueiro, já que o Banco Master foi liquidado pelo Banco Central (BC). Os advogados informaram que anexaram ao pedido comprovantes de que o dono do Master tinha uma reunião em Dubai com investidores que comprariam a instituição. Eles também destacaram que Daniel Vorcaro está proibido, por decisão da Justiça Federal, de gerir qualquer fundo ou instituição financeira e que as buscas e apreensões em relação a ele já terminaram. A defesa ressaltou que o banqueiro tem esposa e filho no Brasil e, portanto, a justificativa de que ele poderia fugir não se sustentaria. Os advogados afirmaram ainda que o banqueiro apresentou sua rota de voo de Guarulhos para Dubai, na ocasião em que foi detido pelos federais no Aeroporto de Guarulhos. Manutenção da prisão na PF Fachada do Banco Master na Faria Lima e Daniel Vorcaro Amanda Perobelli/Reuters; Reprodução Nesta quarta (19), a Justiça Federal de Brasília também determinou que todos os presos da operação devem permanecer detidos na carceragem da Superintendência da PF no bairro da Lapa, Zona Oeste de São Paulo. O local tem ao menos sete executivos ligados ao Banco Master, incluindo Vorcaro, entre outros envolvidos no esquema de investigado pela PF. Segundo o juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Criminal de Brasília, todos os presos não podem ser transferidos para o sistema prisional estadual, como ocorre geralmente nos dias seguintes às operações federais. LEIA TAMBÉM: Quem é Daniel Vorcaro, dono do Banco Master preso pela PF Daniel Vorcaro detém parte da SAF do Atlético-MG Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? BRB já tentou comprar Antes da proposta da Fictor, o Banco de Brasília (BRB) já havia protagonizado uma tentativa frustrada de adquirir a instituição financeira de Daniel Vorcaro. O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira". A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Cade havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master. Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão



18 fundos previdenciários de estados e municípios têm R$ 1,86 bilhão aplicados no banco Master


19/11/2025 15:06 - g1.globo.com


PF vai apurar relação do banco Master com estados e municípios Informações divulgadas pelo Ministério da Previdência Social mostram que 18 fundos previdenciários estaduais e municipais têm R$ 1,86 bilhão aplicados em letras financeiras do banco Master, alvo de liquidação extrajudicial por parte do Banco Central nesta semana. ➡️Nesse caso, os valores aplicados por fundos previdenciários e por fundos de investimento não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito e os passivos entram na massa de credores da liquidação do banco (entenda mais abaixo). A decisão de liquidação extrajudicial do Master veio um dia após a Fictor Holding apresentar uma proposta de compra da instituição de Daniel Vorcaro — e pouco mais de dois meses depois de o BC ter vetado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Vorcaro também foi preso em operação da Polícia Federal. Também foi decretada a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. Veja a lista dos fundos previdenciários estaduais e municipais com aplicações no banco Master. Estado do Amapá (AP): R$ 400 milhões Estado do Amazonas (AM): R$ 50 milhões Estado do Rio de Janeiro (RJ): R$ 970 milhões Município de Angélica (MS): R$ 2 milhões Município de Aparecida de Goiânia (GO): R$ 40 milhões Município de Araras (SP): R$ 29 milhões Município de Cajamar (SP): R$ 87 milhões Município de Campo Grande (MS): 1,2 milhão Município de Congonhas (MG): R$ 14 milhões Município de Fátima do Sul (MS): R$ 7 milhões Município de Itaguaí (RJ): R$ 59,6 milhões Município de Jateí (MS): R$ 2,5 milhões Município de Maceio (AL): R$ 97 milhões Município de Paulista (PE): R$ 3 milhões Município de Santa Rita D'oeste (SP): R$ 2 milhões Município de Santo Antônio de Posse (SP): R$ 7 milhões Município de São Gabriel do Oeste (MS): R$ 3 milhões Município de São Roque (SP): R$ 93,15 milhões Segundo o Ministério da Previdência, a posição dos dados é fruto de uma uma extração do Sistema de Informações dos Regimes Públicos de Previdência Social (Cadprev) de 1º de novembro deste ano. Esses fundos fizeram essas aplicações entre outubro de 2023 e dezembro de 2024, segundo o governo. De acordo com o balanço do banco Master, a instituição financeira começou a emitir essas letras financeiras em 2023. O Master encerrou 2024 com R$ 2,1 bilhões captados por essas letras financeiras Liquidação extrajudicial e suas consequências Com a liquidação extrajudicial do banco Master, ​foi interrompido o funcionamento da instituição financeira e houve sua retirada do sistema financeiro. "É adotada quando ocorrer situação de insolvência irrecuperável ou quando forem cometidas graves infrações às normas que regulam sua atividade, entre outras hipóteses legais", explica a autoridade monetária. Na liquidação extrajudicial, todas as obrigações da instituição financeira são consideradas vencidas. Nesse caso, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), por exemplo, garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição financeira ou conglomerado, com um limite global de R$ 1 milhão a cada quatro anos. Esse valor cobre depósitos e investimentos como CDBs, LCIs, LCAs, poupança e letras de câmbio, em caso de quebra da instituição. ➡️Mas diferentemente das aplicações das pessoas físicas e das empresas, os valores aplicados por fundos previdenciários e de investimento não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito. Nesse caso, os passivos entram na massa de credores da liquidação do banco, o que significa que o dinheiro só será recuperado se houver recursos suficientes após o pagamento das obrigações prioritárias. O pagamento também depende da capacidade de venda e da liquidez dos ativos, podendo resultar em um pagamento integral, parcial ou parte do saldo ficar a descoberto. Há uma ordem, segundo a regra, para o pagamento dos passivos não garantidos. Veja abaixo: Créditos trabalhistas e honorários advocatícios (até 150 salários-mínimos por credor) e créditos decorrentes de acidentes de trabalho. Créditos com garantia real, até o limite do valor do bem gravado. Créditos tributários, independentemente da natureza e do tempo de constituição (exceto multas tributárias). Créditos quirografários (sem garantia específica). Multas tributárias. Créditos subordinados, incluindo: Aqueles previstos em lei ou contrato. Créditos de sócios e ex-administradores sem vínculo empregatício. Penalidades aplicadas pelo BC ou CVM. Juros vencidos após a decretação da liquidação, se houver ativo suficiente para pagar credores subordinados. Fachada do Banco Master na Faria Lima e Daniel Vorcaro Amanda Perobelli/Reuters; Reprodução Posição do Ministério da Previdência Questionado pelo g1 se houve orientação aos gestores desses fundos por parte do governo, o Ministério da Previdência Social informou que notas técnicas publicadas abordam o dever de verificar o baixo risco de crédito das aplicações e, também, abordando diversos aspectos relativos ao processo decisório de aplicação dos recursos em ativos de renda fixa de emissão de instituições financeiras bancárias. "Dentro das competências do Ministério da Previdência Social relacionadas à supervisão e à fiscalização das normas gerais dos RPPS são efetuadas auditorias nos regimes que aplicam seus recursos e compartilhadas informações a órgãos de fiscalização sobre situações verificadas, considerando as prerrogativas de atuação desses órgãos", informou o Ministério da Previdência.



Como você lida com suas finanças? Faça o teste e descubra!


19/11/2025 15:06 - g1.globo.com


Pesquisa da Serasa revela gatilhos de endividamento dos brasileiros Stock.adobe Você é daquelas pessoas que consegue “respirar” no fim do mês ou se habituou a viver no vermelho em relação às finanças? Uma pesquisa realizada pela Serasa e pelo instituto de pesquisa Opinion Box analisou o cenário do endividamento no Brasil, o perfil dos inadimplentes e quais os principais fatores que influenciam as dívidas dos brasileiros. O desemprego segue como o principal motivo do endividamento, apontado por 19% dos entrevistados. Em seguida, aparecem os gastos emergenciais (18%) e o empréstimo de nome para terceiros (14%). Quando o assunto é cartão de crédito, 50% dos consumidores têm como principal dívida no cartão de crédito as compras em supermercados, enquanto 41% recorrem ao método de pagamento para adquirir produtos como roupas, calçados e eletrodomésticos – gastos que, quando acumulados, podem facilmente comprometer a renda mensal. Atualmente, o país soma mais de 79 milhões de brasileiros com dívidas em atraso, o que reforça a importância de iniciativas como o Feirão Serasa Limpa Nome, realizado em novembro como forma de ampliar as oportunidades de quitação das dívidas com condições facilitadas. São mais de 1.600 empresas para negociar, ofertas de até 99% de descontos e parcelas a partir de R$ 9,90. Entender quem é você nesse contexto vai ajudá-lo a seguir o melhor caminho e fechar o ano com a vida financeira mais organizada. Faça o teste e veja se você tem lidado bem com as contas.



Justiça determina que executivos do Banco Master devem ficar na PF em SP e não podem ser transferidos para presídio estadual


19/11/2025 15:04 - g1.globo.com


Fachada do Banco Master na Faria Lima e Daniel Vorcaro Amanda Perobelli/Reuters; Reprodução A Justiça Federal de Brasília, no Distrito Federal (DF), determinou nesta quarta-feira (19) que todos os presos da chamada Operação Compliance Zero devem permanecer detidos na carceragem da Superintendência da Polícia Federal no bairro da Lapa, Zona Oeste de São Paulo. O local tem ao menos sete executivos ligados ao Banco Master, incluindo o dono do banco, Daniel Vorcaro, entre outros envolvidos no esquema de investigado. Ele foram alvo de uma operação na terça-feira (18) que mira a venda de títulos de crédito falsos. A instituição emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões. 🔎 O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa onde você empresta dinheiro para um banco e, em troca, recebe juros sobre o valor investido. Ele funciona com rentabilidade pré-fixada (taxa definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a um indicador como o CDI). A operação também investiga a venda de títulos de crédito falsos da instituição paro BRB, o banco estatual do governo do Distrito Federal. Segundo o juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Criminal de Brasília, todos os presos não poderão ser transferidos para o sistema prisional estadual, como ocorre geralmente nos dias seguintes às operações federais. Operação da Polícia Federal prende banqueiro Daniel Vorcaro do Banco Master Habeas corpus do banqueiro Nesta quarta (19), os advogados de Daniel Vorcaro entraram no TRF1 do DF um pedido de habeas corpus pedindo a soltura dele. Vorcaro foi preso pela PF no aeroporto de Guarulhos. Segundo investigadores, ele estava tentando fugir do país em um avião particular para Malta, país na Europa. A relatora sorteada para apreciar o pedido é Solange Salgado da Silva. No pedido, a defesa de Vorcaro argumentou que não há necessidade de manutenção da prisão do banqueiro, já que o Banco Master foi liquidado pelo Banco Central (BC). Os advogados informaram que anexaram ao pedido comprovantes de que o dono do Master tinha uma reunião em Dubai com investidores que comprariam a instituição. Eles também destacaram que Daniel Vorcaro está proibido, por decisão da Justiça Federal, de gerir qualquer fundo ou instituição financeira e que as buscas e apreensões em relação a ele já terminaram. A defesa ressaltou que o banqueiro tem esposa e filho no Brasil e, portanto, a justificativa de que ele poderia fugir não se sustentaria. Os advogados afirmaram ainda que o banqueiro apresentou sua rota de voo de Guarulhos para Dubai, na ocasião em que foi detido pelos federais no Aeroporto de Guarulhos. A prisão dele aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Na manhã de terça, no entanto, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. LEIA TAMBÉM: Quem é Daniel Vorcaro, dono do Banco Master preso pela PF Daniel Vorcaro detém parte da SAF do Atlético-MG Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão BRB já tentou comprar Antes da proposta da Fictor, o Banco de Brasília (BRB) já havia protagonizado uma tentativa frustrada de adquirir a instituição financeira de Daniel Vorcaro. O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira". A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Cade havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master.



Feirão Serasa Limpa Nome 2025: mais de 633 milhões de ofertas de negociação de dívidas disponíveis


19/11/2025 14:40 - g1.globo.com


Dívidas chegam a R$ 496 bilhões no Brasil. Adobe Stock Chegou a hora de virar a página e começar um novo ciclo financeiro. Já começou a 34ª edição do Feirão Serasa Limpa Nome, o maior mutirão de negociação de dívidas do país. São mais de 1.600 empresas parceiras, entre bancos, operadoras de telefonia, universidades, comércios, lojas, companhias de energia e muito mais, oferecendo descontos que chegam a até 99% e parcelas a partir de R$9,90. O Feirão é uma oportunidade para quem quer quitar dívidas com segurança, praticidade e condições especiais. Os pagamentos podem ser feitos com boleto ou Pix. Caso o consumidor pague no Pix, ele pode ter o nome limpo no mesmo dia. E caso escolha o parcelamento, pode limpar o nome na primeira parcela. E tudo pode ser feito online, até o dia 30 de novembro, nos canais oficiais da Serasa. Tenda física em São Paulo com ativações e educação financeira Pela primeira vez, o maior mutirão do país oferece também um espaço inteiro voltado para educação financeira com palestras de grandes personalidades, gravações de conteúdo e auxílio financeiro aos consumidores. De terça-feira (25) a sábado (29), a tenda contará com um cronograma recheado de palestras sobre educação financeira com personalidades, como Criolo, Gil do Vigor, Thelma Assis, Bia Souza, Thiago Godoy (Papai Financeiro), entre outros. Ao todo, são mais de 30 horas de conteúdos gratuitos, que abordam assuntos diversos, relacionados ao universo das finanças pessoais. Empresas parceiras da Serasa como Senac, dr. consulta e Gerando Falcões (Projeto Asmara), também oferecem serviços de consultoria financeira, saúde, facilitação na busca por emprego e entre outros. "A ideia da tenda é ampliar nossa missão pela busca da democratização da educação financeira", comenta Aline Maciel, diretora da Serasa. "Realizamos esse trabalho de educação em nossos canais online durante todo ano e, decidimos ampliar para o presencial, no maior mutirão de renegociação de dívidas do Brasil, mostrando que Serasa está aqui para ajudar os brasileiros em todas as etapas da vida financeira". Para acompanhar as palestras de forma presencial e gratuita, o consumidor pode se inscrever pelo link (vagas limitadas). O mutirão acontece no momento em que a inadimplência no Brasil chega a maior marca histórica e, pela primeira vez, ultrapassa os 79 milhões de brasileiros. De acordo com o Mapa da Inadimplência da Serasa, o valor total devido chega a R$ 496 bilhões. “Muitos consumidores ainda enfrentam desafios para equilibrar o orçamento, especialmente diante de um cenário econômico de maior custo de vida”, afirma a diretora da Serasa, Aline Maciel. As maiores pendências se concentram na área de crédito, com bancos e cartões de crédito, com 27,02% das dívidas, e empresas financeiras, com 19,92%. Serviços básicos como energia e água acumulam 21,33% da inadimplência. “O uso do crédito, apontado ainda como principal motivo das dívidas, não deve ser encarado como vilão, já que é uma ferramenta importante para realização de planos e emergências – mas precisa ser utilizado com planejamento. O Feirão é justamente uma oportunidade para reorganizar as contas e voltar a usar o crédito de forma mais saudável e sustentável”, finaliza Aline. Como quitar as dívidas Durante o período do Feirão, as ofertas estão disponíveis em todos os canais oficiais da Serasa, com as mesmas condições e garantias: ● Site oficial da Serasa; ● Aplicativo Serasa, disponível na App Store e Google Play ● WhatsApp oficial, (11) 99575-2096, com atendimento automatizado; ● Telefone 3003-6300, com atendimento humano de segunda a sexta, das 8h às 20h (para capitais e regiões metropolitanas; demais localidades devem usar o DDD da capital mais próxima); ● Atendimento em Libras, por videochamada de segunda a sexta, das 9h às 18h. Também é possível fazer a negociação de forma presencial, pelas formas a seguir: ● Agências dos Correios – com isenção de taxa para para o serviço de negociação de dívidas durante o Feirão. São mais de 7 mil agências parceiras. ● Tenda da Serasa em São Paulo (25 a 29 de novembro de 2025, das 9h às 18h, no Novo Vale do Anhangabaú). Importante: para negociar suas dívidas presencialmente, leve documento oficial com foto (RG, CNH ou carteira de trabalho) e CPF. Com descontos inéditos, parcelamento facilitado e atendimento acessível em diferentes canais, o Feirão Serasa Limpa Nome 2025 é a chance perfeita para retomar o controle das finanças e começar 2026 com o nome limpo. Saiba mais sobre o Feirão Serasa



Salão do Automóvel 2025: GWM traz os luxuosos Tank 700 e Wey G9 ao Brasil; veja detalhes


19/11/2025 13:48 - g1.globo.com


GWM lança a perua de luxo Wey G9 Max A GWM apresentou, nesta quarta-feira (19), no Salão do Automóvel 2025, seus próximos lançamentos para o Brasil: o jipe Tank 700 e a perua Wey G9 Max. Os dois novos modelos chegam em um momento crucial para a marca enfrentar a concorrência: a BYD lançou a divisão Denza, focada em veículos de luxo. A marca também aproveitou para mostrar o novo design da linha Haval H6, anunciado nesta semana. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Tank 700 GWM Tank 700 Fábio Tito/g1 O novo Tank 700 remete bastante ao Tank 300, que o g1 testou neste mês. Ambos mantêm o apelo off-road, mas o novo modelo adota uma carroceria menos quadrada, com linhas mais agressivas e um toque extra de esportividade. O modelo mede 5,09 metros de comprimento e 3 metros de entre-eixos, dimensões que o tornam maior que qualquer outro GWM vendido no Brasil e comparável a SUVs grandes como o BMW X7. Ele supera até o Haval H9. Sob o capô, o GWM Tank 700 traz um conjunto potente: 524 cv em um sistema híbrido plug-in que reúne dois motores elétricos e um V6 3.0 biturbo a combustão. O torque de 81,57 kgfm é entregue de forma imediata graças aos motores elétricos. O Tank 700 pode rodar até 90 km no modo totalmente elétrico. GWM Fabio Tito/g1 Wey G9 Max GWM Wey G9 Max Fábio Tito/g1 A Wey G9 Max é uma van executiva com um conjunto híbrido plug-in menos potente, mas que se destaca pela bateria: são 51 kW, capacidade superior à de alguns modelos totalmente elétricos, como o GWM Ora 03 Skin, que tem 48 kW. Entre os itens de luxo, há geladeira para os passageiros, controles elétricos para todos os assentos e até uma TV retrátil instalada no teto. Além dos dois modelos, a GWM pretende encerrar 2026 com 12 novos veículos e alcançar 10 concessionárias em todo o país. A empresa também ampliou o estoque do centro de distribuição de peças em Cajamar (SP). GWM Wey G9 Max Fabio Tito/g1 Haval H6 GWM Fábio Tito/g1 A GWM renovou o design de toda a linha Haval H6 em um momento importante, após perder a liderança entre os híbridos mais vendidos do Brasil. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os BYD Song (Pro e Plus) emplacaram 30.335 unidades em 2025, enquanto o Haval H6 registrou 25.373 vendas — queda de 16,4% em relação ao concorrente. Toda a linha Haval H6 usa motor 1.5 turbo a combustão combinado a três níveis de eletrificação. A potência e o torque permanecem os mesmos, mas o PHEV35 recebeu uma bateria um pouco maior — de 34 para 35 kWh — o que motivou a mudança de nome de PHEV34 para PHEV35. Veja as novidades na reportagem abaixo. GWM Haval H6 é renovado no Brasil; veja as novidades do SUV GWM reforça nacionalização de peças em Iracemápolis (SP) Além dos dois veículos, a GWM planeja encerrar 2026 com 12 novos modelos e alcançar 150 concessionárias em todo o país. A empresa também ampliou o estoque do centro de distribuição de peças em Cajamar (SP). O objetivo é reduzir o tempo de espera por manutenção, geralmente maior em veículos importados. A fábrica de Iracemápolis (SP) também faz parte desse plano e deverá produzir mais peças nacionalizadas, fornecidas por empresas já instaladas no Brasil. A GWM não revelou quem são esses fornecedores nem detalhou quais peças deixarão de ser importadas. A empresa informou, porém, que criou um centro de desenvolvimento no Brasil, instalado na fábrica do interior paulista e com 15 mil metros quadrados. No local serão desenvolvidos itens como suspensão, freios e outros ajustes específicos para o mercado brasileiro. Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



BRB diz que contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance Zero


19/11/2025 13:14 - g1.globo.com


PF prende presidente do banco Master e justiça afasta presidente do BRB O Banco de Brasília (BRB) informou nesta quarta-feira (19) que seu conselho decidiu, na noite anterior, contratar uma empresa independente para revisar e investigar os pontos levantados pela operação Compliance Zero, da Polícia Federal. A ação levou ao afastamento temporário — por 60 dias, por ordem judicial — do presidente do banco, Paulo Henrique Costa. “O BRB reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado, e que o conselho de administração seguirá acompanhando de forma contínua os desdobramentos dos fatos, mantendo seus acionistas e o mercado devidamente informados”, disse o banco estatal. Na terça-feira (18), a PF prendeu o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e outras pessoas durante a mesma operação, que investiga suspeitas de crimes no sistema financeiro. No mesmo dia, o Banco Central decretou a liquidação do Master. Em setembro, o BC já havia barrado a compra do Master pelo BRB, após meses analisando se o banco teria fôlego para assumir a nova estrutura. Além disso, muito antes de tentar adquirir o Master, o BRB vinha comprando parte das operações de crédito do grupo desde 2024. É justamente essa movimentação que está no centro da investigação feita pela PF. LEIA MAIS Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master SAIBA MAIS: Como ficam correntistas e investidores após a liquidação pelo BC? ENTENDA: O que é FGC e qual seu papel no caso do Banco Master? PASSO A PASSO: Tem investimento no Master? Saiba como reaver seu dinheiro Presidente do BRB é afastado do cargo O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, se manifestou na manhã desta quarta-feira sobre a decisão judicial que culminou no seu afastamento. Em nota enviada à TV Globo, Costa declarou que "aquisições de carteiras são operações tradicionais do mercado financeiro". "Aquisições de carteiras são operações tradicionais do mercado financeiro. No caso do Banco Master, o BRB identificou, no primeiro quadrimestre, divergências documentais em parte das operações, comunicou o fato ao Banco Central do Brasil e promoveu, em sua grande maioria, a substituição dessas carteiras", disse Paulo Henrique Costa. "Após a identificação dessas questões, a atuação do BRB consistiu na com [sic] revisão da documentação, reforço de controles e ajustes de processos, medidas adotadas para mitigar riscos e preservar a instituição", completou. Ainda na terça (18), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), indicou Celso Eloi de Souza Cavalhero para assumir a presidência do BRB. Celso Eloi é servidor da Caixa Econômica Federal e desde 2020 ocupa o cargo de Superintendente Executivo, em Brasília. Ao g1, o novo presidente indicado informou que já está realizando os trâmites para assumir o Banco de Brasília. Investigação atinge o BRB A investigação da Polícia Federal que levou à prisão de Daniel Vorcaro também encontrou indícios de que os dirigentes do Banco de Brasília (BRB) cometeram gestão fraudulenta da instituição. Em uma decisão obtida pela TV Globo, consta que o Ministério Público Federal identificou "indícios de participação consciente dos dirigentes do BRB no suposto esquema fraudulento engendrado pelos gestores do Banco Master". Segundo o documento, o BRB injetou R$ 16,7 bilhões no Master entre 2024 e 2025. Desses, pelo menos R$ 12,2 bilhões envolvem operações em que há fortes indícios de fraude. O que a investigação descobriu O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em certificados de depósito bancário (CDBs) prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Ao comprar um CDB, o cliente empresta o dinheiro ao banco e recebe juros em troca. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte desses R$ 50 bilhões em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB — que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master — e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. O que diz o BRB Em nota na terça-feira, o BRB informou que não está entre os alvos de bloqueio de bens no âmbito da Operação Compliance Zero. Segundo o banco, a Justiça Federal em Brasília corrigiu uma decisão anterior e confirmou que o bloqueio de R$ 12,2 bilhões não se aplica ao BRB. A medida vale apenas para pessoas físicas investigadas e para outras instituições citadas no processo. Na nova decisão, a Justiça afirmou que a eventual responsabilidade de dirigentes do banco não se confunde com a do BRB, que é pessoa jurídica. Leia o comunicado na íntegra O BRB esclarece que não é alvo de bloqueio de bens no âmbito da Operação Compliance Zero. Informações divulgadas por veículos de imprensa afirmaram que a Justiça Federal teria determinado o bloqueio de R$ 12,2 bilhões pertencentes ao Banco de Brasília. No entanto, decisão da 10ª Vara Federal de Brasília, desta data, expressamente retifica despacho anterior para excluir o Banco BRB das medidas de constrição patrimonial. Conforme o texto da decisão: “Retifico a decisão (…) para excluir o Banco Regional de Brasília (…) das medidas de constrição patrimonial referentes ao bloqueio do montante total de R$ 12,2 bilhões de suas contas, uma vez que a eventual responsabilidade de seus dirigentes (pessoas físicas) não se confunde com a da pessoa jurídica, a qual figura como instituição financeira.”. O Banco ressalta que não há qualquer bloqueio de bens ou valores da instituição, sendo as medidas aplicadas exclusivamente a pessoas físicas investigadas e a outras instituições mencionadas nos autos, O BRB reforça seu compromisso com a transparência, a legalidade e o cumprimento rigoroso das normas que regem o sistema financeiro nacional. Entrada do BRB, Banco de Brasília, em 18 de novembro de 2025. Reuters/Mateus Bonomi



Salão do Automóvel 2025: Jaecoo 5 e 8 chegam ao Brasil em 2026; veja como serão os SUVs


19/11/2025 13:06 - g1.globo.com


Jaecoo 8 A Jaecoo apresentou nesta quarta-feira (19), no Salão do Automóvel 2025, seus próximos lançamentos para o Brasil: os SUVs Jaecoo 5 e Jaecoo 8. Entre as novidades, o Jaecoo 5 é o mais simples da linha. No Brasil, será oferecido apenas com motorização híbrida tradicional, com cerca de 200 cv de potência — já considerando o conjunto com o motor 1.5 turbo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Jaecoo 5 Jaecoo 5 divulgação/Jaecoo Com 4,38 metros de comprimento, o SUV se posiciona entre rivais compactos como Jeep Compass, Renault Duster e Honda HR-V. Veja os itens e série do Jaecoo 5. Central multimídia de 13,2 polegadas; Carregador de celular por indução; Teto solar panorâmico; Piloto automático adaptativo; Assistente de permanência em faixa; Freio automático de emergência. Jaecoo 8 Jaecoo 8 Fábio Tito/g1 Já o Jaecoo 8 é maior e comporta até sete ocupantes, mas será vendido no Brasil em versão para seis. Este SUV prioriza luxo e desempenho, além de oferecer acabamento de nível superior. O modelo mede 4,82 metros de comprimento e, no exterior, é oferecido com motor a combustão, embora também conte com a opção híbrida plug-in. No Brasil, o Jaecoo 8 virá com bateria de mais de 30 kWh e entregará cerca de 500 cv por meio de dois motores elétricos combinados a um 1.5 turbo a gasolina. Esse conjunto permite tração integral. A Jaecoo não informou a capacidade total do porta-malas, mas afirmou que, ao rebater a última fileira de assentos, o modelo alcança 738 litros de espaço para bagagens. Jaecoo Fábio Tito/g1 Executivos da Omoda Jaecoo apresentam as novidades no Salão do Automóvel 2025 Fabio Tito/g1 Jaecoo mira expansão no Brasil Durante a apresentação no Salão do Automóvel, a Jaecoo — que pertence ao mesmo grupo da Omoda — afirmou que sua meta para 2026 é figurar entre as 10 marcas que mais vendem carros no país. A marca já comercializa no Brasil o Jaecoo 7, vendido apenas com motorização híbrida plug-in. Ele utiliza a mesma base do Tiggo 7, inclusive o conjunto mecânico. Sob o capô, traz um motor 1.5 turbo combinado a um motor elétrico, somando 339 cv e 52 kgfm de torque. O modelo tem poucos concorrentes diretos no mercado brasileiro, já que se trata de um híbrido plug-in com preço inicial de R$ 229.990. O g1 testou o novo SUV em um autódromo próximo de Campinas (SP) para avaliar seus acertos e limitações, tanto em curvas fechadas, típicas do uso urbano, quanto em velocidades mais altas. Veja o teste abaixo. Impressões do Jaecoo 7: o SUV chinês que promete incomodar os gigantes do segmento Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



Veja momento em que Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, recebe voz de prisão no aeroporto de Guarulhos


19/11/2025 13:01 - g1.globo.com


Operação da Polícia Federal prende banqueiro Daniel Vorcaro do Banco Master Imagens da câmera de segurança interna registraram o momento em que Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, recebeu voz de prisão no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na segunda-feira (17). Segundo a Polícia Federal, o empresário estava tentando fugir do país em um jatinho para Malta, no Mediterrâneo. A defesa dele nega a fuga e afirma que o destino final da viagem era Dubai. Vorcaro foi abordado por um policial à paisana, por volta das 10h, no raio-x do aeroporto, de acordo com as imagens, obtidas pelo Estadão. Ele estava no terminal de avião executivo. O empresário foi alvo de uma operação que mira a venda de títulos de crédito falsos. A instituição emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp 🔎 O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa onde você empresta dinheiro para um banco e, em troca, recebe juros sobre o valor investido. Ele funciona com rentabilidade pré-fixada (taxa definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a um indicador como o CDI). Momento em que Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, recebe voz de prisão no aeroporto de Guarulhos Imagem obtida pelo Estadão No total, a operação Compliance Zero cumpriu todos os sete mandados de prisão, incluindo Angelo Antônio Ribeiro da Silva, um dos sócios do banco, que se apresentou à polícia na capital paulista. Quatro outros diretores do banco também foram presos. Havia ainda 25 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. Após ser preso, Vorcaro foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo. A defesa dele "nega veementemente que ele estivesse fugindo do país. Afirma que o destino final do voo era Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde Vorcaro pretendia se encontrar com parte dos compradores Banco Master". O empresário passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida, mesmo diante dos argumentos da defesa de que Vorcaro está afastado da gestão do banco por ordem judicial e de que teve o passaporte apreendido. A prisão aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Na manhã de terça, no entanto, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). LEIA TAMBÉM: Quem é Daniel Vorcaro, dono do Banco Master preso pela PF Daniel Vorcaro detém parte da SAF do Atlético-MG Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão BRB já tentou comprar Antes da proposta da Fictor, o Banco de Brasília (BRB) já havia protagonizado uma tentativa frustrada de adquirir a instituição financeira de Daniel Vorcaro. O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira". A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Cade havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master.



Salão do Automóvel 2025: Geely produzirá o EX5 no Brasil para brigar com Jeep Compass


19/11/2025 12:35 - g1.globo.com


Geely produzirá o EX5 no Brasil A Geely anunciou nesta quarta-feira (19), durante o Salão do Automóvel de 2025, que iniciará a produção do seu primeiro carro no Brasil: o EX5. A fabricação começa no primeiro semestre do próximo ano, enquanto as vendas estão previstas para o segundo semestre de 2026. Antes disso, o modelo chegará ao país importado, também no primeiro semestre do ano que vem. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp A marca apresentou no Salão o EX5 EM-I, distinto do modelo já vendido no país por R$ 205 mil e que é um utilitário totalmente elétrico. O EX5 EM-I é um híbrido plug-in e, inclusive no visual, apresenta diferenças claras em relação ao elétrico. Na dianteira, por exemplo, o Geely EX5 EM-I adota faróis conectados por uma barra de LED que se estende de ponta a ponta. O elétrico, por sua vez, traz um desenho mais simples, com iluminação em LED menor. (veja no vídeo abaixo) Geely EX5 EM-i será a versão híbrida do EX5 já comercializado no Brasil e chega importado no primeiro semestre do ano que vem Fábio Tito/g1 O EX5 EM-I é construído sobre a arquitetura global GEA, plataforma que estreia no Brasil e promete maior rigidez estrutural, melhor aproveitamento do espaço interno e mais eficiência energética. O modelo integra o plano da marca de ampliar sua linha de veículos eletrificados no país. Além do novo híbrido, a Geely exibe no evento o EX5 elétrico, já anunciado para o Brasil e líder de vendas entre os SUVs C totalmente elétricos na China. Ainda não foram divulgadas as especificações técnicas da novidade da Geely Fábio Tito/g1 Geely EX5 EM-i será o primeiro carro da marca chinesa a ser fabricado no Brasil Fábio Tito/g1 Também está presente o EX2, modelo urbano recém-lançado que se destaca pelo custo-benefício e por itens como câmera de 540°, sistemas ADAS e teto com pintura contrastante, conforme a versão. A marca chinesa, que chegou recentemente ao Brasil em parceria com a Renault, já anunciou um investimento de R$ 3,8 bilhões para modernizar a fábrica da montadora francesa em São José dos Pinhais, no Paraná. O objetivo é produzir veículos elétricos e híbridos para ambas as marcas. Geely EX2, modelo urbano recém-lançado que se destaca pelo custo-benefício Fábio Tito/g1 Geely EX2, modelo urbano recém-lançado que se destaca pelo custo-benefício Fábio Tito/g1 A Geely adquiriu 6,4% da Renault do Brasil, tornando-se acionista minoritária. O grupo é proprietário das marcas Geely Auto, Lynk & Co e Zeekr, e vendeu 2,17 milhões de veículos em 2024, um crescimento de 32% em relação ao ano anterior. A empresa mantém cinco centros globais de P&D e estúdios de design distribuídos pela China e Europa. Geely EX5 tem duas versões à venda no Brasil Fábio Tito/g1 Geely EX5 tem duas versões à venda no Brasil Fábio Tito/g1 Geely EX5 tem duas versões à venda no Brasil A Geely anunciou, em meados de julho, a chegada do EX5, seu primeiro carro totalmente elétrico no Brasil. Trata-se de um SUV com dimensões generosas — 4,6 metros de comprimento e 1,9 metro de largura — que, apesar do porte, chega com preço semelhante ao de modelos menores a combustão. O EX5 chegou ao Brasil em duas versões: Pro (R$ 205,8 mil) e Max (R$ 225,8 mil). No segmento de veículos 100% elétricos, o principal concorrente do EX5 é o BYD Yuan Plus (R$ 235,8 mil). O rival custa R$ 10 mil a mais, oferecendo potência, dimensões e autonomia inferiores. O g1 passou um dia com o Geely EX5 em um trajeto de aproximadamente 200 quilômetros entre São Paulo e Indaiatuba (SP), incluindo uma visita ao autódromo Capuava, para avaliar se o SUV elétrico é melhor ou pior até que concorrentes a combustão de marcas mais famosas. Veja o teste abaixo. Conheça o Geely EX5, o SUV 100% elétrico que chegou ao Brasil Salão do Automóvel 2025 Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX. A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais. Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento. O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo. A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault. O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4x4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem. Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos. Veja todos os detalhes na reportagem abaixo. Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento



Aneel aprova plano para cortar excedente de energia renovável que ameaça sistema elétrico no Brasil


19/11/2025 12:18 - g1.globo.com


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (18), um plano do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para controlar o excedente de energia renovável produzido no país. A medida se concentra nas usinas do tipo III, como pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e usinas a biomassa. Com a decisão, as distribuidoras terão até 20 dias para definir as regras que deverão seguir ao receber comandos do ONS para fazer cortes de geração de energia (entenda mais abaixo). Alckmin defende triplicar energia renovável e dobrar eficiência até 2030 pelo fim da 'dependência de combustíveis fósseis' O debate ocorre no momento em que o Brasil tem produzido muito mais energia renovável do que precisa. Parece ser uma notícia boa, mas, para o sistema elétrico, tem sido um problema. 🔋Essa energia a mais está vindo principalmente dos parques eólicos e solares do Nordeste. O excedente ameaça a segurança do sistema elétrico brasileiro. Quando isso acontece, o ONS pede que usinas sejam desligadas, e isso tem ocorrido diariamente. Os dias 4 de maio e 10 de agosto foram simbólicos para o ONS, pois se identificou que o alto percentual de micro e minigeração distribuída (MMGD) existente no Sistema Interligado Nacional (SIN) poderia levar a uma incapacidade do controle da frequência e da tensão no sistema. Diante desse cenário, o ONS apresentou à Aneel um plano emergencial que prevê corte de geração quando houver risco à segurança operativa. A regra estabelece que, com a antecedência de 7 a 2 dias, o ONS deverá entrar em contato com as distribuidoras para alertá-las sobre a possibilidade de acionamento do plano. "Os agentes de distribuição devem comunicar às usinas Tipo III conectadas em sua área de concessão sobre a possibilidade de restrição de geração", disse a Aneel, em nota. As usinas Tipo III são centrais conectadas às redes das distribuidoras e que, por esse motivo, não são despachadas centralizadamente pelo ONS. De acordo com o plano, o foco inicial de atuação mira as distribuidoras que possuem maior capacidade instalada de usinas Tipo III em suas áreas de concessão: CPFL Paulista; Cemig D; Energisa MT; Copel D; Elektro; Celesc; Equatorial GO; Energisa MS; Coelba; RGE; EDP ES; e Neoenergia PE. Elas representam cerca de 80% da totalidade de capacidade instalada de usinas Tipo III, sem prejuízo da inclusão de outras distribuidoras em uma segunda fase. Também foi determinado que o ONS encaminhe um relatório técnico à Aneel em até 30 dias após cada acionamento do Plano Emergencial, detalhando a situação e os resultados. Parque energia eólica Rio Grande do Norte eólicas torres imagem aérea cima RN Sandro Menezes/governo do RN



Dólar sobe e fecha em R$ 5,33, de olho em ata do Fed; bolsa cai


19/11/2025 12:00 - g1.globo.com


Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar fechou em alta de 0,38% nesta quarta-feira (19), cotado a R$ 5,3380. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em queda de 0,73%, aos 155.351 pontos. Nesta véspera de feriado do Dia de Consciência Negra aqui no Brasil, investidores concentraram as atenções nos Estados Unidos, com foco na ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central do país). Outros indicadores no mercado brasileiro e norte-americano também ficaram no radar. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ O principal destaque da sessão ficou com a ata da última reunião do Fed. O documento indicou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) estava dividido quando decidiu reduzir a taxa básica de juros dos EUA, indicando que ainda há muita incerteza para o encontro dos dirigentes da instituição em dezembro. (Entenda mais abaixo) ▶️ O mercado também aguarda pela divulgação do relatório oficial de empregos (payroll), que será divulgado amanhã. O dado mostra quantas vagas foram criadas no mês e é um dos termômetros mais fortes para entender se a economia americana está aquecida ou perdendo ritmo. 🔎 Será o primeiro indicador publicado após o fim da paralisação parcial do governo americano (shutdown), que havia interrompido a divulgação de estatísticas. ▶️ No Brasil, a agenda começou com a divulgação do ICOMEX da FGV, indicador de comércio exterior referente a outubro. Depois, o Banco Central divulgou o fluxo cambial da semana encerrada em 14 de novembro, que totalizou movimento negativo de US$ 3,004 bilhões. Esse indicador mostra quanto dinheiro entrou e saiu do país em dólares ao longo do período — tanto em operações de comércio exterior quanto em investimentos. ▶️ Ontem, investidores acompanharam a notícia da prisão dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, por suspeita de fraude de R$ 12 bilhões. O BC determinou a liquidação extrajudicial da instituição, suspendendo suas operações. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: +0,78%; Acumulado do mês: -0,78%; Acumulado do ano: -13,62%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -1,49%; Acumulado do mês: +3,91%; Acumulado do ano: +29,19%. Agenda econômica Indicador de Comércio Exterior (ICOMEX) A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 7 bilhões em outubro, alta de US$ 2,9 bilhões em relação ao mesmo mês de 2024. Os dados fazem parte do relatório do Indicador de Comércio Exterior (ICOMEX), divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). As exportações cresceram 9,1%, enquanto as importações caíram 0,8%. No acumulado do ano até outubro, o saldo é de US$ 52,4 bilhões, mas isso representa queda de US$ 10,4 bilhões frente ao mesmo período do ano passado. Nesse intervalo, as exportações subiram 1,9% e as importações avançaram 7,1%. Em termos de volume, as exportações aumentaram 11,3% em outubro, enquanto as importações recuaram 2,5%. No acumulado, os volumes cresceram 4,3% e 8%, respectivamente. A queda nos preços exportados foi maior que a das importações, com alta de preços nas compras externas de 1,9% no mês. A redução do saldo total está ligada à menor diferença com a China, que caiu de US$ 30,4 bilhões para US$ 24,9 bilhões, e ao aumento do déficit com os EUA, que passou de US$ 1,4 bilhão para US$ 6,8 bilhões. Já a Argentina saiu de déficit de US$ 4,7 bilhões para superávit de US$ 5,1 bilhões, mas isso não compensou as perdas com China e EUA. Entre os produtos, petróleo, minério de ferro e soja lideraram as exportações, com altas de 9%, 29,5% e 42,7% em valor. As commodities cresceram 13,5% em volume no mês, enquanto as não commodities avançaram 6,3%. A indústria extrativa foi destaque, com alta de 21,1% em outubro. Fluxo cambial O BC informou nesta quarta-feira que o Brasil registrou saída líquida de dólares em novembro até o dia 14, totalizando um fluxo cambial negativo de US$ 3,004 bilhões. Esse movimento considera todas as operações de câmbio contratadas no período. O fluxo cambial é dividido em dois canais: financeiro e comercial. Pelo canal financeiro — que inclui investimentos estrangeiros, remessas de lucros, pagamento de juros e operações de câmbio para aplicações — houve saída líquida de US$ 2,536 bilhões. Já pelo canal comercial, que envolve exportações e importações, o saldo foi negativo em US$ 468 milhões. Na semana de 10 a 14 de novembro, o fluxo total também foi negativo, somando US$ 1,219 bilhão. No acumulado do ano até 14 de novembro, o Brasil registra um déficit de US$ 15,688 bilhões, resultado de mais saídas do que entradas de dólares no país. Ata do Fed A ata da última reunião do Federal Reserve, o banco central americano, divulgada nesta quarta-feira (19), mostrou que os dirigentes da instituição estavam divididos quando decidiram reduzir os juros norte-americanos. Isso porque, apesar de muitos participantes terem se mostrado favoráveis à redução de juros nos EUA, vários outros se opuseram ao corte, expressando preocupação com a inflação norte-americana — que segue acima da meta de 2% estipulada pelo Fed. "A maioria dos participantes destacou que [...] novas reduções nas taxas de juros podem aumentar o risco de que a inflação mais alta se consolide ou podem ser mal interpretadas como implicando uma falta de comprometimento de formuladores de política monetária com a meta de inflação de 2%", indicou o documento. O encontro ocorreu em um cenário atípico: falta de dados oficiais devido à paralisação do governo, sinais econômicos contraditórios e uma transição de liderança nos últimos meses do mandato do presidente do Fed, Jerome Powell. Na reunião, houve discordâncias sobre o ritmo da política monetária. Por 10 votos a 2, o Fed decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00%. Powell reconheceu que havia “pontos de vista fortemente diferentes” e afirmou que “há um consenso crescente de que talvez devêssemos esperar pelo menos um ciclo” antes de novos cortes. A falta de dados oficiais antes do encontro obrigou as autoridades a usar informações alternativas, o que aumentou a cautela. Embora os dados do governo tenham voltado a ser divulgados, ainda não há clareza sobre quais estarão disponíveis para a próxima reunião, marcada para 9 e 10 de dezembro. O relatório de emprego de setembro, por exemplo, só será publicado amanhã (20). O debate no Fed gira em torno dos riscos para inflação e mercado de trabalho. Novos dados podem mudar essa avaliação, mas, por enquanto, os investidores veem cerca de 50% de chance de outro corte nos juros no próximo mês. A ata será divulgada às 16h (horário de Brasília). Bolsas globais Nos EUA, os principais índices de Wall Street encerraram em alta nesta quarta-feira (19), conforme investidores aguardavam a divulgação do balanço da Nvidia, que devem ser divulgados ainda hoje. Os resultados são vistos como um teste para a valorização das ações ligadas à inteligência artificial. Inclusive, o desempenho pode definir se o movimento de alta do setor continua ou perde força. O Dow Jones subiu 0,10%, para 46.138,77 pontos. O S&P 500 teve alta de 0,38%, a 6.642,19, enquanto o Nasdaq avançou 0,59%, para 22.564,23 pontos. Já as bolsas europeias fecharam de forma mista, também à espera do balanço da Nvidia, que influencia o sentimento global sobre tecnologia. Também ficou no radar dos investidores europeus a inflação do Reino Unido, que caiu para 3,6% em outubro, reforçando expectativas de corte nos juros pelo Banco da Inglaterra antes do Natal. No fechamento, o índice STOXX 600 caiu 0,03%. Entre os principais mercados, Londres (FTSE 100) recuou 0,47%, Frankfurt (DAX) subiu 0,16%, enquanto Paris (CAC 40) registrou queda de 0,18%. Enquanto isso, os mercados asiáticos fecharam com resultados mistos. As ações em Hong Kong caíram pelo quarto dia seguido, pressionadas por tensões diplomáticas entre China e Japão e pelo clima de cautela após quedas em Wall Street. Além disso, comentários da primeira-ministra japonesa sobre Taiwan aumentaram as preocupações geopolíticas, o que pode afetar a economia chinesa. Em Tóquio, o Nikkei caiu 0,3%, a 43.537 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,38%, enquanto Xangai subiu 0,18% e o CSI300 avançou 0,44%. Seul e Taiwan tiveram quedas de 0,61% e 0,66%, respectivamente, enquanto Cingapura registrou leve alta de 0,09%. Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025. Tatan Syuflana/ AP



Congresso retoma parte da MP do IOF, com alívio de R$ 25 bilhões nas contas do governo


19/11/2025 11:46 - g1.globo.com

O Senado aprovou na noite desta terça-feira (18) um projeto que permite ao contribuinte atualizar o valor do imóvel ou veículo que tem no Imposto de Renda (IR) ou até regularizar a situação de bens que ainda não foram declarados. O texto, que seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), retomou medidas fiscais de uma proposta que perdeu a validade, a medida provisória (MP) que contornaria uma eventual alta no Imposto de Operações Financeiras (IOF). A equipe econômica negociou, então, com o Congresso incluir neste projeto essa recomposição no Orçamento federal, que significará R$ 25 bilhões até o fim de 2026, de acordo com o relator no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM). Congresso pode votar corte de gastos; Haddad comenta Entre os pontos que permitem este "resgate" estão: limite de 30 dias do auxílio-doença, concedido por perícia documental, para "racionalizar" os benefícios concedidos pelo sistema Atestmed do INSS; inclusão do Programa Pé-de-Meia no piso constitucional; limitação de compensações tributárias e previdenciárias; mudanças no seguro-defeso, benefício que o INSS paga a pessoas que dependem exclusivamente da pesca de pequeno porte. "Este texto foi fruto do entendimento entre senadores e o governo federal. Eram justamente matérias que foram estabelecidas na 1303 que iam ao encontro do que senadores e senadoras, deputados e deputadas, falam todas as semanas no Congresso Nacional, que é equilíbrio fiscal, ajuste das contas públicas do Estado brasileiro, combate às ilegalidades, combate às fraudes", comemorou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), após a aprovação. A proposta cria o Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp). Segundo o texto, a alíquota será de 4% sobre a diferença entre o valor de mercado e o valor declarado, para pessoas físicas. Hoje, as alíquotas deste tributo variam entre 15% a 22,5%, de acordo com o relator. "O valor atualizado passa a funcionar como o novo custo de aquisição em transações futuras. O projeto visa corrigir uma distorção do sistema fiscal, que tributa a inflação acumulada e a mera reposição do poder de compra da moeda. Essa correção é central para o cálculo do ganho de capital tributável e para a conformidade tributária", explicou a assessoria de Eduardo Braga. Para empresas com bens lícitos, não declarados no país ou no exterior, as alíquotas serão de 4,8% de IR e 3,2% de CSLL sobre a diferença do valor.



Motiva vende 20 aeroportos para empresa mexicana por R$11,5 bilhões


19/11/2025 11:24 - g1.globo.com


A Motiva (ex-CCR) anunciou nesta terça-feira (18) a venda de sua operação aeroportuária na América Latina para a Asur, grupo mexicano que administra o Aeroporto de Cancún. O negócio avalia os ativos em R$ 11,5 bilhões, valor que inclui R$ 6,5 bilhões em dívidas associadas aos aeroportos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A empresa informou que espera concluir a transação em 2026, após análises do poder concedente e dos órgãos de defesa da concorrência. Até lá, continuará operando todos os terminais, mantendo funcionários, contratos e investimentos previstos. Segundo a Motiva, a venda ocorre após um processo competitivo que atraiu 20 grupos internacionais. O objetivo é reduzir a alavancagem — termo usado para indicar quando uma empresa opera com mais dívidas do que recursos próprios. A companhia calcula que sua alavancagem consolidada cairá de 3,5 vezes para menos de 3 vezes, abrindo espaço financeiro para investir em concessões de rodovias e transporte sobre trilhos, áreas onde deve concentrar seus negócios daqui em diante. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Outro indicador citado na negociação é o EV/EBITDA — que relaciona o valor total de um ativo (incluindo dívidas) com seu lucro operacional. O múltiplo aplicado foi de 8,8 vezes, considerado acima do nível negociado atualmente pela Motiva. Aeroportos incluídos na venda Dos 20 aeroportos vendidos, 17 ficam no Brasil e 3 no exterior. No país, a Motiva administra terminais em: Paraná: São José dos Pinhais (Curitiba), Bacacheri, Foz do Iguaçu, Londrina; Minas Gerais: Belo Horizonte (Confins), Pampulha; Goiás: Goiânia; Rio Grande do Sul: Pelotas, Bagé, Uruguaiana; Santa Catarina: Navegantes, Joinville; Maranhão: São Luís, Imperatriz; Piauí: Teresina; Tocantins: Palmas; Pernambuco: Petrolina. Os três aeroportos internacionais pertencem às operações de Curaçao, Costa Rica e Equador. A Motiva afirma que o desinvestimento faz parte de uma estratégia anunciada ao mercado desde 2024, com o objetivo de simplificar o portfólio e priorizar segmentos em que já atua como líder. A Asur, nova controladora dos ativos, opera atualmente nove aeroportos no México. *Com informações da agência de notícias Reuters Aeroporto de Navegantes (SC) Luiz Souza/NSC TV



Cinco municípios de SP investiram R$ 218 milhões no Banco Master com dinheiro de previdência


19/11/2025 11:24 - g1.globo.com


BC decreta liquidação extrajudicial do Banco Master Cinco municípios de São Paulo investiram R$ 218 milhões com dinheiro da previdência de servidores no Banco Master, alvo de uma operação da Polícia Federal na terça-feira (17). O dono da instituição, Daniel Vorcaro, foi preso no aeroporto de Guarulhos quando tentava fugir do país em um avião particular para a Europa. No mesmo dia da operação, a instituição teve a liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central. Meses antes, em abril deste ano, a Procuradoria do Ministério Público de Contas de São Paulo (MPC-SP) já tinha manifestado preocupação junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) com os vultosos investimentos feitos por institutos de previdência no banco e o risco de perda de patrimônio no caso de possível decretação de falência do banco. Segundo a apuração do MPC-SP, os institutos de previdência de Cajamar, Araras, Santa Rita d’Oeste, Santo Antônio de Posse e São Roque investiram cerca de R$ 218 milhões em títulos de renda fixa do Master, a maior parte dessas aplicações feita em 2024. Do montante total, foram investidos: R$ 87 milhões pelo o Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cajamar; R$ 29 milhões pelo Serviço de Previdência Social do Município de Araras; R$ 2 milhões pelo Instituto de Previdência Municipal de Santa Rita d’Oeste; R$ 7 milhões pelo Instituto de Previdência Municipal de Santo Antônio de Posse; R$ 93,150 milhões pelo Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de São Roque. A reportagem pediu posicionamento à Prefeitura de Cajamar, ao Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cajamar e ao TCE-SP, mas não havia obtido resposta até a última atualização deste texto. Em nota, o instituto de Santo Antônio de Posse afirmou que não é possível "antecipar impactos financeiros" neste momento e que aguarda informações sobre "eventuais recuperações de valores". O São Roque-Prev informou que a compra foi realizada seguindo os ritos legais e técnicos e que acompanha o cenário econômico para adotar medidas a fim de resguardar os servidores municipais. O instituto de Araras afirmou que "aguarda as orientações e procedimentos que serão definidos pela massa liquidante nomeada pelo Banco Central". Operação Daniel Vorcaro foi alvo de uma operação que mira a venda de títulos de crédito falsos. A instituição emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões. 🔎 O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa onde você empresta dinheiro para um banco e, em troca, recebe juros sobre o valor investido. Ele funciona com rentabilidade pré-fixada (taxa definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a um indicador como o CDI). No total, a operação Compliance Zero cumpriu seis dos sete mandados de prisão. Quatro outros diretores do banco também foram presos. Havia ainda 25 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. Após ser preso, Vorcaro foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo. A defesa dele nega que ele estivesse fugindo do país. O empresário passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida, mesmo diante dos argumentos da defesa de que Vorcaro está afastado da gestão do banco por ordem judicial e de que teve o passaporte apreendido. A prisão aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). Na manhã de terça, no entanto, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). LEIA TAMBÉM: Quem é Daniel Vorcaro, dono do Banco Master preso pela PF Daniel Vorcaro detém parte da SAF do Atlético-MG Liquidação do Banco Master: como ficam correntistas e investidores? PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução A PF tinha uma operação prevista para esta terça, mas a prisão de Vorcaro foi antecipada diante da possibilidade de fuga dele. Segundo investigadores, Vorcaro estava no banco na segunda-feira à tarde. Depois que saiu o comunicado da venda, ele pegou um helicóptero e foi para o aeroporto de Guarulhos. Ele seguiu direto do terminal da aviação executiva para pegar um avião particular com destino a Malta. Para a PF, não há dúvidas de que ele estava em fuga - não porque soubesse da operação desta terça, mas porque queria estar longe depois que a notícia da venda do Master fosse tornada pública. O objetivo é combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional. As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada. São investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros. Além de presidente do Banco Master, diretores são alvo de mandados de prisão BRB já tentou comprar Antes da proposta da Fictor, o Banco de Brasília (BRB) já havia protagonizado uma tentativa frustrada de adquirir a instituição financeira de Daniel Vorcaro. O BRB e o Master haviam anunciado a operação em março, mas o negócio foi barrado cinco meses depois pela diretoria colegiada do Banco Central — instância máxima do BC, composta pelo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e mais oito diretores. Segundo a decisão, divulgada em setembro, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os requisitos necessários, indicando a ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira". A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Cade havia dado o aval à operação em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra – proposta e sancionada em tempo recorde pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, defensor da transação. Anunciado em março, o acordo entre os bancos previa que o BRB, uma sociedade de capital e controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse: 49% das ações ordinárias 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master.



Piscina cinematográfica, suíte para pets, cinema de shopping: veja o que há de luxo em mansões milionárias à venda no Brasil; VÍDEO


19/11/2025 08:30 - g1.globo.com


Veja o que há de luxo em mansões milionárias à venda no Brasil Há oito anos, a corretora de imóveis Monica Poplavsky decidiu apostar no mercado de imóveis de luxo. Hoje, acumula cerca de 400 mil seguidores em uma rede social, onde mostra detalhes das mansões que comercializa para empresários e artistas. "Tem o cliente influencer que já começa a divulgar que está comprando uma casa antes de comprar. Aí ele compra e divulga na mídia que comprou. E tem também os empresários que não fazem questão nenhuma de mostrar que compraram, que a gente fala que é 'luxo silencioso'", diz Mônica. O Profissão Repórter revelou luxos e particularidades de algumas das casas à venda. Veja no vídeo acima. Casa ostentação A equipe acompanhou Mônica em uma open house — evento que reúne corretores para conhecer imóveis — em uma casa avaliada em R$ 11 milhões. No imóvel, não faltam cenários para quem quer ostentar: piscina cinematográfica, cinema com estrutura de shopping, lavabo inspirado em videogame clássico e até uma suíte exclusiva para pets, equipada com área de banho, secagem e closet. “É uma casa que ostenta”, resume Mônica. “Quanto mais ambientes diferentes ela tiver, mais cenários a pessoa consegue criar — inclusive para usar o imóvel comercialmente”, explica. Mansão avaliada em R$ 11 milhões tem suíte exclusiva para pets, equipada com área de banho, secagem e closet Reprodução/TV Globo Mansões e carros de milhões: o fascínio brasileiro pelo universo do luxo Imóvel de R$ 78 milhões No condomínio mais luxuoso de São Paulo, um terreno vazio de mil metros quadrados pode custar R$ 20 milhões. É lá que Monica negocia uma casa avaliada em R$ 78 milhões, revestida com mármore Navona importado da Itália, spa com sauna, lareira, escada escultural e seis suítes. A suíte principal tem cerca de 200 m², com dois closets e banheiros unidos por uma banheira. “Quando a gente fala desse mercado de alto luxo, esse padrão de residência, nós estamos falando de um público que é internacional, ele vive o mundo e tudo que o mundo oferece. Tudo que existe no mundo de mais atualizado, novidade, instalações, materiais”, afirma a arquiteta Viviam Serpentini. Casa avaliada em R$ 78 milhões é revestida com mármore Navona importado da Itália Reprodução/TV Globo Em outra casa visitada, mais um item que reforça o luxo: um elevador particular. “Você precisa pagar uma manutenção mensal, tem que estar sempre em dia. E instalar um elevador hoje custa em torno de R$ 100 mil”, explica Mônica. O imóvel também conta com um armário expositor no closet — uma tendência nos imóveis de alto padrão, segundo Mônica. “Você expõe bolsas e sapatos. Antes isso não existia, é uma novidade. E ele tem que ficar bem na frente, porque a ideia é justamente expor”, diz. Expositor no closet é uma tendência nos imóveis de alto padrão Reprodução/TV Globo Imersão no luxo Para Monica, vender luxo exige estratégia: “Não dá para vender o luxo sem fazer uma imersão no luxo. O corretor precisa viver esse universo.” Nas redes, ela aposta em vídeos informais, muitas vezes gravados com o filho, para mostrar o glamour. "O cliente de milhões já tem uma casa boa, por que ele vai comprar outra? Eu tenho que encantar ele", afirma. Mônica faz sucesso nas redes mostrando casas de luxo que vende Reprodução/TV Globo Da TV para o mercado imobiliário de luxo Antes de se tornar corretora, Mônica trabalhou na televisão como assistente de palco no "Programa Silvio Santos", nos anos 80 e 90. Ela diz que a experiência na TV ajuda no trabalho atual. “Trabalhei 11 anos com o Silvio. Eu trago muita coisa dele”, conta. Mônica trabalhou na televisão como assistente de palco no Programa Silvio Santos, nos anos 80 e 90 Reprodução/TV Globo Ela afirma que não imaginava alcançar o patamar onde está hoje na corretagem. E se prepara para vender um imóvel avaliado em R$ 80 milhões. A casa tem uma garagem com espaço para 25 carros. “Eu não tinha ambição de chegar em uma casa assim, mas cheguei — e tomara que fique. Tem um ditado que diz que, depois que a gente entra na montanha-russa, não quer mais brincar de carrossel.” Monica mostra garagem com espaço para 25 carros Reprodução/TV Globo Veja a íntegra do programa no vídeo abaixo: Edição de 18/11/2025 Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter:



Concurso do IBGE com mais de 9 mil vagas tem edital publicado; veja detalhes


19/11/2025 06:06 - g1.globo.com


IBGE abrirá concurso com 9.580 vagas; edital sai em novembro e provas serão em 2026 O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, nesta quarta-feira (19), o edital com as regras de seu novo concurso público que vai preencher 9.590 vagas temporárias de nível médio. Os detalhes das vagas foram divulgados no Diário Oficial da União desta quarta-feira (19). ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp O prazo para inscrição é das 16h do dia 19 de novembro até às 23h59 do dia 11 de dezembro. A taxa de inscrição é de R$ 38,50. As provas serão aplicadas em 22 de fevereiro de 2026. As oportunidades são para os cargos de Agente de Pesquisas e Mapeamento e de Supervisor de Coleta e Qualidade. As provas devem ser aplicadas no começo de 2026, e o resultado final será divulgado entre março e abril do mesmo ano (veja cronograma completo abaixo). Segundo o documento, os aprovados serão contratados para a "realização de pesquisas de natureza estatística efetuadas pelo IBGE em todo o território nacional". O instituto ainda destaca que o processo seletivo de temporários é o "maior" da história. As oportunidades estão divididas da seguinte forma: Agente de Pesquisas e Mapeamento Função: Coleta de informações; Remuneração: R$ 2.676,24 Vagas de ampla concorrência: 5.512; Vagas destinadas a pessoas declaradas pretas ou pardas: 2.120; Vagas destinadas a pessoas indígenas: 254; Vagas destinadas aos quilombolas: 170; Vagas destinadas a pessoas com deficiência: 424; Total de Vagas: 8.480. Supervisor de Coleta e Qualidade Função: Supervisão de Coleta e Qualidade; Remuneração: R$ 3.379,00 Vagas de ampla concorrência: 715; Vagas destinadas a pessoas declaradas pretas ou pardas: 275; Vagas destinadas a pessoas indígenas: 33; Vagas destinadas aos quilombolas: 22; Vagas destinadas a pessoas com deficiência: 55; Total de Vagas: 1.110. As inscrições devem ser realizadas através do site da banca organizadora, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Veja os vídeos que estão em alta no g1 O prazo de duração dos contratos será de um ano, prorrogável para até no máximo três anos. O recrutamento vai acontecer por meio de um Processo Seletivo Simplificado (PSS), que será amplamente divulgado. O último concurso do IBGE foi em 2023, quando o governo federal autorizou o instituto a realizar concurso para contratar 8.141 funcionários temporários para a elaboração de pesquisas. Além disso, no ano passado o IBGE também ofertou 895 oportunidades no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Governo autoriza IBGE a contratar 9,5 mil profissionais para pesquisas estatísticas Tânia Rêgo/Agência Brasil Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso?



Dia da Consciência Negra: veja as regras para quem trabalha em 20 de novembro


19/11/2025 03:01 - g1.globo.com


Dia da Consciência Negra é feriado ou ponto facultativo? Veja regras trabalhistas Na próxima quinta-feira (20) é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra, data que marca a morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares. O feriado nacional pode gerar uma “emenda” para alguns trabalhadores. (Entenda mais abaixo) Desde 2023, o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, é feriado nacional. A mudança foi aprovada pelo Congresso e sancionada em dezembro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Em 2024, pela primeira vez, todos os 26 estados, os 5.570 municípios brasileiros e o Distrito Federal celebraram o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Antes, o dia era reconhecido como feriado em seis estados e aproximadamente 1,2 mil cidades. Ou seja: a folga dependia de lei municipal ou estadual. Apesar ser um feriado nacional, não é todo mundo que acaba sendo beneficiado. A legislação trabalhista autoriza o funcionamento das atividades em setores que são classificados como essenciais. (Veja quais abaixo) ⚠️ Mas atenção: quem for escalado para trabalhar na data tem direitos assegurados, como a remuneração em dobro ou um dia de folga compensatória. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O g1 conversou com advogados especialistas em direito trabalhista para te ajudar a entender mais sobre o assunto. Abaixo, você vai descobrir: 🤔 Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? ⚖️ Quais são os meus direitos? 💰 Remuneração em dobro ou folga? Quem define? ❌ Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? ➡️ Quem pode emendar o feriado? ⚠️ As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? ✍🏼 Como funciona no caso do trabalhador intermitente? 📆 Quais são os próximos feriados de 2025? 1. Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado? Sim. Apesar do artigo 70 da CLT proibir atividades profissionais durante feriados nacionais, a legislação abre exceções para serviços considerados essenciais, como setores de indústria, comércio, transportes, comunicações, serviços funerários, atividades ligadas à segurança, entre outros. Além disso, o empregador pode solicitar que o funcionário trabalhe durante o feriado quando houver uma Convenção Coletiva de Trabalho, que é um acordo antecipado feito entre empregadores e sindicatos. 2. Quais são os meus direitos? Para quem é obrigado a trabalhar no feriado, a legislação garante o pagamento da remuneração em dobro ou compensação com folga em outro dia. " Havendo banco de horas também poderão ser lançadas estas horas de trabalho, nos termos do acordo individual ou coletivo", explica Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista e sócia do A. C Burlamaqui Consultores. Em 2024, pela primeira vez, o Dia da Consciência Negra foi celebrado como feriado nacional em todo o país. Frederico Dávila/TV Globo 3. Remuneração em dobro ou folga? Quem define? A definição do tipo de compensação (seja através do pagamento em dobro ou concessão de folga compensatória) geralmente é determinada durante o acordo que feito entre empregador e sindicato. Na ausência da Convenção Coletiva de Trabalho, a decisão pode ser negociada entre empregador e funcionário. No entanto, é importante que as duas partes estejam de acordo e que a compensação escolhida esteja em conformidade com a legislação. "O empregador não pode decidir de forma unilateral. Se houver um acordo ou convenção coletiva prevendo a compensação por folga, essa regra prevalece; caso não exista, o pagamento em dobro pelo trabalho no feriado é obrigatório", afirma Elisa Alonso, advogada trabalhista e sócia do RCA Advogados. 4. Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa? Depende. A falta pode ser entendida como insubordinação, que é a desobediência a um superior. "Mas a dispensa por justa causa, em geral, não decorre de um fato isolado, mas de um comportamento faltoso de forma reiterada", afirma Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista. Com isso, a demissão por justa causa geralmente segue um processo que deve incluir uma soma de advertências escritas e tentativas de correção de comportamento. Em caso de expediente normal, o empregado poderá sofrer outras penalidades administrativas como o desconto do dia não trabalhado, que será considerado falta injustificada. "A falta injustificada deve ser repreendida, no entanto, para fins de justa causa necessário que outros sejam analisados, como a recorrência da conduta, o impacto causado à empresa e a função desempenhada pelo empregado, por exemplo", completa a advogada trabalhista Elisa Alonso. 5. Quem pode emendar o feriado? Por cair em uma quinta-feira, o Dia Nacional da Consciência Negra vai permitir que muitos trabalhadores "emendem" o feriado com o fim de semana, tirando quatro dias seguidos de folga. Apesar disso, é importante destacar que a sexta-feira (21) não é feriado e, sim, um dia de trabalho regular. Assim, essa possibilidade de "emenda" não é uma realidade de todos os trabalhadores: depende das políticas de cada empresa, no caso de funcionários de instituições privadas, e de decisões dos governos municipais, estaduais ou federal, para os servidores públicos. Veja: 🏢 EMPRESAS PRIVADAS - "Não há, na legislação trabalhista vigente, obrigatoriedade do empregador em conceder a 'emenda de feriado' aos seus empregados", afirma a advogada trabalhista Vanessa Carvalho. "Entretanto, é possível e bastante comum que este tema seja objeto de negociação entre as partes, empregadores e empregados", continua a especialista, que é sócia do escritório Miguel Neto Advogados. Uma opção para o empregador é pedir uma compensação do dia da emenda em gestão de banco de horas, um sábado ou com até duas horas a mais nos dias de semana. Já algumas empresas concedem folga na emenda do feriado de forma espontânea. Nestes casos, não são permitidos descontos do dia não trabalhado, e nem exigir sua compensação. 🏛️ FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS - Para os servidores federais, sexta-feira (21) não será ponto facultativo, de acordo com o calendário divulgado pelo governo no fim do ano passado. Para funcionários municipais e estaduais, a adoção do feriado depende de decisão de cada governo local. Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura determinou a suspensão do expediente dos servidores públicos, que deverão compensar posteriormente as horas não trabalhadas. Nesses dias, a administração pública da capital pode instituir plantões, caso necessário. Vale lembrar que os serviços essenciais continuam funcionando normalmente, sem alteração na jornada de trabalho. 6. As regras são diferentes para empregado fixo e temporário? As regras básicas sobre trabalho em feriados aplicam-se tanto a empregados fixos quanto temporários, incluindo o direito ao pagamento em dobro ou folga compensatória. No entanto, contratados por meio de vínculo de trabalho temporário podem ter pré-condições específicas. 7. Como funciona no caso do trabalhador intermitente? Para o trabalhador que é contratado em regime de trabalho intermitente (previsão legal inserida na CLT pela Reforma Trabalhista de 2017), o pagamento em feriados deve ser acordado no momento da admissão. O contrato deve especificar o valor da hora de trabalho, que já deve considerar os adicionais devidos por trabalho em feriados ou horas extras. Dessa forma, o trabalhador intermitente receberá o valor que foi combinado para os dias trabalhados, incluindo feriados, aponta o advogado Luís Nicoli. 8. Quais são os próximos feriados de 2025? Depois de novembro, o próximo feriado nacional será o Natal, em 25 de dezembro, que cai numa quinta-feira, oferecendo possibilidade de emenda para quem folga na sexta, sábado ou domingo. A véspera de Ano Novo, em 31 de dezembro, também cai numa quinta-feira e é ponto facultativo a partir das 13h, permitindo emenda para quem folga em 1º de janeiro ou sai mais cedo do trabalho. O g1 preparou um calendário com todos os pontos facultativos e feriados nacionais de 2025. Confira: LEIA TAMBÉM As melhores datas para tirar férias em 2026: veja como emendar feriados e ganhar até seis dias de descanso Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada; veja como aproveitar VEJA MAIS EM: Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada Por que milhões seguem fora do mercado há anos?



Banco Master: o que se sabe sobre a crise que atinge o sistema financeiro e gera impactos políticos


19/11/2025 03:01 - g1.globo.com


Liquidação do Banco Master: como ficam os correntistas e investidores? A crise do Banco Master eclodiu nesta terça-feira (18) e se desenrolou ao longo de todo o dia. Em poucas horas, a instituição passou do anúncio de compra pela Fictor Holding Financeira para a decretação de liquidação extrajudicial pelo Banco Central (BC). 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o BC encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. A EFB Regimes Especiais de Empresas foi nomeada pelo BC para conduzir a administração especial. Com isso, qualquer negociação de compra do Banco Master é automaticamente suspensa. A decisão também impacta diretamente os investidores que adquiriram títulos da instituição. (leia mais abaixo) Além disso, Daniel Vorcaro, dono do banco, foi preso pela Polícia Federal (PF) no aeroporto Guarulhos na noite de segunda-feira (17). Segundo investigadores, ele estava tentando fugir do país em um avião particular para Malta, país na Europa. A defesa nega. Veja a seguir o que já se sabe e o que ainda falta esclarecer. A origem da crise Tentativas de venda Prisão de Vorcaro R$ 1,6 milhão na casa de diretor BC determina liquidação extrajudicial Como ficam os correntistas e investidores? Como reaver seu dinheiro pelo FGC? Investigação atinge o BRB Os principais pontos da investigação Impactos políticos Presidente do BRB é afastado do cargo Risco para servidores aposentados no Rio Quem são os alvos da operação e o que dizem Banco Central decreta liquidação do Banco Master LEIA MAIS Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master SAIBA MAIS: Como ficam correntistas e investidores após a liquidação pelo BC? ENTENDA: O que é FGC e qual seu papel no caso do Banco Master? PASSO A PASSO: Tem investimento no Master? Saiba como reaver seu dinheiro A origem da crise O Banco Master teve forte crescimento nos últimos anos, mas com uma estratégia de captação de recursos considerada arriscada por analistas do mercado. O banco oferecia CDBs (Certificado de Depósito Bancário) com taxas muito acima das praticadas por outras instituições, atraindo investidores com base na proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). 🔎 O FGC, que protege até R$ 250 mil por investidor, oferece garantia em caso de falência de um banco associado. O fundo é formado pelas próprias instituições financeiras — ou seja, trata-se de um fundo privado que assegura os recursos dos investidores. Com esse tipo de operação, o Master acumulou um passivo bilionário, sustentado por ativos de baixa liquidez, como precatórios e participações em empresas em dificuldades. Essa prática elevou os custos e gerou desconfiança sobre a saúde financeira do banco. Voltar ao índice. Tentativas de venda Para tentar contornar a crise, Daniel Vorcaro iniciou a busca por um comprador para a instituição. O Banco de Brasília (BRB) chegou a anunciar a aquisição, mas, em setembro, o Banco Central vetou a operação. A instituição continuou procurando outro comprador no mercado. Na segunda-feira (17), a Fictor Holding Financeira anunciou a compra do Banco Master. O acordo previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar a estrutura de capital da instituição. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Prisão de Vorcaro Poucas horas após o anúncio, ainda na noite de segunda-feira, a Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro no aeroporto de Guarulhos. De acordo com os investigadores, ele tentava deixar o país em um avião particular com destino a Malta. A defesa de Vorcaro, por sua vez, “nega veementemente que ele estivesse fugindo do país”. Segundo os advogados, “o destino final do voo era Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde Vorcaro pretendia se encontrar com parte dos compradores Banco Master". 🔎 O consórcio responsável pela aquisição do Banco Master, liderado pela Fictor, inclui investidores dos Emirados Árabes Unidos, conforme comunicado divulgado pelo banco na véspera. Continua sem explicação a diferença nas informações fornecidas pela defesa de Vorcaro. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. R$ 1,6 milhão na casa de diretor A PF encontrou R$ 1,6 milhão na casa de um dos investigados durante a operação desta terça-feira que mirou a venda de títulos de crédito falsos do Master. O investigado é o diretor do Banco Master Augusto Ferreira Lima, ex-CEO — que teve a prisão decretada pela PF. Além de Lima e de Vorcaro, outros três diretores foram detidos. SAIBA MAIS ABAIXO. Saiba quem são os diretores do Banco Master presos pela PF nesta terça Voltar ao índice. BC determina liquidação extrajudicial Paralelamente, o Banco Central decidiu nesta terça-feira (18) instaurar administração especial temporária por 120 dias no Banco Master e decretar a liquidação extrajudicial do conglomerado. Na prática, o BC encerra as atividades do banco e nomeia um liquidante, responsável por assumir o controle, encerrar operações, vender ativos e quitar credores conforme a ordem legal, até extinguir a instituição. Com isso, o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. A decisão ocorreu poucas horas após a Fictor Holding anunciar a proposta de compra da instituição de Daniel Vorcaro — e pouco mais de dois meses depois de o BC ter rejeitado a aquisição pelo BRB. No ofício assinado pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a liquidação do Banco Master é justificada pela “situação econômico-financeira da instituição” e pela “infringência às normas que disciplinam a atividade bancária”. SAIBA MAIS ABAIXO. Como funciona a liquidação de um banco? Voltar ao índice. Como ficam os correntistas e investidores? Para correntistas — aqueles que mantêm recursos em conta corrente, poupança ou têm pagamentos pendentes — os saldos são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição. No caso dos investidores, a cobertura varia conforme o tipo de aplicação. Estão dentro das regras do FGC: CDB e Recibo de Depósito Bancário (RDB); Letra de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCAs). A indenização considera o valor investido somado aos rendimentos acumulados até a data da liquidação, limitado ao teto de R$ 250 mil. ⚠️ EXEMPLO: Quem tinha R$ 200 mil investidos e R$ 70 mil para receber em rendimentos terá acesso a até R$ 250 mil. O valor que exceder esse limite deve ser solicitado no processo de liquidação conduzido pelo BC. Por outro lado, não têm direito à cobertura do FGC os investidores que aplicaram em produtos sem garantia do fundo, como debêntures debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Fundos de investimento. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Como reaver seu dinheiro pelo FGC? Pessoas físicas: devem usar o aplicativo do FGC. Após realizar um cadastro básico, é necessário solicitar o pagamento da garantia; Pessoas jurídicas: devem fazer o pedido diretamente pelo site da instituição. Segundo o FGC, o pedido de pagamento da garantia para pessoas físicas deve ser feito pelo aplicativo do fundo, disponível no Google Play e na Apple Store. Após a assinatura do termo de solicitação, o FGC informa que a liberação costuma ocorrer em até 48 horas úteis, desde que os dados estejam corretos. Ainda assim, o período entre a decretação da liquidação e o pagamento aos investidores variou entre 14 e 40 dias nas operações mais recentes. VEJA O PASSO A PASSO ABAIXO. Voltar ao índice. Investigação atinge o BRB A investigação da Polícia Federal que levou à prisão de Daniel Vorcaro também encontrou indícios de que os dirigentes do Banco de Brasília (BRB) cometeram gestão fraudulenta da instituição. Em uma decisão obtida pela TV Globo, consta que o Ministério Público Federal identificou "indícios de participação consciente dos dirigentes do BRB no suposto esquema fraudulento engendrado pelos gestores do Banco Master". ➡️ Ao longo de meses, o BRB tentou fechar um acordo para comprar o Banco Master. A operação tinha o apoio do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), mas foi barrada pelo Banco Central. Segundo o documento, o BRB injetou R$ 16,7 bilhões no Master entre 2024 e 2025. Desses, pelo menos R$ 12,2 bilhões envolvem operações em que há fortes indícios de fraude. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Os principais pontos da investigação Segundo a investigação da PF: O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em CDBs prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte do dinheiro dos CDBs em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB – que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master – e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. Voltar ao índice. Impactos políticos Segundo a PF, grande parte das operações do Banco Master envolveu bancos e fundos de pensão, escapando ao controle dessas instituições devido à pressão de políticos com influência sobre elas. O blog do Valdo Cruz informou que governadores e parlamentares ligados a Daniel Vorcaro, com influência sobre esses bancos e fundos de pensão, estão na mira das investigações. De acordo os investigadores, diz o blog, a venda anunciada nesta segunda-feira do Banco Master para a Fictor foi uma “bomba de fumaça” lançada no mercado diante do avanço das investigações. O objetivo seria dar uma última cartada para evitar a exposição dos negócios fraudulentos da instituição de Daniel Vorcaro. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Presidente do BRB é afastado do cargo O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, foi afastado do cargo por decisão judicial nesta terça-feira (18). A medida tem prazo de 60 dias e está relacionada à operação da Polícia Federal deflagrada no mesmo dia. De acordo com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), Paulo Henrique Costa está nos Estados Unidos. Além dele, o diretor-executivo de finanças e controladoria do BRB, Dario Oswaldo Garcia Junior, também foi afastado do cargo. Em nota, o BRB informou que "sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master". SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Risco para servidores aposentados no Rio O Rioprevidência, fundo que garante aposentadorias e pensões a 235 mil servidores inativos do Rio de Janeiro, investiu bilhões de reais em fundos do grupo liderado pelo Banco Master. Até julho, R$ 2,6 bilhões — cerca de 25% dos recursos aplicados pelo Rioprevidência — estavam expostos a operações do Banco Master, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Em maio, o Tribunal já havia alertado para “graves irregularidades”. Em outubro, o TCE reiterou as críticas aos aportes e determinou uma tutela provisória, proibindo o fundo de realizar novas transações com o Master. O conselheiro José Gomes Graciosa afirmou que as operações colocam “em risco a aposentadoria daqueles que colaboraram com a construção deste estado”. Em nota, o Rioprevidência informou que o valor efetivamente investido no Banco Master foi de cerca de R$ 960 milhões. Acrescentou que o pagamento de aposentadorias e pensões está garantido, sem risco para os segurados do Estado do Rio de Janeiro. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Quem são os alvos da operação e o que dizem A operação Compliance Zero, realizada pela Polícia Federal na terça-feira, resultou em sete prisões, sendo cinco preventivas e duas temporárias. Os presos preventivamente — ou seja, sem prazo previsto para serem liberados — são: Daniel Bueno Vorcaro, presidente do Banco Master; Augusto Ferreira Lima, ex-CEO e sócio do Master; Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos, Compliance, RH, Operações e Tecnologia do Master; Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de Tesouraria do Master; Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, sócio do Master. ➡️ A defesa de Daniel Vorcaro afirmou que ele planejava voar para Dubai para se encontrar com os compradores do Banco Master. Declarou ainda estar à disposição para colaborar com as autoridades. ➡️ A defesa de Augusto Lima disse ter recebido a operação com surpresa. Acrescentou que ele se desligou das funções no Master em maio de 2024 e que os atos investigados são posteriores à sua saída. O espaço segue aberto para o posicionamento dos outros alvos da operação. Já os presos temporariamente, por três dias, são: André Felipe de Oliveira Seixas Maia, diretor de empresa envolvida no esquema; Henrique Souza Silva Peretto, sócio de empresa envolvida no esquema. Além das prisões, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou o afastamento dos cargos, por 60 dias, de: Paulo Henrique Costa, presidente do Banco de Brasília (BRB); Dario Oswaldo Garcia, diretor financeiro do BRB. ➡️ Paulo Henrique Costa afirmou que a investigação da PF é "legítima, necessária e positiva" para o sistema financeiro. Declarou ainda que adotou uma série de medidas para preservar o banco público e que irá cooperar com as investigações. ➡️ O BRB esclareceu que não foi alvo de bloqueio de bens na operação Compliance Zero. O banco informou que mantém suas operações normalmente e que tem compromisso com a transparência, a legalidade e o cumprimento rigoroso de normas. SAIBA MAIS ABAIXO. Voltar ao índice. Infográfico - Entenda a polêmica dos CDBs do Banco Master Arte/g1 Fachada do Banco Master na cidade de Ssão Paulo, nesta terça-feira, 18 de novembro de 2025. Werther Santana/Estadão Conteúdo



Mega-Sena, concurso 2.941: prêmio acumula e vai a R$ 10 milhões


19/11/2025 00:03 - g1.globo.com


G1 | Loterias - Mega-Sena 2941 O sorteio do concurso 2.941 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (18), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 10 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 14 - 30 - 33 - 35 - 48 - 51 5 acertos - 24 apostas ganhadoras: R$ 50.276,06 4 acertos - 1.523 apostas ganhadoras: R$ 1.305,93 O próximo sorteio da Mega será no sábado (22). Mega-Sena, concurso 2.941 Reprodução/Caixa Como funciona a Mega-sena Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Daniel Vorcaro tem frota de jatos executivos de luxo


18/11/2025 21:12 - g1.globo.com


Banqueiro Daniel Vorcaro e 3 diretores do Banco Master são presos em operação da PF Daniel Vorcaro, 42 anos, dono e controlador do Banco Master, preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (18), em São Paulo, tem uma frota de jatos. Ele foi preso pela Polícia Federal na segunda-feira (17) ao tentar embarcar para a Europa em um avião particular que sairia do Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Para a PF, não há dúvidas de que ele iria fugir do país. Daniel é alvo de uma investigação federal sobre fraudes financeiras. Um dos jatos é o Falcon 7X, produzido pela empresa francesa Dassault Aviation. Sua autonomia é de aproximadamente 11.019 quilômetros (5.950 milhas náuticas) ou cerca de 13 horas de voo. Essa autonomia permite voos de longo curso, como, por exemplo, a capacidade de voar de Paris a Nova York ou de Teterboro a London City sem escalas. Segundo apuração da TV Globo, seria com o Falcon 7X que Daniel viajaria do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, para Malta, na Europa. O jato está em nome da Viking Participações Ltda, uma holding, que tem Daniel Vorcaro como sócio-administrador. Além do Falcon 7X, ele também tem outros dois jatos: um Falcon 5X e um Gulfstream GV. A defesa dele "nega veementemente que ele estivesse fugindo do país. Afirma que o destino final do voo era Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde Vorcaro pretendia se encontrar com parte dos compradores Banco Master". Avião do Daniel Vorcaro Reprodução/TV Globo Quem é Daniel BC sofreu pressões de políticos para aprovar a venda do Master para o BRB Nascido em 6 de outubro de 1983, em Belo Horizonte, Vorcaro pertence a uma geração de empreendedores que expandiu atuação para setores financeiros, tecnológicos e corporativos. Com formação em Economia e MBA em Business/Managerial Economics pelo Ibmec, ele começou a ganhar as manchetes após o Banco Master, controlado por ele, firmar negócios vultosos com o governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Banco de Brasília (BRB). O BRB, banco público do DF, comprou títulos de crédito emitidos pelo Banco Master. Esses papéis fazem parte das operações investigadas pela PF na Operação Compliance Zero, deflagrada nesta terça-feira (18). Ele ainda é acionista da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Atlético-MG. Vorcaro é dono de 20,2% da SAF do Atlético, por meio do Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP). A origem do dinheiro é investigada por possível conexão com o PCC. PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução Operação da PF A operação mira a venda de títulos de crédito falsos. Na prática, o Banco Master emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, isso não acontecia. A decisão veio um dia depois de a Fictor Holding apresentar uma proposta de compra da instituição — e pouco mais de um mês após o BC ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília). A operação da PF investiga suspeitas de emissão e negociação de títulos de crédito falsos pelo Banco Master. Segundo a PF, o banco dirigido por Vorcaro teria criado papéis sem lastro ou com informações fraudulentas. Os títulos eram apresentados como ativos legítimos, mas não tinham valor real. Isso configuraria crimes de gestão fraudulenta e falsidade documental. A investigação aponta que havia uma estrutura organizada no Banco Master para sustentar a fraude, envolvendo dirigentes e colaboradores. A operação da PF estava prevista só para esta terça, mas a prisão de Vorcaro foi antecipada diante da situação. No total, foram cumpridos sete mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em diversos estados. O objetivo é combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional. As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada. São investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros. Liquidação extrajudicial Agências do Banco Master e do Banco de Brasília. Banco Master/Divulgação e Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A prisão de Daniel Vorcaro aconteceu horas após um consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master. Na manhã desta terça, o Banco Central emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade. O Banco Master foi fundado em 1996, em Belo Horizonte, originalmente com o nome Banco Investmaster, por um grupo de empresários mineiros ligados ao setor financeiro. Em 2018, o banco passou por uma reestruturação e mudança de marca, tornando-se Banco Master. Nesse processo, Daniel Vorcaro assumiu o controle da instituição, reposicionando-a no mercado com foco em emissão de títulos de crédito e operações estruturadas. O banco se especializou em criar e negociar debêntures, notas promissórias e outros papéis de crédito, oferecendo esses ativos a investidores e instituições financeiras. Além do banco, o grupo mantinha a Master S.A. Corretora de Câmbio, voltada para operações cambiais e de intermediação financeira. PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Reprodução



CDBs irreais e carteiras de crédito falsas: entenda o que está por trás da liquidação do Banco Master


18/11/2025 20:00 - g1.globo.com


Banco Central decreta liquidação do Banco Master A decisão do Banco Central (BC) de liquidar o Banco Master e a prisão de Daniel Vorcaro, dono da instituição, representam o capítulo final de uma série de polêmicas que já envolviam o banco. A instituição já operava sob risco de falência por causa do alto custo de captação e da exposição a investimentos considerados arriscados, com juros muito acima do padrão de mercado. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Tentativas de venda, como a proposta do Banco de Brasília (BRB), não avançaram. Todas foram interrompidas por questionamentos de órgãos de controle, falta de transparência, pressões políticas e menções ao Master em investigações. O g1 explica a polêmica envolvendo o banco e os fatores que levaram ao pedido de liquidação nesta terça-feira, além da prisão de investigados por fraude ao sistema financeiro. LEIA MAIS Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master SAIBA MAIS: Como ficam correntistas e investidores após a liquidação pelo BC? ENTENDA: O que é FGC e qual seu papel no caso do Banco Master? PASSO A PASSO: Tem investimento no Master? Saiba como reaver seu dinheiro Breve história do Banco Master O Banco Master surgiu em 1974, inicialmente como Máxima Corretora de Valores e Títulos Mobiliários. Ao longo das décadas, a empresa passou por expansões e alterações societárias até se tornar o conglomerado financeiro conhecido atualmente como Banco Master. Nos anos 2000 e 2010, o grupo expandiu sua atuação para áreas como crédito, investimentos, gestão de recursos e outras operações. Nos anos mais recentes, ganhou destaque ao oferecer produtos com rendimentos muito acima do mercado, atraindo milhares de investidores. A partir de 2022, começaram a surgir dúvidas sobre a saúde financeira do banco, diante da captação cara, da exposição a ativos de risco e das negociações de venda que não avançavam. Tentativas frustradas de venda e deterioração financeira O Banco Master voltou ao centro das atenções em março, quando avançou nas negociações para vender 58% do capital ao Banco de Brasília (BRB) por cerca de R$ 2 bilhões. A operação, que formaria um conglomerado com cerca de R$ 100 bilhões em ativos, passou a ser monitorada por órgãos de controle, como o Ministério Público do Distrito Federal e o Ministério Público de Contas, que pediram esclarecimentos sobre as condições da compra. O processo se arrastou enquanto o Master enfrentava dificuldades de caixa. Em maio, o banco obteve uma linha de crédito emergencial de R$ 4 bilhões do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), renovada duas vezes. Ao mesmo tempo, buscava compradores para o Will Bank, seu braço digital. Na véspera da liquidação, a instituição recebeu outra oferta: a holding Fictor e um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos propuseram um aporte imediato de R$ 3 bilhões e a compra das ações do fundador Daniel Vorcaro, excluindo o Will Bank e o Master Investimentos. Com a liquidação decretada pelo Banco Central, a proposta perdeu validade. Liquidação do Banco Master: como ficam os correntistas e investidores? CDBs a juros impossíveis O sinal de alerta no mercado ficou mais evidente quando o banco passou a oferecer produtos financeiros com remunerações muito acima do padrão. O principal deles eram os CDBs emitidos pela instituição. 🔎 O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um investimento de renda fixa em que o investidor empresta dinheiro ao banco e recebe juros em troca. Essa remuneração pode ser pré-fixada (definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a indicadores como o CDI). Segundo o planejador financeiro e especialista em investimentos Jeff Patzlaff, o problema não era o CDB em si, mas o que justificava taxas tão elevadas. “No mercado financeiro, bancos saudáveis conseguem captar dinheiro barato, pagando algo entre 100% e 105% do CDI. Quando você via o Banco Master oferecendo 130%, 150% ou até 180% do CDI, isso não era generosidade — era um pedido de socorro”, diz o planejador. Segundo o especialista, esse movimento foi uma tentativa de captar dinheiro rapidamente após o banco perder acesso a crédito barato de grandes instituições financeiras. Esses investidores já haviam interrompido os repasses porque os números do Master não fechavam havia algum tempo. Sem acesso a crédito barato, o banco recorreu ao investidor pessoa física, oferecendo taxas "irresistíveis" para captar recursos rapidamente e tentar cobrir rombos operacionais. O risco também estava na qualidade dos ativos utilizados pelo banco: “Para pagar 150% do CDI, o banco precisaria emprestar a 200% ou 300% para ter lucro. Isso só é possível quando você empresta para quem ninguém mais quer, como projetos duvidosos ou precatórios judiciais incertos.” “As investigações indicam que o banco mantinha ativos ruins registrados como se fossem de boa qualidade e utilizava o dinheiro de novos investidores — captado por meio de CDBs com juros elevados — para pagar investidores antigos e manter a operação funcionando. Era uma dinâmica insustentável a longo prazo sem uma injeção real de capital, que nunca veio”, afirma Patzlaff. Após o Banco Central vetar a compra do Banco Master pelo BRB, o mercado passou a desconfiar (ainda mais) da situação do banco. Isso levou muitos investidores a tentar vender, no mercado secundário, seus CDBs do Master para evitar ficar “presos” ao título até o vencimento. Com a corrida por vendas, quase não havia compradores. Para atrair interessados, as taxas dos CDBs precisaram subir muito — chegando a 177% do CDI, ante os cerca de 120% praticados antes da crise. O banco já vinha pagando taxas muito altas para captar recursos, e decisões ruins sobre o uso desse dinheiro deixaram a instituição perto do calote e da falência. Quando os clientes tentaram se desfazer dos títulos, muitos não conseguiram vendê-los ou tiveram de aceitar descontos para encontrar compradores. Infográfico - Entenda a polêmica dos CDBs do Banco Master Arte/g1 Na mira das investigações Segundo a Polícia Federal, as investigações envolvendo o Banco Master começaram em 2024, após uma requisição do Ministério Público Federal. O objetivo era apurar a possível "fabricação" de carteiras de crédito falsas por uma instituição financeira. 🔎 Esses títulos teriam sido repassados a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem a devida avaliação técnica. Durante audiência na CPI do Crime Organizado, no Senado, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que o esquema de fraudes financeiras que levou à prisão do presidente do Banco Master e de quatro diretores pode ter movimentado cerca de R$ 12 bilhões. Segundo Rodrigues, apenas na casa de um dos investigados da operação Compliance Zero foram encontrados R$ 1,6 milhão em dinheiro. Ele explicou aos parlamentares que a PF atua em conjunto com o Banco Central e o Coaf na apuração de crimes relacionados ao sistema financeiro. "Eu não sei quanto que nós vamos conseguir bloquear. Eu sei já que, em dinheiro, apreendemos na residência de um investigado R$ 1,6 milhão em dinheiro nessa operação de hoje", acrescentou o diretor na CPI do Crime Organizado. Segundo as investigações: O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em certificados de depósito bancário (CDBs) prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Ao comprar um CDB, o cliente empresta o dinheiro ao banco e recebe juros em troca. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte desses R$ 50 bilhões em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB — que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master — e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. Banqueiro Daniel Vorcaro e 3 diretores do Banco Master são presos em operação da PF O que acontece agora com o Banco Master? Com a liquidação extrajudicial, todas as operações do Banco Master foram encerradas de imediato. A diretoria foi afastada e o Banco Central nomeou um liquidante, que passa a controlar a instituição. Ele será responsável por identificar os bens do banco, levantar as dívidas, preservar documentos e dar início ao pagamento dos credores. Com a liquidação, todas as obrigações do banco vencem antecipadamente e o FGC é acionado para ressarcir correntistas e investidores dentro do limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. Além disso, o BC abre uma investigação própria para apurar as causas da quebra e possíveis irregularidades. “A medida suspende todas as operações, afasta a administração e dá ao liquidante poderes amplos para organizar os ativos e passivos e iniciar os pagamentos”, explica Berlinque Cantelmo, advogado criminalista e sócio do RCA Advogados. Ele destaca que os bens de controladores e ex-administradores ficam indisponíveis automaticamente, mecanismo previsto em lei para evitar a transferência de patrimônio. Para Cantelmo, essa medida indica indícios de condutas graves. A operação da Polícia Federal, que investiga a emissão de títulos falsos e irregularidades contábeis, pode levar à responsabilização criminal por gestão fraudulenta, gestão temerária, falsidade documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas podem chegar a 12 anos de prisão. Casos anteriores — como Banco Santos, Cruzeiro do Sul e Banco Nacional — seguiram caminhos semelhantes. Como ficam os clientes do Banco Master? De acordo com advogados consultados pelo g1, com a liquidação extrajudicial, o Master fica “congelado”. Ou seja, nada entra ou sai até que o liquidante nomeado pelo Banco Central organize ativos e credores. Segundo Adilson Bolico, sócio do Mortari Bolico Advogados, é como se o banco “fechasse as portas para fazer um balanço”. FGC e investimentos: CDBs, LCIs, LCAs, poupança, depósitos à vista e letras de câmbio estão protegidos pelo FGC até R$ 250 mil por CPF, incluindo rendimento até a data da liquidação. Quem tinha valores acima desse limite entra na lista de credores — que, conforme a advogada Patricia Maia, sócia do Barbosa Maia Advogados, deve ser publicada em até 30 dias — e só recebe pela massa falida, um processo mais demorado. Fundos de investimento não dependem do FGC, pois o patrimônio é separado; apenas trocam de administrador. Pagamentos, boletos e saques: Saques e transferências ficam suspensos imediatamente. Pagamentos e débitos originados no Master deixam de ser executados até orientação do liquidante. Já parcelas de empréstimos e financiamentos devem continuar sendo pagas normalmente, porque, como explica Patricia Maia, “bancos em liquidação podem continuar recebendo valores de tomadores”. Clientes com dívidas e regras adicionais: Quem deve ao Master continua responsável pelo pagamento — a liquidação não extingue obrigações. A rentabilidade dos investimentos só conta até o dia da decretação. Também vale lembrar o teto global do FGC: quem já recebeu garantias em outros bancos nos últimos 4 anos tem limite de R$ 1 milhão no total. Fachada do Banco Master na cidade de Ssão Paulo, nesta terça-feira, 18 de novembro de 2025. Werther Santana/Estadão Conteúdo