INSS antecipa benefícios para moradores afetados por tornado no Paraná
Tornado atingiu outras cidades no Paraná Os beneficiários do INSS afetados pelo tornado que atingiu o Paraná poderão solicitar a antecipação de sua renda mensal. A informação foi anunciada pelo Ministério da Previdência Social (MPS) neste sábado (8). "O governo do Estado decretou situação de calamidade pública em razão da tragédia. Nesse contexto, o MPS e o INSS estão mobilizados para prestar apoio às pessoas que tiveram suas vidas profundamente afetadas", disse o MPS em nota. O ministério também informou que equipes do INSS serão deslocadas para os locais atingidos, onde vão prestar esclarecimentos sobre como realizar o pedido. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Governo do Paraná prepara abrigos após tornado Um tornado com ventos de 250km/h destruiu uma cidade no interior do Paraná. Em minutos, praticamente toda a pequena Rio Bonito do Iguaçu se tornou um amontoado de escombros. Milhares de moradores perderam tudo e seis pessoas morreram. O desespero é de quem viveu momentos de pavor em Rio Bonito do Iguaçu, a 400km de Curitiba, na região central do Paraná, na noite de sexta-feira (7). Números dão uma dimensão da tragédia: os ventos chegaram a 250 km/h e levaram ao chão toda a cidade. 90% de toda área de Rio Bonito do Iguaçu foi atingida. Dos cerca de 14 mil moradores, mais de 11 mil foram afetados. LEIA TAMBÉM: Prefeito diz que cidade do Paraná atingida por tornado terá que ser reconstruída Tornado que devastou cidade no Paraná e deixou seis mortos atingiu índice EF3, com ventos de até 250 km/h Enem é suspenso em cidade do PR destruída por passagem de tornado, diz secretaria
Tornado no Paraná: Fachin entra em contato com governador do estado e lamenta tragédia

Rio Branco do Iguaçu amanhece destruída após passagem de tornado
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, entrou em contato com o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e autoridades jurídicas do estado, para se solidarizar com a tragédia causada por um tornado na última madrugada.
Fachin lamentou as mortes e colocou o STF à disposição para atuar na mitigação da situação de calamidade e recuperação do Paraná. Ele também reconheceu o esforço das autoridades do estado. Fachin nasceu no Rio Grande do Sul mas estudou e fez sua carreira profissional no Paraná.
Um tornado atingiu cidades na região Centro-Sul do Paraná, com ventos com ventos que chegaram a 250 km/h nesta sexta-feira (7).
O tornado se formou devido a um ciclone extratropical que atinge o sul do país e também provocou chuva forte e estragos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. No Sudeste, os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro estão em alerta.
Ao menos seis pessoas morreram e 600 receberam atendimento médico. Cinco mortes ocorreram em Rio Bonito do Iguaçu, a cidade mais atingida, e uma foi em Guarapuava.
Cerca de 90% de Rio Bonito do Iguaçu, que tem 14 mil habitantes, ficou destruída, de acordo com a Defesa Civil. O tornado que atingiu a cidade nesta sexta-feira (7) alcançou o índice EF3, numa escala que vai até cinco, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do estado (Simepar). Os ventos chegaram a 250 km/h.
GIF home imagens aéreas de destruição após passagem de tornado em Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná
Reprodução/Globonews
O número exato de desabrigados e desalojados no estado ainda está sendo levantado, mas segundo balanço preliminar da Defesa Civil, milhares de pessoas tiveram que sair de casa devido aos estragos dos temporais.
O governo do estado decretou luto oficial de três dias em todo o Paraná e estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu. Com isso, o governo estadual pode adotar procedimentos emergenciais, como a dispensa de licitações, a mobilização imediata de recursos e o pedido de apoio federal para a cidade.
Banco Central estuda evitar 'rotativo' no PIX parcelado; regras devem sair em novembro

Banco Central adia prazo para a regulamentação do PIX parcelado
O Banco Central está estudando impedir a "rotativação" no parcelamento de empréstimos por meio do PIX, ferramenta de transferência de recursos da autoridade monetária, informou nesta semana o chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro da instituição, Breno Lobo.
O parcelamento por meio do PIX já é ofertado por várias instituições financeiras, uma linha de crédito formal, mas o BC pretende padronizar as regras — o que facilitará seu uso pelo consumidor e tende a favorecer a competição entre os bancos. Após atrasos, Lobo informou que a regulamentação deve sair em novembro.
"Uma das coisas que estão sendo discutidas é proibir a 'rotativação' no PIX parcelado. Ou seja, contratei lá dez operações de PIX parcelado. Chegou no fim, não consegui pagar tudo e inadimpli. O banco não pode mais me ofertar PIX parcelado até que eu pague o que eu estou devendo para justamente evitar esse 'empilhamento' do crédito", afirmou Breno Lobo, do BC.
Durante evento da Associação Brasileira de Direito e Economia (ABDE) sobre segurança digital, ele explicou que o BC não quer trazer a experiência do cartão de crédito para o PIX.
"O cartão de crédito tem muitas coisas positivas, mas uma das coisas que tem efeitos negativos sobre endividamento da população é questão da 'rotativação' do cartão de crédito. A gente não quer trazer para dentro do PIX isso. É uma das linhas que está sendo discutida no BC", acrescentou Breno Lobo.
➡️No cartão de crédito rotativo, a cobrança de juros é acionada no momento em que os consumidores não pagam o valor total da fatura. Essa é a linha de crédito mais cara do mercado financeiro, com taxa média de 15% ao mês em setembro deste ano, muito acima do cheque especial (7,6% ao mês) e do consignado (3% ao mês para o setor privado).
Apesar de buscar evitar o que ele chamou de "rotativo" no PIX parcelado, Breno Lobo, do BC, explicou que os bancos poderão cobrar mais juros (além daqueles contratados no momento da abertura do crédito) no PIX parcelado no caso de inadimplência.
"A gente vai regulamentar, trazer regras de transparência. O que acontece se eu inadimplir, se não pagar o montante total, qual a multa, o juros que vai incidir", disse o representante do Banco Central.
Augusto Castro
Alternativa para milhões de pessoas
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem afirmado que o PIX Parcelado vai aumentar o uso dessa ferramenta no varejo, ou seja, nas vendas de produtos e serviços, e que poderá ser utilizada por 60 milhões de pessoas que atualmente não têm acesso ao cartão de crédito.
A norma a ser divulgada deve exigir que as instituições financeiras deixem bem claro quais as condições do contrato de tomada de crédito.
Isso significa que o aplicativo vai ter que mostrar informações, como:
a taxa de juros cobrada
o valor de cada parcela
o custo total da operação
a multa em caso de atraso
Como vai funcionar
O PIX parcelado possibilitará a tomada de crédito pelo comprador, em uma instituição financeira, preferencialmente com a qual já tenha relacionamento, para permitir o parcelamento de uma transação PIX.
Quem estiver recebendo (lojista) terá acesso a todo o valor instantaneamente, mas quem estiver pagando (comprador) poderá parcelá-lo.
O PIX Parcelado poderá ser usado para qualquer tipo de transação, inclusive para transferências.
A instituição onde o comprador detém a conta dará o crédito e definirá o processo em caso de atraso no pagamento das parcelas ou de inadimplência (juros), considerando seus procedimentos de gerenciamento de riscos, conforme o perfil do cliente, como já acontece com outras linhas de crédito.
Melhor para os lojistas
De acordo com o BC, a novidade também é uma opção mais vantajosa para os lojistas, que receberão os valores a vista — sem precisar pagar juros aos bancos para antecipar o recebimento das parcelas mensais.
"No PIX Parcelado, o lojista recebe o valor total do pagamento no momento da venda do bem ou serviço. Logo, por definição, não haverá antecipação nem cobrança de taxa de antecipação para o lojista. Ou seja, o modelo do PIX Parcelado é menos custoso do que o modelo do cartão de crédito para o lojista", informou o Banco Central.
➡️No cartão de crédito, o valor da compra é pago aos lojistas pela instituição financeira no mês da aquisição do produto ou serviço, ou de forma parcelada (se a compra for feita dessa forma).
➡️Os lojistas podem optar por antecipar as parcelas mensais, com a cobrança de juros pelos bancos, mas essa é apenas uma alternativa, não uma obrigação.
➡️No PIX parcelado, o lojista receberá os valores a vista, sem pagar juros aos bancos, mesmo que os compradores optem por parcelar mensalmente sua compra.
Defesa do consumidor
O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) tem criticado o PIX parcelado. Segundo o Instituto, o PIX nasceu como um sistema de pagamentos instantâneos, gratuito e acessível, que ampliou de forma inédita a inclusão financeira no país.
"Vincular sua marca a operações de crédito parcelado — com juros, encargos e contratos nada transparentes significa descaracterizar o funcionamento desse meio de pagamento e expor milhões de pessoas ao risco de endividamento, justamente em um cenário em que o superendividamento já atinge níveis críticos entre as famílias brasileiras", acrescentou o Idec, por meio de nota.
Apesar das críticas, o órgão reconheceu que, enquanto o regulamento não é publicado, os "consumidores continuam expostos a ofertas de crédito atreladas ao PIX já disponíveis no mercado".
"Essa realidade reforça a urgência de fortalecer a regulação e também de manter esforços de orientação, para que a população não seja induzida a assumir dívidas em condições injustas ou abusivas. A pausa anunciada pelo Banco Central precisa, portanto, ser utilizada para discutir medidas regulatórias robustas que assegurem a proteção do consumidor", acrescent
CNPE deve discutir criação de grupo para estruturar fundo nacional de transição energética

Reunião do Conselho Nacional de Política Energética nesta terça-feira (4), em Brasília
Bruno Spada/MME
Lula abre sessão temática sobre transição energética na Cúpula de Líderes
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve propor a criação de um grupo de trabalho para modelar e estruturar um fundo nacional de transição energética, apurou o g1. A expectativa é que o tema seja incluído na pauta da reunião de dezembro.
A ideia é que se utilize parte da receita proveniente da exploração de minerais e petróleo para o financiamento da transição energética e à aceleração do processo de descarbonização.
Nesta sexta-feira (08), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a criação desse um novo fundo, com recursos da exploração de petróleo, para financiar a transição para energias menos poluentes no país.
“Parte dos lucros com exploração de petróleo para transição energética permanece um caminho válido para os países em desenvolvimento. O Brasil estabelecerá um fundo para financiar o enfrentamento da mudança do clima e promover justiça climática”, afirmou Lula, que participa da Cúpula de líderes da 30ª Conferência das Partes sobre Mudança do Clima (COP 30), em Belém.
Censo 2022: consulte todos os nomes e sobrenomes da lista do IBGE
IBGE divulga os nomes e sobrenomes mais populares do Brasil pela primeira vez Os nomes Maria e José são os mais populares do Brasil, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE). A base de nomes faz parte do site Nomes no Brasil e conta com mais de 128 mil nomes e 201 mil sobrenomes registrados durante as visitas dos recenseadores na coleta do Censo Demográfico 2022. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça De acordo com o levantamento, o país conta com mais de 12 milhões de pessoas chamadas Maria (cerca de 6% da população) e 5 milhões chamadas José (2,5%). Clique aqui para ver, também, os nomes menos comuns. 🗒️Tem alguma sugestão de reportagem? Mande para o g1 Além dos nomes, o IBGE divulgou, pela 1ª vez, a lista dos sobrenomes identificados no Brasil. Entre eles, Silva aparece como o mais comum (16,7% do país), seguido pelo sobrenome Santos (10,52%) são os mais populares. Clique aqui para saber mais. Na tabela abaixo, é possível consultar todos os nomes listados pelo instituto (nomes com 20 ocorrências ou mais em todo o Brasil). A nota técnica do IBGE explica que nomes com menos de 20 registros no Brasil, de 15 em uma unidade federativa ou de 10 em um mesmo município não são divulgados devido ao sigilo estatístico, que garante que as pessoas com esses nomes não sejam identificadas. Veja histórias de nomes tão raros que não foram divulgados pelo instituto. Seu nome não apareceu no site do IBGE? Escreva para o g1 Há também registros inusitados, como 1,7 mil pessoas com o sobrenome "Sobrenome". Segundo o instituto, "como não é possível determinar se houve erro na imputação do dado no momento da coleta ou se o nome real é mesmo o que foi imputado, nenhum nome foi excluído da base de dados do site, mantendo os registros existentes." Consulte também todos sobrenomes:
Rolanda, Thátner, Kraucer e Thaoã: veja histórias por trás de nomes tão raros que não aparecem na lista do IBGE

As histórias por trás de nomes tão raros que não aparecem na lista do IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta semana a lista de nomes e sobrenomes do Brasil a partir dos dados do Censo de 2022.
Para preservar o sigilo estatístico do Censo, nomes usados por menos de 20 pessoas ficaram de fora da lista.
🗒️Tem alguma sugestão de reportagem? Mande para o g1
O IBGE não informou quantos são. Mas, entre eles, estão os da Rolanda, da Táthner, da Delinir, do Junian, do Thaõa, do Ariolan, do Milvon, da Naziara, do Kraucer e do Morrisson, que explicaram ao g1 o que sabem sobre a origem de seus nomes raros.
Leia abaixo.
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Rolanda, filha do Rolando, neta do Rolando e bisneta do Rolando
“É um nome tradicional de família. Meu bisavô era Rolando, meu avô Rolando e meu pai Rolando”, diz Rolanda Marla Costa, do Rio de Janeiro.
Milvon Júnior, filho de Milvon, neto de Milton
"Meu nome é Milvon. Não só isso. Milvon Júnior porque meu pai também chama Milvon", conta o morador de Campinas.
O nome surgiu pelo avô, Milton, que batizou o primeiro filho com o próprio nome e buscava um semelhante para o segundo, e escolheu Milvon.
"[E] meu pai quis realizar essa homenagem", conta Milvon Júnior. "Mas eu prometo, esse nome não vai continuar", brinca.
Infográfico - Rolanda, Thátner, Kraucer e Thaoã: veja nomes tão raros que não aparecem na lista do IBGE
Arte/g1
Junian, para parecer com o irmão, Júnior
“Minha mãe queria o nome parecido com o do meu irmão. O nome dele é [Edilson] Júnior”, diz Junian Freitas, de 30 anos, de Ponta Grossa (PR).
Delinir: era para ser Débora, 'mas meu pai esqueceu'
"A origem do meu nome, contava minha mãe, é que meu pai tinha esquecido. Era para ser Débora", conta Delinir Padilha, de 37 anos, natural de Contenda, na região metropolitana de Curitiba (PR). "Até mesmo o Google me corrige: 'Você quis dizer DEFINIR'".
Thátner: meu pai viu na TV, achou bonito, e escreveu do jeito que ouviu
“Meu pai ouviu na televisão, achou bonito, diferente, foi direto para o cartório registrar e escreveu do jeito que ouviu”, conta Thátner Gomes, de 26 anos, de Belo Horizonte.
Morrisson homenageia Morrison, na Argentina (não o Jim Morrison)
“A sugestão veio do meu pai. Minha família conta que ele estudou em um seminário na cidade de Morrison, na província de Córdoba, Argentina”, conta Morrisson Mazzucco, de Brasília.
Kraucer, por causa do nome do vizinho
"Eu perguntei para os meus pais e eles me falaram que seria um vizinho com nome parecido, mas até hoje não encontrei ninguém com o nome igual o meu", conta Kraucer Fernandes, morador de Brasília e natural de Orleans (SC).
Naziara, filha do Nazian
"Por conta do nome do meu pai, que se chama Nazian", Naziara Santos, moradora de Aracaju (SE).
Thaoã, não se sabe exatamente por quê...
"Segundo minha mãe, quer dizer filho da lua, mas ela não lembra bem de onde veio esse nome", conta Thaoã Barbosa, de 32 anos, do Rio de Janeiro, casado com Rhanda Santos, de 30 anos – o dela consta na base do IBGE: há 22 Rhandas no país.
"Minha mãe entendeu Rhanda, mas era Hanna, igual a Hanna Montanna. E ela botou com RH, do jeitinho brasileiro de nomear os filhos."
... Ariolan, tampouco
"A origem desse nome eu não sei ao certo, só sei que minha mãe decidiu que iria me batizar de Ariolan e assim o fez", conta o advogado de 47 anos, natural de Caicó (RN).
Black Friday: madrugada é período mais visado por golpistas, diz Serasa

Black Friday: madrugada é período mais visado por golpistas, diz Serasa
Apesar de o pico de compras na Black Friday ser durante o dia, a madrugada é o período em que o consumidor corre mais risco de cair em golpes, segundo análise da Serasa feita a partir de dados coletados em 2024.
O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem?
Na Black Friday do ano passado, as compras se concentraram entre 10h e 23h, com pico entre 13h e 14h, quando o fluxo ultrapassou 300 mil pedidos por hora.
Na madrugada de quinta para sexta (28 para 29 de novembro de 2024), a Serasa identificou um número menor de compras por hora (65 mil), mas uma taxa de ataques de 2% às 3h da manhã – o dobro do encontrado durante o dia.
Em outras palavras, durante a madrugada, 2% dos pedidos feitos foram classificados como tentativas de golpe. A Serasa considerou tanto consumidores quanto comércios virtuais como vítimas para estimar esse número.
Quando é a Black Friday em 2025?
Quer fugir de golpes? Comece a comparar preços agora; veja mais dicas
Tentativas de golpes também foram registradas nas outras madrugadas do período (28 de novembro a 1 de dezembro de 2024).
A Serasa informa que esse comportamento mostra que os fraudadores agem com "método e precisão, antecipando-se ao pico das promoções para explorar brechas e distrações do consumidor".
📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça
Entre os principais golpes, de acordo com a empresa, estão:
Phishing (criação de páginas falsas de lojas e ofertas)
Anúncios falsos na internet e redes sociais que levam a sites clonados.
Mensagens fraudulentas de confirmação de compra ou entrega enviadas por SMS, e-mail ou WhatsApp
Troca de QR Code ou chave Pix no checkout, desviando o pagamento para contas de terceiros;
Criação de perfis falsos em marketplaces para coletar informações de clientes.
A Serasa diz ainda que monitorou 5,2 milhões de transações entre 28 de novembro e 1 de dezembro, que movimentaram R$ 3,5 bilhões em vendas.
Fones que 'traduzem' vários idiomas: g1 testa AirPods Pro 3 e Galaxy Buds3 Pro
Mais finos que um lápis: g1 testa o iPhone Air e o Galaxy S25 Edge
Black Friday 2025: para se preparar, comece a comparar preços desde já
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Seu nome é raro? De Flankton a Xisto, conheça alguns dos nomes mais originais do Brasil

IBGE divulga os nomes e sobrenomes mais populares do Brasil pela primeira vez
O mapeamento inédito de nomes e sobrenomes registrados no Brasil divulgado na última terça-feira (4) pelo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que os brasileiros têm criatividade na hora de escolher os nomes dos filhos. Pelo país, o g1 encontrou nomes raros e que chamam atenção pela originalidade.
Os nomes mais comuns pelo país são Maria e José. No outro extremo, o Brasil tem 4.309 nomes usados por apenas 20 pessoas, segundo dados do Censo 2022. Se seu nome é 'diferente', você não está só:
Deus, Remédio, Finado e Carnaval: veja nomes inusitados registrados em SP
Uelinto e Xisto: lista revela os nomes mais incomuns em MS
Tel, Fravio, Zion: interior de SP têm centenas de nomes incomuns
Eguinaldo, Mucio e Genesis estão na lista em Caruaru, PE
Enoque, Leonina, Wilhan e mais: veja os nomes menos comuns em Bauru e Marília
Ualison, Temistocles, Antnio: os nomes com no máximo 15 repetições no RN
Na pesquisa por cidade, os nomes usados por menos de 10 pessoas não são divulgados por conta de sigilo estatístico, segundo o instituto. Confira alguns deles:
Flankton e Athelstan: nomes 'diferentões' em SC que não aparecem na lista do IBGE
'Wesdla' teve nome inventado pelo pai no litoral de SP
Caiu, Pedra e Aflalo: confira alguns dos nomes incomuns em Rondônia
Receba e Margarina: veja os nomes raros na Paraíba
Sidelicia, Tetezinha e Querubim: nomes incomuns na Bahia
Teolide, Pracidio e Douguas: os nomes com máximo 15 repetições no Paraná
Liniker é um dos nomes mais raros de Araraquara, cidade natal da cantora
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Locais como inspiração 📌
Natal, no Rio Grande do Norte, dá nome a mais de 8 mil pessoas e nenhuma mora lá.
Caroline Macedo
Nome de cidade, de Estado e...de gente! Veja alguns dos nomes escolhidos em homenagem ou inspirados em um local:
Brasil tem 8.149 pessoas chamadas Natal... mas nenhuma em Natal
Roraima: Brasil tem quase 100 pessoas registradas com nome do Estado
Prazer, Uberlândia: país tem 436 pessoas com o nome da cidade mineira
Você conhece alguém chamado 'Amazonas'? 200 brasileiros têm esse nome
Presidente Prudente: apenas 110 pessoas no Brasil se chamam "Pre
🎤⚽Artistas e atletas
Ás vezes a admiração a um artista vira homenagem na hora de registrar um filho. Nomes de estrelas da música e dos esportes também servem de inspiração.
Mesmo fora dos dados do IBGE, há Shakiras no Acre: conheça quem carrega o nome da popstar
Shakiras no Norte: conheça quem carrega o nome da popstar
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Prazer, Gunnewiek: pedaço da Holanda, cidade do interior de SP tem sobrenome único
Brasil sem tilápia? Entenda o que significa a inclusão do peixe em lista de espécies invasoras

Brasil sem tilápia? O que significa a inclusão do peixe em lista de espécies invasoras
Já imaginou o Brasil sem tilápia? A inclusão dela na Lista Nacional Oficial de Espécies Exóticas Invasoras da Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) gerou preocupação entre os produtores, que temem novas restrições à criação, que é o peixe do Brasil.
Uma espécie é considerada invasora quando ela começa a aparecer em lugares em que não é nativa. Nesse caso a tilápia, ela tem aparecido em rios fora das áreas de produção, o que causa desequilíbrios ambientais, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
Já a característica "exótica" é porque a tilápia não é nativa do Brasil, mas do continente africano, da bacia do Rio Nilo. Por isso ela é chamada de “Tilápia-do-Nilo” e o nome científico é Oreochromis niloticus.
❗A medida, porém, não implica em banimento do uso ou cultivo da tilápia, informou o Ministério do Meio Ambiente. Ou seja, ainda vai dar para comer tilápia no Brasil.
A instituição ressalta que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é responsável por autorizar o cultivo de espécies exóticas e que ele permite a criação da tilápia.
“Não há, portanto, qualquer proposta ou planejamento para interromper essa atividade”, disse o ministério em nota ao g1.
❓ Mas o que muda, na prática, com a inclusão do peixe na lista? Segundo o ministério, ela serve como uma referência técnica para políticas públicas e ações de prevenção e controle ambiental.
Mesmo assim, o setor teme novas exigências do Ibama, que podem atrasar o início da criação e dificultar o acesso ao mercado externo, disse Jairo Gund, diretor executivo da Associação Brasileira das indústrias de pescado (Abipesca).
O tema também gerou divergência dentro do governo. Os ministérios da Agricultura e da Pesca e Aquicultura discordam do Meio Ambiente. O da Pesca avalia que a medida pode dificultar ou encarecer a produção.
Por isso, o ministério prepara um parecer técnico para pedir à Conabio que retire a tilápia da lista, informou a diretora do Departamento de Aquicultura em Águas da União da Secretaria Nacional de Aquicultura, Juliana Lopes da Silva.
“Estarem na lista a tilápia e o javali é desproporcional”, afirma Silva.
Tilápia invasora?
Apesar de as características do peixe serem avaliadas apenas no momento em que se definem as estratégias de controle, pesquisas demonstram que a tilápia possui características que a fazem ser consideradas uma ameaça para ambientes em que não é nativa.
O professor de Ecologia do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especialista no assunto, Jean Vitule, lista algumas. Confira abaixo.
🐟 Territorialista: o peixe pode competir com outras espécies nativas.
🐟 Predadora: ela é onívora, ou seja, come plantas e carne, por exemplo, outros peixes.
🐟 Mudanças no ecossistema: a tilápia pode afetar a quantidade de nutrientes e produtividade nos lagos.
🐟Escapes das áreas de produção: as tilápias que escapam dos criadouros já foram encontradas em áreas de preservação, como as do Rio Guaraguaçu, no Paraná, onde Vitule trabalha há 30 anos.
O biólogo da UFPR também publicou um estudo que identificou a tilápia, que é um peixe de água doce, no mar. O peixe é muito resistente, inclusive em ambientes poluídos, e conseguiu se adaptar à água salgada.
As tilápias que escapam também podem levar parasitas que contaminam os peixes nativos.
As fugas aumentam em períodos de eventos climáticos extremos, explica o pesquisador.
“Mesmo que eu faça um tanque 100% seguro, vai acontecer o que aconteceu, por exemplo, no Rio Grande do Sul, na cheia do ano passado. Escaparam milhares de tilápias de cultivos muito bem-feitos”, afirma.
Saiba mais: de água doce, tilápias encontradas no mar podem causar doenças e mortalidade de peixes; entenda riscos
Quais cuidados o setor toma?
O Ministério da Pesca afirma que o licenciamento ambiental já prevê medidas para evitar fugas, como a reversão sexual dos peixes em machos.
Segundo a diretora Juliana Lopes da Silva, quanto menos fêmeas escapam, menor é o risco de reprodução na natureza. Mas ela reconhece que nem todos os peixes passam pela reversão.
O pesquisador Jean Vitule, porém, diz que já encontrou várias fêmeas com ovos. Segundo ele, isso ocorre porque elas são menores que os machos e conseguem escapar com mais facilidade.
Silva aponta que os produtores tentam evitar escapes da seguinte maneira:
criação em tanque-rede: o método usa gaiolas dentro de reservatórios, lagos ou rios. Elas precisam ficar fechados o tempo inteiro;
criação em viveiro escavado: a técnica usa tanques cavados no solo, usando a água acumulada a partir de nascentes, poços, córregos, rios ou da chuva. Para evitar escapes são implementadas lagoas de decantação e barreiras físicas.
Mesmo assim, esses métodos não são totalmente seguros.
“O escape de alguma forma vai acontecer, mas o que eu posso te garantir é que não é isso que o produtor quer. Porque cada tilápia que escapa é o dinheiro do produtor indo embora”, diz a diretora.
Vitule acrescenta que é possível criar tecnologias, como barreiras elétricas, para reduzir as fugas, mas isso exige grandes investimentos.
Entenda no vídeo abaixo como é a produção de tilápias no Brasil:
De onde vem o que eu como: tilápia
Como a lista foi montada?
O Ministério do Meio Ambiente aponta que a lista foi montada a partir de um extenso trabalho de pesquisa científica.
“Com um total de 247 artigos, livros e publicações científicas avaliados, todos com referências na identificação ao nível de espécie. Outra fonte utilizada é a Base de Dados Nacional de Espécies Exóticas Invasoras (Instituto Hórus 2021)”, explica em nota ao g1.
O órgão também disse que considerou as relações comerciais do Brasil com países que têm espécies capazes de se adaptar aos biomas brasileiros.
Segundo o ministério, foram feitas duas consultas públicas com participação de especialistas e instituições da sociedade civil. Nessas consultas, houve sugestões para incluir ou retirar espécies da lista.
“Estes foram só alguns dos processos de coleta e checagem de dados de forma criteriosa e técnica para todas as espécies, incluindo a tilápia”, diz a nota.
Já Jairo Gund, diretor executivo da Abipesca, afirma que a associação não teve acesso às informações e não foi consultado.
A lista inclui 60 espécies de peixes, além de dezenas de outras categorias, como a abelha africanizada, a manga, a goiabeira e os javalis selvagens.
Leia também: Tilápia vai ficar mais barata no Brasil por causa do tarifaço?
A Comissão de Agricultura aprovou na segunda-feira (30) um convite à ministra Marina Silva para esclarecer a entrada da tilápia na lista.
O que diz quem é contra
Ainda no governo Bolsonaro, em maio de 2022, o Ministério da Agricultura publicou uma lista de espécies domesticadas, que inclui a tilápia. Para a diretora do Ministério da Pesca, uma mesma espécie não pode estar nos dois grupos.
Contudo, o pesquisador da UFPR discorda da lista da Agricultura: “Quase todas as espécies de peixe não são domesticadas como galinha, por exemplo. A tilápia nunca será galinha”, afirma.
A diretora, por sua vez, lembra que muitas espécies produzidas no Brasil são exóticas, ou seja, vieram de outros países.
“Não é porque a gente escolheu a tilápia em detrimento de outro peixe nativo do Brasil. É que ela tem viabilidade econômica, social e tem viabilidade de cultivo”, afirma.
Veja abaixo algumas das consequências que os produtores e o Ministério da Pesca acreditam que a medida pode causar.
➡️Aumento de custos: segundo Silva, o licenciamento ambiental pode ficar mais caro.
➡️Atrasar a abertura de novos mercados: para a diretora, a medida fere a imagem do Brasil na hora de negociar a exportação.
➡️Insegurança jurídica: Silva se preocupa por não existir uma legislação que trate de produção comercial de espécies invasoras. “Então, existe uma lacuna aí no meio que pode gerar uma insegurança jurídica”, diz.
Gund, da Abipesca, concorda: "Essas listas vão inviabilizando as exportações, vão criando amarras e burocracias. Isso causa um desestímulo e uma insegurança jurídica muito grande no setor”.
Ele defende que o governo publique no Diário Oficial da União uma garantia de que a produção não será proibida.
“Embora o Ministério do Meio Ambiente tenha publicado que não será erradicada [...], o setor não confia mais nessas conversas, porque o que vale é o que é publicado no Diário Oficial da União”, afirma.
“Todos os regramentos sanitários e ambientais estão sendo cumpridos, então não justifica flertar com esse tipo de situação”, completa.
➡️Demora para iniciar a criação: para o diretor executivo da Abipesca, a nova lista deve atrasar ainda mais a liberação das licenças de criação.
“Hoje, em questão de dois, três anos, o que já é um absurdo, você consegue ter o licenciamento para começar a produzir”, afirma.
Segundo ele, o produtor precisa de várias autorizações, como da Agência Nacional de Águas (ANA), da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), do órgão ambiental estadual, da outorga de uso da água da União e do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Leia também: Sorvete de tilápia pode ajudar pacientes com câncer; saiba se receita tem gosto de peixe
Tilápia-do-Nilo é a espécie mais cultivada no Brasil
Luiz Franco/ g1
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Isenção do IR: veja quando começa, quem será beneficiado e calcule quanto você vai economizar

g1 em 1 Minuto: IR: calculadoras mostram quanto você deixará de pagar e o que muda
O projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês foi aprovado no Senado na última quarta-feira (5) e deve ser aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda neste mês. A expectativa é que as novas regras entrem em vigor já em 2026.
Promessa de campanha do presidente brasileiro, a proposta também estabelece um desconto progressivamente menor para rendas de até R$ 7.350 mensais, e prevê uma cobrança mínima para contribuintes de alta renda, com alíquota progressiva de até 10% para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano.
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Entenda nesta reportagem as principais perguntas e respostas sobre o tema e calcule o quanto você pode ganhar a mais com as novas regras.
Entenda nesta reportagem as principais perguntas e respostas sobre o tema.
O que está previsto no projeto?
Quem será beneficiado?
Quando essa isenção passa a valer? Já impacta a declaração de 2026?
Quanto os trabalhadores vão economizar por ano?
A isenção vale para quem tem um salário líquido ou bruto de R$ 5 mil?
Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado?
Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar menos imposto?
Como o governo vai compensar essa perda de arrecadação?
Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto?
Haverá alguma mudança no processo de declaração do IRPF?
Sou CLT e ganho R$ 55 mil por mês. Vou ser mais taxado?
🧮 Calcule quanto você deixará de pagar e como fica a cobrança para a alta renda
1. O que está previsto no projeto?
O projeto amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e estabelece descontos progressivamente menores para rendas de até R$ 7.350 mensais.
Para compensar a perda de arrecadação, a proposta prevê a tributação da alta renda — quem ganha acima de R$ 600 mil por ano — com uma alíquota progressiva de até 10%. (Entenda mais abaixo)
O texto aprovado também isentou da alíquota mínima do IRPF pagamentos, créditos, entregas ou remessas de lucros, ou dividendos, de:
governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos auferidos em seus países pelo governo brasileiro;
fundos soberanos;
entidades no exterior que tenham como principal atividade a administração de benefícios previdenciários, tais como aposentadorias e pensões, conforme definidas em regulamento.
Além disso, a proposta também trata sobre a compensação de estados e municípios, oferece alívio tributário para profissionais que atuam em cartórios — como notários e registradores —, e cria um mecanismo de compensação sobre lucros e dividendos.
O texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor em janeiro de 2026.
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2. Quem será beneficiado?
Segundo o economista Bruno Carazza, doutor direito econômico pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e comentarista do Jornal da Globo, cerca de 15 milhões de contribuintes serão beneficiados com a nova medida — seja deixando de pagar ou recolhendo menos imposto.
Carazza destaca também que um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil pessoas — aquelas que recebem mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano — passará a arcar com parte do custo da medida.
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3. Quando essa isenção passa a valer? Já impacta a declaração de 2026?
Apesar de o texto ter sido aprovado pelo Congresso Nacional, o texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Lula para entrar em vigor.
Depois que o texto chega ao Planalto, o presidente deve sancioná-lo em até 15 dias úteis. Dessa forma, a expectativa é que o projeto ganhe o aval de Lula ainda neste mês.
Uma vez sancionada, a medida deve passar a valer já a partir de janeiro de 2026 — ou seja, deve impactar a declaração do Imposto de Renda feita em 2027.
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4. Quanto os trabalhadores vão economizar por ano?
Como o g1 já mostrou, a nova isenção deve gerar ganhos mensais para os contribuintes que se encaixem nas novas regras.
A expectativa é que os trabalhadores que recebem R$ 5 mil por mês (R$ 60 mil por ano) tenham ganhos de R$ 312,89 na renda mensal — valor que vai reduzindo gradativamente conforme a renda cresce. Veja a simulação por faixa salarial e calcule o quanto você pode ganhar mais abaixo.
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5. A isenção vale para quem tem um salário líquido ou bruto de R$ 5 mil?
A isenção vale para quem tem rendimentos mensais brutos de até R$ 5 mil.
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6. Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado?
Sim, desde que a soma dos rendimentos tributáveis não ultrapasse os R$ 5 mil mensais.
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7. Quem ganha entre R$ 5.000 e R$ 7.350 vai pagar menos imposto?
Sim. O texto aprovado também estabelece um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 por mês.
Pela nova regra, são beneficiados por esse desconto os contribuintes com rendas a partir de R$ 5.001. Assim, quem recebe R$ 7 mil por mês, por exemplo, deverá ter ganhos de R$ 46,61 mensais e de R$ 605,87 no ano, considerando o décimo terceiro salário.
Já os contribuintes que recebem acima dessa faixa não serão impactados pelas mudanças, pois a tabela progressiva do Imposto de Renda não foi alterada. Nada muda também para quem ganha até R$ 3.036 — parcela já isenta pela tabela em vigor.
Veja abaixo uma tabela de simulações feita por Welinton Mota, da Confirp Contabilidade:
Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350
Arte/g1
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8. Como o governo vai compensar a perda de arrecadação?
Segundo dados do governo federal, a expectativa é que a isenção do Imposto de Renda custe R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos em 2026.
Para compensar a perda de arrecadação, o texto prevê uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil.
ENTENDA: cobrança mínima para alta renda começa em R$ 0,10 com nova regra
A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%.
Quando votada na Câmara, o relator do projeto, deputado Arthur Lira (PP-AL), também acrescentou um dispositivo que destina parte do dinheiro de arrecadação a estados e municípios.
🔎 De acordo com parecer, mesmo com a ampliação da faixa de desconto parcial, haverá uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027. Esse dinheiro será usado para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária.
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9. Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto?
Sim. A expectativa é que pessoas físicas com renda anual superior a R$ 600 mil — o equivalente a mais de R$ 50 mil por mês — estarão sujeitas a uma tributação mínima de até 10%, aplicada apenas sobre o valor que exceder esse limite.
Dessa forma, quem recebe um pouco acima do limite pagará uma alíquota reduzida, e o valor do imposto aumentará de forma gradual conforme a renda cresce. Veja alguns exemplos:
Quem ganha R$ 600.001,00 paga cerca de R$ 0,10, com alíquota de 0,000017%;
Uma renda um pouco maior, de R$ 600.010,00 ao ano, passa a ter alíquota de 0,000167%, gerando imposto de R$ 1,00;
Quem recebe R$ 601 mil por ano terá alíquota de 0,0167%, equivalente a R$ 100,17 de imposto;
Com R$ 602 mil anuais, a alíquota sobe para 0,0333%, resultando em R$ 200,67 de imposto mínimo;
Para uma renda de R$ 605 mil, a alíquota mínima é de 0,0833%, correspondendo a R$ 504,17 de imposto;
Quem recebe R$ 610 mil por ano terá alíquota de 0,1667%, com imposto mínimo de R$ 1.016,67;
Com R$ 615 mil anuais, a alíquota chega a 0,25%, e o imposto mínimo será de R$ 1.537,50.
Como o g1 já mostrou, a proposta busca corrigir uma distorção comum entre os contribuintes de maior renda: muitos declaram um pró-labore baixo, sujeito a poucos impostos, enquanto a maior parte dos ganhos vem da distribuição de lucros, que atualmente é isenta.
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10. Haverá alguma mudança no processo de declaração do IRPF?
Ainda não houve uma definição sobre alguma eventual mudança no processo de declaração do Imposto de Renda para pessoas físicas que entrem na nova faixa de isenção. A expectativa é que eventuais novas regras devem ser detalhadas pela Receita Federal após a sanção da lei.
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11. Sou CLT e ganho R$ 55 mil por mês. Vou ser mais taxado?
Não. Quem tem vínculo CLT já tem imposto retido na fonte, sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Assim, nada muda.
A nova regra não afeta salários, honorários, aluguéis ou outras rendas que já sejam tributadas na fonte.
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12. 🧮 Calcule quanto você deixará de pagar e como fica a cobrança para a alta renda
Para entender o impacto real das mudanças, o g1 elaborou, com o apoio da Confirp Contabilidade, duas calculadoras que mostram:
Calculadora da isenção: quanto você vai deixar de pagar de Imposto de Renda.
Calculadora da alta renda: qual será a cobrança para ganhos anuais a partir de R$ 600 mil.
Faça as simulações abaixo:
ENTENDA: Como foi feito o cálculo?
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Mega-Sena pode pagar R$ 55 milhões neste sábado

Como funciona a Mega-sena
O concurso 2.938 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 55 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 21h deste sábado (8), em São Paulo.
Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp
No concurso da última quinta (6), ninguém levou o prêmio máximo.
A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 20h – saiba como fazer a sua aposta online.
A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados.
Mega-Sena
Marcelo Brandt/G1
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos.
Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo.
O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
Nubank vai mudar modelo de trabalho para sistema híbrido em 2026

Logo do Nubank na Bolsa de Valores de Nova York.
Brendan McDermid/ Reuters
O Nubank anunciou na quinta-feira (6) que vai exigir que os funcionários trabalhem presencialmente em escritórios do banco pelo menos dois dias por semana a partir do segundo semestre de 2026. Atualmente, os funcionários trabalham em um esquema praticamente todo remoto.
Para isso, o banco afirmou que vai investir em uma ampliação de espaços corporativos em São Paulo, Cidade do México e Bogotá e também para equipes específicas, em Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro, Buenos Aires, capital da Argentina.
A empresa também vai ampliar escritórios nos Estados Unidos: em Washington D.C., Miami e Palo Alto. O mesmo acontecerá nos centros de talentos em Berlim, Montevidéu, e Durham, nos Estados Unidos.
No entanto, o Nubank não revelou quanto vai investir para a migração de seus 9.500 funcionários para o sistema híbrido.
"Nos últimos cinco anos, o Nubank prosperou em um ambiente prioritariamente remoto", afirmou em carta aos funcionários o presidente-executivo do Nubank, David Vélez, citando que no período o banco alcançou 122 milhões de clientes.
Veja os vídeos em alta no g1:
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"A partir de 1º de julho de 2026, planejamos trazer os Nubankers de volta ao trabalho em equipe presencial, dentro de escritórios vibrantes, começando com 2 dias por semana e, mais adiante, 3 dias por semana em 1º de janeiro de 2027", acrescentou.
Segundo o executivo, o Nubank, conhecido por não ter agências e oferecer serviços apenas em ambiente digital, está "construindo uma série de novos escritórios" para lidar com a mudança.
Trump se irrita com preço de carne e manda investigar frigoríficos nos EUA

Trump se irrita com preço de carne e manda investigar frigoríficos nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (7) que pediu ao Departamento de Justiça (DOJ) para investigar os frigoríficos do país que, segundo ele, estão elevando o preço da carne bovina.
"Pedi ao DOJ que inicie imediatamente uma investigação sobre as empresas frigoríficas que estão elevando o preço da carne bovina por meio de conluio ilícito, fixação de preços e manipulação de preços", disse Trump em publicação no Truth Social, sem mencionar os nomes das empresas.
Trump disse ainda que os preços do gado têm caído "substancialmente", mas que o da carne embalada subiu.
"Portanto, sabe-se que há algo de suspeito. Vamos descobrir a verdade muito rapidamente. Se houver crime, os responsáveis pagarão um preço alto!", declarou.
A Procuradora-Geral do país, Pamela Bondi, disse que a investigação já está em andamento.
Leia também: 'Traição': a fúria de pecuaristas americanos com plano de Trump de comprar mais carne bovina argentina
Pecuaristas insatisfeitos
Os pecuaristas norte-americanos criticam Trump desde outubro, depois do presidente sugerir que o país importe mais carne bovina da Argentina.
Na ocasião, Trump disse que usaria a medida para reduzir os preços da carne bovina nos EUA, que atingiram níveis recordes.
Os produtores viram o comentário como uma ameaça no momento em que lucram com os preços altíssimos do gado e com a forte demanda de consumidores americanos.
Trump respondeu às críticas nas redes sociais e disse que eles estão em uma boa condição econômica graças ao tarifaço imposto ao Brasil e outros países.
"Os pecuaristas, que eu amo, não entendem que a única razão pela qual estão indo bem, pela primeira vez em décadas, é porque eu impus tarifas sobre o gado que entra nos EUA, incluindo uma tarifa de 50% sobre o Brasil", disse Trump em sua rede social.
Menos gado no pasto
Os estoques de gado dos EUA em janeiro caíram para o nível mais baixo em quase 75 anos, após os fazendeiros reduzirem seus rebanhos devido a uma seca de anos que queimou as terras de pastagem e aumentou os custos de alimentação.
O fornecimento ficou ainda mais restrito porque os EUA suspenderam, desde maio, a maioria das importações de gado mexicano em meio a preocupações com a disseminação para o norte da bicheira-do-Novo-Mundo, uma praga carnívora que infesta o gado.
Além disso, em agosto, os EUA aplicaram uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros exportados para o país, incluindo carne.
O Brasil é o principal fornecedor de carne para a indústria norte-americana. É a carne que vira hambúrguer, por exemplo.
Mesmo com tarifaço, exportação de carne bovina do Brasil bate novo recorde em setembro
Apesar de os EUA também serem grandes produtores de carne, ainda precisam importar o alimento para suprir a demanda dos seus consumidores, que se manteve firme, aumentando os preços.
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Brasileiro come mais vaca que boi: abate de fêmeas superou o de machos pela primeira vez
Ibovespa tem 10º recorde seguido: entenda a disparada da bolsa e como isso afeta a economia

Ibovespa tem 10º recorde seguido: entenda a disparada da bolsa
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou esta sexta-feira (7) em alta de 0,47%, aos 154.064 pontos, alcançando sua décima máxima histórica consecutiva. No acumulado da semana, o avanço foi de 3%.
Só em 2025, o índice de ações da B3 atingiu 25 recordes de fechamento — puxados pelo cenário de cortes de juros nos Estados Unidos e pela expectativa de redução também na taxa básica brasileira, a Selic. Entre os setores, destaque para a alta nas ações de grandes bancos. (Leia mais abaixo)
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Apesar de algumas oscilações, o movimento de valorização que se intensificou nas últimas semanas tem se sustentado desde o início do ano: entre janeiro e esta sexta-feira, o índice da bolsa acumulou alta de 28,08%, passando de 118.533 pontos em 3 de janeiro para os atuais 154.064 pontos.
Mas o que explica a disparada da bolsa brasileira? E o que isso significa para a economia do país — e para o seu bolso? O g1 conversou com especialistas para entender. Veja nas perguntas abaixo:
O que está por trás dos sucessivos recordes?
O que significa superar a marca de 150 mil pontos?
Como a alta do Ibovespa impacta a economia — e o seu bolso?
180 mil pontos? O que esperar à frente
O que está por trás dos sucessivos recordes?
O fator decisivo para a sequência de recordes da bolsa brasileira foi a mudança de postura do Federal Reserve (Fed).
Em 29 de outubro, o banco central dos EUA reduziu os juros pela segunda vez em 2025, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano — o menor nível desde novembro de 2022. Na reunião anterior, de 17 de setembro, o Fed já havia encerrado um período de nove meses sem reduções.
"Com isso, os investidores estrangeiros voltaram a olhar para os mercados emergentes, especialmente para o Brasil, que ainda paga juros reais muito altos", analisa a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito.
🔎 Juros menores nos EUA reduzem o rendimento das Treasuries, os títulos do governo americano, que são vistos como os investimentos mais seguros do mundo. O movimento faz investidores buscarem aplicações mais rentáveis em mercados emergentes. O Brasil tem se destacado nesse cenário, favorecendo a bolsa e o real frente ao dólar.
Na prática, juros mais baixos nos EUA beneficiam não só a renda fixa brasileira, mas também a renda variável, ao estimular o fluxo de capital para mercados emergentes e aumentar o apetite por ativos de risco, como ações negociadas na B3.
O corte das taxas americanas também contrasta com uma Selic ainda elevada: a taxa básica brasileira está em 15%, o maior nível em quase 20 anos. Na última quarta-feira (5), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter os juros inalterados.
Gustavo Jesus, sócio da Victrix Capital, explica que a perspectiva de corte de juros no Brasil em 2026 colabora com a migração de investidores da renda fixa para a variável. “Os mercados já se antecipam a esse movimento”, afirma.
Do ponto de vista das empresas, Ricardo Trevisan, CEO da Gravus Capital, afirma que o Ibovespa foi impulsionado, principalmente, pela alta nas ações de empresas do setor financeiro, com destaque para grandes bancos como Itaú Unibanco (+53,53% no ano), Bradesco (+74,61) e BTG Pactual (+90,61%).
"Esses bancos, juntos [incluindo o Banco do Brasil], representam cerca de 25% do índice e têm se beneficiado da manutenção da taxa Selic em patamares elevados, que sustenta margens de juros robustas e atrai investidores em busca de dividendos consistentes", diz Trevisan.
Há ainda o bom desempenho de commodities como minério de ferro, petróleo e produtos do agronegócio — que tem fortalecido empresas importantes no Ibovespa neste ano. Balanços financeiros positivos de diversas companhias e a desaceleração da inflação também impulsionaram a bolsa.
"Mesmo com o tom fiscal [condução das contas públicas pelo governo] trazendo aversão ao risco, o ambiente de juros estáveis diminui essa preocupação com o futuro e dá mais previsibilidade e confiança para o investidor apostar no curto prazo", diz Ariane Benedito, do PicPay.
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O que significa superar a marca de 150 mil pontos?
Os especialistas afirmam que superar os 150 mil pontos não tem um significado técnico, mas forma um marco psicológico importante que atrai atenção para a bolsa.
"É um patamar simbólico, que reforça a percepção de recuperação do mercado. Essa alta de 28% no ano surpreendeu grande parte dos investidores, que estavam mais focados em renda fixa no início de 2025", analisa Gustavo Jesus, da Victrix Capital.
Para Hênio Scheidt, gerente de Produtos da B3, o marco indica que os investidores seguem diversificando e sofisticando suas carteiras, "com a renda variável sendo um componente chave de suas estratégias de investimento".
"Há uma retomada gradual de investidores locais e internacionais em renda variável na bolsa do Brasil", diz.
De modo geral, a alta do Ibovespa tem sido impulsionada por um fluxo constante de capital estrangeiro. Segundo dados da B3, 58,30% dos recursos aplicados na bolsa brasileira — considerando o mercado como um todo, não apenas o índice — têm origem internacional neste ano.
“O investidor tem sido atraído pelo diferencial de juros reais no Brasil [ou seja, por retornos mais altos que nos EUA] e pela perspectiva de cortes à frente, o que torna o mercado nacional mais competitivo em relação a outras economias emergentes”, afirma Trevisan, da Gravus Capital.
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Como a alta do Ibovespa impacta a economia — e o seu bolso?
O impacto para a população em geral é indireto, mas existe. Ao captar recursos por meio de ações, as empresas costumam investir mais, o que gera empregos e aumenta a arrecadação de impostos, com efeitos positivos na economia.
“Há também uma possível melhora nos salários. Mas o impacto no dia a dia do brasileiro comum é gradual”, diz Ariane Benedito, do PicPay.
Ela destaca ainda que o movimento pode fortalecer o real frente ao dólar, reduzindo os preços das importações e influenciando também os preços ao consumidor.
Hênio Scheidt, da B3, segue a mesma linha. "A confiança dos investidores nas empresas brasileiras incentiva o crescimento econômico, do qual todos — investidores ou não — podem se beneficiar indiretamente", diz.
Gustavo Jesus, sócio da Victrix Capital, fala em um ciclo virtuoso, que favorece diretamente investidores e empresas, com impactos positivos para a economia do país.
“Quando a bolsa sobe, os investidores que lucram com isso tendem a consumir mais, o que ajuda a movimentar a economia. Além disso, empresas mais valorizadas conseguem captar recursos, ampliar investimentos e gerar empregos, beneficiando o país como um todo", avalia.
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180 mil pontos? O que esperar à frente
Ricardo Trevisan, CEO da Gravus Capital, vê o cenário com otimismo. Com a expectativa de queda gradual da taxa básica de juros e de um crescimento econômico mais robusto, ele acredita que o Ibovespa pode superar os 170 mil pontos, com potencial para atingir os 180 mil no próximo ano.
"Essa alta seria impulsionada pela recuperação de setores chave como o imobiliário e o varejo, que são altamente sensíveis à redução dos juros e ao aumento do consumo", afirma.
Benedito, do PicPay, fala em "otimismo moderado" para o fim de 2025. A tendência, diz a economista, é de uma consolidação entre 148 mil a 155 mil pontos até dezembro, conforme as projeções de mercado.
Por outro lado, ela também enxerga um viés positivo para 2026, caso o Federal Reserve mantenha o ciclo de cortes de juros nos EUA e o Brasil consiga preservar as regras do novo arcabouço fiscal — mecanismo criado para controlar o crescimento dos gastos públicos.
Nesse cenário, o índice poderia alcançar os 165 mil pontos, a depender do ânimo dos investidores e da consolidação dos dados econômicos. “Já em um cenário mais otimista, com melhora do fiscal e commodities firmes, há espaço até para 175 mil pontos”, diz.
Gustavo Jesus, da Victrix Capital, adota uma postura mais cautelosa e não arrisca projeções. O economista pondera que há variáveis fora do controle e naturalmente imprevisíveis, como crises e acontecimentos futuros, sejam positivos ou negativos.
“Por isso, a forma mais indicada de investir na bolsa é manter uma alocação de longo prazo, compatível com o perfil de risco. Essa estratégia tende a oferecer retornos superiores aos da renda fixa no longo prazo”, sugere.
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Painel eletrônico mostra as recentes flutuações de ações na B3 em 28 de outubro de 2021
REUTERS/Amanda Perobelli
Exportadores de frango projetam fechar o ano em alta após retomada de vendas para China

China suspende proibição das importações de frango do Brasil depois de 6 meses de embargo
Após a reabertura do mercado chinês de carne de frango para o Brasil, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) acredita que os embarques podem terminar 2025 em alta.
A China suspendeu o embargo sobre todas as importações de aves e produtos relacionados do Brasil nesta sexta-feira (7).
As compras foram suspensas em 16 de maio, após o país detectar o seu 1º e único caso de gripe aviária em uma granja comercial, em Montenegro (RS). A China é a principal importadora de carne de frango do Brasil.
O embargo foi revogado com efeito imediato "com base nos resultados da análise de risco", informou a agência alfandegária chinesa no comunicado, divulgado na sexta-feira, mas datado de 31 de outubro.
A ABPA havia reduzido suas projeções para o ano em agosto, vendo uma queda de 2% no ano, principalmente por conta do embargo chinês.
Mas em outubro, as exportações brasileiras de carne de frango tiveram o segundo melhor resultado da história, somando 501,3 mil toneladas de carne. O número representa alta de 8,2% sobre o mesmo período do ano passado.
"O desempenho de outubro é o maior desde março de 2023, quando registramos o recorde mensal do setor", disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em nota.
"Com os expressivos embarques do mês, praticamente zeramos a diferença entre os volumes embarcados neste ano e no ano passado, revisando as projeções para um provável crescimento em toneladas embarcadas para os doze meses de 2025", completou.
Em 2024, foram exportados cerca de US$ 10 bilhões, representando 35% do comércio global.
A receita das exportações de outubro chegou a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024. No ano, o total atingiu US$ 8,031 bilhões, queda de 1,8% ante o ano anterior.
No acumulado do ano, os embarques chegaram a 4,378 milhões de toneladas, queda de apenas 0,1% em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado.
Saiba também: Veja os países com embargos à carne de frango do Brasil após gripe aviária
Embargos
O Brasil é o maior exportador de frangos do mundo e exporta o produto para 151 países. Grandes mercados, como os Emirados Árabes, a Arábia Saudita e a União Europeia já voltaram a comprar do Brasil.
Atualmente, apenas o Canadá mantém a suspensão total das importações de frango.
Até maio, a China era a maior importadora de carne de frango do Brasil. Apenas entre janeiro e maio, o país havia importado 228,2 mil toneladas de carne de frango, 10,4% do total exportado pelo Brasil até então.
A ABPA ressaltou que gradativamente todos os grandes importadores de carne de frango retomaram as compras, com a resolução do caso de gripe aviária.
Recentemente, a União Europeia anunciou a retomada dos embarques.
Raio X da produção e venda de carne de frango do Brasil
arte g1
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Trama golpista: prisão de generais em unidades militares tem gerado desconforto nas Forças Armadas

Trama golpista: generais presos em unidades militares geram desconforto nas Forças Armadas
A possibilidade de mais generais virem a ser presos em unidades militares tem gerado desconforto na cúpula das Forças Armadas.
No núcleo crucial da trama golpista, são três militares de alta patente que já foram condenados à prisão e aguardam a análise de recursos, além de Walter Souza Braga Netto, que está preso preventivamente desde dezembro de 2024.
São eles:
Augusto Heleno, general de Exército e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Paulo Sérgio Nogueira, general de Exército e ex-ministro da Defesa; e
Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha
Além de Braga Netto, outro general do Exército está preso provisoriamente: Mário Fernandes, que está detido em Brasília. Ele trabalhou na Secretaria-Geral da Presidência na gestão Jair Bolsonaro e é acusado de tramar um plano para matar autoridades após as eleições de 2022.
Fontes militares em Brasília afirmam que a situação dos generais presos, em especial a de Braga Netto, no Rio de Janeiro, tem causado mal-estar.
Os relatos são de que, em razão da hierarquia militar, muitos oficiais e também militares de baixa patente estão incomodados com a presença de um general de quatro estrelas em uma sala de quartel no Rio de Janeiro.
Militares de patentes inferiores a de Braga Netto são responsáveis por vigiá-lo e levar comida para o ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro em 2022.
Alguns militares chegam a afirmar que seria melhor que os generais fossem para a Papuda, complexo penal de Brasília. Entretanto, há previsão legal para a prisão de militares em quartéis, o que só não ocorre em caso de perda da patente.
Ainda sobre o desconforto resultante da hierarquia militar, uma fonte afirmou ao blog que, na acareação entre Mauro Cid e Braga Netto no STF, o ex-ajudante de ordens sequer conseguia olhar nos olhos do general de quatro estrelas.
Cid chegou a dizer a pessoas próximas que não conseguia responder diretamente a Braga Netto, porque o general era seu superior no Exército e que, na caserna, hierarquia é "questão de vida ou morte".
Ministro da Casa Civil, Braga Netto
Carolina Antunes/PR
Tesouro prevê alta da dívida pública para 82,5% do PIB ao fim do governo Lula, mais perto de recorde registrado na pandemia

A Secretaria do Tesouro Nacional estimou nesta sexta-feira (7) que a dívida do setor público consolidado, envolvendo governo, estados, municípios e estatais, continuará avançando até o fim do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026, quando atingirá 82,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
A informação consta na 7ª Edição do Relatório de Riscos Fiscais da União.
Em setembro deste ano, último resultado divulgado pelo Banco Central, responsável pela compilação dos dados, o endividamento brasileiro estava em 78,1% do PIB — o equivalente a R$ 9,75 trilhões.
🔎 A dívida do setor público consolidado é um conceito fiscal que representa o montante total das obrigações financeiras assumidas por um ente da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), apurado sem duplicidade.
🔎O indicador é considerado um termômetro da chamada "solvência" de uma nação, ou seja, da capacidade de honrar seus compromissos futuros. Quanto maior o indicador, maior o risco de um calote em momentos de crise.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
Se confirmado, o endividamento brasileiro terá uma alta de 10,8 pontos percentuais no governo Lula, visto que somava 71,7% do PIB em dezembro de 2022, quando o governo Jair Bolsonaro chegou ao fim.
No nível projetado pelo Tesouro Nacional, a dívida brasileira atingirá o maior patamar desde abril de 2021 - quando somou 82,6% do PIB. A série histórica, que tem início em 2008, também é do BC.
Também ficará mais próxima do recorde histórico, de 87,7% do PIB, registrado em outubro de 2020, no auge da pandemia da Covid-19. Naquele ano, o governo efetuou gastos extraordinários de R$ 524 bilhões em auxílio emergencial para a população, além de despesas com saúde e para garantir operações de crédito a juros menores.
➡️ Em termos práticos, com uma dívida mais alta há uma pressão maior sobre a taxa de juros brasileira. Isso se reflete nos juros cobrados pelo mercado financeiro ao setor produtivo da economia, restringindo o crescimento do país.
Comparação internacional
A metodologia utilizada no cálculo do da dívida pública brasileira não observa as normas internacionais. Em nota, o Banco Central informou que seu método, utilizado desde 2008, "reflete as características institucionais brasileiras".
➡️ No padrão do Fundo Monetário Internacional (FMI), referência para comparação internacional — que inclui títulos públicos que estão na carteira do BC no endividamento brasileiro —, a dívida do país é muito maior: 90,5% do PIB (patamar de setembro).
Em agosto do ano passado, o FMI recomendou que o Brasil passe a adotar seu formato de cálculo, incluindo na dívida todos os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional na carteira do BC. Em média, pelo padrão do FMI, a dívida brasileira fica cerca de 12 pontos acima do registrado pelo Banco Central.
➡️Com isso, o patamar de 82,5% do PIB, projetado pelo Tesouro Nacional para o fim do governo Lula, em 2026, estaria próximo, na realidade, de 95% do PIB pelo critério internacional, adotado pelo FMI.
➡️Na comparação internacional, o endividamento brasileiro, no fim de 2024, já estava muito próximo do padrão de países da Zona do Euro; bem acima de países da América Latina e de nações emergentes. Mas segue abaixo endividamento de países desenvolvidos.
Fatores para o aumento
No terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o endividamento tem avançado principalmente por conta do aumento de despesas públicas, algo que tem pressionado a taxa de juros. Veja os motivos:
PEC da transição: governo aprovou, ainda em 2022, a chamada PEC da transição, por meio da qual ampliou o limite para gastos públicos, permanentemente, em cerca de R$ 170 bilhões por ano.
Reajuste real do salário mínimo: governo Lula retomou a política de reajustes reais do salário mínimo, ou seja, aumentos acima da inflação (limitada a 2,5%). Esse foi um dos principais fatores a elevar as despesas, visto que os benefícios previdenciários não podem ser menores que o salário mínimo.
Pisos saúde e educação: governo retomou a política de que os gastos mínimos em saúde e educação são atrelados à receita, e não mais à inflação do ano anterior (essas rubricas estavam dentro do teto de gastos, do presidente Temer, até então).
Pagamento de precatórios atrasados na gestão Bolsonaro: o que injetou R$ 92,3 bilhões na economia no fim de 2023, início de 2024.
Reajustes a servidores públicos: governo retomou política de reajustes a servidores públicos, que estava represada no governo Jair Bolsonaro, com base na inflação. Houve ampla mesa de negociação com cerca de 100 categorias contempladas.
Despesas com juros da dívida pública: em doze meses até setembro, esses gastos somaram R$ 985 bilhões, segundo o BC. Como a dívida é alta, na ausência de um ajuste fiscal maior, o mercado cobra juros maiores para comprar títulos do governo, explicou o ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Como conter a dívida?
Para tentar conter o crescimento da dívida, em 2023 o governo aprovou o chamado "arcabouço fiscal", ou seja, novas regras para as contas públicas em substituição ao teto de gastos. Por estas regras:
a despesa não pode registrar crescimento maior do que 70% do aumento da arrecadação;
a alta de gastos fica limitada, em termos reais, a 2,5% por ano;
o arcabouço busca conter o crescimento da dívida pública no futuro.
➡️Sem um corte robusto de despesas, necessário para manter de pé o arcabouço fiscal, especialistas em contas públicas estimam que a regra terá de ser abandonada nos próximos anos. Eles argumentam que, no atual formato, as regras ficarão insustentáveis.
Na 7ª Edição do Relatório de Riscos Fiscais da União, documento divulgado nesta sexta-feira, o Tesouro Nacional avalia que uma redução sustentada da dívida/PIB, no médio prazo, depende da continuidade de reformas que melhorem o ambiente de negócios e maior crescimento do PIB, com destaque para aquelas que promovam a consolidação fiscal (contenção de despesas permanentes).
Fernando Haddad durante coletiva sobre megaoperação contra o PCC
Jorge Silva/Reuters
Como criar abelhas sem ferrão

Imagem de uma forma de produção de mel das abelhas sem ferrão.
Érico Andrade/g1
O Rogério Selson da Costa, de Poços de Caldas (MG), enviou uma dúvida que é também o desejo de muita gente que acompanha o Globo Rural: como começar uma criação de abelhas sem ferrão?
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) oferece um e-book gratuito com todas as orientações necessárias para quem quer se aventurar na meliponicultura — a criação de abelhas nativas brasileiras que não têm ferrão.
No material, o produtor encontra passo a passo para formar a primeira colônia, além de explicações sobre como manter as abelhas ativas e realizar a coleta de mel de forma correta.
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Por que Elon Musk pode estar mais perto de se tornar um trilionário

Acionistas da Tesla aprovam plano de pagamento de US$ 878 bilhões para Elon Musk
Acionistas da Tesla aprovaram nesta quinta-feira (06) um pacote de remuneração recorde para o CEO (diretor-executivo) da empresa, Elon Musk, que pode chegar a quase US$ 1 trilhão.
Se conseguir cumprir várias metas e conquistar essa remuneração, Musk se tornaria o primeiro trilionário do mundo.
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O acordo, sem precedentes, teve 75% dos votos e recebeu aplausos estrondosos da plateia na assembleia anual da empresa.
Musk, que já é o homem mais rico do mundo, precisa aumentar drasticamente o valor de mercado da empresa de carros elétricos ao longo de 10 anos.
Se ele conseguir isso e atingir várias outras metas, será recompensado com centenas de milhões de novas ações.
A magnitude do possível pagamento gerou críticas, mas o conselho da Tesla argumentou que Musk poderia deixar a empresa se o acordo não fosse aprovado — e que a companhia não podia se dar ao luxo de perdê-lo.
Após o anúncio, Musk subiu ao palco em Austin, nos Estados Unidos, e dançou ao som de gritos com seu nome.
"O que estamos prestes a iniciar não é apenas um novo capítulo do futuro da Tesla, mas um livro completamente novo", disse ele. "Outras assembleias de acionistas são um tédio, mas as nossas são incríveis. Olha só isso. É sensacional", comemorou.
Os objetivos que Musk precisa cumprir na próxima década para maximizar seus ganhos incluem aumentar o valor de mercado da Tesla de US$ 1,4 trilhão (no momento desta publicação) para US$ 8,5 trilhões.
Ele também precisa colocar um milhão de veículos autônomos robotáxis em operação comercial.
Mas suas primeiras declarações nesta quinta-feira (6) focaram no robô Optimus, que tem aspecto humano e é projetado para realizar tarefas repetitivas e variadas.
Isso frustou alguns analistas e entusiastas da Tesla que querem que Musk se concentre em revitalizar o ramo de veículos elétricos da empresa.
Musk disse que todo mundo gostaria de um robô Optimus
Reuters via BBC
Mais tarde, Musk se referiu ao FSD, sigla de "direção totalmente autônoma" em inglês, dizendo que a empresa está "quase confortável" em permitir que os motoristas "enviem mensagens de texto enquanto dirigem".
Órgãos reguladores dos EUA estão investigando o recurso de direção autônoma da Tesla após vários acidentes — como carros passando por semáforos vermelhos ou dirigindo na contramão, alguns resultando em acidentes e ferimentos.
As ações da Tesla subiram ligeiramente no pregão após o fechamento do mercado, mas acumulam alta de mais de 62% nos últimos seis meses.
As vendas caíram desde que Musk se alinhou ao presidente dos EUA, Donald Trump — uma relação que se desfez em maio.
Dan Ives, analista da consultoria Wedbush Securities e defensor de longa data da gestão de Musk, chamou o bilionário de "o maior ativo da Tesla" em uma nota publicada após a deliberação dos acionistas.
"Continuamos acreditando que a valorização da IA [inteligência artificial] está sendo desbloqueada e acreditamos que a caminhada rumo a uma valorização da TSLA [Tesla] impulsionada pela IA nos próximos 6 a 9 meses já começou", afirmou.
Musk já detinha 13% das ações da Tesla.
Bônus já foi bloqueado pela Justiça dos EUA
Os acionistas haviam ratificado duas vezes um pacote de remuneração no valor de dezenas de bilhões de dólares, caso ele conseguisse um aumento de dez vezes no valor de mercado da empresa — o que o empresário conseguiu.
Mas um juiz de Delaware rejeitou este acordo de remuneração argumentando que os membros do conselho da Tesla eram muito próximos de Musk.
A Suprema Corte de Delaware está atualmente analisando a decisão do juiz de primeira instância.
O novo pacote de remuneração para Musk foi rejeitado por vários grandes investidores institucionais, incluindo o fundo soberano da Noruega, o maior fundo soberano do mundo; e o Sistema de Aposentadoria dos Funcionários Públicos da Califórnia (CalPERS), o maior fundo de pensão pública dos EUA.
Isso deixou Musk mais dependente do volume excepcionalmente grande de investidores individuais da Tesla.
Musk e seu irmão Kimbal, que também faz parte do conselho da Tesla, tiveram permissão para votar na reunião desta quinta.
Nas últimas semanas, membros do conselho de administração da Tesla ajudaram a pressionar pelo novo pacote de remuneração de Musk com uma campanha de marketing intensa que irritou alguns especialistas em governança corporativa.
Um vídeo publicado no site votetesla.com mostrou a presidente do conselho, Robyn Denholm, e a diretora Kathleen Wilson-Thompson elogiando Musk.
Pacote trilionário para Musk está condicionado ao cumprimento de algumas metas ambiciosas para a Tesla
Reuters via BBC
Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA, que pode gerar cancelamentos de voos no país

Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação
A paralisação no governo americano, também conhecida como "shutdown", entra no 38º dia nesta sexta-feira (7). Essa já é a mais longa da história do país e afeta uma série de serviços públicos.
Por causa de uma ordem de segurança do Departamento de Transportes devido à falta de funcionários durante a paralisação do governo, ao menos 4% dos voos dos Estados Unidos devem ser cancelados nesta sexta. A medida afeta os 40 maiores aeroportos do país e causou um dia de caos nesta sexta, com mais de 800 voos cancelados.
Entenda o que é o shutdown:
A paralisação ocorre quando o Congresso não aprova o orçamento federal dentro do prazo. Com isso, o governo fica sem dinheiro para manter serviços e pagar servidores federais.
No centro do impasse está a saúde. Os democratas, opositores de Donald Trump, afirmam que só aprovarão o projeto se programas de assistência médica forem prolongados.
O governo precisa de 60 votos no Senado para aprovar o orçamento, mas apenas 53 senadores são do mesmo partido do presidente.
Trump tem colocado a culpa da paralisação nos democratas. Nas redes, contas do governo afirmam que a oposição escolheu o "caos" e está prejudicando o país.
Por que o setor de aviação está sendo afetado?
A aviação está sendo prejudicada pelo shutdown devido à falta de trabalhadores que atuam no controle aéreo. Esses servidores estão desde o dia 1º de outubro trabalhando sem receber, e muitos começaram a faltar ao serviço.
✈️ Diante da crise, o secretário de Transportes, Sean Duffy, determinou que 4% dos voos fossem cancelados a partir das 8h (horário de Brasília) desta sexta-feira. Esse percentual deve subir para 10% até o dia 14 de novembro.
A analista de aviação Cirium estimou que até 1.800 voos sejam cancelados por dia, o que impactaria até 268 mil passageiros diariamente. Além dos cancelamentos, passageiros também devem enfrentar atrasos, que têm se tornado cada vez mais com
A redução no número de voos nos Estados Unidos ocorre a poucas semanas da temporada de férias e do feriado de Ação de Graças, quando milhares de pessoas viajam para se reunir com suas famílias.
O último shutdown, que aconteceu no primeiro governo Trump em 2019 e durou 35 dias, provocou filas maiores nos pontos de controle dos aeroportos. Na época, as autoridades reduziram o tráfego aéreo em Nova York.
Como o shutdown afeta outros serviços americanos
A paralisação é a 15ª desde 1981. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos são colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, tiveram seus salários suspensos. A remuneração será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado.
🗽 Ainda no setor do turismo, parques nacionais, museus e zoológicos federais também podem fechar ou ter serviços internos suspensos. A Estátua da Liberdade, em Nova York, e o National Mall, em Washington, devem interromper as visitas, por exemplo.
Aviões estacionados no aeroporto de LaGuardia, em Nova York
Reuters
Impactos internos
💸 Para os moradores, alguns serviços continuam funcionando, como o pagamento de aposentadorias e benefícios de invalidez, além de programas de saúde.
O Serviço Postal segue operando, já que não depende do orçamento do Congresso.
Programas de assistência alimentar funcionando podem continuar enquanto houver recursos.
Tribunais federais e a Receita Federal podem ter operações limitadas se a paralisação se prolongar.
🚨 Em relação à segurança, agentes do FBI, da Guarda Nacional e de outras forças federais continuarão trabalhando, assim como patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração.
No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis foi afastada.
Visitas de chefes de Estado ou autoridades estrangeiras previstas durante a paralisação devem ser canceladas.
Cerca de 2 milhões de militares americanos permanecerão em seus postos.
Contratos fechados antes do início do shutdown seguem válidos, e o Departamento de Guerra poderá solicitar suprimentos para garantir a segurança nacional.
A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos importantes, afetando políticas públicas e investidores, além de limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas.
Trump durante encontro com Netanyahu na Casa Branca
Kevin Lamarque/Reuters
Batalha política
O último shutdown do governo dos Estados Unidos ocorreu entre 2018 e 2019. O centro da disputa foi um pedido de Trump para financiar a construção de um muro na fronteira com o México. Na ocasião, a paralisação custou US$ 3 bilhões à economia americana, o equivalente a 0,02% do PIB.
Desta vez, o ponto de atrito é a saúde. Os democratas dizem que só aprovarão o orçamento caso programas de assistência médica que estão prestes a expirar sejam prolongados. Já os republicanos de Trump insistem que saúde e orçamento devem ser tratados como questões separadas.
“Isso não faz nada, absolutamente nada para resolver a maior crise de saúde da América”, disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, ao pedir que colegas rejeitem o projeto de orçamento de Trump.
Enquanto isso, republicanos acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas de sua base antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso.
“A determinação da extrema esquerda de se opor a tudo o que o presidente Trump disse ou fez não é um bom motivo para submeter o povo americano à dor de uma paralisação do governo”, disse o senador John Thune.
O Capitólio dos EUA em 30 de setembro de 2025
Alex Wroblewski/AFP
VÍDEOS: mais assistidos do g1
Ibovespa supera os 154 mil pontos e emplaca 10º recorde seguido; dólar cai a R$ 5,33

'A Amazônia é para o mundo como se fosse uma bíblia', diz Lula na COP30
O Ibovespa fechou em alta de 0,47% nesta sexta-feira (7), aos 154.064 pontos. Com o resultado, o principal índice da bolsa brasileira alcançou seu décimo recorde consecutivo. Já o dólar fechou em queda de 0,22%, cotado a R$ 5,3361.
O mercado reagiu a declarações de membros do Federal Reserve (Fed) e a resultados de empresas — como o da Petrobras, que animou investidores. Além disso, foram divulgados dados sobre preços e indústria, enquanto o presidente Lula participa de reuniões da COP 30 em Belém.
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▶️ Nos Estados Unidos, investidores acompanharam discursos de membros do Fed em busca de sinais sobre a posição do comitê de política monetária diante de possíveis novos cortes de juros na reunião de dezembro. O tom adotado foi de cautela.
▶️ No Brasil, os chefes de Estado e de governo que participam da Cúpula dos Líderes da COP30, em Belém, retomam os discursos na plenária geral sobre clima e meio ambiente.
▶️ O Ibovespa avançou com o desempenho das ações da Petrobras, que subiram após a divulgação do balanço da véspera. A estatal registrou lucro líquido de US$ 6,03 bilhões no terceiro trimestre — alta de 2,7% em relação ao mesmo período de 2024 — e anunciou R$ 12,2 bilhões em dividendos. Os papéis ordinários (PETR3) avançaram 4,89% e os preferenciais (PETR4), 4,16%.
▶️ Entre os indicadores do dia, o IGP-DI de outubro foi divulgado às 8h, seguido pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) de setembro às 9h, que devem ajudar a medir o ritmo da atividade econômica. Nos EUA, a Universidade de Michigan publica a confiança do consumidor dos EUA.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,81%;
Acumulado do mês: -0,81%;
Acumulado do ano: -13,65%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +3,02%;
Acumulado do mês: +3,02%;
Acumulado do ano: +28,08%.
Agenda econômica
Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI)
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,03% em outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado veio abaixo da alta de 0,36% observada em setembro e foi menor do que a deflação de 0,22% esperada por analistas consultados pela Reuters.
Com o desempenho de outubro, o IGP-DI acumula queda de 1,31% no ano. Em 12 meses, o índice registra alta de 0,73%. Segundo o economista Matheus Dias, do FGV Ibre, o resultado foi influenciado pela redução nos preços de produtos agropecuários e de energia.
“No IPA, destacou-se a queda generalizada de produtos agropecuários com peso significativo na estrutura do índice, como café em grão, trigo em grão, soja em grão e leite in natura”, afirmou.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que representa 60% do IGP-DI, caiu 0,13% em outubro. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), com peso de 30%, subiu 0,14%, desacelerando frente à alta de 0,65% em setembro.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), que responde pelos 10% restantes, avançou 0,30%, após alta de 0,17% no mês anterior.
Índice de Preços ao Produtor (IPP)
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação dos preços de produtos na saída das fábricas — sem considerar impostos e frete — caiu 0,25% em setembro na comparação com agosto, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. Essa foi a oitava queda seguida do indicador.
No acumulado do ano, o IPP registra retração de 3,87%. Em 12 meses, a queda é de 0,40%. Entre as 24 atividades industriais analisadas, 12 tiveram redução nos preços. Os principais impactos vieram dos setores de alimentos e de produtos químicos.
O item “outros produtos químicos” teve queda de 1,75%, contribuindo com -0,14 ponto percentual no índice geral. Já os alimentos tiveram impacto de -0,10 ponto percentual.
Segundo Murilo Alvim, gerente do IPP, a valorização do câmbio e a menor demanda interna influenciaram os resultados.
“A retração nos fertilizantes e seus insumos refletiu a fraqueza da demanda no mercado interno, já que parte significativa destinada à próxima safra já foi adquirida pelos produtores agrícolas”, afirmou.
Entre os grupos de produtos, os preços dos bens de capital caíram 0,45%, os bens intermediários recuaram 0,60%, enquanto os bens de consumo registraram alta de 0,29% no mês.
Confiança do consumidor dos EUA
A confiança dos consumidores nos EUA caiu no início de novembro para o menor nível em quase três anos e meio, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Universidade de Michigan.
O índice que mede esse sentimento recuou para 50,3 pontos, contra 53,6 em outubro. A expectativa de analistas era de uma queda mais moderada, para 53,2 pontos.
De acordo com Joanne Hsu, diretora da pesquisa, o resultado reflete preocupações com os impactos da paralisação do governo federal, que já dura mais de um mês.
“A queda na confiança deste mês foi generalizada em toda a população, observada em todas as idades, rendas e afiliações políticas”, afirmou.
A paralisação tem afetado diretamente milhões de americanos, com cortes em benefícios como os vales-alimentação, atrasos em voos e servidores públicos sem remuneração. Esses fatores têm gerado incertezas sobre o desempenho da economia nos próximos meses.
A pesquisa também mostrou que a expectativa dos consumidores para a inflação no próximo ano subiu de 4,6% para 4,7%. Já a projeção para os próximos cinco anos caiu de 3,9% para 3,6%, indicando uma visão mais moderada sobre o comportamento dos preços no longo prazo.
Falas de dirigentos do Fed
Em evento realizado em Frankfurt, o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, afirmou que os juros estão próximos de um nível neutro — aquele que não estimula nem restringe a economia — e que, por isso, é necessário avançar com prudência.
“A política atual continua um tanto restritiva, mas nós a aproximamos do nível neutro. Portanto, faz sentido avançarmos lentamente em direção às taxas neutras”, disse.
Jefferson também defendeu o corte de 25 pontos-base realizado na semana passada como “apropriado”, citando riscos crescentes para o mercado de trabalho. Ele destacou que continuará avaliando os dados econômicos e os riscos antes de decidir seu voto nas próximas reuniões.
“Sempre adoto uma abordagem de reunião por reunião. Essa abordagem é particularmente prudente porque não está claro quantos dados oficiais teremos antes de nossa reunião de dezembro”, afirmou.
Enquanto isso, o Fed de Nova York divulgou dados sobre as expectativas dos consumidores.
A projeção mediana de inflação para o próximo ano caiu 0,2 ponto percentual, para 3,2%.
Já as expectativas para três e cinco anos permaneceram em 3,0%.
Por outro lado, a percepção sobre o desemprego aumentou: a probabilidade média de alta na taxa de desemprego subiu 1,4 ponto, para 42,5%.
A pesquisa também mostrou que os consumidores estão menos confiantes sobre encontrar emprego — a probabilidade caiu para 46,8% — embora a chance de perder o atual trabalho tenha diminuído para 14,0%. As famílias relataram melhora no acesso ao crédito, mas uma parcela maior espera piora na situação financeira pessoal no próximo ano.
Paralisação do governo americano no 38º dia
A paralisação do governo dos EUA chegou ao 38º dia nesta sexta-feira. A falta de acordo no Congresso continua a impedir o funcionamento pleno de serviços públicos, enquanto negociações avançam lentamente.
Líderes republicanos anunciaram que devem votar hoje um projeto revisado para tentar encerrar o impasse. A proposta prevê financiamento parcial para algumas agências e pode manter o governo funcionando até após o feriado de Ação de Graças.
Com o shutdown, a assistência alimentar (SNAP) para cerca de 42 milhões de pessoas foi interrompida, deixando famílias sem os cerca de US$ 180 mensais. Funcionários federais, incluindo policiais, militares e agentes de aeroportos, estão sem receber salários.
Desde o início da paralisação, mais de 3,2 milhões de passageiros enfrentaram atrasos ou cancelamentos de voos.
O Escritório de Orçamento do Congresso estima que, se durar mais uma semana, o impacto na economia pode chegar a US$ 11 bilhões.
Enquanto isso, os efeitos da paralisação se intensificam. O Departamento de Transportes informou que haverá redução de 10% nos voos em 40 grandes aeroportos a partir de hoje, devido à escassez de pessoal. A medida deve afetar diretamente o tráfego aéreo e a logística em todo o país.
Além disso, um juiz federal ordenou que o governo libere os recursos integrais do SNAP para novembro, após considerar que o Departamento de Agricultura agiu de forma “arbitrária e caprichosa” ao oferecer apenas parte dos benefícios. O programa injeta mais de US$ 8 bilhões por mês na economia, e o atraso nos repasses preocupa tanto beneficiários quanto o setor varejista.
As negociações seguem, mas ainda sem consenso.
Bolsas globais
Os principais índices de Wall Street fecharam sem direção única nesta sexta-feira, em uma semana volátil, conforme preocupações com a economia e com as valorização dos papéis no setor de tecnologia azedaram o humor dos investidores.
O otimismo em torno da inteligência artificial levou os mercados a marcar recordes de alta este ano, mas preocupações com a monetização da tecnologia e os gastos cíclicos dentro do setor diminuíram o entusiasmo com as ações dos EUA nos últimos dias.
O Dow Jones subiu 0,16%, a 46.987,10 pontos. O S&P 500 avançou 0,13%, a 6.728,81 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuou 0,22%, a 23.004,54 pontos.
Os mercados europeus também encerraram a semana em queda, em meio à volatilidade provocada por preocupações com os preços elevados das ações de tecnologia.
A paralisação do governo dos EUA e declarações recentes de autoridades do Federal Reserve também contribuíram para o clima de cautela.
No fechamento, os principais índices da região ficaram no vermelho: o STOXX 600 recuou 0,60%, o DAX (Alemanha) caiu 0,69%, o FTSE 100 (Reino Unido) perdeu 0,55%, enquanto o CAC 40 (França) registrarou queda de 0,18%.
Na mesma toada, os mercados asiáticos fecharam em baixa, apesar de acumularem ganhos modestos ao longo da semana.
Investidores ignoraram parte das preocupações globais com o setor de tecnologia, mas o movimento de correção se intensificou em mercados mais expostas à alta recente das ações de inteligência artificial.
Além disso, a China e os EUA anunciaram avanços nas negociações comerciais, incluindo uma pausa nas tarifas portuárias sobre embarcações ligadas ao gigante asiático.
No fechamento, o Nikkei (Tóquio) caiu 1,2%, o Hang Seng (Hong Kong) recuou 0,92%, o SSEC (Xangai) perdeu 0,25% e o CSI300 teve baixa de 0,31%. O Kospi (Seul) caiu 1,81%, o Taiex (Taiwan) recuou 0,89%, enquanto o Straits Times (Cingapura) foi exceção, com alta de 0,16%.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
Dólar atinge a segunda maior cotação da história: R$ 5,86
Reprodução/TV Globo
China suspende proibição das importações de frango do Brasil após 6 meses de embargo

China suspende proibição de importações relacionada à gripe aviária no Brasil
A China anunciou nesta sexta-feira (7) o fim da proibição das importações de frango do Brasil, após seis meses de comércio paralisado. A informação foi divulgada pela Administração Geral de Alfândegas chinesa.
As compras foram suspensas em 16 de maio, após o país detectar o seu 1º e único caso de gripe aviária em uma granja comercial, em Montenegro (RS). A China é a principal importadora de carne de frango do Brasil.
A decisão do governo chinês tem efeito imediato e foi tomada "com base nos resultados da análise de risco”, diz o comunicado da autoridade alfandegária.
A análise de risco foi resultado de uma visita que o governo chinês fez ao Brasil no fim de setembro. Na ocasião, a comitiva fez uma auditoria com o objetivo de comprovar que o Brasil estava livre da gripe aviária.
Saiba mais: Exportadores de frango projetam fechar o ano em alta após retomada de vendas para China
Granja, gripe aviária, galinhas
Reprodução/TV Globo
Mesmo com a demora da China em retomar as compras, o Brasil já havia se declarado livre de gripe aviária bem antes, no dia 18 de junho, após ficar 28 dias sem registrar novos casos em granjas.
O país é o maior exportador de frangos do mundo e exporta o produto para 151 países. Grandes mercados, como os Emirados Árabes, a Arábia Saudita e a União Europeia já voltaram a comprar do Brasil.
Atualmente, apenas o Canadá mantém a suspensão total das importações de frango.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou a reabertura do comércio e disse que ela foi resultado da "competência técnica" e "diplomacia" do Brasil.
"Houve um amplo e altamente profissional trabalho de negociação neste processo, que incluiu a renegociação de certificados sanitários para evitar suspensões totais de países em eventuais novas ocorrências”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Raio X da produção e venda de carne de frango do Brasil
Arte g1
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Leilão do Governo de SP tem moto Honda CBX 200 a R$ 1,5 mil e Renault Duster a preço de iPhone

Como funcionam os leilões
O Governo do Estado de São Paulo realiza mais um leilão de carros e motos no início deste mês. A sessão pública acontece de forma virtual, em 11 de novembro e os veículos podem ser visitados até esta sexta-feira (7).
Entre os destaques do leilão estão uma moto Honda CBX200 Strada, de 1997, com lances a partir de R$ 1,5 mil. Além disso, há uma SUV Chevrolet Trailblazer, de 2022, com lances a partir de R$ 75 mil.
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No total, o leilão vai oferecer:
🚗 572 veículos aptos a circular;
🔧 41 sucatas aproveitáveis com motor servível ou não, mas podendo servir como peças sobressalentes para outros veículos.
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De acordo com o edital, um veículo em condições de circulação pode voltar a trafegar em vias públicas, sendo o comprador responsável tanto pelo registro junto ao órgão de trânsito, como pelo pagamento das taxas correspondentes.
Os interessados poderão visitar os veículos disponíveis no leilão até esta sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 16h. O pátio fica localizado em Mauá (SP).
O edital indica que o leilão não se responsabiliza pelas peças, e considera que o comprador tem ciência do estado mecânico do veículo, não sendo aceitas reclamações posteriores.
A retirada dos veículos — incluindo carros, motos, caminhonetes e caminhão — deve ser feita entre 14 de novembro e 12 de dezembro deste ano, mediante agendamento prévio.
Renault Duster com lance mínimo de R$ 18,4 mil, R$ 99 mais barata que o iPhone 17 Pro Max de 2 TB (R$ 18.499 cada)
divulgação/Governo de SP
Veja outros destaques do leilão
Honda NX-4 Falcon de 2002
Lance inicial: R$ 5.200
Honda NX200 de 2000
Lance inicial: R$ 5.200
Honda XRE 300 de 2012
Lance inicial: R$ 6.000
Honda XRE 300 ABS de 2019
Lance inicial: R$ 9.100
Yamaha XT 660R de 2016
Lance inicial: R$ 10.700
Triumph Tiger XCX de 2016
Lance inicial: R$ 11.500
Volkswagen Spacefox de 2014
Lance inicial: R$ 9.100
Chevrolet Blazer de 2010
Lance Inicial: R$ 9.700
Chevrolet Spin LS de 2019
Lance inicial: R$ 27.000
Renault Duster de 2020
Lance inicial: R$ 18.400
Volkswagen Kombi de 2011
Lance inicial: R$ 18.900
Triumph Tiger XCX com lance mínimo de R$ 11,5 mil em leilão do governo de São Paulo
divulgação/Governo de SP
O lance mínimo é o valor de partida para as ofertas. A avaliação estimada para cada veículo é calculada com base nos valores praticados pelo mercado e no estado de conservação da unidade.
São vedadas as participações de pessoas ou empresas que:
Estão suspensas ou impedidas de fazer contratos com a administração pública estadual;
Foram consideradas inidôneas (não confiáveis) por órgãos públicos;
Têm ligação profissional, comercial ou pessoal com quem organiza o leilão;
Não têm representante legal no Brasil com autorização para responder legalmente;
Foram punidas pelo CADE por prática contra a concorrência;
Receberam punição por crimes ambientais;
Foram condenadas por improbidade administrativa;
Foram proibidas de contratar pelo Tribunal de Contas do Estado de SP;
Descumpriram a Lei de Acesso à Informação;
Estão registradas em cadastros de empresas punidas por corrupção ou outras irregularidades.
Veja dicas para participar de leilões
Como em qualquer leilão, é preciso analisar minuciosamente cada item para saber qual faz sentido na sua garagem. Para te ajudar, o g1 reuniu as principais dicas e as opiniões de especialistas para que você tome a melhor decisão.
Existem dois tipos de leilões: os particulares e os públicos. A primeira pergunta que o consumidor pode se fazer é: de onde vêm esses veículos?
Os leilões públicos costumam ofertar modelos que foram apreendidos ou abandonados. De acordo com Otávio Massa, advogado tributarista, esses veículos têm origem em operações de fiscalização aduaneira e foram retidos por questões legais, fiscais ou por abandono em recintos alfandegados.
Existem também os carros inservíveis de órgãos públicos, como os que já não têm mais utilidade para o propósito governamental e são vendidos para reutilização ou como sucata.
“Os veículos são vendidos no estado em que se encontram, sem garantias quanto ao seu funcionamento ou condições, e o arrematante assume todos os riscos”, explica Massa.
Em meio aos riscos, há excelentes preços. Porém, existe um passo a passo para verificar o estado do carro, que vamos falar adiante.
Diferentemente das revendas oficiais ou multimarca, não é oferecida uma garantia para o produto. É nesse momento que o consumidor tem que ligar o alerta: produtos de leilões particulares podem ter garantia para apenas alguns itens. Os públicos, por sua vez, não têm garantia.
Por isso, é importante checar se é possível fazer uma vistoria presencial no modelo antes de pensar no primeiro lance.
Luciana Félix, que é especialista em mecânica de automóveis e gestora da Na Oficina em Belo Horizonte, lembra ainda que a burocracia pode ser um grande empecilho para o uso do item leiloado. Um exemplo que ela cita é o de um carro aprendido, que pode ter problemas na documentação.
“Esses carros já vêm com burocracias devido ao seu histórico. (...) Às vezes, são carros que necessitam de uma assistência jurídica. Você tem que contratar um advogado para fazer toda a baixa dessa papelada”, alega a especialista.
Leilões particulares
De acordo com a especialista em mecânica automotiva Luciana Félix a maioria dos pregões particulares oferece carros de seguradoras (geralmente de sinistros, com perdas totais ou parciais), de locadoras, e de empresas com pequena frota, que colocam a antiga para leilão quando precisam fazer a substituição.
Simplificando o conceito:
🔒Leilões particulares: frotas de empresas, devoluções de leasing, de seguradoras
🦁Leilões da Receita Federal: apreendidos, confiscados ou abandonados.
Tipo de compra
Segundo Ronaldo Fernandes, especialista em Leilões da SUIV, empresa que possui um banco de dados de peças automotivas, é fundamental entender que existem duas maneiras de adquirir automóveis ofertados em leilões: para restaurar ou utilização; e aqueles voltados exclusivamente para empresas de desmanche legal.
“Não há um tipo específico de veículos que vai a leilão, mas é muito importante verificar qual o tipo de venda que está sendo oferecida para o veículo de interesse, pois alguns veículos poderão circular normalmente e outros servirão somente para desmonte ou reciclagem devido à sua origem”, afirma Fernandes.
Nos casos em que os carros são vendidos para desmanches, a origem deles se dá por conta do tamanho do sinistro. “Dependendo do tamanho do sinistro, o automóvel só poderá ser vendido como sucata, ou seja, sem documentação para rodar novamente”, afirma Fernandes.
Critérios para venda
Segundo o advogado tributarista Otávio Massa, os critérios para que um carro vá a leilão incluem:
Valor comercial: veículos com valor residual significativo que justifique a venda;
Condição recuperável: mesmo que parcialmente danificados, se ainda tiverem peças reutilizáveis ou puderem ser reparados;
Procedimento legal: veículos apreendidos ou abandonados que legalmente devem ser vendidos em leilão público.
Resumindo, o que define se um veículo vai ser leiloado é o quanto ele ainda pode despertar o interesse financeiro de novos compradores. Thiago da Mata, CEO da plataforma Kwara, afirma que é feita uma avaliação prévia para determinar o valor a ser cobrado.
“Normalmente, ativos que possuem débitos superiores ao seu valor de mercado são considerados sucata e vão para descarte. Da mesma forma, veículos cujo estado de conservação seja muito crítico podem ter o mesmo destino para que possam ser aproveitadas as peças”, argumenta.
Otávio Massa corrobora com a visão de da Mata ao afirmar que “não há uma porcentagem mínima específica estabelecida por lei, mas o critério principal é se o veículo tem valor comercial residual. Veículos sem valor ou severamente danificados podem ser descartados”.
Carros, caminhões, ônibus e outros modelos destinados a desmanche têm seus respectivos números de chassis cancelados. É como se o automóvel deixasse de existir.
Prudência e dinheiro no bolso
De acordo com Thiago da Mata, da Kwara, inspecionar o veículo é de suma importância. Afinal, os carros podem ter distintos estados de conservação, o que tem que entrar na lista de preocupações de quem participa de um pregão.
“[Os veículos] podem tanto estar em bom estado de conservação, como também é possível que tenham ficado em pátio público durante um período de tempo importante”, afirma.
Os carros podem ter marcas provocadas pelo período em que ficaram expostos ao clima: pintura queimada, oxidação da lataria, manchas provocadas pela incidência solar. E esses reparos também precisam entrar no planejamento financeiro do comprador.
Idealmente, a inspeção deve ser feita de forma presencial, segundo os especialistas consultados nesta reportagem.
Ao verificar um carro, por exemplo, é preciso verificar tudo: bancos, painéis de porta, console central, volante, conferir os equipamentos, a quilometragem, ligar o carro, abrir o capô, checar a existência de bateria de 12V e, se possível, levar um especialista ou mecânico de confiança para checar as partes técnicas e prever possíveis custos extras com manutenção.
Luciana Félix, que é especialista em manutenção, diz que o consumidor precisa ver até o histórico de manutenção, se possível. E documentar tudo com fotos.
“Comprar carros em leilão é tipo um investimento de risco, você pode se dar muito bem ou muito mal, pois você não poderá andar com o carro para saber como está o seu motor ou câmbio, pois todos os veículos estão lacrados”, argumenta a proprietária da Na Oficina.
É importante ressaltar que essa é a mesma verificação que se faz ao comprar um automóvel usado, seja presencial ou via marketplace: deve ser feita uma avaliação técnica, além de checagem da quilometragem rodada e documentação do ativo.
“Importante que seja feita a verificação de débitos ou algum tipo de bloqueio para venda, pois a responsabilidade por estes pagamentos pode ser diferente de leilão para leilão. Estas informações devem estar presentes no Edital, que deve ser lido com atenção antes que qualquer lance seja dado”, alerta Thiago da Mata, da Kwara.
Quando a compra é feita pela internet e não existe a possibilidade de visitar o produto, é indicado solicitar uma vídeo-chamada para fazer essa inspeção. Não é o ideal, mas já ajuda a verificar o estado do carro, mesmo que seja à distância.
O que verificar:
Documentação: incongruências jurídicas;
Custos para regularização;
Estado de conservação do carro;
Custos para restauro;
Condições de compra;
Inspeção mecânica e de equipamentos.
Assim, se você vai participar de um leilão pela primeira vez, atente-se para os seguintes passos.
Estude: leia o edital e entenda as regras do leilão;
Verifique a procedência: se certifique que o veículo não tem pendências legais;
Defina um orçamento: estabeleça um limite máximo de gastos;
Inspecione: se possível, veja o veículo pessoalmente ou solicite um relatório detalhado;
Experiência: participe de leilões menores para entender a lógica de funcionamento.
▶️ LEMBRE-SE: Utilize apenas canais oficiais para se comunicar com o leiloeiro e verifique sempre a autenticidade das mensagens. Evitar fraudes já é um bom começo.
Área técnica da Aneel avalia detalhar na conta de luz os horários de maior e menor consumo, para orientar na economia de energia
Uma nota técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propõe que a conta de luz passe a variar de acordo com o horário de consumo, com o objetivo de incentivar o uso mais racional da energia elétrica e reduzir custos no sistema. A iniciativa ainda está em estudo. Não há data para sair do papel. A proposta prevê a criação de três classificações de horário: 💡pico, com tarifa mais alta; 💡intermediário, que corresponde normalmente a uma hora antes e uma hora depois do pico; 💡e fora de pico, que inclui madrugada, fins de semana e feriados. Em cada faixa, o preço da energia seria diferente, refletindo a demanda do sistema. Idoso vive há mais de 20 anos sem energia elétrica em zona rural de MG 'Hora certa' para consumir energia Segundo técnicos envolvidos no estudo, a mudança busca dar um “sinal de preço” ao consumidor, deixando claro quanto custa a energia em cada momento do dia. “A ideia é indicar a hora certa de consumir”, explicou uma fonte que participa das discussões. Atualmente, a tarifa é uniforme, independentemente do horário de uso. Isso significa que quem consome energia nos períodos de pico paga o mesmo valor de quem utiliza o serviço em horários de menor demanda. Com o novo modelo, o objetivo é educar o consumidor para concentrar o consumo em horários mais baratos, o que poderia gerar redução na conta de luz ao longo do tempo. Fontes da Aneel admitem, porém, que a adaptação será gradual, já que o comportamento de consumo tende a mudar de forma lenta. Implementação gradual De início, o sistema deve abranger consumidores com maior consumo mensal, acima de 1.000 kWh/mês — grupo que inclui residências grandes e estabelecimentos comerciais. Essa fase atingiria cerca de 2,5 milhões de unidades consumidoras, responsáveis por 25% do consumo de baixa tensão no país, e começaria em 2026. Na segunda etapa, prevista para 2027, o modelo seria estendido a quem consome acima de 600 kWh/mês, o que incluiria outro grupo de 2,5 milhões de unidades. Próximos passos A proposta ainda não tem efeito imediato. Por enquanto, o texto é apenas uma nota técnica, documento de caráter instrutório que precisa ser submetido à consulta pública e, depois, aprovado pela diretoria da Aneel. Durante o debate, o colegiado também deve discutir se o consumidor poderá optar por retornar ao modelo atual após um período de adaptação.
Acionistas da Tesla aprovam plano para pagar US$ 878 bilhões a Musk, que pode se tornar 1º trilionário

Acionistas da Tesla aprovam plano de pagamento de US$ 878 bilhões para Elon Musk
Elon Musk conquistou uma vitória expressiva nesta quinta-feira (6). Os acionistas da Tesla aprovaram um pacote de remuneração de até US$ 878 bilhões para o presidente-executivo da empresa, válido pelos próximos dez anos. O pagamento dependerá de metas específicas. (leia abaixo)
A fortuna atual de Elon Musk é estimada em quase US$ 500 bilhões, segundo a revista Forbes. Caso receba o valor previsto no novo pacote de remuneração, ele poderá se tornar o primeiro trilionário do mundo.
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A aprovação reforça o apoio à visão do executivo de transformar a montadora de veículos elétricos em uma potência global de inteligência artificial e robótica. A proposta obteve o aval com mais de 75% dos votos. As ações da Tesla subiram cerca de 1% após o fechamento do mercado.
Durante a assembleia de acionistas, realizada em Austin, Texas, Musk subiu ao palco acompanhado por robôs dançarinos. "O que estamos prestes a iniciar não é apenas um novo capítulo do futuro da Tesla, mas um livro completamente novo", disse ele. "Esta será realmente uma grande história."
"Outras assembleias de acionistas são um tédio, mas as nossas são incríveis. Quer dizer, olha só isso. É sensacional", acrescentou.
Na mesma ocasião, foram reeleitos três diretores do conselho da Tesla. Também foi aprovado um plano de remuneração alternativo para os serviços de Musk, após o atraso de um pacote anterior por conta de uma ação judicial.
Além disso, os acionistas votaram a favor de uma proposta que prevê eleições anuais para todos os membros do conselho.
Analistas avaliam que o resultado da votação favorece as ações da Tesla, cuja valorização está atrelada à visão de Elon Musk de popularizar veículos autônomos, ampliar o uso de robotáxis nos Estados Unidos e comercializar robôs humanoides — apesar de sua retórica política de extrema-direita ter impactado negativamente a imagem da marca neste ano.
Vitória esperada
A vitória de Musk já era amplamente esperada, uma vez que o bilionário pôde exercer integralmente seus direitos de voto, correspondentes a cerca de 15% de participação na empresa.
A medida ocorreu a mudança da sede da montadora de Delaware para o Texas, onde uma ação judicial havia barrado um pacote de remuneração anterior. A aprovação veio apesar da resistência de grandes investidores, entre eles o fundo soberano da Noruega.
O conselho da Tesla havia dito que Musk poderia se demitir caso o pacote salarial não fosse aprovado.
A votação também deve reduzir a preocupação de investidores sobre uma possível dispersão do foco de Musk, causada por seu envolvimento com temas políticos e pela gestão de outras empresas, como a fabricante de foguetes SpaceX e a startup de inteligência artificial xAI.
O conselho e diversos investidores que apoiaram a proposta afirmam que o pacote de quase US$ 1 trilhão traz benefícios de longo prazo aos acionistas, pois Musk só receberá o valor se a Tesla atingir uma série de metas previamente estabelecidas.
Entre as metas de Musk para os próximos dez anos estão:
a entrega de 20 milhões de veículos;
a operação de 1 milhão de robotáxis;
a venda de 1 milhão de robôs;
e a obtenção de até US$ 400 bilhões em lucro operacional.
Para que ele receba a remuneração prevista, o valor de mercado da Tesla também precisa acompanhar esse crescimento — subindo de US$ 1,5 trilhão para US$ 2 trilhões, e depois alcançando US$ 8,5 trilhões.
* Com informações da agência de notícias Reuters
Elon Musk
REUTERS/Nathan Howard
Mega-Sena, concurso 2.937: prêmio acumula e vai a R$ 55 milhões

G1 | Loterias - Mega-Sena 2937
O sorteio do concurso 2.937 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (6), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio acumulou em R$ 55 milhões.
Este foi o segundo sorteio da Mega após a mudança de horário anunciada pela Caixa.
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Veja os números sorteados: 12 - 17 - 26 - 34 - 44 - 52
5 acertos - 68 apostas ganhadoras: R$ 32.512,40
4 acertos - 4.467 apostas ganhadoras: R$ 815,81
O próximo sorteio da Mega será no sábado (8).
Mega-Sena, concurso 2.937
Reprodução/Caixa
Como funciona a Mega-sena
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos.
Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo.
O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.
Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo
Marcelo Brandt/G1
Petrobras tem lucro de US$ 6,03 bilhões no 3º trimestre, alta de 2,7% em um ano

Petrobras tem lucro de US$ 6,03 bilhões no 3º trimestre, alta de 2,7% em um ano
A Petrobras registrou lucro líquido de US$ 6,03 bilhões no terceiro trimestre, alta de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta quinta-feira (6).
O resultado ocorreu em um período marcado por recorde na exportação de petróleo, impulsionado pelo avanço da produção no pré-sal. Em relação ao segundo trimestre, o lucro cresceu 27,3%, segundo a petroleira.
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O lucro cresceu apesar de um recuo de 13,9% nos preços do petróleo em relação ao terceiro trimestre de 2024.
Entre julho e setembro, a companhia informou que o petróleo Brent, referência internacional, teve média de US$ 69,07. Na comparação com o segundo trimestre, houve alta de 1,8%.
"Nos últimos doze meses, o Brent caiu US$ 11 por barril e nós conseguimos compensar este impacto na receita, elevando nossa produção de óleo para mais de 2,5 milhões de barris por dia, estabelecendo diversos recordes operacionais", disse, em nota, Fernando Melgarejo, diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores.
"Aumentamos nossa eficiência, reduzimos as paradas de produção e alcançamos o topo da produção do FPSO Almirante Tamandaré, superando sua capacidade nominal", acrescentou.
O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado da Petrobras totalizou US$ 11,73 bilhões entre julho e setembro, alta de 2,2% em relação ao mesmo período de 2024.
A receita de vendas da petroleira somou US$ 23,48 bilhões no terceiro trimestre, avanço de 0,5% na comparação anual e de 11,6% frente ao trimestre imediatamente anterior.
R$ 12,2 bilhões em dividendos
Nesta quinta-feira, o conselho de administração da Petrobras também aprovou o pagamento de dividendos intercalares no valor de R$ 12,16 bilhões, equivalente a R$ 0,94320755 por ação ordinária e preferencial em circulação, informou a companhia em fato relevante ao mercado.
Os proventos serão pagos como antecipação da remuneração aos acionistas referente ao exercício de 2025, com base no balanço de 30 de setembro, em duas parcelas nos meses de fevereiro e março de 2026, disse a estatal.
Fachada do prédio da Petrobras, no Centro do Rio
Adriano Ishibashi/Framephoto/Estadão Conteúdo
Trump diz que terá 'plano B' se Suprema Corte derrubar tarifaço contra outros países

Senado americano vota fim das tarifas sobre produtos brasileiros
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (6) que deve “preparar um plano B” caso a Suprema Corte derrube as tarifas aplicadas contra produtos importados.
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▶️ Contexto: Em abril, Trump anunciou um pacote de tarifas contra dezenas de países, justificando a medida como forma de corrigir o déficit comercial dos EUA. A maioria dos países foi taxada em 10%.
No caso do Brasil, Trump estipulou uma tarifa de 50% por conta de "práticas desleais de comércio", além do que chamou de "caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
As tarifas foram contestadas por empresas na Justiça e estão sendo analisadas pela Suprema Corte.
A Casa Branca afirma estar otimista com a manutenção das medidas, mas já discute cenários em que elas sejam consideradas inconstitucionais.
Na quarta-feira (5), a Suprema Corte ouviu argumentos do governo. Durante a sessão, juízes levantaram dúvidas sobre a legalidade das tarifas impostas pela IEEPA, lei utilizada por Trump para impor os tributos em situação de emergência nacional.
O presidente da Suprema Corte, John Roberts, disse ao procurador-geral D. John Sauer que as tarifas representam “a imposição de impostos sobre americanos”, algo que historicamente é poder do Congresso.
Roberts, que é conservador, também sugeriu a aplicação da doutrina das “questões fundamentais”, que exige autorização do Congresso para ações com grande impacto econômico.
Neste caso, se a Corte anular as tarifas, Trump precisará de permissão do Senado e da Câmara para voltar a taxar importações.
Diante desse risco, o presidente declarou que pode adotar outras medidas, mas que teriam um efeito mais lento em comparação com as que já estão em vigor.
“Acho que seria catastrófico para o nosso país, mas também acredito que teremos de preparar um plano B. A maioria das pessoas me disse que fizemos tudo corretamente”, afirmou.
Segundo o site “Politico”, assessores já trabalham em alternativas para recompor as tarifas caso elas sejam derrubadas, incluindo o uso de outras leis para justificar novas cobranças.
A reportagem afirma que a principal preocupação do governo é perder receita e reduzir o poder de barganha em negociações internacionais, já que Trump tem usado as tarifas como instrumento de pressão em disputas comerciais.
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O presidente dos EUA, Donald Trump, durante evento na Casa Branca em 6 de novembro de 2025
REUTERS/Jonathan Ernst
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Com tarifaço, exportações para os EUA despencam 38% em outubro, mas balança comercial com demais parceiros tem saldo positivo

O Brasil registrou déficit em suas transações comerciais com os Estados Unidos pelo décimo mês seguido em outubro, informou nesta quinta-feira (6) o Ministério do Desenvolvimento (MDIC).
🔎O déficit comercial significa que o Brasil importou mais produtos americanos do que exportou para os Estados Unidos. Para a economia brasileira, esse fato representa um cenário desfavorável.
De acordo com o governo, as exportações aos EUA somaram US$ 2,21 bilhões em outubro, com forte queda, de 38%, frente ao mesmo período do ano passado.
Ao mesmo tempo, as importações totalizaram US$ 3,97 bilhões da economia norte-americana, com alta de 9,6% na comparação com outubro de 2024.
Com isso, o saldo ficou deficitário para o Brasil em US$ 1,76 bilhão no mês passado.
A piora no resultado comercial com os norte-americanos acontece em meio ao tarifaço anunciado pelo presidente do país, Donald Trump.
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▶️ O último mês no qual o Brasil teve superávit com os EUA, ou seja, quando as exportações superaram as compras do exterior, foi dezembro do ano passado — no valor de US$ 468 milhões.
▶️No acumulado de janeiro a outubro deste ano, o Brasil acumula um déficit nas transações comerciais de pouco mais de US$ 7 bilhões com os Estados Unidos, o que representa um crescimento de mais de 400% na comparação com igual período do ano passado (cerca de US$ 1,38 bilhão).
▶️Os números mostram também que o Brasil tem registrado déficits comerciais seguidos com os Estados Unidos desde 2009, ou seja, nos últimos 16 anos. Nesse período, as vendas americanas ao Brasil superaram suas importações em US$ 88,61 bilhões.
Balança comercial como um todo
▶️Apesar da queda nas vendas para os EUA, o Brasil exportou mais para outros grandes parceiros:
China (+33,4%)
Europa (+7,6%)
Mercosul (+14,3%).
▶️Com isso, quando são consideradas as transações comerciais com todos os países, e não somente com os EUA, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 6,96 bilhões em outubro.
Segundo dados oficiais, houve um aumento de 70% no saldo positivo na comparação com o mesmo mês de 2024 (+US$ 4,09 bilhões).
Esse é o melhor resultado para meses de outubro desde 2023, quando foi contabilizado um superávit comercial de US$ 9,18 bilhões.
💵De acordo o governo, em outubro:
As exportações somaram US$ 31,97 bilhões, com alta de 9,1% na média por dia útil;
As importações somaram US$ 25 bilhões, com queda de 0,8% na média por dia útil.
▶️No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o saldo comercial ficou positivo em US$ 52,4 bilhões, com queda de 16,6% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 62,8 bilhões).
Tarifaço de Trump
O tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump foi anunciado de forma paulatina e progressiva com o passar dos meses — culminando em uma sobretaxa de 50% com início em 6 de agosto a cerca de 36% das vendas externas aos EUA.
O mandatário norte-americano chegou a citar questões econômicas, como um suposto déficit com o Brasil (inexistente de acordo com números oficiais), mas também apontou questões políticas relacionadas com o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e "direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos", entre outros.
Em meados de agosto, o governo apresentou a primeira parte do pacote de medidas para socorrer empresas afetadas pela cobrança do tarifaço. A principal medida anunciada foi a criação de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões. O acesso às linhas estará condicionado à manutenção do número de empregos.
No fim do mês passado, houve uma reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que marcou um novo passo das negociações entre os dois países. Apesar do encontro, o tarifaço imposto pelo mandatário dos Estados Unidos ainda não foi revisto.
Apesar da queda nas vendas para os EUA, o Brasil exportou mais para outros grandes parceiros
Sandro Menezes/governo do RN
Juro estável em 15% ao ano: antes mesmo de decisão, Banco Central foi defendido por Campos Neto e criticado por Haddad

Copom mantém taxa básica de juros em 15%, maior nível em quase 20 anos
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil manteve nesta quarta-feira (5) a taxa básica de juros da economia inalterada em 15% ao ano — o maior patamar em quase 20 anos.
🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.
A terceira manutenção seguida da taxa Selic foi decidida por unanimidade pelos integrantes do Copom, sendo que sua maioria, inclusive o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva — crítico contumaz de juros elevados.
➡️Com o Banco Central autônomo, o BC tem presidente e diretores com mandato fixo, ou seja, não podem ser demitidos pelo presidente da República depois de empossados.
Como é de costume no Brasil, as decisões sobre taxas de juros vêm acompanhadas de um componente político, ou seja, são precedidas ou seguidas de elogios ou críticas de autoridades do governo e do mercado financeiro. Nesta semana, não foi diferente.
Diante do consenso do mercado financeiro de que a taxa seria mantida em 15% nesta semana, fruto de indicação do próprio Banco Central, os atores começaram a se manifestar antes mesmo de a decisão ser formalmente tomada pelo Copom.
Campos Neto defende BC
Ex-presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, no plenário do Senado
Pedro França/Agência Senado
Alvo de repreensões contundentes de Lula e da ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, atualmente ministra da Secretaria de Relações Institucionais, o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, saiu em defesa do atual ocupante do cargo, Gabriel Galípolo, indicado pelo atual presidente da República.
Escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Campos Neto permaneceu no comando do BC até o fim do ano passado. Na última semana, durante evento em Londres, ele disse que não faria nenhum "reparo" à conduta da atual diretoria do BC na política de juros.
"Se eu estivesse no Banco Central, eu estaria fazendo exatamente a mesma coisa que o Gabriel [Galípolo] está fazendo, que a equipe está fazendo. Não tenho nenhum reparo a fazer ao trabalho deles. Tem momentos de maior pressão, tem momentos de menos pressão. Mas quando a gente olha hoje, o problema brasileiro não é um problema monetário, é um problema muito mais um problema fiscal [alta de gastos públicos], como já está refletido nos debates do dia a dia", disse, Campos Neto, na ocasião.
Ele também considerou que há uma "narrativa política" sobre o patamar dos juros no Brasil.
"A queda de juros depende de outros ingredientes. Se fosse uma decisão única do presidente do Banco Central, ou da diretoria colegiada, é obvio que a gente teria juros muito mais baixos. No Banco Central, quando você cai os juros, precisa que a queda de juros se propague pela curva [de juros, que serve de base para o mercado financeiro]. Para que isso aconteça, você precisa de credibilidade. E essa credibilidade vem hoje muito mais do fiscal [desempenho das contas públicas] do que do monetário [decisões do BC]", acrescentou.
➡️O próprio Banco Central vem alertando, em seus documentos oficiais, que a percepção do mercado sobre a sustentabilidade das contas públicas têm pressionado a inflação e a taxa de juros.
Haddad pediu corte de juros
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Ricardo Stuckert/PR
Um dia antes de o Copom manter a taxa de juros no atual patamar de 15% ao ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu, em evento da Bloomberg em São Paulo, corte na taxa Selic.
"Por mais pressão que os bancos façam sobre o Banco Central para não baixar juros, eles vão ter que cair. Não tem como sustentar 10% de juro real [descontada a inflação projetada para o futuro] com a inflação batendo a 4,5%. Vai sustentar um juro de 15% [ao ano]? Em nome do que? Eu não sei quando, eu não sou diretor do Banco Central. Se eu fosse diretor, votava pela queda [nesta semana], porque não sustenta,10% de juro real não faz sentido", disse Haddad, naquele momento.
O ministro, que nega ser candidato a algum cargo político em 2026, apesar de expectativa contrária do Partido dos Trabalhadores, afirmou ter "alergia" à inflação, mas pediu "razoabilidade" ao BC.
"A dose do remédio [juros] para se transformar em veneno é muito pouca diferença entre uma coisa e outra. Podemos entrar bem em 2026, terminar o mandato com indicadores muito superiores. Podemos controlar a dívida pagando menos juros. Não precisamos pagar esse juro todo, que tem impacto sobre a inflação, começa a impactar a capacidade de produção de um país, começa a ter problema. Expectativa tem muito de torcida também", concluiu Haddad.
Gleisi Hoffmann e Lula
Ministra Gleisi Hoffmann
Reuters via BBC
Crítica dos juros altos, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, manteve a censura nesta semana, mas aliviou o tom dos ataques. Em rede social, ela afirmou que a decisão do Copom de manter a Selic em 15% é prejudicial aos investimentos produtivos, ao acesso ao crédito, à geração de empregos e ao equilíbrio das contas públicas.
"É prejudicial ao Brasil. Nenhuma economia do mundo pode conviver com um juros reais de 10%. Nada justifica uma decisão tão descasada da realidade, dos indicadores econômicos, das necessidades do país", disse a ministra Gleisi, nesta semana.
Em outros momentos, ela foi mais contundente.
Em maio de 2023, quando a Selic foi mantida em 13,75% ao ano, Gleisi criticou o negacionismo de Campos Neto o que chamou de destruição de empregos e famílias. "A vacina sempre esteve ao alcance do Copom, mas insistem nos juros genocidas. Até quando ficarão impunes?".
Em agosto 2024, por exemplo, quando o BC era comandado por Campos Neto e a Selic estava em 10,5% ao ano, ela criticou veículos de imprensa por, em tese, pedir juros mais altos e "naturalizar uma aberração econômica".
Em novembro do ano passado, afirmou, também, em rede social, que o Copom manteve a "sabotagem à economia do país" ao elevar "ainda mais os juros estratosféricos", que naquela época subiram para 11,25% ao ano.
Em dezembro de 2024, avaliou que o aumento da Selic para 12,25% ao ano era uma "irresponsabilidade" e que as explicações do BC, por meio de sua ata, representavam um "sequestro da política econômica do governo, que o mercado quer impor, via BC 'autônomo'.
Em janeiro deste ano, com Galípolo já presidente do BC, ela voltou a criticar os juros altos, mas disse, na ocasião, que "não restava muita alternativa ao novo presidente do BC, Gabriel Galípolo". "Restam desafios para reposicionar as expectativas do mercado e a orientação da instituição que dirige", acrescentou.
Em junho de 2025, com a elevação da taxa para 15% ao ano, Gleisi afirmou ser "incompreensível que o Copom aumente ainda mais a taxa básica de juros". "O Brasil espera que este seja de fato o fim do ciclo dos juros estratosféricos", disse, sem citar Galípolo.
Lula volta a criticar a política de juros do Banco Central e o presidente da instituição, Roberto Campos Neto
Já o presidente Lula, que teceu críticas ferozes ao ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto, no passado, não comentou a decisão dessa semana do Copom. Relembre as avaliações de Lula sobre a taxa de juros.
Maio de 2023: Lula ironiza Campos Neto após BC manter Selic em 13,75%: 'Pode falar de tudo, só não pode falar de juros'
Junho de 2023: Lula volta a cobrar redução da taxa de juros, e diz que Campos Neto precisa se explicar ao povo e ao Senado
Junho de 2024: Lula volta a criticar Campos Neto: 'presidente do Banco Central é um adversário'
'Ele tem o perfil de uma pessoa competentíssima', diz Lula sobre Gabriel Galípolo
Ao indicar Galípolo para chefiar o BC, em agosto de 2024, Lula avaliou que ele é uma "pessoa competentíssima, um brasileiro que gosta do Brasil", e que ele teria autonomia no cargo. '"Se um dia o Galípolo chegar para mim e falar, 'olha, tem que aumentar o juro', ótimo, aumente", completou.
Em janeiro deste ano, Lula minimizou o fato de a primeira reunião do Copom presidida por Galípolo ter mantido a alta dos juros, que avançou para 13,25% ao ano naquele momento. "O presidente do Banco Central não pode dar um cavalo de pau num mar revolto de uma hora para outra", disse.
Já em fevereiro deste ano, com juros ainda em 14,25% ao ano e Galípolo já no comando do BC, Lula afirmou que houve um aumento do dólar porque o BC, na gestão anterior, de Campos Neto, deixou uma "arapuca que a gente não pode desmontar de uma hora para outra".
Em junho de 2025, com a taxa já em 14,75% ao ano, Lula, afirmou acreditar que o Banco Central iria tomar o que chamou de "atitude correta" e começar a baixar os juros. O BC, chefiado por Galípolo, entretanto, subiu a taxa para 15% ao ano. Segundo Lula, o cenário de juros "será corrigido com o tempo".
Como as decisões do Copom são tomadas
Edifício-sede do BC, em Brasília, onde as decisões sobre juros são tomadas
Reprodução/TV Globo
Autoridades do Banco Central defendem que a chamada "política monetária", ou seja, a definição da taxa de juros para conter a inflação, é um processo técnico, e que o aumento dos preços desorganiza a economia e prejudica, principalmente, os mais pobres.
Para definir a taxa básica de juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, é possível baixar os juros. Se estão acima, o Copom tende a manter ou subir a Selic.
Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo foi fixado em 3% e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Com a inflação ficando seis meses seguidos acima da meta em junho, o BC teve de divulgar uma carta pública explicando os motivos.
Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses.
Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o segundo trimestre de 2027.
Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 4,55% (com estouro da meta), 4,20%, 3,8% e em 3,5%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC.
CNH Social: estados sancionam lei que começa a valer em 2026; veja se o seu está na lista

Lula sanciona CNH social e veta exame toxicológico para categorias A e B
Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em junho deste ano, a CNH Social é um programa para emitir a primeira carteira de habilitação. A lei já caminha a largos passos no Paraná, Ceará, Piauí e Maranhão, onde já foram sancionadas e já até abriram inscrições. Confira o detalhe de cada estado abaixo.
As novas regras já estão em vigor, desde o dia 12 de agosto de 2025. A regulamentação, com detalhes sobre inscrições, critérios e funcionamento, é de responsabilidade do governo e dos Detrans de cada estado.
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No Paraná, por exemplo, a lei 22.763/2025 foi sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior na última terça-feira (4) e o primeiro edital, com 5 mil vagas, deve ser publicado ainda em 2025.
No Ceará, as inscrições para o programa CNH Popular 2025 serão abertas nesta quinta-feira (6). Em outubro, o programa foi expandido para contemplar também estudantes de graduação e do ensino técnico de instituições públicas estaduais e federais. Já no Piauí, a lei que cria o programa foi sancionada em maio, com expectativa de beneficiar 10 mil estudantes neste ano.
E o Maranhão é um dos estados mais avançados no quesito. O estado divulgou, na terça-feira (4), a lista completa dos mais de 317 mil inscritos no programa. A lista, disponível no site do Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (Detran-MA), reúne todos os candidatos que se inscreveram até 1º de novembro.
As inscrições também serão definidas pelos órgãos estaduais e municipais. Alguns estados já iniciaram o programa, conforme citado acima. Veja outros que também aderiram:
Amazonas;
Acre;
Espírito Santo;
Goiás;
Rio Grande do Sul;
Rondônia.
Já outros ainda não divulgaram os detalhes do cronograma de inscrições, como:
Tocantins;
Sergipe.
Confira abaixo as principais dúvidas sobre como funciona a CNH Social:
O que é a CNH Social?
Quem tem direito à carteira gratuita?
O que a CNH Social cobre?
Quem pode se inscrever no CadÚnico e como fazer o cadastro para ter acesso à CNH Social?
Quais estados já contam com CNH Social?
Quais categorias estão na CNH Social?
A CNH Social pode ser usada para trabalhar como motorista?
O exame toxicológico é exigido?
Como acompanhar a abertura de vagas para a CNH gratuita?
O que é a CNH Social?
A CNH Social, conhecida como carteira de motorista gratuita, foi sancionada em junho deste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela não cria um novo tipo de documento, mas estabelece uma nova forma de emissão da habilitação sem custos.
🚗 Na prática, a nova legislação determina que os recursos arrecadados com o pagamento de multas de trânsito também poderão ser usados para pagar o processo de obtenção da carteira de motorista de cidadãos.
📲 Como o programa utiliza a mesma carteira emitida pelos estados, a CNH Social também garante o acesso à versão digital da carteira por meio do aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT). Pelo app, é possível consultar e pagar multas, além de baixar o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).
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Quem tem direito à CNH Social?
Por se tratar de um programa assistencial, a CNH Social tem como objetivo atender a uma parcela específica da população, seguindo estes critérios:
🙋 Ter 18 anos ou mais;
🪪 Ser a primeira CNH;
📋 Ter cadastrado no Cadastro Único (CadÚnico) como titular ou dependente;
💰 Ter renda de até meio salário mínimo (R$ 706), incluindo famílias com este valor por integrante.
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O que a CNH Social cobre?
Segundo as regras, estes são os custos cobertos pelo programa:
🩺 Exame médico;
🧑⚕️ Exame psicológico;
📝 Aulas técnicas;
🛣️ Aulas práticas;
🧾 Taxa da prova;
🧾 Taxa de uma segunda prova, caso o candidato não passe na primeira;
🪪 Taxa de emissão da CNH.
A CNH Social cobre todos os custos do processo de habilitação, exceto a taxa para refazer a prova a partir da terceira tentativa.
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Quem pode se inscrever no CadÚnico e como fazer o cadastro para ter acesso à CNH Social?
O primeiro passo para participar da CNH Social é estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico). O programa é voltado para famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa.
Para se cadastrar, é preciso ir pessoalmente a um posto do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) ou a outro ponto de atendimento indicado pela prefeitura da sua cidade.
O responsável familiar deve apresentar:
CPF ou título de eleitor;
Documento com foto;
Comprovante de residência (ou declaração);
Documentos dos demais membros da família (RG, CPF, certidão de nascimento ou casamento, etc.).
O cadastro é gratuito e deve ser atualizado a cada dois anos ou quando houver mudanças na renda ou na composição familiar.
Depois dessa etapa, é só acessar o site do Detran do seu estado e seguir as orientações, que podem variar conforme a região. A CNH Social geralmente está disponível em menus relacionados à habilitação.
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Quais estados já contam com CNH Social?
Últimos dias para se inscrever no programa 'CNH Social' em Rondônia
O Brasil tem pelo menos 17 estados com programas que oferecem a primeira habilitação de forma gratuita. Outros dois estão em fase de implementação.
Alguns foram criados antes da nova lei, enquanto outros começaram após a sanção da CNH Social pelo presidente Lula. Confira os detalhes de cada um nos links abaixo:
Acre (CNH Social);
Alagoas (CNH Baixa Renda e CNH do Trabalhador);
Amazonas (CNH Social);
Bahia (CNH da gente e CNH na escola);
Ceará (CNH Popular)
Distrito Federal (CNH Social);
Espírito Santo (CNH Social);
Goiás (CNH Social);
Mato Grosso (Ser Família CNH Social);
Mato Grosso do Sul (CNH MS Social);
Pará (CNH Pai D'égua e para mães atípicas — leia mais);
Paraíba (Habilitação Social);
Rio Grande do Norte (CNH Popular);
Rio Grande do Sul (CNH Social);
Rondônia (CNH social);
Roraima (CNH cidadã);
Sergipe (CNH social).
O Amapá criou o programa Habilita Amapá, que já foi sancionado pelo governador, mas ainda não está em funcionamento. A expectativa é que comece a operar ainda em 2025.
Tocantins já sancionou a lei que institui o Programa CNH Cidadã, nome adotado pelo estado para a CNH Social. No entanto, o Detran ainda não divulgou as regras para o cadastro dos interessados.
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A CNH Social vale para quais categorias?
A nova legislação estabelece que a CNH Social contempla as seguintes categorias:
🏍️ A: essa categoria autoriza a condução de veículos de duas ou três rodas, como motocicletas, motonetas, ciclomotores e triciclos, inclusive com carro lateral.
🚗 B: essa categoria é voltada para veículos com peso bruto total (PBT) de até 3.500 kg, incluindo automóveis de diversos tipos, picapes e vans com capacidade para até oito ocupantes, já considerando o motorista.
🏍️🚗 AB: essa categoria reúne as permissões das categorias A e B em uma única habilitação.
As demais categorias, como C, D e E, não estão incluídas na CNH Social, mas os estados têm autonomia para ampliar a oferta e incluir outras além de A, B e AB.
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A CNH Social pode ser usada para trabalhar como motorista?
Sim. A CNH obtida pelo programa tem a mesma validade legal de qualquer outra. Ou seja, o beneficiário poderá trabalhar como motorista profissional, desde que atenda os critérios adicionais exigidos para atividades remuneradas, como:
Mudança para categoria C, D ou E (a depender do veículo),
Exame toxicológico (obrigatório para essas categorias),
Registro de atividade remunerada (EAR) na habilitação, mesmo nas categorias A ou B.
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O exame toxicológico é exigido?
Exame Toxicológico para condutores no AP
Fabiano Menezes-Detran/divulgação
A lei aprovada pelo Congresso previa a exigência de exame toxicológico também para categorias A e B (moto e carro). No entanto, o presidente Lula vetou esse trecho da proposta.
Assim, o exame continua sendo obrigatório apenas para as categorias:
🛻 C: voltada para motoristas que conduzem veículos de carga com peso bruto total superior a 3.500 kg, como caminhões leves e picapes de grande porte, incluindo modelos como a RAM 3500.
🚌 D: voltada para motoristas que transportam oito ou mais passageiros em veículos como vans e ônibus, geralmente utilizados em serviços de transporte público ou privado;
🚛 E: voltada para motoristas habilitados nas categorias B, C ou D que conduzem veículos com unidades acopladas, como trailers, reboques e semirreboques, com capacidade superior a 6.000 kg.
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Como acompanhar a abertura de vagas para a CNH gratuita?
Embora o programa esteja previsto no Código de Trânsito Brasileiro, que possui validade em todo o país, a aplicação das regras, o gerenciamento das inscrições e a definição do número de vagas são responsabilidades de cada Detran, conforme o estado.
Por isso, é necessário acessar o site do Detran do seu estado. As informações sobre a CNH Social, incluindo a abertura de vagas e orientações para inscrição, costumam estar disponíveis em seções relacionadas à habilitação.
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Geely EX2: novo elétrico chega ao Brasil com preço menor que BYD Dolphin; veja o que oferece

Geely EX2 chega a Brasil com preço e tamanho de BYD Dolphin; veja itens de série
A chinesa Geely anunciou, nesta quinta-feira (6), o seu novo hatch compacto 100% elétrico, o EX2. O carro chega ao Brasil como a principal aposta da marca para enfrentar concorrentes, como o BYD Dolphin, e tentar conquistar uma vaga na lista dos mais vendidos do país.
O modelo — que é vendido na China como Geome Xingyuan e já figura entre os carros elétricos mais vendidos do país asiático — chega no mercado nacional com preços abaixo de R$ 140 mil.
Veja abaixo as duas versões do EX2 que estarão disponíveis no Brasil:
Geely EX2 Pro: R$ 123.800;
Geely EX2 Max: R$ 136.800.
Geely EX2
divulgação/Geely
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Geely EX2 x BYD Dolphin
Acabamento mais refinado e equipamentos de série modernos fazem parte da proposta do EX2 para conquistar quem considera o BYD Dolphin. As principais diferenças estão nos materiais de toque macio em mais locais, na combinação de dois tons no estofamento e em partes internas da cabine, além de um compartimento frontal com 70 litros de capacidade.
Nenhum desses recursos está presente no Dolphin GS, rival direto do EX2. O porta-malas do modelo da Geely é maior, com 375 litros, contra 250 litros do concorrente da BYD.
Sob o capô, abaixo do compartimento dianteiro de bagagem, está o motor de 116 cv e 15,3 kgfm. O conjunto é mais potente que o do Dolphin GS, mas o EX2 tem menos torque, o que faz com que o tempo de 0 a 100 km/h seja praticamente o mesmo: 10,2 segundos, contra 10,9 segundos do rival.
Outra diferença está na bateria. O EX2 tem capacidade menor, de 39,4 kWh, enquanto o BYD Dolphin GS oferece 44,9 kWh. Com menos bateria e mais potência, a autonomia do EX2 também é inferior — são 289 km, contra 291 km do rival.
Embora motor e acabamento apresentem diferenças entre os dois hatches, as dimensões são bastante semelhantes. Ambos têm 4,1 metros de comprimento e 1,5 metro de altura, mas o entre-eixos é ligeiramente maior no Dolphin: 2,7 metros, contra 2,65 metros no EX2.
Itens de série do Geely EX2
O ponto que muda entre as duas versões do Geely EX2 é a lista de equipamentos de série. Estes são os itens do EX2 Pro:
Freio de estacionamento eletrônico;
Carregador de celular por indução;
Chave presencial;
6 airbags;
Painel de instrumentos digital de 8,8 polegadas;
Central multimídia de 14,6 polegadas;
Saída de ar traseira;
Carregador rápido de 70 kW, com 20% a 80% da bateria em 21 minutos;
O Geely EX2 Max conta com todos os itens acima, adicionando:
Ajustes elétricos para o assento do motorista;
Piloto automático adaptativo;
Frenagem automática de emergência;
Controle remoto por aplicativo no celular;
Alerta de mudança de faixa.
Geely: parceira da Renault e dona da Volvo
A Geely ainda é pouco conhecida no Brasil, mas já comercializou veículos no país na década de 2010. Naquele período, os modelos eram importados pelo Grupo Gandini, que hoje representa a marca sul-coreana Kia.
As vendas duraram cerca de dois anos, com os modelos EC7 (sedã) e GC2 (compacto). Segundo a Geely, a saída do mercado foi motivada pela alta do dólar e pela baixa demanda.
Mais de uma década depois, o grupo Geely passou por grandes transformações. Atualmente, é dono das marcas sueca Volvo e britânica Lotus, além de manter uma parceria com a Renault em diversas frentes — com destaque para a joint venture global chamada Horse, voltada à produção de motores.
Algumas marcas que atuam no Brasil já utilizam esses motores, como Nissan e Mitsubishi. Além da joint venture Horse, Geely e Renault também colaboram em projetos na Coreia do Sul e no Brasil.
No Brasil, o EX2 será vendido com o apoio da montadora francesa, mas sem dividir espaço com ela nas concessionárias - exatamente como acontece com o Geely EX5. A produção local do hatch elétrico acontecerá na fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR), após a chegada dos primeiros lotes importados.
Atualmente, a Geely possui pontos de venda em 22 shoppings e 23 concessionárias, distribuídos em 18 cidades de diversos estados:
Rio Grande do Sul
Paraná
São Paulo
Minas Gerais
Goiás
Bahia
Paraíba
Rio Grande do Norte
Ceará
Maranhão
A marca prevê alcançar 40 concessionárias até o final do ano.
*Matéria em desenvolvimento.
O tarifaço dos EUA ajudou a diminuir os preços dos alimentos no Brasil?

No 2º mês do tarifaço, Brasil vendeu mais do que comprou no exterior, mas em volume menor
Exatos três meses depois de entrarem em vigor, as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre 36% das exportações brasileiras ao país tiveram impactos menores do que se esperava sobre o preço dos alimentos no mercado interno, mostram dados analisados pela DW e especialistas ouvidos pela reportagem.
Um dos vilões da conjuntura econômica do Brasil no início deste ano, o grupo de alimentos e bebidas do Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA) registrou queda de 1,17% no acumulado dos últimos quatro meses.
De janeiro a maio, a inflação desse grupo chegou a 3,82%, fazendo com que famílias de todas as classes sociais readequassem hábitos de alimentação, como uma reportagem da DW mostrou em março. Em 2024, mais do que isso, os preços dos alimentos e bebidas tinham subido 7,69%, num patamar acima da taxa geral (4,83%) do ano.
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Assim, quando o tarifaço foi anunciado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, no começo de julho, algumas análises apontaram que a medida faria o preço da comida no país subir mais, já que, com a restrição tarifária ao mercado dos EUA, a produção brasileira tenderia a cair.
O Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, foi um dos que conjecturou essa possibilidade no fim daquele mês.
A hipótese, ainda, era que os efeitos seriam mais intensos sobre os produtos que permaneceram taxados depois que os EUA publicaram uma lista de 694 exceções, como carne, café e algumas frutas – como uva e manga, por exemplo.
Especialistas ouvidos pela reportagem apontam, porém, que o tarifaço não surtiu esses efeitos por uma série de motivos, que vão do esforço do governo brasileiro em buscar novos mercados às próprias dinâmicas dos setores afetados pelas taxas.
Reposição de mercados
Café, carne e frutas, como a manga, estão entre os alimentos brasileiros atingidos pela sobretarifa de 50% dos EUA
g1
André Braz, economista que coordena os Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre), acredita que as tarifas, na verdade, ajudariam a baixar os preços dos alimentos de qualquer maneira.
Isso porque a produção antes enviada ao mercado dos EUA, agora taxada, passaria a ser ofertada mais ao consumo interno. Seria uma consequência suficiente para impedir a esperada redução produtiva. "Então, o tarifaço desaceleraria a inflação da comida no país por si só", observa ele.
Na verdade, aponta ele, o que fez a comida baratear no Brasil de junho para cá foi, principalmente, a valorização do real frente ao dólar, moeda utilizada no mercado internacional. O câmbio entrou em 2025 cotado acima de R$ 6 e, hoje, está perto de R$ 5,50, um valor ainda elevado em comparação a anos passados. Os resultados positivos das safras – sobretudo de arroz e feijão, e ainda da produção de carnes – também foram determinantes para a retração.
Na análise dele, como o Brasil conseguiu encontrar mercados substitutos ao dos EUA com rapidez – principalmente na Ásia, também taxada por Trump, não houve tempo para que a produção excedente desaguasse no mercado brasileiro e jogasse os preços para baixo. "Isso foi mais relevante no caso das carnes, porque o produto brasileiro, além de bom, está mais barato no mercado internacional, já que o real ainda está desvalorizado", diz ele.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MIDC) publicou um relatório há alguns dias mostrando, de fato, que o Brasil subiu as exportações da sua agropecuária em 18% em setembro – mês seguinte à entrada em vigor das tarifas dos EUA.
No cômputo geral, que inclui todos os tipos de produtos, a corrente de comércio brasileira cresceu 12% no período em comparação ao mesmo mês de 2024.
Nesse intervalo, o país expandiu as vendas de commodities agrícolas para alguns dos seus principais clientes no continente asiático, sobretudo a China (alta de 15% em setembro) e a Índia (124%), mas também para atores menores nesse jogo de trocas internacionais, como Cingapura (133%) e Bangladesh (80,6%).
Já na relação com os norte-americanos, as remessas de produtos taxados caíram 25,7% em setembro, pelos dados da Câmara do Comércio para o Brasil (Ancham). O intrigante é que, mesmo com as tarifas, as vendas de carnes (6,9%) e café (66%) para os Estados Unidos subiram no mês, indicando sobrevida do mercado mesmo com o vigor das taxas.
Exportações brasileiras para os EUA desabam com o tarifaço, mas vendas para outros países compensam
Jornal Nacional/ Reprodução
"O resultado disso é que o tarifaço, que poderia ter resultado em uma queda mais intensa do preço da comida no Brasil, registrou retração mais modesta, já que não sobrou tanta produção assim por aqui ao mercado interno", complementa Braz.
Se, por um lado, a diminuição desses últimos meses não foi suficiente, ainda, para repor a elevação do ano passado e do primeiro semestre de 2025, por outro, Braz já calcula que a inflação geral do Brasil deve ser impactada pelo fenômeno. "Como nós já temos uma previsão de que os alimentos e bebidas vão cair em outubro [os dados serão divulgados na semana que vem], é muito possível que o país termine o ano dentro do intervalo da meta", explica, em referência ao teto de 4,5% de alta nos preços definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no começo do ano.
"Em janeiro, a expectativa era que a inflação ficasse em 8% em 2025. Agora nós já estamos trabalhando com uma taxa de 4%. Caiu pela metade, e muito por conta do comportamento dos preços da comida", revela.
Pressão sobre preços em dólar
A economista Cristina Helena de Mello, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), por sua vez, entende que o tarifaço exerceu papel mais decisivo na retração dos alimentos no mercado brasileiro, à medida em que ele pressionou para baixo os preços das principais commodities do país no mercado global.
Ela observa que, de um lado, as tarifas encareceram a comida para o consumo dos norte-americanos, mas, de outro, obrigaram países produtores a sair em busca de novos clientes, tentando atraí-los com preços mais baixos. "Quando nós perdemos os Estados Unidos, que são grandes compradores, nós precisamos compensar em outros mercados. O efeito disso foi uma diminuição dos preços das toneladas, em dólar, que nós colocamos nesses mercados, de forma a repor a perda", explica ela.
O impacto, então, é sentido no mercado interno, já que uma cotação mais baixa lá fora também desinfla os preços internamente.
A má notícia, observa Mello, é que a retração dos alimentos no país é temporária. Isso vai acontecer porque, na contramão da análise de Braz, ela espera por uma redução na produção agrícola nos próximos meses – e não apenas por conta da variação das safras. "É que, com as tarifas, as expectativas dos produtores com as vendas futuras estão baixas. Eles estão pessimistas. Além do mais, vamos começar a passar pelo verão, um período de chuvas intensas que geram enchentes e, para alguns casos, significa quebra produtiva".
"Então, vamos ter uma estabilização dos preços e, para alguns segmentos, até uma alta", completa.
Para Patrícia Lino Costa, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o principal problema disso é que, depois, muitos desses preços não voltam a patamares anteriores. "Uma vez que a carne sobe, ela nunca mais volta ao valor de outrora. O preço alto vira o padrão. Isso impacta na forma como as pessoas se alimentam. O café, logo mais, vai deixar de ser um item comum na mesa dos brasileiros, por exemplo."
Impactos setoriais
Preço do café deve cair até o fim do ano, mas em ritmo lento; entenda
Para ela, que também é economista, as tarifas dos EUA passaram a vigorar em meio a conjunturas de produção variadas e, por isso, impactaram os alimentos de maneiras diferentes. O café é o melhor exemplo disso, aponta ela.
"De outubro de 2024 em diante, em meio a uma crise de outros países produtores, o Brasil recebeu uma pressão muito grande. Os contratos futuros do café na Bolsa de Nova York passaram a influenciar o preço no presente. A especulação joga um papel central nesse processo", diz ela, lembrando da elevação de 143% no preço interno do café em 2024, segundo uma pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP).
"Daí, em julho, veio o tarifaço do Trump, durante a época de colheita. Com isso, a oferta para o mercado brasileiro cresceu e o preço caiu um pouco", continua, "mas não o suficiente para voltar aos níveis de 2019, 2020". Pelos dados do IPCA, o quilo do café retraiu 2,17% em agosto em comparação a julho, mas permanece vendido a cerca de R$ 60 o quilo.
É um exemplo, para ela, de como as tarifas ajudaram a desinflar os preços – o que, de outra forma, não aconteceria.
As carnes – que foram mantidas na lista de produtos taxados por Trump –, por sua vez, devem ficar mais caras a partir do próximo mês, calcula Costa. "É que, neste caso, a entressafra está começando. É um período de queda nos abates de animais e, além disso, tem o nosso grande volume de exportação à China. Sobra menos no mercado interno e, daí, o custo sobe."
Em 12 meses até setembro, o preço da carne bovina subiu 22% no Brasil, pelos dados do IPCA. Porém, está em queda nos últimos dois meses: -0,47% no mês de agosto e 0,31% em setembro. Na análise da economista do Dieese, esses números não capturam o fenômeno da substituição que, no cotidiano, mantém o consumo de proteína das famílias.
"Quando o consumidor não consegue comprar carne de primeira [qualidade], ele migra para a de segunda – que, no Brasil, historicamente é o frango. Daí começa o aumento da demanda desse produto, que faz o preço subir. Os índices pegam só a elevação no valor, mas não essa mudança de um para o outro", explica ela.
Mudança na conjuntura
Mas, se os mercados globais, sobretudo da Ásia, repuseram o excedente do Brasil, o recente acordo dos Estados Unidos com a China pode mudar esse panorama de novo, nota André Braz, do FGV-Ibre.
Com a assinatura do pacto, feita na Coreia do Sul, no fim de outubro, mercadorias chinesas estão entrando no mercado norte-americano, agora, com 47% de taxa.
"Neste momento, o Brasil está no teto das tarifas dos EUA [ao lado da Índia]. Não é a posição de antes, o que significa que, a partir de agora, estamos em desvantagem. Vai sobrar pouco espaço para novas quedas dos alimentos – até porque uma parte do acordo dos EUA com a China envolve, justamente, a volta das compras de soja norte-americana pelos chineses", diz ele.
"Em poucos dias teremos uma posição sobre nosso acordo com os EUA, mas, para fins estratégicos, temos que seguir criando parcerias com outros mercados."
Para Patrícia Lino, do Dieese, a preocupação cai mais, justamente, sobre a soja, o carro-chefe do agronegócio brasileiro. No ano passado, a China comprou, no total, 105 milhões de toneladas de soja – sendo que 71% desse montante saiu do Brasil, pelos dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). No balanço de 2024, ela foi a principal mercadoria agrícola exportada – tanto em quantidade quanto pelos montantes envolvidos.
"O acordo preocupa, sem dúvidas”, admite ela, "porque é um grande comprador e uma nova dinâmica no mercado global. Mas é outra maneira de pressionar nosso país a diversificar suas culturas", finaliza ela.
LISTA: veja quais foram as 10 motos mais vendidas do Brasil até outubro

2 pontos positivos e negativos da Honda CG 160
O mercado brasileiro emplacou 1.823.552 motocicletas de janeiro a outubro de 2025, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgados nesta terça-feira (4).
A alta é de 15,64% em relação ao mesmo período de 2024, quando o Brasil registrou 1.576.952 emplacamentos.
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No mês de outubro, foram 209.768 emplacamentos contra 166.719 unidades do ano passado. O crescimento no período foi expressivo, de 25,82%. O número representa uma alta de 1,89% em relação ao mês anterior (205.872 motos).
A projeção é de recorde de emplacamentos neste ano. O segmento de motocicletas segue em crescimento e já é responsável por 43,5% de todos os veículos emplacados em 2025 até o momento.
Entre as mais vendidas, a Honda CG continua na liderança e já beira as 400 mil unidades emplacadas.
"O segmento segue em patamar historicamente elevado, impulsionado pelos serviços de entrega, muito demandados desde a pandemia, além do custo de posse competitivo, em relação ao transporte coletivo. Atualmente, as motos têm sido o segundo veículo em muitas famílias", explica o Presidente da Fenabrave, Arcelio Junior.
Veja as 10 motos mais vendidas até outubro de 2025.
Honda CG 160: 398.683 unidades;
Honda Biz: 222.858 unidades;
Honda Pop 110i: 194.617 unidades;
Honda NXR 160 Bros: 165.384 unidades;
Mottu Sport 110I: 85.118 unidades;
Yamaha YBR 150: 60.016 unidades;
Honda CB300F: 54.626 unidades;
Honda PCX 160: 45.532 unidades;
Yamaha Fazer 250: 38.478 unidades;
Shineray XY 125: 36.252 unidades.
Da lista, cerca de 80% das motos vendidas no Brasil em 2025 são de baixa potência, com cerca de 160 cilindradas. É o caso da Honda CG 160, NXR 160 Bros e PCX 160.
A Fenabrave aponta que o maior uso destes veículos está em transporte individual e entregas, tanto na cidade como em áreas rurais.
Motos elétricas
⚡ Apesar de um mercado feroz de novas motos a combustão, as vendas de modelos elétricos continuam sem força no Brasil, mas ensaiam subida em grandes centros.
Entre janeiro e outubro de 2025, foram emplacadas 7.133 unidades eletrificadas. Em 2024, foram 5.918 emplacamentos até outubro, um aumento de 20,53% em um ano. Todos os modelos comercializados são 100% elétricos — não existiu emplacamento de sequer uma moto híbrida no Brasil em 2025.
Honda CG 160 2025 Titan sai por R$ 19.230
Divulgação | Honda
"Notamos que são motos para usos muito específicos e, normalmente, para circulação em rotas de quilometragem reduzida, como segurança em condomínios e outros", comenta Arcelio Junior.
As motos mais vendidas de outubro
A Honda CG 160 continua sendo a moto mais vendida. Em outubro, foram 44.390 novos emplacamentos do modelo.
Em segundo lugar ficou outro modelo da mesma fabricante, a Honda Biz. A cub vendeu 23.807 unidades em outubro. A Honda Pop 110i ES segue no segundo lugar desde agosto, quanto tomou a posição ocupada pela a Honda Bros 160.
Veja as 10 motos mais vendidas em outubro de 2025.
Honda CG 160: 44.390 unidades;
Honda Biz 125: 23.807 unidades;
Honda Pop 110i ES: 23.075 unidades;
Honda NXR 160 Bros: 19.757 unidades;
Mottu Sport 110I: 11.368 unidades;
Yamaha YBR 150: 6.872 unidades;
Honda CB 300F Twister: 5.992 unidades;
Honda PCX 160: 5.005 unidades;
Honda XRE 190: 4.738 unidades;
Yamaha Fazer 250: 4.602 unidades.
Veja as 10 marcas com maior participação de mercado no acumulado de 2025:
Ibovespa sobe e alcança 9º recorde seguido após Copom; dólar cai a R$ 5,34

Copom mantém selic em 15% ao ano
O Ibovespa avançou 0,03% nesta quinta-feira (6) e fechou aos 153.339 pontos, registrando seu nono recorde consecutivo. Na máxima do dia, o principal índice da bolsa alcançou os 154.352 pontos — mas logo perdeu força. Já o dólar fechou em queda de 0,24%, cotado a R$ 5,3479.
Os investidores reagiram à decisão e ao comunicado do Copom, que manteve a taxa básica de juros (Selic) inalterada, além da isenção do IR aprovada pelo Senado. No cenário internacional, destaque para os discursos de autoridades dos Estados Unidos e para a COP30, realizada em Belém.
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▶️ O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 15% ao ano, decisão que já era amplamente esperada. Foi a terceira reunião consecutiva sem alteração, no qual o BC apontou que o cenário internacional ainda exige cautela, especialmente diante das incertezas nos EUA.
▶️ Mesmo após um comunicado considerado restritivo, os investidores mantiveram a expectativa de que o Banco Central comece a reduzir a taxa básica de juros em 2026 — cenário que contribuiu para o bom desempenho dos mercados.
▶️ No Congresso, o Senado aprovou o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil por mês e eleva a taxação sobre as faixas de renda mais altas.
▶️ Em Belém (PA), teve início o encontro preparatório para a COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas. A Cúpula do Clima reúne líderes globais para discutir estratégias de transição energética e combate à crise ambiental. Entre os participantes confirmados estão os presidentes da França, África do Sul, Quênia e o premiê do Reino Unido.
▶️ Nos EUA, autoridades do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, participaram de eventos ao longo do dia.
▶️ A temporada de balanços segue movimentando os mercados. Entre as empresas que divulgam os resultados do terceiro trimestre estão Petrobras, Suzano, Sanepar, Energisa, Smart Fit, Renner, Assaí e Magalu.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,59%;
Acumulado do mês: -0,59%;
Acumulado do ano: -13,46%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +2,54%;
Acumulado do mês: +2,54%;
Acumulado do ano: +27,48%.
Copom mantém Selic em 15%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira (05) manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 15% ao ano. A decisão foi unânime.
"O ambiente externo ainda se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica", diz nota do BC após a decisão do Copom.
Esse é o maior patamar em quase 20 anos – em julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Selic estava em 15,25% ao ano.
"O Comitê segue acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais pelos EUA ao Brasil, e como os desenvolvimentos da política fiscal doméstica impactam a política monetária e os ativos financeiros, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza", diz o texto.
Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender que o Banco Central reduzisse os juros. A avaliação da área econômica do governo é que o patamar elevado dos juros tem diminuído a atividade econômica.
Mas a decisão do Copom desta quarta-feira não alterou a Selic. Isso já era esperado pelos economistas do mercado financeiro, que preveem o início do ciclo de corte dos juros somente para janeiro de 2026.
Nos últimos comunicados, o Comitê havia informado que a taxa será mantida nesse patamar por um "período bastante prolongado" de tempo.
Isenção do Imposto de Renda
Outro destaque local foi a votação na quarta-feira, no Senado, do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e estabelece descontos para rendas de até R$ 7.350 mensais.
Depois de aprovado, o texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. Veja perguntas e respostas sobre a ampliação da isenção do IR.
Paralisação do governo americano no 37º dia
A paralisação do governo dos EUA chegou nesta quinta-feira ao 37º dia, consolidando-se como a mais longa da história do país. Os impactos econômicos se intensificam, com destaque para o setor aéreo.
O secretário de Transportes, Sean Duffy, anunciou que haverá uma redução de 10% nos voos em 40 grandes aeroportos a partir de sexta-feira (7). “Vamos trabalhar com as companhias aéreas para fazer isso de forma organizada”, afirmou.
Com o shutdown, a assistência alimentar para cerca de 42 milhões de pessoas foi interrompida, deixando famílias sem os cerca de US$ 180 mensais. Funcionários federais, incluindo policiais, militares e agentes de aeroportos, estão sem receber salários.
Desde o início da paralisação, mais de 3,2 milhões de passageiros enfrentaram atrasos ou cancelamentos de voos.
O Escritório de Orçamento do Congresso estima que, se durar mais uma semana, o impacto na economia pode chegar a US$ 11 bilhões.
A medida é uma resposta à escassez de pessoal, já que milhares de funcionários federais, incluindo controladores de tráfego aéreo, estão sem receber salários. A interrupção de serviços públicos também afeta programas sociais, como o auxílio alimentar, e preocupa famílias que dependem desses recursos.
No campo político, o presidente Donald Trump reconheceu que o shutdown teve impacto negativo nas eleições desta semana, em que os democratas venceram disputas importantes.
“Isso é muito maior do que a paralisação. É sobre a sobrevivência do nosso país”, disse Trump, ao defender o fim da regra do filibuster no Senado.
Enquanto isso, democratas mantêm a pressão por garantias na extensão de subsídios de saúde antes de concordarem com a reabertura. As negociações seguem, mas o impasse continua sem solução clara no horizonte.
Bolsas globais
Em Wall Street, os mercados fecharam em queda, pressionados por preocupações com grandes empresas de tecnologia. Investidores também seguiram atentos à análise da Suprema Corte sobre as tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump.
Em meio à paralisação do governo — que limita a divulgação de dados oficiais, como o payroll e o CPI — os investidores têm se apoiado nos resultados das empresas para avaliar o desempenho da economia.
Os principais índices tiveram perdas significativas. O S&P 500 fechou em queda de 1,09%, aos 6.722,06 pontos, o Nasdaq recuou 1,90%, aos 23.053,99 pontos, e o Dow Jones caiu 0,84%, aos 46.913,65 pontos.
Na Europa, os mercados fecharam em queda, com os investidores aguardando a decisão do Banco da Inglaterra sobre a taxa de juros.
A expectativa de corte aumentou nas últimas semanas, com uma chance de quase de redução para 3,75%, bem acima da probabilidade de uma em dez registrada anteriormente.
No fechamento, os principais índices europeus tiveram perdas: o STOXX 600 recuou 0,72%, o DAX (Alemanha) caiu 1,31%, o FTSE 100 (Reino Unido) perdeu 0,42% e o CAC 40 (França) teve baixa de 1,36%.
Já os mercados asiáticos fecharam em altaa, impulsionados pelo otimismo em relação à autossuficiência tecnológica na China.
A valorização das ações de semicondutores e inteligência artificial ajudou o índice de Xangai a recuperar o patamar simbólico de 4.000 pontos, enquanto outras praças também acompanharam o movimento positivo.
No fechamento, o Nikkei (Tóquio) subiu 1,3%, o Hang Seng (Hong Kong) avançou 2,12% e o SSEC (Xangai) ganhou 0,97%. O CSI300 teve alta de 1,43%, o Kospi (Seul) valorizou 0,55%, o Taiex (Taiwan) subiu 0,66% e o Straits Times (Cingapura) fechou com alta de 1,36%.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
Notas de dólar.
Murad Sezer/ Reuters
Black Friday: madrugada é período mais visado por golpistas, diz Serasa

Black Friday: madrugada é período mais visado por golpistas, diz Serasa
Apesar de o pico de compras na Black Friday ser durante o dia, a madrugada é o período mais visado pelos golpistas, segundo análise da Serasa feita a partir de dados coletados em 2024.
O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem?
Na Black Friday do ano passado, as compras se concentraram entre 10h e 23h, com pico entre 13h e 14h, quando o fluxo ultrapassou 300 mil pedidos por hora.
Na madrugada de quinta para sexta (28 para 29 de novembro de 2024), a Serasa identificou um número menor de compras por hora (65 mil), mas uma taxa de ataques de 2% às 3h da manhã – o dobro do encontrado durante o dia.
Quando é a Black Friday em 2025?
Quer fugir de golpes? Comece a comparar preços agora; veja mais dicas
Tentativas de golpes também foram registradas nas outras madrugadas do período (28 de novembro a 1 de dezembro de 2024).
A Serasa informa que esse comportamento mostra que os fraudadores agem com "método e precisão, antecipando-se ao pico das promoções para explorar brechas e distrações do consumidor".
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Entre os principais golpes, de acordo com a empresa, estão:
Phishing (criação de páginas falsas de lojas e ofertas)
Anúncios falsos na internet e redes sociais que levam a sites clonados.
Mensagens fraudulentas de confirmação de compra ou entrega enviadas por SMS, e-mail ou WhatsApp
Troca de QR Code ou chave Pix no checkout, desviando o pagamento para contas de terceiros;
Criação de perfis falsos em marketplaces para coletar informações de clientes.
A Serasa diz ainda que monitorou 5,2 milhões de transações entre 28 de novembro e 1 de dezembro, que movimentaram R$ 3,5 bilhões em vendas.
Fones que 'traduzem' vários idiomas: g1 testa AirPods Pro 3 e Galaxy Buds3 Pro
Mais finos que um lápis: g1 testa o iPhone Air e o Galaxy S25 Edge
Black Friday 2025: para se preparar, comece a comparar preços desde já
Freepik
Black Friday, consumo, economia, compras'
Evandro Leal/Enquadrar/Estadão Conteúdo
Black Friday: Confira horários dos shoppings de São José e Taubaté nesta sexta
João Delfino/g1
Black Friday
Reprodução/TV Globo
Mega-Sena pode pagar R$ 48 milhões nesta quinta-feira

Como funciona a Mega-sena
O concurso 2.937 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 48 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 21h desta quinta-feira (6), em São Paulo.
Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp
No concurso da última terça (4), ninguém levou o prêmio máximo.
A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 20h – saiba como fazer a sua aposta online.
A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados.
Mega-Sena
Marcelo Brandt/G1
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos.
Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo.
O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
IR: calculadoras mostram quanto você deixará de pagar e o que muda para quem tem alta renda

Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar
O Senado aprovou nesta quarta-feira (5) um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O texto deverá ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e entrar em vigor em janeiro de 2026.
Além da isenção de IR para pessoas com renda mensal até R$ 5 mil (R$ 60 mil ao ano), o projeto prevê um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 mensais.
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Como forma de compensar as reduções no imposto, o texto também estabelece uma cobrança mínima para contribuintes de alta renda, com alíquota progressiva de até 10% para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano. Nada muda para aqueles que já têm desconto em folha. (Leia mais abaixo)
Para entender o impacto real das mudanças, o g1 elaborou, com o apoio da Confirp Contabilidade, duas calculadoras que mostram:
Calculadora da isenção: quanto você vai deixar de pagar de Imposto de Renda.
Calculadora da alta renda: qual será a cobrança para ganhos anuais a partir de R$ 600 mil.
Faça as simulações abaixo:
1. Calculadora da isenção
2. Calculadora da alta renda
Entenda os números
1. Calculadora da isenção
Na prática, esses são os valores que deixarão de ser descontados do salário todos os meses a partir de janeiro de 2026, após sanção do presidente Lula.
O ganho para quem tem salário de R$ 5 mil será de R$ 312,89 por mês. Em um ano, considerando também o décimo terceiro salário, a economia pode chegar a R$ 4.067. Na prática, isso representa um aumento anual equivalente a 81,35% do salário de um mês. (Veja exemplos mais abaixo)
O projeto aprovado ainda prevê uma mudança na sistemática de cobrança do IR para quem ganha até R$ 7.350, com desconto progressivamente menor para rendas a partir de R$ 5.001. Com isso, esse público também será beneficiado, mesmo que em menor escala.
Assim, quem recebe R$ 7 mil por mês, por exemplo, deverá ter ganhos de R$ 46,61 mensais e de R$ 605,87 no ano, considerando o décimo terceiro salário.
Já os contribuintes que recebem acima dessa faixa não serão impactados pelas mudanças, pois a tabela progressiva do Imposto de Renda não é alterada pelo projeto. Nada muda também para quem ganha até R$ 3.036 — parcela já isenta pela tabela em vigor.
"Se a pessoa ganhar acima de R$ 7.350, ela não vai ter redução alguma: seguirá a tributação normal da tabela progressiva", pontua Welinton Mota, da Confirp.
Veja simulações na tabela abaixo:
Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350
Arte/g1
2. Calculadora da alta renda
O projeto estabelece que pessoas físicas com renda anual acima de R$ 600 mil — o equivalente a mais de R$ 50 mil mensais — estarão sujeitas a uma tributação progressiva sobre lucros e dividendos, que pode chegar a 10% para quem recebe R$ 1,2 milhão ou mais por ano.
Dessa forma, quem recebe um pouco acima do limite pagará uma alíquota reduzida, e o valor do imposto aumentará de forma gradual conforme a renda cresce. (Veja abaixo)
🔎 A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%.
Conforme mostrou o g1, a cobrança mínima para quem tem alta renda começa em R$ 0,10, valor aplicado a quem ganha R$ 600.001,00 por ano. À medida que a renda aumenta, o imposto também sobe. A alíquota máxima, de 10%, atinge rendimentos a partir de R$ 1,2 milhão ao ano. Veja abaixo:
Alta renda terá IR progressivo de até 10%.
Arte/g1
O texto aprovado permite que os contribuintes de alta renda abatam valores já pagos ao longo do ano a título de Imposto sobre a Renda.
Também prevê que alguns rendimentos, como os obtidos por LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), poderão ser excluídos da base de cálculo do imposto.
Welinton Mota, da Confirp Contabilidade, afirma que a maneira mais eficaz de calcular a nova tributação sobre a alta renda é levar em conta o rendimento anual, e não o valor mensal fixado em R$ 50 mil.
O especialista explica que, segundo o projeto, se o contribuinte receber mais de R$ 50 mil em um mês, será aplicada a alíquota máxima de 10% sobre o valor recebido naquele período.
"Se o lucro ou dividendo ultrapassar R$ 50 mil, será aplicada a alíquota de 10% naquele mês. Se ficar abaixo desse valor, não haverá cobrança", explica. "Por isso, a prestação de contas pode variar, e o que realmente importa é o total anual, não o valor mensal", afirma.
Dessa forma, Mota avalia que, com os descontos mensais aplicados ao longo do ano, é bastante provável que esse perfil de contribuinte consiga restituir boa parte dos valores pagos na declaração anual do Imposto de Renda, no ano seguinte.
"Você vai comparar quanto pagou com o que realmente deveria pagar ao considerar o total anual. Como já houve desconto em alguns meses, possivelmente acima do valor devido, é possível até ter valores a restituir", diz. "O cálculo final, portanto, será feito apenas no ano seguinte."
O que mudou na faixa de isenção?
🔎 Hoje, estão isentos do Imposto de Renda os contribuintes com renda tributável de até R$ 3.036 por mês — equivalente a dois salários mínimos. Com a proposta, essa faixa de isenção será ampliada para rendimentos de até R$ 5 mil mensais.
A ampliação da faixa de isenção do IR foi uma promessa de campanha do presidente Lula. O projeto deve incluir cerca de 10 milhões de contribuintes na lista de isentos a partir de 2026, ano de eleições.
A proposta foi apresentada pelo governo em março deste ano. O Planalto trabalha para concluir a análise do texto até o fim de 2025, para que a nova isenção entre em vigor já em 2026.
A proximidade do prazo para concluir a análise foi um dos fatores que levaram o relator da proposta no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), a não fazer mudanças no conteúdo do projeto aprovado pela Câmara dos Deputados.
Qual o total de isentos no país?
Com a provável sanção do presidente Lula, o Brasil deverá ter mais de 26,6 milhões de contribuintes isentos do Imposto de Renda em 2026 — cerca de 65% dos declarantes.
Esse número inclui:
mais de 15,2 milhões de declarantes isentos atualmente;
quase 2 milhões de pessoas isentas pela Lei n.º 15.191/25, que eleva a atual faixa de isenção para quem ganha até dois salários-mínimos por mês; e
quase 10 milhões de contribuintes que passarão a ser isentos com o projeto aprovado.
Quanto vai custar aos cofres públicos?
Em 2026, a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil terá um impacto estimado de R$ 25,8 bilhões. Foi justamente para compensar a queda na arrecadação que o Congresso manteve a proposta do governo de aplicar alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil.
Com a progressão do imposto, a alíquota máxima para pessoas de alta renda será aplicada a quem tiver ganhos anuais a partir de R$ 1,2 milhão. Segundo o projeto, a cobrança não irá atingir contribuintes que já pagam a alíquota de 27,5% do IR — ou seja, que já têm esse desconto em folha.
"Atualmente, os lucros e dividendos são isentos do IR. O projeto prevê que, a partir de 2026, eles sejam tributados em 10%, desde que a distribuição mensal para um mesmo sócio da empresa seja acima de R$ 50 mil", explica Welinton Mota, da Confirp Contabilidade.
Isenção do IR vai beneficiar 15 milhões, enquanto 150 mil de alta renda pagam a diferença
Entenda o projeto:
Em março, o governo federal propôs ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda, a partir de 2026, de R$ 3.036 (dois salários mínimos) para R$ 5 mil.
Além de ampliar a faixa de isenção, a equipe econômica também propôs uma isenção parcial para valores entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês.
Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do IR para rendimentos até R$ 5 mil mensais, o governo pretende taxar quem tem alta renda — ou seja, aqueles com ganhos mensais superiores a R$ 50 mil (equivalente a R$ 600 mil por ano).
O projeto do governo, relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), impede que a cobrança sobre dividendos de pessoa física e empresa supere 34% para empresas e 45% para financeiras.
Em paralelo, havia outro projeto de isenção do IR em tramitação no Senado, apresentado por Renan Calheiros (PP-AL). O texto, originalmente apresentado em 2019, foi resgatado sob o argumento de que o texto da Câmara estava parado.
Uma disputa política entre Lira e Renan foi o pano de fundo da articulação dos projetos. Os dois devem concorrer ao Senado em 2026.
Imposto de Renda 2023: prazo para declaração vai de 15 de março a 31 de maio.
Marcos Serra/ g1
Lula comemora aprovação da ampliação da faixa de isenção do IR: 'Justiça tributária'

Senado aprova o projeto que isenta do IR quem ganha até R$ 5 mil por mês
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta quarta-feira (5) a aprovação, pelo Senado , do projeto que amplia para R$ 5 mil mensais a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas.
“Hoje é um dia histórico. Demos um passo decisivo para um país mais justo, com um sistema tributário que torna a contribuição mais equilibrada e reconhece o esforço de todos que ajudam a construir o Brasil”, escreveu Lula nas redes sociais.
Segundo o presidente, a proposta promove “justiça tributária”, ao isentar quem ganha até R$ 5 mil e conceder desconto no IR para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7.350.
“Milhões de pessoas que vivem de seu trabalho não precisarão mais pagar o IR ou terão imposto reduzido, garantindo mais dinheiro no bolso. Quem ganha muito vai contribuir com a sua justa parte”, afirmou.
Lula agradeceu aos parlamentares pela aprovação unânime da proposta.
“Uma vitória da democracia e da justiça social”, disse.
O texto segue agora para sanção presidencial e deve valer a partir de 2026.
Lula durante visita ao Pará antes da COP
Anderson Coelho/Reuters
Como vai funcionar
A proposta não altera a atual tabela progressiva do Imposto de Renda. O texto apenas amplia um mecanismo que concede descontos a fim de zerar a tributação para quem recebe até R$ 5 mil por mês.
Os contribuintes que recebem entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 mensais não serão isentos. O projeto prevê, porém, que estes terão direito a um desconto no IR.
A redução para esses casos será progressiva. Ou seja, quanto maior o rendimento, menor a redução.
Pela proposta, não haverá mudança na regra atual de tributação de renda para as pessoas que têm rendimentos acima de R$ 7.350. O modelo atual de cobrança do IR é feito em faixa com uma alíquota progressiva, que vai de 7,5% a 27,5%.
Se aprovadas pelo plenário e sancionadas por Lula, as novas regras passarão a valer já em 2026 e vão impactar a declaração do Imposto de Renda feita em 2027.
Tributação sobre alta renda
As perdas de arrecadação com a nova isenção serão compensadas, segundo o projeto, com uma tributação mínima de até 10% para pessoas que têm rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil.
🔍Lembrando que isso vale só para lucros e dividendos. Quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%.
O valor mínimo será exigido se o imposto total pago pelo contribuinte for inferior ao piso de tributação.
Por exemplo, se a pessoa já recolheu 2,5%, o imposto que será cobrado será igual aos outros 7,5%.
Se, após os cálculos, o resultado for negativo ou igual a zero, nada mais será devido.
A alíquota de tributação será progressiva e poderá chegar a 10% para os rendimentos que vão até R$ 1,2 milhão por ano. Acima disso, a cobrança será de 10%.
O texto permite que os contribuintes de alta renda abatam valores já pagos ao longo do ano a título de Imposto sobre a Renda.
Também prevê que alguns rendimentos, como os obtidos por LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), poderão ser excluídos da base de cálculo do imposto.
O patamar mínimo de tributação, segundo o relator e o Ministério da Fazenda, vai corrigir distorções tributárias. Atualmente, pessoas de alta renda recolhem, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais — muito abaixo da média paga por trabalhadores.
Após ter sinalizado alteração, Renan Calheiros manteve no texto um dispositivo que assegura que lucros e dividendos apurados em 2025 e distribuídos até 2028 fiquem livres de imposto.
As regras vão mudar para os lucros e dividendos apurados e distribuídos a partir de 2026:
Nesse caso, os rendimentos que superarem R$ 50 mil mensais passarão a ter IR retido na fonte, com uma alíquota de 10%.
Lucros e dividendos remetidos ao exterior também terão cobrança de IR na fonte, com uma alíquota de 10%.
'Dia muito importante para o país', diz Haddad após Senado aprovar ampliação da faixa de isenção do IR para R$ 5 mil
Senado aprova o projeto que isenta do IR quem ganha até R$ 5 mil por mês O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (5) que a aprovação, pelo Senado, do projeto que eleva para R$ 5 mil a faixa de isenção do Imposto de Renda representa um avanço na redução das desigualdades. “É um dia muito importante para o Brasil”, declarou. Em entrevista a jornalistas na porta do ministério, Haddad agradeceu ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e ao relator do texto, Renan Calheiros (MDB-AL). Ele disse que a medida “contribui para enfrentar a desigualdade de forma estrutural”. O ministro afirmou que a isenção poderá representar “quase um décimo quarto salário” para parte dos trabalhadores. Além da isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, o projeto prevê desconto no IR para contribuintes com renda mensal entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Haddad reforçou que a proposta é neutra do ponto de vista fiscal, ou seja, não amplia gastos nem reduz receitas totais do governo. Segundo ele, a compensação virá da tributação mínima sobre altas rendas, com alíquota progressiva de até 10% sobre lucros e dividendos acima de R$ 600 mil por ano. “A economia que as famílias farão deve reduzir o endividamento e a inadimplência, aumentar o poder de compra e estimular a atividade econômica”, afirmou. Como vai funcionar A proposta não altera a atual tabela progressiva do Imposto de Renda. O texto apenas amplia um mecanismo que concede descontos a fim de zerar a tributação para quem recebe até R$ 5 mil por mês. Os contribuintes que recebem entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 mensais não serão isentos. O projeto prevê, porém, que estes terão direito a um desconto no IR. A redução para esses casos será progressiva. Ou seja, quanto maior o rendimento, menor a redução. Pela proposta, não haverá mudança na regra atual de tributação de renda para as pessoas que têm rendimentos acima de R$ 7.350. O modelo atual de cobrança do IR é feito em faixa com uma alíquota progressiva, que vai de 7,5% a 27,5%. Se aprovadas pelo plenário e sancionadas por Lula, as novas regras passarão a valer já em 2026 e vão impactar a declaração do Imposto de Renda feita em 2027. Tributação sobre alta renda As perdas de arrecadação com a nova isenção serão compensadas, segundo o projeto, com uma tributação mínima de até 10% para pessoas que têm rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. 🔍Lembrando que isso vale só para lucros e dividendos. Quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. O valor mínimo será exigido se o imposto total pago pelo contribuinte for inferior ao piso de tributação. Por exemplo, se a pessoa já recolheu 2,5%, o imposto que será cobrado será igual aos outros 7,5%. Se, após os cálculos, o resultado for negativo ou igual a zero, nada mais será devido. A alíquota de tributação será progressiva e poderá chegar a 10% para os rendimentos que vão até R$ 1,2 milhão por ano. Acima disso, a cobrança será de 10%. O texto permite que os contribuintes de alta renda abatam valores já pagos ao longo do ano a título de Imposto sobre a Renda. Também prevê que alguns rendimentos, como os obtidos por LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), poderão ser excluídos da base de cálculo do imposto. O patamar mínimo de tributação, segundo o relator e o Ministério da Fazenda, vai corrigir distorções tributárias. Atualmente, pessoas de alta renda recolhem, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais — muito abaixo da média paga por trabalhadores. Após ter sinalizado alteração, Renan Calheiros manteve no texto um dispositivo que assegura que lucros e dividendos apurados em 2025 e distribuídos até 2028 fiquem livres de imposto. As regras vão mudar para os lucros e dividendos apurados e distribuídos a partir de 2026: Nesse caso, os rendimentos que superarem R$ 50 mil mensais passarão a ter IR retido na fonte, com uma alíquota de 10%. Lucros e dividendos remetidos ao exterior também terão cobrança de IR na fonte, com uma alíquota de 10%.
É #FAKE que preço da gasolina chegou a R$ 9,78 durante governo Bolsonaro

De acordo com dados da ANP, preço máximo da gasolina durante governo Bolsonaro chegou a R$ 9
g1
Circula nas redes sociais uma publicação dizendo que o preço da gasolina no Brasil chegou a R$ 9,78 em 2021, quando Jair Bolsonaro (PL) era presidente. É #FAKE.
selo fake
g1
🛑O que diz a publicação?
Publicado no dia 21 de outubro no X, onde já teve mais de 74 mil visualizações, o post diz: "OLHA A DIFERENÇA: "Preço da gasolina em 2021: R$ 9,78 o LITRO. Preço da gasolina em 2025: R$ 5,26 o LITRO. OM Bolsonaro era TANQUE VAZIO = COM LULA é TANQUE CHEIO".
Abaixo do texto, aparecem as fotos de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
⚠️Por que ela é falsa?
Ao Fato ou Fake, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) compartilhou o histórico de preços de gasolina e gasolina aditivada no Brasil entre janeiro de 2019 e setembro de 2025, período que engloba o governo Bolsonaro e o governo Lula. A base de dados indica que:
O preço máximo coletado pela agência para a gasolina comum durante o governo Bolsonaro foi de R$ 8,99, nos meses de maio e junho de 2022 — esse preço é inferior ao preço máximo de R$ 9,19 registrado em setembro deste ano, durante o governo Lula (veja abaixo nos gráficos comparativos)
O preço máximo coletado pela agência para a gasolina aditivada durante o governo Bolsonaro foi de R$ 9,28, em julho de 2022. Esse preço também é inferior aos R$ 9,59, registrados em setembro deste ano, durante o governo Lula (veja abaixo nos gráficos comparativos).
Comparativos de preço da gasolina comum nos governos Lula e Bolsonaro:
Comparativos de preço da gasolina aditivada nos governos Lula e Bolsonaro:
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Senado aprova projeto que isenta do IR quem ganha até R$ 5 mil por mês
Senado aprova projeto que isenta do IR quem ganha até R$ 5 mil por mês O Senado aprovou nesta quarta-feira (5) o projeto que eleva para R$ 5 mil mensais a faixa de isenção do IR para pessoas físicas. Hoje, somente quem ganha até R$ 3.036 por mês está isento.. Já quem recebe até R$ 7.350 terá um desconto parcial no imposto, de acordo com a proposta.. A proposta cria ainda um imposto mínimo de até 10% para contribuintes com ganhos a partir de R$ 50 mil ao mês — ou R$ 600 mil ao ano.. O relator Renan Calheiros (MDB-AL) decidiu manter o texto aprovado pela Câmara. O projeto segue para a sanção de Lula.
Senado aprova o projeto que isenta do IR quem ganha até R$ 5 mil por mês
Senado aprova o projeto que isenta do IR quem ganha até R$ 5 mil por mês O Senado aprovou nesta quarta-feira (5), por unanimidade, o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda. Ficará isento quem ganha até R$ 5 mil de salário por mês. Nada foi alterado com relação ao texto aprovado pela Câmara. Assim, o projeto vai para sanção do presidente Lula, e a nova faixa de isenção já deverá valer a partir de janeiro de 2026 O projeto também cria um desconto no IR para os contribuintes que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais (entenda mais abaixo). Para compensar as reduções no imposto, o texto prevê uma tributação mínima para pessoas com alta renda, criando uma alíquota progressiva de até 10% aos que recebem mais de R$ 600 mil por ano (veja mais aqui). Essa nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. A proposta foi apresentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em março deste ano. Leia também: Imposto de Renda: calculadora mostra quanto você deixará de pagar com nova isenção ISENÇÃO ATÉ R$ 5 MIL: perguntas e respostas sobre as mudanças no IR Como vai funcionar Haddad fala sobre isenção do Imposto de Renda, orçamento, alta dos juros e das críticas ao governo A proposta não altera a atual tabela progressiva do Imposto de Renda. O texto apenas amplia um mecanismo que concede descontos a fim de zerar a tributação para quem recebe até R$ 5 mil por mês. Os contribuintes que recebem entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 mensais não serão isentos. O projeto prevê, porém, que estes terão direito a um desconto no IR. A redução para esses casos será progressiva. Ou seja, quanto maior o rendimento, menor a redução. Pela proposta, não haverá mudança na regra atual de tributação de renda para as pessoas que têm rendimentos acima de R$ 7.350. O modelo atual de cobrança do IR é feito em faixa com uma alíquota progressiva, que vai de 7,5% a 27,5%. Se aprovadas pelo plenário e sancionadas por Lula, as novas regras passarão a valer já em 2026 e vão impactar a declaração do Imposto de Renda feita em 2027. Tributação sobre alta renda As perdas de arrecadação com a nova isenção serão compensadas, segundo o projeto, com uma tributação mínima de até 10% para pessoas que têm rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. 🔍Lembrando que isso vale só para lucros e dividendos. Quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. O valor mínimo será exigido se o imposto total pago pelo contribuinte for inferior ao piso de tributação. Por exemplo, se a pessoa já recolheu 2,5%, o imposto que será cobrado será igual aos outros 7,5%. Se, após os cálculos, o resultado for negativo ou igual a zero, nada mais será devido. A alíquota de tributação será progressiva e poderá chegar a 10% para os rendimentos que vão até R$ 1,2 milhão por ano. Acima disso, a cobrança será de 10%. O texto permite que os contribuintes de alta renda abatam valores já pagos ao longo do ano a título de Imposto sobre a Renda. Também prevê que alguns rendimentos, como os obtidos por LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), poderão ser excluídos da base de cálculo do imposto. O patamar mínimo de tributação, segundo o relator e o Ministério da Fazenda, vai corrigir distorções tributárias. Atualmente, pessoas de alta renda recolhem, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais — muito abaixo da média paga por trabalhadores. Após ter sinalizado alteração, Renan Calheiros manteve no texto um dispositivo que assegura que lucros e dividendos apurados em 2025 e distribuídos até 2028 fiquem livres de imposto. As regras vão mudar para os lucros e dividendos apurados e distribuídos a partir de 2026: Neste caso, os rendimentos que superarem R$ 50 mil mensais passarão a ter IR retido na fonte, com uma alíquota de 10%. Lucros e dividendos remetidos ao exterior também terão cobrança de IR na fonte, com uma alíquota de 10%. Custos e compensação Durante a passagem da proposta na Câmara, Arthur Lira afirmou que, com base em dados da Receita Federal, a ampliação da isenção do IR custará R$ 31,2 bilhões em 2026. No próximo ano, segundo o cálculo apresentado por Lira, o governo vai arrecadar: R$ 15,2 bilhões com o imposto mínimo para pessoas de alta renda; e mais R$ 8,9 bilhões com a tributação de dividendos enviados ao exterior. Renan Calheiros avaliou que os valores podem não ser suficientes para compensar a perda de arrecadação de estados e municípios com as mudanças no IR. Ele defende a análise de um projeto que dobra a tributação das casas de apostas online, as bets, para ressarci-los entre 2026 e 2028. Senadores que discutiram o projeto do IR na CAE defenderam que, além disso, também precisa ser discutida uma atualização da tabela progressiva do tributo. Oriovisto Guimarães (PSDB-PR), por exemplo, afirmou que, sem um reajuste anual ou periódico, a nova faixa de isenção poderá ficar defasada rapidamente. Prioridade do governo O prazo apertado foi um dos motivos que levaram o relator no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), a não fazer mudanças no conteúdo do projeto construído na Câmara por seu adversário político, o deputado Arthur Lira (PP-AL). Renan reconheceu que o texto precisava ser aprimorado, em especial nos pontos que tratam das compensações, mas afirmou que é preciso ser "pragmático". Isso porque eventuais mudanças no conteúdo da proposta obrigariam o texto a voltar à Câmara dos Deputados. Para o parlamentar, este cenário "frustraria" a população e colocaria o projeto sob "risco fatal". Segundo ele, a análise do texto pelos deputados foi "atípica". Em outras ocasiões, o senador declarou que a proposta vinha sendo utilizada para chantagear o governo Lula. "Há um consenso da necessidade de aprovarmos a medida que surge em prol dos trabalhadores de nosso país", disse. A ampliação da faixa isenta de IR é uma das principais promessas de campanha de Lula. Auxiliares do petista avaliam a medida como um "trunfo" para as eleições de 2026, quando Lula deve disputar um quarto mandato. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que 25 milhões de brasileiros devem ser beneficiados com o projeto, deixando de pagar ou pagando menos Imposto de Renda. Atualmente, estão isentas de IR as pessoas que ganham até R$ 3.036 mensais. Em uma audiência no Senado, Haddad estimou que cerca de 200 mil contribuintes serão impactados com a tributação mínima para alta renda. O governo afirma que a medida se trata de "justiça tributária".
Brasil segue em 2º no ranking de maiores juros reais do mundo após decisão do Copom; veja lista

Copom mantém taxa básica de juros em 15%, maior nível em quase 20 anos
O Brasil continua a ter o segundo maior juro real do mundo após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) decidir nesta quarta-feira (5) manter a taxa Selic em 15% ao ano.
🔎 O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram em 9,74%.
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A primeira colocação do ranking continuou com a Turquia, que registrou uma taxa real de 17,80%. Em terceiro, está a Rússia, com juros reais a 9,10%.
Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o MoneYou ressaltou que o Brasil ainda enfrenta incertezas inflacionárias, devido às preocupações com os gastos do governo e aos desafios da guerra tarifária de Donald Trump — o que impacta as decisões sobre juros.
A Argentina, que havia registrado um juro real de 3,54% na última medição da MoneYou — ficando na 6ª posição do ranking de setembro — subiu para a 4ª posição em novembro, com um juro real de 5,16%.
Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.
Selic inalterada
Nesta quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de manter a taxa básica de juros inalterada na faixa de 15% ao ano.
Com isso, a Selic segue no maior patamar em quase 20 anos — em julho de 2006, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a taxa estava em 15,25%.
O anúncio desta quarta-feira marca a terceira decisão seguida pela manutenção da Selic.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira manteve a quarta posição.
Veja abaixo:
Turquia: 39,50%
Argentina: 29,00%
Rússia: 16,50%
Brasil: 15,00%
Colômbia: 9,25%
México: 7,50%
África do Sul: 7,00%
Hungria: 6,50%
Índia: 5,50%
Indonésia: 4,75%
Filipinas: 4,75%
Chile: 4,75%
Polônia: 4,50%
Israel: 4,50%
Hong Kong: 4,25%
Estados Unidos: 4,00%
Reino Unido: 4,00%
Austrália: 3,60%
República Tcheca: 3,50%
China: 3,00%
Malásia: 2,75%
Nova Zelândia: 2,50%
Coreia do Sul: 2,50%
Canadá: 2,25%
Alemanha: 2,15%
Áustria: 2,15%
Espanha: 2,15%
Grécia: 2,15%
Holanda: 2,15%
Portugal: 2,15%
Bélgica: 2,15%
França: 2,15%
Itália: 2,15%
Taiwan: 2,00%
Suécia: 1,75%
Dinamarca: 1,60%
Tailândia: 1,50%
Cingapura: 1,03%
Japão: 0,50%
Suíça: 0,00%
Sede do Banco Central em Brasília
Raphael Ribeiro/BCB
Copom mantém taxa básica de juros em 15%, maior nível em quase 20 anos

Copom mantém taxa básica de juros em 15%, maior nível em quase 20 anos
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira (05) manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 15% ao ano. A decisão foi unânime.
"O ambiente externo ainda se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica", diz nota do BC após a decisão do Copom.
🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.
📈 Esse é o maior patamar em quase 20 anos – em julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Selic estava em 15,25% ao ano.
"O Comitê segue acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais pelos EUA ao Brasil, e como os desenvolvimentos da política fiscal doméstica impactam a política monetária e os ativos financeiros, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza", diz o texto.
Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender que o Banco Central reduzisse os juros. A avaliação da área econômica do governo é que o patamar elevado dos juros tem diminuído a atividade econômica.
Mas a decisão do Copom desta quarta-feira não alterou a Selic. Isso já era esperado pelos economistas do mercado financeiro, que preveem o início do ciclo de corte dos juros somente para janeiro de 2026.
Nos últimos comunicados, o Comitê havia informado que a taxa será mantida nesse patamar por um "período bastante prolongado" de tempo.
A Selic está em 15% desde o fim de junho. Portanto, são três reuniões seguidas em que o Banco Central decide manter a taxa nesse nível.
O Copom é formado pelo presidente do Banco Central e por oito diretores da autarquia.
Em 2025, os diretores indicados pelo presidente Lula formaram maioria no colegiado, ou seja, eles são responsáveis diretamente pela decisão tomada.
Como age o Banco Central?
Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, é possível baixar os juros. Se estão acima, o Copom tende a manter ou subir a Selic.
Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo de 3% será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Com a inflação ficando seis meses seguidos acima da meta em junho, o BC teve de divulgar uma carta pública explicando os motivos. No documento, o presidente do órgão, Gabriel Galípolo, culpou a atividade econômica aquecida, o câmbio, o custo da energia elétrica, além de anomalias climáticas.
Banco Central do Brasil (BC).
Adriano Machado/ Reuters
Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses.
Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Próxima reunião
O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da Selic. Em 2025, o colegiado vai se reunir mais uma vez, em 9 e 10 de dezembro.
Hyundai convoca recall após airbag falhar em acidente; veja se seu carro está na lista

Hyundai i30
divulgação/Hyundai
A Hyundai anunciou, nesta quarta-feira (5), um recall para o hatch médio i30, para a substituição do inflador do airbag do motorista. Segundo a montadora, o defeito pode causar ferimentos graves ou até fatais em caso de acidente.
A companhia decidiu chamar os veículos de volta à fábrica após o dispositivo ter se rompido no momento de acionamento do airbag, em um acidente envolvendo o carro que aconteceu em outro país.
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“A falha no inflador do airbag do motorista pode causar seu rompimento e a deflagração do airbag de forma irregular, o que pode resultar na falta de proteção adequada ao motorista em caso de acidente, com consequentes lesões físicas graves ou até fatais ao motorista”, diz a Hyundai em nota.
Veja os vídeos em alta no g1:
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Apesar da gravidade do defeito, nenhum i30 apresentou esse problema no Brasil. Ainda assim, a Hyundai incluiu a substituição do inflador do airbag no programa de recall para os veículos que foram vendidos no país.
Quais veículos estão na lista?
O recall abrange unidades do Hyundai i30 dos anos 2011 e 2012, fabricadas entre 1º de dezembro de 2010 e 9 de junho de 2011.
Para verificar se o veículo faz parte da campanha, o proprietário deve conferir se os oito últimos dígitos do chassi estão entre:
BU111376 a CU352988
A substituição do inflador do airbag leva cerca de uma hora e requer agendamento prévio. O processo pode ser feito em uma concessionária Hyundai, pelo telefone 0800-770-3355 ou pelo site oficial de recalls da marca.
Isenção do IR: quanto posso ganhar a mais? Já vale para 2026? Veja perguntas e respostas

Isenção do IR: quanto posso ganhar a mais? Já vale para 2026? Veja perguntas e respostas
Os trabalhadores que ganham até R$ 7.350 mensais podem terminar o próximo ano com mais dinheiro no bolso.
Isso porque o projeto aprovado no Senado nesta quarta-feira (5) amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e estabelece descontos para rendas de até R$ 7.350 mensais.
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O texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor já em 2026. Você pode calcular quanto deixará de pagar aqui.
Imposto de Renda: calculadora mostra quanto você deixará de pagar com nova isenção
Entenda nesta reportagem as principais perguntas e respostas sobre o tema.
O que está previsto no projeto?
Quem será impactado?
Quando essa isenção passa a valer? Já impacta a declaração de 2026?
Quanto os trabalhadores vão economizar por ano?
A isenção vale para quem tem um salário líquido ou bruto de R$ 5 mil?
Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado?
Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar menos imposto?
Como o governo vai compensar essa perda de arrecadação?
Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto?
Haverá alguma mudança no processo de declaração do IRPF?
Sou CLT e ganho R$ 55 mil por mês. Vou ser mais taxado?
Veja os vídeos em alta no g1:
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1. O que está previsto no projeto?
O projeto amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e estabelece descontos para rendas de até R$ 7.350 mensais.
Para compensar a perda de arrecadação, a proposta prevê a tributação da alta renda — quem ganha acima de R$ 600 mil por ano — com uma alíquota progressiva de até 10%. (Entenda mais abaixo)
O texto aprovado também isentou da alíquota mínima do IRPF pagamentos, créditos, entregas ou remessas de lucros, ou dividendos, de:
governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos auferidos em seus países pelo governo brasileiro;
fundos soberanos;
entidades no exterior que tenham como principal atividade a administração de benefícios previdenciários, tais como aposentadorias e pensões, conforme definidas em regulamento.
Além disso, a proposta também trata sobre a compensação de estados e municípios, oferece alívio tributário para profissionais que atuam em cartórios — como notários e registradores —, e cria um mecanismo de compensação sobre lucros e dividendos.
Vale lembrar que o texto ainda precisa ser analisado pelo Senado Federal e ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor.
Volte ao início.
2. Quem será impactado?
Segundo o economista Bruno Carazza, doutor direito econômico pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e comentarista do Jornal da Globo, cerca de 15 milhões de contribuintes serão beneficiados com a nova medida — seja deixando de pagar ou recolhendo menos imposto.
Carazza destaca também que um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil pessoas — aquelas que recebem mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano — passará a arcar com parte do custo da medida.
Volte ao início.
3. Quando essa isenção passa a valer? Já impacta a declaração de 2026?
Apesar de o texto ter sido aprovado pelo Congresso Nacional, o texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Lula para entrar em vigor.
Depois que o texto chega ao Planalto, o presidente deve sancioná-lo em até 15 dias úteis. Dessa forma, a expectativa é que o projeto ganhe o aval de Lula ainda neste mês.
Uma vez sancionado, a medida deve passar a valer já a partir de janeiro de 2026 — ou seja, deve impactar a declaração do Imposto de Renda feita em 2027.
Volte ao início.
4. Quanto os trabalhadores vão economizar por ano?
Como o g1 já mostrou, a nova isenção deve gerar ganhos mensais para os contribuintes que se encaixem nas novas regras.
A expectativa é que os trabalhadores que recebem R$ 5 mil por mês (R$ 60 mil por ano) tenham ganhos de R$ 312,89 na renda mensal — valor que vai reduzindo gradativamente conforme a renda cresce. Veja a simulação por faixa salarial mais abaixo.
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5. A isenção vale para quem tem um salário líquido ou bruto de R$ 5 mil?
A isenção vale para quem tem rendimentos mensais brutos de até R$ 5 mil.
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6. Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado?
Sim, desde que a soma dos rendimentos tributáveis não ultrapasse os R$ 5 mil mensais.
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7. Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar menos imposto?
Sim. O texto também estabelece um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 por mês.
Pela nova regra, são beneficiados por esse desconto os contribuintes com rendas a partir de R$ 5.001. Assim, quem recebe R$ 7 mil por mês, por exemplo, deverá ter ganhos de R$ 46,61 mensais e de R$ 605,87 no ano, considerando o décimo terceiro salário.
Já os contribuintes que recebem acima dessa faixa não serão impactados pelas mudanças, pois a tabela progressiva do Imposto de Renda não foi alterada. Nada muda também para quem ganha até R$ 3.036 — parcela já isenta pela tabela em vigor.
Veja abaixo uma tabela de simulações feita por Welinton Mota, da Confirp Contabilidade:
Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350
Arte/g1
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8. Como o governo vai compensar essa perda de arrecadação?
Segundo dados do governo federal, a expectativa é que a isenção do imposto de renda custe R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos em 2026.
Para compensar a perda de arrecadação, o governo propõe de aplicar uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil.
ENTENDA: cobrança mínima para alta renda começa em R$ 0,10 com nova regra
A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%.
O relator do projeto, deputado Arthur Lira (PP-AL), também acrescentou um dispositivo que destina parte do dinheiro de arrecadação a estados e municípios.
🔎 De acordo com o parecer, mesmo com a ampliação da faixa de desconto parcial, haverá uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027. Esse dinheiro será usado para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária.
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9. Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto?
Sim. A expectativa é que pessoas físicas com renda anual superior a R$ 600 mil — o equivalente a mais de R$ 50 mil por mês — estejam sujeitas a uma tributação mínima de até 10%, aplicada apenas sobre o valor que exceder esse limite.
Dessa forma, quem recebe um pouco acima do limite pagará uma alíquota reduzida, e o valor do imposto aumentará de forma gradual conforme a renda cresce. Veja alguns exemplos:
Quem ganha R$ 600.001,00 paga cerca de R$ 0,10, com alíquota de 0,000017%;
Uma renda um pouco maior, de R$ 600.010,00 ao ano, passa a ter alíquota de 0,000167%, gerando imposto de R$ 1,00;
Quem recebe R$ 601 mil por ano terá alíquota de 0,0167%, equivalente a R$ 100,17 de imposto;
Com R$ 602 mil anuais, a alíquota sobe para 0,0333%, resultando em R$ 200,67 de imposto mínimo;
Para uma renda de R$ 605 mil, a alíquota mínima é de 0,0833%, correspondendo a R$ 504,17 de imposto;
Quem recebe R$ 610 mil por ano terá alíquota de 0,1667%, com imposto mínimo de R$ 1.016,67;
Com R$ 615 mil anuais, a alíquota chega a 0,25%, e o imposto mínimo será de R$ 1.537,50.
Como o g1 já mostrou, a proposta busca corrigir uma distorção comum entre os contribuintes de maior renda: muitos declaram um pró-labore baixo, sujeito a poucos impostos, enquanto a maior parte dos ganhos vem da distribuição de lucros, que atualmente isenta.
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10. Haverá alguma mudança no processo de declaração do IRPF?
Ainda não houve definição sobre alguma eventual mudança no processo de declaração do Imposto de Renda para pessoas físicas que entrem na nova faixa de isenção. A expectativa é que eventuais novas regras devem ser detalhadas pela Receita Federal após a sanção da lei.
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11. Sou CLT e ganho R$ 55 mil por mês. Vou ser mais taxado?
Não. Quem tem vínculo CLT já tem imposto retido na fonte, sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Nada muda.
A nova regra não afeta salários, honorários, aluguéis ou outras rendas que já sejam tributadas na fonte.
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Reprodução/Pixabay
Censo 2022: número de casais com filhos cai no Brasil para menos da metade das famílias pela 1ª vez

Censo: Brasil tem 34 mil crianças e adolescentes de até 14 anos em uniões conjugais
Pela primeira vez, menos da metade das famílias brasileiras são formadas por casais sem filhos. É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base no Censo de 2022.
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Segundo o IBGE, casais com filhos representam 42% das famílias brasileiras, enquanto casais sem filhos são 24%. Em 2000, 56% das famílias vivendo no Brasil eram compostas por casais com filhos. O número caiu para 49,4% em 2010, no levantamento feito antes do Censo de 2022. A queda foi superior a 14 pontos em duas décadas.
Veja os números:
Casal com filhos: 42% (eram 49,4% em 2010);
Casal sem filhos: 24,1% (eram 17,7%);
Mulher sem cônjuge com filhos: 13,5% (eram 12,2%);
Outro: 7,7% (eram 6,3%);
Mulher sem cônjuge com filhos e com parentes: 3,8% (eram 4%);
Casal com filhos e com parentes: 3,4% (eram 5,5%);
Casal sem filhos e com parentes: 2,8% (eram 2,5%);
Homem sem cônjuge com filhos: 2% (eram 1,8%);
Homem sem cônjuge com filhos e com parentes: 0,6% (era 0,6%).
Em duas décadas, as famílias integradas por um casal sem filhos foram a composição que mais cresceu: de 13% para 24,1%.
Entre os dados, os núcleos familiares formados por mulheres sem cônjuge e com filhos subiu de 11,6% em 2000 para 13,5% na pesquisa atual, que indica 7,8 milhões de mulheres nesta situação.
O percentual de homens sem cônjuge e com filhos subiu de 1,5% para 2,0% no mesmo período, com 1,2 milhão de registros.
O IBGE ressalta que os números se baseiam nas informações fornecidas pelos próprios moradores e não representam uma comprovação legal das uniões. Segundo o instituto, as respostas podem refletir percepções pessoais e incluir interpretações equivocadas ou erros de preenchimento.
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Outros dados sobre nupcialidade e família
Na divulgação desta quarta, o IBGE também apresentou outros dados sobre estrutura familiar e união conjugal. Veja os destaques abaixo:
O número de pessoas morando sozinhas triplicou: de 4,1 milhões (2000) para 13,6 milhões (2022) — quase 1 em cada 5 domicílios.
Em 2022, 51,3% da população com 10 anos ou mais vivia em união conjugal — aumento em relação a 2010 (50,1%) e 2000 (49,5%).
Santa Catarina (58,4%), Rondônia (55,4%) e Paraná (55,3%) registraram os maiores percentuais de pessoas em união; Amapá (47,1%), Distrito Federal (47,7%) e Amazonas (48,1%), os menores.
A proporção dos que nunca viveram em união caiu de 38,6% (2000) para 30,1% (2022). Já os que não vivem, mas já viveram em união subiram de 11,9% para 18,6%.
França inicia processo para suspender plataforma da Shein no país

Logo da Shein em centro comercial em Cingapura.
Edgar Su/ Reuters
A França anunciou, nesta quarta-feira (5), que iniciou o procedimento de suspensão da plataforma de comércio eletrônico Shein em seu território. A decisão veio apenas poucas horas depois de a empresa asiática inaugurar sua primeira loja física permanente no mundo, em Paris.
A empresa, fundada na China em 2012 e atualmente sediada em Singapura, vem sofrendo pressão na França há dias, por vender bonecas sexuais com aparência infantil. A prática é investigada pela Justiça francesa.
"O governo iniciou o procedimento de suspensão da Shein, dando à plataforma tempo para demonstrar às autoridades públicas que todo o seu conteúdo está finalmente em conformidade com nossas leis e regulamentos", anunciaram as autoridades francesas em um comunicado.
Segundo o ministério da economia francês, a empresa tem um prazo de 48 horas para retirar os produtos "proibidos", caso contrário as autoridades poderão ordenar uma "requisição digital" que permita ao governo "exigir a suspensão do site na internet".
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A empresa disse tomar nota da decisão e reiterou que suas "prioridades absolutas" eram a "segurança" de seus clientes e a "integridade" de seu "marketplace", onde vendedores terceirizados podem oferecer seus produtos online.
A plataforma expressou seu desejo de conversar com as autoridades francesas para responder às suas preocupações e anunciou também que suspenderá seu "marketplace" na França, após o escândalo das bonecas sexuais.
A empresa já recebeu este ano na França três multas no total de 191 milhões de euros (R$ 1,17 bilhão), por descumprimento da legislação sobre "cookies", promoções falsas, informações enganosas e por não declarar microfibras plásticas.
'Os tempos mudaram'
A abertura da primeira loja física da Shein permanente nos históricos grandes magazines BHV, no centro de Paris, foi realizada nesta quarta-feira sob um importante esquema policial.
No entanto, o escândalo não impediu que centenas de pessoas fizessem fila horas antes para serem as primeiras a entrar no espaço Shein, de mais de 1.000 m², seja por curiosidade ou convencidas por uma marca que consideram acessível.
"Os tempos mudaram, as gerações mudaram", afirmou à AFP Mohamed Joullanar, um jovem de 30 anos que já compra na Shein online e que não contava entrar um dia no BHV, conhecido como "caro".
Mas alguns, como Hammani Souhaila, saíram decepcionados. Os produtos vendidos na loja eram "mais caros do que online", afirmou a mulher que, mesmo assim, comprou uma camiseta por 16,49 euros (102 reais) para sua filha de 17 anos.
A inauguração também foi marcada por protestos nas proximidades de ativistas pelos direitos das crianças: "Protejam as crianças, não à Shein", dizia um dos cartazes.
A Shein enfrenta críticas pelas condições de trabalho em suas fábricas e pelo impacto ambiental de seu modelo de negócios de moda ultrarrápida ('fast-fashion'), às quais se somou recentemente a controvérsia pela venda em sua plataforma de bonecas sexuais com aparência infantil.
- "Hipocrisia" -
O Ministério Público de Paris abriu investigações contra a Shein, assim como contra os concorrentes online AliExpress, Temu e Wish, centradas na "disseminação de mensagens violentas, pornográficas ou contrárias à dignidade acessíveis a menores".
A imprensa francesa publicou uma foto de uma das bonecas vendidas na plataforma, acompanhada de uma legenda explicitamente sexual. Ela tem cerca de 80 centímetros de altura e segura um urso de pelúcia.
A Shein se comprometeu a "cooperar plenamente" com a Justiça e anunciou que está impondo uma proibição a todas as bonecas sexuais.
No entanto, o ministro do Interior, Laurent Nuñez, pediu paralelamente à justiça, nesta quarta-feira, o bloqueio do site na internet, onde também foi apontada a presença de facões e socos-ingleses.
Frédéric Merlin, o diretor de 34 anos da empresa SGM, que opera o BHV, admitiu que considerou cancelar a parceria com a Shein após o último escândalo, mas depois mudou de ideia. A companhia "tem 25 milhões de clientes na França", destacou nesta quarta-feira.
Merlin disse confiar nos produtos que a Shein venderá em sua loja e denunciou uma "hipocrisia geral" em torno da gigante asiática, cuja chegada provocou a saída de algumas marcas desses grandes magazines.
As empresas tradicionais de moda varejista temem acabar fechando as portas devido à ascensão meteórica da Shein, que planeja abrir outras lojas na França.
Moratória da Soja: STF suspende todas as ações até julgamento final sobre o pacto

Colheita da soja nos Campos Gerais
Jaelson Lucas/Arquivo AEN
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspendeu todas as ações e processos, judiciais e administrativos, que discutem a legalidade da Moratória da Soja. A medida vale até o julgamento definitivo do tema pelo Supremo.
A decisão também afeta processos que tramitam no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e que discutem a validade do pacto. Em setembro, o órgão havia decidido que a moratória seria encerrada em janeiro de 2026.
➡️O que é a Moratória da Soja? É um pacto entre as empresas compradoras da oleaginosa, que está em vigor há quase 20 anos e proíbe a aquisição do grão cultivado de áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008. Ele visa a preservação da floresta.
A moratória enfrenta grande oposição de produtores rurais, especialmente em Mato Grosso. Eles afirmam que o pacto formado pelas empresas representa um cartel.
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"Após o julgamento definitivo da matéria pelo Supremo Tribunal Federal, a situação dos procedimentos suspensos por força desta decisão será examinada", escreveu Dino na decisão.
A medida atendeu a um pedido da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que questiona uma lei estadual de Mato Grosso contrária à Moratória da Soja.
Em nota enviada à agência Reuters, a Abiove disse que a decisão do ministro "reconhece, mais uma vez, a legalidade da Moratória da Soja ao suspender todas as tentativas judiciais e administrativas de provar o contrário".
Na véspera, o STF formou maioria de 7 a 3 em uma ação relatada por Dino que considerou constitucional uma lei do Mato Grosso que proíbe benefícios fiscais a empresas participantes da moratória.
Mas, em seu voto, Dino também reconheceu a legalidade da moratória.
Dino citou argumentos de organizações ambientais, destacando que a moratória "fortaleceu a credibilidade do Brasil no cumprimento de compromissos internacionais de proteção ambiental".
"A Moratória da Soja não foi marcada por ilegalidades e trouxe inequívocos benefícios ao país", afirmou Dino.
Os ministros Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes votaram integralmente com Dino.
Edson Fachin acompanhou o relator, mas com ressalvas. Os ministros Dias Toffoli, André Mendonça e Nunes Marques foram os votos contrários.
Toffoli afirmou que o pacto "trouxe consigo alguns efeitos adversos, que merecem ser equalizados".
"O acordo impactou, de maneira relevante e negativa, o trabalho agrícola e o sustento de uma miríade de médios, pequenos e microprodutores rurais, bem como as comunidades e economias locais e regionais, entre outros aspectos", escreveu o ministro em seu voto divergente.
O que dizem os produtores contrários à moratória
Produtores afirmam que as empresas da moratória trocam informações e se recusam a comprar soja de quem desmatou após 2008, mesmo que o desmatamento tenha seguido a legislação federal.
Procurada, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), que se opõe à moratória, afirmou que respeita a decisão do ministro Flávio Dino e confia que o plenário do STF ratificará o trabalho técnico feito até agora pelo Cade.
A entidade disse ainda que o Cade "já reconheceu a ilegalidade, em matéria concorrencial, da chamada Moratória da Soja e identificou indícios de formação de cartel entre tradings signatárias do pacto".
Segundo a Aprosoja, o trabalho técnico do Cade “contribuirá para assegurar a livre concorrência, a isonomia entre produtores e o cumprimento da legislação brasileira”.
Lista do IBGE tem 1,7 mil pessoas com a palavra sobrenome como sobrenome; pode ser erro, segundo instituto

IBGE divulga os nomes e sobrenomes mais populares do Brasil pela primeira vez
Pela primeira vez, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os sobrenomes mais populares no Brasil. A lista, que tem Silva, Santos e Oliveira no topo do ranking, também conta com sobrenomes como "Sobrenome" e "IBGE". Segundo o instituto, erros de recenseadores podem explicar esses casos.
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De acordo com o levantamento, baseado nos nomes declarados durante a coleta do Censo Demográfico de 2022, há 1.726 pessoas com o sobrenome "Sobrenome" no país. Em uma única cidade -- Macaé (RJ) --, há 256 recorrências desse sobrenome.
No entanto, é Marcelino Vieira (RN) que têm mais pessoas com o sobrenome "Sobrenome", se considerarmos o tamanho da população. Lá, são 10 registros, o que representa 0,13% da população. Veja abaixo o ranking, considerando o tamanho da população:
Marcelino Vieira (RN): 0,13%
Macaé (RJ): 0,10%
Timóteo (MG): 0,07%
Venturosa (PE): 0,06%
Aguaí (SP): 0,03%
Pedreira (SP): 0,03%
Jacobina (BA): 0,02%
Santos (SP): 0,02%
Tomé-Açu (PA): 0,01%
Londrina (PR): 0,01%
O site Nomes no Brasil foi lançado na última terça-feira (4) pelo IBGE mostra que Sobrenome é 5588º sobrenome mais comum no país, o que representa 0,0008% da população.
Segundo o IBGE, eventuais erros do recenseador podem resultar em nomes inusitados, como no caso de Sobrenome.
"Como não é possível determinar se houve erro na imputação do dado no momento da coleta ou se o nome real é mesmo o que foi imputado, nenhum nome foi excluído da base de dados do site, mantendo os registros existentes."
As listas de nomes e sobrenomes exibem todos os registros com mais de 20 ocorrências encontradas durante o recenseamento. A lista ainda tem outras situações inusitadas como o sobrenome Ibge (com 27 pessoas) e o nome Nome (com 43 pessoas).
No infográfico abaixo, é possível consultar todos os sobrenomes usados por pelo menos 100 pessoas. Caso o seu não esteja nele, é possível checá-lo no site do IBGE, que também informa mais detalhes sobre cada nome, como a origem e a cidade em que ele é mais comum.
Consumidores na Rua 25 de Março, Centro de SP, em imagem do dia 9 de dezembro de 2023
Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Suprema Corte dos EUA questiona legalidade das tarifas de Trump

Trump anuncia tarifas recíprocas
REUTERS/Carlos Barria
Os juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos levantaram dúvidas sobre a legalidade das amplas tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, nesta quarta-feira (5), e agora devem deliberar sobre o caso.
Ainda não há, no entanto, prazo para uma decisão. O caso pode ter grandes implicações para a economia global e representa um importante teste sobre o poder do republicano.
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O debate durou mais de 2h30, e tanto os juízes conservadores quanto os liberais questionaram o advogado que representa o governo Trump. As dúvidas giraram principalmente sobre se o presidente havia infringido a competência do Congresso ao impor tarifas com base em uma lei de 1977, destinada a ser usada durante emergências nacionais.
Alguns juízes conservadores argumentaram, no entanto, que a Corte estava debatendo o poder "inerente" que os presidentes têm ao lidar com países estrangeiros — o que sugere que os juízes podem estar fortemente divididos quanto ao resultado do caso. O tribunal tem uma maioria conservadora de 6 a 3.
Suprema corte pode barrar tarifas de Trump?
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Durante os debates, os juízes perguntaram ao procurador-geral dos EUA, John Sauer, se a aplicação da lei destinada a emergências nacionais por parte Trump constituía uma ação importante do Poder Executivo que exigiria autorização expressa do Congresso.
➡️ Isso porque existe, nos EUA, uma regra de interpretação usada pela Suprema Corte chamada de "doutrina das questões principais". Ela serve para limitar o poder das agências do governo, e determina que qualquer decisão que seja de suma importância, com impactos políticos ou econômicos, precisam ser autorizadas claramente pelo Congresso.
Os argumentos surgiram em apelações apresentadas pelo governo, após tribunais inferiores terem decidido que o uso dessa lei para impor tarifas excedia a autoridade de Trump como presidente. Empresas afetadas pelas tarifas e 12 estados americanos, a maioria governados por democratas, contestaram o tarifaço do republicano.
Sauer, no início de sua fala, defendeu o raciocínio jurídico empregado pelo presidente na aplicação das taxas, mas imediatamente enfrentou questionamentos dos juízes.
Segundo o procurador-geral, Trump determinou que os déficits comerciais dos EUA — ou seja, quando o país compra mais do que vende para outras nações — levaram a maior economia do mundo à "beira de uma catástrofe econômica e de segurança nacional".
Sauer ainda argumentou que a imposição das tarifas ajudou o presidente norte-americano a negociar acordos comerciais benéficos para o país e que o fim desses tratados poderia "expor" os EUA uma retaliação comercial "implacável", levando o país "da força ao fracasso, com consequências graves para a economia e a segurança nacional".
Caso sejam mantidas, as tarifas alfandegárias – impostos sobre bens importados – podem somar trilhões de dólares para os Estados Unidos na próxima década.
O que está em debate?
Trump invocou a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA, na sigla em inglês) para impor tarifas a quase todos os parceiros comerciais dos EUA. A lei permite que um presidente regule o comércio em uma emergência nacional.
A Constituição dos EUA concede ao Congresso, e não ao presidente, a autoridade para impor impostos e tarifas. O governo argumentou que a IEEPA permite a imposição de tarifas ao autorizar o presidente a "regular" as importações para lidar com emergências.
A imposição de impostos aos americanos "sempre foi o poder central do Congresso", disse o juiz-chefe conservador John Roberts a Sauer, acrescentando que essas tarifas parecem estar aumentando a arrecadação, o que a Constituição prevê como uma função do Congresso.
Trump é o primeiro presidente a usar a IEEPA para impor tarifas. Essa é uma das muitas maneiras pelas quais o republicano tem expandido os limites da autoridade executiva desde que retornou ao cargo. A expansão dos poderes acontece, inclusive, em áreas variadas, que vão desde a repressão à imigração até a demissão de funcionários de agências federais e os destacamentos militares domésticos.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou antes dos argumentos que, se a Suprema Corte se manifestar contra o uso da IEEPA por Trump, espera-se que suas tarifas permaneçam em vigor, pois o governo recorreria a outras bases legais para fundamentá-las.
Agora, a expectativa é que os juízes da Suprema Corte deliberem sobre o caso, mas ainda não prazo para uma decisão.
Quem ganha e quem perde com esperada aprovação do novo IR, que eleva isenção e taxa super ricos

Quem ganha e quem perde com esperada aprovação do novo IR
Getty Images via BBC
Promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o aumento da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil foi aprovado nesta quarta-feira (5) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
A proposta agora será analisada no plenário da Casa e a expectativa é que, ainda hoje, receba o aval dos senadores para entrar em vigor no próximo ano. A mudança já foi aprovada na Câmara dos Deputados em outubro.
Caso a aprovação no Senado se confirme, a mudança deve beneficiar cerca de 15 milhões com isenção ou redução do IR a partir de 2026. Na outra ponta, brasileiros ricos serão mais tributados, principalmente milionários — segundo o governo, serão 141 mil contribuintes impactados pelo novo imposto mínimo de até 10%.
Uma categoria, porém, deve escapar da nova cobrança. A Câmara alterou a proposta enviada pelo governo Lula para excluir boa parte dos ganhos de produtores rurais ricos do futuro imposto mínimo. A tendência é que o Senado mantenha essa mudança.
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O governo prefere que a proposta seja aprovada pelos senadores sem alterações para que possa ser encaminhada para sanção presidencial ainda este ano e entre em vigor em 2026, servindo como um trunfo eleitoral na tentativa de reeleição de Lula.
Se o texto for modificado pelos senadores, terá que voltar para nova análise na Câmara.
Entenda melhor em três pontos as novas regras do IR e quem ganha e quem perde com a mudança.
1) Quem vai pagar menos imposto (e quem ficou de fora)
O limite atual de isenção para todos os brasileiros é de R$ 2.259. Com o mecanismo de "desconto simplificado" adotado pelo governo Lula desde 2023, na prática, a isenção já beneficia quem ganha até dois salários mínimos (R$ 3.036), cerca de 16 milhões de pessoas.
Com o aumento da isenção para até R$ 5 mil, a projeção do Ministério da Fazenda é que mais 10 milhões de pessoas deixarão de pagar Imposto de Renda.
Além disso, cerca de cinco milhões de pessoas com renda entre R$ 5 mil e até R$ 7.350 passarão a pagar menos IR.
Segundo números apresentados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao Senado, os 10 milhões que ficarão isentos no próximo ano deixarão de pagar, em média, R$ 3,5 mil de imposto por ano.
"Eu vejo como um investimento, não como uma isenção ou uma perda de tributação. Pelo contrário, acho que vai aquecer a economia nos municípios e nos estados, especialmente no Nordeste", disse, durante audiência da CAE, em outubro.
Por outro lado, a maioria da classe média não será beneficiada pela reforma, pois contribuintes com ganhos mensais entre R$ 7.350 e R$ 50 mil não terão redução ou aumento de tributo.
Esse grupo continuará pagando de acordo com a tabela do Imposto de Renda, com alíquotas que vão de 7,5% a 27,5%.
Essas alíquotas incidem de forma progressiva sobre as faixas de renda do contribuinte. Com isso, mesmo com a aprovação de um imposto mínimo de 10% sobre os mais ricos, parte da classe média continuará pagando uma alíquota efetiva de IR maior que a tributação dos milionários.
A alíquota efetiva é o quanto da renda total é de fato consumida com o IR. Segundo um levantamento feito a pedido da BBC News Brasil, categorias como bombeiros, policiais militares e professores pagam, em média, mais de 10% de sua renda em IR.
Os números foram levantados pelo Sindifisco Nacional, sindicato que representa os auditores-fiscais da Receita Federal, a partir dos dados oficiais do IR de 2023 (ano mais recente disponível).
Segundo esses dados, professores de ensino médio, por exemplo, pagaram em média 10,5% de IR em 2023. Naquele ano, a categoria declarou, em média, uma renda total R$ 121,7 mil, ou seja, a soma dos salários, incluindo o 13º, e eventuais outros ganhos. O valor corresponde a cerca de R$ 10 mil ao mês.
Outras categorias registram situações semelhantes em 2023, com rendas médias anuais inferiores a R$ 160 mil (cerca de R$ 13 mil ao mês) e alíquotas efetivas de IR acima de 10%.
É o caso de policiais militares (renda de R$ 133,5 mil e alíquota de 10,67%), bombeiros militares (renda de R$ 157,1 mil e alíquota de 12,16%), técnicos em metalmecânica (renda de R$ 122,5 mil e alíquota de 11,25%), geógrafos (renda de R$ 148,8 mil e alíquota de 10,97%) e bibliotecários (renda de R$ 143 mil e alíquota de 11,07%).
Lula prometeu aumentar isenção do IR na campanha de 2022
Reuters via BBC
2) Quem pagará mais imposto (e quem ficou de fora)
O imposto mínimo proposto terá uma alíquota progressiva, que começará em zero para os que ganham a partir de R$ 50 mil ao mês (R$ 600 mil ao ano) e chegará ao patamar máximo, de 10%, para os que ganham acima de R$ 100 mil ao mês (R$ 1,2 milhão ao ano).
Funcionará assim: no ajuste anual do Imposto de Renda, será calculado quanto a pessoa pagou de fato de sua renda em IR.
Caso o contribuinte tenha declarado renda de R$ 2 milhões, por exemplo, mas tenha pago apenas 5% de sua renda em imposto (R$ 100 mil), ele terá que pagar mais 5% para que sua alíquota efetiva chegue ao mínimo de 10%.
Segundo estimativas do economista Sergio Gobetti, pesquisador do Ipea, os principais afetados serão os milionários, pois pessoas com renda acima de R$ 600 mil ao ano e abaixo de R$ 1 milhão, já pagam, em média, mais que a alíquota mínima a ser criada.
De acordo com o Ministério da Fazenda, apenas 141,4 mil contribuintes terão aumento de alíquota para atingir o patamar mínimo. Isso representa 0,06% da população total do País.
Esses contribuintes pagam atualmente uma alíquota efetiva média de apenas 2,54%
Contribuintes ricos têm, em geral, alíquotas menores no Brasil, porque parte de sua renda é isenta. É o caso, por exemplo, dos dividendos (lucros distribuídos por empresas a seus acionistas), que deixaram de ser tributados no Brasil em 1996.
No início do governo, a ideia do Ministério da Fazenda era fazer uma ampla reforma do Imposto de Renda para mudar isso. Mas, diante das dificuldades em aprovar uma reforma que mexeria com muitos interesses, a gestão Lula optou pelo imposto mínimo, como forma de taxar parte das rendas isentas das pessoas mais ricas.
Uma parcela dos ricos, porém, conseguiu ficar de fora do futuro imposto mínimo. Conforme a BBC News Brasil revelou em julho, a proposta do governo foi alterada na Câmara para proteger grandes fazendeiros do novo tributo.
Com a mudança no projeto de lei, produtores rurais que declaram seu IR como pessoa física na modalidade de lucro presumido continuarão pagando imposto apenas sobre 20% do seu faturamento, mantendo a maioria dos seus ganhos isentos, mesmo quando tiveram renda anual acima de R$ 600 mil.
Dados do Sindifisco confirmam que a categoria tem uma tributação menor. Produtores rurais pagaram alíquota efetiva média de apenas 4,66% em 2023.
Estimativas de economistas obtidas pela BBC News Brasil indicam que a mudança, caso aprovada também no Senado, evitará que esses fazendeiros paguem algo entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões em imposto no ano.
Trabalhadores sendo taxados feito milionários
BBC
3) O impacto eleitoral da mudança
A alteração do IR precisa ser aprovada no Congresso até dezembro para entrar em vigor no próximo ano, trazendo alívio direto no bolso de cerca de 15 milhões de pessoas. A expectativa do governo é que a mudança seja um trunfo eleitoral na campanha de Lula pela reeleição.
A isenção para quem ganha até R$ 5 mil foi uma promessa do petista na campanha de 2022, quando derrotou o então presidente Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição.
Bolsonaro, por sua vez, havia prometido, na campanha de 2018, elevar a isenção do IR para quem ganhava até cinco salários mínimos (o equivalente a R$ 4.770 na época). Após não implementar a medida, ele prometeu novamente a mudança ao tentar se reeleger.
"O governo reeleito de Jair Bolsonaro continuará perseguindo a efetivação dessa proposta e a ampliação da desoneração ao trabalhador. Sem a pandemia e com o crescimento econômico, com responsabilidade fiscal, será possível perseguir o objetivo de isentar os trabalhadores que recebam até cinco salários mínimos durante a gestão 2023-2026", dizia o documento com suas propostas na campanha de 2022.
Condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro não poderá disputar a presidência em 2026. Ele ainda não definiu qual candidato apoiará contra Lula.
Para o cientista político Antonio Lavareda, professor colaborador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o atual presidente vai ser beneficiado eleitoralmente pelo aumento da isenção do IR.
"Para qualquer governante e, sobretudo para os candidatos à reeleição, é bastante importante mostrar o cumprimento das promessas que fez quando obteve o voto do eleitor, no pleito passado. Ou seja, o Lula ter condição de cumprir sua promessa é bastante significativo", destaca.
Apesar disso, Lavareda ressalta que Lula enfrentará desafios para sua reeleição, já que pesquisas de avaliação mostram que o país está dividido sobre a aprovação a seu governo. Isso indica que uma parcela relevante dos eleitores tende a buscar outro candidato.
Segundo pesquisa do instituto Quaest de outubro, 37% dos entrevistados consideram a gestão Lula negativa, enquanto 33% consideram positiva. Para 27%, é um governo regular.
"A gente não sabe hoje quem vai ser o principal candidato de oposição a Lula, mas a gente sabe que ele vai ter um bom tamanho por conta da desaprovação do governo", ressalta.
Mesmo com reforma do governo Lula, professores pagarão mais IR que milionários
Getty Images via BBC
Quando Lula anunciou a proposta de aumento da isenção do IR, a medida foi chamada de eleitoreira pelo economista Samuel Pessôa, pesquisador do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) e chefe de pesquisa econômica do Julius Baer Family Office.
Na sua visão, a medida veio num momento de desequilíbrio das contas públicas e tende a agravar esse quadro, provocando aumento de inflação no país.
O governo, por sua vez, diz que a medida não afetará as contas públicas porque o aumento da tributação dos mais ricos compensará a perda de arrecadação com a desoneração do IR. O Ministério da Fazenda, porém, não divulgou dados detalhados do impacto das mudanças sobre a arrecadação após as alterações feitas na Câmara.
Outros economistas que estudam desigualdade e tributação elogiam a mudança do IR proposta por Lula, como o pesquisador do Ipea Sergio Gobetti e o consultor do Senado Pedro Nery.
Segundo eles, a reforma prestes a ser aprovada no Congresso contribui para tornar o sistema tributário mais justo, mas ainda mantém a taxação dos mais ricos em patamares baixos.
"É uma reforma insuficiente, se a gente parar por aí. Eu vejo essa proposta [enviada por Lula ao Congresso] como o primeiro passo de uma reforma estrutural mais ampla", defende Gobetti.
Fiat Strada é o veículo mais vendido do Brasil; Programa Carro Sustentável passa de 160 mil emplacamentos

Fiat Strada 2026
divulgação/Fiat
A Fiat Strada foi o carro mais vendido no Brasil entre janeiro e outubro de 2025, totalizando 115.338 unidades emplacadas no período. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave) na última terça-feira (4).
O Volkswagen Polo segue como vice líder, com 102.857 emplacamentos. A distância entre ele e a Strada aumentou para mais de 12 mil unidades emplacadas extras da picape, alta de 24% para a diferença anotada no mês passado.
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Veja a lista dos carros mais vendidos de 2025 até outubro.
Fiat Strada: 115.338 unidades;
Volkswagen Polo: 102.857 unidades;
Fiat Argo: 83.991 unidades;
Volkswagen T-Cross: 73.100 unidades;
Hyundai HB20: 68.461 unidades;
Chevrolet Onix: 62.367 unidades;
Hyundai Creta: 60.308 unidades;
Fiat Mobi: 59.392 unidades;
Toyota Corolla Cross: 55.582 unidades;
Volkswagen Saveiro: 54.791 unidades.
No ranking geral, o Hyundai Creta escalou duas posições ao sair da nona e chegar na sétima colocação. Outro que subiu no ranking foi a Volkswagen Saveiro, voltando a aparecer no top 10.
Nos SUVs, o novato Volkswagen Tera ainda não aparece no top 10 dos carros mais vendidos do ano, mas já emplacou 27.921 unidades e ocupa a 29ª posição do ranking.
“O ritmo diário foi levemente superior ao de setembro e o fato de outubro ter tido um dia a mais ajudou no resultado. Observamos, também, o crédito operando de forma mais funcional — o que tem ajudado a converter intenção em venda — e um ambiente de políticas públicas que favorece eficiência e competitividade no tíquete de entrada, como o Programa Carro Sustentável, que reduziu ou zerou o IPI para compactos nacionais de maior eficiência”, explica o Presidente da Fenabrave, Arcelio Junior.
Desde que foi implementado, em julho deste ano, o programa Carro Sustentável já emplacou 160.403 veículos no Brasil. Logo no primeiro mês ele já havia impulsionado as vendas dos modelos homologados em mais de 16%.
O programa Carro Sustentável zera a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos compactos com alta eficiência energética-ambiental fabricados no Brasil.
Para ter direito ao IPI zero, o carro deve:
Emitir menos de 83g de CO₂ por quilômetro;
Conter mais de 80% de materiais recicláveis;
Ser fabricado no Brasil (etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem);
Se enquadrar em uma das categorias de carro compacto.
Vendas de outubro
A primeira posição dos carros mais vendidos de setembro está, pelo segundo mês seguido, com a Fiat Strada, após o Volkswagen Polo ter ficado no topo do ranking durante cinco meses.
A Strada emplacou 14.041 unidades. O Polo, até então sempre no pódio, despencou da segunda para a quinta colocação. O algoz foi o Tera, com 11% mais emplacamentos em outubro.
Veja abaixo a lista de outubro.
Fiat Strada: 14.041 unidades;
Volkswagen Tera: 10.162 unidades;
Fiat Argo: 9.981 unidades;
Hyundai HB20: 9.687 unidades;
Volkswagen Polo: 9.150 unidades;
Hyundai Creta: 8.679 unidades;
Chevrolet Onix: 7.439 unidades;
Volkswagen T-Cross: 7.113 unidades;
Honda HR-V: 6.711 unidades;
Volkswagen Saveiro: 6.437 unidades.
Nas vendas mensais, chama atenção a escalada do Volkswagen Tera por um motivo extra: com ele, a Volkswagen tem quatro carros no ranking. O primeiro é o SUV compacto, seguido do Polo, o T-Cross e então aparece a picape Saveiro na décima colocação.
Esta era a colocação ocupada pelo Chevrolet Tracker, que agora está na 19ª posição, perdendo para rivais como:
Hyundai Creta, na 6ª posição;
Volkswagen T-Cross, na 8ª posição;
Honda HR-V, na 9ª posição;
Jeep Compass, na 12ª posição;
Nissan Kicks, na 15ª posição;
Fiat Fastback, na 16ª posição.
Brasil ultrapassa os 2 milhões de veículos novos emplacados
Os brasileiros compraram 2.171.237 veículos novos entre janeiro e setembro de 2025. O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários.
Houve uma ligeira alta de 2,25% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 2,1 milhão de veículos novos.
Veja abaixo os resultados por segmento.
AUTOMÓVEIS
1.603.828 emplacamentos entre janeiro e outubro de 2025, aumento de 2,51% ante 2024.
192.752 emplacamentos em outubro, alta de 7,96% em relação a setembro;
Comparado a outubro de 2024, houve queda de 1,24% (195.170 unidades).
COMERCIAIS LEVES
451.433 emplacamentos entre janeiro e outubro de 2025, aumento de 3,58% ante 2024.
55.125 emplacamentos em outubro, alta de 4,38% em relação a setembro;
Comparado a outubro de 2024, houve avanço de 0,68% (54.754 unidades).
CAMINHÕES E ÔNIBUS
115.976 emplacamentos entre janeiro e outubro de 2025, retração de 5,83% ante 2024.
12.881 emplacamentos em outubro, alta de 8,16% em relação a setembro;
Comparado a outubro de 2024, houve queda de 13,99% (14.976 unidades).
Somando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 2,74% no terceiro trimestre de 2025.
Projeções para 2025
A projeção da Fenabrave foi revisada em outubro, e o número de emplacamentos de automóveis e comerciais leves foi reduzido: o crescimento previsto caiu de 5% para 3% na comparação entre as vendas acumuladas de 2024 e 2025.
Segundo a entidade, a expectativa é que sejam emplacadas 2.559.345 unidades — antes, a estimativa era de 2.608.977 veículos.
Confira os demais segmentos:
Automóveis e comerciais leves: alta de 3% (de 2.484.740 para 2.559.345);
Caminhões: queda de 7% (de 127.593 para 113.552);
Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336).
A revisão para baixo na projeção de crescimento em 2025 está relacionada à preocupação com os cenários internacional e nacional, além da queda nas vendas de caminhões.
"A concorrência no país é intensa. Com uma taxa de juros menor, o crescimento nas vendas de automóveis e comerciais leves seria bem mais forte — ultrapassaria os 5% que projetamos no início do ano. Esperávamos uma queda nos juros até o fim de 2025, mas o Copom indicou que isso só deve acontecer em 2026", afirmou Arcelio Júnior, presidente da Fenabrave.
"O consumidor que pode comprar um carro incluído na redução do IPI para veículos sustentáveis, em geral, depende de crédito. Por isso, a taxa de juros é decisiva para ele", completou o executivo.
Volkswagen Tera: veja os 5 pontos positivos e negativos do novo SUV da marca alemã
Censo 2022: 52,6% dos campineiros com 10 anos ou mais vivem em união e 18% já se separaram

Censo 2022: 52,6% dos campineiros vivem em união e 18% já se separaram
Dados do Censo 2022 divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que mais da metade dos moradores de Campinas (SP) com 10 anos ou mais vive em união (52,6%), enquanto 18% já se separaram, se divorciaram ou ficaram viúvos.
Em 2022, Campinas tinha 1.012.969 pessoas com 10 anos ou mais. Desse total, 52,6% viviam em união e 47,4% não viviam com parceiro. Em 2010, essas proporções eram de 51,1% e 48,9%, respectivamente.
O grupo que já viveu em união, mas não vive mais, passou de 14,2% em 2010 para 18% em 2022, um aumento de quase quatro pontos percentuais. Já o número de pessoas que nunca viveram em união caiu de 34,7% para 29,4% no mesmo período.
Entre os campineiros que vivem com parceiro, o casamento civil e religioso é o formato mais comum, reunindo 47,5% das uniões. Em seguida aparecem o casamento apenas civil, com 22%, e a união consensual, com 29,8%. O casamento somente religioso representa 0,8%.
O levantamento também mostra diferenças entre os gêneros: as mulheres vivem mais em união até os 40 anos, enquanto os homens são maioria nas uniões em idades mais avançadas.
Censo 2022: 52,6% dos campineiros com 10 anos ou mais vivem em união
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Isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil será votada pelo Senado nesta quarta, diz Alcolumbre

Senado deve votar hoje ampliação da isenção do IR até R$ 5 mil
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), confirmou que o plenário do Senado votará nesta quarta-feira (5), como primeiro item da pauta, o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês.
O texto foi aprovado mais cedo, nesta quarta, pela Comissão de Assuntos Econômicos da Casa. E, se for aprovado sem modificações pelo plenário, seguirá para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prometeu a medida durante a campanha presidencial de 2022.
O Planalto trabalha para concluir a análise do texto, que já passou pela Câmara, ainda neste ano, a fim de que a nova isenção passe a valer já em 2026.
"A decisão de pautar a proposta reflete a relevância do tema para a sociedade brasileira e o compromisso do Senado com o aperfeiçoamento do sistema tributário nacional", afirmou Alcolumbre em nota.
O projeto também cria um desconto no IR para os contribuintes que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais.
Para compensar as reduções no imposto, o texto prevê uma tributação mínima para pessoas com alta renda, criando uma alíquota progressiva de até 10% aos que recebem mais de R$ 600 mil por ano (leia mais aqui).
ISENÇÃO ATÉ R$ 5 MIL: perguntas e respostas
Prioridade do governo Lula
A ampliação da faixa isenta de IR é uma das principais promessas de campanha de Lula. Auxiliares do petista avaliam a medida como um "trunfo" para as eleições de 2026, quando ele deve disputar um quarto mandato.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que 25 milhões de brasileiros devem ser beneficiados com o projeto, deixando de pagar ou pagando menos Imposto de Renda. Atualmente, estão isentas de IR as pessoas que ganham até R$ 3.036 mensais.
Em uma audiência no Senado, Haddad estimou que cerca de 200 mil contribuintes serão impactados com a tributação mínima para alta renda. O governo afirma que a medida se trata de "justiça tributária".
Menos imposto
A proposta não altera a atual tabela progressiva do Imposto de Renda. O texto apenas amplia um mecanismo que concede descontos a fim de zerar a tributação para quem recebe até R$ 5 mil por mês.
Os contribuintes que recebem entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 mensais não serão isentos. O projeto prevê, porém, que estes terão direito a um desconto no IR.
A redução para esses casos será progressiva. Ou seja, quanto maior o rendimento, menor a redução.
Pela proposta, não haverá mudança na regra atual de tributação de renda para as pessoas que têm rendimentos acima de R$ 7.350. O modelo atual de cobrança do IR é feito em faixa com uma alíquota progressiva, que vai de 7,5% a 27,5%.
Se aprovadas pelo plenário e sancionadas por Lula, as novas regras passarão a valer já em 2026 e vão impactar a declaração do Imposto de Renda feita em 2027.
Tributação sobre alta renda
As perdas de arrecadação com a nova isenção serão compensadas, segundo o projeto, com uma tributação mínima de até 10% para pessoas que têm rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil.
O valor mínimo será exigido se o imposto total pago pelo contribuinte for inferior ao piso de tributação.
Por exemplo, se a pessoa já recolheu 2,5%, o imposto que será cobrado será igual aos outros 7,5%.
Se, após os cálculos, o resultado for negativo ou igual a zero, nada mais será devido.
A alíquota de tributação será progressiva e poderá chegar a 10% para os rendimentos que vão até R$ 1,2 milhão por ano. Acima disso, a cobrança será de 10%.
O texto permite que os contribuintes de alta renda abatam valores já pagos ao longo do ano a título de Imposto sobre a Renda.
Também prevê que alguns rendimentos, como os obtidos por LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), poderão ser excluídos da base de cálculo do imposto.
O patamar mínimo de tributação, segundo o relator e o Ministério da Fazenda, vai corrigir distorções tributárias. Atualmente, pessoas de alta renda recolhem, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais — muito abaixo da média paga por trabalhadores.
Após ter sinalizado alteração, Renan Calheiros (MDB-AL), relator do projeto no Senado, manteve no texto um dispositivo que assegura que lucros e dividendos apurados em 2025 e distribuídos até 2028 fiquem livres de imposto.
As regras vão mudar para os lucros e dividendos apurados e distribuídos a partir de 2026:
Neste caso, os rendimentos que superarem R$ 50 mil mensais passarão a ter IR retido na fonte, com uma alíquota de 10%.
Lucros e dividendos remetidos ao exterior também terão cobrança de IR na fonte, com uma alíquota de 10%.
Presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (União-AP), conduz sessão do Senado em 16 de julho de 2025.
Jefferson Rudy/Agência Senado
Comissão do Senado aprova isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; projeto vai ao plenário

Comissão do Senado aprova isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta quarta-feira (5) uma proposta que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
O projeto também cria um desconto no IR para os contribuintes que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais (entenda aqui).
Para compensar as reduções no imposto, o texto prevê uma tributação mínima para pessoas com alta renda, criando uma alíquota progressiva de até 10% aos que recebem mais de R$ 600 mil por ano (veja mais aqui).
Aprovado pela Câmara por unanimidade no início de outubro, o projeto seguirá agora para votação no plenário principal do Senado. A expectativa é de que o texto seja analisado na tarde desta quarta.
A proposta foi apresentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em março deste ano. O Planalto trabalha para concluir a análise do texto ainda neste ano, a fim de que a nova isenção passe a valer já em 2026.
Para se tornar lei, o projeto precisa ser aprovado pelo conjunto dos senadores e sancionado pelo presidente Lula. Para que as novas regras do IR passem a valer já em 2026, é preciso que todo este processo esteja concluído até o final deste ano.
Por unanimidade, Câmara aprova isenção do imposto de renda
Prioridade do governo
O prazo apertado foi um dos motivos que levaram o relator no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), a não fazer mudanças no conteúdo do projeto construído na Câmara por seu adversário político, o deputado Arthur Lira (PP-AL).
Renan reconheceu que o texto precisa ser aprimorado, em especial nos pontos que tratam das compensações, mas afirmou que é preciso ser "pragmático". Isso porque eventuais mudanças no conteúdo da proposta obrigariam o texto a voltar à Câmara dos Deputados.
Para o parlamentar, este cenário "frustraria" a população e colocaria o projeto sob "risco fatal".
Segundo ele, a análise do texto pelos deputados foi "atípica". Em outras ocasiões, o senador declarou que a proposta vinha sendo utilizada para chantagear o governo Lula.
"Há um consenso da necessidade de aprovarmos a medida que surge em prol dos trabalhadores de nosso país", disse.
A ampliação da faixa isenta de IR é uma das principais promessas de campanha de Lula. Auxiliares do petista avaliam a medida como um "trunfo" para as eleições de 2026, quando Lula deve disputar um quarto mandato.
Aumenta da isenção do IR é uma das principais promessas de campanha do governo Lula.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que 25 milhões de brasileiros devem ser beneficiados com o projeto, deixando de pagar ou pagando menos Imposto de Renda. Atualmente, estão isentas de IR as pessoas que ganham até R$ 3.036 mensais.
Em uma audiência no Senado, Haddad estimou que cerca de 200 mil contribuintes serão impactados com a tributação mínima para alta renda. O governo afirma que a medida se trata de "justiça tributária".
ISENÇÃO ATÉ R$ 5 MIL: perguntas e respostas sobre as mudanças no IR
Menos imposto
Haddad fala sobre isenção do Imposto de Renda, orçamento, alta dos juros e das críticas ao governo
A proposta não altera a atual tabela progressiva do Imposto de Renda. O texto apenas amplia um mecanismo que concede descontos a fim de zerar a tributação para quem recebe até R$ 5 mil por mês.
Os contribuintes que recebem entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 mensais não serão isentos. O projeto prevê, porém, que estes terão direito a um desconto no IR.
A redução para esses casos será progressiva. Ou seja, quanto maior o rendimento, menor a redução.
Pela proposta, não haverá mudança na regra atual de tributação de renda para as pessoas que têm rendimentos acima de R$ 7.350. O modelo atual de cobrança do IR é feito em faixa com uma alíquota progressiva, que vai de 7,5% a 27,5%.
Se aprovadas pelo plenário e sancionadas por Lula, as novas regras passarão a valer já em 2026 e vão impactar a declaração do Imposto de Renda feita em 2027.
Tributação sobre alta renda
As perdas de arrecadação com a nova isenção serão compensadas, segundo o projeto, com uma tributação mínima de até 10% para pessoas que têm rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil.
O valor mínimo será exigido se o imposto total pago pelo contribuinte for inferior ao piso de tributação.
Por exemplo, se a pessoa já recolheu 2,5%, o imposto que será cobrado será igual aos outros 7,5%.
Se, após os cálculos, o resultado for negativo ou igual a zero, nada mais será devido.
A alíquota de tributação será progressiva e poderá chegar a 10% para os rendimentos que vão até R$ 1,2 milhão por ano. Acima disso, a cobrança será de 10%.
O texto permite que os contribuintes de alta renda abatam valores já pagos ao longo do ano a título de Imposto sobre a Renda.
Também prevê que alguns rendimentos, como os obtidos por LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), poderão ser excluídos da base de cálculo do imposto.
O patamar mínimo de tributação, segundo o relator e o Ministério da Fazenda, vai corrigir distorções tributárias. Atualmente, pessoas de alta renda recolhem, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais — muito abaixo da média paga por trabalhadores.
Após ter sinalizado alteração, Renan Calheiros manteve no texto um dispositivo que assegura que lucros e dividendos apurados em 2025 e distribuídos até 2028 fiquem livres de imposto.
As regras vão mudar para os lucros e dividendos apurados e distribuídos a partir de 2026:
Neste caso, os rendimentos que superarem R$ 50 mil mensais passarão a ter IR retido na fonte, com uma alíquota de 10%.
Lucros e dividendos remetidos ao exterior também terão cobrança de IR na fonte, com uma alíquota de 10%.
Custos e compensação
Durante a passagem da proposta na Câmara, Arthur Lira afirmou que, com base em dados da Receita Federal, a ampliação da isenção do IR custará R$ 31,2 bilhões em 2026.
No próximo ano, segundo o cálculo apresentado por Lira, o governo vai arrecadar:
R$ 15,2 bilhões com o imposto mínimo para pessoas de alta renda;
e mais R$ 8,9 bilhões com a tributação de dividendos enviados ao exterior.
Renan Calheiros avaliou que os valores podem não ser suficientes para compensar a perda de arrecadação de estados e municípios com as mudanças no IR. Ele defende a análise de um projeto que dobra a tributação das casas de apostas online, as bets, para ressarci-los entre 2026 e 2028.
Senadores que discutiram o projeto do IR na CAE defenderam que, além disso, também precisa ser discutida uma atualização da tabela progressiva do tributo. Oriovisto Guimarães (PSDB-PR), por exemplo, afirmou que, sem um reajuste anual ou periódico, a nova faixa de isenção poderá ficar defasada rapidamente.
Censo: União sem casamento ultrapassa matrimônios pela 1ª vez no Brasil; relações interraciais crescem

Em 2022, a união consensual representou 38,9% das pessoas que viviam em união conjugal no Brasil. Este percentual superou o das pessoas casadas no civil e religioso, que somava 37,9%. Esse é um dos resultados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (5).
As uniões consensuais hoje representam 39% dos tipos de união conjugal no Brasil - crescimento em relação aos Censos de 2000 (29%) e 2010 (30%). Esse tipo de união é predominante na faixa etária de 30 a 39 anos. Em contraste, os casamentos no civil e/ou religioso são predominantes em pessoas acima de 40 anos.
A escolha do tipo de união também é influenciada pela religião. A união consensual é a principal opção para as pessoas que se declaram sem religião (62,5%). Entre os católicos, 40,9% optaram pela união consensual, e 28,7% entre os evangélicos.
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Os resultados divulgados também permitem observar um crescimento nas relações interraciais: embora a união entre pessoas de mesma cor ou raça seja predominante (67% das pessoas em união conjugal viviam com cônjuge do mesmo grupo de cor ou raça em 2022), a proporção é menor que a registrada nos censos anteriores (71% em 2000 e 69% em 2010).
O casamento ou união entre pessoas de mesma cor ou raça foi vista em maior proporção entre pessoas brancas (70,4%) e pardas (69,7%).
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Outros dados sobre nupcialidade e família
Na divulgação desta quarta, o IBGE também apresentou outros dados sobre estrutura familiar e união conjugal. Veja os destaques abaixo:
De acordo com o Censo, 34 mil crianças e adolescentes de até 14 anos viviam em uniões conjugais em 2022;
O número de pessoas morando sozinhas triplicou: de 4,1 milhões (2000) para 13,6 milhões (2022) — quase 1 em cada 5 domicílios;
Em 2022, 51,3% da população com 10 anos ou mais vivia em união conjugal — aumento em relação a 2010 (50,1%) e 2000 (49,5%);
Santa Catarina (58,4%), Rondônia (55,4%) e Paraná (55,3%) registraram os maiores percentuais de pessoas em união; Amapá (47,1%), Distrito Federal (47,7%) e Amazonas (48,1%), os menores;
A proporção dos que nunca viveram em união caiu de 38,6% (2000) para 30,1% (2022). Já os que não vivem, mas já viveram em união subiram de 11,9% para 18,6%.
MAPA: Veja quantos estão em união conjugal e quantos moram sem parceiro ou parceira em sua cidade

MAPA: Veja quantos estão em união conjugal e quantos moram sem parceiro em sua cidade
Mais de 90 milhões de brasileiros com dez anos ou mais — 51% da população — vivem em algum tipo de união conjugal, segundo dados preliminares do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (5). Em 2010, eram 81 milhões, cerca de 50% da população.
Os demais:
85,7 milhões não estão em união (49%) — em 2010, eram 80,9 milhões (50%).
Dentre estes:
53 milhões nunca moraram com cônjuge ou companheiro (30%) — em 2010, eram 57,2 milhões (35%).
32,6 milhões são separados, viúvos ou divorciados (19%) — em 2010, eram 23,6 milhões (15%).
🔎 O termo cônjuge é utilizado pelo IBGE para identificar a pessoa que mantém uma união com outra — seja no casamento civil, religioso ou em união estável, e também independentemente de formalização, mas com moradia conjunta.
As pessoas que não estão em união com alguém não são necessariamente solteiras: podem morar sozinhas, mas ter um relacionamento, por exemplo.
Entre as cidades, o IBGE destaca:
Nova Candelária (RS) é o município brasileiro com o maior percentual de pessoas que vivem em união conjugal, são 72%;
Balbinos (SP) lidera o ranking de cidades com mais pessoas que não têm união conjugal (81%), especialmente entre quem já teve e hoje são separados, viúvos ou divorciados (50%);
Pracinha (SP) tem o maior percentual de pessoas que nunca viveram em união conjugal (49%).
🔎 O IBGE classifica pessoas que viviam em união, que não viviam em união e que nunca viveram em união conjugal. Entre as que viviam, estão aquelas que declararam estar casadas, em união estável ou convivendo com parceiro, seja em registro civil, religioso ou de forma consensual. Já os que não viviam em união, estão aqueles que não viviam, mas já viveram em união — ou seja, separados, viúvos ou divorciados — aparecem agrupados nessa categoria, e o grupo de pessoas que nunca viveram em união corresponde aos que nunca moraram em companhia de cônjuge ou companheiro(a).
Veja no mapa abaixo o percentual de pessoas em união conjugal, não estavam em união, separadas ou que nunca viveram com cônjuge ou companheiro na sua cidade.
Luciene Aparecida Longo, técnica do IBGE, explica que o conceito de “união consensual” adotado pelo Censo não exige comprovação documental.
“A resposta depende de quem declara. Uma pessoa pode se considerar em união, enquanto a outra se vê como namorada, por exemplo”, afirma.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
Ela reforça que o IBGE questiona sobre uniões a partir de dez anos por entender que isso também faz parte da realidade brasileira, embora não seja permitido por lei.
📊 Veja números por estado
Em 2022, entre os estados, Santa Catarina (58%) tem o maior percentual de pessoas que vivem em união, Amapá (53%) lidera entre os não estavam em união e os que nunca viveram com companheiro (35%), enquanto Rio de Janeiro (21%) concentra o maior número de separados, viúvos ou divorciados.
Em união conjugal:
Santa Catarina – 58% (eram 47%, em 2010);
Rondônia – 55% (eram 57%);
Paraná – 55% (eram 48%).
Não viviam em união:
Amapá – 53% (eram 53%, em 2010);
Distrito Federal – 52% (eram 43%);
Amazonas – 52% (eram 53%).
Separados, viúvos ou divorciados:
Rio de Janeiro – 21% (eram 14%, em 2010);
Bahia – 20% (eram 13%);
Sergipe – 20% (eram 18%).
Nunca viveram em companhia de cônjuge ou companheiro:
Amapá – 35% (eram 38%, em 2010);
Amazonas – 34% (eram 40%);
Maranhão – 34% (eram 38%).
🚻 Por sexo
Em união conjugal:
Mulheres – 45,2 milhões;
Homens – 45 milhões.
Não viviam em união
Homens – 85,7 milhões;
Mulheres – 46 milhões.
Por raça
Em união conjugal:
Branca: 40,2 milhões;
Preta: 9,5 milhões;
Amarela: 417 mil;
Parda: 39,7 milhões;
Indígena: 271 mil;
Sem declaração: 12 mil.
Não viviam em união
Branca: 36,1 milhões;
Preta: 9,4 milhões;
Amarela: 372 mil;
Parda: 39,5 milhões;
Indígena: 265 mil;
Sem declaração: 20 mil.
Dez munícipios com a maior população em união conjugal, divorciada ou que nunca viveram em companhia de cônjuge ou companheiro
💘 Em união conjugal
Nova Candelária (RS) – 72%;
São João do Oeste (SC) – 70%;
Abdon Batista (SC) – 70%;
Presidente Castello Branco (SC) – 69%;
Forquetinha (RS) – 69%;
Salvador das Missões (RS) – 69%;
Rio Fortuna (SC) – 69%;
Ipuaçu (SC) – 69%;
Bom Jesus do Oeste (SC) – 69%;
Santiago do Sul (SC) – 69%.
🟦 Não viviam em união
Balbinos (SP) – 81%;
Pracinha (SP) – 76%;
Lavínia (SP) – 75%;
Álvaro de Carvalho (SP) – 70%;
Iaras (SP) – 68%;
Serra Azul (SP) – 65%;
Pacaembu (SP) – 65%;
Florínea (SP) – 63%;
Riolândia (SP) – 62%;
Santo Antônio do Itambé (MG) – 61%.
💔 Separados, viúvos ou divorciados
Balbinos (SP) – 50%;
Iaras (SP) – 47%;
Lavínia (SP) – 41%;
Álvaro de Carvalho (SP) – 38%;
Serra Azul (SP) – 38%;
Florínea (SP) – 36%;
São Cristóvão do Sul (SC) – 34%;
Pacaembu (SP) – 33%;
Riolândia (SP) – 32%;
Lucélia (SP) – 30%.
❌ Nunca viveram em companhia de cônjuge ou companheiro
Pracinha (SP) – 49%;
Santa Isabel do Rio Negro (AM) – 13%;
Presidente Kubitschek (MG) – 15%;
Bagre (PA) – 7%;
São Félix do Tocantins (TO) – 10%;
Jenipapo de Minas (MG) – 13%;
Guaramiranga (CE) – 13%;
Matões do Norte (MA) – 13%;
Serro (MG) – 16%;
Santo Antônio do Itambé (MG) – 20%.
Inscrições para o Casamento Comunitário são abertas em Jundiaí (SP)
Prefeitura de Jundiaí
Brasil tem 34 mil crianças e adolescentes de até 14 anos vivendo em uniões conjugais, mostra Censo

Censo: Brasil tem 34 mil crianças e adolescentes de até 14 anos em uniões conjugais
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgados nesta quarta-feira (5) retratam que mais de 34 mil pessoas entre 10 e 14 anos vivem em união conjugal no Brasil. Os dados fazem parte do questionário da amostra do Censo 2022, sobre nupcialidade e estrutura familiar. Desse grupo, quase oito em cada dez (77%) são mulheres.
O IBGE ressalta que os números se baseiam nas informações fornecidas pelos próprios moradores e não representam uma comprovação legal das uniões. Segundo o instituto, as respostas podem refletir percepções pessoais e incluir interpretações equivocadas ou erros de preenchimento.
Conforme o Censo, das pessoas entre 10 e 14 anos que viviam em algum tipo de união, 7% estão casadas no civil e no religioso, 4,9% só no civil e 1,5% só no religioso. O restante da amostra, 87%, viviam em algum outro tipo de união consensual.
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Pessoas entre 10 e 14 anos em união conjugal, segundo o Censo 2022
Arte G1
A legislação brasileira proíbe o casamento civil entre menores de 16 anos, salvo em situações excepcionais autorizadas pela Justiça. Contudo, o IBGE destaca que não é sua função verificar a legalidade dessas relações, já que o Censo não solicita certidões ou documentos.
“A coleta é baseada unicamente na declaração do informante”, ressalta Marcio Mitsuo Minamiguchi, da Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do instituto.
Luciene Aparecida Longo, técnica do IBGE, explica que o conceito de “união consensual” adotado pelo Censo não exige comprovação documental.
“A resposta depende de quem declara. Uma pessoa pode se considerar em união, enquanto a outra se vê como namorada, por exemplo”, afirma.
Ela reforça que o IBGE questiona sobre uniões a partir de dez anos por entender que isso também faz parte da realidade brasileira, embora não seja permitido.
" O IBGE quer o retrato do país e não somente o que é legal ou não, justamente para identificar onde há questões onde as políticas públicas podem atuar para mitigar ou eliminar o que não está na conformidade" - Luciene Aparecida Longo, do IBGE.
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Segundo Minamiguchi, o Censo, por cobrir todo o território nacional, acaba registrando “fatos raros” que não costumam aparecer em pesquisas amostrais menores.
O levantamento também mostrou a composição desse grupo de acordo com cor e raça declarada e estados. A maioria é formada por pessoas pardas (20.414 crianças e adolescentes), seguido por brancas (10.009), pretas (3.246), indígenas (483) e amarelas (51). Além disso, o estado com maior número absoluto de crianças e adolescentes que viviam em uma união conjugal é São Paulo; proporcionalmente, é o estado do Amazonas, onde 0,11% das uniões são de pessoas nessa faixa etária. Veja abaixo a lista:
São Paulo: 4722 pessoas (0,02% das pessoas em união conjugal no estado)
Bahia: 2716 pessoas (0,05%)
Pará: 2579 pessoas (0,08%)
Maranhão: 2201 pessoas (0,08%)
Ceará: 2039 pessoas (0,05%)
Pernambuco: 1968 pessoas (0,05%)
Rio de Janeiro: 1803 pessoas (0,03%)
Amazonas: 1672 pessoas (0,11%)
Paraná: 1501 pessoas (0,03%)
Minas Gerais: 1430 pessoas (0,02%)
Rio Grande do Sul: 1283 pessoas (0,02%)
Goiás: 1241 pessoas (0,04%)
Alagoas: 1231 pessoas (0,09%)
Paraíba: 1065 pessoas (0,06%)
Mato Grosso: 946 pessoas (0,06%)
Santa Catarina: 927 pessoas (0,02%)
Rio Grande do Norte: 825 pessoas (0,06%)
Sergipe: 774 pessoas (0,08%)
Mato Grosso do Sul: 531 pessoas (0,04%)
Piauí: 495 pessoas (0,03%)
Espírito Santo: 470 pessoas (0,03%)
Rondônia: 400 pessoas (0,05%)
Acre: 366 pessoas (0,11%)
Tocantins: 346 pessoas (0,05%)
Amapá: 269 pessoas (0,1%)
Distrito Federal: 207 pessoas (0,02%)
Roraima: 198 pessoas (0,09%)
Outros dados sobre nupcialidade e família
Na divulgação desta quarta, o IBGE também apresentou outros dados sobre estrutura familiar e união conjugal. Veja os destaques abaixo:
O número de pessoas morando sozinhas triplicou: de 4,1 milhões (2000) para 13,6 milhões (2022) — quase 1 em cada 5 domicílios.
Em 2022, 51,3% da população com 10 anos ou mais vivia em união conjugal — aumento em relação a 2010 (50,1%) e 2000 (49,5%).
Santa Catarina (58,4%), Rondônia (55,4%) e Paraná (55,3%) registraram os maiores percentuais de pessoas em união; Amapá (47,1%), Distrito Federal (47,7%) e Amazonas (48,1%), os menores.
A proporção dos que nunca viveram em união caiu de 38,6% (2000) para 30,1% (2022). Já os que não vivem, mas já viveram em união subiram de 11,9% para 18,6%.
Lei brasileira permite casamento a partir dos 16 anos
Reprodução/Freepik
Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido até outubro; veja o ranking

Volkswagen T‑Cross Comfortline 2025
divulgação/Volkswagen
O Volkswagen T-Cross foi o SUV zero km mais vendido do Brasil em 2025 até outubro. A informação foi divulgada na terça-feira (4) pela Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave).
O utilitário da VW marcou 73.100 emplacamentos em todo país, durante os dez primeiros meses deste ano. A vice-liderança deixou de ser o Toyota Corolla Cross e passou para o Hyundai Creta, que acumula 60.308 unidades no período.
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Veja a lista de SUVs mais vendidos até outubro de 2025.
Volkswagen T-Cross: 73.100 unidades;
Hyundai Creta: 60.308 unidades;
Toyota Corolla Cross: 55.582 unidades;
Honda HR-V: 51.864 unidades;
Chevrolet Tracker: 50.098 unidades;
Jeep Compass: 48.728 unidades;
Fiat Fastback: 47.413 unidades;
Nissan Kicks: 46.309 unidades;
Volkswagen Nivus: 41.356 unidades;
Fiat Pulse: 37.099 unidades.
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Vendas de outubro
Na comparação mensal, o novato Volkswagen Tera assumiu a liderança na lista dos SUVs mais vendidos do país em outubro.
Veja abaixo a lista dos mais vendidos de outubro.
Volkswagen Tera: 10.162 unidades;
Hyundai Creta: 8.679 unidades;
Volkswagen T-Cross: 7.113 unidades;
Honda HR-V: 6.711 unidades;
Jeep Compass: 6.257 unidades;
Nissan Kicks: 5.721 unidades;
Fiat Fastback: 5.666 unidades;
Chevrolet Tracker: 5.290 unidades;
Jeep Renegade: 4.263 unidades.
Volkswagen Nivus: 4.257 unidades.
Além da escalada do Volkswagen Tera para o topo, chama atenção a queda do Toyota Corolla Cross, que saiu da primeira para a décima terceira colocação. E isso pode ser facilmente explicado: a Toyota segue com problemas em sua fábrica de motores após um temporal em setembro, na qual os ventos foram de 90 km/h e causaram estragos na unidade fabril.
O SUV da Toyota passou de 7.282 carros vendidos em setembro, para 3.609 unidades emplacadas em outubro — menos da metade das vendas do mês anterior.
Brasil emplaca mais de 2 milhões de veículos novos
Os brasileiros compraram 2.171.237 veículos novos em 2025. O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários.
Houve uma ligeira alta de 2,25% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 2.123.522 veículos novos.
Veja abaixo os resultados por segmento.
AUTOMÓVEIS
1.603.828 emplacamentos entre janeiro e outubro de 2025, aumento de 2,51% ante 2024.
192.752 emplacamentos em outubro, alta de 7,96% em relação a setembro;
Comparado a outubro de 2024, houve queda de 1,24% (195.170 unidades).
COMERCIAIS LEVES
451.433 emplacamentos entre janeiro e outubro de 2025, aumento de 3,58% ante 2024.
55.125 emplacamentos em outubro, alta de 4,38% em relação a setembro;
Comparado a outubro de 2024, houve avanço de 0,68% (54.754 unidades).
CAMINHÕES E ÔNIBUS
115.976 emplacamentos entre janeiro e outubro de 2025, retração de 5,83% ante 2024.
12.881 emplacamentos em outubro, alta de 8,16% em relação a setembro;
Comparado a outubro de 2024, houve queda de 13,99% (14.976 unidades).
Somando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 2,74% no terceiro trimestre de 2025.
“O ritmo diário foi levemente superior ao de setembro e o fato de outubro ter tido um dia a mais ajudou no resultado. Observamos, também, o crédito operando de forma mais funcional — o que tem ajudado a converter intenção em venda — e um ambiente de políticas públicas que favorece eficiência e competitividade no tíquete de entrada, como o Programa Carro Sustentável, que reduziu ou zerou o IPI para compactos nacionais de maior eficiência”, explica o Presidente da Fenabrave, Arcelio Junior.
Projeções para 2025
A projeção da Fenabrave foi revisada em outubro, e o número de emplacamentos de automóveis e comerciais leves foi reduzido: o crescimento previsto caiu de 5% para 3% na comparação entre as vendas acumuladas de 2024 e 2025.
Segundo a entidade, a expectativa é que sejam emplacadas 2.559.345 unidades — antes, a estimativa era de 2.608.977 veículos.
Confira os demais segmentos:
Automóveis e comerciais leves: alta de 3% (de 2.484.740 para 2.559.345);
Caminhões: queda de 7% (de 127.593 para 113.552);
Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336).
A revisão para baixo na projeção de crescimento em 2025 está relacionada à preocupação com os cenários internacional e nacional, além da queda nas vendas de caminhões.
"A concorrência no país é intensa. Com uma taxa de juros menor, o crescimento nas vendas de automóveis e comerciais leves seria bem mais forte — ultrapassaria os 5% que projetamos no início do ano. Esperávamos uma queda nos juros até o fim de 2025, mas o Copom indicou que isso só deve acontecer em 2026", afirmou Arcelio Júnior, presidente da Fenabrave.
"O consumidor que pode comprar um carro incluído na redução do IPI para veículos sustentáveis, em geral, depende de crédito. Por isso, a taxa de juros é decisiva para ele", completou o executivo.
Shein inaugura 1ª loja física no mundo em Paris sob protestos e polêmica por bonecas sexuais que lembram crianças

Apesar das sanções administrativas e da investigação judicial em curso pela venda de bonecas sexuais com aparência infantil, o gigante asiático do comércio eletrônico Shein inaugura nesta quarta-feira (5), em Paris, sua primeira loja física permanente no mundo. Símbolo da controvérsia, desde a última terça-feira policiais patrulham a entrada da tradicional loja de departamentos BHV, onde a gigante chinesa irá se instalar. O tema é manchete de capa dos jornais franceses "Le Figaro" e "La Croix".
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A imprensa francesa desta quarta-feira destacou em peso a polêmica. O jornal conservador "Le Figaro" diz que a França está impotente diante do "tsunami chinês". A inauguração da loja no BHV, centro comercial no coração da capital francesa, acontece apesar das acusações de venda de produtos de má qualidade e, muitas vezes, perigosos e ilegais. A empresa já recebeu neste ano, na França, três multas que totalizam € 191 milhões.
A Shein é visada por um projeto de lei francês contra a fast fashion e, desde segunda-feira, é alvo de uma investigação do Ministério Público de Paris por difusão de mensagens violentas, pornográficas ou contrárias à dignidade de menores. A empresa será ouvida por uma comissão de informação da Assembleia Nacional. Apesar de tudo, o BHV defende a parceria, imaginada para relançar as vendas na loja de departamentos parisiense, informa o Le Figaro.
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Uma concorrência que atinge todos os setores da indústria francesa em um clima de indiferença total, critica o Figaro em editorial. Paris e Bruxelas têm dificuldade em regulamentar o setor do comércio online, indica ainda o texto.
Tentativa de se "reinventar"
O "La Croix" completa dizendo que as lojas tradicionais tentam se reinventar diante da concorrência do comércio on-line e dos shopping centers. O jornal católico lembra que, em 1920, a França tinha 850 lojas de departamentos. Hoje, tem apenas 80.
Mas em 40 anos, mesmo com o aumento do número de roupas compradas, o gasto dos franceses com produtos têxteis não aumentou. A Shein, apesar da tentativa de pegada ecológica desastrosa, e dos escândalos, não para de seduzir os franceses com seus preços baixos, aponta o diário.
Reações
Mas as reações já começaram a surgir de diversos setores da sociedade francesa. Doze marcas francesas, que acusam uma concorrência desleal, anunciaram que vão abandonar o BHV. As Galerias Lafayette do interior da França, que também deveriam abrigar uma loja Shein, desistiram da parceria, informa o Les Echos.
Le Parisien relembra que as críticas de autoridades, associações e representantes do setor têxtil francês começaram desde o anúncio da inauguração da loja em Paris, no início de outubro. A quarta-feira promete ser movimentada no BHV com a inauguração, às 13h (9h de Brasília), da loja desta gigante da fast fashion.
A chegada da plataforma, fundada em 2012 na China e atualmente sediada em Singapura, cristaliza as tensões em torno da regulamentação do comércio online. A inauguração da loja é considerada, no entanto, estratégica pelo BHV.
O diretor da loja de departamentos BHV, Karl-Stephane Cottendin, corta no dia 5 de novembro de 2025 a fita de inauguração da loja física da Shein, em Paris, na França, a 1ª do mundo
Dimitar Dilkoff/Reuters
Ibovespa fecha em 153 mil pontos e tem 8º recorde seguido; dólar recua a R$ 5,36

Mercado atento ao Copom é sinal para próximas reuniões
O Ibovespa avançou 1,72% nesta quarta-feira (5) e fechou aos 153.294 pontos, no oitavo pregão seguido de recorde de fechamento. O dólar, por sua vez, encerrou a sessão em queda de 0,70%, cotado a R$ 5,3609.
O dia foi marcado por expectativas para o anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros no Brasil. Como era esperado, a Selic foi mantida em 15% ao ano.
Mesmo com sinais de desaceleração e inflação mais contida, analistas entendem que ainda é cedo para iniciar cortes de juros.
No exterior, dados de emprego e atividade econômica nos Estados Unidos ficaram no radar dos investidores.
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A valorização das ações da Vale (2,12%) e da Petrobras (2,12% nas ações preferenciais, sem direito a voto) contribuíram para manter o Ibovespa em alta.
▶️ Nos EUA, o relatório da ADP, que mede a criação de vagas no setor privado, contabilizou 42 mil novas posições em outubro, acima da expectativa de analistas era de 28 mil novas contratações. Os dados servirão como referência antecipada para o Payroll — relatório oficial de empregos do governo, suspenso por causa do shutdown.
▶️ Ainda por lá, a Suprema Corte questionou nesta quarta-feira a legalidade das tarifas impostas durante o governo Donald Trump, que atingiram diversos parceiros comerciais, incluindo o Brasil. Agora, os juízes deliberam sobre o tema, mas ainda não há um prazo definido para o anúncio de uma decisão.
▶️ A paralisação do governo americano chegou ao 36º dia, tornando-se a mais longa da história do país. O impasse começou em 1º de outubro, após o Congresso não aprovar o orçamento, e segue sem perspectiva de acordo entre democratas e republicanos.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,35%;
Acumulado do mês: -0,35%;
Acumulado do ano: -13,25%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +0,78%;
Acumulado do mês: +0,78%;
Acumulado do ano: +25,29%.
Maior shutdown da história
A paralisação do governo dos EUA chegou nesta quarta-feira ao 36º dia, tornando-se oficialmente a mais longa da história do país.
O impasse começou em 1º de outubro, após o Congresso não conseguir aprovar um novo pacote de financiamento. Desde então, milhões de americanos têm enfrentado impactos diretos, como atrasos em viagens, suspensão de serviços e falta de pagamento a servidores públicos.
A assistência alimentar para cerca de 42 milhões de pessoas foi interrompida, deixando famílias sem os cerca de US$ 180 mensais. Funcionários federais, incluindo policiais, militares e agentes de aeroportos, estão sem receber salários.
Desde o início da paralisação, mais de 3,2 milhões de passageiros enfrentaram atrasos ou cancelamentos de voos.
O Escritório de Orçamento do Congresso estima que, se durar mais uma semana, o impacto na economia pode chegar a US$ 11 bilhões.
Após decisão judicial, o governo foi obrigado a liberar recursos emergenciais, mas o presidente Donald Trump afirmou: “[Os benefícios] só serão pagos quando os democratas abrirem o governo”.
No Senado, republicanos prometeram votar a extensão de subsídios de saúde em troca da reabertura, mas democratas consideram a proposta insuficiente. “Estamos explorando todas as opções”, disse o líder democrata Chuck Schumer. Enquanto isso, o Congresso segue sem acordo.
O shutdown também tem provocado o atraso dos dados oficiais, como o payroll e o índice de preços ao consumidor (CPI), deixando os investidores sem parâmetros claros sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Agenda econômica
Criação de emprego nos EUA
A criação de vagas no setor privado dos EUA teve recuperação em outubro, segundo o relatório da ADP divulgado nesta quarta-feira (6). Foram abertas 42 mil novas posições no mês, após o fechamento revisado de 29 mil vagas em setembro. A expectativa de analistas era de 28 mil novas contratações.
O relatório da ADP é elaborado em parceria com o Stanford Digital Economy Lab e costuma ser usado como uma prévia do relatório oficial de empregos do governo americano, o Payroll. No entanto, economistas alertam que os dados da ADP devem ser vistos como complemento, não como substituto.
“Os dados da ADP são limitados às empresas que usam seus serviços de folha de pagamento, o que os torna menos representativos nacionalmente”, explicou Matthew Martin, da Oxford Economics.
Com a paralisação do governo dos EUA, o relatório oficial de setembro não foi divulgado, e há dúvidas sobre a produção do relatório de outubro. A suspensão da coleta de dados pode comprometer a entrega completa do documento.
Mesmo com limitações, o relatório da ADP ajuda a indicar tendências do mercado de trabalho. Segundo Angus McGeoch, da Barrenjoey, “trata-se de uma realização de lucros a curto prazo”, refletindo cautela dos gestores diante do cenário atual.
Votação da isenção do Imposto de Renda
Outro destaque desta quarta-feira (5) fica com a votação, no Senado, do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e estabelece descontos para rendas de até R$ 7.350 mensais.
Depois de aprovado, o texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. Veja perguntas e respostas sobre a ampliação da isenção do IR
Suprema Corte dos EUA questiona legalidade do tarifaço
Por fim, também ficou no radar dos investidores a audiência promovida pela Suprema Corte dos Estados Unidos para tratar sobre a legalidade do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Depois de um debate que durou mais de 2h, os juízes agora deliberam sobre o tema. Ainda não há, no entanto, prazo para uma decisão.
Tanto os juízes conservadores quanto os liberais questionaram o advogado que representa o governo Trump. As dúvidas giraram principalmente sobre se o presidente havia infringido a competência do Congresso ao impor tarifas com base em uma lei de 1977, destinada a ser usada durante emergências nacionais.
Alguns juízes conservadores argumentaram, no entanto, que a Corte estava debatendo o poder "inerente" que os presidentes têm ao lidar com países estrangeiros — o que sugere que os juízes podem estar fortemente divididos quanto ao resultado do caso. O tribunal tem uma maioria conservadora de 6 a 3.
Entenda se a Suprema Corte pode barrar tarifas de Trump
Bolsas globais
Os principais índices de Wall Street operavam com estabilidade na abertura, após uma liquidação liderada pelo setor de tecnologia na sessão anterior devido ao aumento das preocupações com as avaliações das ações.
Apesar disso, um relatório forte da ADP de emprego no setor privado acalmou alguns temores sobre o enfraquecimento do mercado de trabalho.
O Dow Jones Industrial Average subia 0,03% na abertura, para 47.097,31 pontos. O S&P 500 caía 0,03%, a 6.769,77 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganhava 0,04%, para 23.358,075 pontos.
Na Europa, os mercados seguem em baixa, acompanhando o clima de cautela observado nos EUA e na Ásia. Investidores demonstram preocupação com os preços elevados das ações de tecnologia e inteligência artificial, temendo que o setor esteja sobrevalorizado e possa enfrentar correções mais fortes.
No fechamento, os principais índices europeus registravam queda. O STOXX 600 fechou com alta de 0,23%, o DAX (Alemanha) subiu %, o FTSE 100 (Reino Unido) avançou 0,68%, e o CAC 40 (França) teve alta de 0,16%.
Os mercados asiáticos fecharam mistos nesta quarta-feira. Na China, os índices subiram após uma sessão instável, com destaque para ações de energia solar e novas tecnologias, que compensaram o nervosismo causado pela queda em Wall Street no dia anterior.
Já em outras regiões, o sentimento foi mais negativo, com investidores migrando para setores mais defensivos.
No fechamento, o Nikkei (Tóquio) avançou 2,5%, enquanto o SSEC (Xangai) subiu 0,23% e o CSI300 teve alta de 0,19%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,07%. Já o Kospi (Seul) recuou 2,85%, o Taiex (Taiwan) perdeu 1,42% e o Straits Times (Cingapura) teve baixa de 0,14%.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
Vista do prédio da B3, Bolsa de valores de São Paulo, localizada na região central da capital paulista, nesta sexta-feira (12). O Ibovespa flertou com os 129 mil pontos na máxima do dia, encerrando aos 128.896,98 pontos, em alta de 0,47% na sessão. Foi o quarto avanço semanal consecutivo para o índice da B3, que sobe agora 4,03% no mês, cedendo ainda 3,94% no ano.
GABRIEL SILVA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Haddad diz que mudanças no seguro-defeso contém alta de gastos, e que taxação de bets e fintechs gera até R$ 5 bi em 2026

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (5) que as mudanças implementadas pelo governo no seguro-defeso, por meio de Medida Provisória, incluem o crescimento de despesas do programa ao melhorar os critérios de cadastramento (seleção dos trabalhadores com direito).
🔎O seguro-defeso tem o valor de um salário mínimo e é pago a pescadores artesanais que vivem da pesca durante o período de reprodução dos peixes, quando a atividade fica proibida. Em 2024, cerca de 1,25 milhão de beneficiários receberam o seguro-defeso, com orçamento de R$ 5,8 bilhões.
➡️Com as mudanças, o Ministério do Trabalho passou a ser o responsável por analisar e conceder o benefício. Com isso, os pescadores e pescadoras artesanais devem solicitar o Seguro-Defeso pela Carteira de Trabalho Digital ou pelo portal Gov.br.
➡️Além disso, foi fixado um teto de R$ 7,32 bilhões para o pagamento do benefício em 2025 e, para os anos seguintes, a despesa não poderá crescer mais do que 2,5% em termos reais (acima da inflação, o limite do arcabouço fiscal).
➡️A Medida Provisória já está em vigor, mas tem que ser confirmada em até 120 dias pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
"Teve mudanças, sobretudo na questão da governança, que é quem vai organizar o cadastro. A questão é de ordenação da evolução da despesa. Você controla o crescimento forçando uma melhoria no cadastramento do programa", afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Haddad promete dois projetos para fechar orçamento de 2026
Ele explicou que, com as alterações, os limites de gastos do programa também passam a ficar alinhados com as regras do arcabouço fiscal, que enquadra todas as despesas em uma alta de até 2,5% ao ano (acima da inflação).
Para Haddad, esse limite é "mais do que o suficiente para atender absolutamente todos os beneficiários do programa". "Não tem ninguém que vai ficar de fora", acrescentou.
Questionado sobre o projeto de lei do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que eleva a taxação para as empresas de apostas online, conhecidas como bets, e também para as "fintechs" (empresas financeiras que que introduzem inovações tecnológicas), Haddad disse que, se aprovado, a projeção é de incremento da arrecadação em até R$ 5 bilhões em 2026.
"Isso foi uma decisão do mandato do senador, que entendia como correta a orientação do governo em relação a bets e milionários. E achou por bem reapresentar para a CAE [Comissão de Assuntos Econômicos do Senado], uma vez que não tinha passado pelo Senado, essa propositura. Vou conversar com os senadores hoje para saber como pretendem encaminhar", disse Haddad a jornalistas.
🔎O projeto eleva de 15% para 20% a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) das "fintechs" e, também, dobra a tributação das empresas de apostas online de 12% para 24% sobre a receita líquida (GGR). O texto é relatado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista no Hotel Brasília Palace, em 3 de junho de 2025.
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
O governo já havia tentado elevar a tributação das bets e das "fintechs" por meio de Medida Provisória neste ano, em conjunto com outras elevações de impostos, mas a proposta sequer foi avaliada pela Câmara dos Deputados.
A medida era considerada importante para tentar fechar as contas do orçamento de 2026, que precisa de mais recursos na busca pela meta de zerar o rombo das contas do governo.
"Como teve o episódio da Câmara [que não analisou o aumento de tributos encaminhado pelo governo, entre eles bets e fintechs], temos de encontrar um caminho. Ali é mais uma questão de justiça tributária do que de resultado fiscal. Porque, realmente, está desbalanceada a tributação desses super-ricos", acrescentou o ministro Haddad.
Sobre o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados nesta semana que retira do teto de gastos do arcabouço fiscal despesas de até R$ 5 bilhões com defesa nacional de 2026 a 2031 e abre espaço de R$ 3 bilhões no Orçamento de 2025, ele afirmou que as decisões do Congresso têm de ser alocadas na peça orçamentária.
O texto segue agora à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Economistas alertam que excesso de gastos retirados da meta fiscal compromete credibilidade das contas públicas
"O limite é a democracia. Quando a democracia estabelece uma regra, que não passou pela Fazenda, se for validada... Foi muito bem recebido pelo Congresso esse apoio às forças armadas, em função da questão geopolítica, tenho de conversar com os parlamentares sobre isso. É o que estou fazendo", disse Haddad.
EUA e China reduzem tarifas e estendem trégua comercial após acordo entre Trump e Xi Jinping

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (4) um decreto que reduz de 20% para 10% as tarifas adicionais sobre produtos chineses impostas em retaliação ao tráfico de fentanil para o país.
A medida formaliza uma parte importante do acordo firmado entre os presidentes americano e chinês após uma reunião realizada no mês passado, na cidade de Busan, na Coreia do Sul.
Trump havia imposto as tarifas extras no início do ano, alegando o envolvimento da China na rede de distribuição de fentanil — um opioide sintético responsável por uma grave crise de overdose nos Estados Unidos.
Durante o encontro em Busan, o presidente Xi Jinping se comprometeu a interromper o envio de materiais usados na fabricação da droga. Em contrapartida, Washington prometeu reduzir as tarifas sobre produtos chineses, com efeito a partir de 10 de novembro.
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De acordo com Trump, o decreto assinado nesta terça formaliza esse compromisso bilateral, e o cumprimento das medidas pela China será acompanhado de perto por autoridades americanas.
Já nesta quarta-feira (5), Pequim anunciou que prolongará por um ano a suspensão da tarifa adicional de 24% que havia imposto sobre produtos americanos, mantendo em 10% a taxa geral de importação.
A decisão foi divulgada em comunicado do Ministério das Finanças chinês, que destacou que a medida reflete “o consenso alcançado nas consultas econômicas e comerciais entre China e Estados Unidos” e também entrará em vigor em 10 de novembro — a mesma data definida por Washington para sua redução tarifária.
Além disso, a China informou ter suspendido tarifas de até 15% sobre a soja e outros produtos agrícolas norte-americanos, como gesto adicional de boa vontade no processo de distensão comercial.
Com essas decisões, os dois países estendem por um ano a trégua nas tensões que marcaram o relacionamento econômico recente.
Ao longo do último ano, as duas maiores economias do mundo se envolveram em uma escalada tarifária que chegou a atingir percentuais de três dígitos, afetando mercados globais e provocando rupturas nas cadeias de suprimentos.
O novo entendimento entre Trump e Xi Jinping, portanto, representa uma tentativa de estabilizar as relações bilaterais e reduzir os impactos econômicos de uma disputa que vinha pressionando empresas em todo o mundo.
O encontro e a disputa comercial
No dia 30 de outubro, o presidente dos Estados Unidos e o presidente da China selaram um acordo comercial para reduzir a tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Segundo Trump, as taxas sobre produtos chineses caíram de 57% para 47%. Em troca, Pequim deve:
retomar a compra de soja americana;
manter o fluxo de exportação de terras raras;
e combater o comércio ilícito de fentanil.
Os dois se reuniram em uma base aérea na cidade de Busan, na Coreia do Sul, para discutir uma possível trégua na guerra comercial. A reunião, primeira entre os dois líderes desde o retorno de Trump à presidência em janeiro, durou quase duas horas.
A guerra comercial entre os dois países reacendeu no mês passado, depois que a China propôs ampliar drasticamente as restrições às exportações de minerais de terras raras, essenciais para tecnologias de ponta — um setor dominado pelo país asiático.
Trump chegou a prometer retaliar com tarifas adicionais de 100% sobre as exportações chinesas, além de outras medidas, incluindo possíveis restrições às exportações para a China de produtos feitos com softwares americanos — ações que poderiam ter abalado a economia global.
Para especialistas consultados pelo g1, o acordo é um alívio temporário para as cadeias de suprimentos e para a economia mundial, especialmente em setores dependentes de insumos tecnológicos.
A trégua deve reduzir a volatilidade dos mercados e dar previsibilidade à indústria global de chips e minerais estratégicos.
Para o Brasil, o acordo pode gerar efeitos mistos: a volta das compras de soja dos EUA tende a reduzir parte da demanda pelo grão brasileiro, mas o país pode ganhar espaço na exploração de terras raras, das quais possui a segunda maior reserva mundial.
Com a trégua entre as duas maiores economias, analistas avaliam que o comércio global tende a se estabilizar, embora o Brasil possa enfrentar maior concorrência em alguns setores agrícolas e industriais.
Donald Trump em encontro com Xi Jinping
REUTERS/Evelyn Hockstein
Mais de 500 mil vagas temporárias serão abertas no fim de ano; veja como se candidatar

Mais de 500 mil vagas temporárias serão abertas no fim de ano
A temporada de compras e presentes começou — e, com ela, cresce a expectativa de alta nas vendas do comércio entre a Black Friday e o Natal. Para atender à demanda, o varejo e outros setores já começaram a abrir vagas temporárias. Veja a relação de oportunidades ao final desta reportagem.
A Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM) estima cerca de 535 mil contratos entre outubro e dezembro de 2025 — um aumento de 7,5% em relação ao ano passado. A Indústria lidera com 50% das contratações, seguida pelos setores de Serviços (30%) e Comércio (20%).
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Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), quase metade das empresas (47%) desses segmentos tendem a reforçar equipes para a demanda extra do fim do ano, enquanto 22% devem repor vagas por rotatividade e outros 20% buscam melhorar a qualidade do serviço.
O levantamento ainda indica que as contratações temporárias devem ter uma duração média de 2,5 meses (2,9 meses nas capitais), e 47% das companhias planejam efetivar profissionais após o período.
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Para ajudar o trabalhador que busca oportunidades temporárias, o g1 conversou com especialista da área e destaca abaixo perguntas e respostas para quem quer terminar o ano empregado.
Como conseguir vagas temporárias sem experiência e com seu perfil?
Como conquistar o chefe e fazer o emprego temporário virar efetivo?
Quais são os direitos dos trabalhadores temporários?
Quais empresas estão contratando trabalhadores temporários?
1. Como conseguir vagas temporárias sem experiência e com seu perfil?
Para se destacar, o currículo do trabalhador deve ser objetivo, com palavras-chaves de acordo com a vaga que deseja e focado em experiências relevantes. É importante destacar habilidades que agreguem na rotina profissional.
“Precisa ter informações que ajudem a comunicar o recrutador que você é um profissional focado, que entende a natureza temporária da função e tem capacidade de contribuir de forma efetiva e rápida”, explica a gestora de pessoas Camila Rodrigues Ferreira.
Segundo a especialista é importante detalhar a experiência profissional, além de conquistas ou projetos temporários, e os impactos gerados.
Confira algumas informações que não podem faltar no currículo de um temporário:
➡️ Objetivo Claro e Direto: Inicie com uma frase que resuma a intenção e disponibilidade, como por exemplo “Profissional em busca de oportunidade temporária, com experiência em [área específica] e flexibilidade para início imediato”.
📝 Experiência Profissional Relacionada: Liste as experiências mais alinhadas com a vaga, priorizando aquelas que demonstrem habilidades em adaptação rápida, entrega de resultados no curto prazo e flexibilidade.
💭 Habilidades: Além de competências técnicas exigidas para a função, destaque habilidades comportamentais importantes para o sucesso em um contrato temporário, como proatividade, colaboração e agilidade na execução.
⏰ Disponibilidade e Flexibilidade: Destacar flexibilidade de horários pode ser um diferencial. Empregadores buscam candidatos que consigam se adaptar à rotina de trabalho, que ocupem espaços nas escalas e que tenham disponibilidade no curto prazo.
📞 Referências: Em empregos temporários, referências de experiências passadas têm peso significativo. Se possível, inclua referências e contatos de antigos supervisores que possam atestar suas habilidades e comprometimento.
👩🏽💻 Visual: Ter um portfólio em áreas como design, marketing, vendas e atendimento ao cliente, pode ser um diferencial. Mesmo em vagas temporárias, um portfólio visual ou um curriculo bem estruturado que mostre suas habilidades práticas podem chamar atenção.
✅ Currículo adaptável: Crie diferentes versões do seu currículo que enfatizem habilidades específicas, dependendo do setor. Isso facilita ajustar as qualificações e experiências para a vaga temporária em questão.
É essencial o currículo ter telefone atualizado e e-mail para que o recrutador possa fazer contato.
Para os candidatos sem experiência profissional, é importante destacar a formação (nível médio ou superior), além de cursos ou atividades extracurriculares que possam agregar na rotina de trabalho.
Segundo o Lucas Rizzardo, diretor de vendas da Indeed no Brasil, as vagas temporárias para o fim de ano são uma ótima oportunidade para quem deseja encontrar o primeiro emprego.
Na busca por uma oportunidade, especialistas orientam utilizar sites de empregos que permitem filtrar vagas temporárias e para um perfil específico, como Infojobs, LinkedIn, Indeed, Catho, Vagas.com, e Glassdoor.
💬 EXEMPLO: Digite na busca da plataforma "filtrar vagas temporárias para auxiliar de logística no Rio de Janeiro".
Fim do ano deve gerar cerca de 535 mil vagas temporárias, com a indústria liderando as contratações
Divulgação/Solar Coca-Cola
Vale também buscar oportunidades em agências de vagas temporárias. Outra opção é ir pessoalmente nas lojas e estabelecimentos, no caso de setores com alta demanda como o varejo, comércio, restaurantes e shoppings.
A maioria das contratações nesses locais ocorrem de forma presencial, e a proatividade pode ser um diferencial para conseguir uma oportunidade.
Daniel Sakamoto, gerente executivo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), também orienta a buscar vagas em órgãos da prefeitura. Em São Paulo, por exemplo, há o Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (CATE).
“Depende muito da cidade. Os grandes municípios que, por exemplo, têm as Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL), geralmente tem um banco de vagas específico para aquela localidade”, explica Sakamoto.
Também vale verificar empresas de interesse. Caso tenha uma organização específica em que o candidato já gostaria de trabalhar, é bom visitar os sites e conferir a seção de “carreiras” para verificar a disponibilidade de vagas temporárias.
2 - Como conquistar o chefe e fazer o emprego temporário virar efetivo?
Ao ser chamado para uma entrevista, algumas atitudes podem ajudar a causar uma boa impressão e aumentar as chances de o candidato conquistar o empregador. Segundo Lucas Rizzardo, o principal ponto é a postura do trabalhador.
“Se for uma conversa por vídeo, escolha um lugar que não tenha muito barulho, que não tenha distrações como pessoas passando atrás, para que consiga mostrar um pouco da experiência e bagagem”, explica o especialista.
Também é importante destacar as principais experiências e desafios. Para quem não tem experiência, vale abordar os "soft skills" – ou, em uma tradução livre para o português, "habilidades socioemocionais". (Entenda como jovens da periferia utilizam)
“Fala que você tem vontade de aprender, que fez um curso relacionado na aérea, que já lidou o assunto antes porque assistiu vídeos sobre a empresa. Você mostra interesses nas áreas correlatas, mas não necessariamente uma experiência prévia”, afirma Rizzardo.
Outros pontos importantes são conhecer bem a vaga e a empresa que está se aplicando, além de destacar as adaptabilidade e agilidade. Segundo Camila, um diferencial é levar referencias e ser pontual.
“Tente entender também o papel da vaga temporária dentro da operação, principalmente em setores como o varejo, onde esses contratos são muito direcionados”, afirma.
O diretor de recursos humanos Marco Vidal também destaca que é importante saber falar sobre si mesmo. Antes da entrevista, é interessante se preparar e deixar exemplos frescos na memória de experiências ou realizações anteriores para destacar.
"O recrutador não quer que você relate o currículo inteiro na hora. O melhor é escolher duas ou três realizações ou experiências que demonstrem o quanto você é adequado para o trabalho. Vale explicar como essas experiências te preparam para assumir a vaga que está disputando", completa.
Para fazer o emprego temporário virar efetivo, é importante evitar faltas sem justificativas, atrasos recorrentes, e não levar “problemas” para o patrão. Além disso, é essencial mostrar que tem disposição para trabalhar e trazer resultados para empresa.
Expresse interesse em permanecer na empresa. Converse com gestor sobre a possibilidade de permanecer no trabalho após o término do contrato. Pergunte sobre o que é preciso para ser considerado para uma vaga efetiva.
Segundo a especialista, para transformar um emprego temporário em efetivo é necessário ter um desempenho excelente, atitude proativa e alinhamento com a cultura da empresa. Veja abaixo algumas estratégias que podem ajudar:
✅ Comprometa-se com alta qualidade e produtividade: Entregue o seu melhor e mostre consistência. Os gestores observam colaboradores temporários que se destacam pela eficiência, cuidado e qualidade no trabalho.
📚 Proatividade e disposição para aprender: Busque ajudar em tarefas além das suas responsabilidades imediatas e se mostre interessado em aprender sobre diferentes áreas e processos. Isso mostra interesse em crescer na empresa.
🎉 Boas relações com a equipe: Conectar-se bem com os colegas e superiores é essencial. Seja colaborativo, demonstre espírito de equipe e contribua para um ambiente de trabalho positivo. Bons relacionamentos podem influenciar a percepção de gestores.
🤸🏽♀️ Flexibilidade e adaptação: Empregos temporários costumam exigir rapidez de adaptação. Ao se mostrar ágil e flexível em horários, demandas e mudanças, você demonstra ser um profissional versátil e valioso para a empresa.
🏆 Exceda as expectativas: Procure entender as metas que a empresa espera que você atinja durante o período temporário e vá além delas, mostrando que você pode agregar valor no longo prazo.
➡️ Alinhamento com a cultura: Empresas tendem a efetivar profissionais que compartilham os mesmos valores e cultura. Mostre que conhece e pratica os princípios que a organização valoriza, seja o foco no cliente, inovação ou colaboração.
🧏🏼 Solicite feedback: Peça feedbacks regulares sobre seu desempenho e escute com atenção. Isso não só demonstra interesse em melhorar, mas também cria oportunidades para crescer e se ajustar ao que a empresa precisa.
Além da performance do empregado, a efetivação depende de diversos fatores, como o desempenho da empresa e disponibilidade de vagas. Por isso, é fundamental entender as demandas da companhia.
“Nós utilizamos esse momento também para identificar talentos que possam construir o futuro junto com o grupo. Além disso, há a possibilidade de efetivação ao término do contrato, o que torna essa experiência uma excelente porta de entrada", completa do Weider Campos, CHRO do Azzas 2154.
O grupo reúne as marcas femininas e masculinas, entre elas FARM, Maria Filó e Reserva; Basic – responsável pelas marcas Hering; e Shoes & Bags – que concentra as marcas de calçados e acessórios, como Arezzo, Schutz e Anacapri, entre outras.
E mesmo que o emprego temporário não se torne efetivo, é essencial levar a oportunidade como crescimento profissional. Aproveite para fazer networking com pessoas que podem ajudar em futuras oportunidades.
3. Quais são os direitos dos trabalhadores temporários?
O patrão tem várias obrigações ao contratar um trabalhador temporário, que devem ser seguidas conforme a lei 6.019/1974. Esse tipo de contrato tem como objetivo atender a necessidades excepcionais, como picos de demanda ou substituição de funcionários permanentes.
A legislação permite que o funcionário temporário seja contratado por um período de até 180 dias, consecutivos ou não, com a possibilidade de prorrogação apenas uma vez por mais 90 dias, conforme a necessidade da empresa.
Esses trabalhadores têm direitos semelhantes aos dos empregados contratados por prazo indeterminado, como benefícios trabalhistas e previdenciários, registro em carteira, além do recolhimento do FGTS e o pagamento de férias proporcionais.
“Ainda que o trabalhador esteja contratado de forma temporária, isso não significa que não exista a necessidade de observação dos direitos e garantias estabelecidos nas relações de trabalho, os quais a legislação brasileira protege”, afirma a advogada trabalhista Márcia Cleide Ribeiro.
Veja abaixo os principais direitos dos trabalhadores temporários:
Remuneração, respeitando a igualdade salarial;
Jornada de oito horas diárias (40 horas semanais);
Pagamento de horas extras (que não excedam duas horas diárias);
Repouso semanal remunerado;
Pagamento de adicional noturno, insalubridade e periculosidade, caso necessário;
Recebimento de férias proporcionais ao período trabalhado;
Indenização se dispensado fora do tempo previsto no contrato, sem justa causa;
Seguro contra acidente de trabalho, bem como proteção previdenciária;
Recepção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em conta vinculada;
13º salário proporcional ao período trabalhado.
Além das obrigações financeiras, a empresa deve garantir ao trabalhador temporário as mesmas condições de trabalho oferecidas aos empregados permanentes, como segurança, higiene, saúde e ambiente salubre.
“O temporário deve ter acesso ao atendimento médico, ambulatorial e de refeição nas mesmas condições que os outros empregados da empresa”, completa a advogada trabalhista Agatha Otero.
O recolhimento do FGTS, que deve ser feito pela empresa, é de 8% sobre a remuneração paga ao empregado durante o período de contrato. Ao final do vínculo, o trabalhador pode sacar 100% do saldo do FGTS.
No entanto, nesse tipo de contratação, não há o pagamento da multa de 40% sobre o Fundo de Garantia, já que essa penalidade se aplica apenas em rescisões sem justa causa de contratos por tempo indeterminado. É o que explica Márcio Coelho, advogado especializado em direito trabalhista e previdenciário.
“Não têm direito ao aviso prévio e não recebem a multa de 40% sobre o FGTS. Quanto ao seguro-desemprego, o trabalhador temporário terá direito se tiver trabalhado pelo menos seis meses nos últimos 12 meses antes da demissão, não recebendo nenhum outro benefício previdenciário e se a demissão ocorrer sem justa causa”, afirma.
Uma das obrigações mais importantes do empregador é a formalização do contrato por escrito. Esse documento deve detalhar a função do empregado, o período de serviço, a remuneração e todas as condições de trabalho.
Além disso, é necessário registrar na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) que o vínculo é temporário, assegurando o cumprimento correto do contrato e prevenindo complicações futuras.
O registro em carteira é fundamental para garantir que o contrato seja encerrado corretamente. Caso o empregador deixe de formalizar o contrato por escrito ou não siga as regras legais estabelecidas, a relação de trabalho pode ser reconhecida como permanente.
Nesse caso, o empregado passa a ter os mesmos direitos que um trabalhador efetivo, incluindo aviso prévio, seguro-desemprego, multa de 40% sobre o FGTS em caso de demissão sem justa causa e estabilidade em casos de gravidez ou acidente de trabalho.
“É fundamental que os trabalhadores leiam atentamente os termos do contrato temporário, compreendendo as cláusulas e direitos, para evitar surpresas desagradáveis no futuro. A conscientização sobre as condições de trabalho ajuda a garantir que os profissionais sejam tratados de maneira justa e respeitosa, mesmo em situações temporárias", completa Márcio Coelho.
4. Quais empresas estão contratando trabalhadores temporários?
Segundo levantamento da Sólides, os meses de setembro e outubro registram um aumento médio de 81% nas vagas temporárias em comparação com o restante do ano, além de um crescimento de 17,5% nas contratações permanentes.
As áreas mais aquecidas são comercial, administrativa e tecnologia, com funções como vendedor, representante comercial, auxiliar administrativo e desenvolvedor.
Os estados com maior volume de vagas são São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, refletindo o impacto antecipado da Black Friday na geração de empregos e na expansão dos quadros efetivos
Abaixo, o g1 separou algumas empresas que estão com vagas de empregos temporárias em aberto para reforço durante o fim de ano:
Americanas
A Americanas está com mais de 5 mil vagas abertas, entre temporárias e efetivas, para reforçar sua operação no último trimestre do ano. Cerca de 4.300 vagas são para operador de loja em 1.500 unidades da rede em todos os estados, e outras 700 para os Centros de Distribuição em cidades como Itapevi (SP), Uberlândia (MG), Seropédica (RJ) e mais. Há também 300 vagas efetivas para operador de loja em mais de 100 cidades. As vagas não exigem experiência anterior e oferecem salário compatível com o mercado, benefícios como vale-refeição, vale-transporte, seguro de vida e acesso à plataforma de educação corporativa. A candidatura pode ser feita pela página de carreiras da Americanas.
Azzas 2154
O Azzas 2154 anunciou a abertura de mais de 1.300 vagas temporárias para reforçar suas equipes durante o período de Natal. As oportunidades estão distribuídas entre todas as unidades do grupo, que reúne marcas como FARM, Maria Filó, Reserva, Hering, Arezzo, Schutz e Anacapri.
As vagas são para funções como caixas, vendedores, estoquistas, auxiliares e assessores de loja, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Vitória.
É necessário ter ensino médio completo e idade mínima de 18 anos. Segundo a empresa, há possibilidade de efetivação após o contrato.
As inscrições devem ser feitas nos sites das unidades de negócio: moda feminina, moda masculina, calçados e acessórios e moda básica.
Amazon
A Amazon anunciou a abertura de mais de 13 mil vagas temporárias em todo o país para o último trimestre de 2025. As novas posições têm o objetivo de reforçar as operações durante a Black Friday e o período de maior movimento no comércio eletrônico.
As oportunidades estão distribuídas em todos os estados brasileiros e incluem funções como controle de estoque, conferência e separação de pedidos, emissões fiscais e manutenção de equipamentos. Para participar, é preciso ter ensino fundamental completo, e não há exigência de experiência prévia.
Os interessados devem se inscrever pelo site de carreiras da Amazon.
Banco Nacional de Empregos (BNE)
As plataformas Banco Nacional de Empregos (BNE) e Trabalha Brasil (TBR) estão com diversas vagas abertas em todo o país, especialmente nas áreas de vendas, produção, serviços gerais, logística, enfermagem e administração. No BNE, há mais de 23 mil oportunidades, com destaque para cargos como vendedor, representante comercial e auxiliar de produção, exigindo desde ensino fundamental até superior, com ou sem experiência. Já o TBR concentra mais de 90 mil vagas, sendo vendedor, auxiliar de produção e motorista os cargos mais ofertados, com exigências variadas como CNH, experiência na função e disponibilidade de horário. Os interessados podem se inscrever diretamente pelos sites www.bne.com.br e www.trabalhabrasil.com.br.
Biomarine
A Biomarine está com 4 vagas abertas para Vendedora de Quiosque nos shoppings Internacional de Guarulhos e Tamboré (Barueri), em São Paulo. É necessário ter experiência com vendas no varejo de cosméticos ou dermocosméticos, boa comunicação, apresentação pessoal e disponibilidade para trabalhar em shopping. Interessadas devem enviar currículo para marketing@linhabiomarine.com.br, com o assunto: “Vendedora de Quiosque”.
Cacau Show
Com a produção de Natal em ritmo acelerado, a Cacau Show deve contratar 500 profissionais temporários até o fim de novembro, um aumento de 10% em relação ao ano passado. As oportunidades estão concentradas nas fábricas de Itapevi (SP) com cerca de 300 vagas, e de Linhares (ES), que soma outras 200.
A maior parte das vagas é para auxiliar de produção, responsável por tarefas como montagem, embalagem e controle de qualidade.
A empresa busca candidatos com flexibilidade para atuar em diferentes etapas da operação. Não é necessário ter experiência anterior. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo site de carreiras da Cacau Show.
Catho
Com a aproximação do fim de ano, as contratações temporárias disparam no Brasil, e a Catho registra mais de 55 mil vagas abertas nos últimos quinze dias, principalmente nas áreas de administração, financeiro, industrial, suprimentos, saúde e telemarketing. As oportunidades temporárias também funcionam como termômetro do mercado, ajudando o candidato a ganhar experiência e visibilidade. Inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site ou aplicativo da Catho.
Coca-Cola
A Coca-Cola abriu mais de 1.400 vagas temporárias no Plano Verão, em sete estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. As oportunidades são nas áreas de Distribuição, Comercial e Manufatura. As inscrições podem ser feitas pelo site da empresa na Gupy até o fim de novembro.
A Coca-Cola também está com cerca de 300 vagas temporárias em 16 estados do Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste. Há oportunidades como auxiliar de entrega, operador de empilhadeira, promotor de vendas e motorista. Inscrições e mais informações estão disponíveis no site da empresa.
Cosmobeauty
A Cosmobeauty está com 10 vagas abertas para Vendedora Interna em Barueri (SP). É necessário ter experiência com vendas internas ou televendas, boa comunicação, proatividade, foco em resultados e afinidade com estética ou dermocosméticos. A empresa é referência nacional em dermocosméticos de alta performance. Interessadas devem enviar currículo para marketing@linhabiomarine.com.br, com o assunto: “Vaga – Vendedora Interna”.
Di Santinni
A Di Santinni está com 424 vagas abertas no Brasil, sendo a maioria no estado do Rio de Janeiro (292 oportunidades). As posições são variadas, com destaque para atendente de loja e auxiliar de serviços gerais em lojas físicas. Os requisitos incluem ensino médio completo e, preferencialmente, experiência com vendas e atendimento. Os interessados podem se candidatar pelo site ou pela aba "Trabalhe Conosco" no site oficial da Di Santinni.
Estrela do Lar
As Lojas Estrela do Lar estão com mais de 40 vagas temporárias abertas para Operador de Loja em 16 cidades do Estado de São Paulo, com início previsto para novembro e possibilidade de efetivação. Os requisitos incluem ensino médio completo, experiência comercial desejável e conhecimento em pacote Office. As inscrições podem ser feitas pelo site institucional na seção “Trabalhe Conosco”, pelo e-mail trabalheconosco@estreladolar.com.br, ou via WhatsApp: (12) 3512-4728. As vagas devem se estender até dezembro devido à reinauguração da unidade da cidade de Lorena, no interior de São Paulo.
Grand Plaza Shopping
O Grand Plaza Shopping está com 166 vagas temporárias abertas para serem preenchidas até novembro. As oportunidades são para diversos setores como vestuário, calçados, cosméticos, gastronomia e serviços, com contratos de 30 a 90 dias e possibilidade de efetivação. Os salários variam entre R$1.104,00 e R$2.200,00, com benefícios adicionais. Os cargos disponíveis incluem atendente, vendedor(a), auxiliar de loja, caixa, estoquista, ajudante geral, recepcionista, garçom e cabeleireiro(a), entre outros, e aceitam candidatos com ou sem experiência. Os interessados podem se candidatar diretamente nas lojas
Havaianas
Como parte do projeto de Verão e Natal, as lojas oficiais da Havaianas estão com mais de 60 vagas abertas para reforçar as equipes durante o período de maior movimento.
As oportunidades são para diversas funções, como apoio de loja, estoquistas, vendedores e caixas, e estão distribuídas entre as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.
As contratações são realizadas pela consultoria Adecco, mas os interessados devem fazer o cadastro por meio do site da Gupy, plataforma oficial de recrutamento utilizada no processo seletivo.
Ingresse
A Ingresse está com 6 vagas abertas em regime freelancer (Pessoa Jurídica) para atuação remota na área de SAC/suporte e atendimento ao usuário. As funções envolvem atendimento via telefone, WhatsApp e e-mail, com meta diária de 70 atendimentos. A jornada é de 8 horas por dia (com 1 hora de almoço), em escala 6x1, incluindo feriados mediante bônus. É necessário ter computador e internet próprios. O contrato é renovado automaticamente conforme desempenho. Interessados devem se inscrever pelo e-mail: ic@ingresse.com.
INVENT Smart Intralogistics Solutions
A INVENT Smart Intralogistics Solutions está com 20 vagas abertas para Montador Mecânico e Elétrico em São Bernardo do Campo (SP). Os candidatos devem ter ensino médio completo. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: RH@invent-corp.com ou pelo site oficial da empresa.
Lash House
A Lash House está com 3 vagas abertas para Lash Designer em Moema, zona sul de São Paulo. É necessário ter experiência na área e residir próximo ao bairro. As candidaturas podem ser feitas diretamente pelo WhatsApp: (11) 99460-7322.
Lojas Mel
As Lojas MEL estão com 122 vagas abertas para Assistente de Loja em unidades de São Paulo e Minas Gerais. Os candidatos devem ter ensino médio completo e fácil acesso às lojas. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: vagas.dho@lojasmel.com.
Magalu
O Magalog, operador logístico do Magalu, está com mais de 200 vagas temporárias abertas em Extrema (MG) para reforçar o centro de distribuição durante a Black Friday, Natal e Liquidação Fantástica. As oportunidades são para o cargo de conferente de produtos, com início imediato e possibilidade de efetivação. Os candidatos devem ter ensino médio completo, ser maiores de 18 anos e ter disponibilidade para trabalho presencial. As inscrições podem ser feitas pelo site.
Mazurky
A Mazurky está com 10 vagas temporárias abertas para Ajudante de Produção em Mauá (SP). Os candidatos devem ter ensino médio completo e, preferencialmente, experiência prévia em áreas como acabamento manual, embalagem ou montagem. As inscrições podem ser feitas pelo site da Mazurky ou diretamente nas agências credenciadas Optima e VMS.
Mercado Livre
O Mercado Livre está contratando 20 mil pessoas no Brasil para reforçar sua operação durante a Black Friday e as festas de fim de ano, com 25% das vagas destinadas a contratos temporários, principalmente na área de logística. As oportunidades estão distribuídas por cidades como Cajamar (SP), Extrema (MG), Araçariguama (SP) e Governador Celso Ramos (SC), exigem ensino médio completo e disponibilidade para trabalho presencial. Os interessados podem se candidatar pelo site de carreiras da empresa.
Panvel
A Panvel está com mais de 450 vagas abertas para Atendente de Filial em regime CLT (tempo determinado), com oportunidades em Florianópolis e região, Litoral Norte do RS (Capão da Canoa, Imbé e Tramandaí) e Porto Alegre. Não é exigida experiência prévia, e a empresa incentiva a participação de profissionais com 50 anos ou mais. Os benefícios incluem vale alimentação, bônus por resultado, auxílio farmácia e Wellhub. As inscrições podem ser feitas pelos links:
Florianópolis e região
Litoral Norte gaúcho
Porto Alegre
Pão de Açúcar
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) está com mais de 1.900 vagas temporárias abertas para o fim de ano em lojas das redes Pão de Açúcar e Extra Mercado na capital paulista e na Baixada Santista. As oportunidades incluem cargos como atendente, operador de loja, auxiliar de padaria e açougue, cozinheiro e chefe de cozinha, com inscrições feitas online pelo link.
Pernambucanas
A Pernambucanas abriu mais de 850 vagas temporárias para o fim de ano em lojas físicas de todo o Brasil, sendo 421 oportunidades no estado de São Paulo para o cargo de Assessor de Vendas, com início previsto para novembro e dezembro. As funções envolvem atendimento ao cliente, organização de estoque e reposição de produtos nos setores de Vestuário, Lar e Beleza. Não é exigida experiência prévia, e os requisitos incluem Ensino Fundamental completo e idade mínima de 18 anos. A empresa oferece vale-transporte, vale-refeição e incentiva a participação de pessoas com mais de 50 anos. As inscrições devem ser feitas pelo site da empresa.
Petlove
A Petlove está com mais de 60 vagas abertas para Auxiliar de Almoxarifado no Centro de Distribuição em Itapeva (MG), com início imediato e possibilidade de efetivação. O processo seletivo é 100% online e as vagas oferecem pacote salarial de R$2.234,00, incluindo benefícios como vale-alimentação, cesta básica, bônus por assiduidade, day off de aniversário, transporte fretado e acesso à área de lazer. Podem se candidatar pessoas com ensino fundamental completo, maiores de 18 anos e residentes em cidades próximas. As jornadas variam entre turnos diurnos e noturnos, e as inscrições seguem abertas até o preenchimento total das vagas pelo site da empresa.
Randstad
A Randstad está com 30 vagas temporárias abertas para Auxiliar de Produção em Trindade (GO), em uma das maiores indústrias alimentícias do país. As oportunidades são voltadas a profissionais com ensino fundamental completo e não exigem experiência anterior. O contrato inicial é de seis meses, com possibilidade de prorrogação e efetivação. Os interessados podem se candidatar por meio do link disponibilizado pela empresa.
Shopee
A Shopee abriu mais de 10 mil vagas temporárias e permanentes em operações logísticas e áreas corporativas para reforçar sua equipe durante as campanhas de fim de ano, como o 11.11, Black Friday e Natal. As oportunidades estão distribuídas por 20 estados e o Distrito Federal, com destaque para São Paulo, que concentra mais de 6.800 vagas. As posições logísticas são presenciais e exigem ensino fundamental completo, disponibilidade de horário e perfil proativo, com inscrições pelos sites Luandre e JobConvo. Já as vagas corporativas, localizadas em São Paulo, têm requisitos específicos conforme o cargo e estão disponíveis na página de carreiras da Shopee.
Shoppings da SYN
Os shoppings Cidade São Paulo, Grand Plaza (Santo André) e Tietê Plaza oferecem 435 vagas temporárias em lojas e restaurantes, para cargos como vendedor, atendente, auxiliar de loja, operação de caixa, cozinheiro, estoquista e cabeleireiro, voltadas a profissionais com ou sem experiência. Os salários variam de R$1.000 a R$2.300, com benefícios e possibilidade de efetivação. As contratações duram de um a três meses, e os interessados podem se candidatar diretamente nas lojas ou entrar em contato com as operações.
Soulan
O Grupo Soulan está com cerca de 2.000 vagas temporárias abertas para atender à demanda de fim de ano em indústrias, comércio e serviços em diversas cidades. As oportunidades incluem cargos como atendente, auxiliar de loja, ajudante e operador logístico, vendedor, auxiliar de rampa e funções na área de cozinha, com possibilidade de efetivação. Os interessados podem se inscrever pelo link.
Wish
O Grupo Wish está com 9 vagas temporárias abertas em dois hotéis da rede em Gramado (RS): Wish Serrano Resort e Prodigy Gramado by Wish. As oportunidades incluem cargos como Promotor de Marketing, Consultor de Turismo, Recepcionista, Arrumador(a) e Auxiliar de Cozinha, todos exigindo ensino médio completo e, em sua maioria, boa comunicação e experiência na área. Os interessados devem se candidatar pelo e-mail recrutamento@wishserrano.com, informando o título da vaga e o hotel desejado no assunto.
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Fim do ano deve gerar cerca de 535 mil vagas temporárias, com a indústria liderando as contratações.
Divulgação/Solar Coca-Cola
Governo já proibiu 6 marcas de café ou ‘bebida sabor café’ em 2025; veja quais

Cafés ou 'bebidas sabor café' proibidos pelo governo federal em 2025
Reprodução
O governo federal proibiu seis marcas de café ou de “bebida sabor café” neste ano. As proibições ocorreram em ações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, com participação do Ministério da Agricultura e autoridades estaduais.
A última proibição, referente aos cafés da marca Vibe Coffee, foi publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (3).
Entre as marcas, algumas foram consideradas “café fake” por usarem elementos diferentes de café em sua composição.
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Outras foram banidas por questões sanitárias ou irregularidades nas empresas fabricantes (veja mais abaixo o que as empresas disseram sobre a proibição).
São elas:
Melissa (“pó para preparo de bebida sabor café”) – junho/2025
Pingo Preto (“pó para preparo de bebida sabor café”) – junho/2025
Oficial do Brasil (“bebida sabor café”) – junho/2025
Café Câmara – setembro/2025
Fellow Criativo, da Cafellow (“pó para preparo de café") – outubro/2025
Vibe Coffee (todos os cafés da marca) – novembro/2025
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Por que os cafés foram vetados
As proibições das marcas ocorreram por motivos diferentes.
Melissa, Pingo Preto e Oficial (junho)
Café fake apreendido
Reprodução
Segundo a Anvisa, os três produtos, conhecidos como “cafés fake”, foram banidos por:
eles continham a toxina ocratoxina A (OTA), substância imprópria para o consumo humano;
as embalagens informavam conter “polpa de café” e “café torrado e moído”, mas usavam ingredientes de baixa qualidade, como grãos crus ou resíduos;
⛔ Além disso, as três marcas já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura por serem impróprias para consumo. O ministério chegou a afirmar que os produtos eram feitos de “lixo da lavoura”.
Café Fake: Anvisa proíbe 3 marcas
Café Câmara (setembro)
Café Câmara, proibido pela Anvisa, falsificou selo de pureza da Abic
Reprodução
De acordo com a Anvisa, a proibição do produto ocorreu por duas irregularidades:
o café tinha origem desconhecida e, em análise laboratorial, foram encontrados “fragmentos de corpo estranho, semelhantes a vidro” no lote 160229;
a embalagem indicava fabricação por duas empresas em situação irregular: Sociedade Abastecedora do Comércio e da Indústria de Panificação Sacipan S/A e Lam Fonseca Produtos Alimentos Ltda.
🚫A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) também disse que o selo de pureza da entidade, mostrado na embalagem do Café Câmara, era falsificado.
Fellow Criativo, da Cafellow (outubro)
Pó para preparo da café em sachê Fellow Criativo, da marca Cafellow
Divulgação
A Anvisa informou que baniu o produto, identificado como pó para preparo de café em sachê, por três motivos:
ele contém extrato de cogumelo Agaricus Bisporus, “ingrediente não avaliado quanto à segurança de uso em alimentos”;
a embalagem e a propaganda dizem que ele serve para 'controle de insulina' e ‘diminui o colesterol’. A Anvisa diz que essas alegações não foram aprovadas pela agência;
o produto, apontado como pó para preparo de café, contém no rótulo “informações que podem causar erro e confusão em relação à natureza do produto, podendo levar o consumidor a entender que se trata de café”.
Governo federal proíbe pó para café em sachê da marca Cafellow
Vibe Coffee (novembro)
Cafés da marca Vibe Coffee, proibida pelo governo federal
Divulgação
Segundo a Anvisa, a proibição de todos os produtos vendidos pela Vibe Coffee, do Espírito Santo, ocorreu por:
ausência de licença sanitária da empresa;
ausência de regularização dos produtos (comunicado de início de fabricação);
falhas graves de boas práticas de fabricação, como ausência de rastreabilidade, ausência de procedimentos operacionais padrão e condições inadequadas de higienização;
irregularidades constadas em uma inspeção da Vigilância Sanitária do Espírito Santo.
O que disseram as empresas
As empresas que tiveram produtos banidos foram questionadas pelo g1 logo após a proibição.
A Cafellow, responsável pelo Fellow Criativo, informou que suspendeu a comercialização, distribuição e propaganda do produto e disse estar tomando as “providências administrativas e técnicas” para que ele fosse devidamente registrado na Anvisa, “visando retomar sua comercialização o mais breve possível”.
“Reforçamos nossa total confiança na qualidade do nosso produto e agradecemos a compreensão e a confiança depositada em nossa marca”, acrescentou a empresa.
A Vibe Coffee afirmou que não possui qualquer auto de infração, notificação ou processo administrativo junto à Anvisa e disse que foi a própria empresa quem solicitou uma inspeção da Vigilância Sanitária estadual, "com o objetivo de obter orientações técnicas para a emissão do alvará sanitário".
Após terem sido identificadas "algumas irregularidades estruturais e ausência de determinados Procedimentos Operacionais Padrão", a empresa disse que suspendeu suas atividades para realizar as obras e adequações necessárias.
A Duas Marias, empresa responsável pelo Melissa, se posicionou após a ação do Ministério da Agricultura, em maio. Na ocasião, ela afirmou que o "produto não é comercializado nem rotulado como 'café torrado e moído'" e "não utiliza exclusivamente grãos de café, mas sim uma formulação alternativa legalmente permitida".
As marcas Pingo Preto e Oficial não responderam aos questionamentos feitos na época da proibição. A marca Câmara não foi localizada.
Afinal, café bom vai todo pra fora do Brasil?
Pureza do café
Segundo a legislação brasileira, para ser considerado café, o produto precisa conter apenas o grão.
A lei permite que ele possua até 1% de impurezas naturais do café (galhos, folhas e cascas) e matérias estranhas (como pedras, areia, grãos ou sementes de outras espécies vegetais, como de ervas daninhas).
Mas ela proíbe completamente os chamados elementos estranhos, que são grãos ou sementes de outros gêneros (como milho, trigo, cevada), corantes, açúcar, caramelo e borra de café solúvel ou de infusão.
Saiba como diferenciar café do 'fake café' pela embalagem
Bruna Azevedo / arte g1
Pela 3ª vez seguida, Copom deve manter juro básico em 15% ao ano, maior nível em quase 20 anos

Apesar da inflação longe da meta, a selic já tem produzido um crédito mais apertado gerando menos vagas formais.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil se reúne nesta quarta-feira (5) e deve manter a taxa básica de juros da economia inalterada em 15% ao ano — o maior patamar em quase 20 anos.
Se confirmada, esta será a terceira manutenção seguida da taxa Selic. Essa é a expectativa dos economistas do mercado financeiro, que preveem início do ciclo de corte dos juros somente para janeiro de 2026. O anúncio da decisão do BC acontecerá após as 18h.
🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.
Como o Banco Central atua?
Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, é possível baixar os juros. Se estão acima, o Copom tende a manter ou subir a Selic.
Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo foi fixado em 3% e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Com a inflação ficando seis meses seguidos acima da meta em junho, o BC teve de divulgar uma carta pública explicando os motivos.
Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses.
Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o segundo trimestre de 2027.
Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 4,55% (com estouro da meta), 4,20%, 3,8% e em 3,5%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC.
Desaceleração da economia
O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país.
A explicação é que, com um ritmo menor de crescimento, há menos pressões inflacionárias, principalmente no setor de serviços.
➡️Na ata da última reunião do Copom, divulgada em setembro, o BC informou que o chamado "hiato do produto" segue positivo.
➡️Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação.
"Há uma moderação gradual da atividade em curso, certa diminuição da inflação corrente e alguma redução nas expectativas de inflação. No entanto, o Comitê seguirá vigilante e não hesitará em retomar o ciclo de alta se julgar apropriado", informou o BC em setembro.
Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo
Reuters
O que dizem analistas
De acordo com Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter, o cenário da economia evoluiu de maneira positiva nas últimas semanas.
Não somente com a queda da inflação além do esperado, mas também importante revisão para baixo das expectativas de inflação dos analistas, inclusive para os prazos mais longos.
"As surpresas positivas nos últimos dados de inflação refletem não somente o impacto do câmbio mais favorável, cenário que deve ainda perdurar, mas também uma desaceleração da inflação de serviços, apesar do mercado de trabalho robusto", disse Rafaela Vitoria, do banco Inter.
Na visão dela, o Copom já poderia abrir a porta para iniciar a discussão sobre corte de juros a partir de dezembro, mas "deve manter ainda um discurso mais cauteloso, mantendo a indicação de juros altos por mais tempo, empurrando a discussão de início dos cortes na Selic para o primeiro trimestre de 2026".
Já Solange Srour, head of Brazil Macroeconomics, UBS Global Wealth Management, observou que houve atrasos na execução orçamentária no primeiro semestre deste ano e queda de gastos por parte do governo.
Entretanto, ponderou que deverá haver um "impulso fiscal [alta de despesas] mais robusto nos próximos meses" com reflexo na inflação.
"Entre as medidas já em andamento, destacam-se a ampliação de programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida, Reforma Casa Brasil, o Gás do Povo e o Luz para Todos, além da isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil. Esses estímulos, entre outros, podem representar um impulso fiscal próximo de 1 ponto percentual do PIB no próximo ano", afirmou Solange Srour, do UBS Global Wealth Management, em rede social.
Diante da desaceleração da economia, mas com a perspectiva de um aumento de gastos por parte do governo, ela avaliou que o BC "terá de ponderar se o novo impulso [de despesas] exige preservar uma postura mais cautelosa ou se há espaço para sinalizar algum alívio [nos juros] adiante".
"O desafio é saber se o Banco Central continuará pisando no freio para compensar — ou se decidirá que, diante de uma inflação mais benigna e de um ambiente externo mais favorável, há margem para ajustar o discurso sem comprometer a credibilidade conquistada", concluiu a economista.
Profissões em alta para 2026: veja cargos mais procurados e salários que chegam a R$ 86 mil

Guia revela profissões em alta e perspectiva de salários para 2026
Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (5) pela empresa Robert Half, de recrutamento e seleção, trouxe a projeção de salários de mais de 400 cargos e revelou quais serão os profissionais mais demandados no Brasil em 2026. Veja as profissões em alta para o próximo ano e a previsão salarial.
O levantamento cobre oito áreas de atuação: tecnologia, finanças, engenharia, jurídico, vendas e marketing, mercado financeiro, seguros e alta gestão, com faixas salariais que variam de acordo com a experiência e o porte da empresa.
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Segundo o estudo, salários iniciais podem chegar a R$ 86.950, dependendo da função e do setor. Os dados consideram apenas a remuneração base, sem incluir bônus ou benefícios, e refletem valores pagos a profissionais conectados pela Robert Half a empregadores no Brasil.
Entre os cargos não executivos com maior remuneração e demanda prevista estão:
Controller (Finanças e Contabilidade): R$ 18.050 a R$ 39.850
Engenheiro(a) de Inteligência Artificial (Tecnologia): R$ 19.500 a R$ 27.100
Especialista de ESG (Mercado Financeiro): R$ 11.100 a R$ 16.700
Engenheiro(a) de Aplicação/Vendas (Engenharia): R$ 10.000 a R$ 19.650
Analista Atuarial (Seguros): R$ 11.400 a R$ 13.250
Advogado(a) Empresarial/M&A Pleno (Jurídico – Escritórios): R$ 10.250 a R$ 16.650
➡️ A tabela a seguir mostra as perspectivas de remuneração para mais de 400 cargos nos oito setores principais.
➡️ Ao clicar nos títulos das colunas, é possível reorganizar as informações por área, cargo ou salário, seja em ordem crescente ou decrescente.
👉 ENTENDA A TABELA - Os salários listados são baseados na remuneração real de profissionais que a Robert Half conectou a empregadores no Brasil. Eles se referem apenas à compensação inicial, ou seja, o pagamento para alguém novo na empresa para o cargo listado, sem incluir bônus ou benefícios.
A faixa salarial é dividida em três possibilidades, sendo a primeira (“salário inicial”) para o candidato que é novo no trabalho ou ainda está desenvolvendo habilidades relevantes, e a última (“salário final”) para o profissional mais experiente, com especializações e certificações.
Dessa forma, o “salário médio” não representa a média salarial daquele cargo e, sim, o quanto ganha, em média, um candidato considerado intermediário nesses quesitos de qualificação e experiência.
Já as letras “P”, “M” ou “G” (pequeno, médio ou grande), que acompanham alguns cargos, representam o faturamento das empresas. Uma empresa grande, segundo a pesquisa, é aquela com faturamento acima de R$ 500 milhões. No caso das profissões da área jurídica, as letras representam o tamanho dos escritórios.
Controller de Finanças e Contabilidade podem ganhar até R$ 39.850
Freepik/ Reprodução
Tecnologia e habilidades humanas estão em alta
O Guia Salarial da Robert Half para 2026 também mostra que a combinação entre tecnologia e habilidades humanas está redefinindo o mercado de trabalho brasileiro.
Segundo Fernando Mantovani, diretor-geral da consultoria na América do Sul, "a tecnologia avança, mas o fator humano se torna o ativo mais valioso". Assim, profissionais que aliam automação à capacidade de decisão e negociação estão em vantagem.
Já as projeções salariais, que variam conforme experiência e qualificação, reforçam que especializações e domínio de ferramentas como inteligência artificial (IA) generativa são diferenciais decisivos.
Profissões em alta para 2026
O Guia Salarial detalha, ainda, os segmentos que mais contratam, os cargos em alta e as habilidades técnicas e comportamentais que impulsionam os salários em cada área. Veja abaixo:
FINANÇAS E CONTABILIDADE
Setores que mais contratam: automotivo, bens de capital, energia;
Cargos em alta: analista contábil/fiscal, controller, coordenador contábil/fiscal;
Habilidades mais valorizadas: análise de dados, análise financeira e de negócios, domínio de inteligência artificial (IA);
Competências que garantem salários acima da média: aplicações de IA generativa, conhecimento tributário, análise financeira, idiomas.
TECNOLOGIA
Setores que mais contratam: educação, indústria, mercado financeiro;
Cargos em alta: analista de segurança da informação, analista de sistemas, arquiteto de software;
Habilidades mais valorizadas: cloud, data science, banco de dados, redes, desenvolvimento de software;
Competências que garantem salários acima da média: segurança da informação, gestão de riscos, desenvolvimento de software, inteligência de mercado.
VENDAS E MARKETING
Setores que mais contratam: alimentos e bebidas, B2C, energia;
Cargos em alta: analista de vendas internas, coordenador e gerente de marketing;
Habilidades mais valorizadas: prospecção, negociação, análise de dados, IA, gestão de projetos;
Competências que garantem salários acima da média: análise de dados, negociação estratégica, IA, automação.
ENGENHARIA
Setores que mais contratam: automotivo, infraestrutura, máquinas e equipamentos;
Cargos em alta: gerente de melhoria contínua, gerente de projetos, engenheiro de processos;
Habilidades mais valorizadas: melhoria contínua, controle de qualidade, gestão de projetos, aprendizado de máquina;
Competências que garantem salários acima da média: engenharia de sistemas, gestão de inovação, desenvolvimento de software, big data.
MERCADO FINANCEIRO
Setores que mais contratam: asset managers, fundos de private equity, bancos digitais, fintechs;
Cargos em alta: analista de M&A, associate em risco de mercado e crédito, CFO;
Habilidades mais valorizadas: finanças corporativas, gestão de riscos, regulamentação financeira, idiomas;
Competências que garantem salários acima da média: IA generativa, reforma tributária, análise financeira estruturada, idiomas.
SEGUROS
Setores que mais contratam: corretoras, consultorias de benefícios, healthtechs, insurtechs;
Cargos em alta: analista de finanças IFRS 17, analista de riscos, CFO, executivo de contas,
gerente atuarial;
Habilidades mais valorizadas: normas internacionais, modelagem de riscos, precificação, data science, machine learning;
Competências que garantem salários acima da média: IFRS 17 e solvência II, análise de riscos, ciência de dados aplicada a sinistros e fraudes.
JURÍDICO
Setores que mais contratam: escritórios, alimentos e bebidas, logística;
Cargos em alta: advogado trabalhista, advogado tributário, advogado empresarial/M&A;
Habilidades mais valorizadas: elaboração de contratos, redação jurídica, negociação, visão de negócios;
Competências que garantem salários acima da média: negociação, IA generativa, idiomas, reforma tributária.
Habilidades como inteligência artificial, análise de dados e negociação estratégica serão diferenciais no mercado.
Freepik/ Reprodução
Aneel prevê aumento na conta de luz se o ressarcimento por corte de energia for mantido
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou nesta terça-feira (4) que a conta de luz pode ficar mais cara caso seja sancionado o trecho da medida provisória do setor elétrico que prevê ressarcimento a usinas eólicas e solares por cortes de geração. O texto foi aprovado pelo Congresso e agora depende da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Se a decisão permanecer, se não houver veto, haverá aumento de tarifa especificamente neste item", disse Feitosa a jornalistas, após reunião da diretoria da Aneel. Segundo o diretor, cabe à agência calcular os efeitos e informar o governo sobre eventual impacto. "A decisão de vetar ou não é política. Nós temos condições de fazer os cálculos e já nos colocamos à disposição", afirmou. Lula assina MP que muda regras do setor elétrico e amplia gratuidade da conta de luz Por que a tarifa pode subir A recomposição às geradoras seria feita por meio de encargos do serviço do sistema — componente da tarifa que cobre custos extras na operação. Feitosa explicou que, quando há necessidade de despachar uma usina fora do previsto, o custo é repassado às distribuidoras e, posteriormente, aos consumidores. "A gente calcula aqui os custos de transmissão, geração, distribuição, encargos setoriais e componentes financeiros. Esses valores que não estavam cobertos na tarifa são reconhecidos depois como encargo", disse. O que prevê a MP A MP, aprovada pelo Congresso na segunda (3), garante ressarcimento a eólicas e solares quando a produção for reduzida por fatores externos. O pagamento se daria via encargos do sistema. O texto determina ainda que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) terá até 60 dias para levantar os valores relativos aos cortes de geração desde 1º de setembro de 2023. Atualmente, uma resolução da Aneel já reconhece três tipos de cortes — mas só o causado por indisponibilidade externa é indenizável. A MP amplia esse ressarcimento. Na segunda (3), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a equipe técnica do governo analisa o texto para orientar o presidente sobre sanções e vetos. "Vamos nos debruçar e, aquilo que a gente entender que deve ser sancionado, vamos sancionar", disse. Excedente de energia Feitosa também informou que o ONS enviou à Aneel, na semana passada, as premissas do plano para gerir excedentes de energia na rede — documento que será detalhado em 19 de dezembro. A ideia é criar um protocolo para situações emergenciais em que há excesso de geração e não é possível reduzir a produção centralizada. Segundo o ONS, a medida é usada apenas como última alternativa para preservar a estabilidade do sistema. A Aneel deve abrir três processos para tratar do tema e apoiar o ONS e as distribuidoras na implementação dos procedimentos.
Mega-Sena, concurso 2.936: prêmio acumula e vai a R$ 48 milhões

G1 | Loterias - Mega-Sena 2936
O sorteio do concurso 2.936 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (4), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 48 milhões.
Este foi o primeiro sorteio da Mega após a mudança de horário anunciada pela Caixa.
Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp
Veja os números sorteados: 04 - 07 - 09 - 15 - 29 - 32
5 acertos - 61 apostas ganhadoras: R$ 34.125,04
4 acertos - 5.298 apostas ganhadoras: R$ 647,65
O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (6).
Mega-Sena, concurso 2.936
Reprodução/Caixa
Como funciona a Mega-sena
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser realizadas até as 20h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos.
Já os bolões digitais poderão ser comprados até as 20h30, exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo.
O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.
Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo
Marcelo Brandt/G1
Shein proíbe venda de bonecas sexuais após indignação com aparência infantil dos produtos

Manifestantes protestaram em Paris em frente ao local onde a Shein vai inaugurar uma loja.
Getty Images via BBC
A gigante do varejo online Shein disse ter proibido a venda de todas as bonecas sexuais em sua plataforma após ser acusada de exibir produtos com "aparência infantil" em seu site.
A agência nacional francesa de defesa do consumidor levantou preocupações no fim de semana sobre a descrição e categorização das bonecas, afirmando que isso deixava "poucas dúvidas quando à natureza de pornografia infantil do conteúdo".
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A empresa afirmou, nesta segunda-feira (3/11), que baniu permanentemente "todas as contas de vendedores vinculadas a produtos de bonecas sexuais ilegais" e que reforçará os controles em sua plataforma global.
A Shein também disse que removeu temporariamente a categoria de produtos adultos como medida de proteção.
Veja os vídeos em alta no g1:
Veja os vídeos que estão em alta no g1
"Todos os anúncios e imagens relacionados às bonecas foram removidos de sua plataforma", informou a Shein, acrescentando que fará uma revisão completa e planeja impor controles mais rigorosos sobre os vendedores.
"A empresa também reforçou sua lista de palavras-chave proibidas para evitar ainda mais tentativas de burlar as restrições de listagem de produtos por parte dos vendedores", disse a companhia.
O presidente-executivo da empresa, Donald Tang, afirmou que "a luta contra a exploração infantil é inegociável para a Shein".
"Esses anúncios eram de marketplace, feitos por vendedores terceirizados, mas eu levo isso para o lado pessoal. Estamos rastreando a origem e tomaremos medidas rápidas e decisivas contra os responsáveis."
Denúncia na França
Em um comunicado, o Ministério Público de Paris disse ter recebido denúncias da Direção Geral de Concorrência, Assuntos do Consumidor e Controle de Fraudes (DGCCRF, na sigla em inglês) da França de que bonecas sexuais com aparência infantil estariam sendo vendidas na Shein e também na plataforma de comércio online Ali Express.
A DGCCRF afirmou que as duas empresas — assim como também as plataformas online Temu e Wish — estavam sendo investigadas em relação à "divulgação de mensagens violentas, pornográficas ou indignas acessíveis a menores".
A Procuradoria disse ter encaminhado a investigação ao OFMNI, órgão francês responsável pela prevenção de violência contra menores de idade.
O DGCCRF levantou as preocupações iniciais sobre as bonecas no sábado (1/11).
Em resposta, a Shein disse que removeu os anúncios de bonecas sexuais com aparência infantil assim que tomou conhecimento do problema e deu início a uma investigação para entender comos os produtos conseguiram ser oferecidos para venda na plataforma.
O ministro das Finanças da França, Roland Lescure, ameaçou banir do país a varejista sediada em Singapura, caso ela continuasse a vender os produtos - dias antes da empresa inaugurar sua primeira loja física em Paris.
Pessoas foram vistas protestando em frente à loja de departamentos BHV, na região da Prefeitura de Paris, onde a loja da Shein deve ser inaugurada nesta semana.
A marca já havia sido alvo de críticas devido ao impacto ambiental da moda fast fashion e pelas condições de trabalho das pessoas que fabricam os produtos vendidos na plataforma.
Veja os nomes que subiram ou caíram no ranking dos mais populares do Brasil, segundo o Censo de 2022
Dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (4) mostram as variações entre os nomes mais populares do Brasil nas últimas décadas. Enquanto "José" — o nome masculino mais popular — registrou uma queda de 23,47% em novos registros, "Maria" teve um crescimento de 21,42%. O levantamento aponta ainda as novas tendências de popularidade no Brasil. Os números apontam que há mais de 12 milhões de "Marias" e 5 milhões de "Josés" no Brasil. Mais de 6% dos brasileiros têm o primeiro nome "Maria", e 2,54% têm o nome começando com "José". Clique aqui para ver a lista. O número de pessoas chamadas "José" caiu de 306.003 em 2010 para 234.198 em 2022. Já as "Marias" passaram de 1.038.773 para 1.261.268. A perda de popularidade não se restringe a "José". Nomes masculinos populares registraram quedas ainda mais acentuadas no número de registros por década. O nome "Carlos", por exemplo, teve a maior diminuição percentual, registrando uma queda de 39,8% (de 244.401 para 146.905). "Francisco" e "Antônio" seguem a mesma tendência, com queda de 38,8% e $26,9%, respectivamente. O nome "Lucas" apresentou uma redução de 35,8% em seus registros, e "Gabriel" teve uma queda de 39,22%. Ainda que a maioria dos nomes considerados populares esteja em declínio, alguns resistem à tendência ou até registraram crescimento na última década. Entre os nomes masculinos, "João" é um dos mais estáveis, com um crescimento de 1,67% em seus registros (de 709.119 para 720.923). O destaque positivo fica com Pedro, com aumento de 24,4% no número de registros (de 385.409 para 479.410). Entre os femininos, enquanto Júlia registrou uma queda de 0,13% (de 228.844 para 228.543), nomes como Ana mantiveram um grande volume, com 893.009 registros na última década, um crescimento de 8,7%. Veja a variação dos registros de nomes no Brasil, segundo o IBGE Femininos: 1º lugar: Maria 2º lugar: Ana 3º lugar: Francisca 4º lugar: Julia 5º lugar: Antônia 6º lugar: Juliana 7º lugar: Adriana 8º lugar: Fernanda 9º lugar: Márcia 10º lugar: Patrícia Masculinos: 1º lugar: José 2º lugar: João 3º lugar: Antônio 4º lugar: Francisco 5º lugar: Pedro 6º lugar: Carlos 7º lugar: Lucas 8º lugar: Luiz 9º lugar: Paulo 10º lugar: Gabriel
Kaká, Messi, Ronaldinho, Zidane: veja nomes que surgiram no Brasil após craques do futebol vencerem a Bola de Ouro

Veja nomes que surgiram no Brasil após sucesso de craques do futebol
O sucesso de grandes jogadores de futebol nas últimas décadas inspirou o surgimento de nomes registrados pela primeira vez no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados do Censo de 2022.
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O g1 selecionou atletas vencedores da Bola de Ouro e identificou o aparecimento de quatro nomes no período em que eles se destacaram dentro de campo.
São eles, em ordem alfabética:
Kaká: brasileiro, melhor do mundo em 2007;
Messi: argentino, melhor do mundo em 2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019, 2021 e 2023;
Ronaldinho: com os brasileiros Ronaldo Fenômeno, melhor do mundo em 1997 e 2002; e Ronaldinho Gaúcho, melhor do mundo em 2005;
Zidane: francês, melhor do mundo em 1998.
Não havia nenhum registro desses nomes no IBGE em décadas anteriores aos prêmios vencidos pelos craques.
Ricardo Izecson dos Santos Leite, o "Kaká", criou um nome que nem é o seu. O apelido familiar foi escolhido em vez de Ricardo para sua carreira no futebol e, depois de seu auge na década de 2000, virou nome de 121 Kakás pelo Brasil.
Kaká, escolhido melhor do mundo no futebol em 2007
Roscoe Myrick/Creative Commons
"Ronaldinho" também surgiu com dois brasileiros que não se chamam exatamente assim. Os Ronaldos Fenômeno e Gaúcho eram conhecidos no diminutivo quando atletas, em carreiras iniciadas na década de 1990 -- quando "Ronaldinho" passou a virar nome no Brasil. Desde então, há 187 Ronaldinhos pelo país.
Ex-jogador Ronaldo 'Fenômeno' é homenageado antes de amistoso entre Brasil e Escócia, em Londres
Tom Hevezi/AP
"Messi" virou homenagem ao craque argentino Lionel Messi nos anos 2000 e teve ascensão meteórica até a década de 2010: são 363 Messis brasileiros, sendo que há 42 mulheres com o nome, conforme dados do IBGE.
Lionel Messi em partida pela seleção da Argentina.
Reuters
Responsável por uma derrota do Brasil no final da Copa do Mundo de 1998, o francês Zinedine "Zidane" foi de carrasco a homenageado na escolha do nome de 711 brasileiros. Não havia nenhum Zidane antes da década em que ele surgiu e explodiu no futebol.
Zinedine Zidane na cerimônia da Bola de Ouro 2022
REUTERS
Sem estatística de quando surgiu, o nome Pelé, do rei do futebol, é registrado por 75 brasileiros.
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Craques do futebol brasileiro
Outros nomes já existiam e se popularizaram pela carreira de craques que passaram pelo futebol brasileiro.
É o caso de Neymar, atualmente no Santos e maior artilheiro da Seleção Brasileira. Com 23 registros na década de 1950, o nome alcançou o pico de 1.468 registros na década de 2010, quando o jogador vestia a camisa 10 da seleção nas Copas de 2014 e 2018. Ao todo, há 2.443 pessoas chamadas Neymar, com Y.
Neymar antes de Santos x Fluminense
Jota Erre/AGIF
Campeão do mundo em 1994, Romário contribuiu para popularizar seu nome: saiu de 101 registros em 1940 para o auge de 32.110 na década de 1990, justamente quando venceu a Copa do Mundo nos Estados Unidos. Aposentado do futebol em 2009, Romário viu o nome cair para 861 registros na década de 2010.
O goleiro Taffarel ganhou Copa do Mundo, mas nunca foi escolhido melhor do mundo. Ele, no entanto, popularizou seu nome, que passou a ser registrado pelo IBGE na década de 1980 -- quando o atleta iniciou a carreira. São 262 homens chamados Taffarel pelo país. Porém, os registros acabam logo na década seguinte, de 1990, sem novos "Taffareis" depois de 2000.
Ídolos pelo país
Jogadores de futebol que marcaram época em times brasileiros surgem entre os homenageados para crianças que nasceram enquanto ou depois de suas carreiras. É o caso de Zico e Giorgian [Arrascaeta] (Flamengo), Evair e Deyverson (Palmeiras), Rivelino e Sócrates (Corinthians), Dalessando (Internacional), Raí (São Paulo) e Robinho (Santos).
O mesmo acontece até com carrascos de clubes brasileiros, como o argentino Juan Román Riquelme. Ídolo do argentino Boca Júnior, ele venceu três Copas Libertadores com direito a eliminações de brasileiros pelo caminho. O desempenho fez com que alguns dos torcedores o homenageassem.
Veja os números dos nomes de alguns craques do futebol:
Riquelme (jogador argentino): 25.942
Raí (ídolo do São Paulo): 23.711
Rivelino (ídolo do Corinthians): 4.859
Evair (ídolo do Palmeiras): 4.673
Sócrates (ídolo do Corinthians): 1.836
Dalessandro (ídolo do Internacional): 847
Deyverson (ídolo do Palmeiras): 695
Zico (ídolo do Flamengo): 582
Marcelinho (ídolo do Corinthians): 278
Bebeto (campeão do mundo em 1994): 247
Robinho (ídolo do Santos): 222
Maradona (campeão do mundo e ídolo da Argentina): 128
Dunga (campeão do mundo em 1994): 90
Coutinho (ídolo do Santos): 47
Giorgian (de Arrascaeta, uruguaio ídolo do Flamengo): 42
Muricy (técnico ídolo do São Paulo): 30
Quais os riscos econômicos se Brasil declarar facções criminosas como terroristas?

Em agosto, empresa na Faria Lima foi alvo de operação que investiga dinheiro do crime organizado
EPA via BBC
Parlamentares e governadores de oposição ao governo federal estão se mobilizando para aprovar leis que classifiquem como grupos terroristas as facções criminosas que atuam no país — como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
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Alguns projetos tramitam a meses no Congresso, mas a mobilização ganhou impulso após a megaoperação policial em favelas no Rio de Janeiro na semana passada — que resultou em 121 mortes e é considerada uma das mais letais da história da cidade.
A Câmara de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados deve colocar em pauta nesta terça-feira (4) um projeto de lei que amplia o conceito de terrorismo para incluir organizações criminosas e milícias privadas.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
O projeto de lei 1.283/2025 é de autoria do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) e relatado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
O projeto altera a Lei Antiterrorismo (13.260, de 2016) para "ampliar as motivações do crime de terrorismo, especificar infraestruturas críticas e serviços de utilidade pública, estender a aplicação da lei a organizações criminosas e a milícias privadas que realizem atos de terrorismo, além de estabelecer majorante para ato de terror cometido por meio de recurso cibernético".
Ferreira já anunciou que pretende abrir mão da relatoria do projeto para que ela seja assumida pelo secretário estadual de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite (PP-SP), que anunciou que vai se licenciar do cargo e voltar à Câmara dos Deputados, para liderar a questão e vê-la aprovada no Plenário.
O projeto foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e tramita em regime de urgência.
Ferreira deu um parecer favorável para que o projeto de lei seja aprovado na CCJ — comparando os grupos criminosos a um Estado paralelo.
"Se se observa que um Estado qualquer, mesmo que seja um Estado paralelo, está usurpando a soberania nacional, inclusive do ponto de vista territorial, para oprimir nossos concidadãos, é mister que se entre imediatamente em guerra contra tal estado", disse o deputado no seu parecer.
"Para isso deve-se utilizar todas as ferramentas que o Direito oferece. A presente iniciativa legislativa consiste em uma dessas ferramentas"
Mas especialistas e acadêmicos com que a BBC News Brasil conversou afirmam que a aprovação de projetos que ampliem o conceito de terrorismo no Brasil para abranger as facções criminosas podem ter efeitos negativos na economia brasileira — abrindo o país a sanções internacionais.
Efeitos indesejados e de grande escala
Ao justificar seu projeto de lei, o deputado Danilo Forte afirma que a classificação de grupos criminosos como terroristas daria mais ferramentas ao poder público para lidar com as facções.
"Neste sentido, este Projeto de Lei ao tipificar atos de terror praticados por grupos criminosos organizados na Lei Antiterrorismo brasileira, possibilita a responsabilização dos integrantes e líderes dessas organizações por atos preparatórios, antecipando a tutela penal para reforçar a capacidade de prevenção e resposta a essas ameaças antes que se concretizem", afirma Forte no projeto de lei.
"Além disso, a competência investigativa passa a ser atribuída à Polícia Federal, garantindo uma investigação mais especializada e abrangente."
Ele argumenta também que haveria maior facilidade para apreensão de bens de criminosos classificados como terroristas.
"A possibilidade de decretação de medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado ou acusado assegura que os recursos utilizados para financiar tais atividades sejam identificados e bloqueados, desarticulando financeiramente os indivíduos ou redes responsáveis por tais atos de terror", diz o deputado no projeto de lei.
"Ressalte-se que essas medidas de congelamento de bens e valores podem ser realizadas em cooperação internacional, o que é essencial diante da natureza transnacional do crime organizado no Brasil."
Mas para o ex-policial e pesquisador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Roberto Uchôa, a simples redesignação de facções criminosas como grupos terroristas não teria efeitos práticos significativos no combate a grupos como o PCC e o CV.
E além disso, segundo ele, uma nova lei nesse sentido teria um efeito indesejado para a economia brasileira — e talvez de grande impacto.
"Eu acho que nem os deputados têm noção do que eles estão fazendo. Eu acho que para variar, é mais uma uma discussão legislativa com base no fígado", disse Uchôa à BBC News Brasil.
Ele acredita que se o Brasil passar a classificar as facções como terroristas, países como os EUA "automaticamente vão designar também".
"Dificilmente eles não vão acompanhar a legislação brasileira", diz Uchôa, que é membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (ONG apartidária que reúne especialistas na área).
"Isso tem algumas consequências que esses parlamentares não estão verificando. Para começar, isso dá um poder para os americanos sancionarem e prenderem qualquer pessoa ligada a essas organizações."
Projetos de lei que equiparam facções a grupos terroristas ganharam impulso após megaoperação policial no Rio de Janeiro na semana passada
EPA via BBC
Como a redesignação de facções criminosas poderia afetar a economia nacional?
O ex-policial e pesquisador dá como exemplo um fundo de investimento que seja apontado em investigações brasileiras como possivelmente conectado a uma organização criminosa.
"Você imagina que essa empresa que tem um fundo de investimento ligado ao PCC seria a primeira a ser sancionada [internacionalmente]. Começa-se sancionando ela, e depois pode se ir sancionando outras tantas empresas que tiveram de alguma forma ligações com esse fundo de investimento. A escala disso, nós não sabemos onde pode parar. "
O problema maior, segundo o pesquisador, é que o crime organizado está profundamente infiltrado na economia brasileira — atuando em diversos setores.
Por isso, empresas e indivíduos de todos esses setores estariam teoricamente expostos a sanções internacionais que visem combater terrorismo — caso houvesse indício de alguma conexão com o crime organizado.
Do PIX ao Banco do Brasil
Em agosto, a Polícia Federal deflagrou três operações (Carbono Oculto, Quasar e Tank) que demonstraram o quão profunda são essas conexões entre o crime organizado e a economia nacional.
A estimativa da PF é de que um esquema operado pelo PCC tenha movimentado pelo menos R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.
Uma reportagem da BBC News Brasil mostrou como investigações policiais indicaram que o PCC controla postos de gasolina para ganhar dinheiro sonegando impostos e adulterando combustível. Os mesmos postos — além de padarias e lojas de conveniência — seriam então usados para lavar dinheiro do tráfico de drogas.
Segundo as investigações, os recursos ilícitos eram ocultados com ajuda de fintechs, empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros.
Por fim, havia a suposta participação de fundos de investimento sediados nas imediações da Faria Lima para a blindagem do patrimônio do PCC contra eventuais investigações.
"Bancos, fintechs, mercado financeiro... a Carbono Culto é uma evidência do tamanho da infiltração do crime organizado no mercado financeiro. Veja só a quantidade de empresas legais que poderia se dizer que têm envolvimento com dinheiro de origem ilegal."
Segundo Uchôa, não é nem preciso haver condenação de nenhuma empresa ou indivíduo para que ele sejam sancionados internacionalmente. As decisões de sanções são discricionárias dos governos — bastando por exemplo a citação em investigações.
Isso seria particularmente problemático no caso de agentes públicos, segundo ele.
"Vamos pensar como é que seria, por exemplo, alguma investigação que apontasse envolvimento de agente público brasileiro com essas organizações criminosas, o que não é difícil, porque a corrupção envolvendo agentes públicos e organizações criminosas no brasileiro é algo de conhecimento geral", diz.
"Os americanos poderiam sancionar todo mundo que possa ter alguma ligação. Haja concurso público para botar gente no lugar da quantidade de gente que vai ser sancionada dentro do serviço público da gestão pública brasileira."
Outro problema seria o aumento dos custos para as empresas.
"Esse tipo de legislação abre as portas para uma quantidade impressionante de sanções em vários agentes do mercado. O país está pronto para isso?"
"Isso vai exigir um nível de compliance e um nível de preparo para evitar a entrada do dinheiro ilegal que vai gerar um custo impressionante para as empresas e bancos e tudo mais."
Rafael Alcadipani, professor da Fundação Getúlio Vargas, concorda com a avaliação de que sanções americanas — no caso de os EUA considerarem o PCC e o CV como grupos terroristas — podem ter efeitos amplos no Brasil.
"Eles [os EUA] teriam a possibilidade de criar sanções e tomar ativos de forma muito mais rápida. Por exemplo, se o governo americano de repente considerar que o Pix e o sistema bancário brasileiro têm infiltração das facções criminosas, e que por isso precisa ser descartado do sistema Internacional, ele pode agir. Isso pode gerar sanções que são sanções mais pesadas", diz Alcadipani, também integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
"Isso pode trazer complicações muito maiores para o Brasil, inclusive de ordem geopolítica. O governo americano poderiam tomar ativos na hora que eles quiserem. Se eles decidirem, em um exemplo extremo, que terroristas estão fazendo transações econômicas pelo Banco do Brasil, os EUA poderiam adotar sanções fortes sobre o Banco do Brasil."
EUA e 'narcoterroristas'
Em visita a Brasília em maio, o responsável pelo setor de sanções do Departamento de Estado, David Gamble, solicitou formalmente que o Brasil adotasse a designação de terroristas ao PCC e CV.
Em reuniões com representantes do Ministério da Justiça, Gamble argumentou que essas facções criminosas têm conexões com cartéis internacionais e representam uma ameaça à segurança dos EUA.
O governo brasileiro, porém, rejeitou o pedido. O argumento citado na época pelo secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, em entrevistas à imprensa, foi o de que facções como PCC e CV não se enquadram na definição de terrorismo da legislação brasileira.
Uchôa afirma que mesmo que o Brasil não classifique PCC e CV como narcoterroristas, países estrangeiros ainda assim podem fazê-lo. Na semana passada, Argentina e Paraguai anunciaram que adotariam essa postura.
"Os americanos não precisam de autorização do Brasil para fazer isso. Eles podem fazer unilateralmente, como fizeram com a Venezuela ou com o México", diz.
Em entrevista à BBC News Brasil, o relator especial da ONU sobre Direitos Humanos e Contraterrorismo, Ben Saul, disse que o uso de legislações antiterrorismo contra grupos criminosos pode abrir caminho para outros tipos de abusos.
Ele cita o caso dos EUA, que em abril deste ano designou oito cartéis de drogas — como o mexicano Sinaloa e o venezuelano Tren de Aragua — como organizações terroristas.
Depois dessa designação, segundo Saul, o governo americano passou a deportar imigrantes venezuelanos acusando-os de ligações com o Tren de Aragua. E começou também a atacar barcos no mar do Caribe e no oceano Pacífico, classificando os seus ocupantes de "narcoterroristas".
"Antes de os EUA invocarem a Lei de Estrangeiros Inimigos para deportar centenas de venezuelanos para El Salvador sob a alegação de suspeita de terrorismo, a primeira coisa que eles fizeram foi declarar o Tren de Aragua como uma organização terrorista. E depois disso é que vieram as deportações sumárias", disse Saul.
"Agora, temos ataques militares contra os chamados narcoterroristas, dizimando-os no Caribe. Portanto, muitas vezes é um caminho para uma série de abusos ainda maiores."
Aneel recomenda ao Ministério de Minas e Energia renovar concessão da Light no Rio por 30 anos
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (4) a recomendação da renovação da concessão da Light por mais 30 anos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O parecer será encaminhado ao Ministério de Minas e Energia (MME). A pasta é quem dará a decisão final. O Aneel entendeu que a distribuidora: cumpriu os critérios de eficiência da continuidade de fornecimento e de gestão econômico-financeira; comprovou a regularidade fiscal, trabalhista; e demonstrou qualificações jurídica, econômico-financeira e técnica. Veja os vídeos que estão em alta no g1
Comissão do Senado adia análise de isenção do IR para até R$ 5 mil

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado adiou nesta terça-feira (4) a votação da proposta que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
O colegiado apreciará o texto nesta quarta (5). Depois disso, a proposta está pronta para votação no plenário principal do Senado, que pode ocorrer no mesmo dia.
Por unanimidade, Câmara aprova isenção do imposto de renda
Aprovado pela Câmara por unanimidade no início de outubro, o projeto também cria um desconto no IR para os contribuintes que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais.
Para compensar as reduções no imposto, o texto prevê uma tributação mínima para pessoas com alta renda, criando uma alíquota progressiva de até 10% aos que recebem mais de R$ 600 mil por ano.
A proposta foi apresentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em março deste ano. O Planalto trabalha para concluir a análise do texto ainda neste ano, a fim de que a nova isenção passe a valer já em 2026.
Para se tornar lei, o projeto precisa ser aprovado pelo conjunto dos senadores e sancionado pelo presidente Lula. Pelas regras, para que as novas regras do IR passem a valer já em 2026, é preciso que todo este processo esteja concluído até o final deste ano.
Prioridade para o governo Lula
O prazo apertado para concluir a análise foi um dos motivos que levaram o relator da proposta no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), a não fazer mudanças no conteúdo do projeto chancelado pelos deputados.
Ao longo das últimas semanas, o senador chegou a sinalizar algumas alterações no texto construído na Câmara por seu adversário político, o deputado Arthur Lira (PP-AL).
Nesta terça, ao apresentar o seu parecer, Renan defendeu, no entanto, que é preciso ser "pragmático".
O parlamentar reconheceu que há espaço para "aprimoramentos", mas ponderou que eventuais modificações no Senado poderiam "frustrar" a população porque obrigariam o texto a voltar à Câmara dos Deputados.
"Há um consenso da necessidade de aprovarmos a medida que surge em prol dos trabalhadores de nosso país", disse.
A ampliação da faixa isenta de IR é uma das principais promessas de campanha de Lula. Auxiliares do petista avaliam a medida como um "trunfo" para as eleições de 2026, quando Lula deve disputar um quarto mandato.
Aumenta da isenção do IR é uma das principais promessas de campanha do governo Lula.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que 25 milhões de brasileiros devem ser beneficiados com o projeto, deixando de pagar ou pagando menos Imposto de Renda. Atualmente, estão isentas de IR as pessoas que ganham até R$ 3.036 mensais.
Em uma audiência no Senado, Haddad estimou que cerca de 200 mil contribuintes serão impactados com a tributação mínima para alta renda. O governo afirma que a medida se trata de "justiça tributária".
ISENÇÃO ATÉ R$ 5 MIL: perguntas e respostas sobre as mudanças no IR
Menos imposto
Haddad fala sobre isenção do Imposto de Renda, orçamento, alta dos juros e das críticas ao governo
A proposta não altera a atual tabela progressiva do Imposto de Renda. O texto apenas amplia um mecanismo que concede descontos a fim de zerar a tributação para quem recebe até R$ 5 mil por mês.
Os contribuintes que recebem entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 mensais não serão isentos. O projeto prevê, porém, que estes terão direito a um desconto no IR.
A redução para esses casos será progressiva. Ou seja, quanto maior o rendimento, menor a redução.
Pela proposta, não haverá mudança na regra atual de tributação de renda para as pessoas que têm rendimentos acima de R$ 7.350. O modelo atual de cobrança do IR é feito em faixa com uma alíquota progressiva, que vai de 7,5% a 27,5%.
Se aprovadas pelo plenário e sancionadas por Lula, as novas regras passarão a valer já em 2026 e vão impactar a declaração do Imposto de Renda feita em 2027.
Tributação sobre alta renda
As perdas de arrecadação com a nova isenção serão compensadas, segundo o projeto, com uma tributação mínima de até 10% para pessoas que têm rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil.
O valor mínimo será exigido se o imposto total pago pelo contribuinte for inferior ao piso de tributação. Por exemplo, se a pessoa já recolheu 2,5%, o imposto devido será equivalente aos outros 7,5%. Se, após os cálculos, o resultado for negativo ou igual a zero, nada mais será devido.
A alíquota de tributação será progressiva e poderá chegar a 10% para os rendimentos que vão até R$ 1,2 milhão por ano. Acima disso, a cobrança será de 10%.
O texto permite que os contribuintes de alta renda abatam valores já pagos ao longo do ano a título de Imposto sobre a Renda.
Também prevê que alguns rendimentos, como os obtidos por LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), poderão ser excluídos da base de cálculo do imposto.
O patamar mínimo de tributação, segundo o relator e o Ministério da Fazenda, vai corrigir distorções tributárias. Atualmente, pessoas de alta renda recolhem, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais — muito abaixo da média paga por trabalhadores.
Após ter sinalizado alteração, manteve no texto um dispositivo que assegura que lucros e dividendos apurados em 2025 e distribuídos até 2028 ficarão livres de imposto.
O projeto também estabelece que lucros ou dividendos remetidos ao exterior terão cobrança de IR na fonte, com uma alíquota de 10%.
Durante a passagem da proposta na Câmara, Arthur Lira afirmou que, com base em dados da Receita Federal, a ampliação da isenção do IR custará R$ 31,2 bilhões em 2026.
No próximo ano, segundo o cálculo apresentado por Lira, o governo vai arrecadar R$ 15,2 bilhões com o imposto mínimo para pessoas de alta renda e mais R$ 8,9 bilhões com a tributação de dividendos enviados ao exterior. Somados, os valores são superiores à perda de arrecadação.
Aneel adia avaliação de processo que pode levar à cassação da concessão da Enel São Paulo
O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Gentil Nogueira de Sá Júnior, pediu vista (mais tempo de análise) no processo que analisa falhas da Enel São Paulo durante eventos climáticos extremos. O procedimento pode levar à cassação da concessão da empresa. 🔎A Enel São Paulo é responsável pelo fornecimento de energia para cerca de 8 milhões de pessoas na capital paulista e em outros 23 municípios da região metropolitana. Multas em aberto contra Enel superam R$ 260 milhões em SP Eventos climáticos de 2023 e 2024 colocaram em xeque a capacidade de resposta da concessionária, que levou dias para restabelecer o fornecimento de energia. Mais de R$ 300 milhões em multas já foram aplicadas contra a distribuidora pela Aneel (veja no vídeo acima). O contrato atual da Enel SP termina em 2028, mas a empresa já pediu renovação antecipada. A decisão da Aneel pode recomendar a “caducidade” (término forçado da concessão) ao Ministério de Minas e Energia, que dá a palavra final. Relatora do caso, a diretora Agnes Maria de Aragão da Costa votou para acompanhar o relatório da área técnica da Aneel. O que diz o documento? No parecer, a área técnica da agência reguladora afirma que observou uma diminuição do tempo médio de atendimento a ocorrências emergenciais desde que foi elaborado um plano de recuperação para a Enel SP. 🔎Em outubro de 2024, a Aneel emitiu um Termo de Intimação contra a Enel São Paulo, motivado pelo descumprimento do plano de contingência firmado com a agência e com a Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo). 💡A ação também levou em conta a reincidência de falhas no atendimento aos consumidores em situações de emergência — como no evento climático extremo registrado em 11 de outubro de 2023. Além disso, que o número de interrupções de fornecimento de energia acima de 24 horas também caiu, e a empresa também mobilizou mais equipes para atender a emergências em caso de contingenciamento. Ou seja, que a empresa está de fato aprimorando serviços. Apesar disso, os técnicos avaliam que "resta dúvida quanto à regularização definitiva, em função de ações e resultados" pois não houve período de chuvas após as ações. Esses casos em específico teriam sido resoluções de "caráter provisório". Por isso, a área técnica da Aneel defendeu que a Enel continue sendo acompanhada, durante um maior que os 90 dias previstos no Plano de Recuperação, "para verificação dos resultados alcançados em período úmido após a conclusão de ações estruturantes". "Recomenda-se o acompanhamento regulatório até março de 2026 para assegurar e a regularização definitiva das falhas e transgressões (1 período úmido após a conclusão das ações estruturantes)", diz trecho da nota técnica. Aneel cobra Enel por demora em religar luz em São Paulo Por que a Enel pode perder a concessão? A ação foi aberta após descumprimento de um plano de contingência firmado com a agência e com a Arsesp (reguladora paulista) — e após episódios graves de demora na recomposição de energia, sobretudo em: outubro de 2023, quando tempestades deixaram bairros dias sem luz outubro de 2024, com novos temporais e registros de longos apagões Cenário regulatório e disputa A análise sobre a caducidade ocorre paralelamente ao pedido da Enel para renovar o contrato antes de 2028. Em outubro, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, disse que o processo que apura falhas da Enel deve ser julgado antes da discussão sobre renovação — apesar de parecer técnico preliminar favorável à empresa. “Não vejo possibilidade de avançar na renovação antes de deliberar sobre o processo sancionador”, afirmou Feitosa. Após a nota técnica da Aneel que apontava requisitos atendidos pela Enel, o Ministério Público Federal em São Paulo pediu a suspensão imediata da renovação. A Prefeitura de São Paulo também cobra que não haja renovação sem revisão dos critérios de avaliação do serviço. O que diz a Enel A empresa divulgou uma nota à imprensa. Veja na íntegra: "A Enel Distribuição São Paulo implementou todas as ações propostas e cumpriu integralmente com o Plano de Recuperação apresentado à Aneel. A companhia manteve ao longo do ano trajetória contínua de melhoria, numa demonstração de que todas as ações, acompanhadas em fiscalizações mensais pelo regulador, são estruturais e permanentes. O Plano estabeleceu iniciativas concretas e mensuráveis, que foram integralmente atendidas, com objetivo de buscar melhorias em três frentes: redução do tempo de atendimento a ocorrências emergenciais; redução de interrupções de longa duração (>24h) e mobilização rápida de equipes em contingências de nível extremo. Em relação ao tempo médio de atendimento emergencial, desde novembro de 2023 até outubro de 2025, a companhia registrou uma melhora de 50%. Já as interrupções com mais de 24 horas de duração reduziram em 90% no mesmo período. As melhorias foram comprovadas pelos relatórios de fiscalização da Aneel e consideradas satisfatórias pelo regulador. A distribuidora tem investido um volume recorde de recursos para expandir e modernizar a rede elétrica e reforçou de forma estrutural seu plano operacional para reduzir o impacto aos clientes diante do avanço dos eventos climáticos na área de concessão. A companhia reitera que tem forte compromisso com os seus clientes e seguirá trabalhando para seguir aprimorando o serviço prestado."
Brasil tem 4,3 mil nomes usados por apenas 20 pessoas, segundo o IBGE; veja quais são eles

O Brasil tem 4.309 nomes usados por 20 pessoas, segundo dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (4).
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Os nomes usados por menos de 20 pessoas não são divulgados por conta de sigilo estatístico, segundo o instituto.
Também não aparecem na pesquisa abaixo os nomes com mais de 20 ocorrências. Por isso, caso não encontre o seu nome, é possível pesquisá-lo no site do IBGE.
Seu nome não apareceu no site do IBGE? Escreva para o g1
Esses 4,3 mil são os nomes menos comuns entre os 124 mil divulgados pelo IBGE (ao todo, são 130 mil nomes, segundo o instituto).
Entre esses nomes que apenas 20 pessoas usam estão Agassiz, Oberdania e Juergen, por exemplo. Consulte na tabela abaixo.
Maria e José são os nomes mais comuns do Brasil, segundo o IBGE
IBGE divulga pela 1ª vez os nomes e sobrenomes mais populares do Brasil
Os nomes mais comuns seguem sendo Maria – com 12 milhões de pessoas ou 6% da população –, e José – 5 milhões e 2,5% –, segundo o IBGE. Em 2010, eles já eram os mais populares.
Veja o top 30 abaixo ou consulte os 32 mil mais populares no infográfico que vem a seguir:
Maria: 12.284.478
José: 5.164.752
Ana: 3.948.650
João: 3.430.608
Antônio: 2.241.094
Francisco: 1.665.494
Pedro: 1.624.478
Carlos: 1.474.492
Lucas: 1.341.525
Luiz: 1.335.098
Paulo: 1331639
Gabriel: 1.211.227
Marcos: 1.082.739
Davi: 876.593
Rafael: 873.321
Luís: 838.237
Daniel: 770.743
Miguel: 715.241
Gustavo: 680.738
Felipe: 676.680
Guilherme: 676.181
Francisca: 665.602
Eduardo: 658.697
Matheus: 652.373
Julia: 650.271
Bruno: 645.929
Marcelo: 644.503
Arthur: 617.823
Leonardo: 566.973
Rodrigo: 561.663
Pedestres na Rua 25 de Março
g1
IBGE divulga sobrenomes mais populares pela 1ª vez: Silva e Santos lideram
O IBGE também divulgou, pela 1ª vez, a lista de sobrenomes mais populares. Dos quase 195 mil divulgados (no total, são 200 mil), os que estão no topo são Silva, com 34 milhões, e Santos, com 21 milhões, segundo o levantamento.
Veja o ranking:
Silva: 34.030.104
Santos: 21.367.475
Oliveira: 11.708.947
Souza: 9.197.158
Pereira: 6.888.212
Ferreira: 6.226.228
Lima: 6.094.630
Alves: 5.756.825
Rodrigues: 5.428.540
Costa: 4.861.083
Sousa: 4.797.390
Gomes: 4.046.634
Nascimento: 3.609.232
Araújo: 3.460.940
Ribeiro: 3.127.425
Almeida: 3.069.183
Jesus: 2.859.490
Barbosa: 2.738.119
Soares: 2.615.284
Carvalho: 2.599.978
Martins: 2.576.764
Lopes: 2.337.914
Vieira: 2.102.389
Rocha: 2.044.495
Dias: 2.035.387
Gonçalves: 2.028.298
Fernandes: 1.835.974
Santana: 1.815.982
Andrade: 1.707.452
Batista: 1.703.130
Entenda as novas regras do BC para tentar impedir a lavagem de dinheiro do crime organizado

BC cria regras contra crime organizado em fintechs
O Banco Central (BC) anunciou na segunda-feira (3) um novo pacote de medidas para aumentar a segurança e a transparência no sistema financeiro. As novas regras tornam o controle sobre as contas mais rigoroso — especialmente aquelas identificadas em investigações por terem sido usadas por organizações criminosas para movimentar dinheiro de forma irregular.
A iniciativa faz parte de um esforço mais amplo para reduzir brechas exploradas por grupos ligados ao crime organizado em operações via PIX, fintechs e instituições de pagamento.
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As novas normas entram em vigor no dia 1º de dezembro e terão impacto direto sobre bancos, fintechs e instituições de pagamento. O principal objetivo, segundo o BC, é garantir a rastreabilidade das operações financeiras e evitar que recursos ilícitos circulem de forma disfarçada dentro do sistema.
Veja nas perguntas abaixo o que vai mudar com as novas regras do BC.
O que são as chamadas “contas-bolsão”?
O que muda com as novas regras?
Qual será o novo capital mínimo das instituições?
O que são as chamadas “contas-bolsão”?
As medidas miram especialmente as chamadas "contas-bolsão", estruturas criadas por algumas fintechs para centralizar o dinheiro de vários clientes em uma única conta aberta em um banco tradicional.
🔎 Na prática, esse modelo funciona como um cofre coletivo: o banco enxerga apenas a fintech como titular, sem identificar individualmente os clientes que movimentam valores dentro dessa conta.
Esse mecanismo dificulta que o sistema financeiro rastreie a origem dos recursos e, segundo investigações, foi utilizado por facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), em esquemas de lavagem de dinheiro.
Investigação revela como fintechs lavam dinheiro do PCC no mercado ilegal de combustíveis
Como as informações dos usuários das contas-bolsão não são comunicadas às autoridades de controle, o sistema se tornou um canal eficiente para ocultar transações de origem ilícita.
Um dos casos mais recentes que chamou a atenção das autoridades foi identificado na Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto deste ano. A investigação revelou que a fintech BK Bank foi usada para movimentar cerca de R$ 46 bilhões em operações suspeitas, ligadas ao setor de combustíveis, ao longo de cinco anos.
O que muda com as novas regras?
A partir de dezembro, as instituições financeiras e de pagamento deverão criar critérios próprios para identificar irregularidades em contas-bolsão. Para isso, poderão utilizar dados disponíveis em bases públicas ou privadas.
🔎 Caso seja constatado o uso irregular — como movimentações em nome de terceiros sem respaldo legal —, o relacionamento com o cliente deverá ser encerrado.
Em nota, o BC explicou que a medida “visa acabar com as chamadas contas-bolsão, que ocorrem quando o cliente utiliza os recursos mantidos nas contas para efetuar pagamentos, recebimentos ou compensações em nome de terceiros, com o objetivo de ocultar ou substituir obrigações financeiras desses terceiros”.
Segundo Izabela Correa, diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, o órgão vinha observando um aumento no uso indevido desse tipo de conta.
“São normas que já havíamos anunciado que seriam publicadas neste ano. Elas impõem a obrigação de encerrar o relacionamento quando a instituição identificar que a conta é usada para fins de pagamento sem respaldo legal”, afirmou.
Correa destacou ainda que as novas exigências não afetam contas legítimas — como as voltadas a operações de câmbio, conhecidas como Forex —, que continuarão funcionando normalmente. O foco, reforçou, está apenas nas contas usadas para dificultar a identificação dos verdadeiros titulares dos recursos.
Qual será o novo capital mínimo das instituições?
As mudanças também alcançam a estrutura financeira das instituições. O Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovaram um aumento do capital mínimo exigido para que bancos, corretoras e outras instituições possam operar no país.
Segundo as instituições, a medida busca fortalecer a solidez do sistema e dificultar o uso indevido de recursos, inclusive em operações via PIX. (Veja abaixo os novos valores)
Aumento do capital mínimo
Arte/g1
De acordo com Gilneu Vivan, diretor de Regulação do BC, não há uma solução única para os problemas de segurança do sistema financeiro.
“O que existe são várias ações complementares para reforçar diferentes pontos. A ideia é investir em controles mais eficazes e fechar diversas portas que ainda permitem brechas”, explicou.
O BC informou que haverá um período de transição até que as novas exigências estejam completamente implementadas. Veja o cronograma:
Até 30 de junho de 2026: regra atual;
De 1º de julho a 31 de dezembro de 2026: 25% do valor exigido;
De janeiro a junho de 2027: 50%;
De julho a dezembro de 2027: 75%;
A partir de 1º de janeiro de 2028: 100% das novas exigências em vigor.
Além disso, a nova regulação determina uma parcela adicional de capital para instituições que utilizem em sua marca a palavra “banco” ou expressões equivalentes, em português ou outros idiomas.
Operação do MP-SP com Receita e Polícia Federal
TV Globo
Haddad cita Bill Gates e diz que não faz sentido trocar energia limpa do Brasil

Haddad rebate Bill Gates e diz que não faz sentido trocar energia limpa do Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu o bilionário e cofundador da Microsoft Bill Gates. Em discurso feito durante a abertura do Bloomberg Green Summit, em São Paulo, Haddad disse que o Brasil tem "vantagens competitivas aderentes à pauta climática" e que não vai deixar de investir na transição energética.
O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem?
“Independentemente do que o Bill Gates ache, o Brasil tem energia limpa e barata. Não faz sentido trocá-la por energia suja e cara”, disse.
➡️ As falas de Haddad vêm em resposta às afirmações feitas recentemente por Bill Gates em seu blog pessoal. Na semana passada, o bilionário disse que embora a mudança climática seja séria, ela "não levará ao fim da civilização", reiterando que em vez de se concentrar na temperatura como a melhor medida de progresso, a resiliência climática seria melhor construída por meio do fortalecimento da saúde e da prosperidade.
Durante seu discurso, Haddad ainda reforçou a importância dos biocombustíveis e do fortalecimento do marco regulatório do setor elétrico, apesar dos lobbies no setor. “O Brasil tem 40 anos de tradição em biocombustíveis, e não vamos abdicar dessa agenda”, afirmou.
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O ministro também citou a criação do chamado Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), projeto apoiado pelo Banco Mundial, como prioridade do Brasil na presidência da COP30.
“Se colocarmos esse fundo de pé, teremos resultados práticos e eficientes. Preservar florestas é bom para todos, sempre, e a um custo muito baixo diante dos benefícios”, disse.
Economia e quadro fiscal
O ministro também fez comentários sobre a economia brasileira, destacando avanços na reforma tributária, na isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil e no mercado de trabalho, que tem mostrado uma taxa de desemprego em níveis historicamente baixos.
“O Brasil, nos últimos três anos, fez muita coisa importante para criar um ambiente de negócios favorável . E isso já está sendo percebido pelos investidores”, afirmou. Segundo o ministro, o país registrou o maior número de leilões de infraestrutura na B3 em décadas e colhe resultados das reformas estruturais.
Haddad também rebateu críticas sobre o cumprimento das metas fiscais e disse que não pretende alterar o resultado primário previsto para o ano.
🔎 A meta fiscal de 2025 é de déficit zero – equilíbrio entre gastos e despesas, desconsiderando os precatórios. No entanto, o governo tem uma margem que flexibiliza o centro da meta, permitindo até um déficit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a R$ 31 bilhões.
Para 2026, a meta é de superávit primário de 0,25% do PIB, também com banda de tolerância.
No mês passado, Haddad descartou alterar a meta fiscal de 2026, mesmo após o Congresso rejeitar a medida provisória que previa alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta, que reunia ações de ajuste fiscal, foi derrubada pela Câmara no início de outubro.
O governo esperava arrecadar mais de R$ 20 bilhões em 2026 com o aumento de impostos sobre aplicações financeiras e apostas esportivas, vista como crucial pela equipe em ano eleitoral.
Com a MP caducada, o governo agora busca uma nova saída para fechar o Orçamento de 2026 sem elevar tributos.
Juros e expectativas econômicas
Haddad também voltou a defender a redução dos juros.
"[As taxas de juros] vão ter que cair. Por mais pressão que os bancos façam sobre o Banco Central para não baixar juros, elas vão ter que cair", disse.
“Não tem como manter 10% de juro real com inflação de 4,5%. Você vai sustentar um juro de 15% em nome do quê?", questionou o ministro, reiterando que se fosse diretor do Banco Central (BC) "votaria pela queda" das taxas na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para quarta-feira (5).
O Brasil passou a ter o segundo maior juro real do mundo após a taxa básica, a Selic, atingir 15% ao ano em junho.
🔎 O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram em 9,53%.
O ministro também afirmou que o país pode crescer controlando a dívida e reduzindo custos financeiros, reafirmou o compromisso do governo com as metas fiscais e a responsabilidade nas contas públicas e destacou que a construção política é gradual.
“É mais fácil convencer dez pessoas da equipe econômica do que 513 deputados, mas estamos avançando com paciência e no ritmo que a economia permite”.
Haddad fala durante evento que anunciou plano de socorro a empresas afetadas pelo tarifaço
Adriano Machado/Reuters
IBGE divulga pela 1ª vez os sobrenomes mais populares do Brasil; veja o ranking

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (4), pela 1ª vez, a lista de sobrenomes mais comuns do Brasil.
O sobrenome mais popular do Brasil é Silva, com 34 milhões de brasileiros, ou 17% da população. Derivado do latim, o nome significa selva ou floresta e, segundo o IBGE, é provável que as pessoas que passaram a usar o sobrenome viessem de áreas florestais ou de vegetação abundante.
O 2º sobrenome mais popular do Brasil é Santos (21,4 milhões, 10,5% da população). Abreviação de Todos os Santos, era atribuído a quem nascia no Dia de Todos os Santos (1º de novembro) e foi amplamente adotado por convertidos ao cristianismo durante a Inquisição, segundo o IBGE.
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Veja abaixo o ranking dos 30 mais populares na lista abaixo.
Silva: 34.030.104
Santos: 21.367.475
Oliveira: 11.708.947
Souza: 9.197.158
Pereira: 6.888.212
Ferreira: 6.226.228
Lima: 6.094.630
Alves: 5.756.825
Rodrigues: 5.428.540
Costa: 4.861.083
Sousa: 4.797.390
Gomes: 4.046.634
Nascimento: 3.609.232
Araújo: 3.460.940
Ribeiro: 3.127.425
Almeida: 3.069.183
Jesus: 2.859.490
Barbosa: 2.738.119
Soares: 2.615.284
Carvalho: 2.599.978
Martins: 2.576.764
Lopes: 2.337.914
Vieira: 2.102.389
Rocha: 2.044.495
Dias: 2.035.387
Gonçalves: 2.028.298
Fernandes: 1.835.974
Santana: 1.815.982
Andrade: 1.707.452
Batista: 1.703.130
No infográfico abaixo, é possível consultar todos os sobrenomes usados por pelo menos 100 pessoas. Caso o seu não esteja nele, é possível checá-lo no site do IBGE, que também informa mais detalhes sobre cada nome, como a origem e a cidade em que ele é mais comum.
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Maria e José seguem sendo os nomes mais comuns
No site do IBGE é possível consultar quão popular é o seu sobrenome, e outros detalhes.
Os dados foram coletados no Censo 2022 e permitem saber, também, quais são os nomes mais comuns: Maria, entre as mulheres; e José, entre os homens. Clique aqui para ver mais detalhes
Consumidores na Rua 25 de Março, Centro de SP, em imagem do dia 9 de dezembro de 2023
Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Censo 2022: Maria e José são os nomes mais populares do Brasil; veja ranking dos mais comuns

IBGE divulga pela 1ª vez os nomes e sobrenomes mais populares do Brasil
Os nomes Maria e José são os mais populares do Brasil, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE) divulgado nesta terça-feira (4) a partir do Censo de 2022.
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Há mais de 12 milhões de Marias (6% da população) e 5 milhões (2,5%) de Josés no Brasil. Clique aqui para ver, também, os nomes menos comuns.
Os dados foram levantados pelo Censo 2022. Segundo o IBGE, o país tem 128.125 nomes próprios – 124 mil deles, que são usados por pelo menos 20 pessoas, foram divulgados nesta terça.
Além dos nomes, o IBGE divulgou, pela 1ª vez, a lista de 195 mil dos 201.601 sobrenomes usados no Brasil. Nesse caso, Silva (16,7% do país) e Santos (10,52%) são os mais populares. Clique aqui para saber mais.
Veja abaixo o top 30 dos nomes mais comuns:
Maria: 12.284.478
José: 5.164.752
Ana: 3.948.650
João: 3.430.608
Antônio: 2.241.094
Francisco: 1.665.494
Pedro: 1.624.478
Carlos: 1.474.492
Lucas: 1.341.525
Luiz: 1.335.098
Paulo: 1331639
Gabriel: 1.211.227
Marcos: 1.082.739
Davi: 876.593
Rafael: 873.321
Luís: 838.237
Daniel: 770.743
Miguel: 715.241
Gustavo: 680.738
Felipe: 676.680
Guilherme: 676.181
Francisca: 665.602
Eduardo: 658.697
Matheus: 652.373
Julia: 650.271
Bruno: 645.929
Marcelo: 644.503
Arthur: 617.823
Leonardo: 566.973
Rodrigo: 561.663
No infográfico abaixo, é possível consultar todos os nomes usados por pelo menos 100 pessoas. Caso seu nome não esteja nele, é possível checá-lo no site do IBGE, que também informa mais detalhes sobre cada nome, como a origem e a cidade em que ele é mais comum.
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Comparação com 2010
O ranking de 2022 também permite a comparação com o Censo anterior, realizado em 2010. Veja quais nomes entraram e quais saíram dos top 10 masculino e feminino nesses 12 anos:
Masculino: saiu "Marcos", entrou "Gabriel" (10º colocado)
Feminino: saiu "Aline", entrou "Julia" (4º colocado)
No infográfico abaixo, veja o ranking dos sobrenomes mais comuns:
Parque do Ibirapuera, em São Paulo, em foto de agosto de 2024
Paulo Pinto/Agência Brasil
Dólar sobe e fecha a R$ 5,39 com cautela global; Ibovespa avança e tem 7º recorde seguido

Haddad espera investimentos de governos no fundo de preservação do Brasil na COP30
O dólar fechou em alta de 0,77% nesta terça-feira (4), negociado a R$ 5,3988. O Ibovespa, por sua vez, avançou 0,17%, aos 150.704 pontos. Com isso, o principal índice da bolsa brasileira alcançou seu sétimo recorde seguido.
O dia foi marcado pela cautela global dos investidores, que derrubou as principais bolsas e impulsionou o dólar frente a uma cesta de moedas fortes. O Ibovespa resistiu ao pessimismo, enquanto agentes esperam pela decisão do Copom sobre a taxa básica de juros nesta quarta-feira (5).
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▶️ O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central iniciou hoje sua reunião de dois dias, com foco em apresentações técnicas sobre inflação, câmbio, emprego e atividade. A decisão sobre a Selic será anunciada amanhã e a expectativa do mercado é de que a atual taxa (15% ao ano) seja mantida.
▶️ Durante a manhã, o IBGE divulgou a produção industrial de setembro. Em setembro, houve queda de 0,4% na comparação com o mês anterior, mas cresceu 2% na comparação anual. O acumulado em 12 meses foi de 1,5%.
▶️ Nos EUA, a paralisação do governo entra no segundo mês e segue impedindo a divulgação de dados oficiais, como o relatório de empregos e os indicadores de inflação ao consumidor e ao produtor. Incertezas sobre a política monetária e a situação das empresas de tecnologia também pressionaram os mercados.
▶️ A aversão a risco dos investidores aumentou após executivos de grandes bancos americanos alertarem para uma possível queda nas ações em Nova York, que vêm acumulando recordes nas últimas semanas. A revisão das apostas sobre cortes de juros no país também trouxe mais cautela aos mercados.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: +0,35%;
Acumulado do mês: +0,35%;
Acumulado do ano: -12,64%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +0,78%;
Acumulado do mês: +0,78%;
Acumulado do ano: +25,29%.
À espera do Copom
Os investidores brasileiros iniciam a semana com os olhos voltados para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que começa hoje e será concluída na amanhã (5).
A expectativa é de que o BC mantenha a taxa básica de juros em 15% ao ano, em linha com o consenso do mercado.
Para Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos, o ponto central desta reunião será o discurso que acompanhará o anúncio.
Segundo ele, há um consenso de que a Selic permanecerá no patamar atual, mas o mercado quer entender quando o Banco Central começará a discutir a possibilidade de cortes.
“Mais importante do que a manutenção da taxa é o que será dito depois”, afirmou Correia, acrescentando que há expectativa de que as reduções nos juros possam ocorrer já no início do próximo ano.
O especialista destaca ainda que as declarações do presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e de outros dirigentes serão fundamentais para medir o tom da autoridade monetária.
Produção industrial no Brasil
A produção industrial brasileira caiu 0,4% em setembro, na comparação com agosto, eliminando parte do avanço de 0,7% registrado no mês anterior.
Mesmo com esse recuo, o setor ainda está 2,3% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas permanece 14,8% abaixo do recorde histórico de maio de 2011.
Na comparação com setembro de 2024, houve crescimento de 2,0%. No acumulado do ano, a indústria avançou 1,0% frente ao mesmo período do ano anterior.
Em 12 meses, o crescimento foi de 1,5%, mostrando perda de ritmo em relação aos meses anteriores: agosto (1,6%), julho (1,9%), junho (2,4%) e maio (2,8%). A média móvel trimestral variou 0,1% no trimestre encerrado em setembro, após alta de 0,2% em agosto.
Entre as 25 atividades pesquisadas, 12 tiveram queda. Os principais recuos vieram dos setores farmacêutico (-9,7%), extrativo (-1,6%) e automobilístico (-3,5%). Juntas, essas áreas representam cerca de 23% da indústria.
Por outro lado, 13 atividades cresceram, com destaque para alimentos (1,9%), fumo (19,5%) e madeira (5,5%).
Na comparação anual, os alimentos cresceram 7,1%, impulsionados por carnes, sucos e açúcar. Já o setor de petróleo e biocombustíveis caiu 7,2%, pressionado pela menor produção de álcool etílico, devido à priorização do açúcar pelas usinas.
EUA em paralisação pelo 35º dia
A paralisação do governo dos EUA chegou ao 35º dia nesta terça-feira, igualando o recorde histórico estabelecido durante o primeiro mandato de Donald Trump.
O impasse entre democratas e republicanos no Congresso continua sem avanços, e os efeitos se espalham por diversos setores.
A assistência alimentar para cerca de 42 milhões de pessoas foi interrompida, deixando famílias sem os cerca de US$ 180 mensais. Funcionários federais, incluindo policiais, militares e agentes de aeroportos, estão sem receber salários.
Desde o início da paralisação, mais de 3,2 milhões de passageiros enfrentaram atrasos ou cancelamentos de voos.
O Escritório de Orçamento do Congresso estima que, se durar mais uma semana, o impacto na economia pode chegar a US$ 11 bilhões.
No Senado, os republicanos têm maioria, mas não conseguem aprovar medidas sem apoio de democratas, que exigem a prorrogação de subsídios de saúde.
“A questão é por quanto tempo os democratas vão continuar com isso”, disse o líder republicano John Thune.
Já Chuck Schumer criticou o presidente, afirmando que “enquanto Trump se gaba da reforma dos banheiros da Casa Branca, os americanos estão preocupados com o plano de saúde”.
O shutdown também tem provocado o atraso dos dados oficiais, como o payroll e o índice de preços ao consumidor (CPI), deixando os investidores sem parâmetros claros sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Bolsas globais
Em Wall Street, os mercados americanos fecharam em queda nesta terça-feira, após o forte desempenho das ações de tecnologia no início da semana.
Empresas como Nvidia e Amazon, que haviam impulsionado os índices, agora recuam diante de preocupações sobre uma possível bolha no setor de inteligência artificial.
A Tesla também caiu após o fundo soberano da Noruega anunciar que votará contra o pacote bilionário de remuneração proposto para Elon Musk, CEO da companhia.
O índice S&P 500 recuou 1,17%, aos 6.771,74 pontos. O Nasdaq teve perdas de 2,04%, aos 23.348,64 pontos, e o Dow Jones caiu 0,53%, aos 47.085,61 pontos.
Na Europa, os mercados fecharam mistos, com os investidores no aguardo pelos resultados de empresas como BP, Philips, Geberit e Ferrari.
Além disso, eles acompanharam discursos de autoridades monetárias: a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, falou em Sófia (Bulgária), enquanto representantes dos bancos centrais da Espanha e do Reino Unido participam de evento em Madri.
No fechamento, os principais índices europeus não tiveram uma direção única. O índice pan-europeu STOXX 600 encerrou em queda de 0,3%, CAC 40, da França, caiu 0,52%, e o DAX, da Alemanha, recuou 0,76%.
Por outro lado, o FTSE 100, do Reino Unido, avançou 0,14%, o Ftse/Mib, de Milão, teve valorização de 0,09%, e o Ibex-35 de Madri teve estabilidade.
Na Ásia, os mercados fecharam em queda, com investidores realizando lucros em setores que tiveram bom desempenho ao longo do ano. Com poucos balanços previstos nos próximos meses, há uma migração para setores mais estáveis, como empresas estatais e pagadoras de dividendos.
A incerteza sobre a recuperação econômica da China e tensões geopolíticas também pesam sobre o sentimento do mercado.
No fechamento, o Nikkei, de Tóquio, caiu 1,74%, o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,79% e o SSEC, de Xangai, perdeu 0,41%. O CSI300, que reúne grandes empresas chinesas, caiu 0,75%.
Em outros mercados, o Kospi, da Coreia do Sul, teve queda de 2,37%, o Taiex, de Taiwan, recuou 0,77% e o Straits Times, de Cingapura, caiu 0,59%.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
Notas de real e dólar
Amanda Perobelli/ Reuters
Embraer registra R$ 10,9 bilhões de receita no 3° trimestre de 2025 e bate recorde no período

Embraer registra R$ 10,9 bilhões de receita no 3° trimestre de 2025
A Embraer registrou quase R$ 11 bilhões de receita no 3° trimestre deste ano e bateu recorde para o período, de acordo com resultados financeiros divulgados pela empresa nesta terça-feira (4).
Segundo a Embraer, o valor da receita no 3° trimestre de 2025 foi de R$ 10,9 bilhões. O número é 15,8% maior do que a receita de R$ 9,3 bilhões registrada no 3° trimestre do ano passado.
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A receita total da fabricante brasileira de aviões em 2025 está em R$ 27,5 bilhões, valor 27% maior do que os R$ 21,6 bilhões registrados no mesmo período de 2024.
Ainda segundo a Embraer, os principais destaques do 3° trimestre deste ano foram os setores de Aviação Comercial e Defesa & Segurança, que tiveram crescimentos de receitas de 27,5% e 23,8%, respectivamente, em relação ao 3° trimestre de 2024.
A empresa brasileira entregou 62 aviões no 3° trimestre de 2025:
20 jatos comerciais (13 E2s e 7 E1s)
41 jatos executivos (23 leves e 18 médios)
1 jato de Defesa & Segurança (KC-390 Millennium)
As 62 aeronaves entregues representam aumento de 5% em relação às 59 unidades entregues no 3° trimestre de 2024.
Unidade da Embraer em Gavião Peixoto, SP
Divulgação
O lucro líquido ajustado no 3° trimestre de 2025, também divulgado nesta terça-feira (4), foi de R$ 289 milhões - número menor em relação ao R$ 1,2 bilhão do mesmo período em 2024.
De acordo com a Embraer, o lucro do 3° trimestre de 2024 foi maior porque, na ocasião, a empresa recebeu 150 milhões de dólares de um acordo de arbitragem com a Boeing.
No 2° trimestre, o lucro havia sido de R$ 675 milhões.
No acumulado do ano, o lucro líquido ajustado está em cerca de R$ 535 milhões, contra R$ 1.5 bilhão dos primeiros nove meses de 2024.
A empresa também divulgou que as tarifas de importação aos Estados Unidos totalizaram 17 milhões de dólares no 3° trimestre deste ano. O acumulado do ano está em 27 bilhões de dólares.
Até o fim do ano, a Embraer estima entregar de 77 a 85 aviões na Aviação Comercial e de 145 a 155 aviões na Aviação Executiva, com receita total entre 7 bilhões a 7,5 bilhões de dólares.
Recentemente, a fabricante reportou que encerrou o 3° trimestre de 2025 com uma carteira de pedidos recorde de US$ 31,3 bilhões, maior volume já registrado na história da fabricante brasileira.
Embraer encerra 3º trimestre com carteira de pedidos recorde
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Fundo soberano norueguês rejeita pacote de remuneração de US$ 1 trilhão para Elon Musk

Musk poderia deixar Tesla se plano salarial de US$ 1 trilhão for rejeitado
O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, anunciou nesta terça-feira (4) que votará contra a aprovação do pacote de remuneração proposto ao CEO da Tesla, Elon Musk, avaliado em até US$ 1 trilhão, durante a assembleia anual da empresa que acontece nesta semana.
Os acionistas da fabricante de veículos elétricos decidirão, em 6 de novembro, se aprovam o pacote — considerado o maior plano de compensação já oferecido a um executivo —, alvo de críticas por ser considerado excessivo.
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Até o momento, o fundo norueguês é o maior investidor externo da Tesla a divulgar publicamente seu voto. O segundo maior, a gestora Baron Capital, informou na segunda-feira (3) que apoiará o plano de remuneração de Musk.
Os principais investidores institucionais da empresa — incluindo BlackRock, Vanguard e State Street — ainda não revelaram suas intenções de voto.
Valorização da empresa, mas preocupação com o tamanho do pacote
O conselho da Tesla vem pressionando os acionistas a aprovarem o plano, e a presidente do conselho, Robyn Denholm, alertou na semana passada que Musk poderia deixar a companhia caso o acordo fosse rejeitado.
Embora o pacote possa garantir ações avaliadas em até US$ 1 trilhão ao longo de dez anos, o custo dessas ações na data da concessão será descontado, reduzindo o valor líquido para Musk para cerca de US$ 878 bilhões, segundo uma análise da Reuters.
“Reconhecemos o valor significativo criado sob a liderança visionária do sr. Musk, mas estamos preocupados com o tamanho total da recompensa, a diluição das ações e a falta de mecanismos que reduzam o risco de dependência de uma única figura-chave — em linha com nossa posição sobre remuneração executiva”, afirmou o Norges Bank Investment Management (NBIM) em seu site.
O fundo, que é o sétimo maior acionista da Tesla, com uma participação de 1,12% avaliada em cerca de US$ 17 bilhões, também votou contra o plano anterior de remuneração de Musk — decisão que provocou uma reação dura do executivo, que chegou a recusar um convite para participar de uma conferência em Oslo.
Diversos grupos já tentaram, sem sucesso, barrar pacotes bilionários concedidos a Musk, incluindo o plano de US$ 56 bilhões aprovado em 2018 e ratificado novamente pelos investidores no ano passado, embora ainda enfrente disputas judiciais.
Votos contra membros do conselho e plano de ações
O NBIM também informou nesta terça-feira que votará contra dois dos três diretores da Tesla que buscam reeleição: Kathleen Wilson-Thompson e Ira Ehrenpreis. O fundo apoiará apenas Joe Gebbia, que ingressou no conselho em 2022
O fundo norueguês, que administra cerca de US$ 2,1 trilhões, também se posicionará contra o plano geral de ações proposto pela Tesla — voltado a todos os funcionários, mas que pode ser usado pelo conselho para beneficiar Musk.
A Tesla argumenta que seu CEO “não receberá nada” caso o valor de mercado da empresa não cresça substancialmente, e que a remuneração máxima só será paga se a companhia atingir diversas metas, entre elas alcançar um valor de mercado de US$ 8,5 trilhões — quase seis vezes o atual.
Mesmo assim, especialistas em remuneração executiva, avaliação de empresas, robótica e tendências automotivas afirmam que Musk ainda poderia lucrar dezenas de bilhões de dólares sem cumprir boa parte dessas metas.
Grandes gestoras americanas vêm sendo pressionadas por políticos republicanos a reduzirem a atenção dada a fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) nas empresas em que investem — e Musk é considerado um aliado do ex-presidente Donald Trump.
Essa pressão política torna mais difícil que os grandes investidores votem de forma independente, segundo Matt Moscardi, CEO da consultoria Free Float Analytics. “Neste momento, os grandes investidores praticamente não podem votar contra a administração”, afirmou.
Elon Musk em foto de setembro de 2025
AP Photo/Julia Demaree Nikhinson
Criminosos ampliam o uso da inteligência artificial nas fraudes

Polícia Civil do RS prende quatro suspeitos de aplicar fraudes milionárias com inteligência artificial
Na semana passada, acompanhei mais uma edição do Annual Women’s Retirement Symposium, seminário que discute como proteger o patrimônio das pessoas aposentadas ou a caminho de fazê-lo. O tema central foi o aumento de fraudes e golpes impulsionados pela utilização de inteligência artificial. Norte-americanos acima dos 55 anos detêm 70% da riqueza pessoal do país – e se tornaram os principais alvos dos criminosos. Acredito que situação semelhante ocorre no Brasil, por isso as informações são valiosas para nós.
Norte-americanos acima dos 55 anos detêm 70% da riqueza pessoal do país – e se transformaram nos principais alvos dos criminosos cibernéticos
Age without limits
Segundo levantamento do instituto Pew Research, 73% dos americanos já foram vítimas de algum tipo de fraude. O FBI estima que, ano passado, idosos nos Estados Unidos perderam US$ 4,885 bilhões, o equivalente a 26 bilhões de reais – valor que representa um aumento de 43% em relação a 2023. O mais grave é o crescimento de golpes relacionados a criptomoedas, sendo que o grupo mais afetado foi o da faixa acima dos 60.
Matthew Strope, coordenador da área contra fraudes da consultoria financeira Robinhood, alertou para o nível de sofisticação alcançado com o uso da inteligência artificial: “um cliente recebeu uma ligação com a voz da neta aos prantos, explicando que tinha se envolvido num acidente de trânsito. Em seguida, um suposto advogado entrou no circuito pedindo dinheiro para resolver o problema. A voz da jovem havia sido clonada a partir de uma postagem que ela fizera numa rede social”.
A técnica dos criminosos consiste em explorar a emoção das vítimas e criar um senso de urgência, portanto a recomendação é: dar uma pausa, refletir e se proteger. A pausa é para pôr a cabeça para funcionar: no caso citado, por que um advogado estaria no local do acidente? Esse momento de reflexão serve para a pessoa se livrar da pressão a que está sendo submetida e evita que caia numa cilada.
As instituições financeiras têm criado mecanismos para impedir os golpes, bloqueando movimentações que fujam do perfil dos clientes. Ainda assim, não é o bastante. O mais importante é se manter alerta. O chamado phishing-based malware é um ataque cibernético no qual a vítima é induzida a instalar um software malicioso através de um link ou arquivo infectado. O objetivo é roubar dados, controlar sistemas e causar danos financeiros. Exemplos comuns incluem um e-mail que parece ser do seu banco, dizendo que sua conta será bloqueada, ou dos correios, avisando sobre uma encomenda que ficou retida. Para se proteger, tenha sempre em mente:
Desconfie de mensagens urgentes ou alarmantes.
Verifique o remetente e o domínio do e-mail.
Nunca baixe arquivos de fontes desconhecidas.
Use antivírus e mantenha o sistema atualizado.
Ative a autenticação em dois fatores, que exige duas formas distintas de verificação para confirmar a identidade do usuário.
Suprema Corte dos EUA pode barrar tarifas de Trump?

Governo Trump recorre à Suprema Corte para manter em vigor as tarifas comerciais
O governo do presidente americano, Donald Trump, enfrenta na Suprema Corte dos EUA, nesta quarta-feira (05/11), uma disputa que pode se tornar a maior de sua guerra comercial.
Do outro lado da disputa estão pequenas empresas e um grupo de Estados americanos que argumentam que a maioria das tarifas impostas por Trump são ilegais e, portanto, deveriam ser derrubadas.
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Se a Suprema Corte concordar com esse argumento, a estratégia comercial de Trump seria virada de cabeça para baixo, incluindo as abrangentes tarifas globais anunciadas em abril deste ano.
O governo Trump pode acabar também sendo obrigado a devolver parte dos bilhões de dólares arrecadados com as tarifas, que funcionam como impostos sobre importações.
A decisão final dos nove juízes deve sair após meses de análise dos argumentos e de debate sobre o mérito do caso. Depois disso, o tribunal votará. Estima-se que a decisão deve sair até janeiro de 2026.
Trump descreve a disputa em termos épicos e alerta que uma derrota pode limitar sua atuação em negociações comerciais e colocar em risco a segurança nacional. No domingo (02/11), ele afirmou que não comparecerá pessoalmente à audiência para evitar distrações.
"Queria muito ir... Só não quero fazer nada que desvie a importância dessa decisão", disse. "Não se trata de mim, e sim do nosso país."
Trump já havia declarado que, se perder o caso, os EUA ficarão "enfraquecidos" e em uma "bagunça financeira" por muitos anos.
O que está em jogo tem bastante importância para empresas americanas e estrangeiras, que vêm arcando com os custos e as consequências das tarifas, que têm mudado rapidamente.
A exemplo da Learning Resources, empresa dos EUA que vende brinquedos produzidos principalmente no exterior e que integra uma das ações na Suprema Corte. A empresa estima que as tarifas impostas por Trump lhe custaram sete vezes mais neste ano do que no ano anterior, totalizando US$ 14 milhões (aproximadamente R$ 75 milhões).
"Elas causaram um prejuízo inacreditável nos nossos negócios", afirmou o CEO da empresa, Rick Woldenberg, observando que a companhia precisou transferir a fabricação de centenas de itens desde janeiro.
Poucas empresas, porém, contam com uma vitória na Suprema Corte.
Trump sofreu derrota após tribunal bloquear tarifaço anunciado no começo de abril
Carlos Barria/Reuters
"Esperamos que isso seja considerado ilegal, mas também estamos nos preparando para o caso de se elas se consolidarem", disse Bill Harris, cofundador da Cooperative Coffees, cooperativa sediada na Geórgia (EUA).
A empresa, que importa café de mais de uma dezena de países, já pagou cerca de US$ 1,3 milhão (R$ 7,4 milhões) em tarifas desde abril.
Um teste para o poder presidencial de Trump
Ao julgar o caso, a Suprema Corte dos EUA terá de responder a uma questão mais ampla: até onde vai o poder presidencial?
Analistas jurídicos afirmam ser difícil prever a decisão dos juízes, mas um resultado favorável a Trump ampliaria o alcance do poder dele e de futuros ocupantes da Casa Branca.
O processo trata das tarifas impostas pelo governo Trump com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977, norma usada pela Casa Branca por causa, entre outros motivos, de sua rapidez e flexibilidade. Ao declarar uma emergência segundo essa lei, o presidente pode emitir ordens imediatas e contornar procedimentos mais longos e tradicionais.
Trump invocou a lei pela primeira vez em fevereiro, ao taxar produtos da China, do México e do Canadá, argumentando que o tráfico de drogas oriundo desses países configurava uma emergência.
Em abril, recorreu novamente à medida e ordenou tarifas entre 10% e 50% sobre bens de quase todos os países do mundo, incluindo o Brasil. Dessa vez, afirmou que o déficit comercial dos EUA, quando o país importa mais do que exporta, representava uma "ameaça extraordinária e incomum".
À época, o Brasil afirmou que não havia déficit americano na relação entre os dois países, pelo contrário. "As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de US$ 410 bilhões ao longo dos últimos 15 anos", afirmava um comunicado do governo brasileiro.
Essas tarifas passaram a ser aplicadas de forma gradual durante o verão (junho a setembro, no hemisfério Norte), enquanto o governo Trump pressionava outras nações a firmar "acordos".
O Brasil também foi alvo em agosto de uma taxação adicional de 50% para diversos produtos exportados para os EUA, como café, carne e açúcar orgânico. Desta vez, o governo Trump atribuiu as novas tarifas a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro contra aliados, incluindo o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
Perguntas e respostas sobre o encontro entre Lula e Trump
Opositores das medidas de Trump nos EUA afirmam que a lei autoriza o presidente a regular o comércio, mas não menciona a palavra "tarifas", e sustentam que apenas o Congresso pode criar impostos, conforme a Constituição dos EUA.
Eles também contestam se os temas citados pela Casa Branca, especialmente o déficit comercial, configuram de fato emergências.
Parlamentares de ambos os partidos afirmam que a Constituição lhes atribui a responsabilidade de criar tarifas, taxas e impostos.
Mais de 200 congressistas do Partido Democrata nas duas Casas legislativas e uma congressista do Partido Republicano, a senadora Lisa Murkowski, apresentaram um documento à Suprema Corte argumentando que a lei de emergência não concede ao presidente o poder de usar tarifas como instrumento de pressão em negociações comerciais.
Enquanto isso, na semana passada, o Senado aprovou, de forma simbólica e bipartidária, três resoluções que rejeitam as tarifas impostas por Trump, entre elas, uma que busca encerrar o estado de emergência nacional declarado pelo presidente. As medidas, porém, não devem ser aprovadas pela Câmara.
Ainda assim, grupos empresariais disseram esperar que a reprimenda envie uma mensagem aos juízes da Suprema Corte.
'Um dreno de energia como nunca vi'
Três instâncias inferiores da Justiça americana já haviam decidido contra o governo Trump. Após ouvir os argumentos nesta quarta-feira (05/11), a Suprema Corte terá até junho para emitir sua decisão, embora a maioria espere um veredito até janeiro.
Qualquer que seja o resultado, a decisão terá impacto sobre cerca de US$ 90 bilhões (R$ 513 bilhões) em tributos de importação já pagos, aproximadamente metade da receita tarifária arrecadada pelos EUA neste ano até setembro, segundo analistas do banco Wells Fargo.
Autoridades do governo Trump alertaram que esse valor pode chegar a US$ 1 trilhão (R$ 5,7 trilhões) caso o tribunal demore até junho de 2026 para se pronunciar.
Se o governo for obrigado a devolver o dinheiro arrecadado, a Cooperative Coffees "com certeza" tentará reaver o valor, disse Bill Harris. Mas, segundo ele, isso não compensará todos os prejuízos causados.
A empresa precisou contratar uma linha extra de crédito, aumentar preços e buscar formas de sobreviver com lucros menores.
"É um dreno de energia como nunca vi", afirmou Harris, que também é diretor financeiro da Cafe Campesino, uma das 23 torrefadoras que compõem a Cooperative Coffees. "Isso domina todas as conversas e parece sugar a vida da gente."
O que pode acontecer a seguir
A Casa Branca afirma que, se perder, imporá taxas por outros meios, como uma lei que permite ao presidente aplicar tarifas de até 15% por 150 dias.
Mesmo assim, as empresas teriam algum alívio, uma vez que esses outros meios exigem medidas como a emissão de notificações formais, o que leva tempo e deliberação, disse o advogado comercial Ted Murphy, da Sidley Austin.
"Não se trata apenas de dinheiro", disse Murphy. "O presidente anunciou tarifas no domingo que entram em vigor na quarta-feira, sem aviso prévio, sem qualquer processo real."
"Acho que isso é o mais importante para as empresas neste caso, se isso vai ou não fazer parte do nosso futuro", acrescentou.
Não há sinais claros de como o tribunal irá decidir.
Nos últimos anos, ele derrubou políticas importantes, como o perdão de empréstimos estudantis da era Biden, por considerar que a Casa Branca havia excedido seus limites.
Mas os nove juízes, seis dos quais foram nomeados por republicanos, incluindo três por Trump, têm demonstrado deferência a este presidente em outras disputas recentes e, historicamente, têm dado margem de manobra à Casa Branca em questões de segurança nacional.
"Eu realmente acho que há argumentos para que a Suprema Corte siga em todas as direções diferentes", disse Greta Peisch, sócia da Wiley e ex-advogada comercial do governo Biden.
Adam White, pesquisador sênior do American Enterprise Institute, disse esperar que o tribunal revogue as tarifas, mas evite questões como o que constitui uma emergência nacional.
O caso já complicou os acordos comerciais da Casa Branca, como o firmado em julho com a União Europeia.
O Parlamento Europeu analisa a ratificação do pacto, que estabelece tarifas de 15% sobre produtos europeus em troca de concessões, como a ampliação da entrada de produtos agrícolas americanos.
"Eles não vão agir antes de ver o resultado da decisão da Suprema Corte", disse John Clarke, ex-diretor de comércio internacional da Comissão Europeia.
Na Suíça, que recentemente reduziu sua previsão de crescimento econômico ao citar a tarifa de 39% imposta pelos EUA sobre seus produtos, o chocolatier Daniel Bloch afirmou que receberia com alívio uma decisão contrária ao governo Trump.
Sua empresa, a Chocolats Camille Bloch, está arcando com cerca de um terço do custo das novas tarifas sobre o chocolate kosher que exporta aos EUA há décadas, numa tentativa de conter o aumento de preços e manter as vendas. A decisão, segundo ele, eliminou os lucros da unidade e não é sustentável.
Bloch espera que Trump reconsidere as tarifas, porque "seria o mais fácil".
"Se a Corte derrubasse as tarifas, claro que veríamos isso como um sinal positivo", disse. "Mas não confiamos que isso trará a solução."
Ascensão social está mais difícil para os mais pobres, diz estudo

Ascensão social está mais difícil para quem ganha menos, diz estudo
A ascensão de status e classe social está mais difícil para pessoas de renda mais baixa, aponta um estudo da Tendências Consultoria divulgado em primeira mão para o g1.
Segundo a pesquisa, a redução da chamada mobilidade social – ou seja, a capacidade de melhorar de vida — segue uma tendência comum em países com grande desigualdade de renda e reflete o que o mercado chama de “educação não revertida em produtividade”.
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➡️ Na prática, isso significa que os grupos mais pobres nem sempre conseguem transformar mais anos de estudo em produtividade ou aumento renda – como conquistar empregos melhores ou receber promoções com salários mais altos, por exemplo.
Segundo a consultora da Tendências Giuliana Folego, o mercado de trabalho brasileiro é caracterizado por alta informalidade, baixos salários e forte segmentação.
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Assim, mesmo com maior acesso ao mercado de trabalho, pessoas de renda mais baixa tendem a permanecer em empregos de baixa remuneração e pouca proteção social.
Ou seja, embora o ingresso no mercado de trabalho seja o principal caminho para reduzir a pobreza, isso não é suficiente para superá-la.
“Esse descompasso decorre, principalmente, da baixa qualidade da educação básica, do desalinhamento entre os currículos escolares e demandas do mercado de trabalho, bem como da limitada oferta de empregos qualificados”, explica a consultora.
“Assim, mesmo com avanços formais em escolaridade, os trabalhadores desses grupos continuam concentrados em ocupações de baixa remuneração e produtividade, o que mostra que a ampliar o acesso à educação, sem melhorias estruturais no ensino e no setor produtivo, não é suficiente para viabilizar uma mobilidade social efetiva”, completa.
Juros altos: ricos mais ricos, pobres mais pobres
O estudo também mostra que os juros elevados têm aumentado a renda das classes mais altas e piorado o orçamento das mais baixas.
Isso acontece porque, enquanto as altas taxas favorecem famílias cuja renda depende da remuneração do capital financeiro – como rendimentos de investimentos, por exemplo –, as classes mais baixas enfrentam um momento de restrições de crédito e menor capacidade de pagamento.
“A taxa de juros em patamares elevados favorece muito o aumento da remuneração [de ativos], principalmente para a classe A, que vive principalmente da renda proveniente do mercado financeiro”, explica Folego.
O estudo mostra que, enquanto as famílias de classe A têm 72% da renda total vinda de fontes além do trabalho e da previdência social, nas classes mais baixas esse percentual é de 1,3%.
🔎A categoria “outras fontes de renda” considera informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Governo Federal. Os dados incluem seguro-desemprego, pensão alimentícia, aluguel ou arrendamento, renda de ativos financeiros e rendas habituais (como lucros e dividendos, ganhos de capital, indenizações, etc.), outros programas sociais e benefícios assistenciais emitidos pelo INSS, entre outros.
Esse cenário se agrava com a expectativa de desaceleração do mercado de trabalho nos próximos meses e com o reajuste nulo do Bolsa Família em 2026 — o que deve fazer com que a renda dos mais pobres cresça menos do que as das demais classes neste e no próximo ano.
“As classes D e E devem mostrar um crescimento menor, que é principalmente condicionado ao reajuste nulo do Bolsa Família. Também há uma queda no número de beneficiários desde o ano passado, por conta das regras mais rigorosas e mecanismos de fiscalização do programa”, diz Folego.
Veja abaixo:
A consultora da Tendências ressalta que a desaceleração na massa de renda das famílias deve acontecer mesmo em ano eleitoral – período em que o governo costuma priorizar políticas sociais e de transferência de renda.
“Já temos algumas coisas previstas para 2026, como a ampliação do programa ‘Gás do povo’, que deve ser expandido, e a tarifa social de energia elétrica, que deve oferecer gratuidade total para famílias inscritas no CadÚnico com consumo até 80 kWh por mês”, diz.
Consumo mais caro
Ainda segundo o estudo, as classes de renda mais baixa também são as que mais gastam, proporcionalmente, com itens essenciais. Veja abaixo:
Segundo a Tendências, embora a inflação de itens essenciais tenha desacelerado ao longo deste ano – especialmente por conta dos preços dos alimentos – a sensação de que os preços continuam altos ainda é expressiva entre a população, principalmente nas faixas de renda mais baixa.
“Isso ocorre porque, mesmo com a desaceleração, os preços continuam em trajetória de alta. Um exemplo é a expectativa de elevação de 4% para o preço dos alimentos até o final de 2025, conforme o IPCA”, diz Folego.
Além disso, a consultora destaca que outros itens importantes da cesta de consumo das famílias — como energia elétrica e tarifas de transporte público — continuam a pressionar o orçamento doméstico.
“Para 2026, projeta-se uma leve desaceleração da inflação de itens essenciais, especialmente energia elétrica. Contudo, a tendência é que os preços desses itens continuem sua trajetória de alta, mesmo que em ritmo mais moderado”, afirma.
Alívio com medidas do governo
Mesmo assim, a consultoria prevê que as medidas recentemente anunciadas pelo governo podem trazer algum alívio às famílias das classes C, D e E nos próximos meses.
Além da expansão de programas como o “Gás do povo” e da tarifa social de energia elétrica, a consultora destaca reformas em discussão pelo governo relacionadas à renda – como a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a isenção parcial para rendas de até R$ 7,3 mil, por exemplo.
“Nesse caso, o benefício fiscal seria direcionado justamente à classe C, formada por famílias com renda mensal entre R$ 3.500 e R$ 8.500”, diz Folego.
A consultora acrescenta que, caso a validade indeterminada da proposta seja aprovada, a tendência é que esses valores sejam direcionados para o consumo.
“Com isso, as famílias passariam a contar com uma renda um pouco maior. E a Classe C, principalmente, tende a converter isso em consumo”, conclui.
Comunidades da Vila Andrade contrastam com o luxo de mansões do Panamby, na Zona Sul de SP
Celso Tavares/G1
Aneel vai analisar nesta terça processo que pode levar à cassação da concessão da Enel São Paulo
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai analisar nesta terça-feira (4) o processo que pode levar à cassação da concessão da Enel São Paulo — responsável pelo fornecimento de energia para cerca de 8 milhões de pessoas na capital paulista e em outros 23 municípios da região metropolitana. A distribuidora é investigada por falhas recorrentes no atendimento a consumidores após temporais e interrupções de energia. O contrato atual da Enel SP termina em 2028, mas a empresa já pediu renovação antecipada. A decisão da Aneel pode recomendar a “caducidade” (término forçado da concessão) ao Ministério de Minas e Energia, que dá a palavra final. O processo é relatado pela diretora Agnes Maria de Aragão da Costa e tramita sob sigilo. Aneel cobra Enel por demora em religar luz em São Paulo Por que a Enel pode perder a concessão A ação foi aberta após descumprimento de um plano de contingência firmado com a agência e com a Arsesp (reguladora paulista) — e após episódios graves de demora na recomposição de energia, sobretudo em: outubro de 2023, quando tempestades deixaram bairros dias sem luz outubro de 2024, com novos temporais e registros de longos apagões setembro de 2025, quando casas voltaram a ficar sem energia por mais de 48h No mês passado, o diretor Fernando Mosna afirmou que a empresa apresenta “padrão reincidente e preocupante de resposta lenta”. Cenário regulatório e disputa A análise sobre a caducidade ocorre paralelamente ao pedido da Enel para renovar o contrato antes de 2028. Em outubro, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, disse que o processo que apura falhas da Enel deve ser julgado antes da discussão sobre renovação — apesar de parecer técnico preliminar favorável à empresa. “Não vejo possibilidade de avançar na renovação antes de deliberar sobre o processo sancionador”, afirmou Feitosa. Após a nota técnica da Aneel que apontava requisitos atendidos pela Enel, o Ministério Público Federal em São Paulo pediu a suspensão imediata da renovação. A Prefeitura de São Paulo também cobra que não haja renovação sem revisão dos critérios de avaliação do serviço. Críticas ao serviço Desde que assumiu a antiga Eletropaulo em 2018, a Enel é alvo de críticas por piora na qualidade do fornecimento. A prefeitura afirma, em ação civil pública, que houve: aumento das quedas de energia em dias de chuva redução de 51% na força de trabalho corte de quase 50% nos custos operacionais descumprimento de metas de investimentos A gestão municipal também diz que a prática regulatória que permite desconsiderar apagões causados por eventos climáticos extremos mascara o real desempenho da empresa.
Senado vota nesta terça projeto que eleva para R$ 5 mil a faixa de isenção do IR; relator mantém texto da Câmara
Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar O Senado deve votar nesta terça-feira (4) o projeto que eleva para R$ 5 mil mensais a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas. O relator da proposta, senador Renan Calheiros (MDB-AL), decidiu manter o texto aprovado pela Câmara dos Deputados, sem mudanças de mérito. Ele havia cogitado fazer modificações (entenda mais abaixo), mas preferiu acelerar a entrada em vigor da medida. Qualquer modificação levaria a análise novamente para a Câmara. Após a aprovação no Senado, o texto deve ir para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o Ministério da Fazenda, o modelo aprovado pelos deputados e mantido por Renan não cria novas despesas nem receitas. O impacto fiscal gerado com o aumento da isenção é compensado por mudanças tributárias previstas no próprio projeto. O relator entende que é possível, se o texto for aprovado na CAE, levar à votação no plenário do Senado ainda nesta terça. Como é hoje e como fica Atualmente, quem ganha até R$ 3.036 por mês (considerando o desconto simplificado) está isento do Imposto de Renda. A partir desse valor, a tributação começa a subir de acordo com a faixa salarial, chegando a até 27,5%. Com o projeto, a isenção sobe para R$ 5 mil mensais. Quem recebe até R$ 7.350 terá um desconto parcial, reduzindo o imposto a pagar. A tabela sobe progressivamente, a depender da renda, com alíquota máxima de 27,5% para as faixas mais altas. Hoje, lucros e dividendos são isentos. Com a nova regra, haverá uma tributação progressiva — de até 10% — para quem recebe mais de R$ 600 mil por ano em lucros e dividendos. Quem tem apenas salário como fonte de renda continua dentro da tabela normal do IR. Calculadora: veja quanto você deixará de pagar com nova isenção Projeto para arrecadação O projeto original do governo previa mecanismos de aumento de arrecadação, para tentar fechar o rombo das contas públicas. A Câmara derrubou esses dispositivos, por entender que aumentavam desnecessariamente a carga tributária. Renan chegou a dizer que incluiria mecanismos de arrecadação em seu parecer. Ao optar por manter o mesmo texto da Câmara, não desistiu totalmente da ideia. Ele articulou com o senador Eduardo Braga (MDB-AM) um projeto que aumenta a receita do governo. Renan (autor do projeto) e Braga (relator) esperam que o texto também seja votado nesta terça na CAE. O texto estabelece uma fonte de receitas que, segundo o projeto, pode chegar a R$ 6,68 bilhões em 2028. O projeto aumenta a tributação sobre setores considerados de alta lucratividade: Instituições financeiras: a alíquota da CSLL subiria de 15% para 20%, no caso de bancos e sociedades de crédito. Fintechs, corretoras e distribuidoras: alíquota da CSLL passaria de 9% para 15%. Apostas esportivas (bets): a contribuição sobre a receita bruta do jogo passaria de 12% para 24% — metade desse valor compensará estados e municípios pela perda com o IR. A previsão de arrecadação é: 2026: R$ 4,98 bilhões 2027: R$ 6,38 bilhões 2028: R$ 6,68 bilhões O texto também cria o Pert-Baixa Renda, um programa de regularização tributária voltado a contribuintes que receberam até R$ 7.350 mensais em 2024, com foco em combater o superendividamento.
Ibovespa atinge 150 mil pontos: o que explica o recorde da bolsa e como isso afeta a economia

Ibovespa registra sexto recorde seguido e fecha acima dos 150 mil pontos
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou em alta de 0,61% nesta segunda-feira (3) e superou, pela primeira vez na história, a marca de 150 mil pontos.
Com o resultado, o índice de ações da B3 atingiu sua sexta máxima seguida. Só em 2025, já são 21 recordes de fechamento — puxados pelo cenário de cortes de juros nos Estados Unidos e pela expectativa de redução também na taxa básica brasileira, a Selic.
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Apesar de algumas oscilações, o movimento positivo que ganhou força nas últimas semanas vem se mantendo desde o início do ano: entre janeiro e esta segunda-feira, o Ibovespa acumulou alta de 25%, passando de 118.533 pontos em 3 de janeiro para os atuais 150.454 pontos.
Mas o que explica a disparada da bolsa brasileira? E o que isso significa para a economia do país — e para o seu bolso? O g1 conversou com especialistas para entender. Veja nas perguntas abaixo:
O que está por trás dos sucessivos recordes?
O que significa a marca de 150 mil pontos?
Como a alta do Ibovespa impacta a economia — e o seu bolso?
180 mil pontos? O que esperar à frente
O que está por trás dos sucessivos recordes?
A economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, afirma que o fator decisivo para a sequência de recordes da bolsa brasileira foi a mudança de postura do Federal Reserve (Fed).
Na última quarta-feira (29), o banco central dos EUA reduziu os juros pela segunda vez em 2025, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano — o menor nível desde novembro de 2022. Na reunião anterior, de 17 de setembro, o Fed já havia encerrado um período de nove meses sem reduções.
"Com isso, os investidores estrangeiros voltaram a olhar para os mercados emergentes, especialmente para o Brasil, que ainda paga juros reais muito altos", analisa Benedito.
🔎 Na prática, juros menores nos EUA reduzem o rendimento das Treasuries, os títulos do governo americano, que são vistos como os investimentos mais seguros do mundo. O movimento faz investidores buscarem aplicações mais rentáveis em mercados emergentes. Nesse cenário, o Brasil tem se destacado, favorecendo a bolsa e o real frente ao dólar.
O corte de juros nos EUA contrasta com uma Selic ainda elevada: a taxa básica brasileira está em 15%, o maior nível em quase 20 anos. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá nesta terça (4) e quarta-feira (5) para definir a próxima decisão, e a expectativa é de manutenção da taxa.
Gustavo Jesus, sócio da Victrix Capital, afirma que a perspectiva de corte de juros no Brasil em 2026 colabora com a migração de investidores da renda fixa para a variável. “Os mercados já se antecipam a esse movimento”, afirma.
Do ponto de vista das empresas, Ricardo Trevisan, CEO da Gravus Capital, afirma que o Ibovespa foi impulsionado, principalmente, pela alta nas ações de empresas do setor financeiro, com destaque para grandes bancos como Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e BTG Pactual.
"Esses bancos, juntos, representam cerca de 25% do índice e têm se beneficiado da manutenção da taxa Selic em patamares elevados, que sustenta margens de juros robustas e atrai investidores em busca de dividendos consistentes", diz Trevisan.
Ariane Benedito, do PicPay, destaca o bom desempenho de commodities como minério de ferro, petróleo e produtos do agronegócio, que fortalecem empresas importantes no Ibovespa. Ela também cita os balanços financeiros positivos de diversas companhias e a desaceleração da inflação.
"Mesmo com o tom fiscal [condução das contas públicas pelo governo] trazendo aversão ao risco, o ambiente de juros estáveis diminui essa preocupação com o futuro e dá mais previsibilidade e confiança para o investidor apostar no curto prazo", diz.
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O que significa a marca de 150 mil pontos?
Gustavo Jesus, da Victrix Capital, afirma que os 150 mil pontos não têm um significado técnico, mas formam um marco psicológico importante que atrai atenção para a bolsa.
"É um patamar simbólico, que reforça a percepção de recuperação do mercado. Essa alta de 25% no ano surpreendeu grande parte dos investidores, que estavam mais focados em renda fixa no início de 2025", analisa.
Para Hênio Scheidt, gerente de Produtos da B3, o marco indica que os investidores seguem diversificando e sofisticando suas carteiras, "com a renda variável sendo um componente chave de suas estratégias de investimento".
"Há uma retomada gradual de investidores locais e internacionais em renda variável na bolsa do Brasil", diz.
De modo geral, a alta do Ibovespa tem sido impulsionada por um fluxo constante de capital estrangeiro, observa Trevisan, da Gravus Capital. Segundo dados da B3, 58,30% dos recursos aplicados na bolsa brasileira — considerando o mercado como um todo, não apenas o índice — têm origem internacional neste ano.
“O investidor tem sido atraído pelo diferencial de juros reais no Brasil [ou seja, por retornos mais altos que nos EUA] e pela perspectiva de cortes à frente, o que torna o mercado nacional mais competitivo em relação a outras economias emergentes”, afirma Trevisan.
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Como a alta do Ibovespa impacta a economia — e o seu bolso?
Ariane Benedito, economista-chefe do PicPay, explica que o impacto para a população em geral é indireto, mas existe. Ao captar recursos por meio de ações, as empresas costumam investir mais, o que gera empregos e aumenta a arrecadação de impostos, com efeitos positivos na economia.
“Há também uma possível melhora nos salários. Mas o impacto no dia a dia do brasileiro comum é gradual”, diz. Ela destaca ainda que o movimento pode fortalecer o real frente ao dólar, reduzindo os preços das importações e influenciando também os preços ao consumidor.
Hênio Scheidt, da B3, segue a mesma linha. "A confiança dos investidores nas empresas brasileiras incentiva o crescimento econômico, do qual todos — investidores ou não — podem se beneficiar indiretamente", diz.
Gustavo Jesus, sócio da Victrix Capital, fala em um ciclo virtuoso, que favorece diretamente investidores e empresas, com impactos positivos para a economia do país.
“Quando a bolsa sobe, os investidores que lucram com isso tendem a consumir mais, o que ajuda a movimentar a economia. Além disso, empresas mais valorizadas conseguem captar recursos, ampliar investimentos e gerar empregos, beneficiando o país como um todo", avalia.
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180 mil pontos? O que esperar à frente
Ricardo Trevisan, CEO da Gravus Capital, vê o cenário com otimismo. Com a expectativa de queda gradual da taxa básica de juros e de um crescimento econômico mais robusto, ele acredita que o Ibovespa pode superar os 170 mil pontos, com potencial para atingir os 180 mil no próximo ano.
"Essa alta seria impulsionada pela recuperação de setores chave como o imobiliário e o varejo, que são altamente sensíveis à redução dos juros e ao aumento do consumo", afirma.
Benedito, do PicPay, fala em "otimismo moderado" para o fim de 2025. A tendência, diz a economista, é de uma consolidação entre 148 mil a 155 mil pontos até dezembro, conforme as projeções de mercado.
Por outro lado, ela também enxerga um viés positivo para 2026, caso o Federal Reserve mantenha o ciclo de cortes de juros nos EUA e o Brasil consiga preservar as regras do novo arcabouço fiscal — mecanismo criado para controlar o crescimento dos gastos públicos.
Nesse cenário, o índice poderia alcançar os 165 mil pontos, a depender do ânimo dos investidores e da consolidação dos dados econômicos. “Já em um cenário mais otimista, com melhora do fiscal e commodities firmes, há espaço até para 175 mil pontos”, diz.
Gustavo Jesus, da Victrix Capital, adota uma postura mais cautelosa e não arrisca projeções. O economista pondera que há variáveis fora do controle e naturalmente imprevisíveis, como crises e acontecimentos futuros, sejam positivos ou negativos.
“Por isso, a forma mais indicada de investir na bolsa é manter uma alocação de longo prazo, compatível com o perfil de risco. Essa estratégia tende a oferecer retornos superiores aos da renda fixa no longo prazo”, sugere.
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Vista do prédio da B3, Bolsa de valores de São Paulo, localizada na região central da capital paulista, nesta sexta-feira (12). O Ibovespa flertou com os 129 mil pontos na máxima do dia, encerrando aos 128.896,98 pontos, em alta de 0,47% na sessão. Foi o quarto avanço semanal consecutivo para o índice da B3, que sobe agora 4,03% no mês, cedendo ainda 3,94% no ano.
GABRIEL SILVA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Mega-Sena pode pagar R$ 41 milhões nesta terça-feira

Como funciona a Mega-sena
O concurso 2.936 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 41 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (4), em São Paulo.
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No concurso do último sábado (1º), ninguém levou o prêmio máximo.
A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online.
A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados.
Mega-Sena
Marcelo Brandt/G1
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos.
É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
Trump tenta culpar democratas por 'shutdown' e pressiona Senado a acabar com 'filibuster', que dá poder à minoria

Trump tem até hoje para informar como pretende pagar auxílio para alimentação
Com seu governo profundamente afetado pelo "shutdown" do governo americano, a paralisação de serviços federais devido à falta de acordo entre republicanos e democratas no Congresso, o presidente dos EUA, Donald Trump, tem pressionado seus próprios aliados para acabar com uma ferramenta legislativa do país que dá poder à minoria democrata: o "filibuster".
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"Chegou a hora de os republicanos jogarem sua ‘CARTA TRUMP’ e partirem para o que é chamado de Opção Nuclear — Acabar com o filibuster, e acabar com ele AGORA!", escreveu Trump em suas redes sociais.
🤔 O que é isso? O filibuster é uma antiga ferramenta legislativa existente nos EUA que impede a tramitação dos projetos de lei, a menos que 60 senadores votem a favor. O termo se refere a qualquer manobra prevista no regimento para obstruir uma votação. A mais famosa é usar o direito de fala em plenário para discursar por horas, de forma a esgotar o tempo para a votação da matéria — na prática, porém, qualquer ação que dificulte a obtenção de 60 votos para um projeto essencial é chamada de filibuster.
Foto do Senado dos EUA, no Capitólio, em Washington, na madrugada de terça-feira, 8 de novembro de 2022
J. Scott Applewhite/AP
Ao longo dos anos, o filibuster tem frustrado projetos políticos tanto de governos democratas quanto republicanos, e Trump vem reclamando dela desde seu primeiro mandato na Casa Branca.
Para passar pelo Senado, o projeto orçamentário proposto pelos republicanos precisa de três quintos dos votos na Casa (ou seja, da aprovação de 60 dos 100 senadores). A maioria republicana, no entanto, conta com 53 cadeiras, sendo necessário o apoio de pelo menos 7 democratas.
O apoio de parte do partido rival no Legislativo dos EUA quase sempre foi imprescindível ao longo da história do país. A crescente polarização fomentada pelo trumpismo, porém, tem tornado cada vez mais difícil a convergência bipartidária.
Os democratas dizem que só aprovarão o projeto caso programas de assistência médica que estão prestes a expirar sejam prolongados. Já os republicanos de Trump insistem que saúde e orçamento devem ser tratados como questões separadas.
Em entrevista exibida no domingo (2), Trump afirmou que "não se deixará ser extorquido" pelos democratas que exigem negociações para estender os subsídios para a saúde. Ecoando os republicanos no Congresso, o presidente disse no programa “60 Minutes”, da CBS, que só negociará quando o governo reabrir.
Trump disse que os democratas "perderam o rumo" e previu que eles cederão aos republicanos. "Acho que eles terão que ceder", disse Trump. "E se eles não votarem, o problema é deles."
Sem acordo nem votação, o atual "shutdown" segue em vigor e deve se tornar o mais longo da história dos EUA, caso não seja encerrado nesta semana. A paralisação mais longa aconteceu durante o primeiro mandato de Donald Trump e durou 35 dias, entre 2018 e 2019.
Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A remuneração será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado.
Hesitação republicana
Para sair da crise, Trump tem voltado a pressionar os líderes de seu partido para que alterem as regras do Senado e acabem com o filibuster.
Os senadores republicanos, porém, têm rejeitado repetidamente essa ideia desde o primeiro mandato de Trump, argumentando que a regra que exige 60 votos para superar quaisquer objeções no Senado é vital para a instituição.
Acabar com o filibuster durante a atual legislatura parece ser a solução mais cômoda para os republicanos agora — mas eles sabem que, no futuro, com o Senado tendo uma eventual maioria democrata, a falta desse instrumento deixaria o caminho livre para a aprovação de pautas contrárias à sua agenda.
Os republicanos esperam que pelo menos alguns democratas mudem seus votos, já que moderados vêm negociando há semanas com republicanos de base possíveis acordos que poderiam garantir votos suficientes para a aprovação do projeto de lei de saúde em troca da reabertura do governo. Os republicanos precisam de mais cinco votos democratas para aprovar seu projeto.
História do filibuster
Ao contrário da Câmara dos Representantes, o Senado impõe poucas restrições ao direito de fala dos legisladores. Mas os senadores podem usar as regras da Casa para dificultar ou bloquear votações. Isso é o que, na prática, é o filibuster — um termo que, segundo registros do Senado, começou a aparecer em meados do século XIX.
Mas a forma como o filibuster é usado hoje não se assemelha à tática "clássica" de ocupar o plenário com discursos que podem passar de 20 horas de duração.
Agora, os senadores informam seus líderes — e muitas vezes confirmam publicamente — que irão obstruir um projeto de lei. Não são necessários discursos longos. No entanto, o Senado ainda precisa reunir 60 votos para superar esse obstáculo. Se conseguirem, os senadores poderão prosseguir para a aprovação final, que requer apenas maioria simples.
O regimento do Senado já foi mudado anteriormente para acabar com os filibusters, mas apenas para nomeações presidenciais para o Judiciário, exceto juízes da Suprema Corte. Isso ocorreu em 2013, quando os democratas estavam fartos das repetidas obstruções republicanas às nomeações do presidente Barack Obama, especialmente para o Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Circuito do Distrito de Columbia.
Essa é a chamada "opção nuclear", citada por Trump.
Outra opção para se driblar o filibuster seria alterar o regimento do Senado, em particular a Regra XXII: estabelecida em 1917, ela determina a invocação da "cloture", ou interrupção do debate, que força a aprovação de uma matéria por maioria simples.
A "cloture", no entanto, precisa de três quintos dos votos (60, com todas as cadeiras ocupadas) para que ela seja invocada. Para alterar o regimento, seriam necessários dois terços dos votos da Casa para afrouxar a exigência dos três quintos.
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OpenAI pagará US$ 38 bilhões para ter infraestrutura da Amazon na corrida pela IA

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A OpenAI, dona do ChatGPT, anunciou um acordo de US$ 38 bilhões (R$ 204 bilhões) com a AWS, divisão de computação na nuvem da Amazon, para comprar capacidade adicional de desenvolvimento para sua plataforma de inteligência artificial.
Assim, a startup continua sua ambiciosa campanha por mais potência computacional e de armazenamento, junto a provedores de nuvem, como a AWS, e fabricantes de chips, para garantir sua competitividade na corrida pela IA.
A OpenAI pretende a ser a primeira do setor a desenvolver um modelo de IA geral, conhecido como AGI (na sigla em inglês), que se iguale ao conjunto das capacidades intelectuais humanas.
'Bolha' da IA pode estourar? Trilhões em investimentos esbarram em baixo retorno
"Desenvolver a IA mais avançada requer capacidades de cálculo muito grandes e confiáveis", explicou o diretor da OpenAI, Sam Altman, em comunicado. "Nossa parceria com a AWS reforça o ecossistema que apoiará esta nova fase e tornará a IA avançada acessível para todos".
A negociação fez subir as ações da Amazon na bolsa de Nova York, e também refletiu positivamente para a Nvidia, cujos chips serão utilizados nessa parceria (saiba mais abaixo).
Sam Altman, CEO da OpenAI
Yuichi YAMAZAKI / AFP
Possível bolha da IA
Na semana passada, Altman revelou que a OpenAI assumiu compromissos de U$ 1,4 trilhão (R$ 7,5 trilhões) com fornecedores de serviços na nuvem e da indústria de chips.
Esses contratos exigirão 30 gigawatts (GW) de eletricidade, o que equivale a mais de 2% da capacidade total instalada nos Estados Unidos no final de 2023, segundo dados da EIA, a agência de informação energética dos EUA.
Uma parte dos investidores mostra cada vez mais cautela diante do frenesi de compras da OpenAI.
Isso porque as receitas projetadas da empresa para este ano giram em torno de US$ 13 bilhões (R$ 69,7 bilhões), mas estima-se que ela não será lucrativa antes de 2029, conforme admitido pelo próprio Altman.
Questionado sobre o tema em um episódio do podcast "BG2 Pod" publicado na última sexta-feira (31), Altman demonstrou sinais de irritação e respondeu que a OpenAI gerará "muito mais" receitas do que essa estimativa.
Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas
Como será o convênio com a AWS
O acordo com a AWS foi o primeiro desde que a OpenAI formalizou sua nova estrutura, na qual a empresa tem mais liberdade para se afastar de suas origens sem fins lucrativos e gerar benefícios para seus investidores.
O convênio com a AWS tem duração de sete anos e assegura à OpenAI disponibilidade adicional imediata na nuvem, com um lançamento completo antes do final de 2026.
A parceria anunciada baseia-se na colaboração existente entre as duas empresas, com os modelos mais abertos da OpenAI já disponíveis nos servidores da Amazon.
Apagão na nuvem da Amazon derruba aplicativos e serviços ao redor do mundo
As infraestruturas de nuvem que a AWS colocará à disposição da empresa californiana serão baseadas principalmente em processadores do gigante Nvidia, os GPUs (Unidades de Processamento Gráfico), considerados os mais avançados do mercado.
Elas não serão utilizadas apenas para trabalhos nos novos modelos da OpenAI, mas também para operar o ChatGPT e gerenciar as solicitações dos mais de 800 milhões de usuários semanais da plataforma, especificou a companhia.
A OpenAI opta pelos chips da Nvidia, em vez dos desenvolvidos pela AWS, que, segundo especialistas, atingiram níveis de desempenho agora próximos aos GPUs da líder mundial do setor.
Parceira privilegiada da OpenAI, da qual controla 27% do capital após ter investido mais de US$ 13 bilhões (R$ 69,7 bilhões), a Microsoft aceitou há alguns meses a ideia de que a startup de São Francisco busque capacidades de nuvem em outros lugares.
Isso mostra que a Microsoft, embora também forneça serviços de nuvem, já não consegue atender toda a demanda de seus clientes em termos de armazenamento e processamento de dados.
O que é nuvem?
Toda empresa que trabalha com processamento de dados precisa de computadores para armazenar informações, arquivos e softwares.
Esses computadores, que geralmente são grandes equipamentos com alta capacidade, podem ser mantidos pela própria empresa em sua sede ou em outro lugar.
Como isso custa caro e exige manutenção constante, as empresas optam por terceirizar essa estrutura e contratam companhias com maior capacidade de manter esses supercomputadores, como AWS, Azure, Google Cloud, Oracle e IBM.
Nuvem é o nome dado ao serviço que permite transferir, guardar e processar dados em outros lugares, usando a internet. Pessoas também usam serviços na nuvem ao salvarem fotos no Google Fotos e no iCloud, da Apple, ou ao rodar jogos online, sem baixar e instalar programas, por exemplo.
Única mina de potássio em atividade no Brasil localizada em Sergipe é vendida

Mina subterrânea em Rosário do Catete
Adema/Arquivo
Foi concluída, nesta segunda-feira (3), a aquisição do Complexo Mineroquímico de Taquari-Vassouras, única mina de potássio em operação no Brasil, localizado no município de Rosário do Catete (SE). A informação foi divulgada pela VL Holding, empresa responsável pela compra.
Segundo a empresa, a previsão é que sejam realizados investimentos para elevar a eficiência e a produtividade da mina de potássio, insumo considerado essencial para a produção de fertilizantes.
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O CEO da empresa, Daniel Moreira, afirmou que um dos diferenciais do empreendimento é a facilidade logística, com a operação próxima dos principais polos consumidores do Nordeste, eliminando a dependência de portos, navios e condições climáticas.
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O governo de Sergipe confirmou a operação e afirmou que se colocou à disposição para apoiar o processo de transição entre as empresas. O complexo de Taquari-Vassouras tem mais de 40 anos de existência e até 2024 possuía cerca de 1500 funcionários.
A prefeitura de Rosário do Catete disse foi informada pela gerência da Mosaic sobre a venda da mina e que também está acompanhado o processo de transição.
A VL Holding confirmou que os funcionários que trabalham na mina serão mantidos e que os serviços realizados no local não foram interrompidos.
Antes de ser vendida, a mina era administrada pela empresa estadunidense Mosaic Potássio Mineração, desde 2018.
Sobre a transação
De acordo com a Mosaic, a VL Mineração, subsidiária da VL Holding, assumirá a operação de mineração e processamento de potássio, além da manutenção e outras obrigações.
Em troca, a Mosaic receberá US$ 27 milhões em espécie, com US$ 12 milhões pagos no fechamento, US$ 10 milhões um ano após o fechamento e até US$ 5 milhões em seis anos como pagamentos contingentes.
Além disso, a VL Mineração assumirá a responsabilidade por aproximadamente US$ 22 milhões em obrigações de descomissionamento de ativos (ARO).
Globo conquista 49 prêmios no GEMA Awards 2025

Campanha It's not OOH - It's Our Own Heroes.
Divulgação/TV Globo
A Globo conquistou 49 troféus no GEMA Awards 2025, promovido pela Global Entertainment Marketing Academy of Arts & Sciences. A premiação reconhece campanhas criativas e estratégicas de setores como filmes, TV e streamings, música, esportes e vídeo-games.
Do total de prêmios recebidos pela Globo, oito foram conquistados na edição global da premiação — que reúne os trabalhos de empresas do mundo todo —, e 41 troféus foram conquistados na edição voltada para a América Latina.
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🌎Edição global
Na edição global, a TV Globo foi premiada com dois ouros, duas pratas e dois bronzes. O destaque ficou com a campanha que valoriza o jornalismo profissional e uma peça das Olimpíadas de Paris, reconhecida em duas categorias.
O Globoplay também se destacou, levando um ouro e uma prata com “It’s Not OOH, It’s Our Own Heroes”, campanha que levou atletas olímpicos para outdoors de todo o país, e “Globoplay - E Se...”.
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🌎 Edição América Latina
Já na edição voltada para a América Latina, a Globo conquistou mais 23 ouros e 18 pratas, com trabalhos que evidenciam a diversidade de formatos e narrativas da empresa.
O Globoplay foi responsável por 14 ouros e seis pratas, com campanhas de séries originais como "Os Outros" e "O Jogo que mudou a história".
A TV Globo levou nove ouros e 12 pratas, para filmes de jornalismo, novelas, eventos esportivos e especiais como Roberto Carlos: 50 anos de emoções.
"Os prêmios reforçam o compromisso da Globo com a excelência criativa e a relevância de suas narrativas, que seguem conectando pessoas e gerando impacto por meio de histórias que emocionam, informam e transformam", disse a empresa em nota oficial.
Confira abaixo todos os prêmios do Gema Awards 2025:
Global
Medalhas de Ouro
TV Globo:
Professional Journalism- more than important – News Promo
Planet Earth- The Clock Time – Documentary Promo
Globoplay:
It’s Not OOH, It’s Our Own Heroes – Ad Campaign
Medalhas de prata
TV Globo:
Olympics I’m the podium– Sports Promo
Golden Movies- Action/ Adventure Clip-based promo
Globoplay:
Globoplay’s what if– Internal Marketing Promotion
Medalhas de Bronze
TV Globo:
Globo Tetris– Variety Promo
Olympics- I’m the Podium – Olympics Promo
América Latina
Medalhas de ouro
TV Globo:
Jornalismo Globo – More Than Important – News Promo
Olympics – I Am My Own Podium – Special Event Promo
Girl of the moment – Telenovela/Sopa Opera Promo
Black Talks 2024 – Diversity & Inclusion Awareness
Euro & Copa América 2024 – Copywriting
Golden Movies – Editing
Golden Movies – Use of Score or Music Without Lyrics
Where There’s a Show, There’s Multishow – Use of Music with Original Lyrics
Roberto Carlos: 50 years of emotions – Variety Promo
Globoplay:
The Others – Season 2 – Drama Trailer
The Others – Season 2 – Drama Promo
Caso Robinho – Documentary Promo
The Game – Original Series Promo
The Game – Champions – Best Work never seen
The Game – Videogame – Out-of-House Promotion
The Game – Button – Delivering on a Dime
The Game – Program Campaign
Justice – Hallelujah – Use of Music
Justiça 2 (Justice 2) – Opening Title/Credits
The Game – Videogame – Motion Graphics
Olympic Christ – Visual Effects
Globoplay’s What If – Marketing Video/Sizzle Reel
Mônica e Amigos: Como Tudo Começou – Children/Family Promo
Medalhas de prata
TV Globo:
Mania de Você – Drama Trailer
Golden Movies – Holiday/Seasonal Promo
Jornal da Globo – Let’s Chat a Little Further? – News Promo
The Others – Original Series Promo
Sportv Paralympic Manifesto – Special Event Promo
Cup’s Invasion – Sports Promo
Caldeirão Tetris – Variety Promo
Sportv Sound ID – Sound Design
Roberto Carlos: 50 Years of Emotions – Use of Music
Olympics – Virtual Production – Best Use of Technology/Innovation
Planet Earth – The Clock Time – Copywriting
Coming soon to Globo- Alfredo Honório Show- Marketing Video/Sizzle Reel
Globoplay:
Justice: Misconduct – Values – I’m Not Crying, You Are!
The Game – Videogame – Promo Not Using Programming Footage
Justice: Misconduct – Editing
Cosme e Damião – Opening Title/Credits
Olympic Christ- Social Media Video
It’s Not OOH, It’s Our Own Heroes – Out-of-Home Ad
Reforma Casa Brasil: programa de crédito do governo para reforma da casa começa hoje; veja como entrar

Reforma Casa Brasil: veja como entrar no programa de crédito do governo
A Caixa Econômica Federal iniciou nesta segunda-feira (3) as contratações do programa "Reforma Casa Brasil", que vai conceder crédito para reformas de casas para famílias de todas as faixas de renda.
As condições do crédito e os juros dependerão dos ganhos mensais. Ao todo, serão disponibilizados R$ 40 bilhões — R$ 30 bilhões do Fundo Social no Programa Minha Casa, Minha Vida, para pessoas com renda de até R$ 9,6 mil, e outros R$ 10 bilhões disponibilizados pelo banco em linha própria para famílias com renda superior a esse limite.
Veja abaixo como vai funcionar e o que é preciso fazer para participar:
Modalidades de financiamento
Taxas de juros por faixa de renda
O que pode ser financiado
Passo a passo para se inscrever
Fontes de recursos e metas
Por que o programa foi criado
Cuidados para quem for participar
Modalidades de financiamento
O programa, coordenado pelo Ministério das Cidades, oferecerá duas modalidades principais de financiamento:
Para famílias com renda de até R$ 9,6 mil mensais: financiamento a partir de R$ 5 mil, com prazo de pagamento de até 60 meses.
Para famílias com renda acima de R$ 9,6 mil: condições serão definidas pela Caixa; o financiamento terá valor mínimo de R$ 30 mil, prazo de pagamento de até 180 meses, com taxas variando conforme o valor do crédito.
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Taxas de juros por faixa de renda
As taxas de juros variam conforme a faixa de renda da família:
Faixa 1 (renda até R$ 3.200): juros a partir de 1,17% ao mês.
Faixa 2 (renda entre R$ 3.200,01 e R$ 9.600): juros de 1,95% ao mês.
Acima de R$ 9.600: juros entre 1,33% a 1,95% ao mês, e financiamento de até 50% do valor de avaliação do imóvel, limitado ao teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), recentemente atualizado para R$ 2,250 milhões.
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Arquiteto viraliza nas redes sociais com reforma de casa simples na periferia de Brasília
Marcos Vinícius Teixeira da Silva/ arquivo pessoal
O que pode ser financiado
Os recursos poderão ser usados para:
🏡compra de materiais de construção;
🏡pagamento de mão-de-obra;
🏡contratação de serviços técnicos, como elaboração de projeto ou acompanhamento de obra.
Além disso, para evitar sobreendividamento, o valor da parcela será limitado a 25% da renda familiar. E cada família poderá ter apenas uma operação ativa por vez.
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Passo a passo para se inscrever
A contratação será simplificada e feita digitalmente, pelo site ou aplicativo da Caixa, a partir de 3 de novembro.
Veja o passo a passo:
Acesse o site da Caixa e preencha as informações sobre renda e imóvel no campo destinado, para verificar se você atende aos critérios do programa. Inicialmente, segundo a Caixa, as contratações poderão acontecer tanto no aplicativo e na rede de agências do banco;
Caso você se enquadre no programa e o empréstimo seja contratado por apenas um membro da família, você será direcionado para o aplicativo para concluir a contratação de forma digital;
Após aprovação, assine o contrato digitalmente;
Envie fotos do imóvel antes da reforma. A ideia é que em pouco tempo o primeiro depósito seja liberado na conta;
Realize as compras e dê início à obra;
Envie novas fotos comprovando o andamento ou a conclusão da obra. Após isso, o restante do crédito será liberado.
Segundo a Caixa, as famílias que possuem mais de um integrante com renda ou que não têm conta na Caixa devem procurar uma agência do banco para realizar a contratação.
O banco ainda informou que, nas linhas do Minha Casa, Minha Vida, "não haverá necessidade de garantia do imóvel".
"A liberação dos recursos ocorrerá em conta corrente ou poupança em duas etapas: 90% na contratação e 10% após envio de fotos da reforma, que deve ser realizado por meio do aplicativo Caixa", disse o banco em nota oficial.
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Fontes de recursos e metas
Dos R$ 40 bilhões anunciados, estão previstas duas fontes:
R$ 30 bilhões provenientes do Fundo Social (voltados para famílias com renda até R$ 9,6 mil).
R$ 10 bilhões da Caixa, via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), para as famílias com renda acima desse limite.
O governo tem como meta inicial realizar 1,5 milhão de contratações.
O programa atenderá famílias que já possuem imóvel, mas enfrentam problemas estruturais ou de adequação — por exemplo, telhados danificados, pisos comprometidos, instalações elétricas ou hidráulicas precárias, falta de acessibilidade ou necessidade de ampliação.
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Por que o programa foi criado
O programa parte do diagnóstico de que o déficit habitacional brasileiro não se restringe à falta de moradias, mas também à inadequação das que já existem.
Durante evento em maio, Lula destacou que “o cidadão que quiser reformar a sua casa, fazer uma garagem, um quarto, um banheiro, esse cidadão tem o direito de ir ao banco e pegar um crédito com o juro mais barato possível.”
Segundo o governo, a iniciativa complementa o novo modelo de crédito imobiliário anunciado em 10 de outubro.
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Cuidados para quem for participar
É necessário comprovar que o crédito está sendo usado apenas para a reforma permitida — quem tentar burlar as regras poderá perder as taxas reduzidas e passar a responder por condições de crédito comum.
A comprovação das obras será feita por meio de fotos que serão analisadas por inteligência artificial, para verificar se as imagens correspondem ao imóvel declarado, se houve manipulação ou montagem, entre outros aspectos.
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Imóveis.
Crédito: Divulgação
Black Friday 2025: tudo o que você precisa saber para fazer boas compras

Consumidor pode aumentar vantagens ao usar as plataformas certas
PicPay/Divulgação
Data mais importante do varejo nacional, a Black Friday é um dos períodos mais aguardados do ano pelos consumidores. Com descontos mais vantajosos do que no restante do ano, muita gente espera o fim de novembro para tirar do papel aquela compra planejada. Enquanto o dia não chega, vale se preparar para saber identificar as ofertas reais e garantir uma experiência de compra segura.
O PicPay, um dos principais bancos digitais do país, está de olho no que vem por aí e reuniu uma série de dicas para que o consumidor aproveite ao máximo a Black Friday e termine a jornada de compra satisfeito. A última edição revela o interesse cada vez maior pela data: em 2024, somente no PicPay, foram mais de R$ 11 bilhões transacionados - um avanço de 35% em relação a 2023.
Em 2025, segundo o banco, 80% dos usuários já sinalizam intenção de compra, reforçando a relevância da data e a importância de se preparar com antecedência.
Compras com proteção em cada clique
Como aliado dos consumidores, o PicPay torna o processo de compra mais simples e eficiente, com segurança do início ao fim. Cada transação é protegida por múltiplas camadas de proteção, formando um verdadeiro escudo digital.
“O consumidor encontra uma experiência de ponta a ponta na Black Friday do PicPay: desde o planejamento das compras, flexibilidade para pagar como preferir até ofertas e benefícios exclusivos. Nosso objetivo é unir conveniência, segurança e economia para que cada usuário aproveite ao máximo a data mais importante do varejo”, destaca Alexandre Moshe, VP Executivo de Audiências e Ecossistemas do PicPay.
Chegue preparado na Black Friday com as dicas a seguir.
1. Planeje com antecedência
Planejar com antecedência é o primeiro passo para aproveitar melhor a Black Friday. De acordo com uma pesquisa do PicPay, 45% dos consumidores começam a se preparar mais de um mês antes, o que faz toda a diferença na hora de encontrar boas oportunidades.
Uma boa prática é listar os produtos de interesse e acompanhar a variação de preços ao longo das semanas. Assim, fica mais fácil identificar descontos realmente vantajosos e evitar falsas promoções.
E se você já sabe quanto pretende gastar, vale deixar esse valor guardado em um lugar onde ele possa render, como no Cofrinho PicPay, que oferece rendimento de até 121% do CDI. Até a Black Friday chegar, seu dinheiro trabalha por você. E o desconto fica ainda melhor.
2. Compare ofertas
Nem todo desconto é o que parece. Por isso, comparar ofertas continua sendo uma das estratégias mais eficazes para aproveitar a Black Friday com inteligência.
A boa notícia é que agora dá pra fazer isso em um só lugar: no PicPay Shop, você pode buscar produtos, conferir os preços de diferentes lojas e escolher o melhor custo-benefício sem sair do app.
Além de economizar tempo, essa prática ajuda a evitar falsas promoções e garante que o desconto que parece bom seja realmente vantajoso.
3. Use o Pix para rapidez e economia
Usar o Pix é uma das formas mais práticas e econômicas de aproveitar a Black Friday. Em 2024, 48% das compras realizadas no PicPay durante o período foram pagas com Pix — reflexo da agilidade e da liquidação imediata que o meio oferece.
Além da conveniência, muitas lojas ainda disponibilizam condições especiais para quem opta por pagar dessa forma, tornando o desconto ainda mais vantajoso.
4. Fique de olho nas grandes categorias e tendências
A Black Friday é uma excelente oportunidade para investir em categorias que tradicionalmente concentram as melhores ofertas. Eletrônicos, eletrodomésticos e itens de marketplace, por exemplo, estão entre os campeões de vendas e registraram um crescimento de 205% no PicPay na mesma época do ano passado.
Ficar de olho nessas tendências ajuda a direcionar melhor suas compras e aproveitar os maiores descontos do período.
5. Aproveite o cashback para estender o desconto
Durante a Black Friday, uma das estratégias mais eficazes para economizar é usar o cashback a seu favor. Plataformas como o PicPay oferecem esse benefício, que consiste em devolver parte do valor gasto na compra para o cliente. Assim, é possível planejar suas compras de forma inteligente e aproveitar ao máximo cada oferta da Black Friday.
6. Verifique a reputação da loja antes de comprar
Verificar a reputação da loja é uma etapa essencial antes de qualquer compra, especialmente em datas como a Black Friday, quando o volume de transações cresce e as tentativas de fraude também.
Em 2024, foram registradas 17,8 mil tentativas de golpe, segundo levantamento da ConfiNeotrust e da ClearSale. As operações barradas somaram R$ 27,6 milhões, com um ticket médio de R$ 1.550 — três vezes maior que o das compras legítimas.
Por isso, prefira sempre sites reconhecidos ou marketplaces confiáveis e cheque com atenção as políticas de troca e devolução. Esses cuidados simples ajudam a garantir que o desconto não saia caro.
7. Atenção a produtos não planejados - mas com bons preços
Mesmo com planejamento, é comum que a Black Friday traga oportunidades que estão fora da lista. Segundo dados do PicPay, 70% dos consumidores acabam comprando algo não planejado — e tudo bem, desde que a oferta seja realmente vantajosa e o orçamento permaneça sob controle.
Nessas horas, ter flexibilidade no pagamento faz toda a diferença. No PicPay Shop, por exemplo, é possível escolher entre sete formas diferentes de pagar, o que ajuda a equilibrar o impulso de aproveitar uma boa promoção com uma decisão financeira consciente.
8. Aproveite oportunidades além da Black Friday
Depois da Black Friday, a economia não precisa parar: a Cyber Monday e o período que antecede o Natal trazem ótimas oportunidades para quem quer comprar com inteligência.
Na Cyber Monday, primeira segunda-feira após a Black Friday, muitos produtos digitais e eletrônicos continuam com desconto, então vale planejar com antecedência e aproveitar o que ficou de promoção. Já no Natal, liquidações de fim de ano e ofertas de estoque final permitem garantir presentes e itens essenciais por preços melhores.
O segredo é se organizar e transformar cada data em oportunidade, em vez de só consumir por impulso.
Ainda não tem uma conta PicPay? Acesse o site e abra a sua.
Governo federal proíbe todos os cafés da marca Vibe Coffee

Cafés da marca Vibe Coffee, proibida pelo governo federal
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O governo federal proibiu nesta segunda-feira (3) a venda de todos os cafés da marca Vibe Coffee, do Espírito Santo.
Publicado no Diário Oficial da União, o veto foi feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e inclui a comercialização, distribuição, fabricação propaganda e uso do produto.
Segundo a Anvisa, a proibição ocorreu pelos seguintes motivos:
ausência de licença sanitária da empresa;
ausência de regularização dos produtos (comunicado de início de fabricação);
falhas graves de boas práticas de fabricação, como ausência de rastreabilidade, ausência de procedimentos operacionais padrão e condições inadequadas de higienização;
irregularidades constadas em uma inspeção da Vigilância Sanitária do Espírito Santo.
Em nota, a Vibe Coffee afirma que não possui qualquer auto de infração, notificação ou processo administrativo junto ao órgão.
E que foi a própria empresa quem solicitou uma inspeção da Vigilância Sanitária estadual, "com o objetivo de obter orientações técnicas para a emissão do alvará sanitário".
Após terem sido identificadas "algumas irregularidades estruturais e ausência de determinados Procedimentos Operacionais Padrão", a empresa suspendeu suas atividades para realizar as obras e adequações necessárias.
"Após as correções, todas as evidências serão encaminhadas à Vigilância Sanitária estadual para reavaliação e liberação do retorno das operações", afirmou a Vibe Coffee.
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Governo proíbe pó para café em sachê da marca Cafellow
Governo federal proíbe pó para café em sachê da marca Cafellow
Em seu site, a Vibe Coffee comercializa vários cafés nas versões moído ou em grão. Segundo a empresa, os produtos são fabricados a partir de grãos oriundos de produtores do Espírito Santo e de Minas Gerais.
Essa foi a segunda proibição relacionada a marcas de café vendidas pela internet em menos de uma semana. Na última quinta-feira (30), a Anvisa vetou o pó para preparo de café em sachê Fellow Criativo, da marca Cafellow.
O produto, também vendido por meio de e-commerce, contém o extrato de cogumelo Agaricus Bisporus, “ingrediente não avaliado quanto à segurança de uso em alimentos”, segundo a agência.
ENTENDA:
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