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Concurso da PF: inscrições para 1 mil vagas com salários de até R$ 26,8 mil terminam nesta sexta


13/06/2025 03:00 - g1.globo.com


Prazo para participar da seleção vai até 18h desta sexta-feira (13); há vagas para cargos da área policial, como escrivão, agente e delegado. Polícia Federal publica edital com mil vagas e salários de até R$ 26,8 mil As inscrições para o concurso público da Polícia Federal com cargos de delegado, perito criminal, agente, escrivão e papiloscopista terminam nesta sexta-feira (13), às 18h. ➡️ VEJA O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp Ao todo, são 1 mil oportunidades na área policial: A remuneração inicial para os cargos de delegado de Polícia Federal e perito criminal, em todas as especialidades, é de R$ 26.800. Já os cargos de escrivão, agente e papiloscopista contam com salário inicial de R$ 14.164,81. Os interessados devem acessar o site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), a banca organizadora do concurso. Do total de vagas a serem preenchidas, 20% são reservadas para negros (pretos e pardos) e indígenas, e 5% para pessoas com deficiência. A jornada de trabalho dos aprovados é de 40 horas semanais. Para os cargos de escrivão, agente e papiloscopista, podem se inscrever graduados em qualquer curso de nível superior. Já as funções de delegado de Polícia Federal e perito criminal exigem formação específica. A taxa de inscrição varia conforme o cargo: Delegado de Polícia Federal: R$ 250; Perito Criminal Federal: R$ 250; Escrivão de Polícia Federal: R$ 180; Agente de Polícia Federal: R$ 180; Papiloscopista Policial Federal: R$ 180. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. (veja o cronograma completo abaixo) O processo seletivo terá as seguintes etapas: Prova objetiva, para todos os cargos, de caráter eliminatório e classificatório; Prova discursiva, para todos os cargos, de caráter eliminatório e classificatório; Exame de aptidão física, para todos os cargos, de caráter eliminatório; Avaliação médica, para todos os cargos, de caráter eliminatório; Prova oral, somente para o cargo de Delegado de Polícia Federal, de caráter eliminatório e classificatório; Avaliação psicológica, primeiro momento, para todos os cargos, sem caráter eliminatório e de presença obrigatória; Avaliação de títulos, somente para os cargos de Delegado de Polícia Federal e de Perito Criminal Federal, de caráter classificatório; Investigação social, para todos os cargos, de caráter eliminatório, de responsabilidade da Polícia Federal, com assessoramento do Cebraspe no tocante à disponibilização da Ficha de Informações Confidenciais (FIC). As provas objetivas e discursivas serão aplicadas em todas as capitais e no Distrito Federal. A prova oral, exclusiva para o cargo de delegado, será realizada apenas em Brasília (DF). As avaliações objetiva e discursiva estão previstas para o dia 27 de julho. Para o cargo de delegado, a prova objetiva terá duração de 3h30 (pela manhã) e a discursiva 5h (à tarde). Para os demais cargos (perito, escrivão, agente e papiloscopista), as provas objetiva e discursiva terão duração conjunta de 4h30, aplicadas no turno da tarde. O concurso terá validade de seis meses a partir da data de publicação da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. A PF vai priorizar a lotação de novos servidores em estados da Amazônia Legal e em unidades situadas na faixa de fronteira do país. No entanto, para determinados cargos de perito criminal federal, as vagas estarão disponíveis exclusivamente no Distrito Federal. De acordo com as regras do concurso, os cargos que terão lotação apenas em Brasilia são: Perito Criminal Federal – Área de Medicina Legal, Genética Forense, Engenharia Ambiental e Antropologia Forense. 📆 Cronograma do concurso Inscrições: 26/5 a 13/6/2025 Solicitação de isenção de taxa de inscrição: 26/5 a 2/6/2025 Data final para o pagamento da taxa de inscrição: 20/6/2025 Divulgação dos locais de provas: 14/7/2025 Aplicação das provas: 27/7/2025 Agentes da Polícia Federal Divulgação/PF-AM Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso?



AGU pede ao STF que vítimas de fraudes no INSS sejam ressarcidas sem precisar ir à Justiça


12/06/2025 23:27 - g1.globo.com


Pedido também inclui autorização para crédito extraordinário fora do teto de gastos em 2025 e 2026 A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (12), que vítimas de fraudes em descontos indevidos em benefícios do INSS sejam ressarcidas administrativamente, sem a necessidade de entrar com ações na Justiça. O pedido foi feito em uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), apresentada no âmbito da Operação “Sem Desconto”, que investiga uma série de fraudes contra aposentados e pensionistas. A AGU quer que o STF suspenda a contagem do prazo de prescrição – ou seja, o prazo legal para que vítimas busquem o ressarcimento por meio da Justiça – até que os valores desviados sejam devolvidos por via administrativa. Segundo a AGU, a medida busca proteger os segurados e evitar a judicialização em massa dos pedidos de indenização. PF cumpre mandados em Sergipe em investigação que apura fraude bilionária no INSS Crédito extraordinário fora do teto A AGU também solicitou ao Supremo a autorização para que o governo federal abra crédito extraordinário para viabilizar a devolução dos valores aos beneficiários lesados. O pedido prevê que essa despesa fique fora dos limites fiscais previstos para 2025 e 2026, a exemplo do que já foi autorizado pelo STF em outras situações excepcionais. Um dos precedentes citados foi a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7064, em que o STF permitiu o afastamento do teto de gastos para o pagamento de precatórios. Outro caso mencionado foi o da PET 12.862, no qual o ministro Luiz Fux autorizou, em agosto de 2024, medidas emergenciais após as enchentes no Rio Grande do Sul. Idosos nos Correios do Centro de Belo Horizonte em busca de atendimento sobre INSS Reprodução/TV Globo Pedido deve ser analisado por Dias Toffoli A AGU pediu que o relator da ação seja o ministro Dias Toffoli, por prevenção – ou seja, por já ser o responsável por outro processo que trata dos mesmos descontos indevidos no INSS (a ADPF nº 1.234). A ideia é evitar decisões conflitantes sobre um mesmo tema.



Mega-Sena, concurso 2.875: prêmio acumula e vai a R$ 100 milhões


12/06/2025 23:02 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 06 - 15 - 31 - 38 - 40 - 49. Quina teve 61 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 77.957,21. G1 | Loterias - Mega-Sena 2875 O sorteio do concurso 2.875 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (12), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 100 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 06 - 15 - 31 - 38 - 40 - 49 5 acertos - 61 apostas ganhadoras: R$ 77.957,21 4 acertos - 4.656 apostas ganhadoras: R$ 1.459,06 O próximo sorteio da Mega será no sábado (14). Mega-Sena, concurso 2.875 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Inflação argentina desacelera e fica em 1,5% em maio, menor nível mensal em 5 anos


12/06/2025 19:02 - g1.globo.com


No acumulado em 12 meses, taxa caiu para 43,5%. País passa por um grande ajuste econômico sob o comando de Javier Milei. Em abril, o presidente alcançou um acordo de US$ 20 bilhões com o FMI, em um voto de confiança do fundo internacional. Presidente da Argentina, Javier Milei. Ciro De Luca/ Reuters A inflação da Argentina ficou em 1,5% em maio, apontou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Essa é a menor inflação mensal do país desde maio de 2020, quando o índice atingiu iguais 1,5%. O resultado representa uma desaceleração em relação aos 2,8% registrados em abril. Enquanto isso, a inflação acumulada em 12 meses até março atingiu 43,5%, abaixo da taxa de 47,3% registrada no mês anterior. O setor de maior alta em maio foi o de comunicação (4,1%). Na sequência, vieram restaurantes e hotéis (3%), saúde (2,7%), bens e serviços diversos (2,6%) e habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (2,4%). Os dados mostram que o índice oficial de preços do país apresentou progresso ao longo do primeiro ano de gestão do presidente ultraliberal Javier Milei. Nos últimos meses, no entanto, a taxa mensal estagnou próxima de 2% e 3%. Agora, registrou desaceleração mais forte. O presidente Javier Milei compartilhou nas redes sociais diversas publicações que comemoram os resultados. No X (antigo Twitter), o presidente se limitou a escrever uma explicação técnica sobre o aumento de preços. "A inflação é sempre e em todo lugar um fenômeno monetário gerado por um excesso de oferta de dinheiro. Seja porque a oferta aumenta, a demanda cai ou ambos ao mesmo tempo, isso faz com que o dinheiro perca poder de compra e que os preços em dinheiro subam", publicou. A Argentina, que já vinha enfrentando uma forte recessão, passa por um grande ajuste econômico. Após tomar posse, em dezembro de 2023, Milei decidiu paralisar obras federais e interromper o repasse de dinheiro para os estados. Foram retirados subsídios às tarifas de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais. Com isso, houve um aumento expressivo nos preços ao consumidor. O país também observou uma intensificação da pobreza no primeiro semestre de 2024, com 52,9% da população nessa situação. No segundo semestre, o percentual caiu para 38,1% — um total de 11,3 milhões de pessoas. A insatisfação da população despertou protestos pelo país. Por outro lado, o presidente conseguiu uma sequência de superávits (arrecadação maior do que gastos) e retomada da confiança dos investidores. Acordo com o FMI Mudança cambial na Argentina completa uma semana; Em Ponto entrevista diretor-executivo do Brasil no FMI A melhora nos indicadores econômicos fez com que Milei alcançasse, em 11 abril, um acordo de US$ 20 bilhões em empréstimos junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A primeira parcela, de US$ 12 bilhões, foi disponibilizada ao país poucos dias depois. O repasse dos recursos representa um voto de confiança do fundo internacional no programa econômico do presidente argentino. Os valores anunciados se somam a dívidas antigas do país junto ao FMI, que já superavam os US$ 40 bilhões. Nesse cenário, reduzir a inflação é fundamental para o governo do líder argentino, que deseja eliminar completamente os controles de capitais que prejudicam os negócios e os investimentos. Para isso, Milei quer que a inflação permaneça abaixo de 2% ao mês. Após o acordo com o FMI, o banco central da Argentina anunciou uma redução dos controles cambiais, o chamado “cepo”. A flexibilização determinou o fim da paridade fixa para o peso argentino e introduziu o "câmbio flutuante" — quando o valor da moeda é determinado pela oferta e demanda do mercado. Com isso, o governo de Javier Milei ensaia o fim do sistema de restrição cambial que estava em vigor desde 2019, limitando a compra de dólares e outras moedas estrangeiras pelos argentinos. Em suas ações mais recentes, o governo e o Banco Central da Argentina lançaram medidas de naturezas monetária, fiscal e cambial para injetar dólar no país. O objetivo é fortalecer o cumprimento do acordo com o FMI para recuperação econômica. Em 22 de maio, o governo anunciou sua decisão de permitir que os cidadãos utilizem dólares mantidos fora do sistema financeiro — ou seja, guardados "debaixo do colchão" — sem a obrigatoriedade de declarar a origem dos recursos. Na última terça (10), lançou medidas como a flexibilização no uso de pesos e dólares no mercado de títulos públicos e um plano de captação de empréstimo de US$ 2 bilhões com emissões de títulos. Além disso, se comprometeu a reduzir a emissão de moeda pelo BC. O objetivo do governo é estabilizar a inflação, reforçar as reservas comerciais do país, melhorar o câmbio e atrair investimentos, enquanto busca avançar no forte ajuste econômico promovido por Milei.



Fraude do INSS: veja como acompanhar o reembolso de descontos indevidos


12/06/2025 18:00 - g1.globo.com


Segundo o ministro da Previdência, 6 milhões de beneficiários ainda não entraram em contato com o INSS para reaver o dinheiro. Investigação revela que duas associações suspeitas de fraudar o INSS eram presididas por laranjas O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já devolveu milhões de reais para aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos de seus benefícios. Até a última sexta-feira (6), por exemplo, mais de R$ 292 milhões foram devolvidos, referentes apenas às mensalidades de abril que, mesmo depois do bloqueio, foram descontadas. Para os próximos meses, a expectativa é que mais recursos sejam devolvidos. O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, indicou que 6 milhões de brasileiros que tiveram algum tipo de desconto ainda não entraram em contato com o INSS para reaver o dinheiro. Nesse caso, essas pessoas precisarão informar se as operações foram autorizadas por elas ou não para receberem o ressarcimento dos valores. Entenda nesta reportagem: Como acompanhar o meu pedido de reembolso? Como saber se eu fui vítima da fraude do INSS? Como pedir ressarcimento? Quando vou receber? O que fazer se a entidade não respondeu ou não comprovou que o desconto foi devido? O que fazer se a entidade respondeu e disse que tem documentos ou que há um processo na Justiça? Como acompanhar o meu pedido de reembolso? Para aqueles que reconheceram um desconto indevido e entraram em contato com o INSS, é possível acompanhar o pedido pelo aplicativo ou site do Instituto. Veja o passo a passo: Entre no aplicativo ou site do INSS; Informe seu CPF e senha; Siga para o campo "Do que você precisa?"; Digite "Consultar pedido"; Clique em "detalhar" no pedido de "Análise de Descontos de Entidades Associativas". O INSS informou que já está enviando as Guias de Recolhimento da União (GRUs) para que as entidades devolvam o dinheiro cobrado indevidamente. Também alertou que, caso o dinheiro não seja devolvido em um prazo de cinco dias úteis, o órgão pedirá à Advocacia Geral da União que adote medidas judiciais cabíveis para responsabilizar as entidades e seus sócios. Voltar ao início. Como saber se eu fui vítima da fraude do INSS? O usuário deve baixar o app (veja aqui como fazer) e procurar pelo sino na parte superior. Ao clicar nele, o sistema vai exibir uma das duas notificações a seguir: Se você não foi vítima da fraude: “Fique tranquilo, nenhum desconto foi feito em seu benefício! O governo federal descobriu a fraude dos descontos associativos não autorizados e seguirá trabalhando para proteger você e seu benefício!"; ou Se você pode ter sido vítima da fraude: “Aviso importante para você. Foi identificado desconto de entidade associativa em seu benefício. A partir de amanhã você poderá informar se autorizou ou não através do Meu INSS ou ligue 135." Outro caminho é consultar o extrato do INSS, em que o aposentado ou pensionista pode verificar todas as retiradas dos seus benefícios, tanto de crédito consignado como de mensalidades associativas. ➡️ Pelo telefone 135: O beneficiário pode ligar para o canal telefônico oficial do INSS de segunda a sábado, das 7h às 22h. Segundo o instituto, para um atendimento mais rápido, os melhores horários para ligar são após as 16h e aos sábados. Voltar ao início. Como pedir ressarcimento? Após verificar se houve descontos não autorizados no seu benefício, é necessário registrar essa informação junto ao INSS para dar início ao processo de ressarcimento. Isso pode ser feito pelo telefone 135, pelo site oficial do INSS ou pelo aplicativo Meu INSS, da seguinte forma: Acesse o aplicativo Meu INSS e faça login com a sua conta gov.br; Clique na opção “Consultar Descontos de Entidades Associativas”. O aplicativo vai mostrar quais associações realizaram os descontos em seus benefícios e os valores descontados, entre março de 2020 e de 2025. A partir disso, marque se autorizou o desconto ou não, para cada uma das entidades listadas. Informe um celular e e-mail para contato. Em seguida, declare se os dados são verdadeiros. Clique no botão "enviar declarações" para finalizar. Será exibida uma mensagem de que o pedido foi realizado com sucesso. ⚠️ Inicialmente, não será necessário incluir documentos ou comprovantes para afirmar que não autorizou a cobrança. Voltar ao início. Quando vou receber? Existem três calendários ou expectativas de pagamento: ➡️ 1ª situação: Para quem foi vítima da fraude no mês passado, mesmo após o bloqueio dos descontos de entidades associativas, com a descoberta da fraude, o INSS vai devolver esses valores entre os dias 26 de maio e 6 de junho junto com o pagamento dos benefícios, sem necessidade de qualquer ação do segurado. Isso será feito com os R$ 292 milhões que foram retidos pelo INSS após a descoberta da fraude e que nunca foram repassados para as entidades. ➡️ 2ª situação: Já quem teve valores descontados entre março de 2020 e março de 2025 precisa seguir o passo a passo para pedir o ressarcimento e, a partir disso, a entidade associativa responsável pelo desconto terá 15 dias úteis para fazer o pagamento ou comprovar que a cobrança havia sido autorizada pelo beneficiário. Se a associação fizer o pagamento ao INSS, o valor será repassado ao segurado na próxima folha, em sua própria conta cadastrada para recebimento do benefício. Já se comprovar que o desconto foi autorizado, o beneficiário ainda poderá contestar a decisão, dessa vez apresentando os motivos e documentos comprobatórios da discordância. ➡️ 3ª situação: Nos casos em que a instituição não pagar nem comprovar que o desconto havia sido autorizado pelo beneficiário, "o INSS vai fazer o pagamento num calendário a ser divulgado", afirma o presidente do órgão. Voltar ao início. O que fazer se a entidade não respondeu ou não comprovou que o desconto foi devido? Esse caso, segundo o INSS, é o mais comum. Quando a entidade não manda resposta ou informa que não possui documentos, o Instituto vai iniciar um processo de cobrança para que a entidade devolva os valores descontados. Assim, enquanto isso, o beneficiário não precisa fazer nada. "Aguarde mais informações e continue acompanhando o andamento do pedido pelo Meu INSS ou pela Central 135", disse o órgão. Voltar ao início. O que fazer se a entidade respondeu e disse que tem documentos ou que há um processo na Justiça? Nesse caso, a instrução é que o beneficiário se manifeste, ou seja, diga se concorda ou não com o que a entidade respondeu. O prazo para isso é de 30 dias corridos a partir do recebimento da resposta da entidade. Para dar essa resposta, o beneficiário já pode acessar o aplicativo Meu INSS ou aguardar até o dia 16 de junho para ir até uma agência dos Correios. "Mas só vá a uma agência depois que tiver passado o prazo de 15 dias úteis desde a sua contestação. Esse é o tempo que a entidade tem para responder. Antes disso, a informação ainda não estará disponível no sistema", informou o INSS em nota. Veja o passo a passo para responder pelo aplicativo: Entre no aplicativo ou pelo site do INSS; Informe seu CPF e senha; Siga para o campo "Do que você precisa?"; Digite “Consultar Pedido”; Clique em “Cumprir Exigência” no pedido de “Análise de Descontos de Entidades Associativas”; Avance conforme as orientações. ⚠️ Importante: Você não precisa obrigatoriamente anexar documentos. Basta informar se concorda ou não com a resposta da entidade. O sistema vai orientar de acordo com o seu caso. Voltar ao início. Gráfico mostra variação de associados ligados a entidades investigadas por fraude no INSS Arte/g1



Proposta do governo inclui Pé-de-Meia no piso de Educação; analista aponta perda de bilhões de reais a outras políticas públicas do setor


12/06/2025 17:06 - g1.globo.com


Decisão consta em Medida Provisória para compensar a perda do recursos por conta de recuos no aumento do IOF. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida visa fortalecer ainda mais o chamado arcabouço fiscal, que traz um limite anual para os gastos públicos. Divulgação/PMJP O governo incluiu o programa Pé-de-Meia no piso constitucional dos investimentos obrigatórios em Educação - que determina o pagamento de 18% da receita líquida de impostos no setor. A decisão, que consta em Medida Provisória publicada nesta terça-feira (11), abre espaço no orçamento geral. Ao mesmo tempo, porém, reduz os recursos disponíveis para outros programas do Ministério da Educação, dizem analistas. Só em 2025, o Pé-de-Meia deve custar R$ 12 bilhões aos cofres públicos. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida visa fortalecer ainda mais o chamado arcabouço fiscal, que traz um limite anual para os gastos públicos. 🔎O Pé-de-Meia oferece incentivos a estudantes do ensino médio público que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Uma das principais bandeiras sociais do governo Lula, o programa efetua pagamentos mensais de R$ 200 aos alunos que comprovar emmatrícula e frequência aos alunos do ensino médio público. De acordo com Cleo Manhas, assessora política do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), uma organização não governamental brasileira que realiza estudos e pesquisas sobre questões sociais, econômicas e políticas no Brasil, isso é péssimo para a educação. "Certamente, vão cortar o equivalente em outras ações [do Ministério da Educação], porque o Pé-de-Meia tem previsão de R$ 12 bilhões [em 2025]. Então, os gastos com manutenção e desenvolvimento do ensino vão sofrer cortes, a gente precisa ficar atento para ver em quais ações vão ser cortadas", disse a especialista do Inesc, Cleo Manhas. Segundo ela, o Pé-de-Meia é um programa muito bom, pois incentiva os estudantes a permanecerem nas escolas, mas pontuou que há várias outras políticas públicas importantes no setor, como o ensino em tempo integral e a infraestrutura das escolas, por exemplo, "que estão há muito tempo em desequilíbrio e que precisam de mais recursos". "E com essa medida [inclusão do Pé-de-Meia o piso da Educação], essas ações que precisam de mais recursos não as terão e, provavelmente, outros cortes acontecerão dentro de outras ações. A gente precisa ver agora que a Medida Provisória já entra e vigor, já está valendo, o que que vai ser cortado, porque R$ 12 bilhões são 10% do piso", declarou a assessora política do Inesc. A Medida Provisória com a decisão, que envolve uma série de outros itens, como forma de compensar a perda do recursos por conta de recuos no aumento do IOF, será enviada ao Congresso Nacional, que tem prazo de 120 dias para sugerir mudanças e aprovar o texto em definitivo. Se isso não acontecer, a medida perde validade. Em fevereiro, o Tribunal de Contas da União (TCU) concedeu um prazo de 120 dias para o governo federal incluir o Pé-de-Meia no orçamento deste ano. Não houve determinação formal, porém, que o programa fosse incluído dentro do piso da Educação.



Agro resiliente: faturamento com exportações brasileiras cresce mesmo com taxação dos EUA, aponta centro de pesquisa da USP


12/06/2025 16:53 - g1.globo.com


Preços do café e o suco de laranja foram os produtos que influenciaram a alta no balanço de vendas ao exterior. Plantação de café Daniel Ramirez/Pixabay O faturamento do agronegócio brasileiro com as exportações atingiu US$ 52,8 bilhões entre janeiro e abril de 2025 e o setor demonstrou resiliência diante do cenário de incerteza que se desenhou no início de 2025, principalmente pela imposição de tarifas de importação pelos Estados Unidos. 🚢O montante exportado pelo agronegócio brasileiro no período equivale a aumento de 1,6% nos rendimentos com os embarques em comparação com o primeiro quadrimestre de 2024. ☕🍊Os preços do café e o suco de laranja foram os produtos que influenciaram a alta no balanço de vendas ao exterior. 🥩🌳Já em relação ao volume exportado, as carnes, a celulose e o algodão tiveram maior crescimento.📉Entenda panorama, abaixo, na reportagem. A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, o campus da USP em Piracicaba (SP), a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), da Secretaria de Comércio Exterior (sistema Siscomex). Safra de algodão Nosso Campo Pesquisadores do Cepea indicam que esse cenário é resultado da alta de 5,3% dos preços médios em dólar de janeiro a abril, tendo em vista que o volume embarcado recuou 3,5% no período. "O bom desempenho das carnes brasileiras pode ser explicado pela aquecida demanda internacional – ressalta-se que as tarifas de importação impostas pelo governo dos Estados Unidos não impediram o crescimento da venda da carne brasileira ao país norte-americano. Já nos casos do café e do suco de laranja, a forte alta de preços esteve atrelada às baixas ofertas brasileira e mundial destas commodities", apontam os pesquisadores do Cepea. Confira alta dos produtos em volume exportado: 🛢️Óleo de soja (+30%) 🥩Carnes: suína (+17%), bovina (+13%) e de frango (+9%) 🌳Celulose (+11%) 🪶algodão (+17%) 📲Participe do canal do g1 Piracicaba no WhatsApp As carnes bovina, suína e de frango tiveram forte crescimento em 2025 e representaram 18% do faturamento total em dólar obtido nos primeiros quatro meses do ano, valor que chegou a US$ 9,2 bilhões, alta de 20% frente ao do mesmo período de 2024. A China foi a maior compradora de carne bovina. Plantação de soja Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo O setor florestal ficou na terceira posição neste início de ano quando considerada a participação no valor total gerado com as exportações do agronegócio, com percentual de 11% sobre o total e receita de aproximadamente US$ 5,7 bilhões, alta de 9% em relação ao resultado do primeiro quadrimestre de 2024. Os principais produtos do setor são a madeira, que tem como principal destino os Estados Unidos, com participação de 42% do produto exportado pelo Brasil no período; a celulose, que tem como destino sobretudo a China (48%); e o papel, que tem como parceiro relevante a Argentina. Neste ano também, o volume das vendas externas do algodão brasileiro cresceu 16,5%, mas o preço médio do quadrimestre ficou 13% abaixo do valor médio do mesmo quadrimestre de 2024. China O boletim da Esalq aponta que a China se mantém como principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, mas reduziu um pouco sua participação no valor total dos embarques. A Europa, Estados Unidos, países do Oriente Médio e Sudeste Asiático aumentaram a participação no balanço de janeiro a abril de 2025. Justiça dos EUA restabelece 'tarifaço' de Donald Trump Expectativas As pesquisas do Cepea indicam que as exportações brasileiras do agronegócio devem manter o ritmo de alta, principalmente em volume, diante do novo recorde da safra nacional de grãos. "Por outro lado, o imbróglio diante da política comercial norte-americana, da imposição de tarifas de importação, pode impactar esse cenário, devido à incerteza que gera no ambiente de negócios. Ainda assim, podem ser verificadas oportunidades aos produtos do Brasil, que não terão tarifas adicionais para entrar em outros destinos, como a China, o que deve elevar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado asiático", analisa o Cepea. Nos Estados Unidos, o resultado de abril mostra que, mesmo diante de tarifas, as importações de carne bovina e suco de laranja do Brasil seguiram intensas. "No entanto, um menor crescimento da economia mundial pode reduzir a demanda por commodities em geral e influenciar as vendas externas do agronegócio brasileiro". concluem os pesquisadores do Cepea. Cenário em 2024 As exportações brasileiras de produtos do agronegócio somaram US$ 164,4 bilhões em 2024, segundo dados compilados pelo Cepea, a partir de informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Depois de quatros anos consecutivos de altas, o faturamento das exportações do agronegócio brasileiro em dólar caiu 1,3% no ano passado quando comparado a 2023. Plantação de milho verde em sítio do bairro Sabiauna em Itapetininga (SP) Beatriz Pereira/g1 Milho e soja puxaram queda Segundo relatório do Cepea, o recuo na quantidade total exportada pelo agronegócio brasileiro em 2024 foi puxado, principalmente, pelos embarques dos produtos do: 🌾complexo soja (grão, farelo e óleo) - queda de 29% 🌽milho - queda de 28,8% "O volume exportado desse segmento do agro caiu 3% e o preço médio em dólar baixou 17,6%. Em dezembro, especificamente, o volume total (grão, farelo e óleo) vendido ao exterior caiu 29% em relação ao mesmo mês de 2023 e os preços recuaram quase 19%", especifica o Cepea. "Os produtos do complexo da soja lideram os resultados do agronegócio com mais de 100 milhões de toneladas escoadas em 2024, ou aproximadamente 50% do do volume total embarcado", destaca. Em relação ao complexo da soja, especificamente, com a redução na oferta brasileira, a quantidade embarcada caiu 3% em 2024 e os preços, recuaram 17,6%. O volume escoado do milho recuou expressivos 28,8% e os preços, 15,9%, o que levou à queda de 40% no faturamento em dólar do cereal. Aumentos Por outro lado, foram verificados aumentos nos volumes escoados de: 🪶algodão em pluma (+71%) ☕café (+30%) ◽açúcar (+22%) 🥩carne bovina (+26%) LEIA MAIS Soja: Esalq estima safra recorde com produção em alta e mercado aquecido Como taxação do aço pelos EUA pode impactar siderurgia e indústria da região de Piracicaba Tarifaço pode fazer café brasileiro ganhar mais espaço nos EUA, mas possível inflação preocupa Compra de café segue firme mesmo com preços elevados e cotações atingem novos recordes China deve influenciar nos preços da carne No caso da carne bovina, em 2025, ainda deve prevalecer alguma restrição na oferta de animais por conta do ciclo pecuário, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. "A demanda chinesa deve influenciar os preços da carne, já que o país asiático adquire mais da metade do volume de vendas externas do Brasil", destaca o Cepea no documento. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba



Trump diz que pode aumentar tarifas sobre automóveis em breve


12/06/2025 16:31 - g1.globo.com


Presidente norte-americano argumentou que isso poderia levar as montadoras a acelerar os investimentos nos Estados Unidos. Estacionamento da fábrica da Jaguar Land Rover em Halewood, Liverpool, na Inglaterra Reuters O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou nesta quinta-feira (12) que pode em breve aumentar as tarifas automotivas, argumentando que isso poderia levar as montadoras a acelerar os investimentos nos EUA. "Posso aumentar essa tarifa num futuro não muito distante", disse Trump em um evento na Casa Branca. "Quanto mais alto, maior a probabilidade de construírem uma usina aqui." Para justificar a medida, Trump citou uma série de anúncios recentes de investimentos, incluindo o anúncio da General Motors esta semana de que planeja investir US$ 4 bilhões em três fábricas nos EUA e transferir parte da produção de SUVs do México. Ele também destacou um investimento de US$ 21 bilhões da Hyundai anunciado em março, incluindo uma nova siderúrgica nos EUA. "Eles não teriam investido 10 centavos se não tivéssemos tarifas, inclusive para a fabricação de aço americano, que está indo muito bem", disse Trump. As montadoras vêm pressionando a Casa Branca a reduzir a tarifa de 25% sobre automóveis imposta por Trump em março. Elas têm enfrentado crescentes pressões de custos decorrentes das cobranças. Nas últimas semanas, a Ford Motor e a Subaru of America aumentaram os preços de alguns modelos devido aos custos mais altos das tarifas. Em maio, a Ford estimou que as taxas custariam cerca de US$ 1,5 bilhão em lucros ajustados. A GM disse no mês passado que tinha uma exposição tarifária atual entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões, incluindo cerca de US$ 2 bilhões em veículos mais acessíveis que a GM importa da Coreia do Sul, onde fabrica modelos básicos da Chevrolet e da Buick. No fim de abril, o presidente Donald Trump assinou uma ordem para suavizar os efeitos da própria política, oferecendo um pacote de créditos e isenções de outras taxas sobre materiais e peças. Ele concordou em conceder créditos equivalentes a até 15% do valor dos veículos montados em território americano. O objetivo é que esse incentivo ajude a compensar os custos das peças importadas, dando tempo para a reestruturação das cadeias de suprimento dentro do país. LEIA TAMBÉM: Carro zero mais caro no Brasil? Entenda os efeitos da tarifa de Trump no mercado automotivo Fabricantes reagem a tarifas de Trump sobre carros e autopeças



TCU encerra processo e decide que Viracopos não será relicitado; entenda o que acontece agora


12/06/2025 16:02 - g1.globo.com


Tribunal de Contas da União negou recurso para que o prazo de publicação do edital fosse prorrogado. Processo de caducidade e permanência da concessionária à frente do terminal voltaram a ser opções. Torre do controle no Aeroporto de Viracopos, em Campinas Fernando Pacífico/g1 O Tribunal de Contas da União (TCU) encerrou o processo para relicitar o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). A decisão, assinada na quarta-feira (11), negou o recurso do Ministério Público do órgão (MP-TCU) e da Agência Nacional de Avião Civil (Anac) para prorrogar o prazo de publicação do edital da nova licitação do terminal, que venceu em 2 de junho. O recurso era para prorrogar o prazo para publicar o edital até o dia 17 de agosto. Caso fosse aceito, a relicitação do terminal teria andamento. Entretanto, o ministro relator do processo e presidente do TCU, Bruno Dantas, entendeu que a data de 2 de junho não era passível de prorrogação porque "constitui uma etapa processual consolidada, insuscetível de nova discussão". A medida decide, então, que o Aeroporto de Viracopos não será relicitado. À época do vencimento do prazo, o TCU exigiu explicações da Anac para o descumprimento do prazo de publicação do edital e convocou uma audiência, em 15 dias, com o diretor-presidente interino da Anac, Roberto José Silveira Honorato, para que ele desse explicações. O que acontece agora? Sem relicitação, a tendência é que seja aberto novamente um processo de caducidade. O procedimento analisa a possibilidade de encerrar o vínculo com a atual concessionária e devolver à gestão ao governo federal, que não está à frente do ativo desde 2012. Ao final do processo, se for essa a decisão, será decretada a caducidade da concessão de Viracopos. No entanto, a Aeroportos Brasil Viracopos (ABV), concessionária que administra o aeroporto, pode se defender no curso do processo e convencer as partes de que a melhor decisão é que ela permaneça e a discussão seja arquivada. No caso da concessionária deixar de operar em Viracopos e o governo reassumir, há a possibilidade de um impacto prático para o usuário, considerando que a transição de gestão pode causar, segundo o próprio TCU, a "deterioração do serviço público". "A perda do prazo legal para a relicitação, que derivou de tratativa consensual que visava evitar a caducidade, impõe graves consequências. Retornar à caducidade deixa o Poder Público e o parceiro privado em situação mais gravosa do que aquela que ensejou a relicitação, podendo levar à deterioração do serviço público durante a transição para outro operador", disse Bruno Dantas no despacho. Além disso, há, ainda, uma segunda possibilidade: a retomada da solução consensual, que é, em linhas gerais, um acordo entre a concessionária, Anac e o governo federal para que a Aeroportos Brasil permaneça à frente de Viracopos. A seu favor, a empresa tem a sinalização do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), que já disse ser favorável à manutenção da concessionária à frente do ativo. Após a determinação do encerramento da possibilidade da relicitação, a Aeroportos Brasil prepara ao governo e à Anac uma nova proposta de acordo para solução consensual, que já chegou a ser discutida no TCU, mas, na primeira vez, não houve acordo. O que dizem as partes A Anac informou ao g1, nesta quinta-feira (12), que "está analisando o entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a concessão do Aeroporto Internacional de Viracopos e segue à disposição da Corte de Contas para prestar, tempestivamente, todos os esclarecimentos necessários sobre o assunto". Já a Aeroportos Brasil Viracopos disse, em nota, que está aberta à eventual retomada das negociações com o governo para o reequilíbrio do contrato de concessão, com a intermediação do TCU. Veja na íntegra: A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos (ABV) conquistou, no final de maio, pela 5ª vez o prêmio de Melhor Aeroporto do Brasil em sua categoria (acima de 10 milhões de passageiros/ano) e reafirma seu compromisso com a continuidade da prestação de serviços nos elevados padrões de qualidade já reconhecidos ao longo dos quase 13 anos de vigência do contrato. A ABV está aberta à eventual retomada das negociações com o governo para o reequilíbrio do contrato de concessão, com a intermediação do TCU. Enquanto isso, as operações seguem normalmente no aeroporto. Relicitação de Viracopos: ministro defende permanência da atual concessionária Por que a relicitação não avançou? O prazo de 2 junho era uma determinação da lei de recilitações, que considera um intervalo de dois anos desde a abertura do processo. A decisão para relicitar o terminal, com a abertura de um novo leilão à iniciativa privada, voltou à tona depois que a tentativa de "solução consensual" para que a Aeroportos Brasil Viracopos permanecesse à frente do ativo, terminou sem acordo no Tribunal de Contas da União (TCU) e foi arquivada. Para que o novo edital pudesse ser lançado, a principal pendência era cálculo de indenização da Anac à Aeroportos Brasil, tanto pelos investimentos realizados desde o início da concessão, em 2012, quanto ao ressarcimento de prevenção a "futuros litígios". Por isso, o TCU exigiu que a agência contratasse uma auditoria para fazer esse cálculo antes de lançar o edital. A empresa foi aprovada, mas a agência não publicou o documento. De acordo com o Tribunal de Contas da União, outra razão para a solução consensual não ter avançado foram as dificuldades colocadas pela concessionária. "O comportamento da ABV, conforme evidenciado nas peças mencionadas, revela uma postura nada amigável, com patente má vontade, que não apenas dificulta o avanço do processo de relicitação, mas também compromete a eficiência administrativa e a concretização do interesse público", diz o texto do órgão. Quinto maior aeroporto do Brasil em movimentação, Viracopos teve um agravamento de crise financeira a partir de 2017, o que levou, primeiro, a um pedido de recuperação judicial e, depois, à tentativa de relicitação. À época, o terminal foi o primeiro do Brasil a entrar com o pedido. A partir de 2023, com reequilíbrios financeiros da concessionária, iniciou-se uma tentativa, com aval do Ministério de Portos e Aeroportos, de encerrar o processo para relicitar o aeroporto e recorrer à "solução amigável" no Tribunal de Contas da União para a permanência na administração do complexo aéreoportuário. Passageiros no Aeroporto de Viracopos, em Campinas Aeroportos Brasil Viracopos Cálculo de indenização O principal impasse que fez a discussão sobre a solução consensual não avançar na Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso), braço do TCU criado para tentar solucionar problemas relacionados a concessões federais, foram as divergências em relação ao cálculo de indenização. Depois do arquivamento do processo no TCU, a concessionária voltou a se apegar a um processo de arbitragem na Justiça para buscar a definição sobre a indenização. Em paralelo a isso, a Anac divulgou o cálculo de ressarcimento que ela considera ser legítimo: R$ 2,5 bilhões, "a valores de 31 de dezembro de 2022, pelos investimentos realizados no aeroporto e ainda não amortizados". Sede do Tribunal de cotnas da União (TCU), em Brasília. Divulgação/TCU Histórico do imbróglio Por conta da crise financeira e depois de encerrar o processo de recuperação judicial, a concessionária de Viracopos manifestou interesse na relicitação. No entanto, o aeroporto se reequilibrou e voltou a atingir números positivos de fluxo de passageiros, batendo recorde histórico por dois anos seguidos, em 2022 e 2023, o que foi possível que a concessionária se reestruturasse e reunisse argumentos para recorrer à solução consensual, e tentar mostrar que a continuidade de concessão era a melhor alternativa. Torre do controle no Aeroporto de Viracopos, em Campinas Fernando Pacífico/g1 A relicitação A relicitação foi a única a esperança da atual concessionária após a crise financeira que gerou uma dívida de R$ 2,88 bilhões - esse valor é de outorgas vencidas e dívidas com bancos que ainda vão vencer. O débito, inclusive, não está mais sob responsabilidade da concessionária porque foi incluído no decreto de arbitragem. O último plano de recuperação judicial do aeroporto foi protocolado à Justiça no dia 12 de dezembro de 2019. Desta data até o dia da aprovação, em fevereiro de 2020, Viracopos e os principais credores, entre eles a Anac e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), se reuniram para tentar chegar a um acordo e definiram que a proposta seria votada na assembleia desde que Viracopos aceitasse a relicitação. Depois de aceita em assembleia, a recuperação judicial de Viracopos foi encerrada pela Justiça no dia 10 de dezembro de 2020. A partir disso, começou o processo de relicitação. Em agosto de 2021, a Anac aprovou o edital dela. A concessionária já havia sinalizado a intenção de devolver a concessão em julho de 2017, mas emperrou na lei 13.448/2017, que regulamenta as relicitações de concessões aeroportuárias, ferroviárias e rodoviários do Brasil e só teve o decreto publicado em agosto de 2019. A crise A crise de Viracopos se agravou na metade de 2017, quando a concessionária manifestou o interesse da relicitação, mas, por conta da não regulamentação da lei, apostou na recuperação judicial para solucionar a crise. A Aeroportos Brasil protocolou o pedido em 7 de maio de 2018 na 8ª Vara Cível de Campinas. Viracopos também foi o primeiro aeroporto do Brasil a pedir recuperação. O aeroporto sempre brigou por reequilíbrios no contrato de concessão por parte da Anac. De acordo com a concessionária, a agência descumpriu itens que contribuíram para a perda de receita da estrutura. A Infraero detém 49% das ações de Viracopos. Os outros 51% são divididos entre a UTC Participações (48,12%), Triunfo Participações (48,12%) e Egis (3,76%), que formam a concessionária. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas



Governo espera arrecadar quase R$ 10 bilhões até 2028 tributando títulos como LCI e LCA; juros sobre capital próprio geram R$ 16 bilhões


12/06/2025 15:57 - g1.globo.com

O Ministério da Fazenda informou nesta quinta-feira (12) que estima arrecadar R$ 9,6 bilhões, até 2028, com o aumento de zero para 5% na taxação dos chamados títulos incentivados, como LCI, LCA, entre outros. Como há anualidade, a tributação não ocorrerá neste ano. Em 2026, 2027 e 2028, respectivamente, a previsão do governo é de arrecadar R$ 2,6 bilhões, R$ 3,38 bilhões e R$ 3,62 bilhões. 💰 A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) é um tipo de investimento no qual o investidor empresta dinheiro ao banco – e a instituição tem o compromisso de investir esses recursos no setor imobiliário. 💰 A LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é outro tipo de investimento de renda fixa, no qual o investidor empresta dinheiro ao banco e a instituição tem o compromisso de investir em atividades agrícolas, como produção, comércio, indústria ou insumos. Como os recursos captados por meio dos títulos incentivados são utilizados para financiar o agronegócio e o setor imobiliário, os setores dizem que esse aumento da tributação será repassada aos preços dos alimentos e dos imóveis. O governo, por sua vez, diz que isenção concedida aos chamados títulos incentivados gera uma renúncia anual de arrecadação de R$ 41 bilhões. A perda de recursos, alega a área econômica, supera o valor anual do seguro-desemprego e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Nesta quinta, o ministro Haddad afirmou que a medida não vai impactar os preços nos setores. "Não vai [impactar preços], absolutamente não. Porque eu tenho outras maneiras de canalizar esse recursos – que inclusive, não estão chegando no produtor. Não é verdade que estão chegando, mais da metade desse subsídio está ficando no meio do caminho", afirmou ele. "Não vai afetar minimamente, o que está afetando o mercado é a taxa Selic. Nós temos que criar as condições para ela começar a cair, e esse conjunto de medidas ajuda a criar o ambiente econômico". Juros sobre capital próprio As projeções da área econômica também apontam para um aumento de arrecadação de R$ 15,85 bilhões até 2028 com o aumento da tributação dos juros sobre capital próprio (JCP).de 15% para 20%. Assim como no aumento da tributação sobre títulos incentivados, a medida tem anualidade. Só vale a partir do próximo ano. Em 2026, 2027 e 2028, respectivamente, a previsão do governo é de arrecadar R$ 5 bilhões, R$ 5,28 bilhões e R$ 5,58 bilhões. O JCP é uma forma de distribuição de lucros alternativa aos dividendos (que são isentos de imposto). O tributo é deduzido na fonte, ou seja, o acionista já recebe os valores de JCP descontados do imposto. A tentativa de elevar a tributação dos juros sobre capital próprio não é novidade. O tema foi enviado ao Legislativo no último ano, e considerado nas projeções de arrecadação do orçamento de 2025. Entretanto, assim como o aumento do IOF, o tema sofre forte rejeição por parte dos parlamentares e, por isso, sequer foi analisado pelo Congresso Nacional. Por conta disso, em maio deste ano, no relatório de receitas e despesas do orçamento de 2025, o governo decidiu retirar a arrecadação do aumento dos juros sobre capital próprio das estimativas de receita. E incluiu, no seu lugar, o IOF.



Sem enfrentar gastos obrigatórios, governo perde legitimidade para propor ampliação de tributos


12/06/2025 15:51 - g1.globo.com


Haddad em 3 de junho de 2024 Reuters/Adriano Machado Ao não enfrentar a pauta dos crescimento explosivo dos gastos obrigatórios, o governo perde a legitimidade para propor equalização de impostos e cortes de benefícios fiscais, que sempre são lidos no Congresso como mudanças arrecadatórias. O pacote negociado com a cúpula da Câmara e do Senado, que resultou na medida provisória publicada nesta quarta-feira, não trouxe as chamadas medidas estruturantes. O governo não tocou nos explosivos gastos obrigatórios, não colocou na mesa de negociação a desvinculação de benefícios sociais do salário mínimo e sequer comprou o desgaste de propor limites para o aporte do Executivo ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) – outra das pautas bombas aprovadas pelo Congresso nos últimos anos. Claro que todos os governos fogem de medidas impopulares quanto mais se aproximam as eleições gerais. Mas a opção do governo Lula desde o primeiro ano deste mandato foi ajustar as contas via aumento de arrecadação. A situação fiscal estaria um pouquinho melhor se o Planalto não tivesse combinado com o Senado, no final do ano passado, o veto de limitações à concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) – aprovado pela Câmara dos Deputados. Mais uma vez, tanto senadores quanto Lula acharam que não valia o desgaste popular. Por outro lado, sobram medidas populistas que encarecem a conta de luz e elevam o endividamento do país, puxando os juros para níveis cada vez mais altos. Governo publica novo pacote de medidas tributárias para substituir o IOF Como o Congresso pode debater a proposta da Fazenda de ampliar a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil quando o país não consegue fechar suas contas no azul (sem gambiarras e calotes nos precatórios) há mais de uma década? A reação dos deputados e senadores é também eleitoreira, já que cobram cortes de gastos mas não aceitam diminuir o volume de emendas parlamentares que, além de estratosférico, não representa gasto de qualidade para a população brasileira. A defesa dos setores altamente organizados no Congresso – do agro às bets, passando por incentivos regionais sem prazo para acabar – deixa em segundo plano a saúde financeira do país. Sem a reversão do endividamento crescente, o Brasil estará condenado a nunca entrar no time de países com credibilidade para ter acesso a grandes investimentos internacionais. A crise causada pelo decreto que aumentava o IOF precisa servir para um debate profundo sobre as contas públicas. Não só a situação já é disfuncional, como se tornará insustentável nos próximos 18 meses. Não é apenas a reeleição de Lula que está em jogo, é o destino político de todos os parlamentares que ocupam hoje o Congresso Nacional.



IOF, IR nos investimentos, LCI e LCA, 'fintechs', bets, Pé-de-Meia e criptomoedas: entenda o novo pacote fiscal do governo


12/06/2025 14:18 - g1.globo.com

Novas mudanças constam em Medida Provisória, que tem força de lei assim que publicada. Entretanto, o normativo tem de ser aprovado, posteriormente, pelo Congresso Nacional — que tem demonstrado forte rejeição ao aumento de tributos. Haddad: país não pode abrir mão de taxar LCIs e ELCAs O governo federal publicou nesta quarta-feira (11) um novo pacote de medidas tributárias para compensar, no orçamento deste ano e dos próximos, o impacto do recuo em boa parte do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A alta do IOF, que tinha sido anunciada em maio, sofreu forte resistência no sistema financeiro e no mundo político. E já tinha sido motivada pela dificuldade do governo em atingir um equilíbrio entre receitas e despesas. Entre as medidas anunciadas, estão: o aumento da tributação sobre as bets; a tributação de "fintechs" (empresas de tecnologia em serviços financeiros), de criptoativos e de títulos incentivados (como LCI e LCA); aumento da tributação dos juros sobre o capital próprio; mudanças no Imposto de Renda sobre investimentos. Governo publica novo pacote de medidas tributárias para substituir o IOF Há ainda a inclusão, no piso constitucional de investimentos na educação, do programa Pé-de-Meia – que paga uma "mesada" aos alunos do ensino médio na escola pública para combater a evasão. A medida abre espaço no orçamento geral, mas reduz o recurso disponível para outros programas do Ministério da Educação. Só em 2025, o Pé-de-Meia deve custar R$ 12 bilhões aos cofres públicos. As novas medidas constam em uma medida provisória e, por isso, já estão em vigor. Algumas mudanças que envolvem impostos, no entanto, têm período de "carência" definido na legislação. A MP será enviada ao Congresso Nacional, que tem prazo de 120 dias para sugerir mudanças e aprovar o texto em definitivo. Se isso não acontecer, a medida perde validade. Até aqui, o Congresso tem demonstrado forte rejeição a medidas que aumentam tributos. Redução do IOF ▶️Redução do IOF para empresas: governo recuou em parte do aumento feito em maio ao reduzir a alíquota fixa do IOF (incidente na contratação dos empréstimos), que havia subido no mês passado, de 0,95% para 0,38%. A alíquota diária, entretanto, foi mantida em 0,0082%. Antes da elevação, era de 0,0041% ao dia. ▶️Redução do IOF sobre operações de risco sacado: governo recuou em parte do aumento do tributo sobre o chamado "risco sacado", operação em que um um banco antecipa o pagamento de uma fatura que é cobrada depois de seu cliente. Com o recuo desta semana, o governo deixou de cobrar a alíquota fixa (incidente na contratação do crédito) de 0,95%. Mas manteve a alíquota diária em 0,0082%, o que, segundo o Ministério da Fazenda, significa redução de 80% na tributação do risco sacado. ▶️Redução da tributação sobre seguros do tipo VGBL, forma de previdência privada usada por milhões de brasileiros: o IOF nos aportes em VGBL passa a incidir somente sobre o valor que exceder R$ 300 mil, considerados a partir da data de entrada em vigor do decreto, e em uma mesma seguradora. Assim, para 2025 fica flexibilizada a exigência de verificação global dos aportes em diferentes entidades, para evitar problemas operacionais nas entidades seguradoras. A partir de 1º de janeiro de 2026, o IOF nos aportes em VGBL passa a incidir sobre o valor que exceder R$ 600 mil. ▶️Fundos de Investimento em Direito Creditório - FDIC: foi estabelecida uma alíquota fixa de 0,38% na aquisição primária de cotas desses fundos, com objetivo de "mitigar distorções em instituições diferentes", a partir de segunda-feira (16). Tributação, até o início da próxima semana, é zero. ▶️Retorno de investimentos diretos ao país sem taxação: governo recuou e, no âmbito do IOF câmbio, será estabelecido que o retorno de investimentos diretos estrangeiros feitos no Brasil será isento de tributação, a exemplo do que já ocorre com o retorno de investimentos no mercado financeiro e de capitais. Aumento para pessoas físicas segue valendo. Entenda as medidas para fechar o buraco no orçamento ▶️ Aumento da alíquota sobre bets, de 12% para 18% sobre a receita líquida (GGR): medida vai arrecadar mais sobre o lucro das bets. Segundo o ministro Haddad, essa tributação de 18% era a proposta original do governo, que foi alterada pelo Congresso para 12%. "Esse setor, hoje, entre o que recebe de apostas e o que paga de prêmios, está tendo um lucro bruto de cerca de R$ 40 bilhões ao ano", disse o ministro. Medida só vale daqui a 90 dias e não afeta o apostador. ▶️Juros sobre capital próprio: aumento da taxação dos juros sobre capital próprio (JCP) — mecanismo utilizado pelas empresas — de 15% para 20%. O JCP é uma forma de distribuição de lucros alternativa aos dividendos (que são isentos de imposto). O tributo é deduzido na fonte, ou seja, o acionista já recebe os valores de JCP descontados do imposto. Medida vale a partir de 2026. ▶️Aumento de zero para 5% na taxação dos chamados títulos incentivados, como LCI, LCA: medida vai arrecadar mais dinheiro sobre esses investimentos. Os recursos captados são utilizados para financiar o agronegócio e o setor imobiliário, que dizem que esse aumento da tributação será repassada aos preços dos alimentos e dos imóveis. Ministro Haddad diz que o custo da isenção é alto, de R$ 41 bilhões por ano, e que não haverá impacto nos preços. Medida só a partir de 2026. ▶️Governo fixa IR de 17,5% em aplicações financeiras; hoje, taxa é de 15% a 22,5% dependendo do prazo: haverá unificação, se confirmada pelo parlamento, da alíquota em 17,5%. Na prática, a medida favorece aplicações de até um ano, que tinham tributação acima desse patamar. Por outro lado, eleva a cobrança para prazos acima de dois anos, que têm uma incidência menor de IR – com uma alíquota atual de 15%. O governo não detalhou o impacto dessa medida nas contas públicas. Medida vale só a partir de 2026. ▶️Tributação de criptoativos: governo atualizou e esclareceu as regras de tributação para os rendimentos, inclusive os ganhos líquidos, de operações com ativos virtuais (criptoativos), incluindo arranjo financeiro com ativo virtual que seja a representação digital de valor negociada ou transferida por meios eletrônicos e utilizada com propósito de pagamento ou de investimento. A tributação será de 17,5% a partir de 2026. ▶️Taxação de "fintechs" (empresas de tecnologia em serviços financeiros): empresas de tecnologia do sistema financeiro pagavam 9% de CSLL, e passarão ser tributadas como as demais instituições financeiras, com alíquotas de 15% ou 20%. Ministro Haddad diz que não faz sentido empresas do setor financeiro, de maior porte, serem menos tributadas do que os grandes bancos. E que a medida visa corrigir uma distorção. Com a medida, cooperativas de crédito terão tributação elevada de 9% para 15%. Medida vale só daqui a 90 dias. ➡️Limitação de compensações tributárias: governo diz que a MP traz medidas para coibir "compensações abusivas" de crédito tributário. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida visa impedir o uso, pelas empresas, de compensações estranhas a sua atividade principal. Geralmente, segundo o governo, esse tipo de procedimento é usado para postergar o pagamento de tributos. Medida tem a previsão de arrecadar R$ 10 bilhões neste ano. ➡️Pé de meia dentro do piso de educação: medida inclui o pé de meia, cujo objetivo é manter alunos de ensino médio na escola pública, no cálculo para o piso constitucional de investimentos na educação. A medida, que abre espaço no orçamento de R$ 12 bilhões neste ano, reduz os recursos disponíveis para outros programas do Ministério da Educação. ➡️Mudanças no Atestmed: esse é sistema digital do INSS que permite aos segurados solicitar o benefício por incapacidade temporária. Com a publicação da Medida Provisória, as análises documentais de pedidos, como o seguro-desemprego, só poderão ser feitas para pedidos de até 30 dias de validade do benefício. Acima disso, passa a ter necessidade de exame pericial presencial. ➡️Antecipação de dividendos de estatais: governo indica que vai antecipar recebimentos de dividendos, por exemplo, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), algo que já foi feito em 2024. Valor ainda não foi divulgado. ➡️Mais arrecadação do setor de petróleo e gás natural: ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que a ideia é licitar novos campos de petróleo para aumentar a arrecadação com o setor e, com isso, ajudar na busca pelas metas das contas públicas. Equilíbrio no orçamento de 2025 Além do pacote já anunciado, Haddad também afirmou que conta com outras fontes de receitas para fechar o buraco nas contas, estimado em R$ 20 bilhões só em 2025. Entre elas: ➡️ a antecipação de dividendos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), assim como ocorreu em 2024; ➡️ um pacote de medidas no setor de petróleo e gás natural. "Por exigência da lei, eu tenho que compensar a queda do IOF com esse conjunto de medidas. Esse conjunto de medidas, neste ano, atende à meta fiscal deste ano. Para cumprir a meta deste ano, para mirar o centro da meta deste ano, estamos negociando dividendos extraordinários com as estatais, a questão do PL do petróleo, aquele perímetro adjacente ao que foi licitado, e essa questão, [medidas do pacote] que deve gerar alguma coisa como um pouco menos de R$ 20 bilhões", disse o ministro Fernando Haddad a jornalistas. Sem novas ações, o governo teria de anunciar um bloqueio adicional na peça orçamentária, que já soma, até então, R$ 31,1 bilhões — o maior dos últimos cinco anos. As limitações do orçamento estão ligadas ao arcabouço fiscal, aprovado no ano anterior. Por essa regra, as despesas não podem crescer acima de 70% da alta das receitas, limitada a 2,5% ao ano (acima da inflação).



Novo Ford Territory chega repaginado para tentar reverter vendas fracas da geração passada


12/06/2025 13:11 - g1.globo.com


Montadora anunciou a versão 2026 com o mesmo motor 1.5 EcoBoost turbo entrega 170 cv de potência e 27 kgfm de torque. O preço não foi definido pela Ford, mas deve ficar próximo dos R$ 215 mil. Novo Ford Territory 2026 Rafael Leal/g1 A Ford anunciou nesta quinta-feira (12) a chegada da nova geração do SUV médio Territory. O novo utilitário chega ao Brasil em julho, e será importado da China, assim como ocorreu com a versão anterior. O preço ainda não foi definido pela Ford, mas deve ficar próximo da geração anterior, que custa R$ 215 mil. O modelo estará exposto no estande da marca durante o Festival Interlagos, que ocorre no autódromo de São Paulo entre os dias 12 e 15 de junho. No evento, o público poderá pilotar, assistir a competições, conferir lançamentos de grandes marcas e visitar exposições. Novo Ford Territory 2026 Rafael Leal/g1 Por fora, o novo Territory recebe acabamento renovado na dianteira, nas laterais e novas rodas. As principais mudanças em relação à versão anterior são: Faróis redesenhados, agora integrados à grade frontal; Nova grade com linhas retas, substituindo o design anterior inclinado para baixo; Carroceria alongada, ganhando 55 milímetros. Sob o capô, o motor 1.5 EcoBoost turbo entrega 170 cv de potência e 27 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automatizado de sete marchas com dupla embreagem. Trata-se do mesmo motor que equipava a geração anterior. Novo Ford Territory 2026 Rafael Leal/g1 LEIA MAIS Fiat Pulse Abarth ganha novo visual e mantém motor turbo para bater o Nivus GTS GWM anuncia Poer P30 e Haval H9, primeiros carros não eletrificados no Brasil Ford Bronco 2025 prefere manter as raízes do que vender demais — e isso pode ser ótimo; veja teste Ford Territory busca reverter desempenho fraco em vendas O objetivo do novo Territory é claro: melhorar os resultados de 2024, ano em que o modelo ficou na 49ª posição entre os 50 carros mais vendidos do Brasil, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram emplacadas 5.631 unidades do Territory no Brasil, número muito inferior ao dos principais concorrentes. O Jeep Compass, por exemplo, vendeu quase dez vezes mais no mesmo período: Jeep Compass: 50.055 unidades vendidas; Toyota Corolla Cross: 47.796 unidades vendidas; Caoa Chery Tiggo 7: 30.896 unidades vendidas; Volkswagen Taos: 17.569 unidades vendidas; Honda ZR-V: 5.917 unidades vendidas; Motos chinesas no Festival Interlagos



Air India: conheça a história da companhia envolvida em acidente com 242 a bordo


12/06/2025 13:06 - g1.globo.com


Empresa foi fundada pelo empresário JRD Tata em 1932 e, atualmente, é a única companhia da Índia a voar sem escalas para destinos de longa distância. Veja o momento em que avião com mais de 240 pessoas a bordo cai na Índia Um avião com 242 pessoas a bordo caiu momentos após a decolagem nesta quinta-feira (12), na Índia. A aeronave era um Boeing 787-8 Dreamliner e estava sendo operado pela Air India, uma das maiores companhias aéreas do país. A Air India foi fundada pelo empresário Jehangir Ratanji Dadabhai Tata, o JRD Tata, em 1932, antes de ser assumida pelo governo indiano em 1953. Sob o governo, anos de má gestão e crescente concorrência levaram a dívidas crescentes na transportadora. Em 2022, o conglomerado Tata Group reassumiu o controle da empresa por meio de um acordo de US$ 2,2 bilhões e, desde então, vem tentando reverter sua trajetória e recuperar a reputação da marca. Após o acidente nesta quinta, o presidente do grupo, Natarajan Chandrasekaran, afirmou que vai cobrir as despesas médicas dos feridos e pagar 10 milhões de rúpias (cerca de R$ 646 mil) à família de cada pessoa que morreu, além de apoiar a reconstrução do alojamento de médicos atingido. Atualmente, a Air India voa para 43 destinos domésticos e 41 internacionais. Em maio, operava 191 aeronaves, uma mistura de modelos de fuselagem estreita e larga, tanto da Airbus quanto da Boeing. A companhia é a única da Índia a voar sem escalas para destinos de longa distância, da Austrália à Europa e América do Norte. Sua unidade de baixo custo, a Air India Express, voa para 55 destinos na Índia e no exterior, com foco no Oriente Médio. Em novembro do ano passado, o Tata Group fundiu a Air India e a Air India Express com suas transportadoras existentes Vistara e AIX Connect para formar o maior grupo de companhias aéreas da Índia depois da IndiGo. A Air India se fundiu com a Vistara, enquanto a Air India Express se uniu à AIX Connect. As companhias aéreas detêm cerca de 30% do mercado de aviação doméstica da Índia. LEIA TAMBÉM: Ações da Boeing caem após acidente aéreo na Índia Um Boeing 787 Dreamliner da Air India com matrícula VT-ANB sobrevoa Tóquio, Japão, em 27 de abril de 2025 Koki Takagi via REUTERS Histórico de acidentes A Air India se envolveu em alguns acidentes aéreos ao longo dos anos. Em agosto de 2020, 21 pessoas morreram quando um Boeing 737 da Air India Express — divisão de baixo custo da companhia — saiu da pista durante uma forte chuva na cidade de Calicute, no sul da Índia, e caiu em um vale. Em 2010, outro Boeing 737, vindo de Dubai, ultrapassou a pista do aeroporto de Mangaluru, também no sul do país, e caiu em um desfiladeiro, matando 158 pessoas. Um dos acidentes mais graves ocorreu quando todos os 213 ocupantes de um voo da Air India morreram após a decolagem em Mumbai. Segundo investigações, o capitão perdeu o controle da aeronave e ela caiu no Mar Arábico, na costa da cidade, que é o centro financeiro da Índia. LEIA TAMBÉM: Queda de avião na Índia é o primeiro desastre envolvendo Boeing 787 na história



Dólar sobe e fecha em R$ 5,54, com novo pacote de impostos e acordo China-EUA; Ibovespa avança


12/06/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda americana fechou em alta de 0,07%, cotada a R$ 5,5421. A bolsa de valores encerrou com ganhos de 0,49%, aos 137.800 pontos. Dólar freepik O dólar fechou a sessão em alta de 0,07% nesta quinta-feira (12), cotado a R$ 5,5421. O Ibovespa encerrou com ganhos de 0,49%, aos 137.800 pontos. ▶️ As atenções do mercado brasileiro ficaram voltadas para a medida provisória publicada pelo governo na noite de quarta-feira. O novo pacote, que visa substituir o aumento do IOF, traz uma redução de impostos para empresas e seguros VGBL, mas eleva a tributação sobre apostas esportivas, criptoativos e investimentos isentos, como LCI e LCA. A medida gerou resistência no Congresso, especialmente entre líderes do Centrão, que prometem barrar a proposta. Diante do impasse político e das dúvidas sobre a compensação fiscal, o mercado reduziu as apostas na manutenção da Selic e passou a ver mais chance de alta na próxima reunião do Copom. ▶️ Os investidores também repercutem o novo acordo Estados Unidos e China, anunciado na quarta-feira (11). Segundo o presidente norte-americano, Donald Trump, o país asiático terá uma alíquota de 55%, enquanto os EUA pagarão 10%. O acordo ainda precisa ser aprovado por Trump e pelo presidente chinês, Xi Jinping. Trump sinalizou ainda que pode adiar o prazo de 8 de julho para concluir negociações com outros países e que os EUA devem enviar cartas nas próximas semanas detalhando os termos de novos acordos a dezenas de nações — que poderão aceitar ou rejeitar as condições. ▶️ Por fim, também fica no radar o aumento das tensões no Oriente Médio. O governo dos EUA anunciou a retirada de pessoal da região por risco de segurança. Segundo uma autoridade iraniana, um país aliado alertou Teerã sobre a possibilidade de um ataque militar de Israel. LEIA TAMBÉM: Por que a inflação americana ainda não disparou, mesmo com o tarifaço de Trump Ações da Boeing caem após acidente aéreo na Índia Entenda abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,49%; Acumulado do mês: -3,08%; Acumulado do ano: -10,32%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: +1,25% Acumulado do mês: +0,56%; Acumulado do ano: +14,56%. EUA x China Representantes dos Estados Unidos e da China chegaram a um consenso na noite de terça-feira (10) para restaurar a trégua na guerra comercial entre os países, após dois dias de negociações em Londres, na Inglaterra. Os termos do acordo, no entanto, ainda precisam ser aprovados pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping. Na quarta (11), Trump divulgou alguns pontos do que ficou decidido: "A China fornecerá, antecipadamente, todos os ímãs e quaisquer terras raras necessárias. Da mesma forma, forneceremos à China o que foi acordado, incluindo estudantes chineses utilizando nossas faculdades e universidades (o que sempre foi algo positivo para mim!)." "Teremos um total de 55% de tarifas, e a China, 10%", disse o republicano. Caso confirmado, esse percentual seria maior do que o acordado na trégua em Genebra, no mês passado. À época, as tarifas haviam sido reduzidas para 30%. Além do acordo com a China, os investidores monitoram a possibilidade de um avanço nas negociações dos EUA com outros países atingidos pelas tarifas. Trump afirmou nesta quarta que vai enviar cartas nas próximas semanas detalhando os termos de novos acordos a dezenas de nações — que poderão aceitar ou rejeitar as condições. A situação é acompanhada de perto por investidores preocupados com a possibilidade de uma guerra comercial caótica prejudicar os lucros corporativos e interromper as cadeias de suprimentos nos meses cruciais que antecedem a temporada de compras de fim de ano. 🔎 O mercado entende que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo — o que pode levar à desaceleração da maior economia do mundo e até a uma recessão global. Trump diz que EUA fecharam acordo tarifário com a China Impasse do IOF O governo federal publicou nesta quarta-feira (11) um novo pacote de medidas tributárias para substituir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) decretado em maio. O novo modelo reduz o imposto sobre empresas e seguros do tipo VGBL e amplia a tributação sobre apostas esportivas (bets), criptoativos e investimentos isentos como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito Agropecuário (LCA). (saiba mais) O objetivo é reverter o desgaste político gerado pelo decreto anterior e, ao mesmo tempo, garantir o equilíbrio das contas públicas com novas fontes de arrecadação. A nova proposta, no entanto, ainda enfrenta forte resistência de líderes do Centrão, que alegam não ter sido consultados e já articulam para barrar a medida provisória. O economista Jorge Ferreira dos Santos, professor do curso de Administração da ESPM, avalia que o governo promoveu uma “troca de impactos”. Enquanto a versão anterior do IOF afetava diretamente o crédito bancário e o consumo — com impactos severos sobre o risco sacado e, consequentemente, sobre o capital de giro do varejo —, a nova MP alivia esse efeito, mas impõe maior tributação sobre investimentos. “O governo tenta preservar o consumo das famílias e o crédito bancário, mas ao custo de desestimular a poupança e os investimentos de longo prazo. Títulos como LCI, LCA, CRI e CRA, antes isentos de IR, agora perdem competitividade, o que pode comprometer setores como o imobiliário e o agronegócio, que dependem desses instrumentos para captação de recursos”, afirma. Analistas do mercado financeiro avaliam que o governo deveria focar em discutir a eficiência dos gastos públicos e em promover reformas estruturais, em vez de apenas propor novas formas de arrecadação. Governo publica novo pacote de medidas tributárias para substituir o IOF Tensões no Oriente Médio O aumento das tensões no Oriente Médio também ficaram no radar nesta quinta-feira. Na véspera, os Estados Unidos começaram a esvaziar a emabixada do país no Iraque e autorizaram que funcionários não essenciais do governo deixassem alguns países da região. A deicsão vem após a notícia de que Israel está preparado para lançar uma operação contra o Irã. Segundo o jornal norte-americano "The Washington Post", as embaixadas e bases militares dos EUA no Oriente Médio estão em alerta máximo. O ministro da Defesa do Irã, Aziz Nasirzadeh, disse nesta quarta-feira que, se o país for alvo de ataques, a resposta virá com um bombardeio contra bases americanas na região. Em abril, de acordo com o jornal "The New York Times", o presidente Donald Trump se opôs a planos de Israel para bombardear instalações nucleares do Irã. À época, Trump afirmou que qualquer ação militar prejudicaria as negociações para um acordo nuclear entre os dois países. Nos últimos dias, no entanto, o presidente tem demonstrado pessimismo em relação ao acordo. Ao "New York Post", ele disse estar "muito menos confiante" de que um tratado será fechado. Trump já havia indicado que poderia atacar o Irã caso as negociações fracassassem. Em abril, o presidente afirmou que Israel poderia liderar o bombardeio com a coordenação dos Estados Unidos. Por outro lado, a Casa Branca teme que o governo israelense conduza um ataque sem o consentimento dos americanos.



Pacote de medidas para compensar recuo em IOF pode gerar quase R$ 20 bilhões, diz Haddad


12/06/2025 11:40 - g1.globo.com

Governo confirmou nesta quarta prometido pacote de medidas para compensar novo recuo na alta do IOF - também foi formalizado com esse ato normativo. Além dessas ações, governo também considera dividendos do BNDES e medidas no setor de óleo para fechar as contas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (12) que as medidas tributárias publicadas nesta quarta (11) para substituir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) podem gerar uma arrecadação extra de até R$ 20 bilhões para os cofres públicos. Esse cálculo, porém, considera outras medidas que o governo vai adotar ainda neste ano para fechar as contas como, por exemplo: ➡️ Antecipação de dividendos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), assim como ocorreu em 2024. ➡️ Pacote de medidas no setor de petróleo e gás natural. "Por exigência da lei, eu tenho que compensar a queda do IOF com esse conjunto de medidas. Esse conjunto de medidas, neste ano, atende à meta fiscal deste ano. Para cumprir a meta deste ano, para mirar o centro da meta deste ano, estamos negociando dividendos extraordinários com as estatais, a questão do PL do petróleo, aquele perímetro adjacente ao que foi licitado, e essa questão, [medidas do pacote] que deve gerar alguma coisa como um pouco menos de R$ 20 bilhões", disse o ministro Fernando Haddad, a jornalistas. De acordo com o Ministério da Fazenda, as medidas para aumentar a arrecadação terão um impacto de cerca de R$ 10,5 bilhões só neste ano de 2025. A diferença virá de outras ações, como antecipação de dividendos e medidas relativas ao setor de petróleo, por exemplo. Medida provisória O governo federal publicou nesta quarta (11) uma medida provisória e um decreto presidencial com o prometido pacote de medidas para compensar um novo recuo no aumento do IOF. O recuo no tributo também foi publicado. As novidades, sobre o IOF, são: ▶️redução de até 80% da alíquota do IOF sobre operações de risco sacado — utilizadas por empresas em operações de antecipação de recebíveis. ▶️ redução do IOF para empresas; ▶️ redução da tributação sobre seguros do tipo VGBL, forma de previdência privada usada por milhões de brasileiros. A queda na arrecadação prevista será compensada com outras medidas tributárias. São elas: ▶️ alíquota de 5% de IR sobre Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que hoje são isentas; ▶️ aumento da alíquota sobre apostas esportivas de 12% para 18% sobre a receita líquida (GGR); ▶️ tributação de criptoativos, com regulamentação específica; ▶️ uniformização da alíquota do IR sobre aplicações financeiras em 17,5%; ▶️ equalização da CSLL para instituições financeiras, que passa a variar entre 15% e 20%, com eliminação da alíquota reduzida de 9% para fintechs. ▶️Taxação de criptoativos; ➡️ antecipação de dividendos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), assim como ocorreu em 2024. ➡️ pacote de medidas regulatórias no setor de petróleo e gás natural. Equilíbrio no orçamento de 2025 Sem novas ações, o governo teria de anunciar um bloqueio adicional na peça orçamentária, que já soma, até então, R$ 31,1 bilhões — o maior dos últimos cinco anos. As limitações do orçamento estão ligadas ao arcabouço fiscal, aprovado no ano anterior. Por essa regra, as despesas não podem crescer acima de 70% da alta das receitas, limitada a 2,5% ao ano (acima da inflação). Além disso, há uma meta para as contas do governo, com intervalos de tolerância. Da limitação de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano, detalhado na semana passada, R$ 7 bilhões são em emendas de bancada (RP7), R$ 24 bilhões em despesas dos ministérios. As maiores contenções (soma de bloqueio e contingenciamento) foram: Ministério das Cidades: R$ 4,288 bilhões; Ministério da Defesa: R$ 2,593 bilhões; Ministério da Saúde: R$ 2,366 bilhões e Ministério do Desenvolvimento Social: R$ 2,123 bilhões.



Haddad defende pacote fiscal, nega alta de preços e rebate críticas: 'Xinga e sai correndo, não dá'


12/06/2025 11:18 - g1.globo.com

Governo editou MP e decreto nesta quarta para substituir parte da alta no IOF. Pacote inclui taxação maior sobre bets e fim da isenção para títulos do agro e da construção civil. Haddad: país não pode abrir mão de taxar LCIs e ELCAs O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou nesta quinta-feira (12) que a decisão do governo federal de cobrar Imposto de Renda sobre os títulos públicos ligados ao agronegócio e à construção civil (LCAs e LCIs, hoje isentas) vá impactar os preços nos setores. Nesta quarta (11), o governo publicou um novo pacote de medidas tributárias para substituir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) decretado em maio. Entre as medidas, está a cobrança de 5% de Imposto de Renda nesses títulos públicos (LCI e LCA), no momento do resgate. O dinheiro que os bancos arrecadam com esses títulos é usado para irrigar os empréstimos tomados por produtores rurais e por construtoras. Por isso, os dois setores reclamaram da mudança – há um medo de que a taxação deixe esse crédito mais caro. "Não vai [impactar preços], absolutamente não. Porque eu tenho outras maneiras de canalizar esse recursos – que inclusive, não estão chegando no produtor. Não é verdade que estão chegando, mais da metade desse subsídio está ficando no meio do caminho", afirmou. "Não vai afetar minimamente, o que está afetando o mercado é a taxa Selic. Nós temos que criar as condições para ela começar a cair, e esse conjunto de medidas ajuda a criar o ambiente econômico". Segundo Haddad, o governo tem "outras maneiras de compensar" os dois setores. "Mas você carregar R$ 1,7 trilhão em títulos isentos? Uma renúncia fiscal, só neste caso, de R$ 41 bilhões de isenção? Com a taxa de juros no patamar que está, o país não está em condição de abrir mão de 100% do tributo que todo mundo paga quando compra um título do Tesouro, de não cobrar nem 1%", disse. Taxação de LCI e LCA encarece casa própria e alimentos, dizem setores LCI e LCA: como funcionam e o que pode mudar com a cobrança de IR anunciada pelo governo Apoio popular e do Congresso Haddad também disse acreditar que "não vai faltar apoio" ao pacote de medidas – tanto na população quanto no Congresso. As primeiras reações, ao longo da semana, foram negativas. "Eu penso assim, com alguma explicação, se derem tempo de explicar e fazer chegar à opinião pública a verdade. Porque assim, está faltando um pouco de clareza, assim. É bets e banco, que estamos falando. E aí parece que você está afetando o dia a dia da população, é o contrário", disse. O ministro também disse que considera "desleal" lideranças empresariais e políticas atacarem o governo pelas propostas. "É até desleal da parte de alguns, de algumas lideranças, atacar o governo. Metade da construção civil nesse país é Minha Casa, Minha Vida, que tinha acabado no governo anterior. Vamos deixar ideologia à parte, vamos deixar, e vamos para a mesa explicar para as pessoas, abrir os números", disse. "Não tem nenhuma medida aí que, do ponto de vista econômico, não seja justa. Que não esteja corrigindo uma distorção. Agora, eu estou sempre disposto ao debate. O que eu não gosto é: a pessoa xinga e sai correndo? Aqui, não dá. Esse negócio de xingar e sair correndo é coisa de moleque de rua. Eu estou discutindo com o Congresso Nacional, estou 100% disponível", emendou. O novo modelo reduz o imposto sobre empresas e seguros do tipo VGBL e amplia a tributação sobre apostas esportivas (bets), criptoativos e investimentos isentos como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito Agropecuário (LCA). A alíquota de 5% de LCI e LCA passará a valer a partir de janeiro de 2026. A alíquota para apostas nas bets passará de 15% para 18% em outubro de 2025. As medidas foram formalizadas por meio de uma medida provisória e um decreto presidencial, após reunião realizada no domingo (8) entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e líderes partidários, na casa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Entenda a crise do IOF O anúncio do decreto sobre a alta do IOF foi divulgado há pouco mais de duas semanas pelo governo, junto com um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano, com o objetivo de equilibrar as contas públicas e cumprir a meta fiscal. 🔎 IOF é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras. Como o próprio nome diz, é um imposto cobrado sobre a maior parte das operações financeiras e serve para gerar receita para a União. (saiba mais aqui) A medida aumentou o imposto sobre algumas operações, especialmente que envolvem crédito para empresas e relacionadas ao câmbio. Houve aumento, por exemplo, no IOF cobrado sobre cartões internacionais de crédito e débito e sobre a compra de moedas estrangeiras em papel. O mercado reagiu mal à decisão, o que levou o governo a recuar no mesmo dia de parte da medida. Horas após o anúncio, o governo revogou o IOF mais alto sobre aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, o que reduziu o potencial arrecadatório em cerca de R$ 1,4 bilhão. Mesmo assim, as críticas sobre o aumento do imposto continuaram. O Congresso começou a se movimentar para aprovar uma derrubada do decreto presidencial sobre o aumento de imposto, algo inédito nos últimos 25 anos.



Ações da Boeing caem 5% após acidente aéreo na Índia


12/06/2025 10:54 - g1.globo.com


Notícia mancha o histórico de segurança do jato Dreamliner e pode prejudicar os esforços da Boeing para reconstruir a confiança e aumentar a produção, sob o comando de um novo CEO. Avião com mais de 240 pessoas cai na Índia As ações da fabricante de aviões Boeing caíram cerca de 5% nesta quinta-feira (12), depois que um Boeing 787-8 Dreamliner, da Air India, caiu momentos após decolar. No pré-mercado, os papéis chegaram a despencar 8%. Todas as 242 pessoas a bordo do avião com destino a Londres morreram no acidente na cidade de Ahmedabad, no oeste do país, disseram as autoridades, no pior desastre de aviação do mundo em uma década. Não ficou imediatamente claro o que causou o acidente. A Boeing afirmou em comunicado que estava ciente dos relatos iniciais e trabalhando para reunir mais informações. A notícia mancha o histórico de segurança do jato Dreamliner e pode prejudicar os esforços da Boeing para reconstruir a confiança relacionada à segurança e aumentar a produção sob o comando do novo CEO Kelly Orthberg. Embora problemas de bateria tenham impedido que os aviões 787 — uma das aeronaves de passageiros mais modernas em serviço — voassem, os jatos widebody nunca sofreram um acidente fatal até o incidente da Air India. "[A queda das ações] é uma reação impulsiva [ao incidente] e há novos temores sobre os problemas que afetaram as aeronaves da Boeing e a própria Boeing nos últimos anos", disse Chris Beauchamp, analista do IG Group, à Reuters. A Boeing está passando por uma lenta recuperação após um ano desafiador, marcado por uma greve trabalhista, maior escrutínio regulatório e interrupções persistentes na cadeia de suprimentos. A empresa também perdeu mais de um terço de seu valor desde a explosão da porta de uma aeronave durante um voo no ano passado. Em abril, as ações da Boeing despencaram depois que a China ordenou que suas companhias aéreas não recebessem mais entregas de jatos da empresa, em meio à guerra tarifária com os EUA. A proibição foi suspensa cerca de um mês depois, após uma trégua entre as duas potências. As ações da Spirit AeroSystems, uma fornecedora importante, e da GE Aerospace, que fabrica motores para o jato, também caíram cerca de 3% cada nesta quinta. A GE Aerospace disse em uma publicação no X que havia ativado sua equipe de resposta a emergências e apoiaria a investigação, mas não especificou se a aeronave da Air India estava equipada com seus motores. O fabricante do motor não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. LEIA TAMBÉM: Air India: conheça a história da companhia envolvida em acidente Boeing Reuters



VÍDEO: bezerro ou jumento? Animal recém-nascido chama atenção por orelhas enormes


12/06/2025 08:01 - g1.globo.com


Caso foi registrado em Itambé, no sudoeste da Bahia. Veterinário explica que a aparência inusitada é resultado de uma alteração genética rara; saiba mais. Bezerro com orelhas gigantes chama atenção e gera dúvidas: ‘Parece um jumento?’ Uma bezerra recém-nascida com orelhas grandes e caídas, muito parecidas com as de um jumento, chamou atenção do produtor Edivaldo Souza em Itambé, no sudoeste da Bahia. Curioso com o caso, Edivaldo procurou explicações e compartilhou a história com o Globo Rural (veja a reportagem completa acima). O veterinário Henrique Ortolani, consultor do programa, explica que a aparência inusitada é resultado de uma alteração genética rara. Segundo ele, nesse tipo de situação, a parte de dentro da orelha cresce mais do que as bordas, o que deixa o formato mais alongado. Apesar da diferença, não há com o que se preocupar: a bezerra está saudável e escuta normalmente. “É só uma característica física. Não causa dor e nem atrapalha em nada a audição”, explica o especialista. Bezzera recém-nascida chama atenção pelo tamanho das suas orelhas. Globo Rural Leia também: Pescador encontra tilápia com mais de 5 kg no Paraná; entenda se peso é normal Espigas de milho 'siamesas' são encontradas no Paraná; veja VÍDEO



Por que a inflação americana ainda não disparou, mesmo com o tarifaço de Trump


12/06/2025 07:00 - g1.globo.com


Especialistas consultados pelo g1 indicam que efeitos ainda vão chegar e que a inflação americana deve ter avanços ao longo dos próximos meses, a depender de como fiquem definidas as tarifas de Trump. Trump diz que EUA fecharam acordo tarifário com a China As incertezas em torno das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm afetado a confiança de empresas e consumidores na maior economia do mundo neste ano. Segundo especialistas ouvidos pelo g1, não deve demorar para que os impactos mais relevantes comecem a refletir na inflação. Nesta quarta-feira (11), a inflação nos Estados Unidos subiu menos do que o esperado pelo mercado financeiro. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou apenas 0,1% em maio, desacelerando em relação a abril (0,2%). No acumulado de 12 meses, a inflação foi de 2,4%, ainda acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Embora a trajetória dos preços ofereça algum alívio ao BC americano, permitindo a manutenção dos juros, economistas afirmam que os dados ainda não refletem os efeitos das taxas de importação de Trump, e que os preços não escaparão dos impactos do tarifaço. “As tarifas de Trump trazem uma agenda econômica mais individualista e menos globalizante, e é natural que a gente veja um crescimento menor da economia dos EUA, além de preços mais altos. E isso deve se refletir no resto do mundo”, afirma Hudson Bessa, economista e professor da Fipecafi. Alguns fatores têm contribuído para adiar os efeitos das tarifas sobre a inflação. Segundo Matheus Pizzani, economista da CM Capital, um deles é o perfil da inflação nos EUA, atualmente concentrada no setor de serviços. “O setor de serviços, que é o que mais preocupa o Fed na conjuntura atual, e não necessariamente vai sofrer o impacto direto da nova política de tarifas de Trump”, explica o especialista. 🔎 Isso ocorre porque os preços só tendem a aumentar no setor de serviços quando a inflação já começou a chegar para o segmento de bens e na indústria. Outro fator que contribui para adiar um aumento mais expressivo nos preços ao consumidor é o aumento dos estoques observado nos últimos meses. Na tentativa de se antecipar ao tarifaço de Trump, muitas empresas nos EUA intensificaram suas compras, tanto nacionais quanto internacionais. “Como já havia uma expectativa por parte das empresas, vimos uma antecipação muito forte de importações por parte dos EUA, em uma tentativa de importar com tarifas antigas”, diz o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima. Esse movimento já trouxe impactos à economia americana. Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,2% na taxa anualizada do primeiro trimestre deste ano, enquanto o mercado esperava alta de 0,3%. A queda foi puxada justamente pelas importações, que cresceram 41,3% nos primeiros três meses do ano – maior avanço desde 2020 — e redução de 4,83 pontos percentuais no PIB. Esse aumento anulou o modesto crescimento das exportações e gerou um expressivo déficit comercial (ou seja, importações superiores às exportações). “A expectativa é que a gente só comece a ver um efeito nos preços ao consumidor quanto os estoques começarem a acabar”, diz o gestor de multimercados da Asset Management da Warren, Eduardo Grübler. Por fim, especialistas avaliam que esse quadro deve se consolidar à medida que os acordos comerciais dos EUA com seus parceiros avancem. Além do Reino Unido, o país também anunciou o encaminhamento de um acordo com a China, após uma rodada de negociações de dois dias entre representantes das duas nações. O acordo ainda depende da aprovação de Trump e do presidente chinês, Xi Jinping, para começar a valer, mas o secretário do Comércio, Howard Lutnick, afirmou nesta quarta-feira (11) que as tarifas contra a China não mudarão a partir de agora. Como fica o Brasil? Segundo especialistas consultados pelo g1, apesar do possível impacto indireto das tarifas e da alta da inflação nos Estados Unidos, os efeitos para o Brasil tendem a ser, em sua maioria, positivos. De acordo com Matheus Pizzani, da CM Capital, embora exista a possibilidade de uma leve alta na inflação brasileira — reflexo de um câmbio mais desvalorizado —, a relação entre China e Estados Unidos pode gerar efeitos positivos para o Brasil no médio e longo prazo. “Primeiro porque, a depender de como ficará a relação entre os dois países, pode ser que haja novas oportunidades de exportação para o Brasil. Isso pode melhorar o balanço de commodities e o setor agropecuário, além de trazer um fôlego para o câmbio com o aumento no fluxo de dólares”, explica. Dados da Câmara Americana de Comércio (Amcham) indicam que as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 16,7 bilhões (R$ 92,5 bilhões) entre janeiro e maio deste ano, um crescimento de 5% em relação ao mesmo período de 2024 e um recorde para o intervalo. Especialistas também destacam outras possibilidades favoráveis para o Brasil, como uma eventual queda de preços, impulsionada pelo aumento da oferta de produtos estrangeiros no mercado interno. “Mas a verdade é que ainda não conseguimos prever o que vai acontecer lá na frente. Ainda tem muita incerteza, e essas interações ainda serão calibradas ao longo do tempo”, conclui Grübler, da Warren.



Cozinhar ovo com vinagre ajuda a descascar? g1 testou; veja VÍDEO


12/06/2025 06:00 - g1.globo.com


Vinagre ajuda a desmineralizar o cálcio da casca, a deixando mais frágil. Cozinhar ovo com vinagre ajuda a descascar? g1 testou Quem nunca sofreu ao descascar um ovo cozido, tendo que tirar pedacinhos de casca depois de ela trincar completamente e até mesmo perdendo partes do alimento no processo? Mas esse problema pode ser solucionado de uma forma simples: adicionar vinagre na água do cozimento pode facilitar a retirada da casca, segundo Lúcia Endriukaite, do Instituto Ovos Brasil. Veja no vídeo acima. Para facilitar a hora de descascar, siga os passos: adicione vinagre à água que será usada para o cozimento; cozinhe o ovo por pelo menos 7 minutos após a água começar a ferver; depois, retire ele da água quente e o coloque em água gelada por alguns minutos antes de descascar. O vinagre irá ajudar porque o ácido presente nele quebra o cálcio da casca, deixando ela mais frágil. Ele também torna a casca menos propensa a despedaçar. Mas esse efeito pode variar dependendo de fatores como a frescura do ovo e o tempo de cozimento. Quanto mais fresco ele estiver, mais chances de dar certo. Vinagre ajuda a descascar ovo mais facilmente Reprodução / g1 Leia também: Descubra o que é o fio branco no ovo cru; spoiler: não é um cordão umbilical Como saber se o ovo está bom? g1 testa 'truques' do TikTok Como saber se o ovo está bom? g1 testa truques que bombam nas redes sociais Ovo cozido Foto de Ron Lach



Quais são as marcas mais valiosas do Brasil em 2025? Veja ranking


12/06/2025 05:00 - g1.globo.com


Setor financeiro e segmentos beneficiados por iniciativas governamentais estão no topo da lista. O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo O valor total das 100 marcas mais valiosas do Brasil atingiu US$ 79,4 bilhões (cerca de R$ 439,8 bilhões) em 2025 — um crescimento de 22,7% em comparação ao ano anterior. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (11) pela consultoria Brand Finance. Segundo a consultoria, o resultado reflete mudanças no comportamento do consumidor, avanços na inovação digital e investimentos significativos em infraestrutura realizados recentemente. Entre as 10 marcas mais valiosas, o destaque vai para o setor financeiro, que ocupa as cinco primeiras posições do ranking. Fora do setor bancário, outros segmentos também se beneficiaram de iniciativas governamentais, caso do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), lançado em 2023, com foco em áreas como transporte, energia, educação, saúde e sustentabilidade. A consultoria calcula o valor de uma marca com base em sua reputação e reconhecimento no mercado, além de considerar percepções e insights dos consumidores. Veja as 10 empresas mais valiosas do Brasil em 2025 Itaú Unibanco: US$ 8,6 bilhões (R$ 47,6 bilhões) Banco do Brasil: US$ 5,2 bilhões (R$ 28,8 bilhões) Bradesco: US$ 4,7 bilhões (R$ 26 bilhões) Nubank: US$ 4 bilhões (R$ 22,2 bilhões) Caixa Econômica Federal: US$ 3,7 bilhões (R$ 20,5 bilhões) Petrobras: US$ 3,6 bilhões (R$ 19,9 bilhões) Localiza: US$ 2,6 bilhões (R$ 14,4 bilhões) Vale: US$ 2,5 bilhões (R$ 13,9 bilhões) Vivo: US$ 2,1 bilhões (R$ 11,6 bilhões) Sadia: US$ 2,1 bilhões (R$ 11,6 bilhões) Quais são as marcas mais fortes de 2025? A Brand Finance também reportou quais são as empresas com maior força de marca deste ano. Nesse caso, o destaque ficou com o Nubank, que ocupou o primeiro lugar do ranking. "O banco digital possui forte reconhecimento de marca e altos níveis de consideração e recomendação, refletindo sua familiaridade e confiança entre consumidores brasileiros", apontou a consultoria em relatório. Em seguida, vieram a Sadia e a Porto, ocupando o segundo e o terceiro lugar da lista, respectivamente. Veja as 10 marcas mais fortes do Brasil em 2025 Nubank Sadia Porto Caixa Econômica Federal Azul Linhas Aéreas Gol Linhas Aéreas Inter & Co Brahma Perdigão Vivo Um homem entra em uma agência do Itau na avenida Berrini, na zona sul de São Paulo Marcelo Brandt/G1



Dia dos Namorados: por que a data não é tão romântica quanto você imagina?


12/06/2025 03:00 - g1.globo.com


Criado em 1948 por João Dória, pai do ex-governador de São Paulo, a data foi uma estratégia de marketing para aumentar as vendas em um dos meses mais fracos do comércio. Dia dos Namorados: por que a data não é tão romântica quanto você imagina? Embora o clima romântico domine o comércio e as redes sociais, o Dia dos Namorados no Brasil está longe de ter nascido por causa do amor. A data, comemorada em 12 de junho, foi criada em 1948 como uma estratégia de marketing para aumentar as vendas em um dos meses mais fracos do comércio. O publicitário João Dória, pai do ex-governador de São Paulo João Doria Jr., criou a data a pedido de uma loja que queria melhorar os resultados, segundo a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP). Além de ser uma época de vendas fracas, o dia 12 de junho foi escolhido por ser véspera do Dia de Santo Antônio, conhecido na cultura popular como o santo casamenteiro. A primeira campanha publicitária que lançou a data no Brasil usava o slogan: "Não é só com beijos que se prova o amor!". "Foi uma ideia muito legal porque está intimamente ligada ao negócio. Segundo pesquisas, seis em cada 10 brasileiros acham a data importante", afirma o Antônio Fadiga, vice-presidente da ABAP. A ideia deu certo, e logo outros lojistas aderiram à campanha. Hoje, o Dia dos Namorados é a terceira data mais importante para o comércio no Brasil, de acordo com o Sebrae. Apesar de ser uma celebração importante para o comércio, o governo federal não considera a data feriado nem ponto facultativo. É interessante notar que, em outros países, o dia para celebrar o amor é em fevereiro: o Valentine's Day. O Dia dos Namorados foi criado para impulsionar as vendas durante o mês de junho Arquivo Pessoal Por que Santo Antônio é o santo casamenteiro? A data escolhida para comemorar o Dia dos Namorados foi a véspera da celebração de Santo Antônio, famoso por ser o santo casamenteiro. Santo Antônio, também conhecido como Santo Antônio de Lisboa, nasceu em 1195, em Portugal, e tem forte ligação com a Igreja no Brasil. Segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ele é padroeiro ou titular de três arquidioceses e 11 dioceses. Ele ficou conhecido como santo casamenteiro porque, segundo relatos, ajudou uma jovem de Nápoles, no sul da Itália, que queria se casar, mas não tinha dinheiro para o dote, explica o padre Elílio de Faria Matos Júnior, da Arquidiocese de Juiz de Fora (MG). Segundo o padre, Santo Antônio entregou à jovem um bilhete para que ela desse a um comerciante. No bilhete, ele pedia que o comerciante desse à moça moedas de prata com o mesmo peso do papel. "Julgando irrisório o peso do papel, o comerciante aceitou, mas, quando colocou o bilhete num dos pratos da balança, foi preciso colocar no outro 400 escudos de prata”, contou o padre, em entrevista ao g1. Foi então que, conforme a crença católica, o comerciante se lembrou de que havia prometido esse valor ao santo. Assim, a jovem recebeu a quantia e pôde se casar. Desde então, muitos fiéis pedem a ajuda de Santo Antônio para casar, fazendo simpatias como colocá-lo de cabeça para baixo, tirar o menino Jesus de seus braços ou procurar sua imagem em bolos, entre outras promessas. Ex governador de São Paulo publicou um homenagem ao pai, criador do Dia dos Namorados no Brasil Instagram/ Reprodução Qual a origem do Valentine’s Day? Nos Estados Unidos e na Europa, o equivalente ao Dia dos Namorados é o Valentine's Day (Dia de São Valentim), celebrado em 14 de fevereiro. Existem várias histórias sobre a origem da data, mas a mais conhecida é a do bispo Valentim, que, no século III, no Império Romano, realizava casamentos mesmo com a proibição do imperador. Na época, por causa das guerras, o imperador Cláudio II proibiu os casamentos, acreditando que homens solteiros eram melhores soldados. Mesmo assim, o bispo Valentim continuou realizando cerimônias e, ao ser descoberto, foi condenado. Influenciadora chinesa viraliza ao mostrar produtos à venda por apenas 3 segundos em lives



Mega-Sena pode pagar R$ 90 milhões nesta quinta-feira


12/06/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.875 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 90 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (12), em São Paulo. No concurso da última terça (10), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



CDBs, LCIs, LCAs: veja como ficam os impostos sobre investimentos após MP do governo


12/06/2025 03:00 - g1.globo.com


Medida Provisória unifica a alíquota do Imposto de Renda em 17,5% para quase todas as aplicações financeiras, com exceção de alguns títulos incentivados, que deixam de ser isentos para ter alíquota de 5%. Alterações valem a partir de 2026, mas Congresso Nacional ainda irá analisar. Governo publica medidas para substituir alta do IOF O governo federal publicou na noite desta quarta-feira (11) um novo pacote de medidas tributárias para substituir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) decretado em maio. O texto inclui mudanças na cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre investimentos como LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio) e CDBs (Certificado de Depósito Bancário). Em geral, as alterações sobre os investimentos estabelecem: Uma alíquota de 5% de Imposto de Renda sobre aplicações hoje isentas, incluindo as LCIs e LCAs. Uma alíquota unificada de 17,5% sobre os rendimentos de investimentos que hoje seguem uma tabela regressiva, com taxas que variam de 15% a 22,5%, dependendo do prazo da aplicação. As medidas foram formalizadas por meio de uma Medida Provisória (MP) e um decreto presidencial, após reunião realizada no domingo (8) entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e líderes partidários, na casa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Os efeitos da MP passam a valer imediatamente, e a previsão é que as novas alíquotas sobre os investimentos entrem em vigor em 1º de janeiro de 2026. O texto, no entanto, ainda ainda será analisado pelo Congresso Nacional e poderá ser alterado. As ações buscam compensar a provável revogação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado há pouco mais de duas semanas, e que também causou uma reação negativa por parte do mercado e do Congresso. (leia mais abaixo) Veja abaixo como funciona a cobrança de IR sobre investimentos e o que irá mudar. LEIA MAIS Taxação de LCI e LCA encarece casa própria e alimentos, dizem setores Frentes parlamentares do setor produtivo se manifestam contra novo pacote Governo publica medidas para substituir alta do IOF Haddad fala na Câmara Reprodução Fim da isenção O governo passará a cobrar uma alíquota de 5% de IR sobre títulos incentivados, como as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio). A taxa vale para para negociações feitas a partir de 1º de janeiro de 2026. Além do LCI e LCA, atualmente, os investidores também não precisam pagar Imposto de Renda sobre investimentos como CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários), CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), sobre as debêntures incentivadas e os rendimentos da poupança. Veja quais títulos passarão a ter uma alíquota de 5%: Letra de Crédito do Agronegócio (LCAs) Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) Letras Hipotecárias (LHs) Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) Certificado de Depósito Agropecuário (CDA) Warrant Agropecuário (WA) Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) Cédula de Produto Rural (CPR), com liquidação financeira, desde que negociada no mercado financeiro. Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs) Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCDs) Títulos e valores mobiliários relacionados a projetos de investimento e infraestrutura. Em defesa das mudanças, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já afirmou que essas isenções competem com os títulos do Tesouro e estão gerando dificuldade de rolagem da dívida pública — já que as emissões são utilizadas para pagar despesas correntes, como previdência social, salário de servidores e investimentos. De acordo com Haddad, a isenção concedida aos títulos incentivados gera uma renúncia anual de arrecadação de R$ 41 bilhões. Imposto unificado Atualmente, títulos como os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) e do Tesouro Nacional e as debêntures (não incentivadas) estão suscetíveis ao recolhimento de Imposto de Renda na fonte, sobre os lucros do investimento, de acordo com uma tabela regressiva. Conforme a regra atual, quanto mais tempo o investidor deixa a aplicação sem resgate, menor fica o imposto. Veja abaixo as alíquotas: Até 180 dias: 22,5%; De 181 a 360 dias: 20%; De 361 a 720 dias: 17,5%; Mais que 720 dias: 15%. "Hoje, a alíquota de 22,5% é punitiva, é uma forma de desestimular quem empresta o dinheiro e pede de volta rápido, e incentivar as pessoas a carregarem o investimento por mais tempo", explica Erik Oioli, sócio da área de mercado de capitais do VBSO Advogados. "Agora, os investidores de médio a longo prazo, que geralmente pagam a alíquota de 15% ou 17,5%, vão ser penalizados. Vai reduzir a rentabilidade do investidor", diz. A MP publicada nesta quarta unifica a alíquota em 17,5% para CDBs e diversas outras aplicações financeiras, independentemente do prazo de resgate. A mudança se aplica também a partir de 1º de janeiro de 2026, diz o texto, "inclusive aos rendimentos auferidos com as aplicações financeiras que já existiam em 31 de dezembro de 2025". Outras aplicações No caso de investimentos em ações, atualmente, há uma isenção para operações de venda até R$ 20 mil (não importa o lucro). Ultrapassado o limite: a alíquota de IR é de 15% sobre o lucro, para operações com compra e venda executadas em datas diferentes (swing trade), e de 20% sobre o lucro para compra e venda no mesmo pregão (day trade). Segundo a Medida Provisória, os ganhos líquidos obtidos por pessoas físicas residentes no Brasil em operações com ações no mercado à vista na bolsa (compra e venda de papéis) estarão isentos do IR, desde que o total de vendas realizadas em cada trimestre seja igual ou inferior a R$ 60 mil. Ainda conforme o texto, se o valor total no trimestre exceder o limite de R$ 60 mil, os ganhos líquidos dessas operações ficarão sujeitos integralmente à incidência do IR de 17,5%. Operações day trade também estão sujeitas à nova alíquota. Entenda a crise do IOF Deputado encerra sessão na Câmara após tumulto e bate-boca entre Haddad, Jordy e Nikolas O anúncio do decreto sobre a alta do IOF foi divulgado no dia 22 de maio pelo governo, junto com um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano, com o objetivo de equilibrar as contas públicas e cumprir a meta fiscal. 🔎 IOF é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras. Como o próprio nome diz, é um imposto cobrado sobre a maior parte das operações financeiras e serve para gerar receita para a União. (saiba mais aqui) A medida aumentou o imposto sobre algumas operações, especialmente que envolvem crédito para empresas e relacionadas ao câmbio. Houve aumento, por exemplo, no IOF cobrado sobre cartões internacionais de crédito e débito e sobre a compra de moedas estrangeiras em papel. O mercado reagiu mal à decisão, o que levou o governo a recuar no mesmo dia de parte da medida. Horas após o anúncio, o governo revogou o IOF mais alto sobre aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, o que reduziu o potencial arrecadatório em cerca de R$ 1,4 bilhão. Mesmo assim, as críticas sobre o aumento do imposto continuaram. Os analistas avaliam que o governo deveria focar em discutir a eficiência dos gastos públicos e em promover reformas estruturais, em vez de apenas propor novas formas de arrecadação. Assim, o Congresso começou a se movimentar para aprovar uma derrubada do decreto presidencial sobre o aumento de imposto, algo inédito nos últimos 25 anos. O governo, então, buscou os presidentes da Câmara e do Senado para negociar uma proposta alternativa que substitua parte dos ganhos que seriam obtidos com o novo IOF.



Governo publica medidas para substituir alta do IOF com taxas sobre LCI, LCA e aumento de imposto de bets


11/06/2025 23:58 - g1.globo.com

Imposto para apostas esportivas online passará de 15% para 18% em outubro. Taxação de 5% sobre LCI e LCA, que antes eram isentas, geraram reação do Congresso. Governo publica medidas para substituir alta do IOF O governo federal publicou nesta quarta-feira (11) um novo pacote de medidas tributárias para substituir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) decretado em maio. O novo modelo reduz o imposto sobre empresas e seguros do tipo VGBL e amplia a tributação sobre apostas esportivas (bets), criptoativos e investimentos isentos como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito Agropecuário (LCA). A alíquota de 5% de LCI e LCA passará a valer a partir de janeiro de 2026 A alíquota para apostas nas bets passará de 15% para 18% em outubro de 2025 As medidas foram formalizadas por meio de uma medida provisória e um decreto presidencial, após reunião realizada no domingo (8) entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e líderes partidários, na casa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O objetivo é reverter o desgaste político gerado pelo decreto anterior e, ao mesmo tempo, garantir o equilíbrio das contas públicas com novas fontes de arrecadação. Haddad anuncia acordo para reduzir alíquotas de IOF IOF menor para empresas e seguro VGBL Entre os pontos centrais da proposta, está a redução de até 80% da alíquota do IOF sobre operações de risco sacado — utilizadas por empresas em operações de antecipação de recebíveis. O governo também reduziu a tributação sobre seguros do tipo VGBL, forma de previdência privada usada por milhões de brasileiros. A queda na arrecadação prevista será compensada com outras medidas tributárias. Para compensar as perdas com a redução do IOF, o governo confirmou: ▶️Alíquota de 5% de IR sobre Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que hoje são isentas; ▶️Aumento da alíquota sobre apostas esportivas de 12% para 18% sobre a receita líquida (GGR); ▶️Tributação de criptoativos, com regulamentação específica; ▶️Uniformização da alíquota do IR sobre aplicações financeiras em 17,5%; ▶️Equalização da CSLL para instituições financeiras, que passa a variar entre 15% e 20%, com eliminação da alíquota reduzida de 9% para fintechs. O pacote inclui ainda um "pente-fino" nas regras de compensação de créditos tributários, para evitar manobras abusivas por parte de empresas, e uma meta de corte de 10% em gastos tributários. Reação política e próximos passos O novo pacote surge após a edição de um decreto presidencial, há cerca de duas semanas, que elevava o IOF em diversas transações financeiras. A reação foi imediata no Congresso e no mercado: mais de 20 projetos foram apresentados para derrubar o decreto. O governo então revogou parte da medida no mesmo dia, mantendo a cobrança apenas em algumas operações, e se comprometeu a apresentar uma alternativa. Em 28 de maio, Haddad se reuniu com Hugo Motta e Davi Alcolumbre, que deram ao governo um prazo de dez dias para reformular a proposta. No encontro de domingo (8), o ministro apresentou a versão preliminar do pacote e se comprometeu a incorporar sugestões antes da reunião final com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevista para esta terça-feira (10). A expectativa é que, com os ajustes políticos e técnicos, a nova versão consiga avançar no Congresso sem o mesmo desgaste da anterior. Principais pontos Veja os principais pontos do pacote publicado Reduções no IOF Redução de até 80% sobre operações de risco sacado; Redução da alíquota para seguros do tipo VGBL; IOF mínimo para Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC); Isenção de IOF para retorno de investimentos estrangeiros diretos. Medidas de compensação IR de 5% sobre LCI e LCA (antes isentas); Aumento da alíquota sobre apostas esportivas de 12% para 18%; Tributação de criptoativos; Uniformização da alíquota de IR sobre aplicações financeiras (17,5%); Alíquota de CSLL para instituições financeiras entre 15% e 20%; Corte de 10% em gastos tributários; Regras mais rígidas para compensações de crédito tributário.



INSS, Minha Casa, Minha Vida, Farmácia Popular, pesquisa: o que foi atingido pelo congelamento de despesas


11/06/2025 22:43 - g1.globo.com


Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma contenção de R$ 31,3 bilhões em despesas. Detalhes dos cortes ainda não haviam sido divulgados. O corte de R$ 31 bilhões no Orçamento vai atingir programas sociais, pesquisa científica e verba para atendimento de aposentados. Para cumprir as regras das contas públicas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia annunciado a contenção de R$ 31,3 bilhões em despesas. Isso significa que gastos previstos no Orçamento de 2025 ficam congelados para evitar o estouro dos limites de despesas no ano. Mas governo ainda não tinha apresentado o detalhamento do contingenciamento e do bloqueio de gastos. Apenas o Ministério da Educação e o Banco Central foram poupados da restrição de despesas. Haddad: 'Tenho tido o ânimo de debater com os bolsonaristas' Veja programas que tiveram verba congelada: Minha Casa, Minha Vida Até agora, o Minha Casa, Minha Vida foi o mais afetado pelo congelamento. O programa habitacional teve uma contenção superior a R$ 2,1 bilhões no orçamento. Farmácia Popular O Farmácia Popular também foi atingido, com uma restrição de R$ 226 milhões. Atendimento no INSS Nem mesmo o dinheiro para melhorar o atendimento de aposentados pela rede de agências do INSS foi poupado, em meio à crise das fraudes envolvendo descontos não autorizados por beneficiários para bancar associações. Cerca de R$ 425 milhões foram bloqueados. Isso é quase um terço do que estava previsto a ser gasto neste ano. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala em coletiva de imprensa sobre o bloqueio do Orçamento e elevação do IOF Diogo Zacarias/MF Pesquisa Os recursos do Ministério de Ciência e Tecnologia para pesquisa, por meio da concessão de bolsas de formação científica, desde o início do ensino médio, e de bolsas de pesquisa sofreram um congelamento de R$ 425 milhões. Ferrovias Valor semelhante foi retirado da verba destinada à participação da União em projetos de concessões ferroviárias outorgadas à iniciativa privada. Essa área sofreu redução de R$ 488 milhões. Aperto fiscal No dia 22 de maio, o governo anunciou o aumento do IOF (imposto sobre operações financeiras) e o congelamento de R$ 31,3 bilhões do Orçamento para tentar manter as contas dentro da meta fiscal. A regra fiscal prevê um limite para os gastos. E o governo se viu - de novo - diante de um aumento maior das despesas obrigatórias, puxado principalmente pelos gastos com Previdência e BPC (Benefício de Prestação Continuada). Com a nova norma fiscal — o arcabouço — podem ser feitos bloqueios ou contingenciamentos, que na prática são limitação de valores. Entenda: ➡️ bloqueios são ligados ao limite de gastos, que só podem ser liberados se houver redução comprovada de despesas no próximo relatório bimestral de avaliação orçamentária; ➡️ contingenciamentos são ligados à busca pela meta das contas do governo, ou seja, são limitações que podem ser revertidas caso a arrecadação cresça ao longo do ano, ou outros gastos sejam bloqueados. Ministérios Ao todo, os ministérios tiveram uma restrição de R$ 24,2 bilhões. Isso inclui bloqueio e contingenciamento e atinge verba direta da pasta e do PAC (programa de aceleração do crescimento). O restante (R$ 7,1 bilhões) foi cortados de emendas parlamentares. Quase todos os ministérios já detalharam quais programas serão afetados pelas medidas de contenção de despesas. No entanto, dois --Ministério do Desenvolvimento Regional e o do Desenvolvimento Social-- ainda precisam apresentar onde vão congelar R$ 1,2 bilhão e R$ 2,1 bilhões, respectivamente.



Fiat Pulse Abarth 2026 ganha novo visual e mantém motor turbo para bater o Nivus GTS


11/06/2025 20:01 - g1.globo.com


SUV compacto é um dos poucos carros esportivos em sua faixa de preço, de R$ 157.990. Motor de 185 cv de potência é o mesmo do irmão Fastback e supera o desempenho do SUV da Volkswagen em mais de 35 cv. Fiat Pulse Abarth 2026 divulgação/Fiat Poucas semanas após apresentar a versão atualizada do Pulse, com teto solar panorâmico, a Fiat lança agora a versão esportiva de seu SUV compacto: o Pulse Abarth. O carro está exposto no estande da marca durante o Festival Interlagos, que ocorre no autódromo de São Paulo entre os dias 12 e 15 de junho. No evento, o público poderá pilotar, assistir a competições, conferir lançamentos de grandes marcas e visitar exposições. O novo modelo chega ao Brasil por R$ 157.990, e poucas alterações diferenciam o Pulse Abarth 2024 da versão 2026. No exterior, dois elementos chamam a atenção: A linha vermelha que antes atravessava todo o para-choque agora está restrita às entradas de ar laterais, além de presente em pequenos apliques dentro da grade de entrada de ar; O tradicional escorpião da marca dá lugar à inscrição “Abarth”. Além dessas alterações, os faróis de neblina ganharam mais destaque, e as rodas passaram de 17 para 18 polegadas, mantendo o acabamento preto da geração anterior. Fiat Pulse Abarth 2026 LEIA MAIS Por que carros com GNV podem explodir? Especialistas dão dicas de segurança GWM anuncia Poer P30 e Haval H9, primeiros carros não eletrificados no Brasil Ford Bronco 2025 prefere manter as raízes do que vender demais — e isso pode ser ótimo O modelo segue equipado com o motor 1.3 T270 Turbo Flex, também utilizado em outros veículos da Stellantis, como Jeep Renegade, Compass, Commander, além da Fiat Toro, Fastback Abarth. A potência é de 185 cv, e o torque alcança 27,53 kgfm. O conjunto está acoplado a um câmbio automático de seis marchas. O modelo acelera de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e atinge velocidade máxima de 215 km/h. O Volkswagen Nivus GTS, principal concorrente nesse segmento de SUVs esportivos, entrega 150 cv com seu motor 1.4 TSI turbo. (veja comparativo abaixo) No interior, o novo Pulse Abarth oferece os seguintes itens de série: Painel digital de sete polegadas; Central multimídia de 10,1 polegadas com GPS integrado; Espelhamento de celular via Android Auto e Apple Carplay sem fios; Monitoramento de pressão dos pneus; Quatro airbags; Frenagem autônoma de emergência; Alerta de permanência em faixa; Farol alto automático; Direção elétrica; Chave presencial; Banco do motorista com ajustes elétricos; Piloto automático; Retrovisor interno eletrocrômico; Teto solar panorâmico; Carregador de celular por indução. Fiat Pulse Abarth 2026 por dentro Como anda o novo Pulse Abarth O g1 testou o novo Pulse Abarth em um ambiente onde os esportivos tendem a se destacar: a pista do Autódromo de Interlagos. Um dos diferenciais em relação à versão “convencional” do SUV é a substituição do botão de modo esportivo por um chamado “Poison”. Ao ser ativado, o carro ganha mais potência e fluxo de ar, além de intensificar o ronco do escapamento duplo. Fez diferença. Com um modo de condução mais arisco, o Pulse Abarth passou a responder melhor nas curvas e reduziu o tempo de reação do acelerador. Apesar de automático, o câmbio também passou a subir o giro e manter o carro por mais tempo em cada marcha. Assim, a força do motor T270 se mostrou nas retomadas mais puxadas, especialmente após a curva fechada do Bico de Pato. O vigor extra também apareceu nas acelerações no S do Senna. A suspensão mais rígida nesta versão, aliada aos freios recalibrados para respostas mais rápidas, contribuiu para a pegada esportiva. Mas a presença de freios a tambor nas rodas traseiras limitou um pouco o desempenho nas frenagens mais exigentes. E fez falta. Especialmente em um autódromo, onde as velocidades podem ultrapassar os 190 km/h na subida e na reta dos boxes. O trajeto demanda fortes desacelerações, como ao se aproximar do S do Senna. Com o modo “Poison” desligado, a diferença é evidente: o motor perde agressividade e o SUV passa a ao uso urbano. E tudo bem, afinal, ruas do dia a dia não são (nem devem ser) um autódromo. Uma coisa é certa: em todos os aspectos, o Pulse Abarth se mostrou mais esportivo que o Nivus GTS. O SUV da Fiat foi mais rápido, mais potente e mais responsivo. As reações foram mais ágeis ao acelerador e a suspensão está mais bem ajustada. O Nivus supera o Pulse Abarth em apenas um aspecto: ele tem freios a disco nas quatro rodas. Stellantis investe R$ 30 bilhões no Brasil O lançamento do Pulse Abarth faz parte de um aporte de R$ 30 bilhões anunciado em março do ano passado pela Stellantis, grupo que reúne marcas como Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM. Este valor é voltado para suas fábricas no Brasil entre 2025 e 2030, o maior valor já investido na indústria automobilística brasileira. Com o investimento, serão lançados, pelo menos, 40 novos produtos, além do desenvolvimento de tecnologias de descarbonização dos veículos produzidos pela companhia. Já está definido, porém, qual será o principal destino dos valores: o desenvolvimento de tecnologia bio-hybrid — modelo que combina a eletrificação com motores flex movidos a etanol. Segundo Carlos Tavares, diretor-executivo da Stellantis, a empresa mira sobretudo clientes brasileiros de classe média, seu principal público consumidor, buscando oferecer uma "mobilidade segura, limpa e acessível". Ele explica que os carros 100% elétricos ainda não são o coração dos investimentos da empresa no país, uma vez que a tecnologia ainda é muito custosa para a maior parte do público. "Qual é a tecnologia mais limpa que podemos colocar no mercado por um valor que a classe média possa pagar?", comenta Tavares, explicando a escolha pelos carros híbridos movidos a etanol como o foco da atuação. Conheça o Pulse 2026



Falta de verba suspende provas para pilotos, mecânicos e outras profissões da aviação no Brasil


11/06/2025 20:00 - g1.globo.com


Provas são exigidas para obter licenças na aviação civil. Segundo a Anac, suspensão temporária dos exames ocorre por falta de verba após corte no orçamento. Agência Nacional de Aviação Civil suspende temporariamente provas teóricas exigidas aos profissionais, como pilotos e mecânicos, para conseguir licenças e habilitações A carreira de Almir Rodrigues está prestes a decolar. Após concluir 15 horas de aulas práticas para se tornar piloto de avião, ele agora se prepara para a prova teórica. “Tive que me sacrificar, precisei vender meu carro, para conseguir fazer esse investimento. É um aporte um pouco alto que a gente tem que fazer.” No entanto, alunos como Almir estão tendo que adiar os planos de ingressar na aviação civil. Os exames teóricos exigidos para obtenção de licenças e habilitações estão suspensos desde 6 de junho. A suspensão afeta candidatos a piloto privado, piloto comercial e piloto de linha aérea, além de mecânicos de voo e de manutenção aeronáutica, despachantes operacionais de voo e instrutores de segurança. No ano passado, mais de 24,1 mil provas foram aplicadas. Só neste ano, já foram realizados 11,7 mil exames. “Nessa escola, temos uma média de 75 alunos voando. E desses 75, temos 50 alunos diretamente prejudicados, de piloto privado. Estou falando de uma escola. Se a gente falar no universo do Brasil todo, nós vamos ter toda a base da aviação civil prejudicada.” O exame de conhecimento teórico é elaborado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas a aplicação das provas fica a cargo da Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo a Anac, a aplicação dos exames custa aproximadamente R$ 500 mil por mês, valor repassado à FGV. Em comunicado, a Anac informou que a suspensão do contrato com a FGV ocorreu devido ao contingenciamento orçamentário determinado pelo Decreto nº 12.477, de 30 de maio. A Anac acrescentou que está avaliando alternativas para retomar a aplicação das provas o mais breve possível, a fim de minimizar os impactos da interrupção temporária para os profissionais da aviação civil. No dia 31 de maio, a equipe econômica publicou um decreto que congelou R$ 31 bilhões do orçamento. Desse total, quase R$ 30 milhões correspondem a recursos da Anac. O assessor executivo da Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (Abrapac), Maurício Pontes, afirmou que a decisão da Anac pegou a categoria de surpresa. “Estamos acompanhando de perto para que o problema seja resolvido o mais rápido possível. O impacto é que você tem um retardo na formação e na progressão de carreiras, porque, sem fazer a prova teórica, é como se fosse um vestibular, você não está pronto para o cheque prático”, explica. Rafael Santos é piloto de linha aérea há 44 anos e realiza voos internacionais. Ele afirma que a suspensão dos exames da Anac atrasa a vida de quem deseja ingressar ou ser promovido em uma companhia aérea. “Por exemplo, o copiloto voa com a licença comercial. Para ele fazer uma elevação de nível, ele tem que fazer exame teórico de piloto de linha aérea. Esse exame não está acontecendo. As empresas aéreas estrangeiras, que o Brasil buscar pilotos, no caso dos copilotos, ela exige que o cara tenha o exame teórico (...) Isso não tá ocorrendo. Trava a roda toda", argumenta o piloto. A Associação Brasileira de Manutenção Aeronáutica classificou a medida da Anac como grave, afirmando que ela impactará diretamente as atividades do setor de aviação civil. Por meio de nota, a Anac informou que a suspensão é temporária e que está buscando alternativas para retomar a aplicação das provas o mais rapidamente possível. A agência lamentou os transtornos causados e reforçou que a medida foi motivada por restrições orçamentárias impostas pelo governo. Medida afeta diversos profissionais da aviação civil Freepik/ REPRODUÇÃO



LCI e LCA taxados: faz sentido acabar com a isenção de impostos? Entenda polêmica em 8 pontos


11/06/2025 18:50 - g1.globo.com


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propôs o fim da isenção de impostos para ativos imobiliários e do agronegócio como parte de pacote alternativo ao aumento do IOF. O objetivo do governo é aumentar a arrecadação e cumprir as metas fiscais, mas medidas são alvo de críticas. Ministro Haddad propôs o fim da isenção como alternativa ao aumento do IOF. Agência Brasil via BBC O governo federal publicou nesta quarta-feira (11) uma medida provisória (MP) com alternativas à alta do Imposto sobre Operações (IOF), que havia sido anunciada em maio e foi suavizada. O IOF, no entanto, ainda passará por algumas mudanças, decididas por decreto também publicado nesta quarta-feira pelo governo. Em comunicado, o Ministério da Fazenda garante que a MP e o decreto foram alinhados com presidentes e líderes do Congresso. Mas, nos bastidores, há ceticismo sobre a perspectiva de sucesso da MP — que já está em vigor, mas precisa ser aprovada pelos parlamentares em um prazo determinado para virar lei. Algumas das mudanças impostas pela MP são: tributação em 5% de ativos imobiliários e do agronegócio hoje isentos de Imposto de Renda (IR); cobrança única de 17,5% de IR sobre investimentos que já pagam o imposto, independente do tempo de investimento; aumento da tributação sobre o faturamento das empresas de apostas online (bets) de 12% para 18%; equiparação de alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para fintechs. Já o novo decreto sobre o IOF prevê, entre outros pontos: redução de 0,95% para 0,38% do imposto fixo sobre crédito para empresas; nos planos de previdência privada do tipo VGBL, até 31 de dezembro de 2025, o IOF nos aportes só vai incidir em valores maiores que R$ 300 mil (em uma mesma seguradora); a partir de 1º de janeiro de 2026, o imposto só vai incidir em valores maiores que R$ 600 mil (seja em uma ou várias instituições) isenção no retorno de investimentos diretos estrangeiros feitos no Brasil. Algumas dessas medidas, ao serem anunciadas no domingo (8/6) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já causaram reação entre os possíveis atingidos. Outra mudança que o governo deve propor em um futuro próximo é a redução de benefícios tributários concedidos a empresas — Haddad tem defendido um corte de 10%. A BBC News Brasil aguarda retorno do Ministério da Fazenda sobre a expectativa de arrecadação com as iniciativas publicadas oficialmente nesta quarta-feira. Após o anúncio feito pelo ministro na terça — mas antes da publicação das novas medidas —, a XP Investimentos estimou que a proposta do governo pode gerar uma arrecadação de R$ 5 bilhões este ano e de R$ 26,9 bilhões em 2026. Já para o IOF, antes das mudanças propostas, a arrecadação estimada pelo governo era de R$ 19,1 bilhões em 2025 e R$ 38,2 bilhões em 2026. Com o recuo, a estimativa de arrecadação cai a um terço do previsto antes, afirmou Haddad na terça. O anúncio feito pelo ministro foi seguido por fortes críticas de economistas e parlamentares, que ressaltam a incapacidade do governo de reduzir despesas, optando por fazer o ajuste fiscal principalmente através do aumento da carga tributária. Além disso, agentes do mercado financeiro e os setores econômicos afetados avaliam que a taxação de títulos atualmente isentos pode reduzir a atratividade desses investimentos. Isso tornaria mais cara a captação de recursos pelo setor imobiliário e agrícola, argumentam, o que pode resultar em aumento de preços dos imóveis e alimentos. Haddad, por sua vez, diz que a taxação dos títulos incentivados corrige distorções no sistema de crédito e permite recalibrar o decreto do IOF. Já o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, descartou impacto da medida nos preços de produtos nacionais. "Quem financia sua safra nas LCA [Letras de Crédito do Agronegócio] é exportador. Não creio que vá afetar a política de preços de produtos no Brasil", disse Teixeira, em entrevista à EBC na quarta (10). Mas faz sentido acabar com a isenção de impostos para títulos imobiliários e do agronegócio isentos há mais de 20 anos, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)? E qual foi a motivação para a criação dessa isenção no passado? Entenda em 8 pontos a polêmica e os argumentos de especialistas a favor e contra essa taxação. 1. O que são LCIs e LCAs As LCIs e LCAs são títulos de renda fixa — investimentos em que a remuneração é conhecida ou pode ser calculada com antecedência — criados para captar recursos para projetos do setor imobiliário e do agronegócio, respectivamente. LCAs são títulos de renda fixa usados para captar recursos para o agronegócio. Getty Images via BBC Atualmente, as LCIs e LCAs são isentas de IR na pessoa física, o que significa que todo o rendimento desses títulos é líquido. Já investimentos como CDBs, letras financeiras (LFs), Recibos de Depósito Bancário (RDBs), fundos DI e outros títulos de renda fixa atualmente seguem a tabela regressiva de IR, com alíquotas que variam de 15% a 22,5%, dependendo do prazo de aplicação. As letras de crédito são títulos emitidos por instituições financeiras e podem ser adquiridos pelos investidores através de bancos ou corretoras de investimentos. Quem investe em um desses papéis empresta dinheiro à instituição, que então destina os recursos aos projetos indicados no nome e descrição do ativo. O retorno destes títulos ao investidor pode estar atrelado a um índice de referência, como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação oficial do país) ou o CDI (Certificado de Depósito Interbancário, taxa de referência para investimentos de renda fixa, em geral com valor próximo à Selic). Há ainda opções com rentabilidade prefixada (por exemplo, 8% ao ano). As LCIs e LCAs possuem sempre um prazo, após o qual é possível resgatar o investimento. Tentar resgatar o dinheiro antes da validade pode acarretar em perdas. 2. Quem investe em LCI e LCA e quanto movimentam Essas aplicações são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Isso significa que, caso a instituição financeira emissora enfrente problemas como falência, intervenção ou liquidação extrajudicial, o FGC garante o reembolso ao investidor, até o limite de R$ 250 mil. Por conta disso, esses são investimentos considerados bastante seguros. Eles costumam ser uma opção principalmente para investidores pessoa física, de perfil mais conservador — aqueles que toleram pouco risco em suas aplicações. As LCAs e LCIs atraem principalmente investidores pessoa física de perfil conservador, que toleram pouco risco em suas aplicações. Getty Images via BBC Mas, por ser um pouco mais complexo calcular o retorno desses investimentos do que o de outros ativos de renda fixa mais simples, como a poupança, Tesouro Direto e CDBs (Certificados de Depósito Bancário), eles costumam ser uma opção para investidores de renda um pouco mais alta, afirma Michael Viriato, assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as LCAs somavam um estoque de R$ 560 bilhões em abril deste ano, e as LCIs, de R$ 455 bilhões. A título de comparação, os investimentos em Tesouro Direto somavam estoque de R$ 170,9 bilhões em abril, e o estoque de CDBs era de R$ 2,53 trilhões naquele mês. 3. Por que LCIs e LCAs foram isentas de IR As LCIs e LCAs foram criadas por lei em 2004, durante o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o objetivo de incentivar os setores imobiliário e agrícola brasileiros. Para Manoel Pires, coordenador do Observatório de Política Fiscal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), há três "ingredientes" principais por trás da criação desses títulos incentivados há mais de 20 anos atrás. O primeiro deles é o ambiente de juros historicamente altos no Brasil. "Muitas vezes, os setores pediam isenção fiscal como uma forma de compensar as taxas de juros muito altas, que elevam o custo de captação das empresas", diz Pires. Um segundo ponto é que esses títulos foram criados sob a justificativa de fomentar setores considerados socialmente importantes. "No caso do agro, há a questão do preço dos alimentos, então entra na lógica de isentar produtos ligados a esse setor", afirma. "Já no caso imobiliário, é uma forma de baratear o custo de financiamento de construções, tornando elas mais baratas e acessíveis para a população." Por fim, um terceiro "ingrediente" dessa receita, segundo o economista, é o lobby. Pires observa que o agro, especialmente, tem uma forte representatividade junto ao Congresso, o que resulta em uma grande quantidade de estímulos e políticas públicas de apoio ao setor, incluindo todo um arcabouço tributário e condições de financiamento especiais para a atividade. Haddad: 'Tenho tido o ânimo de debater com os bolsonaristas' 4. Qual é a mudança proposta pelo governo A proposta do governo prevê a aplicação de uma alíquota de Imposto de Renda de 5% sobre ativos de crédito imobiliário e do agronegócio, eliminado a isenção atualmente vigente. A alteração deve abranger todos os papéis atualmente isentos, incluindo: Letra de Crédito Imobiliário (LCI); Letra de Crédito do Agronegócio (LCA); Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI); Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA); Letra Imobiliária Garantida (LIG); Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro); Fundos de Investimento Imobiliário (FII); Certificado de Depósito Agropecuário (CDA); Warrant Agropecuário (WA). Também devem ser impactadas as debêntures incentivadas de infraestrutura. A revogação da isenção deve ser feita por meio de lei ordinária ou medida provisória a ser aprovada pelo Congresso. Se aprovada, a mudança só deve passar a valer a partir de 2026, respeitando o princípio da anterioridade anual previsto na legislação tributária brasileira. Além dessas mudanças, o governo deve propor o texto que será encaminhada ao Congresso uma unificação da alíquota de Imposto de Renda (IR) que será cobrada sobre aplicações financeiras. A proposta é que haja uma cobrança única de 17,5%, ao invés da tabela atualmente vigente que varia de 15% a 22,5%, dependendo do prazo de resgate. Com a alíquota mais baixa de 5%, os títulos incentivados ficam de fora dessa unificação. 5. O que argumentou Haddad O ministro da Fazenda argumentou que o fim da isenção para títulos incentivados corrige distorções no sistema de crédito. "É uma medida que corrige distorções no sistema de crédito, na cobrança de impostos de rendimentos sobre títulos", disse Haddad no domingo (8). "O que essa medida provisória vai nos permitir? Recalibrar o decreto do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras], fazendo com que sua dimensão regulatória seja o foco da nova versão, e possamos reduzir as alíquotas previstas no decreto original, que vai ser reformado conjuntamente." Haddad destacou que, apesar do fim da isenção, os títulos incentivados — como LCIs, LCAs, CRIs e CRAs, entre outros — vão continuar de certa forma a contar com incentivos tributários. Isso porque a alíquota de 5% de IR que deverá incidir sobre esses ativos será menor do que os 17,5% que serão cobrados de outros investimentos. "Eles [esses títulos] continuarão a manter uma distância grande em relação aos títulos públicos em geral [em termos de taxação], mas não permanecerão mais isentos, porque estão criando uma distorção no mercado de crédito no Brasil, inclusive com dificuldades para o Tesouro Nacional." Na segunda-feira, no entanto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que não há compromisso do Legislativo com a aprovação da medida provisória alternativa ao decreto que elevou o IOF. Na quarta, Motta sinalizou novamente que o projeto deve enfrentar resistência no Congresso. "Apresentar ao setor produtivo qualquer solução que venha trazer aumento de impostos sem o governo apresentar o mínimo de dever de casa do ponto de vista do corte de gastos não será bem aceito pelo setor produtivo nem pelo Congresso", disse o presidente da Câmara. 'Moleque é você', rebate Carlos Jordy após crítica de Haddad na Câmara 6. O que diz quem defende o fim da isenção Manoel Pires, do Ibre/FGV, observa que o ideal na tributação financeira seria que todos os produtos tivessem carga tributária igual, evitando distorções — ou seja, que ativos financeiros se tornem mais ou menos atrativos devido à carga maior ou menor de impostos. "Como a poupança é muito suscetível à tributação, qualquer distorção tributária acaba movendo muito a alocação de recursos da economia", explica Pires. Ele pondera, porém, que na prática a realidade é outra, e mesmo países desenvolvidos têm diferenças na tributação de títulos. "Em países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], por exemplo, é comum ter um sistema distinto para tributação de imóveis, ou para a Previdência", exemplifica. No caso das letras de crédito ou ativos que captam recursos para a produção em geral, Pires diz que o normal nos países desenvolvidos é tributar com uma alíquota fixa, que varia de 15% a 20%. No Brasil, o economista observa que há muito tempo se discute a redução do incentivo fiscal para ativos financeiros, porque isso cria uma distorção grande no mercado — como apontou Haddad, ao defender a proposta do governo. Além disso, observa Pires, uma parte importante do benefício fiscal é apropriada pelos intermediários financeiros — os bancos, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários que emitem os títulos de LCI e LCA. "A instituição financeira se apropria de uma parte relevante dessa isenção e não passa a redução de custo para a ponta, que seria o objetivo de baratear esse recurso", diz o economista. Michael Viriato, da Casa do Investidor, explica como isso se dá na prática. Hoje, para uma LCA ser atrativa, ela precisa remunerar a cerca de 85% do CDI, para ser equivalente a um CDB que remunere a 100% do CDI — isso porque, como o investidor não paga 15% de IR na LCA, os dois ativos têm remuneração líquida equivalente. Para o investidor, a remuneração é a mesma, mas para o banco, cujo produto é o dinheiro, é melhor remunerar a 85% do CDI do que a 100%, explica Viriato. Pires observa que o patamar de tributação proposto pelo governo para os títulos incentivados, de 5% — ante 17,5% para os demais ativos financeiros — ainda mantém a disparidade entre ativos. "Provavelmente, esse patamar reduzido é porque o governo não quis comprar uma briga grande com esse tema. É algo que está sendo proposto há muito tempo, e que ninguém consegue fazer avançar." Como em outros setores da economia, benefícios fiscais que são criados para gerar um estímulo temporário a setores específicos se perpetuam no tempo e se tornam algo permanente e muito difícil de reverter no Congresso, diante da força dos lobbies. "O setor que quer manter o benefício fiscal dele vai sempre argumentar que isso vai ter um impacto negativo no mercado que ele atua, por isso essa discussão tem dificuldade de avançar." 7. O que diz quem é contra Se a medida é defendida por especialistas em questões tributárias e fiscais, ela é criticada por agentes do mercado financeiro e pelos setores afetados. "Essas aplicações são amplamente utilizadas por investidores conservadores, e seu apelo está diretamente ligado à isenção de imposto de renda. Qualquer mudança nesse regime pode gerar uma barreira emocional no investidor, que tende a recuar diante da percepção de perda de vantagem competitiva", afirma Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos. Além disso, diz o analista, LCIs e LCAs são instrumentos de financiamento direto para setores estratégicos como o agronegócio e a construção civil, motores do emprego e do PIB. Elevar o custo de captação para esses setores pode comprometer a oferta de crédito, encarecer projetos e, em última instância, frear a atividade econômica, argumenta. "Mesmo que o objetivo fiscal do governo seja nobre, é preciso cuidado para não minar a base produtiva do país", diz Lima. "O risco é comprometer a confiança do investidor e afetar justamente os setores que têm sustentado o crescimento econômico em meio a um cenário fiscal desafiador." Segundo nota técnica produzida pela CBIC, Abrainc, Secovi-SP, SindusCon-SP e AELO – entidades ligadas ao setor imobiliário —, a alíquota proposta de 5% sobre as LCIs pode elevar a taxa de financiamento habitacional em até 0,7 ponto percentual, impactando diretamente o valor das parcelas e reduzindo a base de famílias elegíveis para o crédito habitacional. "Estamos falando de um setor que responde por 13% dos empregos formais no Brasil e que movimenta 97 atividades econômicas", destacou Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). "Qualquer medida que restrinja o acesso ao crédito habitacional ameaça a capacidade de compra da população e a arrecadação pública, já que o setor representa 9% da arrecadação de impostos no país", acrescentou o executivo. A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) afirmou em nota que "a medida, se confirmada, deve comprometer uma das principais fontes de financiamento privado a um dos maiores setores da economia brasileira – que representa um quarto do PIB e 26% dos empregos". Economistas destacam ainda que é improvável que a proposta do governo passe no Congresso. "Entramos em uma conversa na qual ninguém se entende: faz sentido uma aproximação tributária maior entre as diversas fontes de financiamento, mas falta entendimento do governo do que se precisa fazer para baixar a taxa de juros estrutural, o que permitira um custo de financiamento geral menor para todos os setores", afirma Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, em relatório. "Como o governo tem insistido em focar na arrecadação e deixar de lado qualquer medida na estrutura de gastos, o risco é grande de o Congresso não aceitar essas medidas." 8. Investimento em LCI e LCA vai continuar atrativo? Apesar das queixas dos setores afetados e dos agentes do mercado financeiro, Michael Viriato, da Casa do Investidor, avalia que os investimentos em LCIs e LCAs continuarão atrativos. A diferença é que esses títulos terão agora que oferecer um retorno maior, para compensar a taxação de 5%. Se antes uma LCI precisava remunerar a 85% do CDI, para ser equivalente a um CDB que remunerasse a 100%, agora a letra de crédito precisará remunerar a 90%. "Isso é um custo a mais de captação para o banco", observa Viriato. "E esse custo a mais, não tenha dúvida, vai ser repassado para o crédito originário que dá lastro a esse LCI. Então o custo a mais não vai recair sobre o investidor que aplica na LCI, mas sobre quem pega o crédito." Para Viriato, pode haver um período de ajuste no mercado de investimentos, porque os investidores estão acostumados a fazer seus cálculos de retorno considerando a isenção de impostos. Mas, se a remuneração for ajustada — como deve acontecer —, a atratividade dos títulos continua. Além disso, para os bancos, continua sendo mais interessante remunerar o investidor a 90% do CDI numa LCI ou LCA, do que a 100% do CDI num CDB, observa Viriato. Por exemplo, se um investidor aplica R$ 1.000 e o CDI está a 10% ao ano, depois de um ano, esse investidor recebe do banco de volta R$ 1.090 se investe numa LCI que remunera a 90% do CDI e R$ 1.100 se investe num CDB que remunere a 100% do CDI. Com 5% de imposto sobre o retorno na LCA e 15% no CDB, o investidor recebe os mesmos R$ 1.085 de retorno líquido, mas num caso o banco pagou R$ 90 de retorno e no outro R$ 100.



Audiência com Haddad na Câmara é encerrada após bate-boca e tumulto


11/06/2025 16:29 - g1.globo.com

Audiência com Haddad na Câmara é encerrada após bate-boca e tumulto A audiência na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (11) foi marcada por um debate agressivo, com bate-boca e troca de acusações entre o ministro Haddad e deputados bolsonaristas.. O ministro foi questionado por Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ), mas os deputados deixaram a reunião sem ouvir as respostas.. Haddad então partiu para o ataque e classificou a atitude dos parlamentes como "molecagem".. O presidente da comissão, Rogério Correia, tentou conter os ânimos e manter a ordem, mas diante do tumulto, foi obrigado a encerrar a sessão.



Tribunal de Contas da União aprova com ressalvas contas do governo Lula em 2024


11/06/2025 16:29 - g1.globo.com


Parecer prévio da Corte de Contas será encaminhado ao Congresso. Relator viu irregularidade na ampliação de incentivos tributários. O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad Getty Images via BBC O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, com ressalvas, as contas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, referentes ao exercício financeiro de 2024. O relator do caso é o ministro Jonathan de Jesus. Em seu parecer prévio, ele aprova as contas do presidente da República, com ressalvas, e aponta irregularidades e impropriedades: Irregularidade: Concessão ou ampliação de benefícios tributários de que decorram renuncias de receitas sem atendimento às prescrições legais Impropriedades: Divergências de dados no tocante ao montante recuperado de créditos e fontes de recursos negativos Além disso, o relator sugeriu recomendações e alertas: Recomendações: Aprimoramento de projeções de benefícios de prestação continuada e prestação de informações sobre emendas parlamentares e sobre investimentos determinados pelo Regime Fiscal Sustentável Alertas: Sobre créditos adicionais e renúncias fiscais Jonathan de Jesus também chama a atenção para o que chama de um "orçamento às avessas" em relação às renúncias fiscais. "O Estado lança mão do que se pode chamar de um 'orçamento às avessas', em que a política pública não é feita pela despesa, mas pela renúncia de receita, à margem do escrutínio público e parlamentar. Em 2024, os gastos tributários totais da União alcançaram a cifra monumental de R$ 563,5 bilhões, o equivalente a 4,89% do Produto Interno Bruto (PIB)", diz o relator. "Essa nebulosidade, aliás, é agravada pela dificuldade histórica desta Corte em obter dados fidedignos sobre o montante real da renúncia, como demonstram as recentes e drásticas revisões metodológicas feitas pela própria Receita Federal, cujas novas projeções para o exercício de 2025 já alcançam a cifra de R$ 800 bilhões", complementa o relatório. Em seu parecer, o ministro aponta que o principal alerta ao Executivo é em relação ao cumprimento formal da meta em 2024, que ocorreu "à custa do consumo de praticamente todas as margens fiscais, não restando espaço para o enfrentamento de contingências". "A meu ver, esta é uma das mais importantes mensagens que o Tribunal pode transmitir ao gestor público: a mera observância de um resultado, alcançada por meio de reativos bloqueios, não se confunde com uma gestão fiscal verdadeiramente prudente e resiliente", disse Jonathan de Jesus. O relator também expressou preocupação com os restos a pagar. "A essa deficiência na programação financeira, soma-se a preocupação, também externada pelo Relator, com o estoque recorde de Restos a Pagar, que alcançou R$ 311 bilhões, o maior patamar da década, pressionando a gestão de caixa e o orçamento dos exercícios futuros", disse. Os demais ministros da Corte também propuseram recomendações, como: que o Ministério do Desenvolvimento Social aprimore a elaboração das notas técnicas que subsidiam as projeções ao Benefício de Prestação Continuada (BPC); que a Controladoria-Geral da União (CGU) apresente, anualmente, informações sobre a execução orçamentária e financeira das emendas impositivas individuais e de bancada dos estados; que a Casa Civil também realize estudos técnicos para o desenvolvimento de um marco de governança e de execução para resposta a calamidades de grande magnitude. O que são as contas do governo? Ministro da Fazenda apresenta ao presidente Lula alternativas ao aumento do IOF São uma prestação de contas que traz informações sobre os gastos do governo em áreas como saúde, educação e infraestrutura. Ao TCU cabe apreciar as contas do presidente, ou seja, examinar detalhadamente e emitir um parecer técnico. O julgamento, por outro lado, é função do Congresso Nacional, que dá a declaração final quanto à regularidade das contas aprovadas, aprovadas com ressalvas ou rejeitadas. A apreciação do TCU é composta de dois documentos: um relatório e o parecer prévio. O relatório contém a análise do TCU sobre a execução orçamentária e a gestão dos recursos públicos. Já o parecer prévio mostra as irregularidades e inconsistências identificadas, bem como as recomendações e alertas. O parecer prévio tem que ser conclusivo, ou seja, deve indicar a aprovação, aprovação com ressalvas ou rejeição das contas. A sessão desta quarta-feira foi acompanhada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e pelo chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, além de secretários-executivos de diversas pastas.



Audiência com Haddad na Câmara é encerrada após bate-boca com Nikolas e Jordy e acusações de 'molecagem'


11/06/2025 15:37 - g1.globo.com

Ministro usou termo ao criticar que deputados bolsonaristas deixaram plenário após fazer críticas à gestão Lula. 'Moleque é você', rebateu Jordy na volta; tumulto impediu novas falas. Haddad: 'Tenho tido o ânimo de debater com os bolsonaristas' A presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma audiência na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (11) foi marcada por um debate agressivo, com bate-boca e troca de acusações entre Haddad e deputados bolsonaristas. Ao questionar o ministro, os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) falaram em uma "gastança" do governo Luiz Inácio Lula da Silva – que, segundo eles, tem aumentado impostos e, ainda assim, registrado déficits nas contas públicas. Na resposta, Haddad partiu para o ataque e criticou que os deputados não estavam presentes para ouvir a réplica, o que ele classificou como "molecagem". "Agora aparecem dois deputados, fazem as perguntas e correm do debate. Nikolas sumiu, [perguntou] só para aparecer. Pessoas falaram, agora tenha maturidade. E corre daqui, não quer ouvir explicação, quer ficar com o argumento dele. Não quer dar chance de o diálogo fazer ele mudar de ideia", disse Haddad; Esse tipo de atitude não é boa, venho aqui para debater. Esse tipo de atitude de alguém que quer aparecer na rede e some. É um pouco de molecagem, e isso não é bom para a democracia", seguiu. Em seguida, o ministro da Fazenda tratou dos questionamentos sobre o aumento de impostos e os déficits nas contas públicas do governo Lula, após a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro ter registrado, em 2022, seu último ano, um saldo positivo de R$ 54 bilhões (veja detalhes abaixo). 'Moleque é você', rebate Jordy Em seguida, o deputado Carlos Jordy, que havia deixado o plenário, retornou ao local, pediu direito de resposta e respondeu o ministro, também agressivamente. "Eu estava em outra comissão. O ministro nos chamou de moleque. Moleque é você, ministro, por ter aceitado um cargo dessa magnitude e só ter feito dois meses de [faculdade de] economia. Moleque é você por ter feito o nosso país ter o maior déficit da história. Governo Lula é pior do que uma pandemia", disparou Jordy. 'Moleque é você', rebate Carlos Jordy após crítica de Haddad na Câmara Nikolas também voltou à sessão e questionou as falas do ministro Haddad. Mas foi interrompido pelo deputado que comandava os trabalhos, Rogério Correia (PT-MG) – que tentava restaurar a ordem das falas dos deputados inscritos. O tumulto, porém, não cessou. Rogério Correia disse que ia retirar dos registros da Câmara as ofensas ditas por Jordy. Em resposta, a oposição a Lula exigiu que a resposta inicial de Haddad também fosse retirada. Correia ainda chegou a pedir ordem no plenário algumas vezes. Sem acordo e com o acirramento das acusações, no entanto, optou por encerrar a sessão sem que todos os oradores pudessem falar. Veja no vídeo: Deputado encerra sessão na Câmara após tumulto e bate-boca entre Haddad, Jordy e Nikolas Haddad fala em 'desrespeito' Na saída da reunião, Haddad disse que os deputados citaram dados errados sobre a economia e deixaram a sala antes de ouvir as respostas. "Toda vez que um deputado, pensando em suas redes sociais, desrespeita um ministro – e isso aconteceu com a Marina, aconteceu comigo. Faz a pergunta, fala o que quer, insinua coisas e simplesmente vai embora antes da resposta. Imagina se eu fizesse o oposto, se alguém fizesse uma pergunta e eu fosse embora sem responder?", questionou "Sei que as pessoas têm outro compromisso. É um direito delas fazer as perguntas, ouvir e sair do plenário. Mas da maneira como os bolsonaristas estão fazendo, eu já passei em 2018. Bolsonaro teve alta [médica], teve [confirmação] para participar do debate e fugiu. Toda vez é isso. Viemos aqui para esclarecer e eles fogem do debate em tom desrespeitoso", emendou. O que os deputados tinham dito? Em sua primeira intervenção, o deputado Carlos Jordy elogiou a coragem de Haddad em comparecer ao parlamento com o "governo fazendo tanta trapalhada na economia". "Engraçado, deputados falando a respeito do governo Lula me deixam querendo viver nessa propaganda do PT. Ouvi deputado dizendo que a inflação está controlada. Em que mundo você vive? Você vai ao mercado? Os preços dos alimentos estão explodindo. O ministro falou que o Brasil voltou a crescer. Voltou a crescer na inflação, no preço dos alimentos, nos juros, nas despesas desordenadas", disse. Por fim, Jordy chamou de "horrível" o pacote de alta de impostos anunciado nesta semana para reverter parte do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). E contestou as críticas feitas por Haddad à gestão Bolsonaro. Já o deputado Nikolas Ferreira disse que Haddad parece ser o "ministro da Suíça", e que ele “pinta um Brasil que não existe”. “Falam muito sobre as pessoas mais necessitadas, mas não está lá na ponta para poder ver o preço das coisas. E se fosse no governo anterior, estariam fazendo um alvoroço. A coisa não está legal, e quem sofre as consequências são as pessoas mais pobres desse país. É simples ficar rindo aqui, como se estivesse tudo bem, tudo certo”, disse ele. Nikolas também: disse que o governo subiu vários impostos sem apresentar medidas de corte e que, por isso, não tem responsabilidade fiscal; rebateu a fala de Haddad sobre a alta dos impostos afetar apenas quem mora em "cobertura" – disse que a classe média também compra títulos incentivados; citou o superávit de R$ 54 bilhões deixado pelo governo Bolsonaro. Haddad critica Bolsonaro Ao responder às perguntas de Jordy e Nikolas, além de criticar a postura dos deputados, Haddad também rebateu os argumentos de que o governo Bolsonaro teria tido bons indicadores econômicos. Segundo Haddad, o superávit nas contas públicas em 2022 foi feito às custas de: "calote" com os governadores, que tiveram de reduzir o ICMS dos combustíveis para baixar "artificialmente" o preço da gasolina em ano eleitoral; "calote" nos chamados "precatórios", ou seja, sentenças judiciais; a venda da Eletrobras "na bacia das almas", o que ele considerou como "barbeiragem e vergonha", o envio de centenas de bilhões pelas Petrobras em dividendos, que ele identificou como um tipo de "depenagem". "Em 2022, eles estão alegando que houve um superávit primário. A que custo? Bolsonaro deu um calote dos governadores, tomou o ICMS com a promessa de pagar. Quem pagou foi o governo Lula em março de 2023, R$ 30 bilhões. Para indenizar os governadores da barbeiragem do Bolsonaro para baixar artificialmente o preço da gasolina. Superávit primário de 2022 também se deveu ao calote de precatórios, foram pagos R$ 92 bilhões a mais em 2024", disse Haddad. "Houve a barbeiragem da venda da Eletrobras, vendeu na bacia das almas, uma vergonha. Depenram a Petrobras com a distribuição de dividendos que superou R$ 200 bilhões (...) Dando calote, torrando patrimônio público e tomando dinheiro de governador. Assim qualquer um faz superávit", acrescentou o ministro da Fazenda. ⌛ Em 2022, o Congresso Nacional aprovou projeto que limitou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo - que foi sancionado por Bolsonaro posteriormente. ⏳ Pelo menos 21 estados e o DF reduziram o ICMS sobre combustíveis. Por isso, deixaram de arrecadar bilhões de reais. Em 2023, o governo Lula sancionou lei para compensar os estados e municípios no valor de R$ 27 bilhões.



Por que carros com GNV podem explodir? Especialistas dão dicas de segurança para evitar acidentes


11/06/2025 15:30 - g1.globo.com


GNV é seguro e amplamente utilizado no Brasil, mas garantir a adaptação e manutenção corretas pode significar a diferença entre a vida e a morte na hora de abastecer o veículo no posto. Morre frentista ferido em explosão de posto de combustíveis no Centro do Rio Uma explosão em um posto de combustíveis, no último sábado (7), deixou duas pessoas mortas no Rio de Janeiro (RJ). O acidente ocorreu enquanto um veículo era abastecido com gás natural veicular (GNV). O incidente reacendeu preocupações sobre a segurança dos veículos que utilizam GNV como combustível. O g1 reuniu especialistas para entender por que esses carros podem explodir e como prevenir esse tipo de ocorrência. Primeiro, é importante compreender que tanto o GNV quanto a gasolina ou o etanol são combustíveis inflamáveis e podem explodir, e é justamente essa característica que permite o funcionamento do motor dos veículos. A diferença é que o gás natural já se encontra na forma de vapor, enquanto os combustíveis líquidos precisam se transformar em vapor para a explosão ocorrer. “O GNV é um gás e é muito volátil. Assim, qualquer pequeno vazamento de gás já permite uma explosão. O gás é muito mais incendiário e explosivo do que o combustível líquido”, comenta o mecânico Rui Camargo Barroso. “Na maioria dos acidentes, o que se identifica é a negligência por parte dos usuários: seja ao instalar os sistemas de GNV em oficinas clandestinas, seja por não realizar as inspeções de segurança veicular anuais, seja por não fazer as devidas requalificações dos cilindros, bem como por não realizar a manutenção adequada dos veículos”, aponta Marcos Barradas, coordenador-geral de Acreditação (Cgcre) do Inmetro. Os riscos para quem faz uso irregular do GNV no carro são: Explosões durante o abastecimento, com possibilidade de destruição total dos veículos e risco à vida dos seus ocupantes/outras pessoas; Vazamentos de gás, especialmente no interior dos veículos, com potencial de causar intoxicação ou asfixia; Incêndios provocados por falhas técnicas nos cilindros ou em componentes mal instalados. Adriano Daré, proprietário da oficina MaxViva Bosch Car Service, afirma com convicção que acidentes graves envolvendo GNV são extremamente raros. Segundo ele, após acompanhar mais de 30 mil conversões desde 2002, nunca presenciou um único caso de acidente relacionado a equipamentos devidamente homologados. De acordo com o especialista, as explosões — quando acontecem — estão quase sempre associadas a erros humanos e ao uso de componentes não regulamentados. Entre os principais estão: Cilindros e equipamentos irregulares; Cilindros danificados e reutilizados; Fadiga de material e soldagem ilegal. Kit GNV do Fiat Grand Siena 2020 Divulgação | Fiat “Geralmente, trata-se de cilindros descartados ou que alguém tentou soldar”, explica Daré, destacando que o uso desses equipamentos irregulares é a principal causa de acidentes. Um cilindro que foi exposto, por exemplo, a um incêndio veicular, mesmo que pareça intacto externamente, perde sua estrutura interna. O mecânico alerta: “Quando ele passa por uma situação de alta temperatura, ou qualquer outro fator que comprometa sua integridade, o cilindro perde completamente sua resistência e se transforma em uma granada”. Pessoas de má-fé podem lixar, pintar e recolocar esses cilindros no mercado, o que pode resultar em explosões devido à alta pressão durante o abastecimento nos postos de combustível. Daré relata um caso ocorrido no Paraná: “um homem cortou o cilindro ao meio, encheu com drogas, soldou novamente e, para disfarçar o crime, foi até um posto e abasteceu com gás. Explodiu, óbvio”. LEIA MAIS Ford Bronco 2025 prefere manter as raízes do que vender demais — e isso pode ser ótimo; veja teste SUV da chinesa Changan é flagrado em Santos e sinaliza retorno da marca ao Brasil VÍDEO: Zeekr X mostra que um SUV elétrico chinês pode confundir fãs de BMW e Volvo Como garantir a segurança do carro com GNV? A parte mais visível na adaptação de um carro para rodar com GNV é o cilindro amarelo, que costuma ocupar boa parte do porta-malas. No entanto, há diversos outros componentes que também são instalados. Especialistas são unânimes ao afirmar que toda adaptação para GNV deve ser realizada em oficinas homologadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), utilizando apenas peças certificadas pelo órgão. “A adaptação envolve diversos itens: o cilindro, tubulações, válvulas de contenção, retenção e impulsão, além de filtros, manômetro e outros componentes que integram o sistema instalado nos veículos a GNV”, explica o mecânico. Segundo Rui, explosões em veículos movidos a GNV geralmente ocorrem quando a instalação não segue os padrões estabelecidos pelo Inmetro. “Em alguns casos, o cilindro utilizado não possui a espessura adequada nem a certificação do Inmetro para suportar o volume de gás inserido durante o abastecimento. Se a estrutura for frágil, ele pode explodir com facilidade”, acrescenta. É possível verificar diretamente no site do Inmetro se a oficina é homologada. Basta acessar este link, inserir o nome do estabelecimento ou filtrar por estado e cidade para visualizar os endereços cadastrados. “O sistema é seguro, o que não é seguro é adaptação errada e usar produto não homologado”, aponta Rui. Manutenção do sistema é fundamental O mecânico destaca que, mesmo com todos os componentes e a instalação devidamente homologados pelo Inmetro, a manutenção periódica continua sendo fundamental para garantir a segurança. “Você anda com o carro e existe a vibração natural dele, do motor e também o impacto dos buracos no asfalto que são sentidos pelos componentes, como encanamentos e conexões. De tempos em tempos é importante ficar de olho”, diz. O Inmetro estabelece que todo cilindro de GNV deve passar por requalificação a cada cinco anos “ou antes, caso necessário, para verificar se ainda continuam mantendo as condições originais de segurança”, diz o órgão. “É fundamental que os motoristas sigam todas as etapas exigidas para garantir o uso seguro do GNV. O Inmetro define critérios técnicos rigorosos justamente para prevenir acidentes e proteger vidas. A inspeção anual e o reteste dos cilindros não são burocracia — são medidas essenciais de segurança”, afirmou Márcio André Brito, presidente do Inmetro. Cilindros já existentes, independentemente da idade, podem ser reutilizados após passarem por uma nova requalificação, que inclui o uso de um aparelho de ultrassom capaz de inspecionar toda a estrutura de aço, explica o instalador. "Uma vez que ele passe no ultrassom e tiver ok, é colocado um selo de requalificado, aprovado e ele está apto para voltar ao mercado," garante Daré. GNV resiste no Brasil Embora menos popular do que no início dos anos 2000, o GNV ainda é utilizado como combustível em todo o país. Em 2025, há 1.850 postos comercializando esse tipo de gás no Brasil, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Esse número representa aproximadamente 4% dos 44.678 postos registrados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A frota de veículos aptos a utilizar esse tipo de combustível em 2025 é de 2.607.177 unidades, de acordo com dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). O Rio de Janeiro (RJ) lidera o ranking de veículos com GNV, com 717.913 unidades. Em segundo lugar está São Paulo (SP), com 137.305 automóveis adaptados para o uso de gás natural. Um carro em extinção: Ford Mustang manual é o último muscle car raiz



Fávaro diz que taxar títulos LCA, ligados ao agro, é 'boa alternativa'; setor vê risco de inflação


11/06/2025 14:37 - g1.globo.com


Pacote do governo para substituir alta de IOF prevê Imposto de Renda de 5% sobre LCAs, hoje isentas. Fávaro diz que títulos seguirão atrativos; Congresso ainda vai avaliar mudança. O ministro Carlos Fávaro (Agricultura) em conversa com jornalistas, em Brasília Reprodução/TV Globo O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (11) que a proposta do Ministério da Fazenda de tributar Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) pode ser uma "boa alternativa". A tributação da LCA integra um pacote de medidas anunciado pelo Planalto para substituir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O conjunto de medidas foi antecipado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião com lideranças parlamentares e a cúpula do Congresso. Segundo Haddad, o pacote vai compensar uma "recalibragem" e substituir parcialmente o potencial arrecadatório da alta do IOF, que havia sido definida pelo governo no último mês. Entre as medidas previstas, de acordo com a Fazenda, está a tributação de títulos atualmente isentos da cobrança do Imposto de Renda. Entram nesse grupo, as LCAs e as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). Pela proposta do governo, esses investimentos passariam a ser taxados com uma alíquota de 5%. Ministro da Fazenda apresenta ao presidente Lula alternativas ao aumento do IOF Ao deixar um evento com empresários, em Brasília, Carlos Fávaro afirmou que a sugestão do Planalto pode ser "bem-digerida pelo setor". Fávaro avaliou, ainda, que a eventual tributação da LCA não vai reduzir a atratividade de investimentos e que a proposta é uma "boa alternativa". Segundo ele, mesmo com a cobrança do IR, as Letras de Crédito do Agronegócio serão tributadas em um patamar menor do que o de outros investimentos. "Me parece que é uma alternativa que vai continuar mantendo a atratibilidade do investidor na LCA, apesar de pagar 5% de IR, porque nas outras opções de investimento pagam de 20 a 22,5%. É um setor seguro, muito forte. Acredito que é uma boa alternativa. Agora, cabe ao Congresso Nacional debater e talvez não aceitar essa proposta e propor outra", disse. As LCIs e LCAs são utilizadas para captar recursos para a construção e financiamento da compra de casas próprias, assim como para o agronegócio. De acordo com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), as LCAs são a base do financiamento agropecuário e estruturam o Plano Safra. Juros altos preocupam governo para próximo Plano Safra Setor prevê aumento de preços Setores afetados pela possível taxação das LCIs e LCAs afirmam que a medida pode encarecer os preços da casa própria e dos alimentos no país. Segundo entidades que representam o agronegócio e o setor imobiliário, a tributação deve elevar o custo do capital a esses segmentos da economia, o que poderá ser repassado ao consumidor final. De acordo com a FPA, aproximadamente 42% do financiamento da safra brasileira já é proveniente de fontes privadas. Desse total, cerca de 43% têm origem nas Letras de Crédito do Agronegócio. "A conta será paga pelo consumidor que receberá o repasse no preço dos alimentos. A tributação tende a afastar investidores e encarecer o crédito para quem produz. Mais uma vez, o ajuste fiscal foca apenas na arrecadação, sem enfrentar despesas obrigatórias nem revisar privilégios. Enquanto LCIs e LCAs serão taxadas, outros títulos permanecem isentos, sem critérios claros que justifiquem a diferenciação", diz a entidade. IPCA-15: Prévia da inflação de maio fica em 0,36% Ministro diz não haver risco de aumentos O ministro da Agricultura afirmou que acredita que uma eventual tributação das LCAs não deverá levar a um aumento de preços em alimentos. O impacto da taxação, disse Fávaro, "certamente não será todo transferido ao produtor." "Cada vez mais, nos últimos 60, 90 dias, o preço dos alimentos está abaixando. Todos os produtos da cesta básica estão abaixando graças à força dessa agropecuária", disse.



Haddad: isenção para LCIs e LCAs custa R$ 41 bilhões, mais que seguro-desemprego e PAC; mais da metade não chega aos setores


11/06/2025 14:33 - g1.globo.com

Pacote do governo para substituir alta de IOF prevê Imposto de Renda de 5% sobre LCIs e LCAs, hoje isentas. Agro e construção civil criticam; Congresso ainda vai avaliar mudança. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (11) que a isenção concedida aos chamados títulos incentivados – como LCIs e LCAs – gera uma renúncia anual de arrecadação de R$ 41 bilhões. A declaração foi dada durante audiência pública na Câmara dos Deputados. 💰 A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) é um tipo de investimento no qual o investidor empresta dinheiro ao banco – e a instituição tem o compromisso de investir esses recursos no setor imobiliário. 💰 A LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é outro tipo de investimento de renda fixa, no qual o investidor empresta dinheiro ao banco e a instituição tem o compromisso de investir em atividades agrícolas, como produção, comércio, indústria ou insumos. Nesta semana, a equipe econômica propôs, entre outras medidas para compensar a reversão de parte do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), a instituição de uma alíquota de 5% para esses títulos, como LCI, LCA, CRI e CRA, entre outros. "Falam que é aumento de tributo? Não, é correção de distorção. São 41 bilhões [por ano] de isenção, é mais do que o seguro desemprego inteiro, são três farmácias popular, mais do que o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]", afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a parlamentares. Segundo ele, 60% a 70% do benefício não vai para os setores incentivados e "fica no meio do caminho" – com instituições financeiras, por exemplo. Ministro da Fazenda apresenta ao presidente Lula alternativas ao aumento do IOF O anúncio gerou reação de entidades ligadas ao setor agrícola e imobiliário, uma vez que os recursos desses títulos públicos são utilizados no financiamento ao agronegócio e à compra da casa própria. Para os setores beneficiados, a medida, se levada adiante, vai encarecer os preços dos imóveis e dos alimentos no país. O ministro disse, ainda, que a isenção concedida aos títulos incentivados estão gerando dificuldade de rolagem da dívida pública pelo Tesouro Nacional, pois concorrem com as emissões do governo brasileiro - utilizadas para pagar despesas correntes, como previdência social, salário de servidores e investimentos, entre outros. Ele disse, ainda, que o setor do agronegócio conta com benefícios fiscais de R$ 158 bilhões por ano. "Estamos patrocinando o agro. Sou orgulhoso da agricultura brasileira", acrescentou. Ao mesmo tempo, afirmou que o governo também beneficia o setor imobiliário por meio dos subsídios concedidos por meio do programa Minha Casa Minha Vida. Motta: medidas para substituir IOF devem ter reação muito ruim



Haddad cita críticas por alta de impostos e diz que governo vai honrar 'compromissos', como a elevação do Fundeb


11/06/2025 14:14 - g1.globo.com

Ministro criticou fórmula de correção dos investimentos da educação básica, aprovada no governo anterior. Apesar disso, afirmou que setor não será atingido pelo pacote fiscal que será enviado ao Congresso. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (11) que ouve falar, muitas vezes, de "quantas medidas" o governo já tomou "no campo da arrecadação", ou seja, de aumentos de impostos. Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, ele acrescentou, porém, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva visa elevar tributos que atinjam a classe alta, corrigindo assim distorções, como forma, também, de manter políticas sociais. "Muitas vezes ouço falar quantas medidas o governo já tomou no campo da arrecadação. É muito fácil aumentar alíquota de algum imposto. Quantos governos passaram por aqui e aumentaram alíquota de imposto? Muitos passaram e subiram PIS e Cofins. Achamos que é melhor corrigir distorções para pagar compromissos assumidos nem sempre por esse governo", declarou o ministro Haddad. Ele citou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), cujo aumento da participação da União foi definida em 2021, pelo governo do presidente Jair Bolsonaro que vai representar entre R$ 65 bilhões e R$ 70 bilhões a mais em despesas para o governo federal em 2026. "O Fundeb, quem criou foi o presidente Lula. Congresso decidiu triplicar. Quando? A medida foi tomada em 2021. Mas diluiu a capitalização até o ano que vem, quando vamos ter que ter entre R$ 65 bilhões e 70 bilhões para integralizar o Fundeb. Foi contratada em um momento e está sendo pago em outra. Como a causa é meritória, investir mais em educação, estamos fazendo o dever de casa para honrar. Não vou deixar desguarnecido um programa tão importante quanto esse, criado pelo presidente Lula", declarou o ministro Haddad, da Fazenda. Ministro da Fazenda apresenta ao presidente Lula alternativas ao aumento do IOF Mudanças no Fundeb , que estavam nos estudos da área econômica e de parlamentares para possíveis mudanças, não entraram, até o momento, no pacote oficial do governo apresentado aos parlamentares nos últimos dias para compensar reverter o aumento de parte do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). A ideia era impedir o aumento dos repasses do governo ao fundo nos próximos anos. Nesta segunda-feira (9), o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), admitiu que esse tema ainda segue na alça de mira para eventuais mudanças. "Tem a discussão do Fundeb. A gente vai voltar a ver, tem uma tese no Fundeb, que o volume cresceu muito rápido. Então não é mexer na transição de 21% para 23%, mas é escalonar. Mas aqui ainda vai ser feita a discussão de como fazer, porque isso também seria uma PEC", disse Lindbergh. Nesta quarta-feira, o ministro Haddad admitiu, porém, que busca "racionalizar" o Fundeb. "Temos de encontrar o caminho de mantê-lo forte", acrescentou. Entenda o debate O Fundeb garante o reforço de caixa de estados e municípios para investir nos estudantes da rede pública da educação infantil ao ensino médio. A verba é usada para pagar salários dos professores, reformas de escolas, entre outros gastos. A previsão para o repasse da União ao Fundo em 2025 subiu para R$ 58,8 bilhões, segundo o cálculo mais recente, divulgado pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Fazenda no início de maio. Em 2020, o Congresso aprovou uma emenda Constitucional que eleva a complementação da União ao Fundeb gradualmente. Era de 10% naquele ano. E deverá chegar a 23% em 2026. Atualmente, está em 21%. A proposta a ser negociada com os líderes do Congresso é para conter essas transferências. Por exemplo, o aumento previsto pela Constituição para 2026, que é de 2 pontos percentuais, deve representar mais de R$ 6 bilhões em aumento de despesa para o governo federal. Para aprovar isso, contudo, será necessário amplo apoio nas duas Casas do Congresso, por ser uma nova emenda constitucional.



Por que o Dia dos Namorados é em junho no Brasil e em fevereiro no resto do mundo?


11/06/2025 13:41 - g1.globo.com


No Brasil, junho foi escolhido para celebrar a data porque era justamente o mês de desaquecimento das vendas. O dia 12, por sua vez, é a véspera da celebração de Santo Antônio, que já era famoso no Brasil por ser o santo casamenteiro. O Dia dos Namorados é comemorado em 12 de junho no Brasil Getty Images via BBC No Brasil, o Dia dos Namorados é celebrado no dia 12 de junho desde 1948. Mas grande parte do mundo, incluindo Estados Unidos e Europa, comemoram no dia 14 de fevereiro o Valentine's Day (Dia de São Valentim). Por que essa diferença de datas? A data brasileira coincide com a véspera do Dia de Santo Antônio, conhecido como santo casamenteiro, mas o motivo para isso tem pouco a ver com o significado religioso — é, na verdade, exclusivamente comercial. A ideia de estabelecer a comemoração veio do publicitário João Doria, pai do empresário, jornalista e ex-governador de São Paulo João Doria Jr. Dono da agência Standart Propaganda, ele foi contratado pela loja Exposição Clipper com o objetivo de melhorar o resultado das vendas em junho, que eram sempre muito fracas. Inspirado pelo sucesso do Dia das Mães, Doria instituiu outra data para trocar presentes no ano: o Dia dos Namorados. Junho foi escolhido porque era justamente o mês de desaquecimento das vendas. O dia 12, por sua vez, está na véspera da celebração de Santo Antônio, que é famoso no Brasil por ser o santo casamenteiro. Unindo, então, o útil ao agradável, Doria criou a primeira propaganda que instituiria a data no país. "Não é só com beijos que se prova o amor!", dizia um slogan do primeiro Dia dos Namorados brasileiro. "Não se esqueçam: amor com amor se paga", afirmava outro. A propaganda foi julgada a melhor do ano pela Associação Paulista de Propaganda à época. A data começou a "pegar" no Brasil no ano seguinte, quando mais regiões começaram a aderir — posteriormente, a comemoração tornou-se nacional. Atualmente, o Dia dos Namorados já é a terceira melhor data para o comércio no país — atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. Quatro datas de junho que podem turbinar as vendas do seu negócio Dia de São Valentim A origem do Valentine's Day (Dia de São Valentim), celebrado nos Estados Unidos e na Europa, é muito anterior ao Dia dos Namorados no Brasil. A data começou a ser celebrada no século 5. Há algumas explicações para a história, mas a mais famosa é a de que São Valentim era um padre de Roma que foi condenado à pena de morte no século 3. Segundo esse relato, o imperador Claudio 2º baniu os casamentos naquele século por acreditar que homens casados se tornavam soldados piores — a ideia dele era de que solteiros, sem qualquer responsabilidade familiar, poderiam render melhor no exército. Valentim, porém, defendeu que o casamento era parte do plano de Deus e dava sentido ao mundo. Por isso, ele quebrou a lei e passou a organizar cerimônias em segredo. Quando o imperador descobriu, o padre foi preso e sentenciado à morte no ano 270 d.C. Mas, durante o período em que ficou preso, Valentim se apaixonou pela filha de um carcereiro. No dia do cumprimento da sentença, ele enviou uma carta de amor à moça assinando "do seu Valentim" — o que originou a prática moderna de enviar cartões para a pessoa amada no dia 14 de fevereiro. Foi apenas dois séculos depois que a data passou a ser efetivamente comemorada, quando o papa Gelásio instituiu o Dia de São Valentim, classificando-o como um símbolo dos namorados. A comemoração foi criada quando a Igreja transformou em festa cristã uma antiga tradição pagã — um festival romano de três dias chamado Lupercalia. O evento, ocorrido no meio de fevereiro, celebrava a fertilidade. O objetivo era marcar o início oficial da primavera. Mas há ao menos outras duas figuras históricas que disputaram o título de São Valentim associado a essa data. Uma delas é um bispo de uma cidade próxima a Roma — na região da atual Terni — e a outra, um mártir do norte da África. Como não se sabe muito sobre essas duas outras figuras, o padre de Roma acabou se tornando o mais conhecido entre os padroeiros dos namorados. *Esta reportagem foi publicada em junho de 2023 e atualizada em 2025.



Pacote do governo para substituir alta do IOF deve ter 'reação muito ruim' no Congresso, diz Motta


11/06/2025 12:39 - g1.globo.com

Haddad aprovou novas medidas com Lula nesta terça, e textos devem seguir para o Congresso ainda nesta semana. Presidente da Câmara cobrou que governo faça 'dever de casa', ou seja, corte gastos. Motta: medidas para substituir IOF devem ter reação muito ruim O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quarta-feira (11) que o pacote de medidas anunciado pelo governo para substituir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) deverá ter uma "reação muito ruim" no Congresso e no empresariado. O conjunto de medidas foi antecipado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião com lideranças parlamentares e a cúpula do Congresso. O pacote foi a saída proposta pelo Planalto para evitar a derrubada da norma editada por Lula. Segundo a equipe econômica, uma medida provisória trará instrumentos arrecadatórios para substituir parcialmente a alta do IOF, que havia sido definida em decreto do governo no último mês. Para Hugo Motta, que esteve presente ao encontro com Haddad no último domingo (8), há sinais de que setores afetados pelas mudanças "pré-anunciadas" vão "reagir". O deputado fez menção a uma das medidas do pacote, que prevê tributar títulos atualmente isentos de Imposto de Renda (IR), como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). "O governo deve anunciar esta semana novas medidas em substituição àquilo que foi anunciado para o IOF. Já comuniquei à equipe econômica que as medidas que estão pré-anunciadas deverão ter uma reação muito ruim, não só dentro Congresso, como também no empresariado", disse Motta. "Quando você parte de trazer taxação de títulos que eram isentos e que ajudam a fomentar agronegócio e setor imobiliário, é claro que esses setores vão reagir. Esses títulos têm sido, na verdade, a grande fonte de financiamento num cenário de juros elevadíssimos, como temos hoje no nosso país", emendou. Ministro da Fazenda apresenta ao presidente Lula alternativas ao aumento do IOF O presidente da Câmara voltou, ainda, a repetir que o governo tem que fazer o seu "dever de casa" e apresentar propostas para cortar gastos. Ele também repetiu que defenderá um corte em isenções fiscais e subsídios. "Temos que entender que apresentar ao setor produtivo qualquer solução que venha a trazer aumento de tributos, impostos, sem o governo apresentar o mínimo de dever de casa do ponto de vista de corte de gastos, isso não será bem-aceito nem pelo setor produtivo nem pelo Poder Legislativo", concluiu. Congresso não tem 'compromisso' No início desta semana, também em um evento com empresários, Hugo Motta afirmou que não há "compromisso" de o Congresso aprovar as medidas que serão encaminhadas pelo Planalto para assegurar o cumprimento da meta fiscal deste ano. O deputado afirmou, na ocasião, que não era possível "dizer o que o Congresso vai aprovar ou não dessa MP". Para ele, os parlamentares terão tempo para "avaliar quais dessas medidas serão levadas em consideração". A empresários do Distrito Federal, nesta quarta, Hugo Motta voltou a criticar medidas que elevam a carga tributária. "A resposta do Congresso foi clara: não aceitaremos compensações fiscais que recaiam exclusivamente sobre o setor produtivo", afirmou. Gerson Camarotti sobre IOF: 'Recalibragem é um recuo do governo' Sem 'mau humor' com o STF sobre emendas, diz Motta Na esteira de novas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as emendas parlamentares, o deputado Hugo Motta negou que as determinações possam atrapalhar a análise de medidas econômicas no Congresso. Em decisão na terça-feira (10), o ministro do STF Flávio Dino determinou que o governo e o Congresso explicassem sobre o suposto pagamento de emendas parlamentares "paralelas" no Orçamento. Segundo a Transparência Brasil, há um orçamento "paralelo" de R$ 8,5 bilhões em emendas. São verbas que estão vinculadas aos recursos do Executivo, mas que, na prática, após acordo, têm sido usadas por parlamentares. A decisão de Dino foi tema de conversas do presidente da Câmara com líderes partidários na terça. Ao ser questionado por jornalistas, Motta rechaçou que haja um "mau humor" do Congresso com o STF. "De maneira alguma. Acho que misturar a atuação do Supremo Tribunal Federal no momento que estamos discutindo a política econômica do país é, na verdade, fazer uma associação que não cabe no momento. O STF tem feito o seu trabalho.Temos a tranquilidade para a execução do Orçamento. O Congresso está tranquilo. Não há nenhum mau humor com relação às decisões do STF", disse. O presidente da Câmara ponderou, no entanto, que a execução orçamentária tem demorado em 2025 e que emendas parlamentares ainda não foram pagas. Ele afirmou que está "trabalhando" para destravar a execução dos recursos.



GWM anuncia Poer P30 e Haval H9, primeiros carros não eletrificados no Brasil


11/06/2025 12:28 - g1.globo.com


Os veículos serão fabricados em Iracemápolis (SP), contam com motor 2.4 Turbo Diesel e fazem parte de um leque de carros de grande porte da marca chinesa. GWM Haval H9 (topo) e Poer P30 (abaixo) divulgação/GWM A GWM anunciou nesta quarta-feira (11) a chegada de seus primeiros veículos não eletrificados no Brasil: o utilitário esportivo de sete lugares H9 e a picape média Poer P30, ambos com motorização exclusivamente a diesel. Os dois modelos estarão expostos no estande da marca durante o Festival Interlagos, que ocorre no autódromo de São Paulo entre os dias 12 e 15 de junho. No evento, o público poderá pilotar, assistir a competições, conferir lançamentos de grandes marcas e visitar exposições. Veja os detalhes de cada um abaixo. GWM Haval H9 Galerias Relacionadas O Haval H9 é um SUV de sete lugares que chega ao Brasil para competir com o Caoa Chery Tiggo 8, atualmente vendido por R$ 199.990. O modelo da GWM vem equipado com motor 2.4 Turbo Diesel, que entrega 184 cv de potência e 48,9 kgfm de torque, associado a uma transmissão automática de nove marchas. Em dimensões, o SUV traz: Comprimento: 4,95 metros; Largura: 1,97 metro; Altura: 1, 93 metro. Os itens de série são: Faróis em LED; Assentos revestidos em couro; Assentos climatizados; Central multimídia de 14,6 polegadas; Câmera 360 graus; Controle remoto de funções do carro via aplicativo; Carregador de celular por indução; Piloto automático adaptativo e sistemas de auxílio ao motorista (ADAS). GWM Poer P30 GWM Poer P30 Já a picape Poer P30 compartilha o mesmo motor turbo diesel e os itens de série, mas apresenta diferenças nas dimensões da carroceria: Comprimento: 5,41 metros; Largura: 1,94 metro; Altura: 1, 88 metro. LEIA MAIS Ford Bronco 2025 prefere manter as raízes do que vender demais — e isso pode ser ótimo VÍDEO: Zeekr X mostra que um SUV elétrico chinês pode confundir fãs de BMW e Volvo SUV da chinesa Changan é flagrado em Santos e sinaliza retorno da marca ao Brasil Lançamentos fazem parte de investimento recente No mês passado, a GWM anunciou uma nova rodada de investimentos no Brasil. São R$ 6 bilhões que se juntam a outros R$ 4 bilhões anunciados anteriormente. A informação surgiu durante a visita de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, após uma reunião do presidente com o fundador da GWM, Jack Wey. A montadora não detalhou os destinos do novo aporte, mas informou que ele será aplicado no Brasil entre 2027 e 2032. Sabe-se que serão duas vertentes principais: Ampliação da fábrica de Iracemápolis (SP), que está em construção; Acrescentar mais dois modelos à linha de produção no Brasil. A fábrica de Iracemápolis (SP) pertencia à Mercedes-Benz, mas foi vendida à GWM em 2021. A montadora chinesa inicia a produção nacional em julho. Segundo Jack Wey, o novo aporte gerará pelo menos 800 novos empregos até o final deste ano, com capacidade de produzir até 50 mil veículos anualmente. Antes, estavam previstos 700 vagas e capacidade de 20 mil unidades por ano. "No futuro, nossa capacidade de produção aumentará gradualmente para 100 mil unidades por ano, expandindo-se para a América Latina e gerando mais de 2 mil empregos diretos", disse Wey. Motos chinesas no Festival Interlagos



Trump diz que acordo comercial entre EUA e China 'está fechado'


11/06/2025 12:25 - g1.globo.com


O republicano afirmou que foi estabelecida uma tarifa de 55% contra importações da China e taxas de 10% sobre produtos norte-americanos. Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China, em foto de 29 de junho de 2019 Reuters/Kevin Lamarque O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (11) que o acordo comercial com a China "está fechado" e que, agora, só depende de sua aprovação final e do presidente chinês Xi Jinping. "A China fornecerá, antecipadamente, todos os ímãs e quaisquer terras raras necessárias. Da mesma forma, forneceremos à China o que foi acordado, incluindo estudantes chineses utilizando nossas faculdades e universidades (o que sempre foi algo positivo para mim!)", detalhou Trump nas redes sociais. "Teremos um total de 55% de tarifas, e a China, 10%", disse o republicano. Caso confirmado, esse percentual seria maior do que o acordado na trégua em Genebra, no mês passado. À época, as tarifas haviam sido reduzidas para 30%. Segundo a Casa Branca, Trump já avaliava os detalhes do acordo junto à sua equipe no começo da tarde desta quarta-feira. Segundo a Reuters, os 55% de tarifas representam a soma de: uma tarifa "recíproca" básica de 10% que Trump impôs sobre produtos importados de quase todos os parceiros comerciais dos EUA; 20% sobre todas as importações chinesas devido às medidas punitivas impostas pelo republicano à China, ao México e ao Canadá associadas à acusação de que os três países facilitariam o fluxo do opioide fentanil para os EUA; e taxas pré-existentes de 25% sobre as importações da China, que haviam sido colocadas em prática durante o primeiro mandato de Trump na Casa Branca. Nesta quarta-feira (11), o secretário do Comércio, Howard Lutnick, afirmou que a China irá aprovar "todos os pedidos" de ímãs feitos pelas empresas norte-americanas e indicou que "o lado chinês sempre quer remover os controles de exportação". O secretário também disse que a China concordou em examinar maneiras de o país fazer mais negócios com os EUA. "Podemos dizer que as tarifas da China não mudarão a partir de agora", afirmou durante entrevista à CNBC. O secretário também afirmou que acordos comerciais com outros países podem ser esperados a partir da semana que vem. O acordo acontece após dois dias de negociações comerciais entre autoridades americanas e chinesas em Londres, na Inglaterra, sobre tarifas de importação e questões relacionadas a terras raras e ímãs, recursos importantes para a indústria tecnológica. Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o acordo alcançado com a China em Londres deverá ajudar a relação econômica entre o país asiático e os Estados Unidos. Ainda na terça-feira (10), os representantes das duas potências afirmaram que haviam chegado a um consenso, mas não detalharam o acordo. O vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang, disse apenas que a negociação contempla o acordo firmado em Genebra, na Suíça, no mês passado, e a conversa entre Trump e Xi realizada na última quinta-feira (5). EUA e China avançam em acordo sobre tarifaço Entenda a guerra comercial entre EUA e China Trump tem mantido um cabo de guerra com Pequim desde o anúncio, em abril, de um pacote de tarifas de importação que impactou diversos países. Logo no início do chamado "tarifaço", a China foi um dos países que recebeu uma das maiores taxas, de 34%. A partir disso, houve uma série de retaliações entre as duas potências e as tarifas dos EUA sobre os produtos chineses chegaram a 145%. Em busca de um meio-termo, os dois países firmaram um acordo temporário em 12 de maio, concordando em reduzir as tarifas por um período de 90 dias. O tratado foi assinado após um encontro entre as delegações em Genebra, na Suíça. Desde a assinatura do acordo, no entanto, os dois países enfrentam dificuldades para chegar a um consenso nas negociações. Em 30 de maio, por exemplo, Trump acusou a China de violar os termos do acordo. Em resposta, o Ministério do Comércio chinês classificou as acusações como “infundadas” e prometeu adotar medidas firmes para proteger os interesses do país. "Em Genebra, concordamos em reduzir nossas tarifas e eles aceitaram permitir a exportação de ímãs e terras raras que precisamos", declarou na segunda-feira (9) Kevin Hasset, principal assessor econômico de Trump. Segundo ele, no entanto, embora a China tenha autorizado essas exportações, "elas têm ocorrido em um ritmo muito mais lento do que o considerado ideal pelas empresas". O fornecimento de metais de terras raras pela China passou a ser, portanto, um dos principais focos das negociações. Esses recursos naturais são essenciais para diversos produtos, entre eles as baterias de veículos elétricos. *Com informações da agência de notícias Reuters



Dólar cai e fecha em R$ 5,53, com foco em acordo entre EUA a China e medidas de Haddad; Ibovespa sobe


11/06/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda americana fechou em queda de 0,57%, a R$ 5,5381, renovando o menor patamar desde outubro. A bolsa de valores encerrou em alta de 0,51%, aos 137.128 pontos. Notas de dólar Tatan Syuflana/ AP O dólar fechou a sessão desta quarta-feira (11) em queda de 0,57%, cotado a R$ 5,5381, renovando o menor patamar desde outubro de 2024. Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,51%, aos 137.128 pontos. ▶️O principal destaque da sessão ficou com o novo acordo comercial firmado entre Estados Unidos e China. Nesta quarta-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que enquanto o país asiático terá uma alíquota de 55%, os EUA terão uma taxa de 10%. O acordo, no entanto, ainda precisa ser aprovado por Trump e pelo presidente chinês, Xi Jinping. (Entenda mais abaixo) ▶️ Ainda no exterior, a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI), a inflação oficial dos EUA, também fica no radar. O indicador subiu 0,1% em maio, desacelerando em relação ao avanço de 0,2% registrado em abril. O resultado veio um pouco melhor do que o mercado projetava. ▶️ Já no Brasil, investidores continuaram atentos ao novo pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para compensar a provável revogação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que mexeu com os mercados financeiros nas últimas semanas. Após se reunir com o presidente Lula, Haddad confirmou nesta terça que o governo vai enviar ao Congresso as medidas apresentadas nos últimos dias. Entre as novidades do pacote está a proposta para unificar em 17,5% a cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre aplicações financeiras — hoje, essas cobranças vão de 22,5% a 15%. Entenda abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,57%; Acumulado do mês: -3,15%; Acumulado do ano: -10,38%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: +0,75% Acumulado do mês: +0,07%; Acumulado do ano: +14%. Inflação nos EUA A inflação oficial dos Estados Unidos subiu 0,1% em maio, desacelerando em relação ao avanço de 0,2% registrado em abril. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS). No acumulado de 12 meses até maio, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) teve alta de 2,4%, ligeiramente acima dos 2,3% registrados até abril. Os números vieram um pouco melhores do que o esperado pelo mercado, que previa alta mensal de 0,2% e avanço anual de 2,5%. O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, acompanha diversos indicadores de inflação para alcançar sua meta de 2%. A expectativa do mercado é que a instituição mantenha os juros inalterados na próxima reunião, marcada para a próxima quarta-feira (18), enquanto avalia os efeitos econômicos das tarifas comerciais. Segundo analistas, o impacto das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump ainda tem sido limitado, já que muitos varejistas continuam vendendo estoques comprados antes da nova taxação entrar em vigor. EUA x China Representantes dos Estados Unidos e da China anunciaram na noite desta terça-feira (10) que chegaram a um princípio de acordo para restaurar a trégua na guerra comercial entre os países. As declarações vieram após dois dias de negociações em Londres, na Inglaterra. Segundo o vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang, e o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, o consenso ainda será apresentado aos presidentes Donald Trump e Xi Jinping, que deverão decidir ou não pela aprovação dos termos. Washington e Pequim ainda tentam se entender após a trégua temporária sobre tarifas, firmada em 12 de maio, em Genebra, na Suíça, que reduziu as tensões comerciais. Depois do acordo, os EUA passaram a acusar a China de não cumprir seus compromissos, especialmente no que diz respeito à exportação de terras raras. A situação é acompanhada de perto por investidores preocupados com a possibilidade de uma guerra comercial caótica prejudicar os lucros corporativos e interromper as cadeias de suprimentos nos meses cruciais que antecedem a temporada de compras de fim de ano. 🔎 O mercado entende que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo — o que pode levar à desaceleração da maior economia do mundo e até a uma recessão global. EUA e China avançam em acordo sobre tarifaço Impasse do IOF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente Lula nesta terça-feira e confirmou que vai enviar ao Congresso as medidas apresentadas nos últimos dias para tentar compensar a revogação do aumento do IOF. No domingo (8), ele antecipou algumas das ações que pretende tomar para aumentar a arrecadação dos cofres públicos. Entre elas, estão: o fim da isenção do Imposto de Renda para títulos de investimento como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que vão passar a ter alíquota de 5%; o aumento de 9% para 15% e 20% da tributação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, o que inclui fintechs; a alta da taxação das apostas esportivas de 12% para 18%; a cobrança unificada de IR sobre aplicações financeiras, de 17,5% — atualmente, a taxa varia de 15% a 22,5%, a depender do prazo. O governo também afirmou que pretende reduzir o gasto tributário em pelo menos 10% e discutir a redução de gastos primários. Apesar disso, a proposta ainda foi mal recebida pelo mercado. Os analistas avaliam que o governo deveria focar em discutir a eficiência dos gastos públicos e em promover reformas estruturais, em vez de apenas propor novas formas de arrecadação. O anúncio do decreto sobre a alta do IOF foi divulgado há pouco mais de duas semanas pelo governo, junto com um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano. O objetivo seria equilibrar as contas públicas e cumprir a meta fiscal. No entanto, o mercado reagiu mal à decisão, o que levou o governo a recuar no mesmo dia de parte da medida. Além disso, o Congresso começou a se movimentar para aprovar uma derrubada do decreto presidencial sobre o aumento de imposto, algo inédito nos últimos 25 anos. O governo, então, buscou os presidentes da Câmara e do Senado para negociar uma proposta alternativa que substitua parte dos ganhos que seriam obtidos com o novo IOF. Equipe econômica apresenta medidas pra compensar aumento do IOF *Com informações da agência de notícias Reuters.



Crise e concorrência mais barata fazem Starbucks reduzir os preços na China


11/06/2025 05:00 - g1.globo.com


País é o segundo maior mercado da rede de cafeterias, atrás apenas dos EUA. Os consumidores chineses, no entanto, têm sido mais cautelosos em relação aos gastos, devido à desaceleração da economia e a preocupações com a estabilidade no emprego. Funcionários trabalham em loja da Starbucks em Xangai, na China. Reuters A Starbucks anunciou nesta semana a redução dos preços de algumas de suas bebidas geladas na China, com queda média de 5 iuanes (US$ 0,70), em um cenário de concorrência mais acirrada e de consumidores cada vez mais cautelosos com os gastos. Em uma publicação na rede social Weixin, a rede de cafeterias norte-americana disse que passaria a oferecer preços mais "acessíveis" em dezenas de suas bebidas a partir desta terça-feira (10), incluindo o frappuccino e bebidas sem café. Embora a China seja o segundo maior público da Starbucks depois dos Estados Unidos, o mercado de café é bastante competitivo. Além disso, os consumidores chineses têm sido mais cautelosos em relação aos gastos, diante da desaceleração da economia e da preocupação dos chineses com a estabilidade no emprego. Fortuna de Elon Musk despenca US$ 26,6 bilhões com perdas na Tesla após briga com Trump Nvidia desbanca a Microsoft e se torna a empresa mais valiosa do mundo; veja lista Tarifas de 50% sobre aço e alumínio entram em vigor nos EUA; Brasil é afetado Novos preços e concorrência A nova estratégia da Starbucks pode reduzir o preço de algumas de suas bebidas para até 23 iuanes, segundo a publicação da empresa. Rivais chinesas como Luckin Coffee e Cotti chegam a cobrar pelas suas bebidas preços mínimos de 9,9 ou mesmo 8,8 iuanes, enquanto as empresas de grande porte JD.com e Alibaba Group entram no mercado de entrega de alimentos, acirrando a concorrência. Com ofertas e cupons, os consumidores de café chineses podem comprar uma bebida por apenas 2,9 iuanes. Uma fonte próxima às operações da Starbucks disse que a empresa não estava reduzindo os preços em resposta à intensa competição de preços, mas procurando atrair mais clientes. "A Starbucks provavelmente tem uma estratégia de longo prazo, que é focar na demanda por itens que não sejam à base de café no período da tarde entre os consumidores", disse a fonte. A Starbucks havia dito anteriormente que não se envolveria em uma guerra de preços, mas passou a oferecer bebidas de tamanhos menores e emitir cupons de desconto para os clientes. A gigante norte-americana também tem buscado reanimar seus negócios na China por meio da venda de participações. Starbucks vai fechar? Entenda crise da marca no Brasil



Justiça dos EUA decide manter tarifas de Trump em vigor enquanto recursos são analisados


11/06/2025 01:43 - g1.globo.com


Decisão vale para as tarifas do 'Dia da Libertação' — sobre importações de mais de 180 países — e para um conjunto de taxas direcionadas especificamente ao Canadá, China e México. Trump sofreu derrota após tribunal bloquear tarifaço anunciado no começo de abril Carlos Barria/Reuters A Justiça dos Estados Unidos permitiu nesta terça-feira (10) que as tarifas mais amplas impostas pelo presidente Donald Trump permaneçam em vigor. A medida vale enquanto a Corte analisa uma decisão de instância inferior que bloqueou essas taxas. Na prática, o Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito Federal, em Washington, autoriza Trump a manter em vigor as tarifas do "Dia da Libertação" — sobre importações de mais de 180 países — e outro conjunto de taxas direcionadas especificamente ao Canadá, China e México. O tribunal de apelações ainda não decidiu se as tarifas são permitidas sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), usada por Trump para justificá-las, mas autorizou que as tarifas permaneçam em vigor enquanto o processo de apelação segue em andamento. O vaivém das tarifas — utilizadas por Trump como ferramenta de negociação com parceiros comerciais — têm causado instabilidade nos mercados e dificultado o planejamento de empresas de todos os tamanhos, especialmente em relação à cadeia de suprimentos, produção, pessoal e preços. A decisão desta terça-feira não afeta outras tarifas específicas, como as taxas sobre importações de aço e alumínio. LEIA TAMBÉM Justiça dos Estados Unidos bloqueia tarifaço de Trump Tribunal dos EUA aceita recurso de Trump e restabelece tarifaço Tarifaço de Trump bloqueado: quais são as alternativas para o presidente dos EUA? Justiça dos EUA restabelece 'tarifaço' de Donald Trump Idas e vindas das tarifas Um painel de três juízes do Tribunal de Comércio Internacional dos EUA decidiu, em 28 de maio, que a Constituição dos EUA concede ao Congresso, e não ao presidente, o poder de impor impostos e tarifas. Assim, considerou que o presidente ultrapassou sua autoridade ao invocar a IEEPA, uma lei criada para lidar com ameaças "incomuns e extraordinárias" durante emergências nacionais. O governo Trump recorreu rapidamente, e o Circuito Federal em Washington suspendeu no dia seguinte a decisão do tribunal inferior, enquanto considerava a possibilidade de impor uma pausa mais duradoura. A decisão foi proferida em duas ações judiciais: uma movida pelo Liberty Justice Center, organização apartidária, em nome de cinco pequenas empresas americanas que importam produtos de países alvo das tarifas; e outra por 12 estados norte-americanos. Trump alegou ter autoridade ampla para impor tarifas com base na IEEPA. A lei de 1977 tem sido historicamente usada para impor sanções a inimigos dos EUA ou congelar seus bens. Trump é o primeiro presidente dos EUA a usá-la para impor tarifas. Segundo Trump, as tarifas impostas em fevereiro ao Canadá, China e México visavam combater o tráfico ilegal de fentanil nas fronteiras dos EUA – alegação negada pelos três países – e as tarifas generalizadas sobre todos os parceiros comerciais dos EUA, impostas em abril, seriam uma resposta ao déficit comercial dos EUA. Os estados e as pequenas empresas argumentaram que as tarifas não eram uma forma legal ou apropriada de lidar com essas questões, e as pequenas empresas alegaram que o fato de os EUA comprarem mais produtos do que exportam há décadas não configura uma emergência que justificaria a aplicação da IEEPA. Pelo menos outros cinco processos judiciais contestam as tarifas justificadas sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência, incluindo ações de outras pequenas empresas e do estado da Califórnia. Um desses processos, em um tribunal federal em Washington, também resultou em uma decisão inicial contra as tarifas, e nenhum tribunal, até agora, apoiou a autoridade ilimitada para impor tarifas emergenciais que Trump reivindica.



EUA e China chegam a princípio de acordo para restaurar trégua na guerra comercial


10/06/2025 23:12 - g1.globo.com


Representantes dos dois países anunciaram na noite desta terça (10) terem chegado a um consenso sobre o acordo feito no mês passado, em Genebra. Entendimento representa um 'primeiro passo' e ainda será apresentado aos presidentes Donald Trump e Xi Jinping. Bandeiras dos EUA e da China tremulam em Pequim Tingshu Wang/Reuters Representantes dos Estados Unidos e da China anunciaram na noite desta terça-feira (10) que chegaram a um princípio de acordo para restaurar a trégua na guerra comercial entre os países. As declarações vieram após dois dias de negociações em Londres, na Inglaterra. Segundo o vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang, e o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, o consenso ainda será apresentado aos presidentes Donald Trump e Xi Jinping, que deverão decidir ou não pela aprovação dos termos. Os representantes afirmaram que a nova estrutura de entendimento contempla o acordo firmado em Genebra, na Suíça, no mês passado, e a conversa entre Trump e Xi, realizada na última quinta-feira (5). Eles não detalharam os pontos negociados. “As duas partes, em princípio, chegaram a um quadro para implementação do consenso alcançado pelos dois chefes de Estado durante a ligação telefônica de 5 de junho e também do consenso alcançado na reunião de Genebra”, disse Li Chenggang a repórteres. Lutnick, por sua vez, afirmou que era preciso "remover a negatividade" e que a estrutura de acordo alcançado em Londres representa um "primeiro passo". "Combinamos o consenso de Genebra com os resultados da ligação entre os líderes em 5 de junho", declarou. "Vamos levar a estrutura de acordo ao presidente Trump para aprovação. Se aprovado, implementaremos." O secretário norte-americano também disse esperar que o entendimento prévio resolva as questões relacionadas a terras raras e ímãs, recursos importantes para a indústria tecnológica. (leia mais abaixo) "A ideia por trás de tudo isso é aumentar nosso comércio com a China", afirmou. "A ligação entre Xi e Trump mudou os rumos das negociações." LEIA MAIS Fortuna de Elon Musk despenca US$ 26,6 bilhões com perdas na Tesla após briga com Trump Trump assina decreto que dobra tarifas sobre aço e alumínio nos EUA, de 25% para 50% Nvidia desbanca a Microsoft e se torna a empresa mais valiosa do mundo; veja lista Representantes da China e dos EUA se reúnem em Londres para discutir tarifas Entendimento entre os países Washington e Pequim ainda tentam se entender após a trégua temporária sobre tarifas, firmada em 12 de maio, em Genebra, na Suíça, que reduziu as tensões comerciais. Depois do acordo, os EUA passaram a acusar a China de não cumprir seus compromissos, especialmente no que diz respeito à exportação de terras raras. "Em Genebra, concordamos em reduzir nossas tarifas e eles aceitaram permitir a exportação de ímãs e terras raras que precisamos", declarou na segunda-feira (9) Kevin Hasset, principal assessor econômico de Trump. Segundo ele, no entanto, embora a China tenha autorizado essas exportações, "elas têm ocorrido em um ritmo muito mais lento do que o considerado ideal pelas empresas". O fornecimento de metais de terras raras pela China passou a ser, portanto, um dos principais focos das negociações. Esses recursos naturais são essenciais para diversos produtos, entre eles as baterias de veículos elétricos. Conversa entre Trump e Xi Jinping Na última quinta-feira (5), antes de anunciar o encontro entre os representantes dos dois países, Trump conversou com o presidente da China, Xi Jinping, sobre o tarifaço. O presidente dos EUA afirmou que ele e Xi conseguiram resolver as “complexidades” do acordo comercial sobre tarifas de importação e reiterou que a conversa “resultou em uma conclusão muito positiva para ambos os países”. Ainda na quinta-feira, Trump declarou que as negociações entre os dois países seguem em andamento e estão em “boa forma”. Já Xi declarou que a China cumpriu o acordo firmado em Genebra de maneira “séria e sincera”, destacando que “diálogo e cooperação são a única escolha correta para a China e os EUA”. A declaração foi divulgada pela emissora estatal chinesa, CCTV. Xi também enfatizou que os países devem se esforçar para alcançar um resultado mutuamente benéfico, ressaltando que “os dois lados devem respeitar as preocupações um do outro e manter uma postura de igualdade”. Entre tapas e beijos Trump tem mantido um cabo de guerra com Pequim desde o anúncio, em abril, de um pacote de tarifas que impactou diversos países, especialmente a China. Em busca de um meio-termo, os dois países firmaram um acordo temporário em 12 de maio, concordando em reduzir as tarifas por um período de 90 dias. O tratado foi assinado após um encontro entre as delegações em Genebra, na Suíça. Desde a assinatura do acordo, no entanto, os dois países enfrentam dificuldades para chegar a um consenso nas negociações. Em 30 de maio, por exemplo, Trump acusou a China de violar os termos do acordo. Em resposta, o Ministério do Comércio chinês classificou as acusações como “infundadas” e prometeu adotar medidas firmes para proteger os interesses do país. Em 2 de maio, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou que Trump pretendia conversar com Xi para tentar resolver os impasses nas negociações. Já na última quarta-feira (4), Trump publicou em seu perfil no Truth Social que gostava de Xi, mas afirmou que negociar com o presidente chinês era “muito difícil”. "Gosto do presidente Xi da China. Sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo", afirmou Trump à época. Trump conversa com Xi Jinping sobre tarifaço: 'conclusão muito positiva para ambos os países' Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção. O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%. *Com informações das agências Reuters e France-Presse



Mega-Sena, concurso 2.874: prêmio acumula e vai a R$ 90 milhões


10/06/2025 23:03 - g1.globo.com


Veja os números sorteados: 04 - 05 - 09 - 17 - 49 - 53. Quina teve 133 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 29.299,33. G1 | Loterias - Mega-Sena 2874 O sorteio do concurso 2.874 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (10), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 90 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 04 - 05 - 09 - 17 - 49 - 53. 5 acertos - 133 apostas ganhadoras: R$ 29.299,33 4 acertos - 9.080 apostas ganhadoras: R$ 613,09 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (12). Concurso 2.874 da Mega-Sena Caixa / Reprodução Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



É #FAKE anúncio que imita o g1 e divulga Feirão Limpa Nome da Serasa com 99% de desconto; trata-se de golpe


10/06/2025 21:44 - g1.globo.com


Montagem imita aparência de uma reportagem do g1; site mentiroso exige CPF e leva vítima a fazer PIX de R$ 98,52 a criminosos. É #FAKE anúncio que imita reportagem do g1 sobre Feirão Limpa Nome da Serasa com 99% de desconto Reprodução Circulam nas redes sociais anúncios com uma foto que imita uma reportagem do g1 e divulga um Feirão Limpa Nome da Serasa com 99% de desconto. É #FAKE. selo fake g1 🛑 Como são os anúncios mentirosos? O Fato ou Fake encontrou, nesta terça-feira (10), 26 versões da mesma propaganda na Biblioteca de Anúncios da Meta (controladora de Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp). Trata-se de uma central de informações sobre todos os conteúdos de publicidade (pagos por usuários ou empresas) veiculados nas redes sociais da plataforma. Eles aparecem para o usuário de acordo com idade, gênero, localização e interesses. No caso desta fake, o anúncio exibe uma foto que imita o print de uma reportagem do g1 e exibe o seguinte título: "Encerra hoje última chance para inscrição no Feirão Limpa Nome Serasa". Abaixo, um texto alega que as vagas são limitadas (apelado ao senso de urgência, para apressar os usuários) e que o desconto sobre as dívidas seria de 99%. Ao clicar no anúncio, a pessoa é redirecionada a um site enganoso que, desta vez, simula um chat da Serasa. Nesse site, que supostamente consulta dívidas e propõe acordos de quitação, a vítima é induzida a inserir o CPF em um chat interativo — o recurso envia áudios, fotos e GIFs para aumentar a sensação de credibilidade. Em seguida, uma assistente virtual diz que existem descontos disponíveis para quitar quatros dívidas relacionadas ao CPF, avaliadas entre R$ 1.928,74 e R$ 7.878,23. O processo faz o usuário acreditar que poderá regularizar suas pendências por apenas R$ 98,52, valor que só pode ser pago via PIX. A quantia é direcionada a uma intermediadora de pagamentos, que não deixa claro quem é o destinatário final. ⚠️ Por que o anúncio é falso? O g1 jamais publicou uma reportagem com o título e o conteúdo mencionados. Na realidade, a foto usada nos anúncios é uma montagem. Além disso, o Fato ou Fake entrou em contato com a assessoria de imprensa da Serasa, que informou, por email: "a última edição do Feirão Serasa Limpa Nome aconteceu entre 17 de fevereiro e 31 de março de 2025, e o site em questão é falso". Ou seja, a página que simula o chat interativo com a empresa não passa de um mecanismo para aplicar golpe. A Serasa ainda informou que disponibiliza em seu site o "Validador de Boletos", ferramenta gratuita que verifica boletos e chaves Pix e identifica possíveis tentativas de golpe. 📌 O que diz a Meta? Procurada pelo Fato ou Fake para comentar os anúncios golpistas, a assessoria de imprensa da Meta enviou, por e-mail, a resposta padrão que dá diante de casos semelhantes: "Atividades que tenham como objetivo enganar, fraudar ou explorar terceiros não são permitidas em nossas plataformas e estamos sempre aprimorando a nossa tecnologia para combater atividades suspeitas. Também recomendamos que as pessoas denunciem quaisquer conteúdos que acreditem ir contra os Padrões da Comunidade do Facebook, das Diretrizes da Comunidade do Instagram e os Padrões de Publicidade da Meta através dos próprios aplicativos". É #FAKE anúncio que imita reportagem do g1 sobre Feirão Limpa Nome da Serasa com 99% de desconto Reprodução Veja também É #FAKE anúncio sobre inscrições para concurso do INSS É #FAKE anúncio sobre inscrições para concurso do INSS VÍDEOS: Fato ou Fake explica VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)



Banco Mundial reduz previsão de crescimento global a 2,3% em 2025


10/06/2025 19:13 - g1.globo.com


Aumento das tarifas norte-americanas tem afetado a perspectiva de crescimento da atividade mundial. Redução foi de 0,4 ponto percentual em relação à previsão anterior. Logo do Banco Mundial Johannes P. Christo/Reuters O aumento das tarifas norte-americanas está afetando o crescimento da economia global e da América Latina. O Banco Mundial anunciou, nesta terça-feira (10), que revisou sua projeção para o crescimento mundial em 2025, para 2,3%. O número representa uma queda em relação ao previsto em janeiro, quando a projeção de crescimento para o mundo era de 2,7%. Para a América Latina e o Caribe, a previsão é 0,2 ponto percentual (p.p.) menor. Segundo o economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill, citado em um comunicado, apesar de um "pouso suave" (controle da inflação sem recessão) ter parecido um futuro possível para a economia global, há sinais de que a atividade mundial está "caminhando para uma nova turbulência". "Se a trajetória não for corrigida, as consequências para os padrões de vida poderão ser profundas", disse. Banco Mundial reduz expectativa de crescimento em 2025 por causa de tarifas de Trump Crescimento mais fraco De acordo com a instituição financeira, os efeitos do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da guerra comercial entre Washington e Pequim, podem levar a uma desaceleração do comércio global. Embora o Banco Mundial descarte o risco de recessão neste ano, a instituição acredita que, "se as previsões para os próximos dois anos se concretizarem", a economia global experimentará um crescimento médio mais fraco. Na América Latina, a demanda interna se mantém, mas as exportações enfraquecerão "em meio ao crescente protecionismo comercial e à incerteza política", afirma o relatório. O aumento das barreiras comerciais impacta "indiretamente" toda a região, juntamente com a queda esperada nos preços das matérias-primas. Na América Latina, o país mais afetado é o México, a segunda maior economia da região. Segundo o Banco Mundial, a atividade mexicana deve crescer 0,2% este ano, uma queda de 1,3 p.p. em relação à projeção anterior. Em 2026, a previsão é de uma alta de 1,5%. Washington impôs tarifas de 25% sobre importações não cobertas pelo Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC), que também inclui os Estados Unidos e o Canadá. "Isso enfraqueceu as exportações do México" e gerou incerteza em um país que enviou 80% de suas mercadorias exportadas para os Estados Unidos em 2024, "das quais aproximadamente metade não fazia parte do T-MEC", afirma o Banco Mundial. Além disso, a instituição espera que as altas taxas de juros derrubem a demanda interna no México. O Banco Mundial ainda indicou que o tarifaço de Trump também deve ter efeitos no Brasil. Para o país, a previsão de crescimento aumentou 0,2 p.p., para 2,4%. O número, no entanto, ainda é muito menor do que o avanço visto em 2024, de 3,4%. Nesse caso, diz a instituição, a revisão da projeção aconteceu em meio ao menor consumo e ao crescimento muito mais fraco do investimento. Controle da inflação Após dois anos de recessão, a previsão de crescimento econômico da Argentina se destaca: 5,5% neste ano (+0,5 p.p.) e 4,5% no próximo. O Banco Mundial acredita que a recuperação da Argentina será impulsionada principalmente pelos setores de agricultura, energia e mineração e será apoiada pela "estabilização macroeconômica, pela eliminação dos controles cambiais e por novas reformas favoráveis aos negócios, que devem melhorar a confiança de consumidores e investidores". O Banco Mundial também divulgou a previsão de crescimento para outros países: Colômbia: 2,5% Chile: 2,1% Peru: 2,9% Bolívia: 1,2% Costa Rica: 3,5% República Dominicana: 4% Equador: 1,9% El Salvador: 2,2% Guatemala: 3,5% Honduras: 2,8% Nicarágua: 3,4% Panamá: 3,5% Paraguai: 3,7% Uruguai: 2,3% Com a inflação prevista para permanecer próxima ao teto das metas do Banco Central em vários países, particularmente no Brasil e na Colômbia, o Banco Mundial vê pouca margem para reduzir as taxas de juros. 🔎Taxas elevadas desestimulam o consumo e o investimento e, portanto, pressionam os preços. O desafio regional é "manter a inflação relativamente controlada", alerta o Banco Mundial. As previsões estão expostas a diversos riscos, como uma queda no crescimento nos Estados Unidos, com um possível efeito dominó sobre outras economias, ou na China, um parceiro comercial fundamental para muitos países sul-americanos. A economia dos EUA deve crescer 1,4% este ano (-0,9 p.p.) e a da China 4,5% (sem alterações em relação a janeiro). Há também um comprometimento das remessas enviadas por migrantes, principalmente a alguns países da América Central e do Caribe, onde "representam aproximadamente 20% do PIB".



Governo enviará de novo proposta de aumentar juros sobre capital próprio, que não foi analisada pelo Congresso em 2024


10/06/2025 16:37 - g1.globo.com

Equipe econômica enviou no ano passado projeto para elevar o JCP, mas a proposta, também sofre forte rejeição no Legislativo, sequer foi analisada pelos parlamentares. Agora envia novamente a proposta para reverter parte da alta do IOF, também criticada pelo Congresso Nacional. O governo enviará novamente ao Congresso Nacional a proposta de elevar a taxação dos juros sobre capital próprio (JCP) — mecanismo utilizado pelas empresas — de 15% para 20%. A informação é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O JCP é uma forma de distribuição de lucros alternativa aos dividendos (que são isentos de imposto). O tributo é deduzido na fonte, ou seja, o acionista já recebe os valores de JCP descontados do imposto. "Isso foi uma conversa com os parlamentares. A proposta não estava na nossa apresentação, até porque já mandamos [a mudança na tributação da] JCP no ano passado. Em tese, já está em tramitação. Mas alguns parlamentares sugeriram que era o caso de se debruçar sobre isso", disse Haddad a jornalistas. A medida compensará um novo recuo do governo no aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), que sofreu forte rejeição do mercado financeiro e do Congresso Nacional. De acordo com Haddad, a proposta é reduzir em 80% o IOF sobre o chamado "risco sacado". A tentativa de elevar a tributação dos juros sobre capital próprio não é novidade. O tema foi enviado ao Legislativo no último ano, e considerado nas projeções de arrecadação do orçamento de 2025. Entretanto, assim como o aumento do IOF, o tema sofre forte rejeição por parte dos parlamentares e, por isso, sequer foi analisado pelo Congresso Nacional. Por conta disso, em maio deste ano, no relatório de receitas e despesas do orçamento de 2025, o governo decidiu retirar a arrecadação do aumento dos juros sobre capital próprio das estimativas de receita. E incluiu, no seu lugar, o IOF.



Governo propõe IR de 17,5% em aplicações financeiras; hoje, taxa é de 15% a 22,5% a depender do prazo


10/06/2025 16:24 - g1.globo.com

Segundo Haddad, patamar de 17,5% já é a 'média' do imposto efetivo; hoje, quem deixa aplicação rendendo mais tempo paga alíquota menor. Proposta ainda vai ser analisada no Congresso. O pacote de medidas que serão enviadas ao Congresso pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituir a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) deve incluir uma nova mudança no Imposto de Renda – desta vez, envolvendo aplicações financeiras. Atualmente, há uma cobrança de 22,5% a 15% – que varia de acordo com o prazo dos investimentos. Quem deixa a aplicação por seis meses ou menor, por exemplo, paga 22,5% de Imposto de Renda sobre o rendimento. Quem deixa o dinheiro rendendo na mesma aplicação por mais de dois anos paga uma alíquota menor: 15%. Com a mudança, o governo unifica a alíquota em 17,5% para quase todas as operações. O que foi dito, até o momento, é que ficam de fora os títulos incentivados (que hoje são isentos, e passarão a ter alíquota de 5%). A mudança, se confirmada pelo Congresso Nacional, favorece aplicações de até um ano, que tinham tributação acima desse patamar. Por outro lado, o governo eleva a cobrança para prazos acima de dois anos, que têm uma incidência menor de IR – com uma alíquota atual de 15%. Parte da proposta para tributação de aplicações financeiras já tinha sido antecipada pelo governo no fim de semana, quando o governo confirmou que títulos incentivados, como LCI e LCA, deixariam de ser isentos a passariam a ser tributados em 5%. Após reunião com Lula, Haddad confirma pacote para substituir alta do IOF: 'Fazer justiça tributária' Bolsonaro e Guedes propunham 15% A proposta da atual equipe econômica difere daquela apresentada em 2021, pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, sob o comando de Paulo Guedes, que unificava a alíquota em 15% para Tesouro Direto, CDB, fundos abertos, fundos fechados (multimercados) e, também, fundos exclusivos. Também seria o valor cobrado na distribuição de rendimentos, na amortização e na alienação de cotas dentro e fora de bolsa. Seriam cobrados 15% nos mercados à vista, a termo, de opções e de futuro, e 20% no day trade. A proposta de reforma do IR do governo Bolsonaro foi aprovada na Câmara, com alterações, mas não chegou a tramitar no Senado Federal. Por isso, não entrou em vigor. Governo vai editar MP para aumentar arrecadação e 'recalibrar' decreto do IOF, diz Haddad



Após reunião com Lula, Haddad confirma pacote para substituir alta do IOF: 'Fazer justiça tributária'


10/06/2025 16:17 - g1.globo.com

Medidas ainda serão enviadas ao Congresso, que terá que votar e aprovar pacote. Após reunião com Lula, Haddad confirma pacote para substituir alta do IOF: 'Fazer justiça tributária' O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (10) que o governo vai enviar ao Congresso as medidas que foram apresentadas nos últimos dias para substituir reverter parte da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No fim da manhã, Haddad se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada para apresentar a versão final do pacote. "As mesmas que foram conversadas com os parlamentares da Câmara e do Senado. Expusemos para ele [Lula] o que foi conversado, estamos remetendo para a Casa Civil, que está acompanhando a redação das medidas. Possivelmente, vão chegar à mesa dele hoje ainda", declarou. "Essas medidas atingem os moradores de cobertura – porque pega só gente com muita isenção fiscal. Todas as medidas envolvem bets e mercado financeiro, não mexem com o dia a dia da população. Eu considerei muito mais estruturais e justas do ponto de vista tributário, por isso concordei. É uma agenda que interessa à Fazenda", emendou. Parte das medidas previstas deve ser enviada ao Congresso na forma de uma medida provisória – o que significa que as mudanças já entram em vigor, mas precisam ser aprovadas em definitivo em até 120 dias para não perderem validade. Ao mesmo tempo, disse o ministro, também será revogado parte do aumento do IOF - ele citou o corte de 80% na taxação do chamado "risco sacado (veja detalhes mais abaixo nessa reportagem). Segundo Haddad, o pacote tenta corrigir distorções na tributação do mercado de crédito que "qualquer economista minimamente informado" identifica. Nesse caso, ele se referiu especificamente ao início da taxação das LCI e LCA, instrumentos que até então são isentos do IR. "Isso vai favorecer a queda do juro, a queda do dólar, o país. Estamos confiantes de que é isso. Além disso, garante o cumprimento da meta deste ano e do ano que vem. Vamos nos lembrar que a meta fiscal é mais ambiciosa que a dos últimos anos", disse Haddad. Governo propõe IR de 17,5% em aplicações financeiras; hoje, taxa é de 15% a 22,5% a depender do prazo Conversa com parlamentares ampliou pacote Na entrevista desta terça, Haddad disse que incorporou ao pacote sugestões apresentadas pelos parlamentares no último domingo (8). Uma dessas medidas é o aumento, de 15% para 20%, do Imposto de Renda sobre os chamados "juros sobre o capital próprio" (JCP). O JCP é uma forma de distribuição de lucros alternativa aos dividendos (que são isentos de imposto). O tributo é deduzido na fonte, ou seja, o acionista já recebe os valores de JCP descontados do imposto. "Isso foi uma conversa com os parlamentares. A proposta não estava na nossa apresentação, até porque já mandamos [a mudança na tributação da] JCP no ano passado. Em tese, já está em tramitação. Mas alguns parlamentares sugeriram que era o caso de se debruçar sobre isso", diz Haddad. Já uma eventual mudança nos gastos com o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que poderia gerar cortes no orçamento do ensino básico, não foi incluída no pacote – apesar de citada nas discussões. Segundo Haddad, o tema foi descartado, neste momento, porque exigiria uma mudança da Constituição Federal. Novo recuo no IOF O ministro informou que as medidas de arrecadação visam compensar um novo recuo do governo no aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo ele, haverá uma redução de 80% na operação de risco sacado - operação em que um um banco antecipa o pagamento de uma fatura que é cobrada depois de seu cliente. Aumentos de impostos Por conta da decisão de reverter parte da alta do IOF, a equipe econômica já confirmou algumas medidas para que não haja perda de arrecadação neste ano. O objetivo é atingir a meta de zerar o rombo das contas públicas (que conta com um intervalo de tolerância). Veja o que será proposta ao Congresso que já foi confirmado: Edição de medida provisória que prevê que títulos isentos de Imposto de Renda (IR), como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), vão passar a ter alíquota de 5% de IR; equalizar a tributação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, o que inclui fintechs. A alíquota de 9% será excluída e a cobrança ficará de 15% a 20%; aumentar taxação das apostas esportivas de 12% para 18% (a alíquota incide no chamado GGR que é a diferença entre o que a bet fatura com as apostas menos os prêmios pagos aos vencedores); redução do gasto tributário em pelo menos 10%; aumento da taxação dos juros sobre capital próprio (JCP) — mecanismo utilizado pelas empresas — de 15% para 20%. Além dessas medidas, o governo também vai aproveitar o momento para encaminhar, ao Congresso Nacional, uma proposta para unificar em 17,5% a taxação do Imposto de Renda em aplicações financeiras. Atualmente, a taxa é de 15% a 22,5% a depender do prazo. Cortes de gastos Criticado por economistas e por parlamentares sobre a ausência de medidas de cortes de gastos, o ministro Fernando Haddad afirmou que será formada uma comissão de líderes, e outros políticos, para discutir propostas de redução de despesas. A ideia, segundo ele, é verificar também a viabilidade das propostas que serão apresentadas. "Como há várias propostas individuais, tem várias propostas do governo e várias dos parlamentares como corrigir eventuais excessos, redesenhar programas, tem varais proposta na messa. O que que pedi foi o seguinte: vamos fazer um inventário dessas propostas e discutir com sobriedade com os lideres do que podemos encaminhar pelo Congresso. tem muita coisa sendo discutir, mas não de maneira sistemática", explicou Haddad.



PIX Parcelado será alternativa para 60 milhões de pessoas sem cartão de crédito, diz Galípolo


10/06/2025 14:44 - g1.globo.com


Modalidade é linha de crédito, com cobrança de juros, e será padronizada em setembro. Parcelamento via PIX já é ofertado pelos bancos. Padronização pode reduzir custos do serviço. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira (10) que o PIX Parcelado vai aumentar o uso dessa ferramenta no varejo, ou seja, nas vendas de produtos e serviços. Galípolo acrescentou que a modalidade poderá ser utilizada por 60 milhões de pessoas que atualmente não têm acesso ao cartão de crédito. As declarações foram dadas durante palestra no painel de abertura da Febraban Tech 2025, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo. 💲A nova modalidade será uma linha de crédito formal — com cobrança de taxa de juros pelas instituições financeiras — e está prevista para ter início no próximo mês de setembro. "Isso [PIX Parcelado] vai estimular o uso do PIX no varejo para compras de bens e serviços e, especialmente, aquelas que têm valor mais elevado que demandam esse tipo de parcelamento", disse o presidente do Banco Central. "Vai ser uma outra inovação muito importante, que também vai afetar essas 60 milhões de pessoas que hoje não têm acesso a um cartão de crédito e vão poder parcelar o seu pagamento. Mas as pessoas que têm vão ter uma outra alternativa em um arranjo diferente", acrescentou Galípolo. Pix parcelado 💵O parcelamento por meio do PIX já é ofertados por várias instituições financeiras, uma linha de crédito formal, mas o BC vai padronizar, a partir de setembro, as regras — o que tende a favorecer a competição entre os bancos. Parcelamento via cartão de crédito ➡️Ao comprar produtos com cartão de crédito parcelado, há casos em que são cobrados juros (valor do produto é diferente daquele com pagamento a vista). ➡️Em outros casos não há cobrança aparente de juros, embora especialistas argumentem que eles geralmente estão "embutidos" no preço final dos produtos e serviços vendidos. ➡️Além disso, são cobradas taxas exorbitantes dos clientes bancários no cartão de crédito rotativo (acima de 15% ao mês) caso não paguem o valor total da fatura. Essa é a linha de crédito mais cara do mercado financeiro. Como vai funcionar o PIX parcelado O PIX parcelado possibilitará a tomada de crédito pelo comprador, em uma instituição financeira, preferencialmente com a qual já tenha relacionamento, para permitir o parcelamento de uma transação PIX. Quem estiver recebendo (lojista) terá acesso a todo o valor instantaneamente, mas quem estiver pagando (comprador) poderá parcelá-lo. O PIX Parcelado poderá ser usado para qualquer tipo de transação, inclusive para transferências. A instituição onde o comprador detém a conta dará o crédito e definirá o processo em caso de atraso no pagamento das parcelas ou de inadimplência (juros), considerando seus procedimentos de gerenciamento de riscos, conforme o perfil do cliente, como já acontece com outras linhas de crédito. O Banco Central já informou esperar que a modalidade de pargamento seja competitiva e permita o parcelamento com taxas vantajosas. "Quem paga juros no PIX Parcelado é o consumidor. Contudo, espera-se que os bancos ofertem linhas de crédito em que o valor final do bem no PIX Parcelado, mesmo com a cobrança de taxa de juros, seja menor ou igual ao valor final do bem no parcelado sem juros usando cartão de crédito", informou o Banco Central, em abril deste ano. Melhor para os lojistas De acordo com o BC, a novidade também é uma opção mais vantajosa para os lojistas, que receberão os valores a vista — sem precisar pagar juros aos bancos para antecipar o recebimento das parcelas mensais. "No PIX Parcelado, o lojista recebe o valor total do pagamento no momento da venda do bem ou serviço. Logo, por definição, não haverá antecipação nem cobrança de taxa de antecipação para o lojista. Ou seja, o modelo do PIX Parcelado é menos custoso do que o modelo do cartão de crédito para o lojista", informou o Banco Central. ➡️No cartão de crédito, o valor da compra é pago aos lojistas pela instituição financeira no mês da aquisição do produto ou serviço, ou de forma parcelada (se a compra for feita dessa forma). ➡️Os lojistas podem optar por antecipar as parcelas mensais, com a cobrança de juros pelos bancos, mas essa é apenas uma alternativa, não uma obrigação. ➡️No PIX parcelado, o lojista receberá os valores a vista, sem pagar juros aos bancos, mesmo que os compradores optem por parcelar mensalmente sua compra. Posição dos bancos Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o PIX parcelado representa uma evolução, um movimento natural do produto e uma modalidade complementar no sistema de pagamentos à disposição dos clientes. "Os clientes continuarão a escolher a forma de pagamento que melhor atenda às suas necessidades no momento da transação. Hoje, o PIX já é o meio de pagamento mais utilizado e preferido da população bancarizada. Trazer a opção de parcelamento da transação durante a jornada de pagamento via PIX pode ser uma nova alavanca para o uso do produto", avaliou a Febraban, em abril deste ano. Segundo a Federação, a oferta (disponibilidade da linha de crédito) e a precificação do produto (taxas de juros cobradas) serão de responsabilidade exclusiva de cada instituição financeira. Presidente do BC, Gabriel Galípolo, durante a Febraban Tech em São Paulo Reprodução Febraban Youtube



Frentes parlamentares do setor produtivo se manifestam contra novo pacote do governo para aumentar arrecadação


10/06/2025 14:20 - g1.globo.com


Coalizão diz que as ações propostas para compensar o recuo sobre o IOF não solucionam o problema do país em relação ao equilíbrio das contas públicas e comprometem 'a capacidade de investimento, a geração de empregos e a competitividade do país'. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista no Hotel Brasília Palace, em 3 de junho de 2025 WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO A Coalizão das Frentes Parlamentares que representam o setor produtivo brasileiro publicou um manifesto para expressar "indignação e profunda preocupação" com as recentes medidas anunciadas pelo governo federal para aumentar a arrecadação dos cofres públicos. O grupo se refere ao pacote anunciado no domingo (8) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem como objetivo compensar o provável recuo do governo sobre a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), implementado no dia 22 de maio. (leia mais abaixo) Entre as ações que estão sendo discutidas — mas que ainda não foram implementadas oficialmente —, estão o fim da isenção de Imposto de Renda (IR) para títulos de investimento como LCI e LCA e o aumento da taxação das apostas esportivas. "A proposta inicial de elevação do IOF, que visava arrecadar bilhões às custas do cidadão e da empresa, já era inaceitável, pois o IOF incide sobre operações essenciais do dia a dia econômico, como crédito, câmbio e seguros, elevando o custo de capital e as transações financeiras para todos", diz o manifesto. Contudo, o novo acordo, "longe de representar um avanço em direção à responsabilidade fiscal, é um atestado da persistência de uma lógica equivocada: a de que o problema fiscal se resolve com mais tributos, e não com a redução do tamanho e do custo da máquina pública", continua. De acordo com a coalizão, as ações propostas pelo governo não solucionam o problema do país em relação ao equilíbrio das contas públicas e comprometem "a capacidade de investimento, a geração de empregos e a competitividade do país". "O Brasil, e em particular seu setor produtivo, encontra-se exaurido por uma carga tributária que não para de crescer, posicionando-nos entre os países com maior peso fiscal do mundo em relação ao PIB, sem a contrapartida de serviços públicos de qualidade", afirma o documento. Por isso, a coalizão exige, no manifesto: o fim da política de aumento de impostos; a redução imediata e substancial dos gastos públicos; uma reforma administrativa urgente; e foco na eficiência e na desburocratização. O grupo também afirmou que vê com preocupação a falta de uma resistência firme por parte do Congresso Nacional às medidas do governo para aumentar os impostos. Por isso, pede para que os parlamentares ouçam as demandas da sociedade e atuem em defesa do setor produtivo e do contribuinte. LEIA TAMBÉM: Taxação de LCI e LCA encarece casa própria e alimentos, dizem setores Pacote para compensar alta do IOF será apresentado a Lula Entenda a crise do IOF O anúncio do decreto sobre a alta do IOF foi divulgado há pouco mais de duas semanas pelo governo, junto com um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano, com o objetivo de equilibrar as contas públicas e cumprir a meta fiscal. 🔎 IOF é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras. Como o próprio nome diz, é um imposto cobrado sobre a maior parte das operações financeiras e serve para gerar receita para a União. (saiba mais aqui) A medida aumentou o imposto sobre algumas operações, especialmente que envolvem crédito para empresas e relacionadas ao câmbio. Houve aumento, por exemplo, no IOF cobrado sobre cartões internacionais de crédito e débito e sobre a compra de moedas estrangeiras em papel. O mercado reagiu mal à decisão, o que levou o governo a recuar no mesmo dia de parte da medida. Horas após o anúncio, o governo revogou o IOF mais alto sobre aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, o que reduziu o potencial arrecadatório em cerca de R$ 1,4 bilhão. Mesmo assim, as críticas sobre o aumento do imposto continuaram. O Congresso começou a se movimentar para aprovar uma derrubada do decreto presidencial sobre o aumento de imposto, algo inédito nos últimos 25 anos. O governo, então, buscou os presidentes da Câmara e do Senado para negociar um pacote alternativo que substitua parte dos ganhos que seriam obtidos com o novo IOF. No último domingo (8), o ministro Fernando Haddad apresentou suas primeiras propostas aos líderes do Legislativo, e eles chegaram a um acordo. As medidas devem ser comunicadas ao presidente Lula nesta terça-feira (10), para só depois serem implementadas oficialmente. Entre as ações anunciadas, além da recalibragem do decreto do IOF, estão: o fim da isenção do Imposto de Renda para títulos de investimento como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que vão passar a ter alíquota de 5%; o aumento de 9% para 15% e 20% da tributação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, o que inclui fintechs; a alta da taxação das apostas esportivas de 12% para 18%. O governo também afirmou que pretende reduzir o gasto tributário em pelo menos 10% e discutir a redução de gastos primários.



Ford Bronco 2025 prefere manter as raízes do que vender demais — e isso pode ser ótimo; veja teste


10/06/2025 13:00 - g1.globo.com


SUV da Ford ganha mais tecnologia, um ligeiro tapa no design e mantém o preço da versão anterior para cativar mais consumidores. Mas perde em potência e aceleração para o principal rival. Ford Bronco 2025 chega com o mesmo preço da geração anterior: R$ 260 mil Divulgação | Ford Se fosse um artista, o Ford Bronco seria aquele que persegue a autenticidade, do tipo que não busca agradar a maioria. Criado nos anos 1960, ele chega agora à sétima geração e se consolida como um clássico da marca. Mas, quase 60 anos depois do seu lançamento, nunca teve grande destaque no Brasil. Hoje, o Bronco não aparece nem entre os 40 SUVs mais vendidos, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O novo Bronco chega às lojas por R$ 260 mil, em uma disputa de espaço com versões intermediárias de modelos como o Jeep Compass Overland Hurricane (R$ 272.990) e o Jeep Commander Limited (R$ 253.990). Ambos os concorrentes vendem muito mais: o Compass é o 5º SUV mais emplacado do país, enquanto o Commander ocupa a 21ª posição. Mas será que ele quer aparecer na lista? A pretensão do Bronco é impressionar pela competência no fora de estrada, e mostra ser uma escolha bastante válida para quem busca robustez e um toque autêntico. Agradar a quem gosta dele, e nada mais. Veja abaixo os destaques da nova versão, nas primeiras impressões do g1 com o SUV. A história do Ford Bronco começou em 1966 Divulgação | Ford Veja a ficha técnica do modelo: Motor: 2.0 Ecoboost de quatro cilindros; Potência: 253 cv; Torque: 38 kgfm; Câmbio: Automático de 8 marchas; Comprimento: 4,38 m; Largura: 1,88 m; Altura: 1,81 m; Entre-eixos: 2,67 m; Porta-malas: 482 litros; 0 a 100 km/h: 8,3 segundos; Consumo na cidade: 8,4 km/l; Consumo na estrada: 10,7 km/l. Novo Bronco Galerias Relacionadas Entre as mudanças visuais mais marcantes na parte externa, destacam-se o novo para-choque e a grade redesenhada. Ainda na dianteira, o protetor metálico ao redor dos ganchos é feito de aço, e há também uma placa de proteção (skidplate) para resguardar o cárter, onde fica armazenado o óleo do motor. Na traseira, a única alteração é o novo para-choque. Por dentro, o destaque vai para as novas telas: o painel de instrumentos agora tem 12,3 polegadas, enquanto a central multimídia conta com 13,2 polegadas. Os bancos dianteiros, com ajustes elétricos e aquecimento para motorista e passageiro, oferecem memória de posição, bom desenho e conforto em viagens longas. As abas laterais têm o tamanho ideal, proporcionando firmeza tanto em curvas de alta velocidade quanto em trechos irregulares. Por outro lado, o acabamento claro e a presença de tecido na parte superior do encosto podem ser inconvenientes para quem costuma encarar trilhas com lama. Do ponto de vista técnico, as principais melhorias estão na segurança ativa: os freios dianteiros agora contam com discos mais espessos, o que ajuda na dissipação de calor. Além disso, o Bronco 2025 traz novidades na suspensão e na lista de equipamentos. Bloqueio de diferencial ajuda a transpor terrenos onde algumas rodas ficam sem tração Divulgação | Ford LEIA MAIS VÍDEO: chinesa Yadea mostra moto que anda sozinha em evento em SP VÍDEO: Zeekr X mostra que um SUV elétrico chinês pode confundir fãs de BMW e Volvo SUV da chinesa Changan é flagrado em Santos e sinaliza retorno da marca ao Brasil Ao volante Ao assumir o posto de motorista, não há surpresas. O interior é sóbrio — bem construído, sem o apelo futurista de alguns modelos chineses ou o estilo excessivamente conservador de certos carros japoneses. O Bronco mantém uma identidade bem norte-americana, com um visual tradicional que funciona. Os botões físicos continuam presentes e são essenciais para operar diversas funções, inclusive da central multimídia — o controle de volume, por exemplo, é grande e fácil de localizar. O volante tem boa empunhadura e reúne comandos tanto para o painel de instrumentos quanto para o piloto automático adaptativo. Interior é simples, mas bem-feito Divulgação | Ford O câmbio automático de oito marchas é acionado por um seletor giratório no console central, que também abriga porta-copos e um carregador por indução. No asfalto, o SUV apresenta um comportamento estável. O desempenho é satisfatório, mas não empolga. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 8,3 segundos, enquanto o Compass Overland Hurricane cumpre a mesma tarefa dois segundos mais rápido. Assim, as acelerações e retomadas são condizentes com um SUV médio, sem grandes emoções ao volante. No entanto, um ponto que evoluiu no novo Bronco foi o acerto da suspensão. Na geração anterior, a rolagem da carroceria era bastante perceptível. Em curvas mais fechadas, a sensação era de estar dirigindo um veículo de dois andares. Isso foi corrigido, e agora o carro transmite muito mais confiança ao motorista. Cabine tem espaço para cinco adultos viajarem com conforto Divulgação | Ford Piloto automático off-road ensina a dirigir na terra É no fora de estrada que o novo Bronco realmente se destaca. Com seus sete modos de condução — Eco, Esportivo, Escorregadio, Rock Crawl, Off-road e Rally —, ele está preparado para enfrentar praticamente qualquer tipo de terreno. De fábrica, o modelo já vem equipado com pneus de uso misto da Pirelli. As rodas de 17 polegadas, combinadas com os pneus de perfil alto, permitiram que o SUV enfrentasse com competência o trecho lamacento percorrido durante o teste realizado pelo g1. Diga-se que os trechos são preparados pela Ford, mas foi possível testar o modo off-road com o bloqueio do diferencial traseiro ativado. Em determinado momento, uma das rodas ficou completamente suspensa, e o sistema entrou em ação: ele redireciona a força para as rodas que permanecem em contato com o solo. Essa tecnologia impede que o torque seja desperdiçado na roda suspensa, transferindo toda a força para o pneu que pode efetivamente movimentar o veículo. Deixou fácil sair dali. Seletor de motos de condução, bloqueio do diferencial e da tração ficam no console central Divulgação | Ford Outro recurso que contribui para o controle em terrenos de baixa aderência é a vetorização de torque. Ao girar o volante, o sistema direciona o torque para a roda oposta à curva (lado externo), ajudando o carro a manter a trajetória desejada. Pontos extras para o piloto automático off-road. Para entender como ele funciona, vale fazer uma analogia com os carros elétricos. Muitos modelos elétricos contam com o sistema “one pedal”, que permite dirigir usando apenas o acelerador. Ao pressioná-lo, o carro avança; ao soltá-lo, ele desacelera automaticamente. Embora o Bronco não seja elétrico, ele oferece a função “one pedal off-road”, que facilita a condução em terrenos difíceis, especialmente para motoristas iniciantes. Com ela, não é necessário alternar constantemente entre acelerador e freio: basta tirar o pé do pedal e o carro começa a desacelerar sozinho. Painel de instrumentos de 12,3 polegadas tem todas as informações que o motorista precisa Divulgação | Ford Esse recurso proporciona mais segurança, principalmente em descidas íngremes com pedras ou sulcos profundos, onde o controle do veículo é essencial. O sistema funciona em velocidades de até 32 km/h. Durante o uso, a câmera 360° — item de série — ativa a lente frontal, permitindo ao motorista visualizar com clareza o caminho à frente. Isso ajuda a evitar obstáculos como pedras e galhos, além de facilitar o posicionamento do carro em subidas acentuadas, reduzindo o risco de atolamento. Mesmo sem pneus específicos para trilhas pesadas — o que não é recomendado com esse modelo —, o Bronco se saiu bem no percurso projetado pela Ford. Em alguns momentos, o carro permitiu uma condução mais solta, deixando o motorista explorar saídas de traseira e derrapagens na lama. No entanto, graças à ampla lista de equipamentos, sensores e sistemas eletrônicos, o veículo sabe exatamente quando intervir para garantir a segurança. Além da câmera e dos sensores, o painel de instrumentos exibe em tempo real os ângulos de inclinação do carro, tanto lateral quanto longitudinalmente. O novo Bronco também conta com: Controle de reboque; Alerta de tráfego cruzado; Frenagem autônoma com detecção de pedestres; Alerta de colisão frontal; Assistente de permanência e centralização em faixa; Piloto automático adaptativo com função Stop&Go; Reconhecimento de placas de trânsito; Assistente de manobras evasivas; Assistente de partida em rampas; Nove airbags; Farol alto automático. Câmera frontal ajuda a ver obstáculos à frente Divulgação | Ford Conclusão Talvez a Ford tenha acertado tanto no preço quanto na capacidade off-road do Bronco. Apesar de ter menos potência que o líder de vendas da categoria, o modelo oferece conforto, bom espaço interno, porta-malas generoso (com 482 litros) e reúne qualidades que podem atrair um público mais amplo. No entanto, ele enfrenta a reputação consolidada do Compass — um SUV com menos vocação aventureira, mas que entrega mais potência e torque na mesma faixa de preço. Será que o Bronco conseguirá tirar vendas do campeão da categoria e se tornar um expoente de sua classe? Pouco provável, especialmente se o consumidor focar apenas no desempenho do motor. Por outro lado, quem procura um veículo versátil, com verdadeiro apelo off-road que permite um pouco de diversão, ocasionalmente, em trilhas e terrenos desafiadores, encontrará no Bronco uma boa opção de compra. Pontos positivos e negativos: ✅ Capacidade off-road; ✅ Tecnologia; ❌ Desempenho inferior ao principal concorrente; ❌ Banco com tecido pode sujar fácil. TESTE: Zeekr X mostra que um SUV elétrico chinês pode confundir fãs de BMW e Volvo



IPCA: preços sobem 0,26% em maio, puxados por alta na conta de luz


10/06/2025 12:00 - g1.globo.com


Segundo o IBGE, índice desacelerou em relação ao mês anterior, com queda nos preços das passagens aéreas, da gasolina e de alguns alimentos. Resultado veio melhor do que o mercado projetava. IPCA de Maio fica abaixo das previsões O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, registrou uma alta de 0,26% em maio, conforme dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma queda de 0,17 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior, quando o IPCA havia subido 0,43%. No acumulado do ano, o índice registra uma alta de 2,75%. Na janela de 12 meses, a inflação desacelerou de 5,53% para 5,32%, após um período de aceleração. (veja o gráfico abaixo) A alta de 0,26% é a menor para o mês desde 2023, quando os preços subiram 0,23% em maio. No ano, o menor índice registrado até agora foi em janeiro, de 0,16%. Agora, os resultados foram impulsionados, principalmente, pelo grupo de Habitação, que avançou 1,19%. Dentro dele, a energia elétrica residencial subiu 3,62%, por causa da bandeira amarela nas contas de luz. Por outro lado, as quedas nos preços das passagens aéreas, da gasolina e de alguns alimentos, como o tomate e o arroz, aliviaram o índice. (leia mais abaixo) A inflação de maio veio melhor do que as projeções do mercado financeiro, que esperavam um avanço de 0,37% nos preços. Veja o resultado dos grupos do IPCA em maio Sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram alta: Alimentação e bebidas: 0,17%; Habitação: 1,19%; Vestuário: 0,41%; Saúde e cuidados pessoais: 0,54%; Despesas pessoais: 0,35%; Educação: 0,05%; Comunicação: 0,07%. Os dois grupos que tiveram queda foram: Artigos de residência: -0,27%; Transportes: -0,37%; Conta de luz e remédios pesaram na inflação do mês Segundo o IBGE, o que mais pesou na inflação no mês foi o grupo Habitação, que acelerou de 0,14% em abril para 1,19% em maio. A energia elétrica residencial (3,62%) foi o subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,14 p.p.). O resultado pode ser explicado pela bandeira amarela nas contas de luz, que adicionou um custo de R$ 1,88 nas faturas dos consumidores para cada 100 kWh utilizados. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a decisão de aumentar os preços foi tomada "devido a redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano". Além disso, houve reajuste da tarifa de energia em várias capitais, como Recife, Fortaleza, Aracaju, Salvador, Belo Horizonte e Campo Grande. Outro item que se destacou no resultado do IPCA de maio foi o de produtos farmacêuticos, que subiu 0,69%, por causa do reajuste no preço dos medicamentos autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). O plano de saúde também subiu 0,57%, mas o grupo total, de Saúde e cuidados pessoais, desacelerou de 1,18% em abril para 0,54% em maio. Passagens aéreas, gasolina e alimentação aliviaram o índice O grupo de Transportes contribuiu para a desaceleração do IPCA de maio, com um recuo de 0,37%. Essa queda foi impulsionada pelo resultado da passagem aérea (-11,31%) e dos combustíveis (-0,72%), todos registrando variação negativa: o óleo diesel de 1,30%, o etanol de 0,91%, o gás veicular de 0,83%, e a gasolina de 0,66%. Além disso, houve uma importante desaceleração no grupo de Alimentação e bebidas, de 0,82% em abril para 0,17% em maio. A alimentação no domicílio saiu de 0,83% para 0,02%, como resultado das quedas do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%). No lado das altas, destacam-se a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%). INPC fica em 0,35% O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado como referência para reajustes do salário mínimo e que calcula a inflação para famílias de renda mais baixa, registrou uma alta de 0,35% em maio. Em abril, o índice havia subido 0,48%. Com isso, o INPC acumulou uma alta de 5,20% nos 12 meses até maio de 2025. IPCA: preços sobem 0,26% em maio, puxados por alta na conta de luz rawpixel.com/Freepik



Dólar sobe e fecha a R$ 5,56, com IPCA, fiscal brasileiro e reunião entre EUA e China; Ibovespa também avança


10/06/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda americana fechou em alta de 0,14%, a R$ 5,5699. A bolsa de valores teve ganhos de 0,54%, aos 136.436 pontos. Notas de dólar Jornal Nacional/ Reprodução O dólar operou com volatilidade boa parte da sessão, mas encerrou esta terça-feira (10) em alta de 0,14%, cotado a R$ 5,5699. O Ibovespa subiu 0,54% e fechou aos 136.436 pontos. ▶️ Hoje, os investidores repercutiram a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, referente a maio. O resultado, de 0,26%, veio melhor do que o projetado pelo mercado (0,37%). ▶️ Apesar disso, os investidores seguiram cautelosos, à espera da divulgação de um novo pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para compensar a provável revogação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que abalou os mercados nas últimas semanas. Algumas das ações que estão sendo discutidas foram antecipadas no domingo (8), como o fim da isenção de Imposto de Renda (IR) para títulos de investimento como LCI e LCA e o aumento da taxação das apostas esportivas. Após se reunir com o presidente Lula, Haddad confirmou nesta terça que o governo vai enviar ao Congresso as medidas apresentadas nos últimos dias. Entre as novidades do pacote está a proposta para unificar em 17,5% a cobrança de IR sobre aplicações financeiras — hoje, essas cobranças vão de 22,5% a 15%. ▶️ No exterior, o mercado monitora o segundo dia de negociações comerciais entre Estados Unidos e China sobre tarifas de importação. O secretário do Comércio, Howard Lutnick, disse a repórteres que as conversas estão indo bem e podem se estender até a quarta-feira. Entenda abaixo como cada um desses fatores impacta o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: +0,01%; Acumulado do mês: -2,59%; Acumulado do ano: -9,87%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: +0,25% Acumulado do mês: -0,43%; Acumulado do ano: +13,43%. IPCA de maio O IPCA divulgado nesta terça-feira (10) pelo IBGE mostrou que os preços no país tiveram alta de 0,26% em maio, uma queda de 0,17 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior, melhor do que o mercado projetava (0,37%). A alta foi impulsionada, principalmente, pelo grupo de Habitação, que avançou 1,19%. Dentro dele, a energia elétrica residencial subiu 3,62%, por causa da bandeira amarela nas contas de luz. Por outro lado, a queda nos preços das passagens aéreas, da gasolina e de alguns alimentos, como o tomate e o arroz, aliviaram o índice. (leia mais aqui) O resultado foi bem recebido pelo mercado, que acompanha de perto as tentativas do Banco Central (BC) de controlar a inflação no país, mantendo a taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic, em patamar elevado (14,75%). 🔎 A lógica é que juros mais altos desestimulam o consumo, pois fica mais caro fazer empréstimos ou compras a prazo. Ao reduzir o consumo, a demanda por produtos diminui, o que ajuda a controlar a inflação, que ocorre quando a oferta não acompanha a demanda. O IPCA acumulado nos últimos 12 meses desacelerou de 5,53% para 5,32% em maio, após um período de aceleração. No entanto, segue acima da meta do BC, que é de 4,5%. "O resultado está em linha com nossa visão de melhora relativa da inflação corrente: continua incompatível com a trajetória de metas, mas melhora em relação ao panorama muito ruim visto nos primeiros meses do ano", resume Natalie Victal, economista-chefe da SulAmérica Investimentos. IPCA de Maio fica abaixo das previsões Impasse do IOF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite de domingo (8) que o governo pretende editar uma medida provisória (MP) para aumentar a arrecadação dos cofres públicos. A expectativa é que, dessa forma, o governo consiga "recalibrar" o decreto sobre a alta do IOF. A equipe econômica se reuniu com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de líderes partidários, para tentar chegar em um consenso com relação a alterativas sobre o aumento do tributo. Entre as medidas anunciadas, além da recalibragem do decreto do IOF, estão: o fim da isenção do Imposto de Renda para títulos de investimento como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que vão passar a ter alíquota de 5%; o aumento de 9% para 15% e 20% da tributação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, o que inclui fintechs; a alta da taxação das apostas esportivas de 12% para 18%; a cobrança unificada de IR sobre aplicações financeiras, de 17,5% — atualmente, a taxa varia de 15% a 22,5%, a depender do prazo. O governo também afirmou que pretende reduzir o gasto tributário em pelo menos 10% e discutir a redução de gastos primários. Apesar disso, a proposta ainda foi mal recebida pelo mercado. Os analistas avaliam que o governo deveria focar em discutir a eficiência dos gastos públicos e em promover reformas estruturais, em vez de apenas propor novas formas de arrecadação. O anúncio do decreto sobre a alta do IOF foi divulgado há pouco mais de duas semanas pelo governo, junto com um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano. O objetivo seria equilibrar as contas públicas e cumprir a meta fiscal. No entanto, o mercado reagiu mal à decisão, o que levou o governo a recuar no mesmo dia de parte da medida. Além disso, o Congresso começou a se movimentar para aprovar uma derrubada do decreto presidencial sobre o aumento de imposto, algo inédito nos últimos 25 anos. O governo, então, buscou os presidentes da Câmara e do Senado para negociar uma proposta alternativa que substitua parte dos ganhos que seriam obtidos com o novo IOF. Equipe econômica apresenta medidas pra compensar aumento do IOF EUA x China Representantes dos Estados Unidos e da China voltaram a se encontrar na manhã desta terça-feira (10), em Londres, na Inglaterra, para discutir um novo acordo comercial e buscar uma solução para a guerra tarifária iniciada por Donald Trump. A reunião começou por volta das 6h30, no horário de Brasília (DF), no Palácio de Lancaster House. Este é o segundo dia de discussões presenciais, que também incluem negociações sobre o acesso a minerais de terras raras — fundamentais para a indústria de tecnologia. Do lado norte-americano, participam das tratativas o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial, embaixador Jamieson Greer. Já a comitiva chinesa é liderada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng. Lutnick disse a repórteres que as negociações comerciais com a China estão indo bem e podem se estender até esta quarta-feira (11). Washington e Pequim ainda tentam se entender após a trégua temporária sobre tarifas, firmada em 12 de maio, em Genebra, na Suíça, que reduziu as tensões comerciais. Depois do acordo, os EUA passaram a acusar a China de não cumprir seus compromissos, especialmente no que diz respeito à exportação de terras raras. A situação é acompanhada de perto por investidores preocupados com a possibilidade de uma guerra comercial caótica prejudicar os lucros corporativos e interromper as cadeias de suprimentos nos meses cruciais que antecedem a temporada de compras de fim de ano. 🔎 O mercado entende que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo — o que pode levar à desaceleração da maior economia do mundo e até a uma recessão global. Representantes da China e dos EUA se reúnem em Londres para discutir tarifas *Com informações da agência de notícias Reuters.



Dinheiro esquecido: BC revela que ainda há R$ 9,7 bi nos bancos; mais de 47 milhões de pessoas físicas têm direito


10/06/2025 11:59 - g1.globo.com


Em 2024, Congresso autorizou o governo a recolher os recursos, mas Fazenda afirma que processo não está em andamento. Consulta só pode ser feita no site do Banco Central. O Banco Central informou nesta terça-feira (10) que ainda existem, nas instituições financeiras, R$ 9,7 bilhões em "recursos esquecidos" pelos clientes. O balanço considera valores contabilizados até abril. Deste total: R$ 7,58 bilhões são recursos de 47,4 milhões de pessoas físicas; R$ 2,16 bilhões são valores de 4,29 milhões de empresas. Desde 27 de maio, BC disponibiliza uma solicitação automática de resgate de valores a receber. Adriana Foffetti/Ato Press/Estadão Conteúdo O sistema do BC permite consultar se pessoas físicas (inclusive falecidas) e empresas deixaram valores para trás em bancos, consórcios ou outras instituições. O prazo oficial para buscar os recursos teria, em tese, acabado em 16 de outubro de 2024. Entretanto, o Ministério da Fazenda informou que não há prazo para clientes resgatarem os valores nas instituições financeiras. Como consultar o dinheiro esquecido G1 em 1 Minuto: Como consultar dinheiro esquecido nos bancos O único site no qual é possível fazer a consulta e saber como solicitar a devolução dos valores para pessoas jurídicas ou físicas, incluindo falecidas, é o https://valoresareceber.bcb.gov.br . 🔑Via sistema do Banco Central, os valores só serão liberados para aqueles que fornecerem uma chave PIX para a devolução. 📞Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é criar uma chave e retornar ao sistema para fazer a solicitação. 💰No caso de valores a receber de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é necessário preencher um termo de responsabilidade. Após a consulta, é preciso entrar em contato com as instituições nas quais há valores a receber e verificar os procedimentos. Pedido automático Desde 27 de maio, o BC informou que é possível habilitar uma solicitação automática de resgate de valores a receber. A novidade, segundo a instituição, a adesão ao novo serviço é facultativa. Agora, quem quiser, pode automatizar as solicitações. Todas as demais funcionalidades do sistema continuam iguais. "O propósito é facilitar ainda mais a vida do cidadão, que não precisará consultar o sistema periodicamente nem registrar manualmente a solicitação de cada valor que existe em seu nome", informou o Banco Central, na ocasião. ENTENDA Para habilitar, é necessário acessar o SVR com uma conta gov.br de nível prata ou ouro e verificação em duas etapas ativada. A solicitação automática é exclusiva para pessoas físicas e está disponível apenas para quem possui chave PIX do tipo CPF. Quem ainda não possui essa chave deve cadastrá-la junto à sua instituição financeira. O cidadão não receberá aviso do Banco Central quando algum valor for devolvido. O crédito será feito diretamente pela instituição financeira na conta do cidadão. As instituições financeiras que não aderiram ao termo de devolução via PIX continuarão exigindo solicitação manual. Isso também se aplica a valores oriundos de contas conjuntas. Ferramenta de segurança Em fevereiro, o Banco Central mudou a verificação de segurança do Sistema Valores a Receber para evitar fraudes. 📱O acesso continua a ser feito com a conta gov.br nível prata ou ouro. Mas o aplicativo passou a exigir duas etapas de verificação de segurança. 📲Quem não tem o gov.br no celular, precisa primeiro baixar o aplicativo. Depois, é necessário preencher as informações e fazer a validação facial para liberar as duas etapas. 🗝O acesso ao sistema de valores é com o CPF e a senha. Em seguida, o sistema vai pedir um código de acesso que precisa ser gerado no aplicativo.



Evento com autoridades e parceiros comerciais celebra aniversário de 31 anos da TV Fronteira em Presidente Prudente


10/06/2025 03:08 - g1.globo.com


Comemoração foi realizada na noite desta segunda-feira (9), no Espaço LLuz. Celebração marcou o aniversário de 31 anos da TV Fronteira, em Presidente Prudente (SP) Isabela Gomes/g1 Em comemoração aos 31 anos de fundação da emissora, a TV Fronteira reuniu autoridades e parceiros comerciais em uma cerimônia na noite desta segunda-feira (9), no Espaço LLuz, na Vila Charlote, em Presidente Prudente (SP). 📱 Participe do Canal do g1 Presidente Prudente e Região no WhatsApp A festividade contou com a participação de representantes de empresas e instituições que atuam na área de cobertura da emissora, afiliada da Rede Globo, que é formada por 56 municípios do Oeste Paulista. Fundador da TV Fronteira e presidente do Grupo Paulo Lima, empresário Paulo Lima Isabela Gomes/g1 Conforme o o empresário Paulo César de Oliveira Lima, fundador da TV Fronteira e presidente do Grupo Paulo Lima, o jornalismo da emissora marcou gerações e é referência em todo o Brasil. "São 31 anos de alegria e de muito trabalho e dedicação. É uma honra receber todos os nossos amigos, clientes, empresários, comerciantes, as agências, para junto conosco comemorar e planejar os anos futuros. Nós sabemos o que fazemos e que temos os melhores profissionais do mercado. O nosso jornalismo é referência no Brasil. Nós temos certeza de que fazemos um bom trabalho para a população e vamos continuar", afirmou o empresário. Celebração marcou o aniversário de 31 anos da TV Fronteira, em Presidente Prudente (SP) Isabela Gomes/g1 Além disso, o fundador compartilhou os projetos para os próximos meses com a primeira TV geradora em Marília (SP) e Jundiaí (SP). "Nos próximos 12 meses, vamos colocar a TV de Marília no ar com a primeira geradora da cidade, e depois em Jundiaí (SP), também a primeira geradora do município. Estamos no ar com a Uno TV, através da Fundação Agripino Lima, uma geradora educativa que está afiliada à Fundação Padre Anchieta, a TV Cultura. Nós vamos entrar com a programação própria local já no segundo semestre", concluiu Lima. Celebração marcou o aniversário de 31 anos da TV Fronteira, em Presidente Prudente (SP) Isabela Gomes/g1 Segundo o diretor Administrativo e Comercial da TV Fronteira, José Siquieri Filho, os 31 anos da emissora foram construídos com muito trabalho, seriedade e proximidade com o público. “A TV Fronteira é, sem dúvida, uma das marcas mais sólidas e respeitadas do interior paulista. E isso se deve a cada um de vocês que acreditam no nosso conteúdo, na nossa entrega e no nosso propósito. A emissora é, e continuará sendo, o principal elo entre o mercado publicitário e uma audiência fiel e engajada. Estamos prontos para os próximos capítulos, com inovação, estratégia e compromisso com resultados”, completou Siquieri Filho. Celebração marcou o aniversário de 31 anos da TV Fronteira, em Presidente Prudente (SP) Isabela Gomes/g1 De acordo com o coordenador de Mercado da emissora, Alexandre Bavaresco Macedo, a programação da TV Fronteira possui responsabilidade e credibilidade, o que atrai o mercado investidor. “A importância da TV Fronteira é a relevância regional para as 56 cidades da nossa região. Estar na vanguarda tecnológica, para nós, atrai investidores de muita credibilidade, que buscam alcance e audiência. Essa liderança na programação regional, estar com os programas regionais locais de maior audiência, inclusive nos índices Globo, nos enche de orgulho”, destacou Macedo. “A nossa programação local é muito forte regionalmente. O Oeste Paulista se sente amparado com toda a cobertura que o nosso grupo proporciona. Estamos muito felizes”, finalizou ao g1. Celebração marcou o aniversário de 31 anos da TV Fronteira, em Presidente Prudente (SP) Isabela Gomes/g1 Veja abaixo o que disseram participantes da celebração: "É um momento de comemoração, de celebrar 31 anos de trabalho. A TV Fronteira promoveu uma integração entre os municípios da região, e o fato de estar diariamente em contato com as pessoas do Oeste Paulista é bom para o crescimento de toda a região". "A TV Fronteira é uma excelente divulgadora de notícias e de informações, que leva o conhecimento para toda a população e, em especial, as matérias relacionadas à Polícia Militar". Celebração marcou o aniversário de 31 anos da TV Fronteira, em Presidente Prudente (SP) Isabela Gomes/g1 "A parceria com a TV Fronteira é muito bacana. Eu voltei a participar da emissora, estou muito satisfeito com isso e acho que esses eventos agregam bastante para nós, conseguem reunir o pessoal de fora dentro de uma sala. Muito proveitoso". "Estou junto com a turma, fazendo parte da TV Fronteira, desde que levaram a documentação para Brasília (DF), quando saiu a autorização e foi montada a TV Pontal. Hoje todo mundo tem notícias regionais através da emissora, é muito importante a presença da TV Fronteira". Celebração marcou o aniversário de 31 anos da TV Fronteira, em Presidente Prudente (SP) Isabela Gomes/g1 "A gente sabe da importância que a TV Fronteira possui na atualização de todos, com informações sempre muito quentinhas e uma parceira da Polícia Militar. Nós trabalhamos sempre em conjunto". "É muito legal para estreitarmos o relacionamento com o pessoal da TV, com os parceiros, empresários, e a emissora sempre foi muito parceira da Fleetnet. Colhemos frutos, o fortalecimento da marca". Celebração marcou o aniversário de 31 anos da TV Fronteira, em Presidente Prudente (SP) Isabela Gomes/g1 "A TV Fronteira possui um papel fundamental no desenvolvimento da nossa cidade e região. Ela participa do dia a dia da comunidade e, especialmente, da comunidade empresarial. Ela leva as notícias e, para todos os empresários, boas oportunidades de realmente fazer um trabalho que eleva o empreendedorismo regional". "Com certeza, a emissora é para a nossa região muito importante, desde o jornalismo, o desenvolvimento local, o dia a dia da dona de casa... É uma comunicação que todos precisam e que está disponível de maneira gratuita para todos". Celebração marcou o aniversário de 31 anos da TV Fronteira, em Presidente Prudente (SP) Isabela Gomes/g1 "A TV Fronteira não é só um veículo, é um símbolo de comunicação no Oeste Paulista. A Unimed, como símbolo de saúde, precisa ter um relacionamento muito forte com a emissora por conta do resultado que ela oferece para nós e por conta da parceria nos projetos em que trabalhamos". "A TV Fronteira é uma parceira, eu visto as meninas do estúdio, as jornalistas, e elas fazem o maior sucesso com as roupas. Então, é uma troca, na verdade, é muito bom". Celebração marcou o aniversário de 31 anos da TV Fronteira, em Presidente Prudente (SP) Isabela Gomes/g1 "São muito importantes o trabalho que a TV Fronteira faz e a parceria que fizemos. A emissora nos ajudou a divulgar a marca da cooperativa para toda a região de Presidente Prudente, agregou muito para nós". "Primeiramente, queremos parabenizar a TV Fronteira pelos 31 anos. Nós, da Dida Ferramentas, só temos que agradecer pela parceria de sucesso". "Para o Grupo Athia, é um prazer estar presente, estou como representante do time. O Grupo Athia está há quase 100 anos no mercado e a TV Fronteira tem se tornado parceira em grande parte desse tempo. A gente só tem a agradecer". Celebração marcou o aniversário de 31 anos da TV Fronteira, em Presidente Prudente (SP) Isabela Gomes/g1 Celebração marcou o aniversário de 31 anos da TV Fronteira, em Presidente Prudente (SP) Isabela Gomes/g1 VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.



Mega-Sena pode pagar R$ 61 milhões nesta terça-feira


10/06/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.874 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 61 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (10), em São Paulo. No concurso do último sábado (7), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Tarifaço e minerais raros: EUA e China continuam negociações em Londres


10/06/2025 03:00 - g1.globo.com


Países buscam um meio-termo para a guerra tarifária, após um acordo temporário firmado em 12 de maio. Discussões também tratam do acesso a minerais de terras raras, essenciais para a indústria de tecnologia. China e EUA Associated Press Representantes dos Estados Unidos e da China voltaram a se encontrar na manhã desta terça-feira (10), em Londres, na Inglaterra, para discutir um novo acordo comercial e buscar uma solução para a guerra tarifária iniciada por Donald Trump. A reunião começou por volta das 6h30, no horário de Brasília (DF), no Palácio de Lancaster House. Este é o segundo dia de discussões presenciais, que também incluem negociações sobre o acesso a minerais de terras raras — fundamentais para a indústria de tecnologia. (leia mais abaixo) Do lado norte-americano, participam das tratativas o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial, embaixador Jamieson Greer. Já a comitiva chinesa é liderada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng. Lutnick disse a repórteres que as negociações comerciais com a China estão indo bem e devem durar o dia todo nesta terça. "Estou recebendo bons relatos. Tudo está indo bem com a China. Mas a China não é fácil", declarou Trump nesta segunda-feira, após a primeira reunião. Washington e Pequim ainda tentam se entender após a trégua temporária sobre tarifas, firmada em 12 de maio, em Genebra, na Suíça, que reduziu as tensões comerciais. Depois do acordo, os EUA passaram a acusar a China de não cumprir seus compromissos, especialmente no que diz respeito à exportação de terras raras. "Em Genebra, concordamos em reduzir nossas tarifas e eles aceitaram permitir a exportação de ímãs e terras raras que precisamos", declarou nesta segunda Kevin Hasset, principal assessor econômico de Trump. Segundo ele, no entanto, embora a China tenha autorizado essas exportações, "elas têm ocorrido em um ritmo muito mais lento do que o considerado ideal pelas empresas". O fornecimento de metais de terras raras pela China passou a ser, portanto, um dos principais focos das negociações. Esses recursos naturais são essenciais para diversos produtos, entre eles as baterias de veículos elétricos. LEIA MAIS Fortuna de Elon Musk despenca US$ 26,6 bilhões com perdas na Tesla após briga com Trump Trump assina decreto que dobra tarifas sobre aço e alumínio nos EUA, de 25% para 50% Nvidia desbanca a Microsoft e se torna a empresa mais valiosa do mundo; veja lista Representantes da China e dos EUA se reúnem em Londres para discutir tarifas Conversa entre Trump e Xi Jinping Na última quinta-feira (5), antes de anunciar o encontro entre os representantes dos dois países, Trump conversou com o presidente da China, Xi Jinping, sobre o tarifaço. O presidente dos EUA afirmou que ele e Xi conseguiram resolver as “complexidades” do acordo comercial sobre tarifas de importação e reiterou que a conversa “resultou em uma conclusão muito positiva para ambos os países”. Ainda na quinta-feira, Trump declarou que as negociações entre os dois países seguem em andamento e estão em “boa forma”. Já Xi declarou que a China cumpriu o acordo firmado em Genebra de maneira “séria e sincera”, destacando que “diálogo e cooperação são a única escolha correta para a China e os EUA”. A declaração foi divulgada pela emissora estatal chinesa, CCTV. Xi também enfatizou que os países devem se esforçar para alcançar um resultado mutuamente benéfico, ressaltando que “os dois lados devem respeitar as preocupações um do outro e manter uma postura de igualdade”. Entre tapas e beijos Trump tem mantido um cabo de guerra com Pequim desde o anúncio, em abril, de um pacote de tarifas que impactou diversos países, especialmente a China. Em busca de um meio-termo, os dois países firmaram um acordo temporário em 12 de maio, concordando em reduzir as tarifas por um período de 90 dias. O tratado foi assinado após um encontro entre as delegações em Genebra, na Suíça. Desde a assinatura do acordo, no entanto, os dois países enfrentam dificuldades para chegar a um consenso nas negociações. Em 30 de maio, por exemplo, Trump acusou a China de violar os termos do acordo. Em resposta, o Ministério do Comércio chinês classificou as acusações como “infundadas” e prometeu adotar medidas firmes para proteger os interesses do país. Em 2 de maio, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou que Trump pretendia conversar com Xi para tentar resolver os impasses nas negociações. Já na última quarta-feira (4), Trump publicou em seu perfil no Truth Social que gostava de Xi, mas afirmou que negociar com o presidente chinês era “muito difícil”. "Gosto do presidente Xi da China. Sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo", afirmou Trump à época. Trump conversa com Xi Jinping sobre tarifaço: 'conclusão muito positiva para ambos os países' Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção. O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%. *Com informações das agências Reuters e France-Presse



SUV da chinesa Changan é flagrado em Santos e sinaliza retorno da marca ao Brasil


09/06/2025 20:00 - g1.globo.com


Uni-T tem motor 1.5 turbo de 177 cv, câmbio automatizado e design moderno com maçanetas escamoteáveis e painel digital. Não há previsão de chegada ao Brasil. Changan Uni-T é flagrado em Santos (SP) Tassio Ricardo/g1 Após a chegada da GAC, uma nova marca chinesa se prepara para estrear no Brasil: a Changan. Um de seus modelos, o Changan Uni-T, foi visto em testes na cidade de Santos (SP) e as imagens foram cedidas pelo leitor Tassio Ricardo. O Changan Uni-T apresenta um design típico dos modelos chineses mais modernos. A luz de rodagem diurna (DRL) é longa e separada dos faróis, enquanto as maçanetas são escamoteáveis. Sob o capô, o Changan Uni-T vendido na China vem equipado com um motor 1.5 turbo de 177 cv de potência e 30,5 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de dupla embreagem. O modelo é movido exclusivamente a gasolina, sem sistema híbrido. Por dentro, o Uni-T conta com um painel digital de 12,3 polegadas e uma central multimídia de 12,8 polegadas, equipada com GPS integrado e sistema de reconhecimento de voz. O veículo é um SUV cupê com 4,51 metros de comprimento, de dimensões semelhantes a um Chery Tiggo 7 (4,50m) ou Kia Sportage (4,52m). Changan Uni-T Quem é a Changan? A Changan não é inédita no Brasil. A marca comercializou veículos comerciais leves entre 2006 e 2016, sob o nome de Chana Motors. Em 2011, passou a adotar o nome Changan, antes de encerrar suas atividades no país. O retorno da marca já vinha sendo especulado no mercado, mas até o momento não há confirmação oficial da própria empresa ou de qualquer representante (como ocorre com a parceria entre Caoa e Chery). LEIA MAIS VÍDEO: Zeekr X mostra que um SUV elétrico chinês pode confundir fãs de BMW e Volvo Fiat divulga os preços do Pulse 2026, dois dias depois do lançamento do Volkswagen Tera VÍDEO: Hyundai refez o visual do Kona Hybrid para dar um 'up' nas vendas. O design vira esse jogo?



Líder do PT cita Fundeb e juros sobre capital próprio como mais alternativas ao IOF; oposição critica alta de impostos


09/06/2025 16:54 - g1.globo.com

Propostas não constam em pacote apresentado por Haddad a parlamentares no domingo. Fundeb foi tema de estudo na última semana, e alta de juros foi enviada ao Congresso em 2024, mas não foi votada. O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), citou nesta segunda-feira (9) mais duas medidas que, segundo ele, estão em análise no governo para reverter o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo Lindbergh, além das opções já divulgadas, o governo também estuda: mudanças no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb); uma nova tentativa elevar a taxação dos juros sobre capital próprio — mecanismo utilizado pelas empresas. A alta do IOF, anunciada em maio, sofreu forte resistência no mercado financeiro e no Congresso Nacional – e, agora, o governo tenta fechar um pacote alternativo para cancelar a medida anterior e, ainda assim, fechar as contas deste ano. Haddad anuncia acordo para reduzir alíquotas de IOF As duas medidas citadas por Lindbergh não constam, no entanto, no pacote oficial do governo apresentado aos parlamentares neste domingo. Mudanças no Fundeb estavam nos estudos da área econômica e de parlamentares na semana passada, mas não chegaram a ser incluídos no rol de propostas do Ministério da Fazenda. A ideia era impedir o aumento dos repasses do governo ao fundo nos próximos anos. "Tem a discussão do Fundeb. A gente vai voltar a ver, tem uma tese no Fundeb, que o volume cresceu muito rápido. Então não é mexer na transição de 21% para 23%, mas é escalonar. Mas aqui ainda vai ser feita a discussão de como fazer, porque isso também seria uma PEC", disse Lindbergh. "Nós estamos tramitando a reforma administrativa, o grupo, que está à frente do deputado Pedro Paulo, que vai vir com várias propostas", seguiu. Já a tentativa de elevar a tributação dos juros sobre capital próprio foi enviada pela equipe econômica ao Congresso Nacional no ano passado. Haddad se reúne com Motta, Alcolumbre e líderes para buscar alternativas do IOF A ideia já era usar uma eventual aprovação em 2024 para tentar equilibrar as contas públicas a partir deste ano. Devido à forte rejeição, no entanto, a medida sequer foi votada pelos parlamentares. "Entrou, por sugestão dos líderes, o ponto que também é muito importante, que é juros sobre capital próprio. Isso aqui é uma jabuticaba que só existe no Brasil e são as grandes empresas, os grandes bancos que arrumam uma forma de não contribuir fiscalmente com esses juros de capital próprio. Aqui é um lugar que a gente pode ter uma arrecadação de até R$ 30 bilhões", disse o deputado. "É algo que sempre teve muita resistência no parlamento, mas que ontem surgiu por sugestão dos líderes, porque diziam que era importante também os bancos darem uma contribuição maior", declarou Lindbergh. Oposição critica aumento de impostos A Liderança da Oposição na Câmara dos Deputados também se manifestou nesta segunda-feira (9) informando seu "repúdio" à proposta do governo federal que pretende instituir uma alíquota de 5% de Imposto de Renda sobre investimentos em CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e debêntures incentivadas. "Trata-se de uma iniciativa fiscalista, improvisada e contraproducente, que atinge justamente os instrumentos que financiam áreas estratégicas como o agronegócio, a construção civil e a infraestrutura nacional", diz a oposição, em nota. Acrescenta que a proposta de taxar os títulos que financiam o agro, a moradia e os investimentos em logística e energia "é um erro grave de política econômica". "O governo, mais uma vez, prefere arrecadar cortando incentivos ao setor produtivo, em vez de cortar gastos públicos. Essa taxação não atinge especuladores nem grandes conglomerados. Ela atinge o Brasil que trabalha, produz e investe. Para salvar as contas do governo no curto prazo, estão dispostos a matar a galinha dos ovos de ouro", acrescenta a oposição. Conclui dizendo que vai t'rabalhar intensamente" para barrar essa proposta no Congresso Nacional. "O Brasil precisa de mais crédito, mais investimento e mais liberdade econômica — e não de mais impostos sobre quem acredita e aposta no futuro do país", acrescenta.



Setor de apostas afirma que 'supertributação' das bets deve gerar perda de arrecadação bilionária


09/06/2025 16:45 - g1.globo.com

Relatório apresentado pela Associação Nacional de Jogos e Loterias aponta ainda que o aumento do tributo pode estimular a migração de operadores e usuários para plataformas não licenciadas. A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) enviou no domingo (8) a lideranças do Congresso um documento em que critica a proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de elevar a tributação sobre as casas de apostas online. O parecer, produzido pela associação, afirma que o aumento da soma das alíquotas de tributos cobrados sobre as empresas não deve "produzir efeitos significativos em 2025". A ANJL diz, ainda, que a proposta poderá levar a um aumento de plataformas clandestinas e a uma disputa jurídica. A sugestão de aumentar a taxação das bets foi apresentada por Haddad a líderes e à cúpula do Congresso na noite de domingo. A medida faz parte de um pacote, planejado pela Fazenda, para compensar a "recalibragem" do decreto que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo Haddad, serão revistos os percentuais definidos do IOF para algumas operações. As perdas serão compensadas por uma medida provisória, que será editada para elevar a arrecadação dos cofres públicos. No caso das casas de apostas, a proposta do governo é que haja um aumento da alíquota cobrada sobre o faturamento das empresas. Hoje, as bets pagam 12% sobre a arrecadação — já descontados os prêmios pagos aos vencedores e o Imposto de Renda. De acordo com o ministro da Fazenda, o percentual subiria para 18%. O parecer, enviado pela ANJL também aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), argumenta que a medida pode ter alcance limitado e gerar uma baixa arrecadação. "Provavelmente não deve produzir efeitos significativos em 2025. Estimativas preliminares indicam que o impacto mensal da elevação de alíquota seria da ordem de R$ 170 milhões, com impacto máximo em 2025 de R$ 680 milhões", diz o documento. A associação defende, ainda, que o governo opte por enfrentar a "informalidade" no setor de jogos online. Plataformas irregulares, segundo estimativas da ANJL, podem elevar a arrecadação em até R$ 8 bilhões. Gerson Camarotti sobre IOF: 'Recalibragem é um recuo do governo' Clandestinidade O documento da associação afirma que o aumento da tributação pode impulsiona plataformas irregulares de apostas. Segundo a ANJL, as mudanças podem impactar os pedidos de autorização de operação. Eventuais desistências de casas de apostas do processo regulatório, de acordo com a entidade, poderiam levar a uma perda de R$ 2,8 bilhões. A ANJL sustenta também que, em setores como o de apostas, o aumento de tributação pode "estimular a migração de operadores e usuários para plataformas não licenciadas, comprometendo a eficácia da arrecadação e ampliando a informalidade". "Em outras palavras, mesmo que a base projetada parta de um GGR compatível com os dados reais do setor, não é possível assegurar que a arrecadação evoluirá de forma proporcional à elevação da alíquota, uma vez que a reação dos agentes econômicos pode neutralizar — ou até reverter — o ganho fiscal estimado", afirma. Disputa jurídica O presidente da ANJL, Plínio Lemos Jorge, afirma que, caso a proposta do governo avance, o setor pode questionar a alteração judicialmente. "Mudar as condições de regulamentação que já tinham sido estabelecidas permite a contestação judicial, uma vez que o equilíbrio econômico- financeiro dos contratos não se equaciona da forma como foram assinados", diz.



Taxação de LCI e LCA encarece casa própria e alimentos, dizem setores


09/06/2025 15:57 - g1.globo.com


Até o momento, letras de crédito imobiliário (LCI) e de crédito do agronegócio (LCA) são isentas da cobrança de Imposto de Renda. Pela proposta do governo, taxa seria de 5%. A taxação das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), anunciadas neste domingo (8) pela equipe econômica e por parlamentares, vão encarecer os preços da casa própria e dos alimentos no país, segundo representantes dos setores que serão afetados. As avaliações foram divulgadas nesta segunda-feira (9) pela Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP) e pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A explicação é que, como as LCI e as LCA são utilizadas para captar recursos para a construção e financiamento da compra de casas próprias, assim como para o agronegócio, sua taxação também elevará o custo do capital a esses segmentos da economia — o que será repassado ao consumidor final. LCI e LCA: como funcionam e o que pode mudar Gerson Camarotti sobre IOF: 'Recalibragem é um recuo do governo' Até o momento, as LCI e as LCA estão isentas da cobrança do Imposto de Renda. Pela proposta do governo, elas passariam a ser taxadas com uma alíquota de 5%. O objetivo é de compensar, em parte, o que deixará de ser arrecadado com o recuo na elevação do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) – que sofre forte resistência no Congresso Nacional. Agronegócio Plantação de cana de açúcar Getty Images via BBC De acordo com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), as LCA são a base do financiamento agropecuário e estruturam o Plano Safra. Diz a entidade: Aproximadamente 42% do financiamento da safra brasileira já é proveniente de fontes privadas. Desse total, cerca de 43% têm origem nas Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). Em abril de 2025, essas letras somaram R$ 559,9 bilhões. Só no 1º trimestre de 2025, o estoque de LCIs e LCAs na B3 alcançou R$ 979,1 bilhões — parte significativa destinada ao agro. "A conta será paga pelo consumidor que receberá o repasse no preço dos alimentos. A tributação tende a afastar investidores e encarecer o crédito para quem produz. Mais uma vez, o ajuste fiscal foca apenas na arrecadação, sem enfrentar despesas obrigatórias nem revisar privilégios. Enquanto LCIs e LCAs serão taxadas, outros títulos permanecem isentos, sem critérios claros que justifiquem a diferenciação", avaliou a FPA, por meio de nota. Setor imobiliário `Prédio em construção em Maceió Nick Marone/TV Gazeta De acordo com a Abecip, as LCIs têm desempenhado um "papel cada vez mais relevante" na sustentação do mercado de crédito imobiliário, especialmente em um cenário em que a caderneta de poupança vem apresentando queda nos volumes disponíveis. "É importante reforçar que a LCI não deve ser analisada unicamente sob a ótica do investimento financeiro. Alterações que aumentem seu custo, como o eventual fim da isenção de Imposto de Renda, resultam na elevação do custo da moradia e podem comprometer o acesso à casa própria", diz a entidade. Acrescenta que o fortalecimento do mercado imobiliário passa necessariamente por uma estrutura de funding (financiamento) estável, previsível e com condições atrativas, e a "LCI tem cumprido com eficácia esse papel". De acordo com a Associação das Empresas de Loteamento Urbano (Aelo), com a Câmara Brasileira da Construção (CBIC), com a Secovi-SP e com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a retirada da isenção do IR sobre as LCIs "afetará diretamente o financiamento da casa própria". "Na prática, a medida aumenta em 0,5% o valor da taxa de financiamento SBPE, onerando ainda mais o valor da parcela. Isso em um contexto de alta na Taxa Selic, em que as taxas de financiamento a pessoa física já se encontram em elevado patamar", dizem as entidades, acrescentando que a medida, se levada adiante, desestimulará o investimento em habitação. Os empresários do setor dizem reconhecer a importância de buscar o equilíbrio fiscal e reduzir a taxa básica de juros (Selic), que impacta toda a economia, mas avaliam que o governo insiste em aumentar tributos sem enfrentar a verdadeira raiz do problema: a ineficiência do gasto público. "A elevação do IOF, somada à tributação das LCIs, cria ainda mais obstáculos em um ambiente já desafiador para quem produz e penaliza o consumidor e o contribuinte", concluem.



CFMV publica edital de concurso com salários de até R$ 11 mil; veja vagas e como se inscrever


09/06/2025 15:36 - g1.globo.com


Edital prevê 21 vagas imediatas e 160 para cadastro de reserva em cargos de níveis médio, técnico e superior. Inscrições começam em 17 de junho. Fachada do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) CFMV/ Divulgação O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) publicou, nesta segunda-feira (9), o edital de um novo concurso público com 21 vagas imediatas e 160 vagas para formação de cadastro de reserva. Os salários iniciais variam entre R$ 5.871,54 e R$ 11.031,91. As provas estão marcadas para o dia 10 de agosto de 2025, e a organização do certame ficará a cargo do Instituto Iades (Instituto Americano de Desenvolvimento). As inscrições poderão ser feitas entre 17 de junho e 13 de julho, no site da banca. As taxas de inscrição são de R$ 54,00 para cargos de nível médio/técnico e R$ 56,00 para cargos de nível superior. Abaixo, veja a distribuição de vagas por cargo: Cargos, número de vagas e salários no concurso do CFMV O processo seletivo contará com provas objetivas e discursivas. Os candidatos aprovados e convocados irão atuar na sede do CFMV, em Brasília (DF). As inscrições devem ser realizadas exclusivamente pelo site do Iades, entre 17 de junho e 13 de julho de 2025. Veja o cronograma Período de inscrições: de 17 de junho a 13 de julho de 2025 Prazo para pagamento da taxa de inscrição: até 15 de julho de 2025 Solicitação de isenção da taxa: de 17 a 21 de junho de 2025 Divulgação dos locais de prova: 5 de agosto de 2025 Aplicação das provas objetivas e discursivas: 10 de agosto de 2025 Divulgação preliminar dos gabaritos das provas objetivas: 12 de agosto de 2025 Resultado preliminar das provas objetivas: 2 de setembro de 2025 Resultado preliminar das provas discursivas: 18 de setembro de 2025 Resultado final do concurso: 7 de outubro de 2025



LCI e LCA: como funcionam e o que pode mudar com a cobrança de IR anunciada pelo governo


09/06/2025 13:53 - g1.globo.com


Governo quer cobrar alíquota de 5% sobre investimentos atualmente isentos para compensar a provável revogação do aumento do IOF. Entenda a diferença do LCI e LCA para outros tipos de renda fixa. Haddad anuncia acordo para reduzir alíquotas de IOF O governo anunciou neste domingo (8) que pretende passar a cobrar uma alíquota de 5% de Imposto de Renda (IR) sobre investimentos atualmente isentos do tributo, como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). A medida busca aumentar a arrecadação dos cofres públicos e compensar a provável revogação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado há duas semanas, e que causou uma reação negativa por parte do mercado e do Congresso. (leia mais abaixo) Além da cobrança de IR sobre LCIs e LCAs, a proposta do governo é aumentar a tributação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras e a taxação de apostas esportivas. Veja abaixo: O que é LCI? O que é LCA? Qual é a diferença desses investimentos para outros títulos de renda fixa? O que pode mudar com as novas medidas do governo? Entenda a crise do IOF O que é LCI? Renda fixa tem boas oportunidades em período de juros elevados Divulgação A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) é um tipo de investimento no qual o investidor empresta dinheiro ao banco – e a instituição tem o compromisso de investir esses recursos no setor imobiliário. Por ser uma aplicação de renda fixa, tem prazo definido para o resgate. Dentro das LCI, existem algumas formas de remuneração: Pré-fixada: quando a remuneração é baseada em uma taxa de juros fixa, ou seja, que não irá mudar, o que permite ao investidor saber quanto irá receber antes de investir. Pós-fixada: é atrelado a um índice econômico, como Selic, IPCA ou CDI. Híbrida: remunera a taxa de juros fixada mais um índice econômico. Volte ao início. O que é LCA? A LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é outro tipo de investimento de renda fixa, no qual o investidor empresta dinheiro ao banco e a instituição tem o compromisso de investir em atividades agrícolas, como produção, comércio, indústria ou insumos. Assim como a LCI, a remuneração pode ser pré-fixada, pós-fixada ou híbrida. Volte ao início. Qual é a diferença desses investimentos para outros títulos de renda fixa? No geral, investimentos de renda fixa são uma forma de emprestar dinheiro para empresas, bancos ou para o governo, sabendo quando e quanto irá receber o pagamento de volta, com juros. Todos têm a vantagem do seguro do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) – ou seja, caso o tomador do crédito quebre, o fundo devolve até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. Veja abaixo outras opções de investimentos de renda fixa, além do LCI e LCA. Os títulos atualmente isentos de Imposto de Renda são as debêntures incentivadas, LCI, LCA, CRI, CRA e poupança. Poupança: o investidor coloca o dinheiro na caderneta de poupança esperando um retorno financeiro ao longo do tempo. Nesse período, o dinheiro é emprestado ao banco, que o utiliza para oferecer empréstimos. Esse é um dos produtos preferidos dos brasileiros. CDBs (Certificado de Depósito Bancário): a modalidade funciona como um empréstimo para bancos, sejam médios ou grandes. Em troca, as instituições oferecem uma taxa de retorno. Quanto maior é o risco-retorno da operação, mais atrativa será a taxa. Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+: são títulos públicos, emitidos pelo governo e comercializados na plataforma do Tesouro Direto. O investidor empresta dinheiro ao Tesouro Nacional, com a expectativa de retorno depois de um prazo definido. O que pode variar é o indexador (taxa de referência usada na rentabilidade do produto), que pode ser a inflação ou juros, por exemplo. LC (Letras de Câmbio): é o mesmo sistema dos LCIs e LCAs, mas, em vez de ser emprestado para instituições financeiras, o dinheiro vai para sociedades de crédito, financiamento e investimento, popularmente conhecidas como financeiras. E, apesar do nome remeter à troca de papel-moeda, nada tem a ver com operações de câmbio. Debêntures: o produto é um mecanismo que empresas usam para captar recursos no mercado, para investimentos ou melhorias de operação. As debêntures são títulos de dívida, em que investidores emprestam dinheiro à empresa esperando retorno no médio ou longo prazo. As debêntures incentivadas são aquelas que são isentas de Imposto de Renda. CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários): o investimento é usado para financiar transações do mercado imobiliário. Uma imobiliária, por exemplo, emite um CRI para captar recursos de investidores e oferecer, além de um retorno financeiro, o valor dos aluguéis como garantia. CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio): o CRA funciona como o CRI. Porém, o dinheiro captado é usado na ampliação ou compra de terras no agronegócio. Volte ao início. O que pode mudar com as novas medidas do governo? O governo quer editar uma medida provisória (MP) que prevê que títulos isentos de Imposto de Renda (IR), como os LCIs e LCAs, vão passar a ter alíquota de 5%. Ainda não há definição se a proposta do governo vai atingir apenas LCI e LCA ou todos os investimentos de renda fixa hoje isentos de IR. Também não está claro se a taxação valeria só para novas aplicações ou se incluiria títulos já emitidos. Além disso, entre as medidas anunciadas — e que só devem ser implementadas oficialmente quando o presidente Lula voltar da viagem à França —, estão: o aumento de 9% para 15% e 20% da tributação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, o que inclui fintechs; e a alta da taxação das apostas esportivas de 12% para 18%. O governo também afirmou que pretende reduzir o gasto tributário em pelo menos 10% e discutir a redução de gastos primários. Sobre as propostas para "recalibrar" o IOF, as medidas anunciadas foram: redução do IOF Crédito para empresas; redução de 80% na operação de risco sacado; redução de IOF no Seguro de vida com prêmio por sobrevivência (VGBL); cobrança de alíquota mínima sobre Fundos de Investimento em Direito Creditório (FDIC); isenção de IOF no retorno de investimentos estrangeiros diretos no país (a exemplo do que ocorre com investimentos financeiros e no mercado de capitais). Volte ao início. Entenda a crise do IOF O anúncio do decreto sobre a alta do IOF foi divulgado há pouco mais de duas semanas pelo governo, junto com um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano, com o objetivo de equilibrar as contas públicas e cumprir a meta fiscal. 🔎 IOF é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras. Como o próprio nome diz, é um imposto cobrado sobre a maior parte das operações financeiras e serve para gerar receita para a União. (saiba mais aqui) A medida aumentou o imposto sobre algumas operações, especialmente que envolvem crédito para empresas e relacionadas ao câmbio. Houve aumento, por exemplo, no IOF cobrado sobre cartões internacionais de crédito e débito e sobre a compra de moedas estrangeiras em papel. O mercado reagiu mal à decisão, o que levou o governo a recuar no mesmo dia de parte da medida. Horas após o anúncio, o governo revogou o IOF mais alto sobre aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, o que reduziu o potencial arrecadatório em cerca de R$ 1,4 bilhão. Mesmo assim, as críticas sobre o aumento do imposto continuaram. O Congresso começou a se movimentar para aprovar uma derrubada do decreto presidencial sobre o aumento de imposto, algo inédito nos últimos 25 anos. O governo, então, buscou os presidentes da Câmara e do Senado para negociar uma proposta alternativa que substitua parte dos ganhos que seriam obtidos com o novo IOF. Volte ao início.



Congresso não tem 'compromisso' de aprovar novo pacote para substituir alta do IOF, diz Motta


09/06/2025 13:12 - g1.globo.com


Haddad apresentou propostas ao Congresso neste domingo, mas recebeu sugestões e ainda deve se reunir com Lula antes de finalizar projetos. Pacote inclui novos recuos no IOF, tributação de títulos isentos e alíquota maior para bets. Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) Valor Econômico/YouTube/Reprodução O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira (9) que o Congresso não firmou "compromisso" de aprovar a medida provisória que o governo pretende enviar para assegurar o cumprimento da meta fiscal deste ano. A MP deve incluir medidas capazes de substituir a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – que foi definida pelo governo no último mês, em decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida provisória foi a saída proposta pelo Planalto para evitar a derrubada da norma editada por Lula, diante de uma oposição e crítica crescentes dentro do Congresso e do mercado. O envio do texto foi anunciado na noite de domingo (8), pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após encontro com a cúpula da Câmara e do Senado. Ao ser questionado sobre o encontro, Hugo Motta afirmou que ainda não é possível "dizer o que o Congresso vai aprovar ou não dessa MP". Ele disse, ainda, que os parlamentares terão tempo para "avaliar quais dessas medidas serão levadas em consideração". "O compromisso feito sobre as medidas que virão na MP foi de o Congresso debater e analisar, não ficou lá acordado [aprovar]. Até porque os líderes, que estavam lá presentes, não tiveram tempo de consultar suas bancadas acerca dessas medidas", disse Motta em evento do jornal 'Valor Econômico' e do Instituo Insper, em São Paulo. De acordo com o parlamentar, as medidas propostas pelo Planalto serão "debatidas pontualmente". Para ele, haverá sugestões do governo com apoio e com "mais dificuldades". "Não há do Congresso o compromisso de aprovar essas medidas que vêm na MP. A medida provisória será enviada apenas para que, do ponto de vista contábil, não se tenha que aumentar o contingenciamento que já está sendo feito", afirmou. "Se tirarmos o decreto do IOF, esse bloqueio mais contingenciamento será de R$ 50 bilhões. Então, para esses R$ 20 bilhões que seriam arrecadados com IOF durante o ano de 2025, ele fará uma calibragem, reduzindo a questão do IOF - muito se fala do risco sacado, a questão do VGBL", seguiu Motta. ➡️ Uma medida provisória entra em vigor assim que é editada pelo presidente da República – mas, em seguida, precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado em até 120 dias para continuar valendo. ➡️ Eventuais mudanças feitas no texto da MP são encaminhadas de volta ao Planalto, e podem ser sancionadas ou vetadas pelo presidente. Se forem vetadas, o Congresso pode derrubar o veto em sessão conjunta e promulgar, por conta própria, os trechos restaurados. Policial bom e policial mau O presidente da Câmara afirmou que espera que o Palácio do Planalto entre em campo e defenda as "medidas que pactuarmos que serão votadas e debatidas nas duas Casa". Hugo Motta disse, ainda, que não dá para o Congresso ser o "policial mau", e o governo o "policial bonzinho". "Se você tem a concepção de fazer a coisa certa, você tem que vir de público também defender. Não dá para querer que toda vez o Congresso seja o policial mau, e o governo seja o policial bonzinho. Não dá. A situação do país é grave e todo mundo tem que ter a sua responsabilidade", declarou. O deputado também fez um apelo para que atores políticos deixem a "zona de conforto" e discutam medidas fiscais de longo prazo. "Tá todo mundo olhando a situação, mas ninguém quer abrir a mão de nada. O cara que tem incentivo não quer deixar de ter, quem tá ganhando salário acima do teto não quer deixar de ganhar, o Parlamento não quer discutir corte de emenda, o governo não quer discutir isso porque mexe na base tal", exemplificou. As sugestões da Fazenda Haddad se reúne com Motta, Alcolumbre e líderes para buscar alternativas do IOF Após a deixar uma reunião com lideranças do Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou no domingo que o governo vai recalibrar o decreto da alta do IOF, revisando os aumentos de tributação. Para compensar a perda de arrecadação com o decreto, segundo Haddad, o Planalto editará uma MP para elevar a arrecadação dos cofres públicos. Entre as medidas anunciadas pelo ministro, estão: tributação de títulos atualmente isentos de Imposto de Renda (IR), como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA); aumento da taxação sobre as bets para 18%; revisão das alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, excluindo o atual patamar de 9% e mantendo alíquotas de 15% a 20%; redução de isenções e subsídios; e debates sobre redução de gastos primários. Além destas sugestões, o presidente Hugo Motta afirmou que a equipe econômica também deve retomar o apelo para um aumento no Imposto de Renda incidente sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP) das empresas — uma forma de distribuição de lucro, que incide sobre o acionista. "Ele [Haddad] falou ontem lá: 'Ah, tem um projeto lá na Câmara, que ainda não foi votado e que poderia entrar nesse pacote', e disse que, mais uma vez, ia reforçar a questão da JCP na MP, mas sem incidência imediata. Virá no texto, mas sem força de lei, para que o Congresso possa, de certa forma, fazer esse debate. Penso que o governo quer que esse debate sobre JCP seja feito nessa janela que acabamos criando agora", disse o deputado. O presidente da Câmara declarou, ainda, que defendeu a discussão de uma reforma administrativa. "Esse debate [sobre a reforma administrativa] se dará pelos próximos dias e semanas. Até o final do mês de junho, início de julho, teremos esse caminho mais definido. Ela se junta a outras medidas, que obrigatoriamente estão sendo debatidas agora por causa dessa decisão do governo — na nossa avaliação, equivocada — de mexer no IOF", afirmou.



Redução do IOF para empresas e seguro de vida do VGBL, taxação de criptoativos: entenda a nova proposta do governo


09/06/2025 12:27 - g1.globo.com

Haddad se reuniu com líderes partidários no domingo e disse que ainda vai incorporar sugestões. Proposta final só deve ser divulgada após nova reunião com Lula, ainda esta semana. Haddad anuncia acordo para reduzir alíquotas de IOF A proposta apresentada neste domingo (8) pela área econômica para substituir a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) prevê o recuo da alíquota desse tributo sobre empresas e, também, sobre o seguro de vida com prêmio por sobrevivência, o "seguro VGBL". A retomada do patamar anterior do IOF para algumas operações já era prevista por analistas, e também já tinha sido sinalizado pela própria equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Faltava saber, no entanto, quais seriam as transações afetadas. O g1 teve acesso ao material que foi apresentado neste domingo (8) a líderes partidários pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad – em uma reunião na casa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). ➡️ O anúncio da elevação do IOF em diferentes transações, em maio, gerou ampla repercussão negativa no mercado financeiro e, também, no mundo político. ➡️ O governo recuou em parte no mesmo dia, mas ainda tenta uma saída definitiva para substituir o decreto. Além disso, o governo também propôs ao Legislativo taxar criptoativos e aumentar a tributação das empresas de apostas esportivas (bets). O material cita, ainda, uma intenção de "aperfeiçoar” as regras de compensação de créditos tributários "para evitar compensação abusiva" – provavelmente, por meio de nova limitação. O objetivo é justamente compensar parte da redução do IOF que o governo pretende reduzir. Na saída da reunião, Haddad antecipou algumas das medidas que estão sendo pensadas para substituir o decreto do IOF (veja abaixo). O pacote completo e os textos a serem enviados ao Congresso só devem ser detalhados, no entanto, após uma nova reunião com o presidente Lula – que só retorna da viagem oficial à França na noite desta segunda (9). Haddad se reúne com Motta, Alcolumbre e líderes para buscar alternativas do IOF Veja as medidas propostas de "recalibragem" do IOF propostas pelo governo Redução do IOF Crédito para empresas Redução de 80% na operação de risco sacado Redução de IOF no Seguro de vida com prêmio por sobrevivência (VGBL) Cobrança de alíquota mínima sobre Fundos de Investimento em Direito Creditório (FDIC) Isenção de IOF no retorno de investimentos estrangeiros diretos no país (a exemplo do que ocorre com investimentos financeiros e no mercado de capitais) Propostas para compensar a perda de arrecadação Aumento da tributação de BETs; Padronização Tributária do Sistema Financeiro; Correção das distorções no mercado de títulos e valores mobiliários o Justiça Tributária: ampliação da possibilidade de compensação de ganhos e perdas em operações no mercado financeiro; Aperfeiçoamento das regras de compensação de créditos tributários para evitar compensação abusiva; Criptoativos. Anúncio feito pelo governo Parte das medidas propostas pela equipe econômica aos líderes partidários já havia sido antecipada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite deste domingo, após reunião com os parlamentares. Na ocasião, Haddad citou: medida provisória que prevê que títulos isentos de Imposto de Renda (IR), como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), vão passar a ter alíquota de 5% de IR; equalizar a tributação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, o que inclui fintechs. A alíquota de 9% será excluída e a cobrança ficará de 15% a 20%; aumentar taxação das apostas esportivas para 18% (a alíquota incide no chamado GGR que é a diferença entre o que a bet fatura com as apostas menos os prêmios pagos aos vencedores); redução do gasto tributário em pelo menos 10%; discussão sobre redução de gastos primários — disse que líderes vão conversar com as bancadas sobre quais são os projetos em tramitação/temas que eles aceitam enfrentar. Após a reunião com líderes partidários na noite deste domingo (8), Haddad também informou que ainda vai incorporar sugestões do encontro no pacote, que será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (10). Ou seja, novas mudanças ainda podem ocorrer nas propostas Reação negativa O anúncio de "recalibragem" do aumento IOF acontece após a edição de um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há pouco mais de duas semanas, causou forte reação do mercado e do Congresso. Foram apresentadas mais de 20 propostas para derrubar o decreto nas duas Casas (entenda mais abaixo). Esse movimento fez com que o governo recuasse em parte da medida. Horas após o anúncio, o governo revogou o IOF mais alto sobre aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, o que deve reduzir o potencial arrecadatório em cerca de R$ 1,4 bilhão. Em uma tentativa de arrefecer a tensão, Haddad chegou a se reunir anteriormente com Motta e Alcolumbre para tratar do assunto. No encontro, realizado em 28 de maio, os presidentes das duas Casas deram um prazo de dez dias para que o Planalto apresentasse alternativas à alta do tributo. Os congressistas ainda cobraram soluções "estruturantes". Haddad afirmou ter dito a Motta e Davi Alcolumbre que a manutenção do decreto era necessária para manter o funcionamento da máquina pública. Neste sábado, Hugo Motta afirmou que esperava que a decisão fosse tomada ainda neste domingo, após uma reunião. Contudo, na mesma ocasião, não descartou pautar projeto que derruba a alta do IOF.



Boletim Focus: mercado financeiro reduz estimativa de inflação em 2025 e projeta alta maior do PIB


09/06/2025 12:16 - g1.globo.com

Números foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (9). Projeção dos analistas dos bancos para o crescimento do PIB em 2026 avançou para 2,18%. Os analistas do mercado financeiro reduziram sua estimativa de inflação para este ano, ao mesmo tempo em que elevaram projeção para o crescimento da economia brasileira. As expectativas, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na última semana, constam do relatório "Focus" divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC). ➡️ Para a inflação de 2025, a estimativa do mercado recuou de 5,46% para 5,44%. Mesmo assim, continua bem acima do teto da meta, que é de 4,5%. ➡️ Para 2026, a expectativa de inflação ficou estável em 4,50%. ➡️ Para 2027, a expectativa continuou em 4%. ➡️ Para 2028, a expectativa permaneceu em 3,85%. Desde o início de 2025, quando entrou em vigor o sistema de meta contínua, o objetivo é 3% – e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Pelo sistema de metas, o BC tem de calibrar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo existente. Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação calculada em 12 meses até meados de 2026. Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses é comparada com a meta e com o intervalo de tolerância. Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos. Com o estouro da meta de inflação de 2024, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta ao ministro Haddad no início de janeiro – creditando o resultado a fatores como a forte atividade econômica, a queda do real e os extremos climáticos. O BC também admitiu recentemente que a meta de inflação pode ser novamente descumprida em junho deste ano, ao completar seis meses seguidos acima do teto de 4,5%. 🔎 Por que isso importa? Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Inflação x vida real: por que os preços do dia a dia podem subir muito mais do que o IPCA Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, a projeção do mercado subiu de 2,13% para 2,18%. ➡️ O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2026, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro subiu de 1,80% para 1,81%. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros neste ano. Para o fechamento de 2025, a projeção do mercado para o juro básico da economia continuou em 14,75% ao ano. Para o fim de 2026, o mercado financeiro manteve a projeção em 12,50% ao ano. Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado continuou em 10,50% ao ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2025 permaneceu em R$ 5,80. Para o fim de 2026, a estimativa recuou de R$ 5,90 para R$ 5,89. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2025, a projeção caiu de US$ 75 bilhões para US$ 74,5 bilhões de superávit. Para 2026, a expectativa para o saldo positivo recuou de US$ 78,5 bilhões para US$ 78 bilhões de superávit. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa de ingresso permaneceu inalterada também em US$ 70 bilhões.



PIX bate recorde e registra 276,7 milhões de operações em um dia


09/06/2025 12:08 - g1.globo.com


Números foram divulgados nesta segunda (9) pelo Banco Central e são referentes à última sexta (6). O recorde anterior havia sido registrado no dia 20 de dezembro. Tela do PIX, em imagem de arquivo Marcelo Camargo/Agência Brasil O Banco Central (BC) informou nesta segunda-feira (9) que o PIX bateu recorde ao registrar 276,7 milhões de transações financeiras em um único dia — a última sexta-feira (6). Segundo o BC, essas operações movimentaram R$ 135,6 bilhões. 🔎O recorde anterior havia sido registrado em 20 de dezembro do ano passado, com 252,1 milhões de transações. "Os números são mais uma demonstração da importância do PIX como infraestrutura digital pública, para o funcionamento da economia nacional", informou o Banco Central. PIX Automático Na quinta (2), o Banco Central lançou uma nova modalidade para a ferramenta: o PIX Automático, que pode ser usado para pagamentos recorrentes. O serviço estará disponível a partir da próxima segunda (16). Essa modalidade de PIX poderá ser usada para despesas como: contas de água e luz; escolas e faculdades; academias; condomínios; parcelamento de empréstimos. A ideia é permitir que o cliente agende previamente pagamentos que ele já sabe que precisará fazer a empresas. Hoje, isso também pode ser feito no débito automático – mas as empresas precisam fechar parceria com cada banco para que o serviço esteja disponível. Quando vale a pena usar o PIX Automático? Banco Central lança Pix Automático - nova modalidade de pagamento de contas recorrentes O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que a novidade vai beneficiar os brasileiros que já usam o PIX. "O PIX é o dinheiro que anda na velocidade do nosso tempo. E acho que vai ampliar o bem-estar e a possibilidade de fazer negócios para essas pessoas, que são 80% das empresas e 90% das pessoas físicas, que têm hoje já aderência ao PIX", declarou.



Dólar tem 3ª queda seguida, com medidas para compensar IOF e reunião entre China e EUA no radar


09/06/2025 12:00 - g1.globo.com


A moeda americana fechou em queda de 0,14%, a R$ 5,5619, renovando o menor patamar desde outubro. Bolsa de valores recuou 0,30%, aos 135.669 pontos. Notas de real e dólar Amanda Perobelli/ Reuters O dólar não conseguiu sustentar o sinal positivo visto na metade do pregão e emplacou o 3º recuo consecutivo nesta segunda-feira (9). A moeda caiu 0,14% e fechou a sessão cotada em R$ 5,5619, renovando o menor patamar desde outubro de 2024. O Ibovespa recuou 0,30%, aos 135.669 pontos. ▶️ O mercado reagiu mal às medidas anunciadas neste fim de semana pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação do governo e compensar a provável revogação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Entre as ações que estão sendo discutidas — e que devem ser comunicadas oficialmente quando o presidente Lula voltar da viagem à França, provavelmente na terça-feira (10), —, estão o fim da isenção de Imposto de Renda (IR) para títulos de investimento como LCI e LCA e o aumento da taxação das apostas esportivas. (leia mais abaixo) ▶️ Além disso, os investidores também monitoraram o andamento das negociações entre Estados Unidos e China sobre tarifas de importação. Representantes das duas potências estão reunidos nesta segunda, em Londres, para discutir um novo acordo comercial. Entenda abaixo como cada um desses fatores impacta o mercado. 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,14%; Acumulado do mês: -2,73%; Acumulado do ano: -10%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: -0,30% Acumulado do mês: -0,97%; Acumulado do ano: +12,82%. Impasse do IOF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite de domingo (8) que o governo pretende editar uma medida provisória (MP) para aumentar a arrecadação dos cofres públicos. A expectativa é que, dessa forma, o governo consiga "recalibrar" o decreto sobre a alta do IOF. A equipe econômica se reuniu com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de líderes partidários, para tentar chegar em um consenso com relação a alterativas sobre o aumento do tributo. Entre as medidas anunciadas, além da recalibragem do decreto do IOF, estão: o fim da isenção do Imposto de Renda para títulos de investimento como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que vão passar a ter alíquota de 5%; o aumento de 9% para 15% e 20% da tributação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, o que inclui fintechs; a alta da taxação das apostas esportivas de 12% para 18%. O governo também afirmou que pretende reduzir o gasto tributário em pelo menos 10% e discutir a redução de gastos primários. Apesar disso, a proposta ainda foi mal recebida pelo mercado. Os analistas avaliam que o governo deveria focar em discutir a eficiência dos gastos públicos e em promover reformas estruturais, em vez de propor novas formas de arrecadação. “Até o momento, do que foi falado, teremos aumentos de impostos nos investimentos para compensar uma possível retorno das alíquotas de IOF, mas não indicaram cortes ou desindexação de alguns gastos que são reajustados pelo salário-mínimo (que tem sido acima da inflação)", afirma Marcos Weigt, diretor de tesouraria do Travelex Bank. Segundo Guilherme Almeida, head de renda fixa da Suno Research, a possível cobrança de 5% de IR pode reduzir a atratividade das LCIs e LCAs e impactar o volume de recursos disponíveis para financiar o setor imobiliário e o agronegócio — dois segmentos importantes para a economia do país. "Eu acredito que o estabelecimento dessa medida vai gerar algum ruído no mercado. O investidor pessoa física vai dar cada vez menos desses títulos, justamente por conta da insegurança, da incerteza e da baixa atratividade em termos de rentabilidade", diz Almeida. O anúncio do decreto sobre a alta do IOF foi divulgado há pouco mais de duas semanas pelo governo, junto com um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano. O objetivo seria equilibrar as contas públicas e cumprir a meta fiscal. No entanto, o mercado reagiu mal à decisão, o que levou o governo a recuar no mesmo dia de parte da medida. Além disso, o Congresso começou a se movimentar para aprovar uma derrubada do decreto presidencial sobre o aumento de imposto, algo inédito nos últimos 25 anos. O governo, então, buscou os presidentes da Câmara e do Senado para negociar uma proposta alternativa que substitua parte dos ganhos que seriam obtidos com o novo IOF. Haddad se reúne com Motta, Alcolumbre e líderes para buscar alternativas do IOF EUA x China Representantes dos Estados Unidos e da China estão reunidos nesta segunda-feira (9), em Londres, na Inglaterra, para discutir um novo acordo comercial e resolver a guerra comercial iniciada pelas tarifas do presidente americano Donald Trump. Espera-se que o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial Jamieson Greer representem os EUA nas negociações comerciais, enquanto o vice-primeiro-ministro He Lifeng provavelmente estará presente com a delegação chinesa. Na semana passada, uma ligação telefônica entre Trump e o presidente da China, Xi Jinping, animou os mercados. O presidente dos EUA afirmou que ele e Xi conseguiram resolver as “complexidades” do acordo comercial sobre tarifas de importação e reiterou que a conversa “resultou em uma conclusão muito positiva para ambos os países”. Trump tem mantido um cabo de guerra com Pequim desde o anúncio, em abril, de um pacote de tarifas que impactou diversos países, especialmente a China. Em busca de um meio-termo, os dois países firmaram um acordo temporário em 12 de maio, concordando em reduzir as tarifas por um período de 90 dias. Desde a assinatura do acordo, no entanto, os dois países enfrentam dificuldades para chegar a um consenso nas negociações. A situação é acompanhada de perto por investidores preocupados com a possibilidade de uma guerra comercial caótica prejudicar os lucros corporativos e interromper as cadeias de suprimentos nos meses cruciais que antecedem a temporada de compras de fim de ano. 🔎 O mercado entende que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo — o que pode levar à desaceleração da maior economia do mundo e até a uma recessão global. *Com informações da agência de notícias Reuters.



Tarifaço de Trump: EUA e China se reúnem nesta segunda para tratar de acordo comercial


09/06/2025 03:00 - g1.globo.com


Em busca de um meio-termo para a troca de tarifas, os dois países firmaram um acordo temporário em 12 de maio, concordando em reduzir as taxas por um período de 90 dias. Trump (presidente dos EUA) e Xi Jinping (presidente da China) AFP Representantes dos Estados Unidos e da China estão reunidos na manhã desta segunda-feira (9), em Londres, na Inglaterra, para discutir um novo acordo comercial e resolver a guerra comercial iniciada pelas tarifas de Donald Trump. A reunião começou por volta das 9h20 do horário de Brasília (DF), segundo a Reuters. O presidente americano anunciou a reunião na última sexta-feira (6). Segundo Trump, participam da reunião o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial dos EUA, embaixador Jamieson Greer. “A reunião deverá ocorrer com grande sucesso. Agradecemos a atenção dispensada!”, afirmou o republicano em publicação no Truth Social. EUA e China marcam encontro para tratar sobre acordo comercial. Reprodução/Truth Social A declaração foi feita um dia após Trump conversar com o presidente da China, Xi Jinping, sobre o tarifaço. O presidente dos EUA afirmou que ele e Xi conseguiram resolver as “complexidades” do acordo comercial sobre tarifas de importação e reiterou que a conversa “resultou em uma conclusão muito positiva para ambos os países”. Ainda na quinta-feira (5), Trump declarou que as negociações entre os dois países seguem em andamento e estão em “boa forma”. Já Xi declarou que a China cumpriu o acordo firmado em Genebra de maneira “séria e sincera”, destacando que “diálogo e cooperação são a única escolha correta para a China e os Estados Unidos”. A declaração foi divulgada pela emissora estatal chinesa, CCTV. Xi também teria enfatizado que os dois países devem se esforçar para alcançar um resultado mutuamente benéfico, ressaltando que “os dois lados devem respeitar as preocupações um do outro e manter uma postura de igualdade”. Entre tapas e beijos Trump tem mantido um cabo de guerra com Pequim desde o anúncio, em abril, de um pacote de tarifas que impactou diversos países, especialmente a China. Em busca de um meio-termo, os dois países firmaram um acordo temporário em 12 de maio, concordando em reduzir as tarifas por um período de 90 dias. O tratado foi assinado após um encontro entre as delegações em Genebra, na Suíça. Desde a assinatura do acordo, no entanto, os dois países enfrentam dificuldades para chegar a um consenso nas negociações. Na última sexta-feira (30), por exemplo, Trump acusou a China de violar os termos do acordo. Em resposta, o Ministério do Comércio chinês classificou as acusações como “infundadas” e prometeu adotar medidas firmes para proteger os interesses do país. Na segunda-feira (2), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou que Trump pretendia conversar com Xi para tentar resolver os impasses nas negociações. Na quarta-feira, Trump publicou em seu perfil no Truth Social que gostava de Xi, mas afirmou que negociar com o presidente chinês era “muito difícil”. "Gosto do presidente Xi da China. Sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo", afirmou Trump à época. Trump conversa com Xi Jinping sobre tarifaço: 'conclusão muito positiva para ambos os países' Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção. O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.



Governo vai editar MP para aumentar arrecadação e 'recalibrar' decreto do IOF, diz Haddad


09/06/2025 02:27 - g1.globo.com


Equipe econômica e representantes do Congresso fizeram reunião na noite deste domingo (8) na Residência Oficial da Câmara para encontrar alternativa à alta do tributo anunciada pelo governo. Haddad se reúne com Motta, Alcolumbre e líderes para buscar alternativas do IOF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite deste domingo (8) que o governo pretende editar uma medida provisória (MP) para aumentar a arrecadação dos cofres públicos e, dessa forma, conseguir "recalibrar" o decreto sobre a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A equipe econômica do governo se reuniu nesta noite com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de líderes partidários, para tentar chegar a um consenso com relação a alternativas sobre o aumento do tributo. O decreto sobre a alta do IOF foi anunciado há pouco mais de duas semanas pelo governo e causou uma reação negativa por parte do mercado e do Congresso (entenda mais abaixo). Além da recalibragem do decreto do IOF, algumas das mudanças anunciadas por Haddad foram: Edição de medida provisória que prevê que títulos isentos de Imposto de Renda (IR), como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), vão passar a ter alíquota de 5% de IR; equalizar a tributação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, o que inclui fintechs. A alíquota de 9% será excluída e a cobrança ficará de 15% a 20%; aumentar taxação das apostas esportivas para 18% (a alíquota incide no chamado GGR que é a diferença entre o que a bet fatura com as apostas menos os prêmios pagos aos vencedores); redução do gasto tributário em pelo menos 10%; discussão sobre redução de gastos primários — disse que líderes vão conversar com as bancadas sobre quais são os projetos em tramitação/temas que eles aceitam enfrentar. Correção de distorções Haddad disse que a MP "vai disciplinar determinadas matérias sobre a questão da arrecadação, que visa basicamente o mercado financeiro". Segundo o ministro, trata-se de uma medida que corrige distorções no sistema de crédito, na cobrança de impostos sobre títulos e nos rendimentos sobre títulos. "São títulos isentos que vão deixar de ser isentos, mas continuarão bastante incentivados", argumentou Haddad. Dentro desse pacote, o ministro ainda comentou alterações para o mercado das bets. "Inclusive, vai entrar um aspecto que vamos explicar amanhã [segunda] que é a questão das bets — apresentar esse mercado, como ele está organizado", adiantou Haddad. Haddad afirmou que a taxação das apostas esportivas deve subir de 12%, percentual atual, para 18%, que era a proposição inicial do governo quando o projeto foi enviado ao Congresso. "Essa medida provisória vai permitir recalibrar o decreto do IOF", prosseguiu o ministro da Fazenda. Já com relação ao decreto, todas as cláusulas serão revistas, segundo o ministro. Uma das coisas que deve mudar tem a ver com o risco sacado, uma modalidade de crédito em que bancos antecipam valores para varejistas que venderam a prazo. O decreto do governo determinou que o IOF passaria a incidir sobre a antecipação. Esse ponto atinge especialmente pequenas empresas que dependem dos valores antecipados para ter capital de giro. Uma das reivindicações de Hugo Motta era para que o governo eliminasse o IOF sobre essas operações, algo que Haddad afirmou que ocorrerá da seguinte forma: a taxa fixa será eliminada e a incidência diária, recalibrada. O ministro frisou que vai aguardar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltar de viagem da França para comunicar o que ficou acordado na reunião. A previsão, segundo Haddad, é de que isso ocorra nesta terça (10). 'Histórica' Hugo Motta, assim como Haddad, classificou a reunião como "histórica". "O governo, atendendo essa posição do presidente do Senado e do presidente da Câmara, representando as duas casas, hoje [domingo] trouxe essa alternativa onde o decreto será refeito com uma calibragem, diminuindo de forma significativa os seus efeitos. Será anunciado pelo governo com a volta do presidente da República", afirmou Motta. "E para resolver a situação das contas públicas, o governo apresenta uma medida provisória, que na nossa avaliação, ela traz uma compensação financeira para o governo, mas muito menos danosa que a continuidade do decreto do IOF como foi proposto de forma inicial", prosseguiu. Davi Alcolumbre enfatizou a importância da abertura do diálogo. "Quero exaltar essa relação produtiva para o Brasil. Nós estamos juntos para buscar uma solução estrutural para o Estado brasileiro em relação às contas públicas e ao equilíbrio fiscal [...] e ter a coragem de enfrentar um tema muito sensível, a partir de um decreto estabelecido pelo governo federal que tratava do IOF, a possibilidade de iniciarmos um debate em relação às isenções tributárias no Brasil", afirmou. A reunião entre a equipe econômica e representantes do Congresso começou por volta das 18h na Residência Oficial da Câmara, no Lago Sul, em Brasília, e terminou pouco depois das 23h. Por volta das 23h30, Haddad, Motta e Alcolumbre começaram a falar com a imprensa. Congresso e Executivo buscavam um consenso sobre o assunto. Com a alta do IOF, a equipe econômica previa arrecadar, somente neste ano, R$ 20 bilhões. Haddad se reúne com Motta, Alcolumbre e líderes partidários para apresentar alternativas à alta do IOF Reação negativa O anúncio do decreto do IOF, feito após um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há pouco mais de duas semanas, causou forte reação do mercado e do Congresso. Foram apresentadas mais de 20 propostas para derrubar o decreto nas duas Casas (entenda mais abaixo). Esse movimento fez com que o governo recuasse em parte da medida. Horas após o anúncio, o governo revogou o IOF mais alto sobre aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, o que deve reduzir o potencial arrecadatório em cerca de R$ 1,4 bilhão. Em uma tentativa de arrefecer a tensão, Haddad chegou a se reunir anteriormente com Motta e Alcolumbre para tratar do assunto. No encontro, realizado em 28 de maio, os presidentes das duas Casas deram um prazo de dez dias para que o Planalto apresentasse alternativas à alta do tributo. Os congressistas ainda cobraram soluções "estruturantes". Haddad afirmou ter dito a Motta e Davi Alcolumbre que a manutenção do decreto era necessária para manter o funcionamento da máquina pública. Neste sábado, Hugo Motta afirmou que esperava que a decisão fosse tomada ainda neste domingo, após uma reunião. Contudo, na mesma ocasião, não descartou pautar projeto que derruba a alta do IOF. Haddad e Hugo Motta dão entrevista coletiva à imprensa Marina Ramos/Câmara dos Deputados Derrubada de decreto Em pelo menos 25 anos, o Congresso Nacional nunca usou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para derrubar um decreto presidencial. 🔎Um PDL é a ferramenta que autoriza o Congresso a derrubar atos normativos do Executivo. O instrumento é bastante raro e tido como grande derrota para o governo.



Ministério da Agricultura confirma foco de gripe aviária em aves domésticas em Mato Grosso


08/06/2025 23:24 - g1.globo.com


Ocorrência foi registrada na cidade de Campinápolis e, segundo a pasta, não traz restrições ao comércio internacional de produtos brasileiros, e nem altera o período de vazio sanitário. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, neste sábado (7), a existência de um foco de gripe aviária em uma criação de aves domésticas na cidade de Campinápolis, em Mato Grosso. Segundo a pasta, neste domingo (8), o governo começou a adotar medidas de erradicação e ações de vigilância no raio de 10 km ao redor do foco. Uma das medidas é a instalação de barreiras sanitárias com controle rigoroso e desinfecção completa de veículos que passam por esses pontos. Ainda segundo o Ministério, nessa área não há granjas comerciais, por isso, a existência desse novo foco não altera o consumo ou a exportação de produtos brasileiros, nem o período de vazio sanitário (leia mais abaixo) Exportações de frango do Brasil caíram após caso de gripe aviária em granja comercial Gripe aviária: autoridades brasileiras descartam 3 novas suspeitas e investigam outras 4 Reprodução/TV Globo Sem alteração Segundo o Mapa, o Serviço Veterinário Oficial interditou a propriedade e coletou amostras para análise laboratorial, quando foi detectado o foco. "A ocorrência do foco confirmado de IAAP [vírus da influenza aviária de alta patogenicidade] em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros", frisou o Ministério. "O foco confirmado em aves de subsistência também não altera o período de 28 dias de vazio sanitário após a desinfecção da área em Montenegro (RS), onde foi confirmado um foco de gripe aviária em um matrizeiro de aves comerciais", prosseguiu. De acordo com a pasta, esse é o quarto foco da doença em aves domésticas detectado no Brasil. Frango: exportações caem quase 13% em maio com impacto da gripe aviária Vazio sanitário e caso em Montenegro O primeiro caso de gripe aviária no Brasil foi detectado em aves silvestres em maio de 2023. No entanto, o primeiro caso em uma granja comercial só aconteceu dois anos depois, em 15 de maio de 2025, no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Antes do caso de Montenegro (RS), os focos de gripe aviária registrados no país tinham sido apenas em aves silvestres ou criações para subsistência, sem afetar o setor comercial. 🔎O prazo de 28 dias, chamado de vazio sanitário, corresponde ao ciclo do vírus H5N1. O trabalho de desinfecção da granja de Montenegro (RS) atingida por gripe aviária terminou em 21 de maio. Contando a partir de 22 de maio, se o Brasil não registrar nenhum outro caso em granjas em 28 dias, pode se declarar livre da doença. ⚠️ A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves e ovos, disse o Ministério da Agricultura. O Brasil nunca teve um caso de gripe aviária em humanos. Esse primeiro caso em uma granja comercial é importante porque o Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, embora a maior parte da produção seja consumida internamente. Cerca de 160 países compram frango do Brasil, incluindo a China, que é o principal destino. Com o caso de gripe aviária, por regras sanitárias acordadas previamente, esses países param de receber os produtos brasileiros até o país se dizer livre da doença. Para alguns, o bloqueio é em nível nacional; outros embargam apenas o que vem da região do foco da doença.



Os 4 grupos que mais perderam com cortes drásticos de Milei na Argentina


08/06/2025 22:26 - g1.globo.com


Os drásticos cortes orçamentários do governo Javier Milei reduziram a inflação e eliminaram o déficit fiscal da Argentina, mas causaram séria redução dos investimentos em ciência e saúde e queda do poder aquisitivo de aposentados e pensionistas. A BBC detalha os grupos mais prejudicados pelas medidas do governo. Os protestos contra os cortes orçamentários se multiplicaram na Argentina nos últimos meses Getty Images via BBC Desde que tomou posse, o presidente da Argentina, Javier Milei, vem repetindo que, para solucionar os problemas econômicos do país, sobretudo sua eterna inflação, o governo precisaria realizar "cortes drásticos" dos gastos públicos. O presidente libertário é o primeiro economista a liderar a segunda maior economia da América do Sul. Ele chegou a ilustrar sua intenção com uma ferramenta que deixava muito claro seu objetivo – e ficou famoso ao fazer sua campanha empunhando uma motosserra. Ao assumir o poder, Milei cumpriu sua promessa. O governo atual é o primeiro da história da Argentina a apresentar superávit fiscal desde o princípio. Ou seja, desde janeiro de 2024, o país arrecada mais do que gasta. A ampla maioria dos economistas concorda que o saneamento das contas púbicas foi fundamental para que a inflação caísse de mais de 210% ao ano, no final de 2023, para 47,3% anuais, que é o último número oficial, anunciado em maio deste ano. E muitos esperam que este número continue baixando. Para este ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) – que acaba de emprestar à Argentina mais US$ 20 bilhões (cerca de R$ 112,9 bilhões), em reconhecimento ao governo de Milei – prevê que a inflação caia para 35,9%. O FMI também projeta que, em 2025, o país terá o maior crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da América Latina. A expansão prevista é de 5,5%, que representa mais que o dobro da média da região, de 2%. Mas os argentinos estão pagando um custo enorme por esta correção econômica. Funcionários públicos perderam seu trabalho com a redução do quadro estatal em cerca de 10%, segundo o governo. E professores não conseguem continuar lecionando nas universidades estatais, devido aos baixos salários. Isso sem falar no grave estado de muitas estradas e em outros tipos de infraestrutura afetados pela eliminação quase total dos gastos em obras públicas. Mas existem outros setores prejudicados que protagonizaram grandes manifestações contra o governo argentino. Eles organizaram um protesto conjunto, em frente ao Congresso, na última quarta-feira (4). Quais são estes setores? E por que eles contam com um apoio popular cada vez maior? O maior símbolo da crise sanitária da Argentina é a situação do hospital pediátrico Garrahan, o maior do país Getty Images via BBC 1. Médicos Poucos anos atrás, eles eram os "heróis da pandemia". Hoje, o setor de saúde pública da Argentina enfrenta um dos piores momentos da sua história. O maior símbolo da crise é a situação do principal hospital pediátrico do país, o Hospital Garrahan, em Buenos Aires. Financiado pelo Estado, ele oferece cerca de 600 mil consultas e realiza cerca de 10 mil cirurgias todos os anos. Crianças de todas as partes do país vêm se tratar neste que é o centro especializado em assistência infantil de maior prestígio do país. Os funcionários do hospital convocaram uma passeata na semana passada e outra na segunda-feira (2). Eles denunciam que o governo está "desfinanciando" a instituição. Os médicos residentes do Hospital Garrahan lideram os protestos. Eles entraram em greve, afirmando que seus salários (menos de US$ 700, ou cerca de R$ 3.950) estão abaixo da linha da pobreza. Representantes dos cerca de 1,8 mil residentes também afirmaram que, desde a posse de Milei, dezenas de médicos se demitiram para trabalhar em hospitais particulares. O governo ofereceu um aumento salarial de cerca de US$ 400 (cerca de R$ 2.260) aos médicos residentes, embora ainda não tenha oficializado a proposta. O governo argentino também afirmou que o hospital mantém o dobro de funcionários administrativos, em relação ao número de médicos. Mas o site de verificação Chequeado refutou esta informação. Citando dados do Departamento de Estatísticas do Hospital Garrahan, o portal demonstrou que quase 70% dos funcionários da instituição trabalham na assistência aos pacientes. O Centro de Dados do Chequeado afirma que, "durante o primeiro ano de gestão do governo de Javier Milei, as transferências de dinheiro do Estado para o Hospital Garrahan aumentaram em cerca de 10%, em termos reais (ou seja, considerando a inflação), em relação a 2023." "Mas, como o orçamento nacional de 2025 foi prorrogado, os fundos para este ano são os mesmos de 2024." Na prática, com o aumento dos custos causado pela inflação, isso equivale "a uma queda de 30%, em termos reais, sobre o ano anterior". Os protestos dos trabalhadores do Hospital Garrahan são os que contam com o maior apoio da população. Eles geraram incontáveis demonstrações de apoio e uma petição na plataforma Change.org que superou 240 mil assinaturas em poucos dias. Mas esta é uma dentre várias instituições de saúde pública que estão em crise atualmente na Argentina. Milei ordenou auditorias em massa, que levaram à suspensão de milhares de aposentadorias por incapacidade Getty Images via BBC 2. Pessoas com deficiência Outro setor que conta com enorme simpatia popular é o das famílias que possuem pessoas com algum tipo de deficiência. Elas também levaram às ruas suas reclamações contra o governo. Quando assumiu o poder, Milei ordenou auditorias em massa, que levaram à suspensão de milhares de aposentadorias por incapacidade. Segundo o governo, trata-se de pessoas saudáveis que cometiam fraudes. Foram mencionados como exemplos os casos de algumas cidades em que um grande percentual da população recebia aposentadorias por incapacidade para o trabalho. Mas as famílias defendem que o governo usa esta desculpa para reduzir o financiamento da Agência Nacional para Pessoas com Deficiência (Andis, na sigla em espanhol). Elas também denunciam o congelamento dos valores pagos aos profissionais que cuidam de pessoas com deficiência. Seus ganhos não são atualizados desde novembro de 2024, apesar da inflação de mais de 2% ao mês. Na última quinta-feira de maio (29), familiares e prestadores de serviços se associaram aos funcionários do Hospital Garrahan para protestar em frente ao Congresso argentino. Os protestos prosseguiram na quarta-feira seguinte (4), ao lado de outros setores críticos ao governo. Houve também mobilizações nas províncias, buscando pressionar os parlamentares a declarar emergência nacional no setor. Esta medida estabeleceria um mecanismo de ajuste mensal, para que os prestadores de serviços recebam pagamentos adequados, e garantiria o acesso a aposentadorias por incapacidade, sem necessidade de contribuição anterior. Mas o governo já adiantou que irá vetar este projeto, se for aprovado pelo Congresso. Milei foi criticado não só pelos cortes nesta área, mas também pela sua falta de empatia e seus comentários discriminatórios contra pessoas com deficiência. Ele chegou a usar a palavra "inválido" para desqualificar militantes de esquerda. "À retirada de financiamento, soma-se a crueldade. Existe um enfurecimento", denunciou a atriz Valentina Bassi, mãe de uma criança com autismo, à rádio El Destape, de Buenos Aires. Argentina de Milei: o que mudou um ano após o Plano Motosserra 3. Cientistas Outra área muito atingida pelos cortes dos gastos públicos na Argentina é a ciência. Nos últimos anos, governos de centro-esquerda (kirchneristas) e de centro-direita (macristas) priorizaram os investimentos neste setor. A Argentina se orgulha de ter produzido cinco prêmios Nobel, mais do que qualquer outro país da região. Mas a prestigiada ciência argentina foi um dos primeiros setores a sofrer o ataque da afiada motosserra de Milei. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi um dos organismos que ficaram de fora do novo organograma estatal do presidente libertário. Ele reduziu os cargos pela metade. Esta decisão chegou a levar 68 vencedores do prêmio Nobel a expressar sua "preocupação" com a "dramática desvalorização da ciência argentina". Agora, os cientistas do país alertam que o governo comete um "cientificídio", com a falta de investimentos. No último dia 28 de maio, organizações de cientistas se vestiram de "eternautas", em referência ao herói dos quadrinhos argentino que protagoniza uma das séries mais famosas da Netflix. Eles se mobilizaram em todo o país para denunciar a perda de mais de 4 mil postos de trabalho no setor, segundo dados oficiais analisados pelo centro de estudos Economia Política Ciência (EPC). Um terço destes cargos pertencia ao renomado Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet). O número de pesquisadores da instituição foi reduzido pela primeira vez em 17 anos. "Entre dezembro de 2023 e abril de 2025, frente a uma inflação acumulada de 204,9%, os salários dos pesquisadores do Conicet caíram em 34,7%, em termos reais", segundo a Rede de Autoridades de Institutos de Ciência e Tecnologia (Raicyt, na sigla em espanhol). 4. Aposentados Os idosos formam um dos grupos mais prejudicados pelas políticas de Javier Milei. O sistema de previdência social representa o maior gasto do Estado argentino. E também foi quem prestou a maior colaboração a esta inédita redução de quase um terço do orçamento nacional, que eliminou o déficit fiscal da Argentina. Um relatório recentemente publicado pelo Centro de Economia e Política Argentina (Cepa) indica que a perda do poder aquisitivo das aposentadorias e pensões representa 19,2% do ajuste dos gastos estatais em 2024. O governo do país conseguiu este ajuste "diluindo" as aposentadorias no primeiro trimestre (ou seja, aumentando seu valor abaixo da inflação) e mantendo congelado até hoje o bônus extraordinário recebido pela maioria dos aposentados desde o governo do ex-presidente Alberto Fernández (2019-2023). Este bônus foi criado como solução paliativa para a perda de poder aquisitivo pelos aposentados. Com o congelamento, o bônus perdeu grande parte do seu poder de compra. Mas as perdas dos aposentados não se restringem à sua receita. O governo também diminuiu a quantidade de medicamentos gratuitos oferecidos pela assistência social estatal aos aposentados e pensionistas. Esta medida atingiu ainda mais os bolsos dos idosos, que gastam uma parte considerável dos seus recursos com a manutenção da saúde. Por tudo isso, os aposentados realizam protestos em frente ao Congresso argentino todas as quartas-feiras. Estas manifestações costumam contar com o apoio de outros grupos críticos ao governo. Em muitas ocasiões, os protestos terminaram em repressão por parte da polícia, que aplica o "protocolo de segurança" criado pelo governo. As novas normas proíbem o bloqueio das ruas, que era uma forma habitual de protesto no passado. A passeata da quarta-feira (4) buscou pressionar os legisladores para aprovar um aumento das aposentadorias e a prorrogação da chamada "moratória previdenciária" – um sistema criado há duas décadas pelo kirchnerismo, que permitiu que milhões de idosos, principalmente donas de casa, se aposentassem, mesmo sem terem realizado colaborações anteriores. A última moratória venceu em março do ano passado. Em 2024, o governo vetou uma lei sancionada pelo Parlamento, que pretendia aumentar o valor mínimo das aposentadorias, ressaltando que qualquer aumento colocaria em xeque seu objetivo de "déficit zero". "O sistema estabelece hoje que existe um [trabalhador] ativo e meio para cada aposentado, o que, obviamente, não se pode pagar", declarou o chefe de Gabinete do governo, Guillermo Francos, à rádio Rivadavia, de Buenos Aires. "Por mais que pretendam fixar um aumento dos valores, se não houver recursos, não será possível aprovar, de nenhuma forma."



Haddad se reúne com Motta, Alcolumbre e líderes partidários para apresentar alternativas à alta do IOF


08/06/2025 21:04 - g1.globo.com


Equipe econômica e representantes do Congresso tentam consenso em relação ao aumento do tributo anunciado pelo governo há pouco mais de duas semanas. Equipe econômica se reúne com líderes partidários para buscar alternativas à alta do IOF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu neste domingo (8) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de líderes partidários para apresentar medidas alternativas à alta do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). A reunião começou por volta das 18h na Residência Oficial da Câmara, no Lago Sul, em Brasília, e terminou pouco depois das 23h. Foram mais de quatro horas e meia de reunião. Congresso e Executivo buscam um consenso sobre o assunto. Com a alta do IOF, a equipe econômica previa arrecadar, somente neste ano, R$ 20 bilhões. Haddad se reúne com Motta, Alcolumbre e líderes partidários para apresentar alternativas à alta do IOF Reação negativa O anúncio, feito após um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há pouco mais de duas semanas, causou forte reação do mercado e do Congresso. Foram apresentadas mais de 20 propostas para derrubar o decreto nas duras Casas (entenda mais abaixo). Esse movimento fez com que o governo recuasse em parte da medida. Horas após o anúncio, o governo revogou o IOF mais alto sobre aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, o que deve reduzir o potencial arrecadatório em cerca de R$ 1,4 bilhão. Em uma tentativa de arrefecer a tensão, Haddad chegou a se reunir anteriormente com Motta e Alcolumbre para tratar do assunto. No encontro, realizado em 28 de maio, os presidentes das duas Casas deram um prazo de dez dias para que o Planalto apresentasse alternativas à alta do tributo. Os congressistas ainda cobraram soluções "estruturantes". Haddad afirmou ter dito a Motta e Davi Alcolumbre que a manutenção do decreto era necessária para manter o funcionamento da máquina pública. Neste sábado, o presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que espera que a decisão seja tomada ainda neste domingo, após uma reunião. Contudo, não descartou pautar projeto que derruba a alta do IOF. Haddad e Hugo Motta dão entrevista coletiva à imprensa Marina Ramos/Câmara dos Deputados Derrubada de decreto Em pelo menos 25 anos, o Congresso Nacional nunca usou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para derrubar um decreto presidencial. 🔎Um PDL é a ferramenta que autoriza o Congresso a derrubar atos normativos do Executivo. O instrumento é bastante raro e tido como grande derrota para o governo.



Som da viola encanta fãs de diferentes gerações


08/06/2025 10:30 - g1.globo.com


Viola caipira um instrumento que atravessa gerações e ajuda a contar a história do povo da roça. Leonardo e Dona Francisca, neto e avó mantêm viva a tradição da viola caipira Reprodução/TV TEM Um instrumento que conta a história do Brasil caipira através de suas dez cordas, que ao serem dedilhadas emitem um som que evoca o interior. A viola caipira não é apenas um objeto musical, mas algo que acompanha gerações. Em Itu (SP), avó e neto mantêm viva a tradição, onde gerações se reúnem à mesa e no quintal para ouvir a música de viola. Dona Francisca lembra que ficou um tempo afastada da viola, mas com a chegada do neto e a curiosidade dele pelo instrumento que estava parado no canto, ela voltou a tocar. “Ele começou a ir na minha casa e gostava da viola, chegava na sexta-feira, ia lá e pegava a viola e a sanfona e ficava tocando”, lembra a avó. Sem conhecer os instrumentos, nem como eles funcionavam, Leonardo foi ganhando gosto até aprender. “Eu não tinha contato com música antes e quando ela começou a aprender a tocar viola, eu também fui ganhando o gosto e não parei mais”, diz Leonardo. Leonardo foi além, e hoje a paixão virou profissão. Ele se formou em música, fez mestrado e doutorado, e é professor de viola. O gosto pela cultura e pela música caipira ele agora ajuda a manter vivo. Ainda em Itu (SP), dois garotos de dez e seis anos são apaixonados pela viola caipira. Thales e Conrado já desde cedo vivem em um ambiente onde a música raiz faz parte do dia a dia. E há certeza de que muitos frutos serão colhidos, um motivo de orgulho para os pais. Veja a reportagem exibida no programa em 08/06/2025: Som da viola encanta fãs de diferentes gerações VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Demanda por milho verde cresce com festas juninas


08/06/2025 10:30 - g1.globo.com


Com a chegada das festas juninas, o comércio de milho verde cresce consideravelmente, impulsionado pelos pratos típicos preparados durante as comemorações de São João, Santo Antônio e São Pedro. Produção de milharais passam por até cinco etapas até ficarem prontos para a colheita Nosso Campo/Reprodução Cural, pipoca, pamonha ou milho cozido na manteiga. Esses são alguns dos principais pratos feitos com milho verde e amplamente consumidos no Brasil. A versatilidade da planta enche os olhos de diversos agricultores que apostam no plantio escalonado do milho verde. A família de Daniele Pontos Ribeiro cultiva milho verde em até 115 hectares por ano. O plantio, que é escalonado, permite a produção do fruto em diferentes meses. "A gente já é produtor de milho verde há 20 anos. Começou com meu pai vendendo bandejinha e passou pra mim. A gente planta geralmente de cinco a sete dias, dependendo do clima e da época do ano, pra ter o produto consecutivo. O milho é em verde, o mais pequeno, no ponto de pamonha. Procuramos ter todas essas fases", conta. Na propriedade da agricultora, a plantação de milho é dividida em até cinco etapas. Em pouco tempo, as sacas vão sendo preenchidas com espigas frescas e graúdas, prontas para serem vendidas. Nos próximos meses, a expectativa da agricultora é colher até 120 toneladas da planta. Daniele estima um crescimento de até 20% nas vendas em relação ao ano passado. Com a chegada das festas juninas, o comércio do milho verde aumenta ainda mais — afinal, o ingrediente é essencial nas receitas típicas das comemorações de São João, Santo Antônio e São Pedro. Veja a reportagem exibida no programa em 08/06/2025: Demanda por milho verde cresce com festas juninas VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Pastejo de inverno garante alimento em época de estiagem e baixas temperaturas


08/06/2025 10:30 - g1.globo.com


Para contornar os problemas do clima frio, pecuaristas desenvolveram a técnica "pastejo de inverno", consiste na plantação de azevém no meio do capim, uma gramínea que se desenvolve em cerca de uma semana e garante a qualidade do pasto. Pecuaristas utilizam técnica de pastejo de inverno para garantir alimentação do gado Nosso Campo/Reprodução No período de outono e inverno, os produtores enfrentam dificuldades em manter os gados leiteiros bem alimentados, já que o pasto natural não resiste ao clima frio e, por consequência, a produtividade dos animais diminui. Para contornar esse problema, eles utilizam a técnica de "pastejo de inverno". É o caso da família de Luís Fernando, que trabalha desde sempre com a produção de gado leiteiro. Por conta disso, o produtor já conhece bem o grande desafio que é produzir durante essas estações. Pensando em alternativas para contornar o problema, o pecuarista aplica a técnica de pastejo de inverno, que consiste na plantação de azevém no meio do capim, uma gramínea que se desenvolve em cerca de uma semana e garante a qualidade do pasto. A preparação da pastagem para o inverno começa em abril, quando as temperaturas começam a cair, principalmente à noite. Luís semeou 210 quilos de azevém e, até setembro, o pasto deve continuar verde e volumoso. Com a chegada da primavera e do calor, o azevém morre, e o capim volta a se desenvolver normalmente. Além da técnica, o produtor também utiliza rações para complementar a alimentação dos animais. Com esse manejo, os pecuaristas conseguem garantir a saúde e a produção do gado durante as épocas mais frias e de manejo mais difícil. Veja a reportagem exibida no programa em 08/06/2025: Pastejo de inverno garante alimento em época de estiagem e baixas temperaturas VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo



Sem folgas, férias ou privacidade: como é a rotina de quem transmite a vida na internet (o tempo todo)


08/06/2025 09:00 - g1.globo.com


Streamers ganham dinheiro com 'lives infinitas’, gravando refeições, noites de sono e até momentos de luto — às vezes, por anos. Psicólogo alerta para impactos na vida social e risco de burnout. Como é a rotina de quem transmite a própria vida na internet (o tempo todo) Do que você estaria disposto a abrir mão pelo trabalho dos sonhos? Privacidade? Descanso? Um relacionamento? Para a streamer americana conhecida como Emilycc, essas renúncias se tornaram parte do pacote. Há mais de três anos, a jovem de Austin, no Texas, ganha dinheiro transmitindo sua rotina na internet 24 horas por dia, sete dias por semana, sem desligar a câmera nem por um minuto. Sim, seus quase 400 mil seguidores na plataforma Twitch, voltada para transmissões ao vivo, a acompanham sem pausas, enquanto ela dorme, faz refeições, vai ao mercado, limpa a casa e até lida com o luto pela morte da cachorrinha. “Quando tenho privacidade, é porque fui ao banheiro”, contou ao g1. Emilycc transmite a própria vida ao vivo 24 horas por dia Reprodução André Felipe Pinheiro, conhecido na internet como MeiaUm, trabalha de uma forma parecida. De Fortaleza, no Ceará, ele chegou a manter uma live ininterrupta na Twitch por mais de um ano, mas com o apoio de uma equipe para cobrir sua ausência em vários momentos. 💰 Na plataforma, os criadores de conteúdo ganham dinheiro com cada nova inscrição no canal, que custa US$ 5,99, além de faturar com anúncios, doações e outras ferramentas on-line. Ao todo, eles receberam mais de US$ 1 bilhão em 2024, segundo a Twitch. “Eu diria que o meu faturamento [incluindo outras plataformas, como o YouTube, e parcerias publicitárias] é na faixa de uns R$ 25 mil. Tem meses que é mais, tem meses que é menos, e desse dinheiro tem a parte que vai para a moderação, para o pessoal que está lá o tempo inteiro”, explica MeiaUm. André Felipe, conhecido como MeiaUm, fez live que durou mais de um ano Arquivo pessoal Nos chamados “subathons” (junção das palavras “subscription” e “marathon”, ou seja, maratona de assinaturas), os streamers se desafiam a ficar mais tempo ao vivo a cada nova inscrição — mas transmissões longas nem sempre significam mais dinheiro, alerta Anadege Freitas, diretora de parcerias e conteúdo da Twitch Brasil. “A gente conversa que eles precisam ser inteligentes em termos de esforço e retorno, olhar as métricas para otimizar o tempo”, orienta. Para Marcos Torati, mestre em psicologia clínica pela PUC-SP, o trabalho nas redes sociais precisa ser tratado com cautela: essa exposição constante, segundo ele, pode levar a burnout, esvaziamento existencial e dependência emocional da validação online. Nesta reportagem, você pode explorar a profissão dos streamers “infinitos” a partir dos três tópicos abaixo. O sonho de viver de games Nem tudo é jogo: a pressão de entreter sempre Nunca offline — e mesmo assim, sozinho O sonho de viver de games Loja de conveniência, supermercado, restaurante, parque aquático… Antes de mergulhar no mundo das transmissões ao vivo, Emilycc passou por vários empregos, mas sempre soube que queria trabalhar com entretenimento. “Pegava vários empregos ruins só para ganhar algum dinheiro, mas, quando descobri a Twitch, amei instantaneamente. Tive cinco espectadores na minha primeira transmissão, mas já gostei porque encontrei pessoas para jogar videogame. Sempre fui tímida e introvertida”, conta. Quando percebeu que poderia ganhar dinheiro com o hobby, Emily largou o trabalho e passou a se dedicar ao streaming. “Decidi ir com tudo e tenho feito isso há nove anos”, diz. Streamer Emilycc mora em Austin, no Texas Arquivo pessoal A ideia de transmitir por dias seguidos não foi planejada. O “subathon” começou como uma tentativa de reacender o engajamento, mas os minutos extras somados a cada novo seguidor fizeram a live crescer sem parar. “Pensei: ‘Não quero que isso acabe’, porque estava indo bem. Fui a primeira pessoa a atingir 100 dias em um subathon. Aí resolvi continuar, transformar isso num estilo de vida.” O brasileiro André Felipe, o MeiaUm, também começou por hobby, ainda na escola. Inspirado por outros streamers, passou a criar vídeos de games e a editar por conta própria. “Eu já fazia uns freelas enquanto estudava. Venho de uma família mais pobre, então comecei a ajudar nas contas de casa, e isso virou meu trabalho”, lembra. Assim como Emily, ele não planejava ficar tanto tempo ao vivo. A ideia inicial era transmitir por uma semana. Mas, com cada novo inscrito, o tempo aumentava. “A rotina virou basicamente em função da live. O time estava preparado para pouco tempo, mas ficou bem mais.” Volte ao índice. Nem tudo é jogo: a pressão de entreter sempre Embora trabalhar com games seja uma diversão para Emily e André, manter uma transmissão ativa 24 horas por dia e engajar o público pode ser exaustivo. “Às vezes eu só quero deitar na cama, relaxar e descansar. E eu sinto que, quando faço isso, estou meio que decepcionando as pessoas porque não estou criando conteúdo. Eles me veem deitada na cama, só rolando o TikTok ou assistindo a um filme”, desabafa Emily. Na Twitch, o principal tipo de conteúdo são as lives de games, mas vídeos de bate-papo (categoria “Só na Conversa”), de rotina (“Real Life”) e de conversas esportivas têm feito cada vez mais sucesso. Anadege Freitas, diretora na plataforma, explica que a autenticidade é o que gera engajamento. “Quem faz lives mais longas não consegue se editar. As pessoas reconhecem que, na Twitch, elas podem ser elas mesmas”, diz. Por isso, Emily faz questão de envolver o público: leva os seguidores em passeios, viagens e tenta manter a conversa ativa no chat. No entanto, admite que o dia a dia nem sempre tem grandes acontecimentos e que, apesar da conexão sensível com quem a acompanha, o que os espectadores mais procuram ainda é entretenimento leve. “Eu acabei de perder minha cachorra recentemente e foi muito difícil transmitir porque estou ativamente de luto. E as pessoas não querem assistir a isso. Elas querem ir para casa e assistir a algo que lhes traga alegria”, afirma. Emilycc perdeu a cachorrinha Snowy em fevereiro deste ano Arquivo pessoal No caso de MeiaUm, quando ele não estava disposto ou tinha algum compromisso, outros moderadores se encarregavam da live. Mas, ainda assim, era importante que o público soubesse onde ele estava e quando iria voltar. “Às vezes é meio complicado. Falta privacidade. Se eu viajo, não tenho internet em todo canto, então eu fico avisando: ‘Estou em tal lugar, ligo assim que der’, para manter o pessoal unido.” “Na live 24 horas, existe uma preocupação mesmo quando eu estou dormindo. Eu penso: ‘Será que caiu a internet? Será que caiu a luz?’ Tenho toda uma estrutura para não acontecer isso”, relata. Sem horário fixo, férias ou pausas ao longo do dia, trabalhar com transmissões “infinitas” pode levar ao burnout, alerta o psicólogo Marcos Torati. Segundo ele, mesmo atuando como autônomos, esses profissionais podem acabar se tornando “escravos do ponto de vista emocional, em uma busca incessante por likes, seguidores, audiência e patrocínio”. Como não há subordinação direta nem controle sobre a jornada, não existe vínculo empregatício entre os streamers e a Twitch — ou seja, não há limites de horário, folgas remuneradas nem outros direitos garantidos nas leis trabalhistas, explica o advogado Luciano Andrade Pinheiro, sócio do escritório Corrêa da Veiga Advogados. Ainda assim, segundo ele, é possível que a empresa venha a ser responsabilizada de alguma forma se não agir diante de sinais de exaustão dos usuários. A Twitch afirma que orienta os criadores com ações educativas sobre saúde mental e boas práticas de uso da plataforma. Também promove eventos e canais de diálogo para que eles troquem experiências e aprendam a otimizar o tempo online. LEIA MAIS 'Se tudo der errado, viro CLT': o que está por trás da aversão dos jovens ao trabalho com carteira assinada Volte ao índice. Nunca offline — e mesmo assim, sozinho Quando começou a transmissão que durou mais de um ano, MeiaUm costumava dormir em frente às câmeras, assim como faz Emily até hoje. Mas, depois de dois meses, conversou com os seguidores e explicou que precisava, pelo menos, desse momento sozinho. “Mas, no geral, eu vejo como um negócio superlegal. É uma oportunidade única estar com o pessoal que me acompanha. Não é todo mundo que está vivendo essa experiência, sabe?”, afirma MeiaUm. MeiaUm faz lives de games, música e bate-papo Arquivo pessoal Para Emily, estar acompanhada o tempo todo no mundo virtual acabou prejudicando sua vida social offline — embora ela já fosse, antes, uma pessoa tímida e caseira. “Se eu saio com amigos, a live vem comigo, o que obviamente tem sido muito difícil. Então, eu tenho, tipo, dois amigos. [...] E estou solteira há cinco anos”, conta. De acordo com o psicólogo Marcos Torati, essa dinâmica pode ser problemática à medida que a pessoa passa a investir mais no “eu digital” do que no “eu psicológico, biológico e social”. “O ‘eu real’ não importa. Vou ter prejuízo na minha vida social, amorosa, mas, em contrapartida, vem mais audiência. É como se fosse um preço válido a se pagar — mas não é, porque, no fundo, o ‘eu’ existe no corpo”, afirma. Ele diz que o streamer pode sofrer um esvaziamento existencial, com medo de deixar ou até mesmo reduzir a vida online. “A pessoa pode pensar: ‘Investi tanto nisso que, quando eu sair dessa estrutura, não tenho vida pra viver’. Ela pode cair em um buraco existencial, em depressão, em uma epidemia de solidão ligada à hiperconectividade, sem propósito e sentido de vida”, diz o especialista. Emily reconhece que já pensou várias vezes em encerrar a transmissão — especialmente em momentos difíceis —, mas ainda não vê isso como uma saída. “Quando minha cachorra faleceu, eu pensei muito se queria acabar com a live porque é uma coisa simplesmente desconfortável de transmitir. Mas eu sinto que, se eu acabasse com a transmissão naquele momento, teria piorado as coisas”, diz. “Eu sinto conforto quando estou ao vivo. Geralmente me sinto melhor", completa. Volte ao índice.



Consignado CLT: Ministério do Trabalho considera que juros são altos em alguns bancos e ameaça retirá-los do programa


08/06/2025 07:01 - g1.globo.com

Governo informou que está 'monitorando' as instituições financeiras que operam a linha de crédito e que, em caso de abuso, poderá descredenciá-las a ofertar os empréstimos. Mas disse que ainda não há um conceito do que são juros 'abusivos' para a esta linha de crédito. O Ministério do Trabalho informou que considera que os juros do crédito consignado ao setor privado cobrados por algumas instituições financeiras estão elevados. Por isso, diz que está "monitorando" os bancos que operam a linha de crédito e que, em caso de abuso, poderá descredenciá-los de ofertar os empréstimos. "Vamos monitorar abusos eventuais de taxas fora desse padrão. Se acontecer, notificação. Eventualmente, se caso observar, abusos até tirar do programa", informou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em entrevista ao g1 e à TV Globo. De acordo com a pasta, entretanto, ainda não há um conceito do que são juros "abusivos" para a esta linha de crédito. O governo acrescentou que o consignado do setor privado é um processo em implantação, que ainda está sem as garantias regulamentadas - embora estejam válidas. E que, por isso, a tendência é de que as taxas recuem nos próximos meses. Marinho informou que o governo já começou a notificar instituições financeiras que aprovaram um consignado maior do que 35% da renda do trabalhador, o que não é permitido. "As primeiras notificações em relação à ocupação da margem, já foram feitas. Estamos aguardando a prestação de conta por parte delas. A partir deste processo, nós vamos analisar, pode vir novas notificações pedindo explicação a elas", afirmou. Atualmente, o programa conta com 66 instituições financeiras habilitadas para operar a modalidade, segundo o Ministério do Trabalho. Consignado CLT: trabalhador poderá fazer a portabilidade Sem teto de juros O Ministério do Trabalho informou também que não considera, até o momento, instituir um teto para os juros do consignado ao setor privado. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem defendido que não é necessário fixar um teto para os juros, pois as taxas cobradas, segundo a entidade, serão mais baixas com a garantia dos recursos do FGTS. No lançamento da nova modalidade de crédito, em cerimônia no Palácio do Planalto na semana passada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que, caso seja "observado que o sistema financeiro esteja abusando, o governo poderá estabelecer teto de juros no futuro". Em março, o governo publicou um decreto do presidente Lula que determinando que o Comitê Gestor das Operações de Crédito Consignado será responsável por definir os parâmetros, termos e condições do contrato para empréstimos garantidos com recursos do FGTS. Com isso, deixou a porta aberta para eventualmente, se julgar necessário, fixar um teto de juros ao consignado. Taxas de juros De acordo com dados do Banco Central, a taxa média de juros na linha de crédito consignado ao setor privado somou 3,94% ao mês em abril. A lógica é que, se a taxa média somou cerca de 4% ao ano em abril, há instituições cobrando abaixo disso e há outras cobrando valores mais elevados. A taxa média do consignado ao setor privado foi mais do que o dobro registrado no crédito com desconto em folha de pagamento aos aposentados (1,81% ao mês) e aos servidores públicos (1,96% ao mês) no mês passado. ➡️As taxas médias mostradas pelo BC não significam que esse será o juro obtido pelos trabalhadores nos bancos. Isso vai depender da análise de risco que as instituições financeiras farão com base no seu tempo de trabalho e histórico de operações de crédito, entre outros fatores. ➡️A recomendação de especialistas é de que os trabalhadores façam uma ampla pesquisa no aplicativo da Carteira de Trabalho digital, promovendo concorrência entre as instituições financeiras, antes de fechar um empréstimo. Veja as taxas médias de juros de outras linhas de crédito em abril: ➡️crédito pessoal não consignado: 6,21% ao mês; ➡️cheque especial das pessoas físicas: 7,49% ao mês; ➡️ cartão de crédito rotativo: 15,15% ao mês. Nova linha de crédito A nova modalidade de crédito, com garantia do FGTS, foi lançada oficialmente em 21 de março, por meio de plataforma disponibilizada pelo governo. 🔎 As regras incluem o uso de até 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como garantia e, também, 100% da multa rescisória na demissão sem justa causa (que equivale a 40% do valor do saldo). A garantia está na Medida Provisória sobre o tema, mas ainda não foi regulamentada. 💲 Nesta linha de crédito, as parcelas são quitadas com desconto no contracheque, ou seja, no salário do funcionário que pega um empréstimo em uma instituição financeira. 💲 O consignado ao setor privado já existia, mas, com as regras antigas, havia uma exigência de um acordo entre as empresas e os bancos — o que travava a liberação dos recursos. 💲 Desde 21 de março, a busca pelo crédito pode ser feita pelos trabalhadores diretamente por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), sem a necessidade de acordo com os empregadores. 💲Desde 25 de abril, os trabalhadores podem contratar o empréstimo também por meio dos canais eletrônicos dos bancos habilitados. 💲De 16 de maio em diante, os trabalhadores do setor privado podem renegociar sua dívida utilizando a chamada "portabilidade" para outro banco, mas têm de procurar as instituições financeiras. 💲Desde 6 de junho, está sento permitida a portabilidade do crédito consignado entre as instituições financeiras. O objetivo é beneficiar os detentores de contratos antigos de empréstimos consignados que, em tese, possuem juros maiores.



Os 'microtrabalhos' exaustivos na internet que atraem mulheres com promessa de renda sem sair de casa: 'Se não bato meta, espero o dia virar e recomeço'


08/06/2025 05:00 - g1.globo.com


Possibilidade de conciliar cuidados com os filhos e trabalho doméstico com geração de renda online, leva mulheres a ficarem 14 horas por dia assistindo vídeos, respondendo pesquisa de mercado ou impulsionando vendas de produtos para plataformas digitais. Flávia assiste, curte, comenta e compartilha vídeos no Kwai ao longo de 14 horas por dia para complementar a renda do mês Acervo Pessoal via BBC Flávia começou a trabalhar como camelô aos 20 anos e, até hoje, aos 32, nunca teve um emprego formal. Mãe solo de três filhos — de 15, 13 e 8 anos —, viu a responsabilidade de sustentar a casa sozinha se tornar ainda mais penosa com a crise econômica gerada pela pandemia de covid-19. Foi nesse período que encontrou uma promessa tentadora: trabalhar de sua casa, em São Gonçalo (RJ), fazendo uma série de pequenas tarefas em sequência em plataformas digitais em troca de uma remuneração por cada uma delas. É o que se chama de microtrabalho e pode envolver desde a participação em pesquisas de mercado e testes de produto a treinar sistemas de inteligência artificial ou simplesmente acessar sites, dar curtidas em postagens e assistir a vídeos e outros conteúdos para gerar audiência para eles. Flávia, por exemplo, trabalha cerca de 14 horas diárias se alternando entre o aplicativo PiniOn — onde realiza avaliações de plataformas de transporte — e o Kwai, onde assiste a vídeos repetidamente em troca de alguns centavos por cada visualização. "Eu começo umas 9 horas, tem dia que começo umas 10 horas. Se não bater a meta, fico até 23h. Aí, tem que esperar virar o dia para poder começar de novo", explica Flávia, que pediu para ter nome real preservado nesta reportagem por temer retaliações das plataformas. Depois de um mês de trabalho e 420 horas diante da tela do computador ou do celular, ela diz que consegue juntar em média pouco menos R$ 700, que ela usa para sustentar cinco pessoas — ela, os filhos e o irmão, que tem deficiência. Na tentativa de aumentar os ganhos, Flávia conta que, nas últimas semanas, passou a trabalhar para uma terceira plataforma: a varejista digital Shopee. "Eu tenho que compartilhar os links dos produtos. Se alguém comprar, eu ganho 1%, 3%. Mas já é uma plataforma em que eu não consigo fazer dinheiro fácil, pois tenho que torcer para o povo comprar", diz. Mas o trabalho não para por aí: ela cuida sozinha de todas as tarefas domésticas. "Não tem horário [certo para trabalhar]. Como as atividades de casa sou eu que faço, eu faço uma atividade, entro um pouquinho [nas plataformas]. Faço outra atividade, paro e entro mais um pouquinho", explica. Ela diz que, entre vassouras e cliques, seus dias são longos e exaustivos, o que já tem reflexos na sua saúde. "Os meus olhos ficam ardendo. Sinto o ombro queimar", diz ela, acrescentando que tanta driblar o cansaço como pode, com estratégias improvisadas. "Deito na cama, boto os vídeos para tocar e deixo rolando [automaticamente], já dá para descansar um pouco." O Kwai disse em nota à BBC News Brasil que, apesar de usuários criarem conteúdo para ganhar dinheiro, "não incentiva nem promove a visualização contínua de vídeos como forma de monetização". Também "repudia qualquer forma de exploração ou comportamento que coloque em risco a integridade física, emocional ou psicológica dos usuários" e "segue aprimorando suas políticas" junto com especialistas e órgãos reguladores. O PiniOn afirmou os usuários participam voluntariamente em "missões", como pesquisas de opinião e coleta de dados, em troca de recompensas em dinheiro como uma forma de renda extra e não sua fonte principal, fixa ou significativa. A empresa também disse em nota que "nunca recebeu qualquer crítica relacionada a jornadas excessivas e insegurança financeira". A Shopee disse que seu programa de afiliados "é uma iniciativa gratuita" que permite aos consumidores indicarem produtos "voluntariamente" em troca de uma comissão pelas vendas e que oferece aos participantes apoio para ampliar seu alcance e ganhos. No Brasil, o microtrabalho é feminino Mulheres como Flávia são a maioria dos microtrabalhadores no Brasil. Essa é uma característica particular desse mercado por aqui, segundo o estudo Fabricar os dados: o trabalho por trás da Inteligência Artificial, do Laboratório de Trabalho, Plataformização e Saúde (LATRAPS), vinculado à Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), que tem como um dos autores o pesquisador e psicólogo Matheus Viana Braz. Enquanto as mulheres respondem por 63% da mão de obra por trás das microtarefas, em outros países, o quadro praticamente se inverte, e os homens são 70% dos trabalhadores das plataformas. Braz explica que não há um cálculo exato do número de microtrabalhadores no Brasil, porque a maioria das plataformas não divulga essa informação. Mas, em sua pesquisa, uma delas, a Microworkers, forneceu esses dados. A plataforma tinha 300 mil perfis brasileiros registrados em 2023. O estudo de Braz aponta que, em linhas gerais, a informalidade que atinge 40% da população brasileira cria o campo fértil para o microtrabalho, porque a incerteza sobre o dinheiro que entra todo mês faz com quem as pessoas busquem qualquer atividade que ofereça o mínimo de renda. Mas, no caso das mulheres, existem elementos adicionais que tornam esse tipo de trabalho especialmente atrativo. Flávia compartilha links de produtos da Shopee e ganha comissão de 1% a 3% sobre as vendas Acervo Pessoal via BBC O primeiro aspecto, segundo a pesquisa sobre microtrabalho no Brasil, é a dificuldade de conseguir um emprego: 73,7% estão desempregadas e 38,7% dependem exclusivamente das plataformas. Destas mulheres, 40% dizem que, embora tenham se formado na faculdade, não encontram uma oportunidade onde moram. O estudo também mostra que 62,6% são mães ou responsáveis pelos cuidados de outras pessoas da família, como deficientes, idosos ou parentes mais novos. Não à toa, "o maior benefício apontado por elas é a suposta conciliação entre o trabalho digital e o trabalho do cuidado", diz Matheus Viana Braz. "Essas mulheres são as principais responsáveis pelos cuidados domésticos e familiares." Novas configurações de trabalho também representam novos impactos à saúde física e psicológica, ressalta o pesquisador. "Embora faltem pesquisas sobre os efeitos a longo prazo, sabemos que são trabalhos penosos, repetitivos, que produzem fadiga", diz Braz. "As queixas mais comuns são de isolamento e falta de sentido. É uma condição extremamente inadequada de trabalho. 'Eu trabalho na cama, amamentando, na festa de família. Onde der, eu trabalho'." Essa dinâmica também gera ansiedade. "Você tem que ficar disponível 24 horas por dia nos grupos, perde o direito à desconexão para buscar boas tarefas", explica o pesquisador. Há um padrão distinto na forma como homens e mulheres se relacionam com as plataformas digitais de microtrabalho, de acordo com Braz. Enquanto eles tendem a acessar menos vezes, mas permanecem conectados por longos períodos ininterruptos, elas entram mais vezes ao longo do dia, em sessões curtas e fragmentadas. "As mulheres usam qualquer tempo livre, entre uma atividade de cuidado e outra, para realizar um microtrabalho. O pouco tempo que essa mulher tem livre dentro de casa agora passa a ser usado a serviço de uma possível rentabilidade", diz Braz Alternativa ao desemprego A promessa de flexibilidade e renda extra foi o que atraiu Juliana. Há seis meses desempregada, após anos trabalhando como operadora de caixa em supermercados de Camaragibe (PE), no Grande Recife, ela viu as contas não pararem de chegar. Foi em um grupo do aplicativo de mensagens Telegram que surgiu o que parecia ser uma luz no fim do túnel: uma oportunidade de ganhar dinheiro usando apenas o celular e sem sair de casa. A missão parecia simples: curtir postagens de produtos vendidos pelo Magazine Luiza em seu site, fazer capturas de tela para comprovar que havia feito isso e enviá-las a um contato específico. Ganharia entre R$ 5 e R$ 10 por cada curtida. Há pouco mais de um mês, o celular, que antes era usado por ela para se comunicar e se divertir, virou um instrumento de trabalho no qual Juliana mexe quase o dia inteiro. Das 9h às 21h, ela cumpre uma jornada silenciosa de cliques. Em sua casa, o salário mínimo do marido não cobre as despesas da família: só de aluguel, pagam R$ 350. Ainda há água, luz, gás — contas que, somadas, ultrapassam um salário mínimo. Com a renda das microtarefas, Juliana tenta aliviar o peso financeiro sobre o companheiro. "[O dinheiro] está dando para eu ajudar nas continhas da casa e comprar as minhas coisinhas de limpeza, meus shampoos", explica Juliana, que teve sua verdadeira identidade preservada a seu pedido. "Espero que dê certo, que tenha o meu salário." O Magazine Luiza disse em nota que "não faz nenhum tipo de recrutamento de pessoas para atuarem em qualquer plataforma ou serviço por meio de convites enviados via Telegram, WhatsApp ou outro aplicativo de comunicação", e que essas ações "não têm aval ou vínculo formal com o Magalu ou qualquer marca do grupo". A empresa afirmou que o caso de Juliana é exemplo "uma de diversas táticas usadas por golpistas que utilizam, indevidamente e sem qualquer autorização, o nome da companhia e de outras empresas para ações criminosas", informou que toma medidas para coibir isso e pede que os consumidores denunciem abordagens suspeitas. O problema na visão de quem estuda o mercado de trabalho é que as funções exercidas por Flávia e Juliana não têm caráter didático ou informativo, mas repetitivo. Elas não sairão dessas experiências com novos conhecimentos ou habilidades que contribuirão para outros mercados de trabalho. Outra questão apontada por especialistas é que a maior participação das mulheres nestas funções não se repete em cargos bem remunerados e de prestígio nas grandes empresas de tecnologia, as big techs. Em muitas destas companhias e na formulação de políticas públicas digitais, mulheres sequer são levadas em consideração, aponta Luiza Corrêa de Magalhães Dutra, pesquisadora e líder de projeto do Instituto de Referência em Internet e Sociedade e doutoranda da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). "Em muitos países da América Latina e Caribe, o marcador de gênero ainda não é central nas políticas públicas para o ambiente digital. Nem nas big techs. As mulheres não são incluídas para pensar essas políticas", explica Dutra. "Como consequência, enfrentam mais barreiras, mais violência e menos oportunidades nos espaços digitais." Essa ausência se reflete diretamente no tipo de trabalho ofertado a elas, ressalta a pesquisadora. Em vez de corrigir desigualdades históricas, o mercado digital reproduz — e, muitas vezes, aprofunda — hierarquias já estabelecidas. O espaço online, visto muitas vezes como moderno e inovador, pode acabar reencenando papéis antigos: as mulheres ocupam as funções mais precarizadas, repetitivas e mal remuneradas. "Há uma reprodução de violências e de locais de uma hierarquia, quando a gente está falando de uma pirâmide de gênero, de locais de ocupação, de trabalho, de renda", observa Dutra. "Isso é reproduzido e utilizado pelas grandes empresas no online para captar mulheres, por exemplo, para aceitar subempregos." Para muitas mulheres, ingressar no microtrabalho digital não representa então uma emancipação ou um progresso — mas a perpetuação de situações de precariedade e violência. A promessa de flexibilidade e autonomia, diz Dutra, esconde uma realidade de jornadas invisíveis, insegurança e desgaste físico e emocional. "Quando sou mulher e vou trabalhar no ambiente digital, já carrego uma carga de violências que são sofridas nesse ambiente em que estou tentando trabalhar", afirma a pesquisadora. Flávia ganha R$ 0,50 por cada pesquisa respondida no PiniOn. No final do dia, se executar todas as trinta tarefas corretamente, receberá R$ 15 Acervo Pessoal via BBC Faltam leis trabalhistas O microtrabalho no Brasil ainda não é contemplado pelas leis trabalhistas brasileiras — ou de outros países, ressalta Matheus Viana Braz. "Não houve nenhum país que regularizou o microtrabalho. Existem várias iniciativas em curso, que tudo indica que essa regulamentação vai começar pela Europa", diz Braz. Mas o pesquisador aponta que as empresas deste mercado têm sido pressionadas a oferecerem melhores condições de trabalho. A última edição do relatório do projeto Fairwork, que estuda a economia de mercado em torno de novas plataformas digitais, analisou a atuação dessas empresas em cem países para verificar, por exemplo, se o pagamento, as condições de trabalho e o gerenciamento destas tarefas são feitos de forma justa. "Com isso, eles conseguem fazer com que as empresas implementem melhorias, mas são coisas pontuais. Regulamentação, em si, ainda não houve." Segundo o pesquisador Renan Kalil, professor de direito no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e procurador do trabalho de São Paulo, a regulamentação das relações de trabalho no campo das microtarefas ainda estão na fase de estudo. Em 2025, o Ministério Público do Trabalho (MPT) criou o Crowdworking, um grupo de trabalho ligado à Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho (Conafret), para debater sobre o microtrabalho no Brasil. Kalil aponta que um dos desafios para a Justiça atuar nesta área é que muitas dessas plataformas não têm sede física ou representação judicial no Brasil. Isso é um obstáculo, por exemplo, para que a empresa seja notificada para responder um processo na Justiça ou para atender requisições feitas pelo Ministério Público do Trabalho em investigações. O procurador diz que os microtrabalhadores estão em uma situação de vulnerabilidade maior, por exemplo, do que a dos entregadores de comida, graças à sua "completa invisibilidade". "Você sai na rua e vê um entregador trabalhando, mas, na microtarefa, o trabalhador é invisível, ele simplesmente executa e entrega o produto e ninguém vê. Isso o deixa ainda mais vulnerável", observa Kalil. Um dos poucos exemplos de ação trabalhista envolvendo o microtrabalho se deu em maio de 2022, quando o MPT de São Paulo instaurou uma ação civil pública contra a Ixia Gerenciamento de Negócios. Essa empresa contratava trabalhadores para realizar acompanhamento de atendimento virtual realizado por robôs para a operadora de telecomunicações Sky. Os profissionais cumpriam escalas de plantões corrigindo possíveis erros cometidos pela inteligência artificial e eram pagos como se realizassem microtarefas. Em depoimento, um trabalhador afirmou receber R$ 0,11 centavos por minuto, remuneração que o levava a trabalhar o máximo de tempo possível para atingir a meta. A BBC News Brasil teve acesso ao processo em primeira instância e à revisão do caso feita pelo Tribunal do Trabalho da 2ª Região com um resumo da sentença que condenou a empresa na segunda instância. Segundo a ação civil, para ingressar no trabalho, os profissionais tinham que se tornar microempreendedores individuais (MEIs). O contrato firmado entre a Ixia e os trabalhadores dava a ideia de que eles estariam "empreendendo" com a realização deste trabalho. A Ixia reforçou nos autos do processo que "assim como os demais trabalhadores, o trabalhador que depôs é um empreendedor, tanto que constitui pessoa jurídica, e trabalhava sob sua conta e risco, e que não existia pessoalidade na prestação de serviços ou subordinação". Mas a Justiça disse que se tratava de uma forma de "trabalho terceirizado online" em que "o cumprimento das atividades em tempo hábil e sem erros, era a condição para evitar a quebra do contrato". A Ixia foi condenada em segunda instância a reconhecer vínculo empregatício, pagar uma indenização de R$ 1,3 milhão por danos morais coletivos. Também foi proibida de contratar novos profissionais na modalidade de microtarefas — terá de fazer isso conforme as regras da CLT. A empresa recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho, que ainda não julgou o caso. A Ixia foi procurada pela reportagem para comentar sobre o assunto, mas não respondeu. "Por trás de toda a tecnologia criada — algoritmo, inteligência artificial — tem um ser humano. Um ser humano que criou a tecnologia e que de alguma forma está auxiliando a tecnologia a ser utilizada", pondera Luiza Dutra, da PUC-RS. Essa criação, no entanto, não é neutra, ressalta a pesquisadora: "Somos criados dentro de um ambiente extremamente racista e machista". "Ao mesmo tempo que eu coloco mulheres em locais que deveriam ser extremamente importantes para a luta contra a violência de gênero, eu pago muito pouco para que elas ocupem esses espaços", denuncia Dutra. A revolução tecnológica avança. Mas, por trás da promessa de um futuro digital, persistem abusos e a desigualdade — atualizados para a era dos algoritmos. Veja mais em: O Bolsa Família é culpado pela dificuldade das empresas em contratar? Por que 'ofertas de empregos fantasmas' estão em alta no LinkedIn e outras plataformas Emprego: 10 dicas para usar o LinkedIn e conquistar a vaga dos sonhos em 2024 Por que muitos jovens não querem trabalhar como ‘CLT’? Como as redes sociais viraram vitrine obrigatória para profissionais de todas as áreas



Pacote para compensar mudanças no IOF: veja medidas em estudo e por que o governo precisa delas


08/06/2025 03:00 - g1.globo.com


Medidas avaliadas são sugestões da equipe econômica e também do Congresso Nacional. Se aprovadas, podem abrir espaço para novos recuos no aumento do IOF — que sofre forte rejeição. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista no Hotel Brasília Palace, nesta terça-feira, 3 de junho de 2025. WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO A equipe econômica do governo e o Congresso Nacional estudam uma série de medidas para compensar novas alterações no Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Anunciada há duas semanas, a alta do IOF busca aumentar a arrecadação e garantir o cumprimento das metas fiscais em 2025. Parte desse aumento (investimentos no exterior) já foi revogada. Mesmo assim, a elevação do IOF foi mal recebida tanto pelo mercado quanto pelo Congresso, que ameaçou derrubar o decreto presidencial que previa alterações no tributo — algo inédito nos últimos 25 anos. Ana Flor: Haddad só vai revogar IOF se Congresso aprovar medidas O incremento do IOF, que segue válido, envolve empréstimos para empresas e câmbio, mas não pessoas físicas. A expectativa da área econômica é de arrecadar R$ 20,5 bilhões a mais neste ano e R$ 41 bilhões em 2026. Como estuda novo recuo em pelo menos parte do aumento do IOF, como no caso do chamado "risco sacado" (operação em que um um banco antecipa o pagamento de uma fatura que é cobrada depois de seu cliente), o governo está fechando medidas para compensar a perda de arrecadação. Até a aprovação das novas propostas, o IOF elevado deve seguir de pé. A expectativa é que o pacote de propostas, que ainda será discutido neste fim de semana, seja anunciado nos próximos dias. Curto prazo Entre as possibilidades em análise que podem impulsionar a arrecadação no curto prazo, estão: ➡️Antecipação de dividendos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), assim como ocorreu em 2024. ➡️Pacote de medidas regulatórias no setor de petróleo e gás natural que pode gerar R$ 35 bilhões em arrecadação até 2026. ➡️Taxação de criptomoedas. ➡️Aumento na taxação das apostas esportivas. O setor já manifestou "profunda preocupação e veemente discordância quanto à possibilidade de majoração da carga tributária". Alternativas ao aumento do IOF vão ser apresentadas na próxima semana Equilíbrio no orçamento de 2025 Sem novas ações, o governo teria de anunciar um bloqueio adicional na peça orçamentária, que já soma, até então, R$ 31,1 bilhões — o maior dos últimos cinco anos. As limitações do orçamento estão ligadas ao arcabouço fiscal, aprovado no ano anterior. Por essa regra, as despesas não podem crescer acima de 70% da alta das receitas, limitada a 2,5% ao ano (acima da inflação). Além disso, há uma meta para as contas do governo, com intervalos de tolerância. Da limitação de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano, detalhado na semana passada, R$ 7 bilhões são em emendas de bancada (RP7), R$ 24 bilhões em despesas dos ministérios. As maiores contenções (soma de bloqueio e contingenciamento) foram: Ministério das Cidades: R$ 4,288 bilhões; Ministério da Defesa: R$ 2,593 bilhões; Ministério da Saúde: R$ 2,366 bilhões e Ministério do Desenvolvimento Social: R$ 2,123 bilhões. Medidas 'estruturais' Além de ações para equilibrar o orçamento de 2025, o governo e o Legislativo também se debruçam sobre projetos para melhorar as contas públicas no médio e longo prazos. O objetivo é retomar superávits fiscais nos próximos anos e diminuir a pressão sobre o arcabouço fiscal, a regra para as contas do governo. No caso das ações estruturais, porém, terão de ser aprovados projetos pelo Congresso Nacional para alterar leis em vigor. "Para garantir um ambiente político de qualidade, nós precisamos de reformas estruturais. O Congresso pediu, a Fazenda organizou, apresentou. Obviamente que isso vai depender agora de uma avaliação dos partidos políticos, mas só o fato de termos o aval do presidente das duas Casas já é uma coisa muito significativa", afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta semana. Entre as medidas estruturais defendidas, estão algumas que já estão no Congresso Nacional. ➡️Como o projeto que trata da limitação de supersalários de servidores públicos e, também, o que endurece um pouco as regras para aposentadoria dos militares. ➡️Além disso, o governo também negocia uma emenda constitucional para que os repasses da União ao Fundeb, que garante o reforço de caixa de estados e municípios para investir nos estudantes da rede pública da educação infantil ao ensino médio, sejam revistos. Em 2020, o Congresso aprovou uma emenda Constitucional que eleva a complementação da União ao Fundeb gradualmente. Era de 10% naquele ano. E deverá chegar a 23% em 2026. Atualmente, está em 21%. Em 2025, a previsão para o repasse da União ao Fundo subiu para R$ 58,8 bilhões, segundo o cálculo mais recente, divulgado pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Fazenda no início de maio. A proposta a ser negociada com os líderes do Congresso é para conter essas transferências. Por exemplo, o aumento previsto pela Constituição para 2026, que é de 2 pontos percentuais, deve representar mais de R$ 6 bilhões em aumento de despesa para o governo federal. Para aprovar isso, contudo, será necessário amplo apoio nas duas Casas do Congresso, por ser uma nova emenda constitucional. Sessão Conjunta com o Congresso Nacional na quinta-feira (20). Vinicius Loures/Câmara dos Deputados ➡️Outra medida em discussão é a reavaliação das isenções e renúncias na hora do pagamento de tributos, os chamados benefícios fiscais. Esse corte de benefícios é algo que já consta na PEC emergencial, aprovada em 2021. A previsão para esse ano, da Secretaria da Receita Federal, é de uma renúncia fiscal de R$ 544,5 bilhões para estimular setores da economia. Com a reversão de alguns benefícios, haveria aumento da arrecadação, ajudando na busca pelo superávit nas contas do governo. Parte dos benefícios fiscais já está programada para ter fim nos próximos anos por conta da aprovação da reforma tributária sobre o consumo. Outros benefícios ligados ao Imposto de Renda, como as deduções de gastos em saúde e educação para a classe média, já foram criticados pelo governo Lula. Mas ainda não há proposta formal para revê-los.



Mega-Sena, concurso 2.873: prêmio acumula e vai a R$ 61 milhões


07/06/2025 23:11 - g1.globo.com


Veja os números sorteados 27 - 52 - 56 - 04 - 05 - 17. Quina teve 95 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 44.356,88. O sorteio do concurso 2.873 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (7), em São Paulo. . Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 61 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 27 - 52 - 56 - 04 - 05 - 17. 5 acertos - 95 apostas ganhadoras: R$ 44.356,88 4 acertos - 8.838 apostas ganhadoras: R$ 681,13 Resultado da Mega-Sena, concurso 2873 Reprodução/Canal da Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1



Idoso sem dentes se queixa de débito automático de plano odontológico, e indígena reclama de seguro residencial em aldeia


07/06/2025 18:27 - g1.globo.com


Situações não impedem a oferta dos serviços, mas foram levadas à Justiça para questionar contratos. Casos ocorreram no Tocantins, onde processos de débitos indevidos em contas bancárias estão paradas desde 2023 para, segundo o tribunal, evitar uso da Justiça para vantagem indevida. Idoso sem dentes reclama de débito em plano odontológico; indígena de seguro residencial Maria de Jesus Ferreira da Silva é casada com Inácio Ferreira da Silva há 45 anos -- ela nunca viu o marido ir ao dentista. O idoso, hoje com 66 anos, foi perdendo os dentes ao longo tempo, até que restaram apenas três. Foi por isso que o casal não entendeu quando, em maio de 2024, apareceu um desconto de R$ 553,60 na conta do idoso, que mora em Araguaína (TO). O débito automático foi feito pela Odontoprev e se refere à parcela única de um plano odontológico anual. Depois da reclamação, a empresa devolveu parte do valor. Ao g1, afirmou que o plano foi contratado de forma “legítima e aprovada pelo cliente”. Inácio, de 66 anos, foi perdendo os dentes ao longo dos anos, até que restaram apenas três. Arquivo pessoal Em Santa Fé do Araguaia (TO), a indígena Juracy Wekeru Karajá também não entendeu por que o Bradesco Seguros debitou R$ 30,51 da sua conta, em novembro de 2022. Era a parcela de um seguro residencial, mas a casa da aposentada, na Terra Indígena Xambioá, nem mesmo tem parede de tijolos, são apenas tábuas. A seguradora não quis se pronunciar. Pessoas sem dentes podem contratar planos odontológicos, e não há impedimento legal para que qualquer imóvel seja segurado, mas os advogados de Inácio e Juracy usaram esses fatos para questionar as contratações na Justiça e mostrar que esses serviços não eram prioridade para quem ganha um salário mínimo. Casa da indígena Juracy sequer tem parede de tijolos, mas ela foi cobrada por um seguro residencial. Arquivo pessoal Devido ao aumento expressivo de processos que discutem contratos bancários e alegações de descontos indevidos em contas de aposentados e outros clientes, o tribunal do Tocantins instaurou um Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR). Agora, os magistrados precisam decidir como vão julgar todos os casos de forma semelhante, para evitar litigância abusiva, ou seja, o uso indevido do sistema judicial para obter vantagem indevida. Todas ações que envolvem contratos bancários estão suspensas no estado desde 2024, à espera dessa decisão. ‘Se a gente tivesse R$ 500, comprava alimento’ Por causa de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), Inácio fala e se locomove com dificuldade. Ele ainda toma remédio para hipertensão. A casa de três cômodos onde mora com a esposa não tem piso, nem reboco nas paredes. É por tudo isso que, segundo Maria de Jesus, mesmo se o casal tivesse R$ 500 sobrando, um plano odontológico não seria a prioridade. “A gente ia comprar alimento e pagar farmácia, porque nós dependemos muito disso. Se sobrasse, ia fazer alguma coisa em casa, comprar um cimento para tapar os buracos”, disse a esposa. A Odontoprev disse que investe em um sistema de monitoramento e auditoria para identificar possíveis irregularidades e preservar a integridade dos seus contratos. 'Se a gente tivesse R$ 500 sobrando, nosso plano era comprar comida', disse a esposa de Inácio, Maria de Jesus. Arquivo pessoal De acordo com o Conselho Federal de Odontologia, “cidadãos sem dentes podem usufruir plenamente dos serviços odontológicos e de saúde bucal”. Entre os procedimentos possíveis estão confecção de próteses e instalação de implantes. Mesmo tendo pago plano odontológico por ao menos um ano, Inácio não fez qualquer procedimento. “Eu nunca fiquei sabendo de nada disso”, disse o idoso, que recebe do INSS um Benefício de Prestação Continuada no valor de um salário mínimo. Desconto desde 2023 Inácio sequer tinha notado, mas em 2024 já era a segunda vez que o desconto ocorria. A primeira cobrança foi feita em maio de 2023, na mesma data em que o idoso fez um empréstimo. Segundo a advogada Izabella Martins, que moveu 21 processos contra a Odontoprev no TJ do Tocantins desde 2023, entre eles o de Inácio, esse caso confirma um padrão: os débitos automáticos de valores maiores coincidem com as datas em que os beneficiários do INSS recebem dinheiro de empréstimos. “Assim, o idoso não percebe o valor descontado”, disse Izabella. Sem valor extra na conta, o débito do plano odontológico em 2024 causou impacto no orçamento de Inácio -- restaram apenas R$ 400 para o mês inteiro. “Fiquei só pensando como ia fazer para acertar as contas”, disse o idoso. Leia também: Aposentados descobrem débitos automáticos sem autorização Em resposta, a Odontoprev disse que “realiza análise contínua de dados para identificar padrões e tendências que possam indicar atividades fraudulentas, com uso de tecnologias, monitoramento de procedimentos incomuns, realização de auditorias regulares nos processos internos, contas e registros que ajudam a identificar discrepâncias, distorções e inconsistências”. A empresa devolveu R$ 458,25 para Inácio uma semana após ter sido feito o débito automático. A diferença de R$ 95,35 em relação ao que foi descontado seria proporcional ao tempo em que ele teve direito ao plano odontológico, depois que, segundo a Odontoprev, o contrato foi renovado automaticamente. Mesmo assim, o idoso entrou na justiça para receber, em dobro, todo o valor debitado da sua conta. Ele também pede uma indenização por danos morais, mas a ação está parada desde dezembro de 2024, devido ao IRDR que precisa ser votado pelos magistrados. Em nota, o tribunal do Tocantins disse que segue orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para enfrentar litigância abusiva. “O TJ-TO reafirma seu compromisso com uma Justiça responsável, técnica e acessível”. Aposentados dependem de acordo com as empresas Para o advogado André Moura, a demora do tribunal em votar a IRDR faz com que os aposentados do Tocantins fiquem à mercê do desejo das empresas de fazerem um acordo, como aconteceu na ação de Juracy contra o Bradesco Seguros. Em fevereiro de 2024, a empresa pagou R$ 3.253,87 para a indígena, a título de indenização, e o processo foi encerrado. Ao g1, Bradesco Seguros disse que “não comenta casos levados ao Judiciário”. A Superintendência de Seguros Privados, órgão que supervisiona a conduta das seguradoras, informou que não há especificação técnica que determine as características de uma residência para ela ser segurável. “O que geralmente se exige como condição mínima é a identificação e o registro do imóvel, com avaliação do seu estado de conservação”, disse a Susepe. Juracy não tem registro da sua moradia, porque vive uma terra indígena, legalmente de propriedade da União e onde os imóveis não são registradas de forma individual.



A grande aposta econômica de Trump que Getúlio Vargas tentou implementar sem sucesso no Brasil


07/06/2025 15:20 - g1.globo.com


O presidente americano defende uma política comercial semelhante à de Juan Perón na Argentina ou de Getúlio Vargas no Brasil, que deixaram lições para a região. Getúlio Vargas adotou um nacionalismo econômico quando governou o Brasil entre 1951 e 1954, que tem semelhanças com as políticas de Trump. Getty Images via BBC Pergunta 1: qual presidente nas Américas utilizou um antigo dispositivo legal para taxar importações e persuadir empresas a instalar fábricas em seu país? Resposta: Getúlio Vargas, no Brasil, na década de 1950. E também Donald Trump, nos Estados Unidos, neste ano. Pergunta 2: qual presidente nas Américas declarou a "independência econômica" de seu país em um ato pomposo em que adotou o protecionismo industrial? Resposta: Juan Domingo Perón, na Argentina, em 1947. E também Trump neste ano. Determinado a proteger a indústria americana com barreiras tarifárias sobre produtos estrangeiros, Trump se assemelha a líderes latino-americanos que muitos consideram populistas. Os argumentos do republicano e a maneira como ele promete impulsionar a produção industrial nos Estados Unidos são parecidos com a política de industrialização por substituição de importações (ISI) adotada por Perón, Vargas e outros líderes ao sul do Rio Grande, que marca a fronteira dos EUA com o México. "A lógica [de Trump] é muito do século passado, e é por isso que se assemelha tanto às experiências latino-americanas com o ISI", observa Monica de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson de Economia Internacional, em Washington, coautora de um novo livro sobre o assunto. Mas tanto ela quanto outros especialistas alertam para as potenciais consequências negativas de tal medida nos EUA atualmente. "O contexto é completamente diferente e, portanto, a lógica desse tipo de política usada hoje não faz sentido", disse de Bolle à BBC News Mundo (o serviço de notícias em espanhol da BBC). "Na América Latina, o ISI foi um fracasso retumbante: não há como argumentar que houve resultados mistos." Política abandonada Acadêmicos apontam há muito tempo as semelhanças de Trump com líderes latino-americanos em suas atitudes políticas: desde se apresentar como o salvador de seu país em oposição à elite, passando pela eliminação da distinção entre líder e partido, até o desafio aos limites da democracia liberal. Mas a comparação de Trump com líderes latino-americanos por razões econômicas é diferente. Como presidente argentino de 1946 a 1955, Perón procurou proteger a indústria argentina com tarifas. Getty Images via BBC O banco de investimentos JPMorgan Chase observou em um relatório há algumas semanas que "o risco para os mercados é que as autoridades políticas dos EUA repitam os erros de líderes latino-americanos como o ex-presidente argentino Juan Perón: protecionismo, falta de independência do banco central e um desrespeito generalizado pela estabilidade macroeconômica". "Ironicamente, muitas economias latino-americanas fizeram progressos significativos nessas áreas, ao mesmo tempo em que os participantes do mercado questionam cada vez mais a credibilidade econômica dos EUA", acrescentou o relatório do banco. O ex-presidente da Costa Rica, Oscar Arias, traçou um paralelo semelhante. "Na América Latina, tivemos o modelo de substituição de importações por muito tempo. Tínhamos um Mercado Comum Centro-Americano com esse modelo. É isso que o presidente Trump está fazendo: o que abandonamos anos atrás", disse Arias, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, em entrevista à BBC News Mundo em abril. Então, em que consiste essa política? Liberação Empresários brasileiros refazem cálculos após Trump dobrar tarifas de aço e alumínio A estratégia de substituição de importações, ou ISI, adotada do México à Argentina, particularmente entre as décadas de 1930 e 1950, buscava reduzir a dependência do mercado externo e alcançar a autossuficiência econômica após a Grande Depressão e as Guerras Mundiais. Diante dessa turbulência internacional e da migração das áreas rurais para as cidades latino-americanas, que demandavam empregos urbanos, os governos da região buscaram que as indústrias nacionais produzissem bens de países desenvolvidos. Com o apoio teórico da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), foram criadas barreiras tarifárias sobre certas importações que pretendiam substituir por produtos locais, além de recorrer a outros instrumentos, como subsídios ou cotas de importação. O desejo de proteger a indústria local com tarifas é a principal coincidência do ISI com a agenda de Trump, que agora está abalando o comércio global. "Esta é a nossa declaração de independência econômica", disse Trump em 2 de abril, quando anunciou, na Casa Branca, um muro tarifário sobre remessas de mercadorias de grande parte do mundo para os EUA. O conceito de "independência econômica" foi incluído em um documento que Perón assinou em cerimônia solene como presidente argentino em 9 de julho de 1947, quando aumentou as tarifas para industrializar seu país durante seu primeiro mandato. "A Nação alcança sua liberdade econômica", dizia o texto de Perón. E ele enfatizou: "livre do capitalismo estrangeiro e das hegemonias econômicas globais". "Líderes estrangeiros roubaram nossos empregos, bandidos estrangeiros saquearam nossas fábricas", disse Trump em abril, referindo-se ao déficit comercial dos EUA. Ele prometeu: "Teremos uma nação muito livre e bela; será o Dia da Libertação." Para impor suas tarifas de importação, Trump lançou mão da Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, de 1977. Esta lei é objeto de uma batalha judicial. Na semana passada, um tribunal federal declarou ilegal o uso da norma com este fim, mas uma corte de apelações aceitou o seu emprego, pelo menos temporariamente. Muito antes disso, quando voltou à presidência do Brasil em 1951, Getúlio Vargas também recorreu a um instrumento legal de anos antes para impor suas tarifas de importação. A "lei do similar" permitia que produtores locais se registrassem, solicitando a proteção do governo contra concorrentes diretos do exterior. Da mesma forma que Trump nos dias de hoje, Vargas procurava pressionar as empresas estrangeiras para instalarem indústrias no país, sob pena de perderem o acesso ao amplo mercado doméstico brasileiro. 'Modelo fracassado' É claro que também existem algumas diferenças. Perón e Vargas promoveram empresas estatais em amplos setores da economia, do petróleo à eletricidade, enquanto Trump defende a redução do Estado e, ao mesmo tempo, sua intervenção na economia. Os EUA são agora uma nação desenvolvida, enquanto os países latino-americanos que adotaram políticas de substituição de importações aspiravam alcançar o desenvolvimento por meio da industrialização. Em toda a região, essas estratégias permitiram que fábricas prosperassem com relativa rapidez, e países como Argentina, Brasil e México se tornaram semi-industrializados antes da década de 1970. No entanto, a estratégia encontrou vários obstáculos: desde frequentes problemas de balanço de pagamentos, porque as indústrias locais necessitavam de peças e máquinas importadas, até ineficiência produtiva, formação de monopólios e oligopólios e também corrupção. Algumas medidas adotadas para corrigir essas dificuldades, por sua vez, levaram à inflação, desvalorizações da moeda e desequilíbrios fiscais. Outro problema apontado por especialistas é que, diferentemente dos países asiáticos, que também implementaram políticas de substituição de importações e passaram a competir globalmente, na América Latina a estratégia foi desenvolvida internamente e fez com que a região perdesse capacidade exportadora. De Bolle destaca que o México, ao abandonar o ISI para firmar seu acordo de livre comércio com os EUA e o Canadá na década de 1990, conseguiu se industrializar ainda mais e se tornar menos dependente da exportação de matérias-primas. "Brasil e Argentina nunca escaparam (do ISI) até hoje e têm indústrias nada competitivas", ressalta. "A razão é que, com o tempo, essas políticas geram uma espécie de dependência do setor privado em relação ao governo, um fenômeno tóxico que resulta em baixo crescimento e, frequentemente, crises fiscais." Um paradoxo é que o atual presidente da Argentina, Javier Milei, é um aliado de Trump, mas criticou "o modelo fracassado de substituição de importações" aplicado em seu país. Trump, no entanto, mantém sua postura protecionista, apesar de ter modificado parcialmente sua política comercial quando os mercados reagiram negativamente. Por exemplo, ele reduziu as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30% após um acordo bilateral, em meio a alertas sobre riscos inflacionários. Mas, na terça-feira (03/06), dobrou as tarifas sobre aço e alumínio estrangeiros (de 25% para 50%), argumentando que isso "fortaleceria ainda mais a segurança da indústria siderúrgica". No entanto, novos sinais adversos estão surgindo em relação a essas políticas. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projetou na terça-feira que o crescimento do PIB dos EUA será de 1,6% este ano, inferior aos 2,8% em 2024, se a tarifa efetiva sobre importações que Trump manteve até meados de maio continuar. E observou que essa tarifa é a mais alta para os EUA desde 1938: em média, aumentou de cerca de 2,5% no ano passado para mais de 15%. O alerta de vários economistas é que tais medidas, sem um plano claro, podem incentivar a produção local, mas aumentar o preço das importações e bens intermediários do exterior, o que eleva a inflação e prejudica os setores e trabalhadores que o presidente alega proteger, como demonstra a história da América Latina. "A lição é que políticas dessa natureza, adotadas por períodos prolongados ou executadas de qualquer forma, têm resultados desastrosos", diz De Bolle, "e não será diferente aqui nos EUA".



Regra que restringe trabalho aos feriados deve ser adiada até haver consenso, diz ministro


07/06/2025 07:00 - g1.globo.com


Normas foram publicadas em novembro de 2023 e, até hoje, não entraram em vigor, diante de divergências entre empresários e trabalhadores. Regras previam que comércio só poderia funcionar no feriado com acordo sindical. O governo deve adiar o início das regras que restringem o trabalho no comércio aos feriados, enquanto não houver acordo entre empresários e trabalhadores, relatou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. As normas foram publicadas em novembro de 2023 e, até hoje, não entraram em vigor. Elas vêm sendo postergadas sucessivamente diante do impasse. “Enquanto não tiver solução, nós vamos prorrogar”, disse o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em entrevista à TV Globo. Em 2023, o governo publicou uma portaria determinando que setores do comércio e serviços só possam funcionar aos feriados se houver negociação com sindicatos ou permissão por lei municipal. Trabalho no feriado vai mudar? Entenda o que está sendo negociado no Congresso Entenda como deve ser o trabalho em feriados Essa exigência não era mais necessária desde 2021. Bastava comunicação do empregador de que o estabelecimento abriria normalmente e a escala de trabalho (respeitando os direitos de folga). A portaria assinada por Marinho no primeiro ano deste governo buscava retomar essa obrigatoriedade. Mas isso gerou críticas do setor produtivo, que tem pressionado pelos seguidos adiamentos. “Nós estamos discutindo isso amplamente com trabalhadores e empregadores. Eu disse aos empregadores: não se preocupe com isso. Enquanto nós estivermos conversando, enquanto não se chegar a um acordo, [as normas] serão prorrogadas para dar segurança a todas as empresas do setor do comércio do Brasil inteiro, que não haverá absolutamente nenhum problema dessa natureza”, afirmou Marinho. Segundo ele, quando houver um acordo, é possível que precise de aval do Congresso Nacional. “A solução definitiva pode ser que passe pelo Congresso”, reforçou o ministro. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado Geraldo Magela/Agência Senado Divergências A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) afirmou, em nota, que vê com preocupação se o governo optar pelo adiamento das regras. “O possível adiamento da medida sinalizaria fragilidade frente às pressões do setor empresarial e abriria espaço para a precarização das relações de trabalho. Qualquer recuo seria um desrespeito a esse pacto e um retrocesso inaceitável nas relações trabalhistas”, diz a nota. Parlamentares da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços e a ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) se reuniram com o ministro nesta semana. Saíram de lá com expectativa de postergação da portaria. “O setor aguarda agora a formalização da decisão pelo Ministério do Trabalho e segue mobilizado para garantir um ambiente de negócios estável e favorável ao comércio e aos serviços no país”, informou a ABAD.



Leite sem vaca: empresa brasileira insere DNA bovino em microrganismos para produzir a bebida; entenda


07/06/2025 06:00 - g1.globo.com


Modificação serve como um conjunto de instruções para fungos e leveduras produzirem proteínas do leite. Técnica conhecida como "fermentação de precisão" é parecida com a de produção de cervejas e vinhos. Leite produzido com fermentação de precisão Divulgação / Future Cow Já pensou em consumir um leite feito por leveduras e fungos? Isso pode se tornar uma realidade. Uma startup brasileira desenvolveu a tecnologia que usa modificação genética em microrganismos para permitir a produção de leite sem origem animal. O processo chamado de "fermentação de precisão", usado pela Future Cow, é muito parecido com o que é feito para a produção de cervejas ou vinhos. Entenda mais abaixo. Além de reproduzir a proteína, ela também consegue eliminar componentes considerados indesejados por alguns consumidores, como lactose, colesterol ou hormônios presentes no leite de origem animal. Leite feito por fungos e leveduras O produto desenvolvido pela empresa não usa nenhuma quantidade de leite de origem animal. Para conseguir isso, os cientistas modificaram leveduras e fungos, inserindo uma sequência do DNA bovino. Ela serve como um conjunto de instruções para os microrganismos produzirem a proteína do leite. "Esses microrganismos passam a funcionar como 'minivacas'”, afirma Leonardo Vieira, cofundador e CEO da Future Cow. A partir disso, os microrganismos trabalham em tanques de fermentação. O resultado é uma proteína que tem a molécula idêntica àquela encontrada no leite tradicional de vaca. Leia também: o que são aves matrizes, como as da granja que registrou foco de gripe aviária Leite feito a partir de fungos e microrganismos Divulgação / Future Cow Além do consumo, a proteína gerada pela fermentação de precisão será um ingrediente para a indústria. Portanto, as empresas vão poder usá-la para fabricar derivados do leite, como queijos, iogurtes e sorvetes. De acordo com Vieira, o produto reproduz "fielmente" o sabor e a textura do leite tradicional. Mais barato e sustentável A tecnologia promete ser mais sustentável do que a pecuária leiteira. Segundo o CEO da Future Cow, ela permite a redução de em até 97% das emissões de gases de efeito estufa; 99% o consumo de água; e cerca de 60% do uso de energia não renovável. Além disso, ela também pode se tornar mais barata em escala industrial. Contudo, a produção em pequena escala é cara. Segundo uma análise feita pela empresa em 2023, o preço do litro do leite seria de R$ 2,95. Já o leite de vaca tradicional custava R$ 2,74 ao produtor nessa sexta-feira (6), segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP). Vieira destaca que o Brasil pode ter vantagens na produção deste alimento, uma vez que tem em grande volume três itens necessários: água, açúcar e energia renovável. Quando vai ser comercializado? A produção em escala industrial deve começar até 2027, acredita o CEO. Isso tornaria possível a comercialização para consumo. Atualmente, a tecnologia está em fase de testes em plantas piloto semi-industriais, no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, para verificar a produção em maior escala. A Future Cow vai apresentar a tecnologia em uma das maiores feiras de tecnologia e startups da Europa, a VivaTech, que acontecerá entre 11 e 14 de junho em Paris, na França. A empresa é uma das 10 convidadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) a ficar no estande da USP. Saiba mais: Embalagem 'mágica' muda de cor para avisar se peixe está estragado Você sabia? Cada abacaxi é formado por até 200 frutas fundidas Veja também: Embalagem muda de cor para avisar se o peixe está estragado Você sabia? Cada abacaxi é formado por até 200 frutas fundidas



VÍDEO: Zeekr X mostra que um SUV elétrico chinês pode confundir fãs de BMW e Volvo


07/06/2025 06:00 - g1.globo.com


Com desempenho de esportivo, acabamento refinado e preço competitivo, modelo chega ao Brasil para disputar espaço com marcas premium — e surpreende. TESTE: Zeekr X mostra que um SUV elétrico chinês pode confundir fãs de BMW e Volvo São tantas marcas chinesas entrando no mercado brasileiro nos últimos anos que, para quem não acompanha de perto o setor automotivo, fica difícil acompanhar os lançamentos. Um exemplo: você sabe o que é um Zeekr? A nova marca (que se pronuncia “zíquer”) é uma das marcas do grupo Geely, o conglomerado chinês que também é dono da Volvo e da Lotus. Além dessas, a Geely fabrica veículos próprios e possui ainda a Lynk&Co, que produz modelos semelhantes aos da Zeekr para outros mercados. O Zeekr X é o modelo de entrada da marca no Brasil. Ele utiliza a mesma plataforma e compartilha componentes com o Volvo EX30, outro SUV elétrico considerado “acessível” e que também representa a porta de entrada para a marca sueca. No entanto, o Zeekr chega mais equipado e com acabamento superior ao do tradicional fabricante europeu. E vai além: a Zeekr oferece uma versão topo de linha do X com muito mais potência e torque que qualquer versão do EX30. Nesta reportagem, você verá por que pode valer a pena abrir mão de um emblema renomado no capô para apostar em uma marca que não fica devendo nada às europeias. Com desempenho superior ao de um BMW, aceleração comparável à de um Porsche e segurança no nível da Volvo (por motivos óbvios, afinal, pertencem ao mesmo grupo), o Zeekr X pode não ter o prestígio das marcas premium, mas conquista pelo acabamento interno e pela tecnologia embarcada. No teste, esse SUV mostra em que pontos surpreende e em quais ainda pode melhorar. LEIA MAIS VÍDEO: Haojue DL 160 é mais uma chinesa atrás do público de Bros e Crosser Moto Morini lança três modelos e promete mais duas trail; veja os preços Veja 16 motos que devem movimentar o mercado ainda em 2025 Galerias Relacionadas Afinal, que carro é esse? Como mostrou o g1 em novembro, o Zeekr X foi lançado no Brasil com preço inicial de R$ 272 mil na versão Premium, para competir com outras marcas chinesas na faixa dos R$ 300 mil. No entanto, ajustes de preço — segundo a marca, motivados pela alta do dólar — já elevaram o valor da versão de entrada para R$ 298 mil. O Zeekr X Premium compartilha conjunto mecânico e componentes de carroceria com o Volvo EX30. Ambos têm tração traseira e entregam 272 cv de potência. Já a versão topo de linha, chamada Flagship (que antes custava R$ 298 mil, e agora sai por R$ 338 mil), conta com dois motores elétricos, um em cada eixo, garantindo tração integral. O conjunto entrega 428 cv de potência e 55,4 kgfm de torque. São 156 cv e 20 kgfm a mais que a versão Premium — e também mais que qualquer configuração do Volvo EX30. É como se a versão mais cara tivesse um motor 1.4 turbo adicional e coloca o Zeekr X Flagship como um dos melhores custos-benefícios do mercado. Veja o comparativo de fichas técnicas abaixo. Comparativos de desempenho Ao comparar preço e potência com o BMW iX1 eDrive20 — o SUV elétrico mais acessível da marca alemã —, a vantagem do Zeekr fica evidente. Por R$ 362.950, o BMW iX1 oferece autonomia semelhante (332 km contra 304 km do Zeekr), mas com apenas 204 cv e 25 kgfm de torque. Ou seja, não alcança nem o desempenho do EX30, muito menos os mais de 400 cv do Zeekr. Na aceleração, o Zeekr X dá um verdadeiro nocaute. Por R$ 24.950 a menos, ele vai de 0 a 100 km/h em menor que a metade do tempo que o iX1. Veja os números de aceleração abaixo. BMW iX1: 8,6 segundos; Zeekr X Premium: 5,6 segundos; Zeekr X Flagship: 3,8 segundos; Volvo EX30 Core: 5,7 segundos; Volvo EX30 Plus: 5,3 segundos; Volvo EX30 Ultra: 5,3 segundos. Espaço e acabamento Em dimensões, os SUVs são semelhantes. O iX1 é o mais comprido e alto, mas a largura é praticamente igual entre os modelos. O Zeekr leva vantagem no entre-eixos, com 10 cm a mais, o que garante excelente espaço interno. Por outro lado, o porta-malas é um ponto fraco. O BMW leva 490 litros, contra 362 litros do Zeekr e 318 litros do Volvo. O compartimento do Zeekr é apenas 62 litros maior que o de um Volkswagen Polo. O espaço interno do Zeekr X garante espaço para todos os ocupantes com conforto Rafael Peixoto | g1 Design e interior O design futurista do Zeekr X chama atenção nas ruas e atrai olhares. Se é bonito, a avaliação fica por conta do leitor. Por dentro, o requinte impressiona. A cabine mistura materiais com bom gosto e um toque de extravagância, com luzes de LED nas portas, painel e até ao redor dos tweeters. O volante tem boa empunhadura e ajustes de altura e profundidade. A unidade testada, da versão Flagship, trazia couro azul e bege nos bancos, volante e portas, além de acabamento em Alcântara nas colunas e no teto. O teto de vidro é bonito, mas não há cortina para bloquear a luz — ponto que precisa ser revisto na próxima geração. Há apenas a opção de cortina como acessório. O painel de instrumentos de 8,8 polegadas é minimalista, mas funcional. Diferente de alguns elétricos que concentram tudo na central multimídia (como a Tesla Cybertruck), o Zeekr mantém botões físicos para funções básicas como faróis, setas e limpadores. Apenas o ar-condicionado é controlado pela tela de 14,6 polegadas. Equipamentos de série A lista de itens inclui tudo o que se espera de um carro acima de R$ 300 mil, como: Pacote ADAS (assistência avançada ao condutor) com piloto automático adaptativo e frenagem autônoma de emergência; Câmera 360º; Porta-malas com abertura e fechamento elétrico; Iluminação full LED; Ajustes elétricos nos bancos dianteiros; Bancos com climatização e função massagem. Mas vale a compra? Se você não é do tipo que compra carro para ostentar — não faz questão de exibir a chave para os amigos —, mas valoriza desempenho, conforto e tecnologia, o Zeekr X é uma escolha certeira. Veja abaixo os pontos positivos e negativos: ✅ Potência superior aos rivais; ✅ Desempenho de destaque; ✅ Acabamento refinado; ✅ Espaço interno generoso; ✅ Tecnologia embarcada; ❌ Porta-malas pequeno; ❌ Puxador das portas com sensor; ❌ Preço da versão de entrada; ❌ Central multimídia grande, mas fixa; ❌ Rede de concessionárias ainda limitada.



Trabalho no feriado: a corrida do Congresso para impedir medida do governo que dá mais poder aos sindicatos


07/06/2025 05:00 - g1.globo.com


Governo Lula está buscando anular uma portaria da gestão Bolsonaro que permitiu a abertura do comércio durante os feriados sem a necessidade de convenção coletiva. Para abrir em feriados, vários tipos de comércio vinham se apoiando em portaria do governo Bolsonaro, que deve ser anulada GETTY IMAGES 🏪🛒⛽Supermercados, farmácias, concessionárias de veículos e outros tipos de comércio não poderão mais abrir em feriados se não houver uma convenção coletiva entre os representantes patronais e dos trabalhadores, segundo uma decisão do governo federal prevista para valer a partir de 1º de julho. Entretanto, parlamentares de oposição, empresários e sindicatos patronais estão correndo para que o governo prorrogue esta data e, eventualmente, aceite uma contraproposta que está sendo preparada por eles. A mudança encampada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), através de uma portaria de 2023, anula uma outra portaria, de 2021, do governo de Jair Bolsonaro (PL). Na época, foi descartada a exigência de convenções para o funcionamento do comércio em datas comemorativas. A portaria publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do governo Lula não muda totalmente a medida da gestão Bolsonaro, afetando apenas 12 das 122 atividades cujo funcionamento foi liberado pelo governo anterior - todas no comércio. Confira no final da reportagem Hotéis, construção civil, serviços de call center, indústrias e atividades de transportes, cultura e educação podem continuar abrindo no feriado, sem uma convenção coletiva. Na prática, a mudança dá mais poder de barganha aos sindicatos na negociação com as empresas, já que na convenção são determinadas as contrapartidas recebidas pelos funcionários que têm de trabalhar nos feriados – como folgas compensatórias, remuneração extra e vale-alimentação para esses dias. ⚠️ Caso a portaria entre em vigor e haja descumprimento das regras, os patrões podem ser punidos com multas administrativas. Mas, devido à pressão contra a medida, a entrada em vigor da portaria do governo Lula já foi adiada quatro vezes. Se depender de entidades patronais e do setor do comércio, isso pode ocorrer novamente. Em 7 de maio, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reuniu-se com representantes da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS) e da União Nacional de Entidades de Comércio e Serviço (Unecs). Estes ficaram de entregar, em 3 de junho, uma proposta de texto que seria enviada pela pasta ao Congresso. De acordo com o deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA), presidente da Frente Parlamentar de Empreendedorismo (FPE) na Câmara, Marinho teria sinalizado uma nova postergação da entrada em vigor da portaria. "Ele [o ministro] se comprometeu a fazer um novo adiamento da portaria, para retirar e não ficar nessa ameaça. O problema deles é mais político, já que a base dele vai reclamar. Mas seria uma prorrogação de seis meses, durante a qual ficaríamos responsáveis por entregar uma proposta alternativa", afirmou o parlamentar à BBC News Brasil. Lula e o ministro Luiz Marinho; parlamentares de oposição estão negociando com o governo uma contraproposta sobre o trabalho nos feriados REUTERS Procurado, o Ministério do Trabalho não respondeu se de fato haverá uma prorrogação, mas enviou um comunicado confirmando que Marinho negociou com a FCS e a Unecs o recebimento de uma contraproposta. Ela está nas mãos do deputado federal Luiz Gastão (PSD-CE), também presidente da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE), mas seus detalhes ainda não foram divulgados. A reportagem não conseguiu contato com o parlamentar. Passarinho, que está trabalhando com Gastão no projeto, garante que a proposta não tentará "retroceder para métodos antigos", mas defende que a eventual entrada em vigor da portaria sobre feriados resultaria em uma situação inviável. "Uma cidade pequena no Pará, por exemplo, não tem sindicato de trabalhador no comércio das praias. Então, [com as regras previstas na portaria e sem convenção] se uma central sindical parar, vai parar todo o Brasil", critica. Já Julimar Roberto de Oliveira, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio e Serviços da Central Única dos Trabalhadores (Contracs/CUT), diz que passar por um acordo é algo imprescindível. "O sindicato negocia o benefício para o trabalhador – além da folga, um dia em dobro, um tíquete-alimentação melhor, estipula uma carga horária menor... Aí vai depender da negociação. O trabalhador está abrindo mão de um dia de feriado, de passear com a família... Ele está indo trabalhar e tendo um retorno por isso", argumenta Oliveira. Segundo o deputado Joaquim Passarinho, o projeto que ele e colegas estão preparando deve tratar também de uma nova maneira de financiar os sindicatos, tanto os laborais quanto os patronais. Números do MTE publicados em 15 de maio mostram que o volume de contribuições sindicais, cuja obrigatoriedade foi suspensa pela reforma trabalhista no governo Michel Temer (MDB), caiu de R$ 3 bilhões em 2017 para R$ 57,6 milhões no ano passado – uma redução de 98,1% no período. A reforma trabalhista, que trouxe a flexibilização com a promessa de aumentar vagas formais e os salários, acabou gerando o efeito contrário, como mostrou um estudo da Duke University. A reportagem procurou representantes da Confederação Nacional do Comércio (CNC), da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), que não quiseram se posicionar sobre as discussões acerca do trabalho em feriados. Portaria versus lei Para Julimar Roberto de Oliveira, da CUT, a portaria do governo atual visa reforçar o que já é determinado pela lei federal 10.101/2000 — mas cujo conteúdo entrou em conflito com a portaria do governo de Bolsonaro, decisão que ele classifica como uma "canetada". O ministério de Luiz Marinho tem afirmado que a portaria do governo Bolsonaro foi "ilegal", pois uma portaria não poderia se sobrepor a uma lei. Dois entrevistados da área do Direito ouvidos pela BBC News Brasil concordam com essa interpretação. "Essa portaria [de 2021] foi uma clara tentativa, num ato do Poder Executivo, de se passar por cima de uma lei. Isso não é permitido no Direito", argumenta Rodrigo Carelli, professor de direito do trabalho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Natalia Guazelli, advogada especializada em direito empresarial e do trabalho e membro da Comissão de Direito do Trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB/PR), explica que uma lei federal, por ser um ato legislativo, tem uma hierarquia maior que uma portaria, que é um ato administrativo — e, por isso, não pode se sobrepor. Segundo Guazelli, a situação atual gera insegurança jurídica. Por um lado, os auditores do trabalho têm dificuldade de fiscalizar e aplicar multas, já que o empregador abrindo no feriado sem convenção pode argumentar que está dentro da legalidade, com base na portaria de 2021. Pelo lado do empregador, é preciso se organizar e definir como será o funcionamento de seus negócios a partir de 1º de julho, quando está prevista a entrada em vigor da nova portaria. "O setor empresarial está muito resistente à medida [do governo Lula] pois ela traz um aumento de custo e uma dificuldade para alguns setores, porque esses trabalhadores precisarão ser remunerados com horas extras, por exemplo, e isso gera mais custo", avalia a advogada. Governo quer que patrões e funcionários negociem as compensações para quem trabalhar em feriados GETTY IMAGES Carelli lembra que a Constituição prevê a realização do descanso conjunto, aos domingos e feriados, para que a comunidade possa se encontrar e realizar trocas sociais. Segundo ele, em países como Alemanha, o funcionamento do comércio nesses dias chega a ser proibido por essa razão. "Aqui, temos a autorização", diz. "A convenção coletiva vai ser a regulamentação disso: quanto vai ser pago nesse feriado, quando vai ser a folga, qual vai ser a escala... Você pode trabalhar, quando for autorizado. Com a lei coloca isso como requisito, é do interesse das empresas assinar a convenção." 🔎 Quanto aos domingos, segue vigente no Brasil o previsto pela lei 10.101/2000 — os funcionários podem trabalhar nesses dias sem a necessidade de uma convenção coletiva, desde que, a cada três semanas, pelo menos um domingo seja de repouso. Confira abaixo as atividades comerciais que, segundo a portaria do governo Lula, podem precisar de convenção coletiva para abrir aos feriados: varejistas de peixe; varejistas de carnes frescas e caça; varejistas de frutas e verduras; varejistas de produtos farmacêuticos (farmácias, inclusive manipulação de receituário); mercados, comércio varejista de supermercados e hipermercados, cuja atividade preponderante seja a venda de alimentos, inclusive os transportes a eles inerentes; comércio de artigos regionais nas estâncias hidrominerais; comércio em portos, aeroportos, estradas, estações rodoviárias e ferroviárias; comércio em hotéis; comércio em geral; atacadistas e distribuidores de produtos industrializados; revendedores de tratores, caminhões, automóveis e veículos similares comércio varejista em geral. Sob pressão de empresas, governo avalia adiar por um ano norma que exige medidas de saúde



Briga com Trump vai ajudar ou atrapalhar negócios de Musk?


07/06/2025 04:05 - g1.globo.com


Analistas dizem que império tecnológico precisa mais da atenção de Musk, mas também de um bom diálogo com o governo americano. Bilionário Elon Musk, dono do X, SpaceX e Tesla. Getty Images via BBC Quando Elon Musk anunciou recentemente que estava se afastando da política, investidores acreditaram que isso poderia significar a volta das atenções do bilionário às muitas empresas de tecnologia que administra. Mas o embate explosivo com o presidente Donald Trump nos últimos dias sugere que a mudança de prioridades de Musk pode não ser exatamente o alívio que eles esperavam. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em vez de Musk se afastar um pouco dos olhos do público e se concentrar em impulsionar os lucros da Tesla e de suas outras empresas, ele agora se vê diante de uma ameaça de boicote por um de seus principais clientes, o governo Trump. As ações da Tesla entraram em queda livre na quinta-feira (05/06) — caindo 14% — enquanto Musk vociferava contra Trump no X, sua rede social. As ações se recuperaram um pouco nessa sexta-feira (06/06), após alguns indícios de que os ânimos estavam esfriando. Mesmo assim, para os investidores e analistas que, durante meses, deixaram claro que queriam Musk longe do celular e de volta ao trabalho, a situação está longe do ideal. Tesla: 'Eles estão muito atrás' Alguns, porém, argumentam que os problemas com os negócios de Musk são muito mais profundos do que essa disputa com o republicano. Para a jornalista veterana de tecnologia Kara Swisher, isso é especialmente verdade para a Tesla. "A Tesla acabou", resumiu ela à BBC durante o evento San Francisco Media Summit, no início desta semana. Nos EUA, Musk hasteia bandeira branca após discussão com Trump "Era uma ótima montadora. Eles poderiam competir no segmento de robotáxis autônomos, mas estão muito atrás." A Tesla há muito tenta alcançar a rival Waymo, de propriedade da Alphabet, controladora do Google. Os robotáxis autônomos Waymo percorrem as ruas de São Francisco, nos EUA, há anos — e agora operam em várias outras cidades. Este mês, Musk deve supervisionar o lançamento de um lote de robotáxis autônomos da Tesla em Austin, Texas. Ele publicou no X na semana passada que a fabricante estava testando o Model Y sem motoristas a bordo. "Acredito que 90% do valor futuro da Tesla será autônomo e robótico", disse Dan Ives, analista da consultoria Wedbush Securities, à BBC esta semana, acrescentando que o lançamento em Austin seria "um divisor de águas". "A primeira tarefa é garantir que o projeto tenha um início fenomenal." Mas, com a atenção de Musk dividida, as chances de sucesso do projeto parecem mais remotas. E há algo mais a ser considerado: a própria motivação de Musk. Ultimamente, o debate no Vale do Silício foca menos em saber se Musk conseguirá reverter a situação e mais em se ele realmente se importa com isso. "Ele é uma pessoa realmente poderosa quando está focado em algo", diz Ross Gerber, presidente e diretor da consultoria Gerber Kawasaki Wealth and Investment Management. "Antes, tratava-se de provar ao mundo que ele fabricaria veículos elétricos — uma tecnologia que ninguém mais conseguia fazer. Tratava-se de provar que ele podia fabricar foguetes. Ele tinha muito a provar." Investidor de longa data da Tesla, Gerber se desanimou e vem reduzindo seus investimentos desde a incursão de Musk na política de direita. Ele descreveu a quinta-feira como um "dia extremamente doloroso". "É a coisa mais idiota que você poderia fazer: pensar que tem mais poder do que o presidente dos Estados Unidos", disse Gerber, referindo-se às falas de Musk contra Trump nas redes sociais. A BBC entrou em contato com a X, a Tesla e a SpaceX para obter um posicionamento em nome de Musk, mas não obteve resposta. Trump agora ameaça vender o carro Tesla que comprou recentemente de Musk. Getty Images via BBC Mais obstáculos para a Tesla Antes do inimigo Donald Trump, Musk já enfrentava outro nas redes sociais e nas ruas: protestos, apelidados de #TeslaTakedown (algo como "Derrubar a Tesla" ou "Queda da Tesla"), que acontecem em todo o país todos os fins de semana desde que Trump assumiu o cargo. Em abril, a Tesla relatou uma queda de 20% nas vendas de carros nos primeiro trimestre. Os lucros despencaram mais de 70%, e o preço das ações também. "Ele não deveria estar decidindo o destino da nossa democracia desmantelando nosso governo aos poucos. Não está certo", disse-me a manifestante Linda Koistinen em um protesto em fevereiro, em frente a uma concessionária Tesla em Berkeley, Califórnia. Joan Donovan, uma pesquisadora que estuda redes de desinformação, ajudou a organizar a campanha #TeslaTakedown nas redes sociais. "Em última análise, não se trata da tecnologia ou da corporação Tesla", aponta Donovan. "É sobre a forma como as ações da Tesla foram usadas como arma contra as pessoas, colocando Musk em uma posição de poder enorme sem nenhuma transparência." Outro aspecto do império de Musk que desperta a ira de seus críticos é o X, a rede social antes conhecida como Twitter. "Ele comprou o Twitter para ter influência e conseguir, num piscar de olhos, alcançar centenas de milhões de pessoas", afirma Donovan. Cartaz em Londres diz: 'Todos odeiam Elon'. Getty Images via BBC Marca pessoal Há, no entanto, uma outra possibilidade. Será que o desentendimento de Musk com Trump poderia ajudar a reabilitar o bilionário entre as pessoas que passaram a rejeitá-lo por sua proximidade com o republicano? Patrick Moorhead, analista-chefe da consultoria Moor Insights & Strategy, acredita que sim. "Somos um país muito tolerante", afirma Moorhead. "Essas coisas levam tempo", ele reconhece, mas "não é inédito". Swisher traz como exemplo o cofundador da Microsoft, Bill Gates. Há mais de duas décadas, diz a jornalista, Gates era considerado "o Darth Vader [vilão de Guerra nas Estrelas] do Vale do Silício" por causa de sua personalidade "arrogante e rude". Hoje, em geral, Gates recuperou fortemente sua imagem. "Ele aprendeu. Ele cresceu. As pessoas podem mudar", analisa Swisher, ponderando, porém, que Musk está "claramente perturbado". Saída pelo espaço O problema para Musk é que o futuro dele e de suas empresas não depende apenas do que ele faz, mas também às decisões de Trump. E embora Trump tenha precisado de Musk no passado, principalmente para financiar sua campanha eleitoral, não está tão claro se ele precisa agora. Noah Smith, autor do blog Noahpinion Substack, avalia que a incursão altamente lucrativa de Trump em criptomoedas — por mais indecorosa que tenha sido — pode tê-lo libertado da dependência de Musk. "Meu palpite é que isso foi feito para que ele pudesse se livrar de Elon Musk", afirma Smith. No comentário mais ameaçador da quinta-feira, Trump sugeriu cortar os contratos governamentais com empresas de Musk, que têm um valor estimado de US$ 38 bilhões. Uma parte significativa disso vai para a empresa espacial SpaceX — o que aparentemente ameaça seu futuro. No entanto, o alerta de Trump pode ser um pouco mais vazio do que parece. Isso porque a nave espacial Dragon, da SpaceX, transporta pessoas e cargas para a Estação Espacial Internacional, onde três astronautas da Nasa, a agência espacial americana, estão atualmente alocados. Isso mostra que a SpaceX se imbricou tanto no aparato espacial e de segurança nacional dos EUA que a ameaça de Trump pode ser difícil de concretizar. Alguém pode argumentar de forma parecida sobre a empresa de satélites de internet de Musk, a Starlink. Encontrar uma alternativa a ela pode ser mais fácil na teoria do que na prática. Mas, se há limites para o que Trump pode fazer, o mesmo também se aplica a Musk. No meio de sua discussão com o presidente, ele ameaçou desativar a Dragon, mas não demorou muito para recuar. Respondendo à sugestão de um usuário do X para que ele "se acalmasse", Musk escreveu: "Bom conselho. Ok, não vamos desativar a Dragon." Está claro que a amizade entre Musk e Trump acabou. É menos certo que a dependência mútua tenha chegado ao fim. Seja qual for o futuro dos negócios de Musk, parece que Trump — e as decisões de seu governo — continuarão a ter grande influência neles.



Fraude de azeite: confira quais marcas tiveram lotes proibidos ou foram banidas pelo governo desde 2024


07/06/2025 03:00 - g1.globo.com


Produtos foram considerados irregulares por terem óleos vegetais em sua composição ou por serem fabricados e comercializados em locais clandestinos, entre outras irregularidades. Entenda as fraudes de azeite mais comuns no Brasil O governo já proibiu lotes e marcas de azeite mais de 70 vezes desde 2024. Apenas na sexta-feira (6), mais 3 marcas de azeite foram banidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outras 8 tiveram lotes proibidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Confira aqui. Tanto o ministério quanto a agência, que podem atuar em conjunto, possuem uma lista com marcas e lotes vetados para consumo. Algumas marcas aparecem em ambas as relações. Algumas das irregularidades encontradas pelo governo, desde o início de 2024, foram: importação e distribuição por empresas sem CNPJ no Brasil; adulteração/falsificação; presença de óleos vegetais no produto; não atendimento às exigências sanitárias para suas instalações; não atendimento a padrões de rotulagem; falta de licenciamento junto à autoridade sanitária competente; incerteza sobre origem ou composição do produto. Veja as marcas que foram proibidas ou tiveram lotes vetados: Leia também: 11 azeites brasileiros entram em guia de melhores do mundo; veja lista Azeite fraudado: o que fiscais costumam encontrar em frascos adulterados Apreensão e proibição de venda Oito marcas vetadas aparecem tanto na lista do Ministério da Agricultura quanto da Anvisa. São elas: Cordilheira, Serrano, Alonso, Quintas D'Oliveira, Almazara, Escarpas das Oliveiras, Grego Santorini e La Ventosa. As seis últimas apareceram em uma lista de apreensões do Ministério da Agricultura em outubro passado. Na época, o governo informou que os produtos apresentavam risco à saúde devido à incerteza sobre a sua origem e composição. A Anvisa proibiu as seis marcas em maio deste ano, após pedido do Ministério da Agricultura, por irregularidades nos CNPJs das empresas embaladoras. No caso da Alonso, o Ministério da Agricultura esclareceu que existem duas marcas de azeites com esse nome, mas de empresas diferentes. A proibida pelo governo é representada pela Comércio de Gêneros Alimentícios Cotinga Ltda., que tem origem desconhecida. A outra marca, que é regular, tem origem chilena e é exportada pela Agrícola Pobena S.A. Risco à saúde As proibições feitas pelo Ministério da Agricultura levam em conta o risco à saúde do consumidor. Em uma operação contra fraude de azeite extravirgem em março de 2024, agentes identificaram produtos fabricados ou comercializados em estabelecimentos clandestinos, com condições de higiene inadequadas. Além disso, algumas das empresas penalizadas têm seus CNPJs suspensos ou baixados pela Receita Federal, "o que reforçou a suspeita de fraude", segundo o governo. Em 2024, o Ministério da Agricultura divulgou três listas com marcas de azeite impróprios ou falsificados. Para algumas, o governo determinou o recolhimento de lotes específicos e, para outras, estabeleceu a retirada de todos os lotes do mercado. Ministério da Agricultura dá algumas pistas para encontrar um azeite de qualidade Arte/g1 Dicas para evitar azeite fraudado O Ministério da Agricultura sugere desconfiar de preços muito baixos e não comprar azeite vendido a granel. Outra medida é verificar se a marca já teve a sua venda proibida ou entrou na lista de produtos falsificados. ➡️Confira se a marca de azeite já teve a venda proibida pelo Ministério da Agricultura Marcas de azeite proibidas em fevereiro de 2025 Marcas de azeite proibidas em 2024 Marcas de azeite proibidas em dezembro de 2023 ➡️Como saber se o produto está na lista da Anvisa de produtos falsificados Além do Ministério da Agricultura, apreensões e proibições de marcas de azeite podem ser feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão oferece neste link uma ferramenta em que o consumidor pode verificar se um produto está irregular ou é falsificado. Para usá-la, basta inserir o nome da marca no campo "Produto". Ferramenta de pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para saber se um produto é falsificado. Reprodução ➡️Como saber se a empresa tem registro no Ministério da Agricultura O Cadastro Geral de Classificação (CGC) permite verificar se distribuidora, importadora ou produtora de azeite está registrada no Ministério da Agricultura. A ferramenta está disponível neste link, onde é possível pesquisar pela empesa no campo "Estabelecimento". Segundo o Ministério, o registro no CGC é obrigatório para empresas que processam, industrializam, beneficiam ou embalam azeites e outros produtos vegetais. Ao serem registradas, elas ficam sujeitas à fiscalização. Imagem do Sipeagro, onde é possível consultar se uma empresa tem registro no Ministério da Agricultura. Reprodução De onde vem o azeite



Mega-Sena pode pagar R$ 51 milhões neste sábado


07/06/2025 03:00 - g1.globo.com


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.873 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 51 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h deste sábado (7), em São Paulo. No concurso da última quinta-feira (5), nenhuma aposta levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.



Gol conclui processo de recuperação judicial nos EUA


06/06/2025 23:25 - g1.globo.com


A companhia planeja agora ampliar sua frota e lançar novos voos e rotas no Brasil e no exterior, afirma o presidente-executivo, Celso Ferrer. Gol Linhas Aéreas Divulgação/Gol Linhas Aéreas A companhia aérea Gol concluiu nesta sexta-feira (6) o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. Segundo o presidente-executivo, Celso Ferrer, a empresa agora planeja ampliar sua frota e lançar novos voos e rotas no Brasil e no exterior. Em 2024, a Gol foi a segunda companhia aérea brasileira a recorrer à Justiça dos EUA para reestruturar suas finanças, em um procedimento conhecido como Chapter 11 — semelhante à recuperação judicial brasileira. A Latam fez o mesmo em 2020. A decisão foi motivada por atrasos na entrega de aeronaves e pelos efeitos prolongados da pandemia. No mês passado, a Azul, principal concorrente da Gol, também entrou com um pedido semelhante na Justiça norte-americana. LEIA TAMBÉM Justiça dos EUA aceita pedido de recuperação judicial da Gol Gol: juízes avaliam plano de recuperação Azul entra com pedido para eliminar mais de R$ 11,28 bilhões em dívidas Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pela Azul, as negociações para uma possível parceria com a Gol continuam em andamento, afirmou Ferrer. No entanto, ele ressaltou que um acordo final "só acontecerá se for para acrescentar resultados, ampliar rotas, impulsionar o crescimento e beneficiar a todos". As conversas sobre a fusão de negócios, formalizadas por meio de um memorando de entendimento em janeiro, estão sendo lideradas pelo Abra Group, holding que controla a Gol e a colombiana Avianca. Gol entra com pedido de recuperação judicial nos EUA Ambiente difícil O setor de aviação brasileiro enfrenta uma série de desafios, destacou Ferrer, mencionando os altos custos atrelados ao dólar e o excesso de litígios. Analistas frequentemente apontam a instabilidade econômica do país e o preço do combustível de aviação — mais elevado do que a média global — como os principais fatores que dificultam o crescimento da indústria. "Estamos saindo super fortes. É um plano de cinco anos que se sustenta. A gente fez esse plano sem contar com a ajuda do governo", disse Ferrer. "Precisamos [o setor aéreo] de uma agenda mais estruturante para resolver a longo prazo esse setor." "O que eu coloquei no meu plano é um crescimento, sim, mas se a gente olhar para o potencial que tem o Brasil, ele poderia ser muito maior", acrescentou. A Gol pretende otimizar a utilização de suas aeronaves e manter os custos sob controle para retomar, até 2026, o nível de operação que tinha antes da pandemia, afirmou Ferrer. Os planos de expansão incluem novos voos domésticos e rotas internacionais, com foco especial na faixa que vai do sul da Flórida ao sul da Argentina. "Nossa meta é atingir a capacidade que tínhamos em 2019 até 2026. Portanto, só depois de sete anos é que retornaremos ao tamanho que tínhamos no mercado doméstico", disse Ferrer. "Durante a crise, tivemos até 30 aeronaves paradas e teremos zero até o primeiro trimestre de 2026." A companhia aérea possui atualmente cerca de US$ 900 milhões em reservas de caixa e segue com o processo de modernização da frota. A Gol planeja receber cinco aeronaves Boeing 737 MAX ainda este ano e, em 2024, finalizou a revisão de mais de 50 motores. No entanto, Ferrer afirmou que a empresa está "atenta às oportunidades envolvendo a Embraer". Atualmente, toda a frota da Gol é composta por aviões da Boeing.



É #FAKE página que imita a globo.com e diz que Luiza Trajano recomenda plataforma de criptomoedas; trata-se de golpe


06/06/2025 22:00 - g1.globo.com


Texto usa gatilhos de urgência para induzir decisões impulsivas das vítimas. Plataformas que prometem lucros garantidos e fáceis com uso de inteligência artificial para negociar criptomoedas são armadilhas para roubar dinheiro e dados pessoais. É #FAKE página que imita Globo.com e diz que Luiza Trajano recomenda plataforma de criptomoedas Reprodução Circulam nas redes sociais publicações que imitam a aparência da globo.com e usam imagem da empresária Luiza Trajano(presidente do conselho de administração do Magazine Luiza), reproduzindo uma entrevista na qual ela recomenda uma plataforma de investimentos em criptomoedas. É #FAKE. Selo fake G1 🔴 O que diz a publicação falsa? O post, que circulou no X, mostra um cartaz com uma foto da empresária Luiza Trajano ao lado de maços de notas de R$ 50. As legendas dizem: "Reforma sem precedentes para todos os cidadãos! Para saber se você é elegível para esta compensação compensação [o termo aparece repetido] mensal, clique em sua idade". Sob o letreiro, há botões com as seguintes faixas etárias: 25-34, 35-54, 55-64 e 65+. Na parte superior do cartaz, há um símbolo da Globo e um botão "Leia mais" Ao clicar, o leitor é levado a uma página que imita a aparência da globo.com, com uma reportagem falsa intitulada "Por que as palavras de Luiza Helena Trajano ameaçam a segurança financeira de todo o Brasil? O Banco nacional do Brasil a processou por essas palavras". O texto usa palavras que embutem gatilhos de urgência (como "vagas limitadas" e "registro gratuito só até hoje") para induzir decisões impulsivas. Alegar que "não paga imposto" é uma tentativa de atrair vítimas – e não corresponde à realidade: ganhos com criptomoedas são tributáveis no Brasil. Essa imitação da globo.com exibe extratos mentirosos de contas que seriam do Itaú – criminosos frequentemente adicionam imagens assim para inspirar confiança. Por fim, há links que levam a uma plataforma de criptomoedas. Plataformas que prometem lucros garantidos e fáceis com uso de inteligência artificial (IA) para negociar criptomoedas são armadilhas para roubar dinheiro e dados pessoais. O site linkado na fake avisa, em letras miúdas e sem destaque, que todas as operações ali realizadas podem levar a perdas financeiras. Também aponta ser de responsabilidade do cliente investigar o corretor que o atende. A empresa diz ter sede em Singapura, na Ásia. ⚠️ Por que a publicação é mentirosa? O Fato ou Fake procurou a assessoria de imprensa da empresária Luiza Trajano para checar o conteúdo. A resposta, por e-mail, diz: "Trata-se de golpe que utiliza indevidamente a imagem dela". Já a assessoria de imprensa Itaú informou que os extratos usados no conteúdo viral são falsos: "Esse está bem fácil de identificar, pois os golpistas utilizaram a logo antiga do Itaú, que foi descontinuada em dezembro de 2023. Essa é uma boa forma de identificar os documentos oficiais do banco". A Globo não tem qualquer vínculo com o cartaz, e o seu símbolo foi utilizado indevidamente no conteúdo mentiroso. A página que imita a globo.com e falsa, com um link (systemforms.net) diferente do endereço autêntico (https://www.globo.com/). Além disso, o tal "Banco Nacional do Brasil" citado no título falso sequer existe. O conteúdo mostrado na mensagem falsa se afilia a um tipo clássico de golpe financeiro: aquele que usa indevidamente a imagem de personalidades (como a própria Luiza Trajano) ou veículos jornalísticos, como o Jornal Nacional, da TV Globo, e do programa de entrevistas "Roda Viva", da TV Cultura. Os crininosos querem, com isso, garantir a aparência de credibilidade. O Fato ou Fake já desmentiu outras publicações falsas que usam armadilhas parecidas. Veja: É #FAKE que Fernando Haddad ensinou como ganhar dinheiro com plataforma de criptomoedas É #FAKE que o Itaú Unibanco processou Ronaldo por fala sobre criptomoedas na TV É #FAKE que acionista da Globo fez recomendação de investimento É #FAKE página que imita Globo.com e diz que Luiza Trajano recomenda plataforma de criptomoedas Reprodução Veja também É #FAKE anúncio sobre inscrições para concurso do INSS É #FAKE anúncio sobre inscrições para concurso do INSS VÍDEOS: Fato ou Fake explica VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)



Governo autoriza reabertura de unidade da 2ª maior fabricante de produtos da Coca-Cola no Brasil


06/06/2025 19:04 - g1.globo.com


Laudos preliminares apresentados pela Solar indicam que refrigerante não foi contaminado com álcool. Comercialização segue suspensa até laudo final do governo. Solar Coca-Cola. Reprodução / Redes sociais O Ministério da Agricultura autorizou, nesta sexta-feira (6), a retomada da produção de uma unidade da Solar, em Maracanaú (CE), que foi paralisada, na quarta-feira (4), por suspeita de contaminação de refrigerantes com álcool. A Solar é a segunda maior fabricante dos produtos da Coca-Cola no Brasil, segundo a empresa. Laudos preliminares apresentados pela empresa indicaram que não houve contaminação nos produtos. Porém, um laudo final com o resultado deve ser emitido pelo próprio Ministério, na próxima semana. Por isso, a comercialização das bebidas permanece suspensa. ➡️A fábrica foi fechada após a detecção de componentes do refrigerante, como a cafeína, no líquido de resfriamento, que é composto por etanol (álcool) alimentício. Mas o Ministério investiga se o inverso aconteceu: ou seja, se há álcool dentro do refrigerante. Em nota enviada ao g1, a Solar alega que "em nenhum momento a segurança dos produtos foi afetada" e que segue trabalhando em parceria com as autoridades. "Atendemos aos mais altos padrões produtivos internacionais e em conformidade com rígidos protocolos de controle sanitário em todas as etapas", disse a empresa. Retomada da produção O governo liberou a reabertura da Solar após a empresa apresentar documentos que comprovaram a correção de um vazamento no sistema de resfriamento, da linha de produção. No total, cerca de 9 milhões de litros de refrigerante foram encaminhados para análise. Na ocasião, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que, caso fosse confirmada a contaminação, não existiria risco para a saúde, mas uma questão comercial, uma vez que refrigerantes não contêm álcool. "Esta empresa usa o etanol alimentício e água no processo de resfriamento. Se tiver a presença de etanol alimentício [no refrigerante] não pode comercializar. Mas, se por acaso alguém consumir, não vai morrer", disse o ministro. "Se tiver etanol alimentício, aí virou uma Cuba-libre", brincou Fávaro. Governo suspende produção em unidade de fabricante de produtos da Coca-Cola no Ceará



EUA e China vão se encontrar na próxima semana para tratar sobre acordo comercial, diz Trump


06/06/2025 18:40 - g1.globo.com


Encontro acontecerá na segunda-feira, 9 de junho, e deve reunir representantes dos dois países em Londres, na Inglaterra. Donald Trump e Xi Jinping durante encontro na China Reuters/Damir Sagolj/File Photo O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (6) que autoridades dos EUA e da China se reunirão na segunda-feira (9), em Londres, para discutir um novo acordo comercial. Segundo Trump, participarão da reunião o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial dos EUA, embaixador Jamieson Greer. “A reunião deverá ocorrer com grande sucesso. Agradecemos a atenção dispensada!”, afirmou o republicano em publicação no Truth Social. EUA e China marcam encontro para tratar sobre acordo comercial. Reprodução/Truth Social A declaração foi feita um dia após Trump conversar com o presidente da China, Xi Jinping, sobre o tarifaço. Trump disse que ele e Xi resolveram as “complexidades” do acordo comercial sobre tarifas de importação e reiterou que a conversa teve "uma conclusão muito positiva para ambos os países”. Ainda na quinta-feira (5), Trump afirmou que as negociações entre os dois países seguem em andamento e estão em “boa forma”. Xi declarou que a China cumpriu o acordo firmado em Genebra de maneira “séria e sincera”, destacando que “diálogo e cooperação são a única escolha correta para a China e os Estados Unidos”. A declaração foi divulgada pela emissora estatal chinesa CCTV. O líder chinês também teria enfatizado que os dois países devem buscar um resultado que beneficie ambos, respeitando as preocupações de cada lado e mantendo uma relação de igualdade. Entre tapas e beijos Trump tem mantido um cabo de guerra com Pequim desde o anúncio, em abril, de um pacote de tarifas que impactou diversos países, especialmente a China. Em busca de um meio-termo, os dois países firmaram um acordo temporário em 12 de maio, concordando em reduzir as tarifas por um período de 90 dias. O tratado foi assinado após um encontro entre as delegações em Genebra, na Suíça. Desde a assinatura do acordo, no entanto, os dois países enfrentam dificuldades para chegar a um consenso nas negociações. Na última sexta-feira (30), por exemplo, Trump acusou a China de violar o acordo. O Ministério do Comércio da China rebateu, dizendo que as acusações eram "infundadas" e prometeu medidas para proteger seus interesses. Na segunda-feira (2), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou que Trump pretendia conversar com Xi para tentar resolver os impasses nas negociações. Na quarta-feira, Trump publicou em seu perfil no Truth Social que gostava de Xi, mas afirmou que negociar com o presidente chinês era “muito difícil”. "Gosto do presidente Xi da China. Sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo", afirmou Trump à época. Trump conversa com Xi Jinping sobre tarifaço: 'conclusão muito positiva para ambos os países' Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A China foi um dos principais alvos das tarifas impostas por Trump. A nova taxa de 34% se somou aos 20% que já eram cobrados sobre produtos chineses. Em 4 de abril, a China reagiu impondo tarifas extras de 34% sobre todas as importações dos Estados Unidos Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses. Na manhã de 9 de abril, a China respondeu elevando as tarifas sobre produtos dos EUA de 34% para 84%, igualando o aumento americano. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço para mais de 180 países, menos para a China. O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.



PIX automático: bancos devem checar informações de empresas para assegurar que são confiáveis e evitar fraudes


06/06/2025 15:28 - g1.globo.com


Modalidade permite pagar contas recorrentes, como de energia, telefone, escolas, academias, entre outras, de forma automática pelo PIX. O Banco Central do Brasil (BC) anunciou nesta semana as regras para o chamado PIX Automático, uma nova modalidade de pagamento para contas recorrentes, como de energia, de água, mensalidades escolares, taxas de condomínio e assinaturas. A ferramenta, que entra em vigor em 16 de junho, é uma alternativa ao débito automático tradicional. Com ela, o usuário poderá autorizar a cobrança uma única vez e as contas serão pagas automaticamente, sem precisar repetir o processo a cada novo vencimento. Ao mesmo tempo, o BC também definiu que as instituições financeiras, como bancos ou instituições de pagamento participantes do PIX, devem verificar a "idoneidade" do seu cliente, ou seja, a confiabilidade e a integridade das empresas que vão receber os pagamentos recorrentes. O objetivo é evitar fraudes. BC lança pix automático Com esse objetivo, a autoridade monetária determinou que as instituições financeiras devem checar uma série de informações das empresas, como: Dados cadastrais data de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ); situação cadastral dos sócios e administradores no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); tipo de capital da empresa, privado ou público; atividade econômica conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE); e natureza jurídica; Informações de atividade da empresa compatibilidade entre a atividade econômica e o serviço oferecido para o Pix Automático; quantidade de funcionários, valor do capital social; e faturamento; Também devem ser checadas as informações de segurança armazenadas na base de dados das chaves PIX, além do histórico de relacionamento com o participante, envolvendo: tempo de abertura da conta e uso de outros meios de cobrança, nos casos em que o participante atuar como provedor de conta transacional; e a habitualidade transacional com o participante. Veja abaixo como vai funcionar o PIX automático Como configurar o PIX Automático? Quais as vantagens da modalidade? Qual é a diferença da ferramenta para o débito automático? E para o PIX Agendado e o PIX Agendado Recorrente? Há cobrança de taxas para utilizar? O que acontece se eu não tiver dinheiro na conta? É possível cancelar o PIX Automático? A ferramenta é segura? PIX Automático: como vai funcionar e para que serve? Arte/g1 1. Como configurar o PIX Automático? A configuração do PIX Automático vai estar disponível a partir do dia 16 de junho e depende que a empresa responsável pela cobrança (escola, academia, etc) solicite uma autorização do cliente para descontar os pagamentos por meio da nova modalidade. Esse pedido vai aparecer no aplicativo do banco do cliente, que poderá aceitar ou recusar. Se aceitar, ele ainda pode definir algumas regras — como o valor máximo de cada pagamento e se a cobrança pode usar o limite do cheque especial. Depois da autorização, a empresa envia a cobrança ao banco, que agenda o pagamento e avisa o cliente. Ele poderá conferir se o valor está correto e se terá saldo suficiente. No dia do vencimento, o banco faz o pagamento, seguindo as regras que o cliente definiu na autorização. A cobrança poderá ser semanal, mensal, trimestral ou anual. A empresa também poderá solicitar a autorização por meio de um QR Code ou pelo próprio site ou app do estabelecimento, direcionando o cliente para a liberação da ferramenta no app do banco. Volte ao índice. 2. Quais as vantagens da modalidade? O PIX Automático procura facilitar o pagamento de contas recorrentes, segundo o BC, evitando esquecimentos e oferecendo mais praticidade e conveniência para o dia a dia. A expectativa é que a nova modalidade ajude a reduzir custos operacionais e torne mais simples a gestão de cobranças para empresas de diferentes tamanhos e setores, como academias, escolas, marketplaces e serviços de assinatura, diminuindo também a inadimplência. Volte ao índice. 3. Qual é a diferença da ferramenta para o débito automático? Diferentemente do débito automático tradicional, o PIX Automático não depende de convênios diretos entre empresas e bancos específicos, e funciona por meio da infraestrutura do BC. Na prática, isso significa que, por exemplo, uma escola pequena poderá oferecer o PIX Automático mesmo que não tenha acordo com todas as instituições financeiras. Além disso, o controle também muda: hoje, para cancelar ou gerenciar um débito automático, normalmente você precisa falar com a empresa. Com o PIX Automático, tudo poderá ser feito direto no app do seu banco — autorizar, cancelar ou revisar os débitos. Outro ponto importante é que o débito automático costuma funcionar só em dias úteis. Já o PIX Automático pode fazer o pagamento em qualquer dia, inclusive aos finais de semana. Volte ao índice. 4. E para o PIX Agendado e o PIX Agendado Recorrente? ▶️ O PIX Automático é voltado para cobranças feitas por empresas — como escolas, academias, serviços de assinatura e condomínios. ▶️ O PIX Agendado Recorrente é feito pelo próprio usuário, e não tem ligação com empresas. Ele é ideal para transferências que a pessoa costuma repetir todo mês, com valor fixo — como a mesada dos filhos, uma ajuda para um parente ou o pagamento de um serviço como jardinagem ou limpeza. Basta programar uma única vez que o PIX será feito automaticamente, mês a mês. ▶️ Já o PIX Agendado permite que o usuário programe, uma única vez, um pagamento para uma data futura. Volte ao índice. 5. Há cobrança de taxas para utilizar? Para pessoas físicas, o uso do PIX Automático será gratuito. Já para empresas que receberem pagamentos por meio da funcionalidade, poderá haver cobrança de tarifas, conforme a política da instituição financeira responsável pelo recebimento. Volte ao índice. 6. O que acontece se eu não tiver dinheiro na conta? Caso não haja recursos suficientes na conta ou ultrapasse o limite PIX Automático na data programada, o usuário será notificado pelo banco e, na mesma data, terá uma nova oportunidade para recompor seu saldo ou solicitar o aumento do limite. Volte ao índice. 7. É possível cancelar o PIX Automático? Sim. O pagador pode cancelar a autorização a qualquer momento pelo aplicativo da sua instituição financeira. Volte ao índice. 8. A ferramenta é segura? O PIX Automático segue os mesmos padrões de segurança do sistema tradicional, incluindo criptografia, autenticação e rastreabilidade das transações. Além disso, os débitos só serão realizados após autorização expressa do pagador, que poderá cancelar essa autorização a qualquer momento. Volte ao índice.



Agroecologia: saiba como a valorização da ancestralidade pode garantir o futuro da produção de alimentos para próximas gerações


06/06/2025 15:25 - g1.globo.com


Curso ensina técnicas de regeneração do solo, com o agrônomo Oliver Humberto Naves Blanco, a partir deste sábado (7), no Jardim Morada do Sol, em Presidente Prudente (SP). Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco Através de um resgate da agricultura ecológica, vinda do conhecimento e da sabedoria de povos ancestrais, tradicionais e camponeses, o agrônomo e educador Oliver Humberto Naves Blanco, a partir deste sábado (7), ensina 30 práticas para o manejo do solo, que auxiliam a enfrentar os efeitos das mudanças climáticas e a melhorar a matéria-prima das propriedades rurais, em Presidente Prudente (SP). O curso gratuito será realizado nos dias 7, 8, 21 e 22 de junho, no Sítio São João, no Jardim Morada do Sol. As inscrições podem ser realizadas pela internet. 📱 Participe do Canal do g1 Presidente Prudente e Região no WhatsApp O participante pode experienciar uma imersão teórica e prática em técnicas de agricultura regenerativa, bioinsumos e conservação da biodiversidade, fortalecendo a autonomia produtiva e o vínculo com a terra. De acordo com Blanco, o único pré-requisito para participar é que o interessado leve duas amostras de solo de sua propriedade, uma vez que o curso trabalha “O que é solo? Por que ele é vivo? Por que chamamos ele de vivo? O que é o mineral? O que é a rocha que gerou o solo? O que é a vida que há no solo?”. “A gente faz um pré-requisito aos participantes em trazer duas amostras de solo. Uma, que o agricultor sabe que tem na sua propriedade um lugar que ele planta e não está bom. Um lugar que ele planta e fala, mas ali não nasce, ali está ruim. E ele [o agricultor] tem um cantinho na propriedade que, para ele, é um lugar sagrado, que queria que toda a propriedade fosse que nem aquele cantinho. É um lugar em que o que ele planta ali nasce tudo”, explicou ao g1. Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco Ele ainda completou que essas amostras devem ser colhidas em uma profundidade de até 10 centímetros, secadas à sombra e em uma quantidade de 300 gramas. Além disso, precisam estar embrulhadas em um papel. “Nós vamos trabalhar, através de algumas técnicas de laboratório, um laboratório bem popular, um laboratório adaptado para se fazer uma análise de qualidade desse solo. Há os participantes que não estão na terra, que não são agricultores... ‘Mas eu tenho um terreno em que eu planto mandioca, planto banana’. Eles podem trazer esse solo. Os participantes que, de alguma maneira, não têm nenhum contato com a terra, mas querem fazer parte desse grupo, dessa capacitação, na hora ali, nós podemos colher um solo, nós vamos estar numa propriedade, nós vamos colher esse solo para eles realizarem essas análises”, contextualizou sobre os trabalhos realizados. Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco Agroecologia Ao g1, o ativista científico explicou que a agricultura industrial tem operado em quase todo o mundo há, aproximadamente, 250 anos e nasceu deixando de se preocupar com os seus impactos. Ao contrário dessa prática, a agroecologia é uma disciplina antiga, que se preocupa em realizar uma agricultura de qualidade e que não leva impacto negativo para as próximas gerações. “Hoje, ela tem uma base muito sólida, como ciência popular, resgatando conhecimentos dos camponeses do mundo todo e mostrando que é possível fazer uma agricultura sem essa base química, sem essa base de monocultura, de sementes modificadas e, principalmente, sem o uso de agrotóxicos. Então, a agroecologia, para mim, não é uma bandeira, aliás, nem é um movimento, mas é um envolvimento ou uma organização, seja ela de pequenos grupos, em qualquer município pode acontecer isso, para resgatar essa sabedoria e construir um novo conhecimento”, pontuou o especialista ao g1. Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco Segundo ele, essa prática é fundamental para resgatar o tecido social do campo e mostrar que é possível produzir um alimento de qualidade, fresco e sem uso de insumos químicos. “Temos políticas públicas que estão sendo estabelecidas, que são importantes aos municípios se adequarem a isso e garantir essa base de acompanhamento técnico e fortalecer as políticas públicas, como o PAA, o Plano de Aquisição de Alimentos, ou o plano de merenda escolar, o PNAE [Plano Nacional de Alimentação Escolar]. Então, isso garante ao município uma qualidade de alimento para todos. Não é um alimento que seja caro, ele não tem um certificado. A agroecologia já buscou a certificação participativa para isso e o que a gente vê é pouca adesão”, destacou. “Ao resgatar esse tecido social, a gente está resgatando também uma economia que foi, outrora, desorganizada para a entrada de uma economia, vamos dizer, superior, de base química, de grande investimento. O que fez o agricultor, hoje, ser dependente para produzir alimento, ele tem que consumir alguma coisa, tem que comprar alguma coisa. Então, a gente está mostrando que é possível, através dos recursos naturais que há na propriedade, a gente fazer uma agricultura com base ecológica, mais saudável para o solo, para as pessoas que vão consumir esses alimentos. E, garantindo, então, a economia do campo e resgatando uma economia da cidade, que é essa economia de feiras, de cestas, de políticas públicas voltadas para a alimentação das nossas crianças”, completou. Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco Vínculo com a terra Para Blanco, a sabedoria popular é a base da agroecologia, uma vez que, através dos resgates dessas sabedorias tradicionais, ancestrais, dos agricultores e agricultoras do mundo inteiro, se faz crucial “para reconstruir o meio ambiente, reconstruir esse tecido social do campo, reconstruir economia e o oikos familiar [linha de descendência de pai para filho de geração em geração], com mais segurança, com mais soberania”. “É uma ciência que, realmente, deve ser priorizada cada vez mais porque ela não trabalha só o único tema. Ela é multidisciplinar, então, através dessa sabedoria popular, é possível em cada bioma, em cada região que tem moldado as suas características, fazer coisas novas, fazer coisas que priorizem, principalmente, a não perda desse bioma para as próximas gerações. Então, a sabedoria popular é tudo, através da agroecologia, é uma ciência segura e que as pessoas que estão na cidade, que se desconectaram desse campo, possam estar com segurança, aderindo, aprovando, apoiando e, ao mesmo tempo, contribuindo com essa economia, consumindo esses alimentos. Essa cultura é uma resistência, vamos dizer, a toda essa degradação, a toda essa falta de consideração com a natureza”, afirmou o agrônomo ao g1. Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco Além disso, ele destacou que a terra é fundamental para garantir a natureza para as próximas gerações. “Eu acredito que esse cordão umbilical com a terra nunca deveria ter sido desconectado, vamos dizer. A importância da terra, hoje, para os povos, a importância do território para, por exemplo, os agricultores e agricultoras, é que nos dá esperança de um futuro para as próximas gerações, um futuro de regular o clima e a base, então, é o solo. Solo não é geologia, solo não é minerologia, solo é biologia. Tudo está integrado, tanto acima como abaixo e como nas horizontalidades do nosso planeta. Tudo está integrado, o planeta é vivo. Então, a terra, hoje, é importante para os povos e é importante para, principalmente, garantir a natureza para as próximas gerações”, contextualizou ao g1. Conforme o ativista, a base do curso é a sabedoria dos povos ancestrais e tradicionais, como camponeses do Japão e da China, afrodescendentes e povos indígenas. “Trabalhamos muito com os povos indígenas do Brasil e descobrimos uma sabedoria incrível, tanto para manter a natureza como para produzir alimentos com qualidade. Então, tem uma série de práticas de sabedoria popular que vamos utilizar nesse curso como práticas novas. Como uma prática social, que pode ser replicada em qualquer parte do mundo, mudando, é claro, de acordo com as características do ambiente, de acordo com a característica do bioma. As práticas são parecidas, mas o que muda são os elementos”, destacou sobre o curso. Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco Autonomia produtiva Segundo Blanco, a agricultura industrial condicionou muitos agricultores a produzir um alimento, comprando, pegando crédito e adquirindo os insumos. “A maioria desses insumos alimenta uma grande indústria de capital exógeno, capital externo, ao usar fertilizantes químicos, muitos agrotóxicos, máquinas pesadas, sementes modificadas e outros insumos que agora são criados para isso. Então, o agricultor, aqui no Brasil, chegando a quase 100 anos dessa agricultura, ficou muito condicionado a essas técnicas”, pontuou o pesquisador. Entretanto, trabalhar técnicas simples, mas com uma certa complexidade, é assegurar ao produtor uma autonomia no campo, para que ele possa “regenerar o solo, começar a entender a importância da matéria orgânica para o seu ambiente agrícola e, ao mesmo tempo, que ele comece a melhorar a qualidade do seu solo, através de recursos naturais que ele possui na propriedade, entendendo melhor manejo da matéria orgânica, das pedras e dos resíduos animais”. Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco Desta forma, o produtor tem a autonomia para entender conceitos de uma agricultura regenerativa e ecológica. “Esse é um curso que a nossa organização Juquira Candiru, através do professor Sebastião Pinheiro, e, que tem sido aplicado em toda a América Latina. E já faz 40 anos da aplicação dessa técnica. A gente viu que muitos agricultores deixam de consumir produtos industriais, porque eles começam a entender um conceito, não uma receita. ‘Ah, como eu combato aquela praga?’, ‘Ah, compra ali aquele veneno e aplica, mata a praga’. Não, eles vão entender um conceito de ecologia, eles vão entender elementos e recursos naturais que eles podem utilizar para melhor conviver com a sua, vamos dizer, com essa praga”, explicou. O comunicador rural ainda afirmou que a sociedade estará sobrevivendo enquanto ainda houver um agricultor produzindo. “É o alimento fresco, é a abóbora, é o chuchu, é a banana, é o leite, é o ovo caipira. É essa cultura sertaneja, essa cultura caipira, que outrora foi perdida, ou seja, invadida por uma agricultura moderna de grande escala, que deveria ser uma prioridade nas escolas para as crianças, é importantíssimo, é uma revolução, principalmente, nesse momento em que vivemos uma emergência climática. Então, se todos no fundo da sua casa, nos lugares em terrenos que estão aí ociosos, produzissem alimento, mantendo esse contato com a terra, temos esperança dessa mudança. É uma luta pequena. A gente, às vezes, pensa que está perdendo-a, mas estamos lutando por um outro caminho para a nossa terra”, afirmou ao g1. Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco Além disso, Blanco destacou que o cuidado com a terra é “importantíssimo” para a saúde humana e do planeta. “Quanto maior é a consciência da sociedade em relação à natureza que a cerca, maior é a espiritualidade dessa sociedade. Então, a importância de uma árvore, hoje, para o município, a importância das hortas comunitárias, a importância dessa educação sobre a terra nas escolas para as crianças, a importância dos cidadãos do campo para ele e para a natureza local, para o microclima local, é esse o impacto. É um impacto positivo, por exemplo, de maior saúde e equilíbrio da economia do município. [É importante] Mostrar, então, que o agricultor possa, através dos seus recursos naturais, produzir um alimento sem impacto na natureza, isso realmente é estendido para todos e todas”, completou o educador. O especialista também analisou que Presidente Prudente, assim como outros municípios do Estado de São Paulo, se caracteriza por uma produção de pecuária e de cana-de-açúcar, mas que deixou de lado a produção de frutas, legumes e hortaliças. “Precisamos aumentar essa renda do pequeno e médio agricultor, que é o que garante basicamente mais de 70% dos alimentos que estão no prato do cidadão de Presidente Prudente. Então, é uma região que se caracteriza por grandes movimentos sociais em torno da terra, de voltar esse cidadão para o campo com renda favorável e produção de alimentos que possa fornecer ao município essa economia importante. Acredito que Presidente Prudente necessita de ter esse olhar maior com mais frutas, legumes e alimentos frescos para os seus munícipes”, apontou ao g1. Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco Emergência climática O pesquisador também apontou que o mundo vive uma emergência climática e é necessário fazer com que essas informações cheguem ao cidadão que está na cidade. “Ele vive uma vida mecânica, uma vida rápida de construir as coisas e, às vezes, não para para olhar para a lua, para cuidar de uma única árvore que está na sua calçada, ou adaptar a calçada à árvore. Eu acho que a sociedade tem que entender que ela já não pode ser planejada sem a natureza. A natureza e a regeneração da natureza também não podem ser planejadas sem a presença da sociedade. Isso tem que estar ligado e interagindo com todos os dispositivos políticos institucionais do município”, ressaltou Blanco ao g1. “Uma árvore faz um grande efeito para o clima. Uma única árvore, hoje, tem um peso dentro dessa oxigenação, dessa evaporação. Então, acho que a pergunta que a gente deveria colocar é: ‘Como aumentar a consciência do cidadão que vive no meio urbano em relação à natureza?’”, refletiu. Ele ainda completou que a importância de consumir da natureza, seja em uma calçada ou comprar em uma feira, ativa e fortalece a economia da agricultura familiar que há no município. “Então, eu acho que está tendo um retorno do campo, não como um movimento, mas como uma regeneração de uma economia dos nossos avós, que outrora havia uma maior disposição de alimentos frescos e saudáveis. E a gente tinha uma abundância de alimentos. Acho que é isso que está faltando: a importância de dar essa consciência ao cidadão em relação ao campo”, finalizou ao g1. Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco Serviço O curso "Saúde no Solo: Agroecologia e Sabedoria Popular" ocorre nos dias 7, 8, 21 e 22 de junho, das 8h às 17h, no Sítio São João, na Comunidade do Apreço. A propriedade está localizada na Rua Geraldo de Almeida Gomes, s/n, no Jardim Morada do Sol, em Presidente Prudente. Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco Curso ensina técnicas de regeneração do solo em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal/Oliver Blanco VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.



Governo proíbe mais 3 marcas de azeite, e oito têm lotes considerados impróprios para consumo


06/06/2025 15:12 - g1.globo.com


Campo Ourique, Málaga e Serrano tiveram sua comercialização proibida pela Anvisa. Já o Ministério da Agricultura desclassificou oito marcas e lotes de azeite por fraude. Governo desclassificou 8 marcas e lotes de azeite por fraude. Ministérioa da Agricultura O governo federal divulgou restrições a 11 marcas de azeites nesta sexta-feira (11). Três delas foram proibidas e outras 8 tiveram lotes considerados impróprios para consumo. As marcas Campo Ourique, Málaga e Serrano tiveram sua comercialização proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por problemas relacionados aos CNPJs das empresas responsáveis e também por estarem em desacordo com os padrões exigidos para rotulagem e composição. Já o Ministério da Agricultura desclassificou outras oito marcas e lotes de azeite nesta sexta-feira por fraude (veja mais abaixo). Marcas proibidas Assim como ocorreu com outras seis marcas que a Anvisa proibiu em maio, os azeites Campo Ourique, Málaga e Serrano foram recolhidos por conta de problemas com as empresas responsáveis pelas marcas - no caso, elas apareciam como importadoras desses azeites. São elas: JJ - COMERCIAL DE ALIMENTOS LIMITADA - CNPJ: 37815395000190 (Campo Ourique): CNPJ extinto por liquidação voluntária em 8 de janeiro de 2025. CUNHA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA - CNPJ: 34365877000106 (Málaga): CNPJ considerado "inexistente de fato" desde 16 de janeiro de 2020. INTRALOGÍSTICA DISTRIBUIDORA CONCEPT LTDA. - CNPJ: 72726474000207 (Serrano): CNPJ suspenso por inconsistência cadastral na Receita Federal. Além disso, segundo a Anvisa, os produtos foram submetidos a laudo que apontou problemas com "com os padrões estabelecidos pelas legislações vigentes nos ensaios de rotulagem e físico-químico". Os azeites Málaga e Serrano já haviam sido proibidos pelo Ministério da Agricultura em outubro do ano passado. O g1 procurou as empresas responsáveis pelos azeites. Pelo e-mail registrado da Cunha Importação e Exportação Ltda, que distribuía o azeite Málaga, um representante confirmou que a empresa encerrou suas atividades em janeiro de 2020. Até a última atualização desta reportagem, as outras duas empresas não haviam respondido. Veja abaixo: governo proibiu outras duas marcas de azeite no último dia 26: Governo proibiu outras duas marcas de azeite no dia 26 de maio Marcas desclassificadas No caso das oito marcas desclassificadas pelo Ministério da Agricultura, os produtos continham óleo de soja em sua composição e foram considerados impróprios para consumo, após análises laboratoriais do Ministério. ➡️Além das marcas, é importante que o consumidor verifique quais são as empresas responsáveis pelos azeites (veja tabela abaixo). Isso porque alguns fraudadores usam nomes semelhantes de marcas famosas, de forma indevida. O g1 procurou as empresas responsáveis pelos azeites. Até a última atualização dessa reportagem, apenas a responsável pelo azeite Santa Lucía respondeu. Veja abaixo. O g1 não localizou os contatos das empresas responsáveis pelas marcas Villa Glória, Alcobaça e Terra de Olivos. "Aos consumidores que tenham adquirido os produtos listados, o Ministério orienta que interrompam o uso imediatamente e solicitem a substituição, com base nas regras previstas no Código de Defesa do Consumidor." Denúncias sobre a comercialização desses produtos podem ser feitas pelo canal oficial Fala.BR, informando o nome e o endereço do local de venda. Dicas: veja como comprar um bom azeite Em maio, o governo já havia proibido a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso de outras seis marcas de azeite: Alonso, Almazara, Escarpas das Oliveiras, Grego Santorini, La Ventosa e Quintas D'Oliveira. Os vetos, que foram publicados pela Anvisa no Diário Oficial da União, também citavam problemas com os CNPJs das empresas que embalam os produtos. Passo a passo de como o azeite é fiscalizado Arte/g1 Investigação O Ministério recolheu amostras dos produtos e as encaminhou para Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA). As análises mostraram que os produtos não eram próprios para consumo. A partir disso, o governo determinou o recolhimento dos lotes. O Ministério destaca que a "comercialização desses produtos é uma infração grave, e os estabelecimentos que mantiverem os itens à venda podem ser responsabilizados." As ações de fiscalização foram conduzidas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV), em parte com o apoio da Polícia Civil do Espírito Santo e da Polícia Civil de São Paulo. Azeite Santa Lucía A Comercial Alimentícia e Importadora Capital Mineira LTDA, responsável pelo azeite Santa Lucía, disse que o produto foi importado, que vai investigar o caso e que entrou em contato com os clientes para retirada do produto das prateleiras. Entenda as fraudes de azeite mais comuns no Brasil